Relatorio Brundtland Nosso Futuro Comum em Portugues

September 14, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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NOSSO FUTURO COMUM ÍÓHIQ DA COMISSÃO MUNI SOBRE MEIO AMBIE-.  E DESENVOLVIMEN A maioria aioria dos dos atuais niunej niunejad adoru oruss s   legisladores e: ?>iorta ant a ntes es quo o [)ianota [)ianota sofra Iodar as cons c onsequ equênci ênciaa chuva ácida, dc aquecimento aqueci mento gtobal, gtobal, do esgota esg ota mente ente camada de ozómo. da cesorMcação generalizada e d< tmcà tm cào o de espé e spéoes oes.. A maiona maiona dos dos jovens jovens eleito eleitores res de estará v:va. A Com.ssáo Mundi undial al somv somv Mei Meio o Anbie An biente nte e Desem " ’-ento. -ento. ;)resfd.o ;)resfd.oaa por Gr=., ix /ie m ohjn ohjndt dtla land nd,, primeir:primeir:r-•-'trd r-•-'tr d da -Noruega, to. cr a< . - eme um or orga gani nism smo o mde dense ar   198o peia.-, ia.-, Idae Id aeoo oo Unida Unida , Sua missão mis são ora >.atvi!nar os pnncpais probiema* do meio ambiente e dc senvolvinic-nto em ãn-brlo planotáno e formular propc realistas realist as para soiuaoná-los soiuaoná-l os bem como assegurar o: o:  pro  prog gress ress-' -'-- r-unano será auston austontáve távell através do assen ass entt mento. sem arrumar os recursos para as futuras geraçtk  -'vn.^ -'vn .^sé sé U . u , ■v.W'?. v.W'?. uadie.oii uadie.oii gjgj - rp-egou a hora de vs ar n.ais estreitamento economia e ecologia, de modo os governos e os zx-.os  jx js j s i om a--sumir a rnsoorscb!' mio só pelos danos an'ibv.....    j '   :s :s„„,. rn.-i .-i, : o •r-^cuo- i;' oss-' oss-' A.q .quu uu v; • ; -Sacam -Sa cam a s. rvevi rvevivéu véuc c • : u.. • ; néc: néc:e e ""m* m* -vra.^-Ha -vra.^-Has s no

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*0 COMUM  pela Ox  pela Oxfo ford rd Uni te "mats Importante documendeade o Relatório BnndT, Nosso futuro comum, i da Comlseáo Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento, fbcaitaa um dos temas mala pnemerv tM do momento - a relação entre o desenvolvimento ■ o melo ambiente. Aa Informações coligidas pela Comteefo, ao longo da três anos de  peequlsaa e análises, apóIa apóIam-s m-see em depoimentos de cenlenae de espeeWletaa de quase todos os petses, tomando um cenário mundial do de senvolvimento a seu Impacto nos reeureoe planetários. Unw daa Idéias centrais de Noê$o futuro comum afirma e com prova qua um desenvolvimento eeonõmtoo con■arveçioIdeal doa toma metoaImperiosa naturais.a Sem tnadUee qua assegurem a conquista deeee objetivo, e humanidade porá ■m rtaco a própria sobrevivência. A obra põe em evidência meri diana, acima de qualaquer dúvldss, eeta realidade: um progresso econó mico e social cada vez maior nào po derá basear-se na exploração Indis criminada e devastadora ds natureza. Ao contrário: sem o uso sabJamente dirigido dos recursos naturais, nâo haverá desenvolvimento sustentável. A fim de salientar as proporç õ e e e a mar arch chaa das ca causas usas que es tio concorrendo para tomar a Terra Inabitável, Nossa futuro comum  apresenta advertências como as se• cada ano, 6 m milhões ilhões de de terras produtivas se i em desertos inúteis. Em isso corresponde a uma i s áre áreas somadas da AleEspenha, Inglaterra, • Norueg Noruega 2.1 2.170 70.0 .000 00 sáoa -deatruídoa

 

COMISSÃO

Presidente: Gro Harlem Brundtland (Noruega) Vice-presidente: Mansour Khalld (Sudão) Susanna Agnelli (Itália) Saleh A. AI- Aihel (Arábia Saudita) Bernard Chidwro (Zimbábue.) Lamine Lam ine Mohamm Mohammed ed Fa Fadik dikaa (Co (Costa sta ddoo Maí fim fim)) Volker Hauff (República Federal da Alemanha) lstvan Lang (Hungria) Ma Shjjun (República Popular da China) Marg Ma rgar arita ita Mar Marino ino de Bote terr o (Co (Colôm lômbia bia))  Nagen  Nagendra dra Sing SinghhNeto (índ (índia) ia) Paulo Nogueira (Brasil) Saburo Okita (Japão; Shridath S. Ramphal (Guiana) William D. Ruckelshaus (EUA) Mohamed Sahnoun (Argélia) Emil Salim (Indonésia; Bukar Shaib (Nigéria) Vladimir Sokolov (URSS) Janez Stanovnik (lugoslávia) Maurice Mauri ce St Stro rong ng (C (Can anad adá) á)  EX-OF  EX -OF FIC IO

Jim MaeNeill (Canadá)

 

Título da obra em inglês: Our common futu re Oxford University Press, 1987 Oxford / Newfuture York,

Direitos reservados desta edição à Fundação Getulio Vargas Praia de Bo Botaf tafog ogo, o, 19 1900-22 2225 2533 Rio de de Janei Janeiro, ro, RJ - Brasil É vedada ■ reprodução total ou parcial desta obra Copynght O Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 1* edição -1988 2' edlçlo-1991 Editora da Fundação Getulio Vargas Chefia: Francisco de Castro Azevedo Coordenação editorial: Darrúão Nascimento Supervisão de editoração: Ercflia Lopes de Souza Supervisão gráfica: Hélio Lourenço Netto Capa Marcas Tupper 

 Noss  No ssoo futur futuroo co comum mum / Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. - 2. ed. ed. - Rki Rki de Janeiro: Janeiro: Editora E ditora da Funda Fundação ção Getulio Vargas, Vargas, 1W1.

rviii, 430 p. Tradução de: Our common future.

Inclui bibliognfta-

1. Meio Ambiente. 2. Política ambiental. 3. Proteção ambiental.

4. Desenvolvimento económico. 1. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. D. Fundação Getulio Varyas. CDD-3013

 

LISTA DE TABELAS

1.1 Tamanho da população e PNB per  p er capita por grupos de países 32 1.2 Distribuição do consumo mundial, médias para 1980-82 36  1.3 Taxa anual de crescimento do PIB em países em desenvolvimento, 1976-85 39 3. 3.1 1 Transferência líquida de recursos para países em desenvolvimento importadores de capital 74 3.2 A importância crescente crescente do comércio exterior 86  4.1 População mundial 1950-85: fatos-chave 109 4.2 Tamanho da população - atua atuall e projetado —e taxas de aumento 110 4.3 Indicadores de saiíde 11 112 2 4.4 Taxas de matrículas dos sexos masculino e feminino,  por Região, Regiã o, 196 1960 0 e 19 1982 82 113 5.1 Duas décadas de desenvolvimento agrícola 130 7.1 Consumo global de energia primária p  per er ccapita, apita,  1984 188  8.1 Participação do val valor or adicionado manufat manufatureiro ureiro no PEB, par grupo de economias e grupo de renda 23 231 1 8.2 Composição do comércio de mercadorias dos países em desenvolvimento 233 9.1 População residente em áreas urbanas, 1950-2000 263 9.2 Exemplas de rápido aumento populacional em cidades do Terceiro Mundo 264 10.1 10 .1 Pesca mundial no noss prin principai cipaiss zonas pesqueiras pesqu eiras,, 1979-84 300

VI

 

SIGLAS

AID AIEA AOD CAEM CCPA CCRMVA

Associação Internacional de Desenvolvimento Agência Internacional de Energia Atómica assistência oficial ao desenvolvimento Conselho de Assistência Económica Mútua Comité Científico de Pesquisa Antártica Comissão para a Conservação dos Recursos Marinhos Vivos da Antártida CE Comunidade Económica Européia CEE Comissão Económica Européia CIIDMA Comité das Instituições Internacionais de Desenvolvimento para o Meio Ambiente Comissão Internacional sobre a Pesca da Baleia CIPB CIPR  Comissão Internacional (te Proteção Radiolégica CIUC Conselho Internacional de Uniões Científicas CLA CL A Centro de Ligação Ambiental CNUAH Centro das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (Habitat) DAESI Departamento das Nações Unidas de Assuntos Económicos nómic os e Sociais Internacionais Internacionais EM empresas multinacionais ENC Estratégia Estratég ia Nacional de Conservação • FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura Fundo Monetário Internacional FMII FM FMVS Fundo Mundial para a Vida Selvagem Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio GATT GEACPM Grupo de Especialistas em Aspectos Científicos da Poluição Marinha IIMAD Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento IRM Instituto de Recursos Mundiais ICMA Junta das Nações Unidas para a Coordenação do Meio Ambiente

OCDE OIT OMM OMS OM S

Organização para a Cooperação e □ Desenvolvimento Económico Organização Internacional do Trabalho Organização Meteorológica Mundial Organização Mundial da Saúde

VI[I

 

NOTA SOBRE A TERMINOLOGIA

O agrupamento de países na apresentação dos dados está indicado nos lugares apropriados. As expressões “países industrializados” e “países desenvolvidos” em geral compreendem as categorias adotadas pela ONU de economias de mercado desenvolvidas e  países socialistas do Leste Leste europeu e n URSS URSS.. Salvo indicação em contrário, a expressão "país em desenvolvimento” refere-se ao grupo de países em desenvolvimento com economias de mercado e aos países socialistas du Ásia, tal como classificado pela ONU. A menos que o contexto indique o contrário, a expressão “Tercei ro Mundo" refere-se aos países em desenvolvimento com econo mias de mercado, tal como definido pela ONU. Salvo indicação em contrário, toneladas são toneladas métricas íl.tlOOkg ou 2.201,6 libras-peso). Dólares são dólares norte-ame ricanos comentes ou para o ano especificado.

X

 

Mente. Isto me deu esperanças de que o meio ambiente não estava fadado a permanecer uma questão secundária no processo político central de tomada de decisões. Em tiltima análise, resolvi aceitar o desafio. O desafio de encarar Poisouma futuro coisa e de eraproteger perfeitamente os interesses clara: precisávamos das geraçõesdevindouras. um man dato para a mudança. Vivemos uma era da história das nações em que é mais neces sária do que nunca a coordenação entre ação política e responsa  bilidade. A tare tarefa fa e o encargo com que se defrontam as Nações Unidas e seu secretário-geral são enormes. Satisfazer com respon sabilidade os objetivos e as aspirações da humanidade requer □ apoio ativo de todos nós. Minhas Minh as reflexões e perspectives perspecti ves também também se baseavam em ou tros aspectos importantes de minha experiência política pessoal: os anteriores da Comissão Brandtdesobre questões NorteSultrabalhos e da Comissão Palme sobre questões desarmamento e se gurança, de que participei. Pediaxn-me que ajudasse a lançar um terceiro e premente apelo à ação política: após Progr Programa ama p para ara a sobrev sobrevivê ivência ncia  e Crise co mam,  da Comissão Brandt, e após Segurança comum,  da Comis são Palme, viria Futuro comum. Era isso o que eu tinha em mente quando, junto com o Vice-Presidente Mansour KhaJid, comecei a trabalhar na ambiciosa tarefa que as Nações Unidas nos confiara. Este relatório, apresentado à Assembléia Geral da ONU em 1987, é  o   o resultado desse processo. nossa de tarefa urgente hoje seja persuadir as nações da Talvez necessidade um mais retomo ao multilateralismo. O desafio da reconstrução após a II Guerra Mundial foi a verdadeira motivação que levou ao estabelecimento de nosso sistema económico inter nacional do pós-guerra. O desafio de encontrar rumos para um desenvolvimento sustentável sus tentável tinha de fornecer fornec er o Ímpeto Ímpeto - ou mesmo o imperativo —para uma busca renovada de soluções muitilaterais e para um sistema económico internacional de coopera ção ree&truturado. Esses desafios se sobrepunham hs distinções de

soberania nacional, de estratégias limitadas de ganho económico e de várias disciplinas científicas. Após 15 anos de paralisação ou mesmo deterioração na coope ração global, acredito ter chegado o momento de expectativas mais elevadas de busca conjunta de objetivos comuns, de um maior empenho político em relação a nosso futuro comum. A década de 60 foi um tempo de otimismo e progresso; havia mais esperança de um mundo novo melhor e de idéias cada vez Xlll Xl

 

Mas é no “ meio Mas meio ambiente” que todos vivem vivemos; os; o “ desenvo desenvolvi lvi mento” é o que todos fazemos ao tentar melhorar o que nos cabe neste lugar que ocupamos. Os dois são inseparáveis. Além disso, as questões de desenvolvimento devem ser consideradas cruciais  peloss líder  pelo líderes es políticos que acham acham que seus países já atingiram um nível que outras nações ainda lutam para alcançar. Muitas das es tratégias de desenvolvimento adotadas pelas nações industrializa das são evidentemente insustentáveis. E devido ao grande poder económico e político desses países, suas decisões quanto ao de senvolvimento terão profundo impacto sobre as possibilidades de todos os povos manterem o progresso humano para as gerações futuras. Muitas questões críticas de sobrevivência estão relacionadas com desenvolvimento desigual, pobreza e aumento populacional. Todas elas impõem pressões semnaturais precedentes sobre e as águas, florestas e outros recursos do planeta, nãoterras, ape nas nos países em desenvolvimento. A espiral descendente da po  breza e da deterioração ambie ambiental ntal é um desperdício de oportuni opor tuni dades e recursos. De modo especial, é um desperdício de recursos humanos. Esses vínculos entre pobreza, desigualdade e deteriora ção ambiental foram um dos principais temas em nossa análise e recomendações. O necessário agora é uma nova era de cresci mento económico — um crescimento crescimento convincente convi ncente e aao o mes mesmo mo tempo duradouro do ponto de vista social e ambiental. Devido à abrangência de nosso trabalho e à necessidade dc uma visão ampla, eu tinha consciência de que era preciso reunir uma equipe de cientistas e políticos influentes e altamente qualifi cados, a fim de formar uma Comissão verdadeiramente indepen dente. Isto era essencial ao êxito do processo. Juntos, deveríamos esquadrinhar o mundo e formular um método interdisciplinar e integrado para abordar as preocupações mundiais e nosso futuro comum. Necessitávamos de ampla participação e de uma clara maioria de membros de países em desenvolvimento, a fim de re

tratar as realidades do mundo. Necessitávamos de pessoas de grande experiência, oriundas de todos os campos políticos, não só com formação em meio ambiente e desenvolvimento enquanto disciplinas políticas, ruas de todas as áreas onde são tomadas de cisões vitais quee internacional. influenciam o progresso económico e social nos níveis nacional Assim, viemos de experiências extrcmameme diversas: minis tros de relações exteriores, funcionários de finanças e planeja mento. administradores nas áreas dc agricultura, ciência e tecno logia. Vános membros da Comissão são ministros de gabinete e economistas de alto nível em suas próprias nações, e muito en volvidos nos assuntos desses países. Mas como membros da CoXIV

 

Bde comum. Foi sem dúvida uma excelente equipe. O clima de »frrlTj>fti- « comunicação franca, a convergência de idéias e o pro cesso de aprendizagem e participação nos propiciaram uma expe riênciaeste derel otimismo, muito valiosa para nós quanto, creio,  para relatório atório e sua men mensage sagem. m. tanto Esperamos par partilh tilhar ar com ou tras pessoas tudo aquilo que aprendemos e todas as experiências que vivemos juntos. Muitas outras pessoas têm de partilhar essa experiência a fim de que se possa alcançar um desenvolvimento sustentável. A Comissão foi orientada por pessoas de todas as categorias sociais. É a essas peSsoas —a todas as pessoas do mundo —que a Comissão agora se dirige. Assim, falamos diretamente às pessoas e também às instituições que elas criaram. A Comissão se dirige a governos, seja diretamente, seja por meio de suas várias agências e ministérios. Este relatório destinase, principalmente, à congregação de governos, reunida na Assembléia Geral das Nações Unidas A Comissão se dirige também à empresa privada, desde a for mada por uma só pessoa até a grande companhia multinacional, com um movimento total superior ao de muitos países, e com pos sibilidades de promover mudanças e melhorias de grande alcance. Antes de tudo, porém, nossa mensagem se dirige às pessoas, cujo bem-estar é o objetivo último de todas as políticas referentes a meio ambiente e desenvolvimento. De modo especial, a Comis são se dirige aos jovens. Aos professores de todo o inundo cabe a tarefa crucial de levar a eles este relatório. Se não conseguirmos transmitir nossa mensagem de urgência aos pais e administradores de hoje, arriscamo-nos a comprometer o direito fundamental de nossas crianças a um meio ambiente saudável, que promova a vida. Se não conseguirmos traduzir nos

sas palavras numa linguagem capaz de tocar os corações e as mentes de jovens e idosos, não seremos capazes de empreender as amplas mudanças sociais necessárias à correção do curso do de senvolvimento. A Comissão terminou seus trabalhos. Pedimos um empenho conjunto e novas normas de conduta em todos os nfveis. no inte resse de todos. As mudanças de atitude, de valores sociais e de aspirações que o relatório encarece dependerão de amplas campa nhas educacionais, de debates e da participação pública. Com este objetivo, apelamos a grupos de cidadãos, a organiza ções não-governamentais, a instituições de ensino e à comunidade científica. Todos no passado desempenharam funções indispensá veis para a conscientização do público e a mudança política. Sua  participação será vital para orient orientar ar o mundo no nitno do desen desen-XVI

 

no intuito de assegurar o progresso humano continuado e a sobrevivência da humanidade. Não prevemos o futuro; apenas transmitimos a informação —uma informação urgente, baseada nas evidências científicas mais recentes e mais abalizadas —de

Mente

quegarantir é chegado o momento as desta decisões necessárias a fim de os recursos paradeo tomar sustento geração e das próxi mas. Não temos a oferecer um plano detalhado de ação, e sim um caminho para que os povos do mundo possam ampliar suas esfe ras de cooperação. cooperação. 1. O DESA DESAFIO FIO GLOBAL

1. 1.11 Êxitos Êxi tos e fracassos fracas sos Os que buscam Êxitos e sinais de esperança podem encontrar muitos: a mortalidade infantil está em queda; a expectativa de vi da humana vem aumentando; o percentual de adultos, no mundo, que sabem ler e escrever está em ascensão; o percentual de crian ças que ingressam na escola está subindo; e a produção global de alimentos aumenta mais depressa que a população. Mas os mesmos processos que trouxeram essas vantagens gera ram tendências que o planeta e seus habitantes não podem supor tar por muito tempo. Estas têm sido tradicionalmente divididas em fracassos do “desenvolvimento” e fracassos na gestão do nosso meio ambiente. No tocante ao desenvolvimento, há, em termos absolutos, mais famintos no mundo do que nunca, e seu mimem vem aumentando. O mesmo ocorre com o número de analfabetos, com o número dos que não dispõem de água e moradia de boa qualidade, e nem de lenha e carvão para cozinhar e se aquecer. Amplia-se —em vez de diminuir —o fosso entre nações ricas e  pobres, e, dnrta dnrtass as circunstâncias circunst âncias atuais e as disposições dispos ições institu insti tu

cionais, há poucas perspectivas de que essa tendência se inverta. Há também tendências ambientais que ameaçam modificar ra dicalmente o planeta e ameaçam a vida de muitas espécies, in cluindo a espécie humana. A cada ano, 6 milhões de hectares de terras produtivas se transformam em desertos Inúteis. Em 30 anos, isto representará uma área quase igual ã da Arábia Saudita. Anualmente, são destruídos mais de 11 milhões de hectares de florestas, o que, dentro 30 anos, representará uma área do ta manho aproximado da de índia. Crrande parte dessas florestas é transformada em terra agrícola de baixa qualidade, incapaz de  prover  prov er o sustento dos que nela se estabelecem. Na Europa, Eur opa, as chuvas ácidas matam florestas e lagos e danificam o patrimômio artístico e arquitetônico das nações; grandes extensões de terra 2

 

ambiente; muitas fornias de desenvolvimento desgastam os recur sos ambientais nos quais se deviam fundamentar, e a deterioração do meio ambiente pode prejudicar o desenvolvimento económico. A pobreza é uma das principais causas e um !>80 80) 0,26 (1976)

4,1 1,5 1,1 1,1 1,0

Fonte:  os dados de recenseamentos recentes foram usados sempre que

 p  po ossív sspor íveel;um ca caso so con contr trár ário io,, us usou ou-s -see l.um uma a eest stim imat ativ ivaada feit feita a pel elo o gove govern rno o 2000 llo ocal ou grupo de pesquisa loca local. As projeç projeções ões ONU para o ano são de: Department of International Economic and Social Affairs.  Es  Esti ti mates and projections projections o f urban, rural rural and city populations 1950-2025.  ST/ESA/ ST/ ESA/SER SER.R/ .R/58 58.. New York, 19 1985 85.. (A (Avaliação valiação de 19 1982.); 82.); e de: United  Nat  N atio ion ns. Urban, rural and city population 1950-2000.  New York, 1980. (Populations studies n. 68; Avaliação de 1978.) Outros dados, com alg algu u mas cifras atualizadas por dados de recenseamentos ruais recentes, provêm de; Hardoy, J.E. & Satterthwaite, D. Shelter; need and response. Chiches ter, UK, John Wiley, 1981. venham a crescer tanto quanto sugerem as previsões das Nações Unidas. Argumentam que muitos dostanta estímulos maishoje, fortese àque rápi da urbanização do passado não têm influência se as políticas do governo mudassem poderia reduzir-se a atração comparativa das cidades, em especial as grandes cidades, e assim desacelerar as taxas de urbanização. A taxa de aumento populacional urbano nos países em desen volvimento tem diminuído —de 5,2%  ao ano em fins da década de 50 para 3,4% nos anos 80.5 Espera-se que ela decline ainda maia nas próximas décadas. Apesar disso, se se mantiverem as tendên264 26 4

 

*'Diante da distribuição d istribuição da renda, da disponibili disponibilidade dade pr prev evisível isível   de recursos - nacionais, locais e do mundo inteiro  —  da tecnolo gia atual, da atual a tual debilidade debilidade dos governos locais locais e da falta de   interesse dos governos nacionais pelos problemas de assenta mentos humanos, hum anos, não vejo ve jo qualquer solução para as a s cidades do   Terceiro Mundo.  A s cidades cidad es do Terceiro Terce iro M undo serão se rão cada vez m ais centro ce ntross de  competição acirrada por um pedaço de terra onde se possa   construir um abrigo, por ttm quarto para alugar, por um leito de   hospital, por um lugar numa escola ou num ônihus, e sobretudo    p  po o r uma vaga nos pouc po ucos os emprego em pregoss estáve está veis is adequad adeq uadam amente ente re munerados, e mesmo pelo espaço numa praça ou calçada onde  se p o sa i expor e vender mercadorias, mercadorias, atividade atividade de que dependem dependem   tantas tant as fam íli ílias. as. próprios pobres organizam elas e ajudam construir dosOs novos conjuntos habitacionais cidadesa do Terceiromuitos Mun   do, e o fazem faze m sem a assistência assistência de arquitetos, arquitetos, planejadores e en genheiros,, ou dos genheiros do s governos locais ou nacionais. Além disso, disso, em  

muitos casos os governos locais e nacionais importunam bastante  esses grupos. grupo s. Os pró próprios prios cidadãos estão estão se tornando, cada vez vez  mais, os verdadeiras projetistas e construtores das cidades do   Terceiro Mundo, Mundo, e muitas vezes os adm inistr inistradores adores de seus seu s pr pró ó  p  prio rio s bairro ba irro s,” Jorge Hardoy

instituto internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento  Audiência pública da CMM CMMAD, AD, São Paulo, 23-29 23- 29 de outubr outubro o de 1935 935

seus serviços e habitações urbanos —só para manter as condições atuais. E em muitos países isso terá de se realizar num quadro de grandes provações e incertezas económicas, com recursos abaixo das crescentes necessidades e expectativas. 9,1.1 A crise nas cidades do Terceiro Mundo

Poucos governos das cidades do mundo em desenvolvimento, cujas populações crescem a um ritmo acelerado, dispõem de po deres, recursos e pessoal treinado para fornecer-lhes as terras, os serviços e os sistemas adequados a condições humanas de vida: água potável, saneamento, escolas e transportes. O resultado dis so é a proliferação de assentamentos ilegais de habitações toscas, aglomerações excessivas e mortalidade desenfreada decorrente de um meio ambiente insalubre. 266 26 6

 

Box 9.2 Problemas nas cidade»  do Terceiroambientais Mundo

Das 3.119 vilas e cidades da índia, somente 209 tinham es gotos parciais e somente oito tinham uma rede completa de esgotos e serviços de tratamento de esgotos. No rio Ganges são despejados diariamente os esgotos sem tratamento das 114 cidades aue ele banha, cada uma com 50 mil habitantes ou mais. As fábricas de DDT, curtumes, fábricas de papel e  polpa, complexos petroquímicos e de fertiliz fertilizantes, antes, fábricas de borracha e inúmeras outras indústrias lançam seus resí duos no rio. O estuário de Hoogly (perto de Calcutá) está entulhado dos resíduos industriais não-tratados de mais de 150 das grandes indústrias dos arredores dessa cidade. Ses senta por cent
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