Relatorio identificação de carboidratos

March 27, 2019 | Author: Priscila Petroski Olher | Category: Carbohydrates, Fructose, Química, Physical Sciences, Carbohydrate Chemistry
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS ALTO PARAOPEBA

Identificação de carboidratos Priscila Petroski Olher  Cristiane Azevedo Vaz Assai Alex

Relatório apresentado ao curso de Engenharia de Bioprocessos na disciplina Bioquímica Experimental Experimental sob responsabilidade responsabilidade do Prof. Juliano.

Ouro Branco/MG

Novembro/2010

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Sumário 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 4 2 OBJETIVOS............................................................................................................................ 4 3 MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................................... 4 3.1 Materiais e equipamentos...................................................................................................... 4 3.1.1 Reagentes........................................................................................................................... 4 3.1.2 Vidraria.............................................................................................................................. 5 3.1.3 Equipamentos..................................................................................................................... 5 3.2 Procedimentos....................................................................................................................... 5 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................................... 5 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 8 6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 8

1 INTRODUÇÃO As biomoléculas mais abundantes da face da Terra são os carboidratos, cada ano a fotossíntese converte mais de 100 bilhões de toneladas de CO 2 e H2O em celulose e outros produtos vegetais. Certos carboidratos são a base da dieta na maior parte do mundo e a oxidação dos carboidratos é a principal via metabólica fornecedora de energia na maioria das células não-fotossintéticas. Os carboidratos são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que liberam estes compostos por hidrólise. Muitos carboidratos, mas não todos, têm fórmulas empíricas (CH 2O)n, alguns também contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. Os carboidratos estão divididos em três classes principais, de acordo com o seu tamanho: monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Os monossacarídeos consistem de uma única unidade de poliidroxialdeído ou cetona, o mais abundante na natureza é o açúcar com seis átomos de carbono na molécula, a D-glicose, também chamado de dextrose. Os oligossacarídeos são compostos por cadeias curtas de unidade monossacarídicas, ou resíduos, unidos entre si por ligações características, chamadas ligações glicosídicas. Os mais abundantes são os dissacarídeos, formados por duas unidades de monossacarídeos. A sacarose é o representante típico dessa classe. Polímeros que contêm mais de 20 unidades de monossacarídeos são os polissacarídeos e podem ter cadeias contendo centenas ou milhares de unidades monossacaridicas[1].

2 OBJETIVOS Executar testes qualitativos para reconhecimento de carboidratos, identificação de quatro carboidratos desconhecidos com os seguintes testes: Iodo, Benedict e Seliwanoff.

3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Materiais e equipamentos 3.1.1 Reagentes

Controle positivo: Soluções 1% de Glicose, frutose, sacarose e amido; Amostras a serem identificadas: Soluções A, B, C e D; Controle negativo: água; Reagente de Seliwanoff: resorcinol 0.03% em ácido clorídrico 3 mol/L;

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Reagente de Benedict: solução contendo 17,3% de citrato de sódio, 10,0% de carbonato de sódio anidro e 17,3% de sulfato cúprico pentahidratado;

Solução Lugol: 5% de Iodo em Iodeto de potássio a 10%. 3.1.2 Vidraria -Tubos de ensaio; -Béquer; -Pipeta. 3.1.3 Equipamentos -Agitador; -Bico de Bunsen;

3.2 Procedimentos 3.2.1 Teste de Iodo Primeiramente, colocou-se em um tubo de ensaio aproximadamente 1 mL das soluções: A,B,C e D, controle positivo e controle negativo, em seguida adicionou-se em cada tubo 2 gotas da solução lugol. O aparecimento de coloração azul indica reação positiva. Interpretou-se o resultado obtido, anotando-o na tabela. 3.2.2 Teste de Benedict Colocou-se em um tubo de ensaio aproximadamente 0,5 mL das soluções: A, B, C e D, controle negativo e positivo. Adicionou-se 1,0 mL do reagente de Benedict e misturou-se. Feito isso, aqueceu-se, agitou-se, e observou-se a solução, no qual a mudança de coloração (azul para verde até vermelho/tijolo) e/ou formação de precipitado indica reação positiva. Interpretou-se o resultado obtido, anotando-o na tabela. 3.2.3 Teste de Seliwanoff  Colocou-se em um tubo de ensaio aproximadamente 0,5 mL das soluções: carboidrato a ser identificado, controle positivo e controle negativo. Adicionou-se 1,0 mL do reagente de Seliwanoff e misturou-se. Em seguida, colocaram-se os tubos num banho de água em ebulição e observou-se periodicamente. Interpretou-se o resultado obtido, anotando-o na tabela.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir do experimento, foi possível construir a tabela 1, mostrando todos os resultados obtidos na realização da prática.

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Tabela 1 – Identificação de carboidratos através dos testes iodo, Benedict e Seliwanoff. Identificação (tipos de Amostra Teste Iodo Teste Benedict Teste Seliwanoff  carboidratos) Amido Positivo Negativo Negativo _  Sacarose Negativo Negativo (Positivo/negativo) _  Glicose Negativo Positivo Negativo _  Frutose Negativo Positivo Positivo _  Sol.A Negativo Positivo Negativo Glicose Sol.B Positivo Negativo Negativo Amido Sol.C Negativo Negativo (Positivo/negativo) Sacarose Sol.D Negativo Positivo Positivo Frutose

Teste de Benedict 

O teste de Benedict identifica açúcares redutores, ou seja, carboidratos que possuem o seu carbono anomérico livre, isto é, um carbono não envolvido em ligações glicosídicas. O teste se baseia na redução do Cu 2+ em Cu+, o cobre está presente no reagente de Benedict que contem citrato de sódio, carbonato de sódio anidro e sulfato cúprico pentahidratado. O íon cuproso (Cu +) produz o Cu 2O, um composto de cor vermelhotijolo, indicando a redução do Cu 2+ e o resultado positivo do teste. [1] Neste experimento observou-se que para o teste de Benedict a solução A e a solução D responderam positivamente ao teste. Portanto, pelos resultados obtidos na tabela 1, sabe-se que a solução A corresponde a Glicose e a solução D a Frutose. A glicose e a frutose são monossacarídeos, uma das classes dos carboidratos, redutores, pois como descrito anteriormente, seus carbonos anoméricos não está envolvido em ligações glicosídicas, como mostradas na figura 1.

Figura 1 – Fórmula estrutural cíclica dos monossacarídeos frutose e glicose. Estes dois compostos, glicose e frutose, são capazes de reduzir íons metálicos em soluções alcalinas, pois a oxidação do carbono anomérico de um açúcar redutor por 

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um íon metálico só acontece quando o açúcar está na sua forma linear, onde em solução ela está em equilíbrio com a forma cíclica. [2] Teste de Iodo

O teste de iodo identifica alguns tipos de polissacarídeos baseado na formação de um complexo colorido. O

complexo da amilose e da amilopectina com o iodo

resulta em um complexo azul e vermelho-violáceo de acordo com a interação do iodo com a estrutura do amido, como esquematizado na figura 2:

Figura 2: Complexo Iodo-Amido. [3] O aprisionamento do iodo dá-se no interior da hélice formada pela amilose, como a amilopectina não apresenta estrutura helicoidal, devido à presença das ramificações, a interação com o iodo será menor, e a coloração menos intensa. Entretanto, nem todos os polissacarídeos como a celulose e a sacarose, reagem com o iodo, pois é necessário que a molécula apresente uma conformação que se ligue especificamente ao iodo [3]. Portanto, de acordo com a tabela 1 conclui-se que a solução B é o amido, visto que respondeu positivamente ao teste de iodo. Assim, quanto maior a ramificação da cadeia, menos intensa será a coloração desenvolvida, visto que a interação entre o iodo e a cadeia será menor. [2] Teste de Seliwanoff 

O teste de Seliwanoff permite diferenciar aldoses de cetoses que, sob ação do HCl, são transformadas em derivados de furfural que se condensam com o resorcinol, formando um produto vermelho de composição incerta. A reação com cetose é rápida e mais intensa pela maior facilidade de formação do derivado furfural.[1].A cetose é um monossacarídeo que tem um grupo cetona, normalmente no carbono 2 como está esquematizado na figura 3.

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Figura 3: Cetose [4] A frutose e a glicose são isômeros de função, pois possuem a mesma fórmula molecular C6H12O6. Contudo, a glicose é uma aldose e a frutose é a cetose mais comum encontrada na natureza, assim segue-se novamente que a solução D é a frutose, pois reagiu positivamente ao teste.[1] A sacarose é um dissacarídeo que ao sofrer hidrólise em meio ácido, resultará em glicose e frutose, assim a sacarose caso libere a frutose reagirá também positivamente ao teste de seliwanoff.[2]

5 CONCLUSÃO Concluiu-se que através de testes qualitativos e conhecendo as estruturas dos carboidratos assim como suas classificações e funções foi possível identificar os açúcares desconhecidos.Portanto, os testes executados nesta prática são de fundamental importância para a bioquímica visto que permite reconhecer tais carboidratos para que este possa ser estudado.

6 REFERÊNCIAS [1] LEHNINGER, A. G.;NELSON,D.L;COX, M. M. Princípios de Bioquímica.4ed.São Paulo: Sarvier,2006.236p. [2] Carboidratos: Estruturas, propriedades e funções . Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc29/03-CCD-2907.pdf>. Acesso em 30 de outubro de 2010. [3] Teste do Iodo. Disponível em: .Acesso em 02 de novembro de 2010. [4] Aldose e Cetose. Disponivel em: .Acesso em 02 de novembro de 2010.

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