Relatório 2 - Circuitos Elétricos e Fotônica
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UFABC - 2016.2...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
Fernanda Tavares Gabriela Abdul Ghani Kamila Mota Yasmin Marcos
RELATÓRIO 2 – MEDIDAS DE SINAIS SENOIDAIS EM CIRCUITO RC
Santo André 2016
Fernanda Tavares
RA: 11095314
Gabriela Abdul Ghani
RA: 11106713
Kamila Mota
RA: 11108513
Yasmin Marcos
RA: 11125611
RELATÓRIO 2 – MEDIDAS DE SINAIS SENOIDAIS EM CIRCUITO RC
Relatório apresentado à Universidade Federal do ABC como parte dos requisitos para aprovação na disciplina Circuitos Elétricos e Fotônica.
Prof. Dr. Jorge Diego Marconi
Santo André 2016
SUMÁRIO
1.
RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 4
1.1.
Familiarização com o Osciloscópio e medidas de amplitude e frequência................... 4
1.2.
Medidas com o Circuito RC em Série .......................................................................... 5
1.3.
Obtenção da forma de onda de corrente ..................................................................... 7
1.4.
Cálculo teórico dos valores das amplitudes e defasagens .......................................... 8
1.5.
Comparação entre valores experimentais e calculados teoricamente ......................... 8
1.6.
Aplicação das Leis de Kirchhoff às amplitudes de pico-a-pico..................................... 9
1.7.
Frequência (Hz) x Vr (V) ............................................................................................. 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 11 APÊNDICES ........................................................................................................................ 12 APÊNDICE A - Cálculo de Vpp a partir do Vef medido através do multímetro e incerteza ... 12 APÊNDICE B - Incertezas das medidas no osciloscópio ..................................................... 13 APÊNDICE C - Equação para cálculo da Frequência e sua respectiva incerteza ................ 13 APÊNDICE D - Equações para cálculo da incerteza da resistência e capacitância ............. 14 APÊNDICE E – Equações para cálculo da defasagem em graus e incerteza ...................... 14 APÊNDICE F – Equações para cálculo teórico de amplitude e defasagem e incertezas ..... 14 APÊNDICE G – Equação para cálculo de Erro Normalizado ............................................... 17 APÊNDICE H – Gráfico de Frequência versus Vr ................................................................ 18
4
1. RESULTADOS E DISCUSSÕES A seguir encontram-se relacionados os dados obtidos experimentalmente e calculados de forma teórica. 1.1.
Familiarização com o Osciloscópio e medidas de amplitude e frequência Na Tabela 1 encontram-se relacionados os dados de amplitude Vpp, período
T e frequência f obtidos de três formas estipuladas diferentes, descritos abaixo, e suas respectivas incertezas, estimadas de acordo com o que se encontra no Apêndice B. Também foi medido com o multímetro, na função VAC, o valor eficaz (tensão eficaz True RMS) de valor (1.773 ± 0.02)V. A tensão de pico a pico (Vpp) foi calculada através da Equação 1 e sua respectiva incerteza a partir da equação no Apêndice A.
(Eq. 1) Tabela 1: Resultados de medidas do sinal senoidal
Vpp ± µVpp (V)
T ± µT (µs)
f ± µf (kHz)
Osciloscópio/visual
5.0 ± 0.1
1.00 ± 0.03
1.00 ± 0.03
Osciloscópio/cursores
5.1 ± 0.1
1.00 ± 0.02
1.00 ± 0.02
Osciloscópio/automático
5.0 ± 0.1
1.0 ± 0.1
1.0 ± 0.1
5.02 ± 0.06
-
-
Multímetro
Comparando-se os valores lidos, é possível notar que os valores tensão, período e frequência são todos próximos, apesar da mudança na forma de leitura dos resultados. Quando foram lidos de forma visual, a tensão foi obtida contando a quantidade de divisões verticais, mostradas na tela do osciloscópio. Cada divisão representava 1V. O período foi lido de maneira semelhante, porém foram lidas as
5
divisões horizontais, cada uma representava 200μs. A frequência foi calculada como sendo, um sobre o período. Utilizando-se os cursores, simplesmente foram usados os cursores verticais e horizontais do equipamento. Para fazer a leitura da tensão, foram posicionados entre dois picos e para ler o período posicionou-se entre uma onda. A frequência novamente foi calculada pela expressão f = 1/P, porém com o valor do período referente a esse tipo de leitura. A leitura automática foi feita pelo multímetro, apenas foi utilizada uma função do equipamento e os valores foram obtido automaticamente. O valor eficaz foi lido utilizando o multímetro Minipa ET-2510. 1.2.
Medidas com o Circuito RC em Série Os valores da capacitância e resistência foram medidos utilizando um
multímetro Minipa ET - 2510 antes do início da prática e foram obtidos os resultados relacionados na Tabela 2. No entanto, foram medidos valores que divergem bastante dos valores nominais destes, de 12kΩ para o resistor e 15nF para o capacitor. As equações para os cálculos das incertezas encontram-se no Apêndice D. Tabela 2: Valores da capacitância e resistência medidos com o multímetro
C ± µC (nF)
R ± µR (kΩ)
9.86 ± 0.27
9.90 ± 0.09
Os valores obtidos experimentalmente através do circuito RC e suas respectivas incertezas podem ser observados na Tabela 3. Tabela 3: Resultados de medidas do circuito RC
CH1 - Vpp (V)
CH2 - Vpp (V)
CH1 - CH2 Vf - Vr (V)
Δt (µs)
Defasagem θ (°)
500 Hz
5.0 ± 0.1
1.47 ± 0.03
4.78 ± 0.02
440.0 ± 0.1
79.20 ± 0.02
1 kHz
5.03 ± 0.01
2.64 ± 0.16
4.25 ± 0.02
166.0 ± 0.2
58.76 ± 0.07
10 kHz
5.04 ± 0.01
4.97 ± 0.12
0.81 ± 0.02
3.2 ± 0.2
11.5 ± 0.7
6
É possível observar nas Figuras 1, 2 e 3 as formas de ondas senoidais obtidas no osciloscópios para frequências de 500 Hz, 1 kHz e 10 kHz, respectivamente.
Figura 1: Onda senoidal obtida no osciloscópio (500Hz). Fonte: Acervo pessoal.
Figura 2: Onda senoidal obtida no osciloscópio (1kHz). Fonte: Acervo pessoal.
7
Figura 3: Onda senoidal obtida no osciloscópio (10kHz). Fonte: Acervo pessoal.
1.3.
Obtenção da forma de onda de corrente Sabemos que a tensão do capacitor é dada por:
(Eq. 2) Pelo circuito RC série da Figura 1 do item 3.2b) do Roteiro, sabemos também que: (Eq. 3) Onde ic é a corrente referente ao capacitor e ir é a corrente referente ao resistor. Como o resistor obedece a lei de ohm, podemos substituir “ir” por V/R e podemos também substituir o valor (2) em (3), assim temos:
8
(Eq. 4) Utilizando o resultado (4) na equação (1), temos:
(Eq. 5) 1.4.
Cálculo teórico dos valores das amplitudes e defasagens Os valores teóricos de amplitudes e defasagens para o circuito RC
calculados e suas respectivas incertezas encontram-se na Tabela 4. As equações utilizadas nestes cálculos encontram-se no Apêndice F. Tabela 4: Resultados calculados para o circuito RC
Vf (V)
Vr (V)
Vf - Vr (V)
Defasagem θ (°)
500 Hz
5.0 ± 0.1
1.47 ± 0.03
4.8 ± 0.1
72.95¹
1 kHz
5.1 ± 0.1
2.64 ± 0.06
4.3 ± 0.1
58.48¹
10 kHz
5.0 ± 0.1
4.97 ± 0.12
0.81 ± 0.02
9.26¹
¹ Os valores de incerteza são bastante pequenos, da ordem de 10-4
1.5.
Comparação entre valores experimentais e calculados teoricamente Os valores medidos de Vf, Vr e Vf-Vr durante o experimento e os calculados
teoricamente para todas as frequências (500 Hz, 1 kHz e 10 kHz) foram bastantes semelhantes. No entanto, os valores de defasagem θ, para todas as frequências, apresentaram incompatibilidade mesmo apesar da proximidade entre os valores. Utilizando o conceito de erro normalizado, cuja equação utilizada para o cálculo encontra-se no Apêndice G, foi possível confirmar que os valores de Vf, Vr e Vf-Vr medidos experimentalmente (Tabela 3) e calculados (Tabela 4) são compatíveis (εn1) para todas as frequências. Na Tabela 5 constam os valores de erro normalizado calculados.
9
Tabela 5: Valores de Erro Normalizado (εn) para cada frequência
εn (500Hz)
εn (1kHz)
εn (10kHz)
Vf
0.27
0.17
0.02
Vr
0.09
0.004
0.17
Vf-Vr
0.003
0.62
0.003
θ
347.15
17.80
3.14
É possível justificar a pequena disparidade entre os valores de defasagem medidos e calculados devido à fontes de incerteza de tipo B, podendo justificar como principal incerteza experimental a inexperiência dos operadores na utilização do osciloscópio e possíveis desvios nos cursores do equipamento. 1.6.
Aplicação das Leis de Kirchhoff às amplitudes de pico-a-pico A segunda Lei de Kirchhoff diz que a soma algébrica das tensões (f.e.m.s e
quedas de tensões) ao longo de uma malha elétrica é igual a zero. Portanto, se uma corrente de malha é uma senoide com uma certa frequência, só poderá ser satisfeita se todas as outras correntes da malha do circuito forem senoides com a mesma frequência. No caso deste circuito, é possível concluir que a Segunda Lei de Kirchhoff poderá ser aplicada às amplitudes pico a pico dos sinais, uma vez que a corrente que passa em cada elemento do circuito (gerador, capacitor e resistor) é a mesma. 1.7.
Frequência (Hz) x Vr (V) Os dados utilizados para a construção do Gráfico 1, que encontra-se no
Apêndice H, estão na Tabela 6. Tabela 6: Dados de frequência e de tensão no resistor (Vr)
F (Hz)
Vr (V)
2272.73 ± 0.52
1.47 ± 0.03
6024.1± 7.3
2.64 ± 0.06
(3.13 ± 0.20) 105
4.97 ± 0.12
10
O circuito passa-altas é um circuito que permite a passagem das frequências altas com facilidade, porém, atenua a amplitude das frequências abaixo das frequências de corte. O entendimento desse tipo de circuito envolve saber que o capacitor leva um determinado tempo para carregar e descarregar através de um resistor, e que em baixas frequências existe muito tempo para que o capacitor se carregue até atingir a mesma voltagem que a tensão de entrada, de modo que a tensão no resistor R se aproxima do zero (ALMEIDA, 2010). Analisando o gráfico, é possível observar este comportamento, já que em frequências mais baixas a tensão no resistor (Vr) também se mostra baixa. Já para frequências mais altas, o capacitor tem tempo apenas para uma pequena carga antes as entradas invertam suas polaridades, sendo que quando a frequência é dobrada, existe tempo apenas para que o capacitor se carregue metade do que poderia carregar antes, de modo que a tensão no resistor se aproxima ao valor de entrada. E analisando novamente gráfico, é possível notar que em frequências maiores a tensão no resistor (Vr) é próxima a tensão de entrada (5 V).
11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, A. R. Laboratório de circuitos- elétricos (Prática 1: Filtro RC - Passabaixa/
Passa-
alta)
[Relatório
na
internet].
Piauí;
2010.
Disponível
em:
. Acesso em 07 de agosto de 2016.
12
APÊNDICES APÊNDICE A - Cálculo de Vpp a partir do Vef medido através do multímetro e incerteza O cálculo de Vpp a partir do valor eficaz (True RMS) medido pode ser realizado através da dedução da seguinte equação:
V (t ) V0 sen(t ) Vef 2
1 T V (t ) 2 dt 0 T
1 T 2 2 V0 sen (t )dt T 0
Vef
1 T sen(2T ) 0 sen(0) Vef 2 V02 4 2 4 T 2 V 2 T sen(T ) cos(T ) Vef 2 0 T 2 2 Vef V0
1 sen(T ) cos(T ) T 2T
Para T=2π e ω=2πf, sendo f=
Vef V0
2 1 1. , ω= T T
1 sen(2 ) cos( 2 ) 1 (2 0) 2 V0 4 1 4 Vef V0 Vef
2 1 V0 4 2
V0
V0 2 Vef 2 Vpp 2V0
Vpp 2 2 Vef Onde: ω: velocidade angular (rad/s); f: freqüência (Hz); T: período (s); Vpp: tensão de pico a pico (V); Veff: valor de tensão eficaz (True RMS) (V).
13
A incerteza do valor eficaz (Vef) é calculada através da informação fornecida pelo fabricante no manual do multímetro, através da equação a seguir.
Vef 0.9% 5 D E a incerteza de Vpp é calculada através da propagação de incertezas, conforme deduzido abaixo.
Vpp
Vpp Vef Vef
Vpp
2
2 Vef
2
2
Vpp 2 2 Vef Onde: µVpp: incerteza da tensão de pico a pico (V); µVef: incerteza da tensão eficaz (V); Vpp: tensão de pico a pico (V); Veff: valor de tensão eficaz (True RMS) (V). APÊNDICE B - Incertezas das medidas no osciloscópio Foi definido como incerteza das medidas visuais realizadas no osciloscópio como a metade da menor medida na tela. E para as medidas realizadas com os cursores, a incerteza foi estimada pela espessura do sinal na tela do osciloscópio. APÊNDICE C - Equação para cálculo da Frequência e sua respectiva incerteza Para calcular a frequência, foi utilizada a equação a seguir. f
1 T
E, para o cálculo da incerteza da frequência, foi realizada propagação de incertezas e o resultado encontra-se abaixo.
14
f f T T
2
1 f 2 T p
2
Onde: µf: incerteza da frequência (Hz); f: frequência (Hz); T: período (s). APÊNDICE D - Equações para cálculo da incerteza da resistência e capacitância µC = ± (1.9% + 8D) µR = ± (0.7% + 2D) Onde: µC: incerteza da capacitância (F); µR: incerteza da resistência (Ω).
APÊNDICE E – Equações para cálculo da defasagem em graus e incerteza Para o cálculo da defasagem foi utilizada a equação a seguir.
360 ft E para a incerteza, foi realizada a propagação de incertezas.
* t t
2
360 * f * t 2
360 f t Onde: θ: defasagem (°); µθ: incerteza da defasagem (°).
APÊNDICE F – Equações para cálculo teórico de amplitude e defasagem e incertezas Velocidade angular
15
2f Reatância capacitiva
Xc
1 1 2fC C X c * C C
2
X c
X
1 * C 2 C
c
2
Onde: Xc: reatância capacitiva; C: capacitância; µXc: incerteza da reatância capacitiva; ω: velocidade angular. Impedância
Z R 2 X C2 Z Z Z * R * XC R X C 2
R2
2
X2
Z 2 * R2 2 C 2 * X2 2 R X C R XC C
Onde: Z: impedância; R: resistência (Ω); XC: reatância capacitiva; µZ: incerteza da impedância; µR: incerteza da resistência (Ω); µXc: incerteza da reatância capacitiva. Corrente do Circuito RC
I (t )
V (t ) Z
I I I * V * Z V Z 2
V (t ) I V 2 * z Z Z 2
2
2
16
Onde: I(t): corrente do circuito RC (A); V(t): tensão (V); Z: impedância; µI: incerteza da corrente (A); µV: incerteza da tensão (V); µZ: incerteza da impedância. Tensão sobre o resistor
Vr (t ) R I (t ) R
V (t ) Z
Vr Vr R * I (t ) R I (t ) 2
Vr
Vr
2
I (t ) * R 2 R * I (t ) 2
Onde: Vr(t): tensão sobre o resistor (V); R: resistência (Ω); V(t): tensão (V); I(t): corrente do circuito RC (A); µVr: incerteza da tensão sobre o resistor; µR: incerteza da resistência (Ω); µI(t): incerteza da corrente do circuito RC (A). Tensão sobre o capacitor
Vc(t ) X C I (t )
Vc
Vc * XC X C
Vc
2
Vc * I (t ) I (t )
I (t ) * X 2
XC
Onde: Vc(t): tensão sobre o capacitor (V); Xc: reatância capacitiva; I(t): corrente do circuito RC (A); µVc: incerteza da tensão sobre o capacitor; µXc: incerteza da reatância capacitiva; µI(t): incerteza da corrente do circuito RC (A).
* I (t )
2
C
2
17
Defasagem
1 arctg C R
* C * R C R 2
2
2
R C 2 2 * C 2 2 * R C R 1 C R 1
2
Onde: Θ: defasagem (°); ω: velocidade angular (rad/s); C: capacitância (F); R: resistência (Ω); µθ: incerteza da defasagem (°); µC: incerteza da capacitância (F); µR: incerteza da resistência (Ω).
APÊNDICE G – Equação para cálculo de Erro Normalizado
n
1 2 12 22
Onde: εn: erro normalizado; ε1: valor medido experimentalmente; ε2: valor calculado teoricamente; µ1: incerteza do valor medido experimentalmente; µ2: incerteza do valor calculado teoricamente.
18
APÊNDICE H – Gráfico de tensão sobre o resistor versus frequência Gráfico 1: Vr (V) em função da Frequência (Hz)
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