Resenha do Capítulo 3 do livro Filosofia da Ciência de Rubem Alves
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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
FILOSOFIA DA CIÊNCIA INTRODUÇÃO AO JOGO E SUAS REGRAS CAPÍTULO III: EM BUSCA DE ORDEM
Curso de Engenharia Elétrica Metodologia Científica Professor: Sérgio Birchal Aluno: José George Melgaço Souza
Belo Horizonte 2012
José George Melgaço Souza
FILOSOFIA DA CIÊNCIA INTRODUÇÃO AO JOGO E SUAS REGRAS CAPÍTULO III: EM BUSCA DE ORDEM
Resenha Crítica apresentada para obtenção de nota parcial na disciplina de Metodologia Científica, curso de Engenharia Elétrica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, ministrada pelo professor Sérgio Birchal.
Belo Horizonte 2012
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FILOSOFIA DA CIÊNCIA INTRODUÇÃO AO JOGO E SUAS REGRAS CAPÍTULO III: EM BUSCA DE ORDEM
ALVES, Rubens. Filosofia da Ciência: Introdução ao Jogo e Suas Regras . Editora Brasiliense, 1981. Neste capítulo, Rubens procura estabelecer uma diferença entre o que o senso comum e a ciência buscam, afirmando que ambos buscam uma ordem, a resolução para um problema ainda sem entendimento. Segundo ele, o conhecimento envolve a criação e o entendimento dessa ordem. A ciência busca entender o invisível, trabalhando com ele todo o tempo, explicando a essência dos fenômenos, enquanto que o senso comum aceita certos misticismos, também invisíveis, sem lidar com fatos reais, mas sim com crenças infundadas. O visível, para Rubens, é a aparência do fenômeno ou ser, aquilo que é visto por fora, enquanto que o invisível corresponde às propriedades e comportamentos que vão aquém do perceptível. Ou seja, a ordem é invisível. Rubens também toca no ponto de que os fenômenos são únicos e passageiros, nada acontece exatamente igual, e, apesar dessa aparente falta de tradicionalismo nos acontecimentos, os fenômenos ajudam a prever futuras situações similares e a estabelecer uma ordem que, uma vez entendida, constitui conhecimento acerca desse fenômeno. Isso leva a ciência a prever certos comportamentos da natureza, ou seja, uma ordem. A filosofia grega, segundo o autor, tentava estabelecer uma ligação entre o visível e o invisível. Entretanto, os cientistas trabalham com fatos para explicar o invisível, fatos esses decisivos para a confirmação ou negação das teorias. Fatos aleatórios não explicam nada, mas constituem um problema, um enigma a ser resolvido. E, para a resolução desse problema, é necessário o uso da imaginação. Por meio da imaginação, o cientista cria um modelo. Porém, um modelo só é bom quando comparado ao original, segundo Rubens. E, na ciência, o original não é conhecido, mas imaginado. Assim, se um modelo funciona, ele é verdadeiro, pois atende ao proposto pela imaginação (até que outro modelo se prove mais adequado).
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As teorias descrevem a natureza por analogias do que é previamente conhecido. Ou seja, os modelos (ou teorias) são palpites baseados na crença do funcionamento análogo ao conhecido, transformando o desconhecido naquilo que já conhecemos, por analogia. Enquanto essa teoria funcionar de forma adequada, não é possível coloca-la em questão, segundo Rubens. A “receita”, ou seja, a maneira como a aplicação do conhecimento científico é feita, é
mantida. Segundo o autor, uma lei funciona em qualquer circunstância. Se há algum tipo de exceção à lei, um ad hoc é integrado, forçando a permanência da mesma. Porém, se uma lei não é uma boa lei, ou seja, possui muitos
ad hoc,
a teoria cai por terra, perdendo
credibilidade. O mesmo acontece caso a teoria não tenha resultados positivos que podem ser repetidos e afirmados. Nesse Capítulo III, Rubens faz uma espécie de introdução ao desenvolvimento de teorias científicas, apresentando, indiretamente, o significado e usabilidade de hipóteses e a necessidade da comprovação da mesma. Ressalta também a importância da imaginação do cientista, que necessita de compreender e descrever fenômenos invisíveis, mesmo na impossibilidade de validar completamente seus modelos. José George Melgaço Souza é acadêmico do curso de Engenharia Elétrica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.
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