Resenha Arte de Ser Chefe - Gaston Courtois

March 13, 2019 | Author: Gerilda Mariano | Category: Leadership, Liderança e mentoria, Reality, Spirit, Bible
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Resenha do Livro Arte de Ser Chefe...

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Projeto Leitura 2017 Título: A Arte de ser chefe Original: L’art d’être chef  Autor: Gaston Courtois (1897 – 1970) 1970) Tradução: Job Lorena de Sant’Ana Biblioteca do Exército, 2012. Coleção General Benício 2ª edição A presente present e obra trata sobre as qualidades e procedimentos que o chefe chefe deverá ter ou tomar  para bem chefiar um grupo grupo seja este militar ou ou não. Em meio a orientações e histórias, Courtois descreve situações sit uações as quais o chefe chef e se deparará e como com o um sábio chefe solucionaria a controvérsia. A obra está estrutura em 3 capítulos, nos quais abordam a missão, as qualidades e o exercício exercíci o da função de um chefe, perfazendo per fazendo um total tot al de 147 páginas. Dentro de cada capítulo, existe os tópicos tópi cos atinentes ati nentes a cada aspecto que se deseja abordar, a fim de se esgotar esgotar o assunto sem que haja uma confusão de ideias idei as durante a leitura. leit ura. A obra foi foi escrita por ideias, ideias, inclusive na versão original em francês, cada cad a ideia está est á numerada como c omo se fosse foss e um versículo de um livro sacro como a Bíblia Bíblia ou o Alcorão. O padre Gaston Gast on Courtois Court ois nos mostra m ostra que o chefe é, antes de tudo, um educador e um guia, no preparo e na condução dos seus comandados, aos quais deve servir de exemplo. Por sua formação sacerdotal católico-cri catól ico-cristã, stã, suas ideias estão impregnadas de doutrina  bíblica,  bíblica, como “toda autoridade autoridade vem de Deus” (pág 21), parafraseand parafraseando o Paulo Paulo em Romano Romanoss 13:1 13:1 ou “Tudo que vive está animado anim ado de um sopro. Tudo que existe sem sopro está morto” (pág 30) extraído

de Gênesis 2:7.  No Capítul Capítuloo 1 - A missão missão do chefe chefe,, o autor autor busc buscaa cont contex extu tual aliz izar ar a pala palavr vraa chefe chefe,, desta destaca cand ndoo inclusive a origem etimológica do termo que “é aquele que está à testa t esta ou, melhor ainda, aquele que é a cabeça. É a cabeça que vê, pensa e age no interesse do corpo inteiro. ”. Gaston Courtois indica qual a missão do chefe, alem de como ele deve seguir para alcançar seus objetivos no intuito de motivar seus chefiados.  Não obstante, fica nítido que para o chefe é de vital importância importância à transmissã transmissãoo do ideal. ideal. Ezra. Esta atitude é fator imprescindível para alcançar os objetivos propostos. Outra atribui atribuição ção do chefe chefe é motivar motivar os chefiados para o vencimento dos obstácu obstáculos los ao longo do cumprimento dos objetivos do grupo.

O chefe deve fazer que o grupo compreenda muito bem aquilo que é proposto para execução, uma vez que, em suas próprias palavras “decidir não é nada: o importante é que as decisões sejam executadas ”. O capítulo explicita conceitos de liderança pessoal, como o exemplo, ser estimado, ao invés de temido, desprendimento, conhecimento das capacidades individuais dos homens chefiados, etc. Uma expressão importante do capítulo, que desenvolve bem a ideia nele contido é “ O

que

faz o chefe é a vontade, o desejo, a necessidade de agir sobre os homens para transformá-los, eleválos, conduzi-los a alguma coisa de mais e de melhor.”. O capítulo 2 - As qualidades do chefe, este cita uma série de atributos essenciais à pessoa investida de autoridade. São estas as qualidades descritas por Gaston: fé na missão, senso de autoridade, espírito de decisão e de iniciativa, espírito de disciplina, energia realizadora, calma e autocontrole, sentido da realidade, competência, espírito de previdência, conhecimento dos homens, benevolência do espírito,  bondade, respeito à dignidade humana. Um chefe revestido de tais características está apto a liderar homens quaisquer sejam os objetivos a serem alcançados. Talvez, uma das ideias mais importantes do capítulo é o autoconhecimento, traduzido pela expressão “O

chefe que quer ser digno de comandar deve começar por ser capaz de comandar a si

mesmo” e pleno sentido de realidade, consciência situacional, totalmente explícita na sentença “ter

o

sentido da realidade é conhecer-se a si próprio, conhecer suas possibilidades tão bem, aliás, quanto seus limites. Ter o sentido da realidade é aplicar-se para utilizar seus subordinados de acordo com suas capacidades. Não fazer tragédia com as coisas simples, nem simplificar as coisas trágicas”. O Capítulo 3 - O exercício da função do chefe, o autor aborda o modus operandi do exercício da chefia. O autor elenca dez funções, que ele denomina de artes, inerentes à rotina de trabalho dos chefes, quais são A arte de formar e de educar, a arte de organizar, a arte de comandar, a arte de controlar, a arte de repreender, a arte de punir, a arte de neutralizar as resistências, a arte de encorajar e de recompensar, a arte de se fazer ajudar e a arte de constituir equipe com os outros chefes. Este capítulo se diferencia dos anteriores, pois evoca mais especificamente atividades da vida militar, sem, no entanto, deixar isso patente. Ezra. Ao longo das “artes” elencadas, o leitor consegue compreender de forma mais clara a

aplicação dos atributos destacados nas páginas anteriores da obra, uma vez que existe uma contextualização voltada à prática da chefia.

A obra apresenta aspectos relevantes para o exercício da chefia, principalmente, pois transcrevem em palavras os exemplos vividos por outras autoridades, trazendo à tona a essência do comportamento humano sob o comando de outra pessoa. Contudo, a obra apresenta um teor religioso muito marcante, podendo, talvez, deixar de alcançar um leitor que não seja cristão ou até mesmo ocidental, pois por diversas vezes justificou o seu entendimento usando a relação Homem-Deus como o suporte para o sucesso na sua tarefa. Para uma compreensão mais completa da obra, a sua leitura exige uma relativa experiência na função de chefe por parte do leitor, já que a obra está basicamente redigida em forma de parábolas demandando que o leitor faça uso de sua vida profissional para contextualizar as ideias elencadas por Courtois. A base teórica utilizada por Courtois apresenta relação com as utilizadas pelos manuais de liderança militar do Exército Brasileiro, no quais abordam claramente os três pilares mestres do líder, ou seja, o SER, o SABER e o FAZER. Estes atributos são melhores descritos no manual de campanha C 20-10, e traduzem as áreas de desenvolvimento da personalidade militar conhecida como AFETIVA, COGNITIVA e PSICOMOTORA. Recomenda-se a leitura dessa obra para indivíduos que exerçam chefia sobre um grupo de  pessoas, seja na fase inicial da carreira ou já com uma relevante experiência. Para os últimos, constitui-se em um livro de cabeceira, servindo de guia de rotina, a fim de evitar vícios de conduta. Gaston Courtois (1897 – 1970) foi um árduo estudioso das relações humanas, no que tange  principalmente o aspecto da condução de grupos por um elemento, ou seja, do relacionamento entre uma pessoa na posição de chefe e seus respectivos chefiados. Ezra. Formado inicialmente em letras e psicologia, direcionou sua vida acadêmica para a teologia ao ingressar no Seminário de Saint Sulpice, onde foi ordenado em 1925. Adquiriu relevante experiência na área tratada em sua obra, pois ao longo de sua vida assumiu diversas posições de chefia em instituições de ensino e artes, culminando em 1960, quando foi nomeado Secretário-Geral e Diretor do Secretariado Internacional da Pontifícia União do clero missionário, em Roma.

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