Relatório de Estágio em Engenharia Civil
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Relatório apresentado a disciplina de Estágio Obrigatório do Curso de Engenharia Civil, com ênfase em Alvenaria Estrutur...
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Daniel Henrique Schwendler
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório de estágio apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade de Santa Cruz do Sul para obtenção do titulo de Bacharel em Engenharia Civil.
Santa Cruz do Sul 2013
LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Situação e implantação...............................................................................8 Figura 2 – Fachada do Residencial Vila Bellagio.........................................................9 Figura 3 – Sistema de laje treliçada unidirecional com EPS......................................10 Figura 4 – Quebra de elemento de EPS....................................................................11 Figura 5 – Quebra de elemento de EPS....................................................................11 Figura 6 – Aplicação do chapisco rolado....................................................................11 Figura 7 – Alvenaria executada..................................................................................12 Figura 8 – Principais EPI’s.........................................................................................13 Figura 9 – Situação e implantação.............................................................................14 Figura 10 – Fachada do edifício comercial e residencial...........................................15 Figura 11 – Bloco de alvenaria de vedação...............................................................16 Figura 12 – Elemento de EPS sem quebras..............................................................16 Figura 13 – Escada com viga central.........................................................................17 Figura 14 – Fôrma da escada com viga central.........................................................17 Figura 15 – Fôrma e armadura da escada com viga central......................................17 Figura 16 – Situação e implantação...........................................................................19 Figura 17 – Fachada principal do Residencial Angelus.............................................20 Figura 18 – Fachada lateral do Residencial Angelus.................................................21 Figura 19 – Fôrmas de madeira bem executadas......................................................22 Figura 20 – Escoramento de madeira........................................................................22 Figura 21 – Detalhe da armadura de pele..................................................................23 Figura 22 – Detalhe da armadura de pele..................................................................23 Figura 23 – Traspasse da armadura e dobra de ancoragem.....................................23 Figura 24 – Falha em pilar.........................................................................................24 Figura 25 – Falta de segurança.................................................................................25 Figura 26 – Detalhe da proteção contra queda e instalação elétrica.........................25 elétrica.................... .....25 Figura 27 – Detalhe dos protetores de vergalhão......................................................25
LISTA DE ABREVIATURAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes EPC – Equipamento de Proteção Coletiva EPI – Equipamento de Proteção Individual EPS – Poliestireno expandido m² – metro quadrado NBR – Norma Brasileira NR – Norma Regulamentadora
SUMÁRIO 1 ÁREA E LIMITAÇÃO DO TEMA ............................................................................. 5 2 HISTÓRICO DA EMPRESA ..................................................................................... 6 3 JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 7 4 RELATO DAS ATIVIDADES ................................................................................... 8 4.1 Residencial Vila Bellagio ....................................................................................... 8 4.1.1 Identificação da obra .......................................................................................... 8 4.1.2 Identificação do projeto ...................................................................................... 9 4.1.3 Dados técnicos da obra ...................................................................................... 9 4.1.4 Tecnologias predominantes ............................................................................. 10 4.1.5 Segurança ........................................................................................................ 13 4.2 Empreendimento de Jacó Edmundo Weiand ...................................................... 13 4.2.1 Identificação da obra ........................................................................................ 14 4.2.2 Identificação do projeto .................................................................................... 15 4.2.3 Dados técnicos da obra .................................................................................... 16 4.2.4 Tecnologias predominantes ............................................................................. 16 4.2.5 Segurança ........................................................................................................ 18 4.3 Empreendimento Residencial Angelus................................................................ 19 4.3.1 Identificação da obra ........................................................................................ 19 4.3.2 Identificação do projeto .................................................................................... 20 4.3.3 Dados técnicos da obra .................................................................................... 21 4.3.4 Tecnologias predominantes ............................................................................. 22 4.3.5 Segurança ........................................................................................................ 24 5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 27 ANEXO A – Planta de fôrmas do terceiro pavimento do Residencial Angelus.. 28
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1 ÁREA E LIMITAÇÃO DO TEMA No estágio supervisionado de Engenharia Civil foram realizadas atividades diretamente ligadas a área da construção civil, mais especificamente na área de estruturas. Foram acompanhadas algumas etapas de execução de três obras no município de Lajeado. Onde uma se situa no bairro Montanha. O Residencial Vila Bellagio, como o nome deixa claro, é um prédio residencial, com apartamentos de baixo padrão e sistema estrutural composto por estrutura de concreto armado nos pilotis e mais 3 pavimentos com estrutura de alvenaria estrutural de blocos cerâmicos e lajes treliçadas. Possui área projetada de mais de 1700 m², onde acompanhou-se a execução do terceiro pavimento. O segundo empreendimento é um prédio misto, residencial/comercial, localizado no bairro Centro. O empreendimento pertence a Jacó Edmundo Weiand, e possui um subsolo (estacionamento), dois pavimentos comerciais e os dois últimos um apartamento duplex. Estrutura totalmente em concreto armado e fundações em sapatas. Lajes com vãos consideráveis e paredes apoiadas sobre as lajes. Empreendimento com área de aproximadamente 1285 m². Neste acompanhou-se a execução da alvenaria de vedação, bem como o revestimento e a execução da escada de acesso ao mezanino do pavimento superior. Já o terceiro empreendimento, é um prédio residencial de padrão médio/alto. Onde os andares de estacionamento são estruturados em concreto armado e os andares de apartamentos terão alvenaria estrutural com blocos de concreto. As lajes serão treliçadas, onde algumas paredes serão posicionadas sobre as lajes. O Edifício Residencial Angelus, como é chamado, possui uma área de mais de 4550 m². Acompanhou-se a execução do vigamento do primeiro pavimento de apartamentos. Num contexto geral, foram analisados também aspectos relacionados com a segurança, com base na NR 18, abordando aspectos que encontravam-se irregulares ou falta deles, no canteiro de obras.
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2 HISTÓRICO DA EMPRESA A Dominio D - Engenharia de Estruturas é, como o próprio nome já diz, um escritório de engenharia de estruturas. Fundado em 2010, com sede localizada na Avenida Alberto Pasqualini, número 151, sala 23, bairro Centro, na cidade de Lajeado. Em 2011começou a atuar também na cidade de Porto Alegre, com um escritório na Avenida Carlos Gomes, número 777, sala 801, bairro Auxiliadora. Apesar da história recente da empresa, o responsável técnico, Engenheiro Civil Daniel Klein, possui mais de 9 anos de experiência na área, tendo realizado os projetos estruturais de mais de 200 obras. A Dominio D realiza projetos estruturais residenciais, corporativos e industriais, sendo especializada em estruturas de concreto armado e aço. Atualmente, por exigência do mercado, também realiza projetos estruturais em alvenaria estrutural. Em fundações, realiza projetos de blocos, baldrame, radier e estacas. Em estruturas de concreto armado, realiza projetos em estrutura pré-moldada, e/ou moldada “in-loco”. Também realiza projetos de lajes planas, treliçadas, nervuradas ou maciças.
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3 JUSTIFICATIVA A exigência do mercado de trabalho que busca por profissionais qualificados e com experiência prática, o estágio torna-se imprescindível na vida acadêmica do estudante de engenharia. Pois assim é possível vivenciar o dia a dia da profissão adquirindo maior experiência nas áreas de interesse, contribuindo para seu crescimento pessoal e profissional. Em Engenharia Civil, uma das áreas mais importantes, se não a mais importante, é a área de estruturas. Por ser uma área bastante complexa, e que exige um grau de conhecimento elevado, carece de bons profissionais. A área de Engenharia de Estruturas está entre as que exigem maior precisão, pois qualquer deslize pode representar custos substancialmente maiores que os orçados, ou então a ruína da obra. Ter conhecimento em Engenharia de Estruturas não representa apenas saber fazer o cálculo da armadura, da seção de concreto ou da resistência do bloco de alvenaria. Conhecer Engenharia de Estruturas também é saber os limites de execução de certo componente estrutural, visitar a obra para vistoriar a correta execução do projeto, saber orientar os demais profissionais para a correta execução, etc. Este conhecimento prático, não é ensinado em sala de aula. Portanto vivenciar os problemas de obra, são de suma importância para a vida profissional e o Relatório de Estágio é a prova real deste aprendizado.
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4 RELATO DAS ATIVIDADES 4.1 Residencial Vila Bellagio 4.1.1 Identificação da obra Projetada pela Arquiteta e Urbanista Mabel Soares e com cálculo estrutural do Engenheiro Civil Daniel Klein, o Residencial Vila Bellagio é um empreendimento de cunho residencial, situado na cidade de Lajeado, mais precisamente no Bairro Montanha, na esquina das Ruas Maria Schuller Azambuja e Jabuticabeiras, sendo que faz frente para a primeira. Sendo o empreendimento de propriedade da Fachini Empreendimentos Imobiliários Ltda. A obra está sendo implantada em um terreno de 810 m² de área, sendo que o mesmo possui certo desnível, que é corrigido através de cortes e aterros. A obra possui um sistema estrutural misto, sendo estrutura de concreto armado nos pilotis e mais três pavimentos com alvenaria estrutural de blocos cerâmicos. O residencial é de apartamentos de baixo padrão, financiados pelo sistema Minha Casa Minha Vida. Figura 1 – Situação e implantação.
Fonte: Dominio D Engenharia de Estruturas
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4.1.2 Identificação do projeto O pavimento tipo é composto por cinco apartamentos, sendo quatro de dois dormitórios e um de somente um dormitório. Todos os apartamentos possuem sacada, sendo que o apartamento de um dormitório possui sacada embutida, e os demais, sacada em balanço. A Figura 2 apresenta o esboço eletrônico da fachada do mesmo. Figura 2 – Fachada do Residencial Vila Bellagio.
Fonte: Dominio D Engenharia de Estruturas
4.1.3 Dados técnicos da obra • Proprietário da Obra: Fachini Empreendimentos Imobiliários Ltda. • Projeto Arquitetônico: Arquiteta e Urbanista Mabel Soares; • Projeto Estrutural: Domínio D Engenharia de Estruturas; • Área total do terreno: 810,00 m²; • Área total da construção: 1.708,31 m²; • Número de pavimentos: 4 pavimentos; • Índice de aproveitamento: 1,95; • Taxa de ocupação: 57,39%; • Altura máxima da construção: 18,66 m.
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4.1.4 Tecnologias predominantes Nesta obra, observa-se o predomínio do uso combinado de duas tecnologias. Sento definidas pelo sistema construtivo de concreto armado moldado in loco, predominante no pavimento térreo. Os demais pavimentos, chamados pavimento tipo, são constituídos pelo sistema de alvenaria estrutural. Pode-se observar que para grandes vãos livres, o sistema de alvenaria estrutural é incompatível, sendo que optou-se pelo sistema de concreto armado. Já nos demais pavimentos, onde repete-se parede sobre parede, o sistema de alvenaria estrutural possui enormes vantagens, sendo assim aplicado em tais. Já nas lajes, aplicou-se o sistema de laje treliçada unidirecional com EPS, que constitui-se de um sistema de vigotas de concreto armado, com uma treliça aparente, conforme a Figura 3. O uso de poliestireno expandido (isopor) no sistema treliçado, substitui as lajotas de cerâmica, principalmente nos grandes vãos, por ser um material extremamente leve e de boa resistência mecânica. Porém, como apresentado nas Figuras 4 e 5, algumas destas apresentaram avarias na execução das la jes. Figura 3 – Sistema de laje treliçada unidirecional com EPS.
Fonte: Disponível em: < http://www.lajesvigafort.com.br/lajes-trelicadas-vantagens.php>. Acesso em 20 mai. 2013.
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Figura 4 – Quebra de elemento de EPS.
Figura 5 – Quebra de elemento de E S.
Fonte: Arquivo do Autor.
Fonte: Arq ivo do Autor.
Para garantir a a erência do revestimento no teto, fez-se uso de chapisco rolado sobre o EPS, como apresentado na Figura 6. Fig ra 6 – Aplicação do chapisco rolado.
Fonte: Arquivo do Autor.
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Nos pilares, vigas e lajes foi utilizado concreto usinado, sendo a estrutura do empreendimento dimen ionada conforme a NBR 6118:2007. Pa ra alvenaria estrutural, fez-se o uso de blocos cerâmicos e argamassa dosada em bra, com auxílio de padiolas, permitindo assim uma argamassa com as mesmas ca acterísticas durante toda a obra. Cabe destacar q e a alvenaria de modo geral foi bem e ecutada, tendo sido respeitados os travame tos de blocos e a espessura de argam ssa pode ser considerada aceitável, apesa da inexperiência dos operários com o sistema, como mostra a Figura 7. Porém, houveram relatos por parte do mestre de obras de que o eletricista quebrou alguns blocos para passagem de eletrodutos, o que é inaceitável, pois a resistência do sis ema estrutural é substancialmente perdi da. Além do mais, a literatura recomenda a passagem das tubulações pelos furos do blocos. Figura 7 – Alvenaria executada.
Fonte: Arquivo do Autor.
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4.1.5 Segurança Primeiramente, o que mais chama a atenção nesta obra a falta de segurança. Dos equipamentos de proteção individual, o único que talvez mais tenha se visto em uso é a botina. Os trabalhadores utilizavam chapéus ou b onés, mas somente com a finalidade de prot ção solar, capacete era raridade. Somente usavam calça comprida quando o dia estava m ito frio. No restante dos dias os trabalhador s utilizaram bermudas, e em alguns mo entos se encontrava sem camisa. Não viu-se nenhuma preocupação com segu ança por parte dos responsáveis técnicos. Os procedimentos corretos descritos pelas Normas R gulamentadoras do Ministério do Trabalho everiam ser seguidas. Pode-se destac r a o apoio técnico de um profissional de S gurança conforme a NR-4, indicação d operários e formação da CIPA, mapas de risco no canteiro de obras, sinalização, tapumes, proteção de vergalhão, bandejas e periferia, uso correto de EPI’s e EPC. Os principais EPI’s indicados para a obra em questão são apresentados na Figura 8. importante destacar que todos os EPI’s devem poss ir o número de Certificado de Aprovação. ambém cabe destacar que nem sempr todos os EPI’s são necessários em todas a atividades da obra. Figura 8 – Principais EPI’s.
Fonte: Disponível em: < http:/ /www.aprendendonormas.com/2011/06/equipamentos-de-protecaoindividual.html>. Acesso em 18 jun. 2013
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4.2 Empreendimento de Jacó Edmundo Weiand 4.2.1 Identificação da obra Projetada pela Arquiteta Rafaela Duarte e com cálculo estrutural do Engenheiro Civil Daniel Klein, o empreendimento de Jacó Edmundo Weiand é um empreendimento de cunho residencial e comercial, situado na cidade de Lajeado, mais precisamente no Bairro Centro, na esquina das Ruas Pinheiro Machado com Santos Dumond, sendo que faz frente para a primeira. A Figura 9 apresenta o croqui de situação e implantação da obra, nesta é possível observar que o empreendimento possui ângulos diferentes de 90º, isto torna a execução mais difícil aumentando os custos, sendo que isto levou a reclamações por parte dos operários, que encontraram muita dificuldade, principalmente para fazer a locação das sapatas e pilares. Figura 9 – Situação e implantação.
Fonte: Dominio D Engenharia de Estruturas
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A obra está send implantada em um terreno de 394 m² d e área, sendo que o mesmo possui um certo desnível, que é corrigido através de co te. Possui um sistema estrutural de concre o armado e fundações em sapatas. O rojeto arquitetônico previu uma máscara na fachada do prédio, a construção dess mascara é difícil e muito cara. 4.2.2 Identificação do rojeto O pavimento de subsolo é definido como pavimento gara em. Os pavimentos térreo e segundo, comp e os pavimentos de cunho comercial. J á os terceiro e quarto pavimentos compõe um apartamento duplex. A Figura 10 apr senta o esboço eletrônico da fachada do esmo, vale destacar que o fundo da i agem em nada se parece com a realidade, visto que a obra encontra-se na área central da cidade. Figura 10 Fachada do edifício comercial e resi encial.
Fonte: Dominio D Engenharia de Estruturas
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4.2.3 Dados técnicos da obra • Proprietário da Obra: Jacó Edmundo Weiand; • Projeto Arquitetônico: Arquiteta Rafaela Duarte; • Projeto Estrutural: Domínio D Engenharia de Estruturas; • Área total do terreno: 394,01 m²; • Área total da construção: 1.284,99 m²; • Número de pavimentos: 5 pavimentos; • Índice de aproveitamento: 1,70; • Taxa de ocupação: 70,72%; • Altura máxima da construção: 19,78 m. 4.2.4 Tecnologias predominantes Nesta obra, observa-se o uso do sistema construtivo em concreto armado moldado in loco, com paredes em alvenaria de vedação de bloco cerâmico como indicado na Figura 11. Já nas lajes, aplicou-se o sistema de laje treliçada unidirecional com EPS, idêntica ao sistema utilizado no Residencial Vila Bellagio. Diferentemente do problema registrado no Residencial Vila Bellagio, nesta obra, não ocorreram quebras das peças de EPS, como apresentado na Figura 12. Este fato pode ter ligação direta com o maior cuidado por parte dos operários. Figura 11 – Bloco de alvenaria de vedação.
Figura 12 – Elemento de EPS sem quebras.
Fonte: Arquivo do Autor.
Fonte: Arquivo do Autor.
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Nos pilares, vigas e lajes fez-se uso de concreto usinado.. Cabe destacar que de modo geral pôde-se observar uma boa qualidade na execu ão da obra. Conforme o mestre de obras, s operários tiveram grande dificuldade na execução do revestimento externo, em unção da máscara da fachada, pois o p equeno espaço livre entre a máscara e a par de não permitia a instalação de jaú ou ndaime. Durante a visita na obra, acompanhou-se a execução da fôrmas e armadura da escada de acesso ao último pavimento. Escada esta no sistema de viga central e bordas em balanço como indicado na Figura 13. As Figuras 14 e 15 apresentam a fôrma da escada já com parte da armadura posicionada. Tanto a escada quanto toda a estrutura do empre ndimento foi dimensionada conforme a NBR 6118:2007. F gura 13 – Escada com viga central.
Fonte: Disponível em: < http: /www.escadasmillenium.com.br/produtos/viga-c ntral.html>. Acesso em 20 mai. 2013.
Figura 14 – Fôrma da escada com viga centr l.
Figura 15 – Fôr a e armadura da escada com viga central.
Fonte: Arquivo do Autor.
Fonte: Arq ivo do Autor.
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4.2.5 Segurança Nesta obra observou-se uma preocupação com a segurança, porém, ainda não se cumpriu todas as recomendações e exigências da NR-18. Os operários usavam calça comprida, botinas e capacete. Não foi vista linha de vida, nem cintos de segurança do tipo paraquedista. Também não verificou-se a presença de bandejas na fachada da obra. Os itens que se referem a segurança, são os mesmos que são descritos no item 4.1.5 deste, ou seja, o apoio técnico de um profissional de Segurança conforme a NR-4, indicação de operários e formação da CIPA, mapas de risco no canteiro de obras, sinalização, tapumes, proteção de vergalhão, bandejas de periferia, uso correto de EPI’s e EPC.
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4.3 Empreendimento Residencial Angelus 4.3.1 Identificação da obra Projetada pelo Arquiteto Antônio João Fluckseder e com cálculo estrutural do Engenheiro Civil Daniel Klein, o empreendimento de Nelso José Fauri e outros proprietários, tem cunho residencial em padrão médio/alto, situado na cidade de Lajeado, mais precisamente no Bairro Centro, na Rua João Abott esquina com a Travessa Pedro Kreutz, sendo que faz frente para a primeira. A obra está sendo implantada em um terreno de 726,95 m² de área, sendo que o mesmo possui certo desnível, que é corrigido através de corte. Possui um sistema estrutural misto de concreto armado e alvenaria estrutural. A Figura 16 apresenta o croqui de situação e implantação da obra. Figura 16 – Situação e implantação.
Fonte: Dominio D Engenharia de Estruturas
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4.3.2 Identificação do projeto Os três pavimentos-garagem são estruturados em concreto armado, sendo um em subsolo. Os pavimentos residenciais são estruturados em alvenaria estrutural de blocos de concreto. O terceiro pavimento é composto por quatro apartamentos, de dois dormitórios, assim como o pavimento tipo, porém, o terceiro pavimento conta ainda com um terraço. Já o oitavo pavimento e a cobertura formam apartamentos duplex. Os apartamentos duplex possuem também dois dormitórios, além de um salão de festas e terraço. As Figuras 17 e 18 apresentam o esboço eletrônico da fachada do mesmo. Figura 17 – Fachada principal do Residencial Angelus.
Fonte: Dominio D Engenharia de Estruturas
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Figura 18 – Fachada lateral do Residencial Angelus.
Fonte: Dominio D Engenharia de Estruturas
4.3.3 Dados técnicos da obra • Proprietário da Obra: Nelso José Fauri e outros; • Projeto Arquitetônico: Arquiteto Antônio João Fluckseder; • Projeto Estrutural: Domínio D Engenharia de Estruturas; • Área total do terreno: 726,95 m²; • Área total da construção: 4.557,92 m²; • Número de pavimentos: 10 pavimentos; • Índice de aproveitamento: 2,76; • Taxa de ocupação: 74,57%; • Altura máxima da construção: 33,89 m.
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4.3.4 Tecnologias predominantes Nesta obra, observa-se o predomínio do uso combinado de duas tecnologias. Sento definidas pelo sistema construtivo de concreto armado moldado in loco, predominante nos pavimentos-garagem. Os demais pavimentos, são constituídos pelo sistema de alvenaria estrutural, com blocos de concreto e argamassa dosada em obra. Já nas lajes, aplicou-se o sistema de laje treliçada. Algumas paredes se apoiam diretamente na laje, o que exige um reforço na armadura da mesma. Durante a visita a obra, acompanhou-se a conferência das armaduras das vigas do terceiro pavimento. A planta de fôrmas do terceiro pavimento encontra-se no Anexo 1. Na concretagem é utilizado concreto usinado. As fôrmas foram executadas em madeira de pinus, com escoramento em pontaletes de eucalipto. Tanto as fôrmas, quanto o escoramento foram bem executados, como apresentam as Figuras 19 e 20. A estrutura de concreto armado foi dimensionada conforme a NBR 6118:2007, onde algumas vigas, em função da altura, possuem armadura de pele, como indicam as Figuras 21 e 22. Figura 19 – Fôrmas de madeira bem executadas.
Figura 20 – Escoramento de madeira.
Fonte: Arquivo do Autor .
Fonte: Arquivo do Autor.
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Figura 21 – Detalhe da armadura de pele.
Figura 22 – Detalhe da armadura de pele.
Fonte: Arquivo do Autor.
Fonte: Arquivo do Autor.
A Figura 23 apresenta o detalhe do traspasse da armadura dos pilares e a dobra de ancoragem da armadura. Figura 23 – Traspasse da armadura e dobra de ancoragem.
Fonte: Arquivo do Autor.
A Figura 24 apresenta um problema encontrado em alguns pilares, que é causado por falta de desmoldante nas fôrmas. Ao retirar a fôrma, parte do concreto fica aderido a mesma, deixando o pilar com falhas, as chamadas bicheiras. Estas
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falhas posteriormente precisam serem corrigidas com argamassa, para evitar a corrosão da armadura. Figura 24 – Falha em pilar.
Fonte: Arquivo do Autor.
4.3.5 Segurança Dentre as obras visitadas, esta foi a que apresentou a maior preocupação com a segurança dos operários, porém, ainda percebeu-se a falta de alguns itens de segurança, como o cinto e a linha de vida. A Figura 25 apresenta um armador caminhando por sobre as armaduras, sem nenhum equipamento que evite quedas. Pela mesma figura é possível perceber que o operário utiliza botina, calça comprida, camisa de manga comprida e capacete. A obra apresenta bandeja perimetral de proteção contra queda de materiais. Também é possível observar proteção anti-queda na abertura do elevador, que é
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apresentado na Figura 26. Na Figura 27 é possível perceber a presença de protetor de vergalhão nos vergalhões com ponta aparente. Figura 25 – Falta de segurança.
Fonte: Arquivo do Autor.
Figura 26 – Detalhe da proteção contra queda e instalação elétrica.
Fonte: Arquivo do Autor.
Figura 27 – Detalhe dos protetores de vergalhão.
Fonte: Arquivo do Autor.
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5 CONCLUSÕES Durante o período de estágio, foi possível acompanhar a rotina de execução e elaboração de várias atividades da construção civil. Vários conhecimentos teóricos vistos em sala de aula foram observados na prática, complementando o aprendizado. Durante o estágio, percebeu-se a linguagem usualmente empregada nas obras, que difere bastante da linguagem técnica, sendo que em alguns casos, os operários não compreendiam certos termos técnicos utilizados pela engenharia. Vale ressaltar a importância da convivência com os operários que foi de grande valia, pois, apesar de sua simplicidade e pouco estudo, têm muita experiência e souberam transmitir com boa vontade informações valiosas. Percebeu-se certa dificuldade por parte dos operários no que diz respeito a execução de alvenaria estrutural, isso se deve ao fato destes possuírem pouco ou nenhum conhecimento do sistema. Ainda pode-se destacar o fato destes profissionais possuírem conhecimento e experiência em outros sistemas construtivos, e portanto, resistirem a utilizar os “novos” métodos da alvenaria estrutural. Para resolver esta situação, um curso de aperfeiçoamento seria de grande valia, pois, o tempo despendido neste, retornaria financeiramente com o aumento da velocidade de execução bem como a diminuição das perdas por erros executivos. Uma dos itens que mais chamou a atenção foi a falta de preocupação com a segurança dos operários, tanto por parte dos mesmos quanto por parte da empresa e profissionais responsáveis pela obra. Observou-se que dos poucos equipamentos de proteção individuais utilizados, destacaram-se as botinas e os capacetes, sendo estes utilizados de forma facultativa. Ou seja, as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho são praticamente todas descumpridas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGNES, C.; HELFER, I. Normas para apresentação de trabalhos acadêmicos . 9. ed. atualizada. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2011. Disponível em: . Acesso em: 30 mar. 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6023. Informação e Documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro. 2002. ________, NBR 6024. Informação e Documentação – Numeração progressiva das seções de um documento escrito –Apresentação. Rio de Janeiro. 2003. ________, NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. 2007. ________, NBR 10520. Informação e documentação – Citações em documentos Apresentação. Rio de Janeiro. 2002. NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. PARSEKIAN, G. A.; SOARES, M. M. Alvenaria Estrutural em Blocos Cerâmicos: Pro jeto, execução e controle. Rio de Janeiro: O Nome da Rosa, 2010. 238 p.
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ANEXO A – Planta de fôrmas do terceiro pavimento do Residencial Angelus
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