Resenha Manuela Cunha Cultura com AS´PAS

December 8, 2018 | Author: Raquel Fatima Alves | Category: Intellectual, Logic, Society, Languages, Philosophical Science
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MESTRADO MESTRADO ASSOCIADO UFMG-UNIMONTES EM SOCIEDADE, AMBIENTE E TERRITÓRIO

RESENHA RESENHA “Cultura” “Cultura” e Cultura: Cultura: Conhecimento Conhecimentos s tradicionais tradicionais e direitos intelectuais.

Disciplina: Cultura, Populaço Populaço e Nature!a Nature!a Pro"essores: #l$%ia &ali!oni, #elisa Ana'a e Andr(a Narciso )estranda: Ra*uel de #$tima Al%es

MESTRADO ASSOCIADO UFMG-UNIMONTES EM SOCIEDADE, AMBIENTE E TERRITÓRIO Manuela Carneiro da Cunha apresenta a diferença entre cultura e "cultura", vale dizer, em termos muito incertos, onde há um sistema pressupostos,nos modos de pensamento, hábitos, etc. que, sem oposição, pode influenciar os indivíduos, e o maneira de se falar sobre este sistema. Entretanto, essa clássica diferença entre uso e menção, delimitada pela distinção entre linuaem e metalinuaem, serve tanto para refletir sobre o caráter refle!ionante da cultura como para ustificar práticas políti cas. #á que certos conhecimentos de povos tradicionais passaram a ser ditos e obetivados, e assim caem no circuito da e!ploração capitalista, nada mais  usto que esses povos recebam parte dos lucros criados. $ale ressaltar que a análise que desenvolve como muitos desses povos  á se atribuem a suas respectivas culturas e formas de conhecimentos de tal maneira que elas suriram como alo obetivado, quase sempre participando de um sistema de trocas. Muito interessante % a e!planação de como esses povos vão tecendo um sistema de representação que lhes reportam permita dialoar com o Estado nacional e o sistema internacional. &ua consideração me chama atenção numa das dificuldades da l'ica formal contempor(nea. )uando uma linuaem % meditativa, isto %, permite a fala de si mesma, abrem*se as refle!+es contradit'rias. Com relação aos conhecimentos tradicionais nas aldeias indíenas, a professora e!ps sobre o caso emblemático e a hist'rica do "-amp", iniciada a discussão com a carta que os atu-ina /0cre1 enviaram 2 então ministra Marina &ilva, reivindicando seus direitos. Como vários rupos %tnicos /do 3rasil e 4eru, países com leislaç+es diferentes sobre o assunto1 compartilhavam os conhecimentos sobre o uso do -amp /secreção de rã1, como se fazer a possível repartição de benefícios deste conhecimento tradicional associado5 6eistra*se que desde os anos 7889, muitas patentes ocorreram envolvendo a subst(ncia referida. Ela apresenta a din(mica que está sendo provocada pela refle!ividade da cultura e entre uma das consequ:ncias % a socialização do que seria um direito privado de poucos. E com a ascenção dos conhecimentos tradicionais, os conhecimentos que estavam difusos, passam a ser reservados.  0 "Cultura" está relacionada no sentido de metalinuaem, falar de si mesmo, sendo difícil diferenciar a cultura com aspas e cultura sem aspas, pois há co*e!ist:ncia dos universos de discursos /o que não quer dizer que um % falso, ambos são verdadeiros1, o que pode levar 2 contradiç+es, como o parado!o que não tem solução, pois % inerente 2 linuaem completa, que % capaz de falar de si mesma, ou sea, que % refle!iva. Me limitarei aqui a citar passaens do te!to de Carneiro da Cunha nas quais ela; /71 apresenta a natureza l'ico*analítica, e não necessariamente empírica da distinção proposta< /=1 evidencia que cultura /sem aspas1 se refere a uma l'ica interna a uma dada sociedade /com todos os problemas dessa noção1 enquanto >cultura? se refere a uma l'ica inter%tnica /i.e., uma relação entre diferentes sociedades, como quando a palavra >cultura? permite que povos de uma dada cultura falem sobre sua pr'pria cultura1< e /@1 finaliza o te!to com uma visão otimista dos parado!os inerente ao uso social /e sempre político1 da linuaem, como quando uma cultura fala sobre si mesma.

MESTRADO ASSOCIADO UFMG-UNIMONTES EM SOCIEDADE, AMBIENTE E TERRITÓRIO 6essalto a refle!ão sobre a questão dos direitos individuais e coletivos, principalmente no que concerne 2 propriedade intelectual. Aos mostra a oposição entre; propriedade intelectual coletiva /"cultura"1 B domínio pblico /cultura1. E que trata*se de um "oo usto", que as sociedades indíenas t:m toda razão para oar este oo, defendendo a propriedade intelectual coletiva. 6elata sobre as novas formas de representação /associação1 para se ter  "e!ist:ncia urídica" e a questão da leitimidade da representação /e quando há várias associaç+es, quem representa51, que, sobretudo, devemos considerar  que há uma din(mica das circunst(ncias, e se tem leitimidade ou não, isso vai ser decidido internamente. &ublinha*se que a cultura % din(mica e está em constante mudança. 4ara finalizar menciono 2 principal linha arumentativa, mas chamou a minha atenção pela clareza e economia com que abordou um tema que aluns astam páinas e mais páinas de discurso inf%rtil. Drata*se de uma passaem em que Manuela Carneiro da Cunha considera brevemente os motivos pelos quais povos como os aap' preferem usar a palavra >cultura?, em portuu:s, para se referir a elementos de sua vida que poderiam perfeitamente ser  desinados por palavras em seu idioma nativo; >Fsar termos de empr%stimo % o mesmo que declarar sua intraduzibilidade, um passo que não % ditado por limitaç+es linGísticas e sim por uma opção linGística. Essa afirmação, que 2 primeira vista pode parecer tautol'ica, tem um sinificado importante; as palavras emprestadas cont:m informação meta* sem(ntica. &inalizam o fato de que, embora haa outros meios possíveis para a comunicação sem(ntica, houve a escolha de mant:* las e!plicitamente liadas a um determinado conte!to. 0s palavras de empr%stimo devem ser entendidas, por convenção, seundo uma certa chave. Em outras palavras, indicam o reistro de sua pr'pria interpretação >.

Re"er+ncia i-lior$"ica CFAH0, Manuela C. Etnicidade; da cultura residual mas irredutível. IA; Cultura com 0spas e outros ensaios. &ão 4aulo; CoascAaf,=998. Cap:7J, 4á =@K* =JJ e Cap 78, 4á @77*@L.

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