Relatório de Campo Hidrografia

Universidade Estadual do Piauí  –  UESPI  UESPI Campus Doutora Josefina Demes  –  Floriano  Floriano Curso: Licenciatura Plena em Geografia bloco V  –  Manhã  Manhã Disciplina: Hidrografia Professor: Fábio Leão Período: 2016.2

PRÁTICA DE CAMPO HIDROGRAFIA “Relatório para obtenção da 3ª nota da dis ciplina de Hidrografia .”

Guilherme da Silva Melo Neto

1.

INTRODUÇÃO Aula de campo de hidrografia realizada entre os dias 03 e 05 de Fevereiro rumo ao norte

do Piauí, com os acadêmicos do Bloco V do curso de Licenciatura Plena em Geografia, onde tivemos paradas em diferentes municípios, objetivando observar e discutir diversos aspectos relacionados aos recursos hídricos da grande bacia do Parnaíba e litoral. lit oral. (Fábio Leão) A Geografia permite o aluno compreender compreender o espaço e as mudanças na relação do mundo ao qual está inserido, proporcionando o pensamento conceitual, da (paisagem, lugar, região, natureza, território), que forma o pensamento geográfico espacial. espacial. A prática de ensino é fundamental ao currículo do professor, pois é na prática que ele vai ter a oportunidade de vivenciar as experiências, realizar na prática o conhecimento adquirido teoricamente poder passar a teoria e comprovar na prática. pr ática. Para Lana (2002, p.12): A importância da prática de ensino é para colocar na prática o que foi visto na teoria, onde o professor terá seus objetivos traçados sobre o que ele almeja alcançar, um conteúdo a ser ensinado e seu próprio método a ser utilizado, pois cada professor tem um método para explicar o mesmo conteúdo. O conteúdo pode ser explicado na teoria e depois visto na prática através de um trabalho de campo.

O objetivo da prática em geografia é de formar cidadão com consciência do espaço das coisas, dos fenômenos que elas vivenciam ou não, é definir o espaço ocupado por nós e pelas coisas na prática saindo da teoria. É entender que nós vivemos no espaço, que tudo que existe ocupa um lugar no espaço.

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BACIA HIDROGRÁFICA DOS RIOS CANINDÉ/PIAUÍ

O Estado do Piauí possui cerca de 98,3% de seu território (252.378 km²) inseridos na  bacia do rio Parnaíba. A bacia do rio Canindé/Piauí, localizada no compartimento sudeste do estado, constitui sua maior sub-bacia, com área aproximada de 75.000 km², equivalentes a 29,7% da bacia do Parnaíba. Somente 1,3% do território estadual, relativos às bacias difusas do litoral piauiense, encontram-se fora desta última. O Quadro abaixo apresenta o recorte hidrográfico estadual.

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Foto: Acervo pessoal A bacia do Canindé/Piauí tem três rios principais:

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O rio Canindé, que nasce na Serra Dois Irmãos, município de Acauã, nos domínios do embasamento cristalino, a cerca de 600 m de altitude. Destacam-se como seus  principais afluentes: afluentes: riachos Boqueirão Boqueirão e da Fortaleza e rios Itaim, Salinas e Marçal.

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O rio Piauí, que tem como formadores ribeirão oriundo da Serra das Confusões e sangradouro de lagoa localizada na Serra do Caracol, ambos a 600 m de altitude, no domínio do embasamento cristalino.

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O rio Itaim, afluente do Canindé, que nasce a 700 m de altitude, no município de Curral  Novo do Piauí, junto à fronteira com a Bahia, num prolongamento da Serra Dois Irmãos, também no domínio do embasamento cristalino. São afluentes de destaque: rios São Lourenço, Mulungu, Fundo, Fidalgo e Mucaitá.  No geral os rios da bacia Canindé/Piauí apresentam regime de intermitência, decorrente

da formação geológica e geomorfológica da bacia, visto que os cursos d´água mais importantes nascem no embasamento cristalino, com fraca condição de retenção da água, acrescido do fato

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seus trajetos são controlados pela estruturação transversal das rochas por onde passam, o que confere à bacia uma forma de leque.

Foto: Acervo pessoal Sendo uma região de forte ocupação humana, verificou-se o desvio do rio para o plantio das atividades agrícolas: agricultura de vazante, que modifica a vazão do rio, usam as margens do rio para plantio de arroz, feijão e milho retirando r etirando a vegetação natural. natural. Desmatando assim a vegetação, sendo que a área é de preservação permanente, quando maior a vegetação maior será a sustentação do solo. Então é primordial que não houvesse o desmatamento das margens, provavelmente provavelmente ainda exista a retirada de madeira. Outra atividade realiza próximo ao rio é a pecuária, também causando impactos ao rio com a retirada da vegetação para alimentação do gado, e pisoteio do mesmo. Sendo que essas atividades não poderiam ser desenvolvidas no mesmo, pois afeta a sustentação da área.

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Foto: Acervo pessoal 

Ambiente bastante inundado;

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Invadido pela vegetação;

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Bastante dinamismo natural, vazantes e cheias.

A bacia Canindé é cortada por diversas rodovias federais: 

BR-230: corta o norte da bacia no sentido oeste/leste, passando pelas cidades de Nazaré do Piauí, Oeiras, Picos e Fronteiras, conectando essa bacia ao Estado de Pernambuco;

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BR-407: corta a porção oeste da bacia no sentido norte/sul passando pelas cidades de Picos, Jaicós, Patos do Piauí, Paulistana e Acauã, conectando a região ao Estado da Bahia;

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BR-020: a partir da intersecção com a BR-230, essa rodovia corta a bacia no sentido nordeste/sudoeste passando por pelas cidades de Simplício Mendes e São Raimundo  Nonato, conectando conectando a bacia bacia com o estado estado com a Bahia;

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BR-324  –   conecta a cidade de Floriano, situada às margens do rio Parnaíba, com acidade de São Raimundo Nonato e segue em direção à cidade de Dirceu Arcoverde, no limite do estado com a Bahia.

Foto internet: Hidrografia da Bacia do Rio Canindé/Piauí

3.

AÇUDE/RIO CALDEIRÃO –  PIRIPIRI  PIRIPIRI A barragem do Açude Caldeirão está localizada no município de Piripiri, estado do

Piauí, a cerca de 180 km da capital, no local denominado "Lagoa", situado a 9 km da sede do município. Barra o rio Caldeirão, afluente do rio dos Matos, pertencente ao sistema hidrográfico do rio Parnaíba.

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Foto: Acervo pessoal O acesso ao local pode ser feito a partir de Teresina e Fortaleza, pela BR-222 até a localidade de Piripiri, onde se situa a barragem. O Açude Caldeirão tem como finalidade básica a regularização do rio de mesmo nome, garantindo a irrigação das férteis várzeas da região, que se tornava inabitável nos períodos de seca, tal como se verificou em 1900, 1908, 19159 1919, 1927 e 1932.  No local barrado a área drenada na bacia hidrográfica do rio Caldeirão é de 220 km² e o volume acumulado no reservatório é de 54.600.000 m³, regularizando uma vazão de 2,16 m³/s. A capacidade de irrigação do reservatório é de 1.400 ha em anos de pluviosidade média e de cerca de 700 ha em anos secos. Os estudos do Açude Caldeirão, considerando-se os trabalhos de campo e escritório, foram elaborados pela Comissão do Piauí, no período de agosto de 1933 a julho de 1936, quando foi iniciada a elaboração dos desenhos do Projeto Executivo, concluídos por volta de  julho de 1937 pela Seção Técnica da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), antiga denominação do DNOCS.

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Foto: Acervo pessoal  No rio ri o também se destacou o uso múltiplo da água, diversos tipos de demandas, como  piscicultura, laser, irrigação e culturas de vazante como: melancia, banana, milho, feijão e criação de bovinos e suínos. Região de transição do nordeste mais seco para o mais úmido, entre o cerrado, caatinga e mata também conhecida como “tensão ecológica”.

Foto: Acervo pessoal

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4.

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Área da bacia

220km²



Comprimento do talvegue

36km



Pluviometria média anual

1.500mm



Coeficiente de escoamento

20%

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Volume afluente

54 x 10m³



Cheia máxima

195m³/s

RIO PIRACURUCA

Foto: Acervo pessoal O rio Piracuruca tem sua origem na vasta cordilheira da Ibiapaba. Dali nasce o Rio Piracuruca, do córrego insignificante denominado São Benedito, perto da progressiva cidade do mesmo nome. As águas do Piracuruca precipitam-se do alto daquela cordilheira, oferecendo uma bela vista, tomam, a princípio o poente, para, ao penetrar nos sertões piauienses, já no município de

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Foto: Acervo pessoal A barragem construída na década de 40 teve grande significação para a mudança dos hábitos da população de Piracuruca, pois proporcionou sem que assim fosse esperado a existência de um belíssimo balneário coletivo frequentado, assiduamente, para fins de lazer. É que a represa nas épocas de cheias do Rio Piracuruca transforma-se numa cascata extensa, com variadas formas de escoam ento das águas, ora em quedas d’ água debaixo dos quais se mantém os banhistas, sem grandes perigos de acidentes. É situada a poucos metros da ponte que liga o centro da cidade ao Bairro Guarani.

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6. RIO PIRANGI/BURITI DOS LOPES O açude Algodões é represado no curso do Rio Pirangi, cuja nascente está situada nas faldas da Serra da Ibiapaba, ainda no Estado do Ceará. Toda a sua extensão no Piauí, atravessa os municípios de Cocal e Buriti dos Lopes, e desemboca no Parnaíba após atravessar a BR 343, no trecho Buriti dos Lopes –  Parnaíba.  Parnaíba.

Foto internet: Rompimento da barragem de algodões I. Com o intuito de descreva o fato acontecido na região com a tragédia do rompimento da  barragem de algodões I, pesquisou-se imagens para fazer um comparativo com a aula de campo, e constatar o momento atual na área analisada.

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Foto: Acervo pessoal Verificou-se que o rio encontrava-se seco diferentemente das primeiras imagens, que retrataram a tragédia ocorrida com o rompimento da barragem de algodões, sendo a primeira vez das viagens realizadas pelo professor Fábio que o mesmo encontrava-se seco.

Foto: Acervo pessoal

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Foto: Acervo pessoal

A região é conhecida de tabuleiros pré-litorâneos, é um rio que tem um regime temporário, com ocorrências de algumas quedas d’água, como também constitui atração turística, destaca-se com inscrições rupestres, com formação de marmitas, conhecida como “marmitas de gigante” resultado do movimento da água junto, moimento circular, turbilhonado,

um movimento de escavação, dando origem a pequenas marmitas e grandes marmitas, forte vazão, conhecido como Corrasão que é o desgaste pelo atrito mecânico, geralmente através do impacto das das partículas carregadas pela água. A avorsão avorsão representa um tipo especial especial de corrasão, originada pelo movimento turbilhonar sobre as rochas do fundo do leito que podem originar as chamadas “marmitas de gigante”.

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Foto: Acervo pessoal O Pirangi nasce na região da Ibiapaba no município de viçosa na serra grande a 720 m de altitude, apresenta 1300 km² é barrado pela barragem de algodões I, abrange os municípios e Cocais e Buriti dos Lopes, rio de bacias difusas.

Foto: Acervo pessoal

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Foto internet: Delta do Parnaíba

Foto: Acervo pessoal

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A história do Delta do Parnaíba se inicia com a descoberta, no século XVI, pelo explorador Nicolau de Rezende quando navegava pelo litoral nordestino e sofreu um acidente na divisa do Maranhão com o Piauí. Ele trazia uma grande quantidade de ouro em sua embarcação e acabou perdendo a carga nas águas da região. Ele permaneceu por mais de dezesseis anos, mas não conseguiu recuperar o ouro.

Foto: Acervo pessoal Os índios Tremembés eram os habitantes nativos desta região naquela época. Eles eram chamados de “peixes racionais” por serem exímios nadadores. Outros navegadores se

aventuraram pelas águas do Rio Parnaíba, explorando, fazendo incursões e divulgando as  belezas e riquezas riquezas da região. região. O Conselho Ultramarino órgão português de competência administrativa, determinou a sondagem do rio para verificar a viabilidade da construção de um porto e uma vila. A atividade predominante no Piauí da época era a pecuária. O comércio de gado era feito com comerciantes dos estados vizinhos, utilizando, principalmente, o rio e o mar para transporte das mercadorias.

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lagoas, animais silvestres, rios e praias com

 paisagens paradisíacas. Tudo Tudo isso com o sol sol brilhando forte o ano ano inteiro, é esse o cenário que encontramos com nossa aula de campo no Delta do Parnaíba, um arquipélago com 2.700 quilômetros quadrados de área, formado por mais de 70 ilhas.

Foto: internet

Foto: Acervo pessoal

Universidade Estadual do Piauí  –  UESPI  UESPI Campus Doutora Josefina Demes  –  Floriano  Floriano Curso: Licenciatura Plena em Geografia bloco V  –  Manhã  Manhã Disciplina: Hidrografia Professor: Fábio Leão Período: 2016.2 O passeio pelo arquipélago começa pelo porto dos Tatus, na cidade de Ilha Grande a 9 quilômetros de Parnaíba, segunda maior cidade do estado e capital do Delta, onde todos os dias lanchas e barcos levam turistas para conhecer a região. Um dos destinos mais procurados da região, Ilha das Canárias, segunda maior do Delta do Parnaíba perdendo apenas para Ilha Grande, abriga um povoado de pescadores com mais de 2.500 habitantes. A ilha é área de preservação ambiental, faz parte da reserva extrativista marinha do Delta e sua população é distribuída em quatro povoados: Canárias, Passarinho, Torto e Caiçara. Também é praticado na região o ecoturismo. Conhecemos também o “homem lama” catador de caranguejos da região, como també m

o ciclo de reprodução do mesmo. Procurou-se evidenciar cada parada realizada durante o trajeto até o litoral li toral do Piauí. Conclui-se que a viagem de campo superou as expectativas, conhecemos também várias cidades já mencionas do norte do Piauí, e evidenciamos na prática tudo que foi abordado pelo  professor durante as aulas. Obtivemos muito conhecimento e ficou eternizado na memória, agradecer o professor Fábio Leão por nos proporcionar esse momento, além do conhecimento.

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AÇUDE CALDEIRÃO. Disponível em .htm>

Acesso em 9 de Fevereiro de 2017.

Atlas do Abastecimento de Água do Estado do Piauí. Disponível em . Acesso em 11 de Fevereiro de 2017. CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino/ Lana de Souza Cavalcanti. [Goiânia]: Alternativa, 2002. deltarioparnaiba.com.br/delta-parnaiba-historia/>. historia/>. Acesso em 14 Delta do Parnaíba. Disponível em < deltarioparnaiba.com.br/delta-parnaibade Fevereiro de 2017.

Geografia do Piauí. Disponível em . Acesso em 10 de Fevereiro de 2017.

Rio Piracuruca. Piracuruca. Disponível em