Relatório - Prática 5 (Determinação Da Densidade e Do Teor de Etanol Da Gasolina)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS- UFAL INSTITUTO DE QUÍMICA E BIOTECNOLOGIA- IQB LABORATÓRIO DE QUÍMICA I ENGENHARIA QUÍMICA
MORGANA LETÍCIA CAVALCANTE SILVA STEPHANIE CAROLINE LEOPOLDO DE CORDOVA
PRÁTICA: DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE E DO TEOR DE ETANOL DA GASOLINA
Maceió 2014
A prática “Determinação da Densidade e do Teor de Etanol da Gasolina ” teve
como objetivo determinar a densidade de gasolina comercial e verificar o teor de álcool por meio de um processo de separação de mistura líquido-líquido.
Separação de Misturas Líquido-Líquido Para a separação dos componentes de uma mistura, ou seja, para a obtenção separada de cada uma das suas substâncias puras que deram origem à mistura, utilizamos um conjunto de processos físicos denominados fracionamento de misturas. Esses processos não alteram a composição das substâncias que formam uma dada mistura, uma vez que toda mistura trata-se de um fenômeno físico. Separam-se líquidos imiscíveis, que apresentam por essa razão densidades diferentes; sistema no qual o líquido mais denso acumula-se na parte inferior do recipiente. Em laboratório, pode-se utilizar o funil de bromo, também conhecido como funil de decantação, ou ainda, funil de separação. Num sistema formado por água e óleo, por exemplo, a água, por ser mais densa, localiza-se na parte inferior do funil e é escoada abrindo-se a torneira de modo controlado. A decantação pode ser feita de uma maneira mais rudimentar, utilizando-se um sifão (sifonação).
Cloreto de Sódio O cloreto de sódio (NaCl) consiste em um dois mais importantes e conhecidos sais da química inorgânica, e apresenta em sua estrutura um cátion, derivado do elemento químico sódio, e um ânion, derivado do elemento químico cloro, monovalentes, que confere à molécula uma relativa hidrossolubilidade e solubilidade na maior parte dos solventes polares. Comumente é designado por sal de cozinha ou simplesmente por sal, e se apresenta em condições normais como um sólido cristalino branco.
Etanol O etanol (álcool etílico) é o mais comum dos álcoois e caracteriza-se por ser um composto orgânico de fórmula estrutural CH 3CH2OH, obtido por meio da fermentação do amido e outros açúcares como a sacarose existente na canade-açúcar. Analogamente à água, os álcoois apresentam caráter polar, mais acentuado nos compostos de menor peso molecular. No caso dos álcoois, esse caráter se deve à presença do grupamento hidroxila, no qual o átomo de oxigênio, por ser mais eletronegativo que o de hidrogênio, atrai os elétrons compartilhados na ligação O-H, levando-os a assumir uma distribuição espacial assimétrica. Além disso, o ponto de ebulição desses compostos é relativamente alto, graças à presença da ligação tipo pontes de hidrogênio entre as moléculas. Os álcoois são solúveis em água, embora a solubilidade diminua à medida que seu peso molecular aumenta. Alguns álcoois, como o etanol, são bons solventes de outros compostos orgânicos não solúveis em água. Quanto ao caráter ácido-básico desses compostos, os álcoois podem atuar como bases fracas, em presença de ácidos fortes, tais como o nítrico e o sulfúrico, ou como ácidos, reagindo com metais mais reativos para formar alcoóxidos. O caráter básico dos álcoois se deve à presença de dois pares de elétrons que não participam da ligação entre os átomos de oxigênio e hidrogênio do grupamento hidroxila.A viscosidade dos álcoois aumenta à medida que seu peso molecular cresce. Assim, enquanto o metanol é líquido a temperatura ambiente, o nicosanol, com vinte átomos de carbono na cadeia, é sólido. Os álcoois são inflamáveis quando em presença de uma chama, em atmosfera de ar ou oxigênio, transformando-se totalmente em água e gás carbônico, com grande desprendimento de energia.
Gasolina Comum A gasolina é um combustível constituído basicamente por hidrocarbonetos e, em menor quantidade, por produtos oxigenados. Esses hidrocarbonetos são, em geral, mais "leves" do que aqueles que compõem o óleo diesel, pois são
formados por moléculas de menor cadeia carbônica (normalmente de 4 a 12 átomos de carbono). Além dos hidrocarbonetos e dos oxigenados, a gasolina contém compostos de enxofre, compostos de nitrogênio e compostos metálicos, todos eles em baixas concentrações. A faixa de destilação da gasolina automotiva varia de 30 a 220ºC. A gasolina básica (sem oxigenados) possui uma composição complexa. A sua formulação pode demandar a utilização de diversas correntes nobres oriundas do processamento do petróleo como nafta leve (produto obtido a partir da destilação direta do petróleo), nafta craqueada que é obtida a partir da quebra de moléculas de hidrocarbonetos mais pesados (gasóleos), nafta reformada (obtida de um processo que aumenta a quantidade de substâncias aromáticas), nafta alquilada (de um processo que produz iso-parafinas de alta octanagem a partir de iso-butanos e olefinas), dentre outros. A concentração de álcool na gasolina brasileira, segundo o CNP - Conselho Nacional do Petróleo, deve estar entre 18% e 24%. Principais constituintes, propriedades e processo de obtenção da gasolina:
Constituintes
Butano
Isopentano
Processo de Obtenção
destilação e processos de transformação destilação, processos de transformação, isomerização
Faixa de
Índice de octano
Ebulição (Cº)
Motor (Clear)
zero
101
27
75
Alcoilada
alcoilação
40 - 150
90 – 100
Nafta leve de destilação
destilação
30 - 120
50 – 65
Nafta pesada de destilação
destilação
90 - 220
40 – 50
Hidrocraqueada
hidrocraqueamento
40 - 220
80 – 85
Craqueada cataliticamente
craqueamento catalítico
40 - 220
78 – 80
Polímera
polimerização de olefinas
60 - 220
80 – 100
Craqueada termicamente
coqueamento retardo
30 - 150
70 – 76
Reformada
reforma catalítica
40 - 220
80 – 85
Gasolina Adulterada A adulteração da gasolina pode ocorrer pela adição de álcool etílico anidro C em porcentagens superiores ao estabelecido pela PANP 309 ou pela adição de solventes à gasolina. A gasolina padrão tem uma densidade entre 0,72 g/cm³ e 0,75 g/cm³, a gasolina adulterada apresenta, em geral, uma densidade menor, devido a adição de compostos orgânicos menos densos. A adição de solventes provoca mudanças nas propriedades físico-químicas da gasolina, entre elas, a curva de destilação, a pressão de vapor e a taxa de equilíbrio vapor-líquido estão diretamente relacionadas à composição e às características químicas da mistura. Estas propriedades têm uma grande influência no controle da ignição, no aquecimento e aceleração do motor e no consumo de combustível.
Os materiais utilizados foram:
Balança Analítica
Funil de separação
Gasolina
Provetas de 25 mL
Provetas de 100 mL
Solução de NaCl
Determinação da Densidade Para determinar a densidade da gasolina foi necessário pesar uma proveta de 25 mL e registrar sua massa, em seguida, medir 20 mL de gasolina comum na própria proveta previamente pesada e, novamente, registrar sua massa. Uma vez que a proveta possuiu massa de 46,8 g e posteriormente, com a adição de gasolina, de 61,2 g, então a massa de gasolina é de 14,4 g. Utilizando os dados registrados foi possível observar que a gasolina possui densidade de 0,72 g/mL (densidade = (massa)/(volume)).
Determinação do Teor de Etanol Foram adicionados 50 mL de gasolina comum e 50 mL de solução aquosa de NaCl a uma proveta de 100 mL e tranferiu-se a mistura a um funil de separação. Agitou-se a mistura e a tranferiu novamente para a proveta. Foi aguardado alguns minutos até a total separação das fases. Após a separação da frações foi possível observar que havia 60,2 mL da solução de NaCl e etanol, onde 10,2 mL são apenas de etanol, e 39,8 mL de gasolina. Pode-se concluir que, apesar do procedimento não ter sido totalmente correto devido a falta de materias, a gasolina utilizada não era adulterada pois apresentou densidade de 0,72 g/cm³, ou seja, apresentou densidade dentro dos padrões, e teor de etanol de 20%, que está de acordo com o Conselho Nacional de Petróleo.
Referências
Wikipédia, Cloreto de Sódio. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cloreto_de_s%C3%B3dio Acesso em 27 de abril de 2014.
Etanol, Propriedades Físico-Químicas. Disponível em: http://esqverde.blogspot.com.br/2009/09/propriedades-fisicoquimicas.html Acesso em: 18 de junho de 2014.
Petrobras Distribuidora, Composição da Gasolina Básica. Disponível em http://www.br.com.br/wps/portal/portalconteudo/produtos/automotivos/ga solina/!ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hLf0N_P293QwP 3YE9nAyNTD5egIEcnQ4MgQ_2CbEdFAGTlInk!/?PC_7_9O1ONKG10G SIC025HDRRAB10F4000000_WCM_CONTEXT=/wps/wcm/connect/port al+de+conteudo/produtos/automotivos/gasolina/composicao+da+gasolin a Acesso em 18 de junho de 2014.
Elaine V. Takeshita, Selene M. A. G. U. de Souza e Antônio Augusto U. de Souza, Parâmetros Físico-Químicos da Gasolina C Frente à Adição de Solventes. Disponível em: http://www.portalabpg.org.br/PDPetro/4/resumos/4PDPETRO_4_4_0101 -1.pdf Acesso em 18 de junho de 2014.
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