RESENHA DO FIME BICHO DE SETE CABEÇAS

RESENHA Filme Bicho de Sete Cabeças

O filme bicho de sete cabeças nos retrata dois grandes problemas da sociedade  brasileira.  brasileira. O primeiro é a droga que a cada dia que passa se expande mais nesse nesse país, e o outro é a realidade dentro das clinicas psiquiátricas, que ao invés de ajudar os pacientes, os deixam pior do que entraram ali.  Neto, o personagem personagem principal é usuário usuário de drogas e não um dependente, dependente, ele usa maconha eventualmente com os amigos como um tipo de diversão para dar mais emoção à vida, pois como nos mostra o filme o seu dia a dia é bastante parado. A droga o enche de coragem para praticar um crime que naquele grupo é considerado uma brincadeira, a  pichação.  pichação. Sr. Wilson, muito ausente na vida de Neto, não percebe a falta e a diferença que um pai faz na vida de seu filho, ele poderia ter mudado essa historia para melhor apenas  participando  participando do dia a dia do filho, acompanhando acompanhando neto na escola ou conhecendo conhecendo melhor  as suas amizades a tempo, pois quando o Sr. Wilson se deu conta que neto estava indo  pelo caminho caminho errado e usando usando maconha maconha já era era tarde demais. demais. Apesar de Neto não ser um viciado, era visto como tal, e seu pai no desespero para tratar o filho, o interna em uma clinica, mas não em uma clinica de reabilitação para droga drogado doss e sim sim em uma uma clinic clinicaa psiq psiqui uiátr átrica ica.. E com com o diag diagno nost stico ico mal mal feito feito pelo peloss “profissionais”, Neto foi aceito como sendo um louco. Ali neto viveu os piores dias da sua vida.  No filme, podemos ver a desigualdade desigualdade com a qual é tratado o cidadão brasileiro. brasileiro. As clinicas psiquiátricas em total descaso com os seres humanos, os submetem a torturas, não apenas apenas psicoló psicológic gicas, as, mais mais físicas, físicas, como como tratamen tratamento to de distúrb distúrbios ios que sequer sequer são comprovados pelos médicos. Vendo dessa maneira, as pessoas se tornam números dentro da instituição, que ao invés de ajuda-los, os rebaixa aos maiores níveis de humilhação que  pode existir em uma sociedade sociedade considerada considerada livre. Como se não bastasse bastasse o ser humano se tornar um número, a instituição mostra claramente no vídeo que o que importa não é mais o bem estar ou a recuperação dos pacientes, mais sim ter a quantidade de pacientes suficiente para se ganhar esse ou aquele beneficio.  Não bastasse essa esmagadora esmagadora injustiça injustiça em nosso nosso país, à violência violência apenas perde  para o preconceito, preconceito, por mais que sejam doentes doentes e loucos todos são seres humanos, humanos, e devem ser tratados como tal, recebendo tratamento de qualidade para que haja uma reabilitação. Mais o filme nos mostra que o médico se quer constata o problema particular  de cada paciente para que seja feito um tratamento adequado, pelo contrario, todos tomam os mesmo tipos de remédios, e nas clinicas o “enfermo” agora é tratado de igual para igual com os psicopatas e sociopatas assassinos que vem lotando as casas de tratamentos e manicômios do Brasil.

O grande detalhe é que o dialogo seria a única e uma simples solução para acabar  com a rebeldia apresentada pelo personagem do filme, uma conversa entre pai e filho, que na maioria das vezes se resolve não uma internação com tratamento de choque na cabeça ou ficar no escuro da ‘solitária’, como se ele estivesse de fato preso, quando ele deveria ser tratado como um doente, se tanto.  Nesse tipo de tratamento ao qual Neto foi submetido eles chegam ao ponto de dar  remédio para pessoa engordar, apenas para aparentar aos familiares boa saúde, mostrar  uma imagem totalmente diferente da realidade. Eles não deixam os familiares fazerem visitas internas no ambiente onde seus parentes estão sendo “tratados”, não passam se quer da sala de visitas, que é limpa, arrumada, somente para passar uma boa aparência. Em dias de visitas os funcionários banham os pacientes e os vestem bem para que não seja descoberta toda a farsa das clinicas. Os funcionários não são treinados para tratar e ajudar a resolver os problemas dos doentes, e sim para calar a boca de todos e manipular  os familiares para que ninguém descubra que ali todos são tratados como ratos, levando os familiares a pensar que esta tudo bem, quando na verdade o sofrimento é gritante, levando pessoas que eram sãs as de fato enlouquecer.  Neto entrou na clinica apenas como mais um usuário de drogas, e saiu dali com  problemas mentais e alucinações, não por causa da maconha, mais sim por um tratamento mal feito, por terem vivido vários tipos de frustrações. Talvez neto nunca mais tenha tido a vida de antes, pois como se não bastasse a sua loucura, a sociedade passou a vê-lo com outros olhos. Neto como muitas outras pessoas, perdeu a sua vida social e saúde mental  por uma negligencia. Felizmente a reforma psiquiátrica vem buscando modificar e acabar com as internações como forma de exclusão no Brasil para que esses pacientes que são considerados especiais tenham um tratamento mais digno. A reforma psiquiátrica vem  buscando substituir as clínicas e manicômios por uma rede de serviços de atenção  psicossocial buscando a integração das pessoas que sofrem de transtornos mentais com a comunidade. Essa rede inclui centros de atenção psicossocial (CAPS), centros de convivência e cultura assistidos, cooperativas de trabalho protegido (economia solidária), oficinas de geração de renda e residências terapêuticas, descentralizando e territorializando o atendimento em saúde, conforme previsto na lei federal que institui o sistema único de saúde (SUS) no Brasil. Espero que com essa reforma psiquiátrica as clínicas que não cumprem com seus deveres, sejam punidas severamente, pois as pessoas que necessitam do atendimento  psiquiátrico vão em busca de assistência para que sejam tratados com dignidade. Aliás, eles pagam para isso, e não para serem jogados as traças e tratados como animais.