REENCARNAÇÃO
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Observaçãos sobre reencarnação na otica judaica....
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REENCARNAÇÃO 1 Introdução: A Reencarnação no Judaísmo
A reencarnação (Guilgul) não aparece nenhuma vez de forma explicita na Torá ou no Tanach. Nem no Talmud ou nos Midrashim. O Rav Saadia Gaon (que viveu nos séc. IX e X) é o principal rabino a negar a reencarnação. reencarnação. Ele escreve no seu livro (Emunot VeDeot no final do cap. cap. 6) que reencarnação não existe. Porém outros rabinos que viveram nessa época defendiam a idéia. O Rambam na sua introdução sobre o livro de Yov (um dos livros do Tanach – – Jó em português) escreve que o principal assunto desse livro é a perg unta “Por que pessoas boas sofrem e por que os perversos tem sucesso”. O livro se trata da historia de um Tzadik, Yov, que, de repente começa a receber muitos sofrimentos e começa a contestar a justiça divina. Então seus amigos tentam responder essa famosa pergunta e explicar os acontecimentos. O Rambam traz as várias respostas que são trazidas ao longo do livro. E que Yov não aceitou nenhuma das respostas de seus amigos. Porém a resposta de Elihu (a ultima) ele aceitou. O Rambam diz que Elihu trouxe a resposta definitiva para essa pergunta. Porém, nenhum dos comentaristas comentaristas explicou satisfatoriamente satisfatoriamente essa resposta. resposta. Ele diz que Elihu afirmou “que D’us não manda sofrimento sem pecado, e que Yov não tinha nenhum pecado”. E por isso não é possível entender o que ele quis dizer pois não há como justificar os sofrimentos s ofrimentos de Yov conciliando essas duas idéias. O Rambam conclui: conclui : “Mas a verdade é que aqui há um grande segredo dos segredos da Torá, que não é compreensível para aquele que pensa sozinho, apenas o que teve o mérito, e aprendeu a prendeu de um mestre até Moshe Rabenu que aprendeu diretamente de D’us”. Em outro lugar ele escreve: “Esse é um segredo oculto da Torá, apenas sabido por aqueles que tem a “Kabalá” Kabalá” (tradição até Moshe), e que é proibido de ser escrito” A Kabalá (a parte oculta da Torá) foi recebida desde Moshe Moshe Rabenu e passada de maneira oral de geração em geração. Porém quando a Torá Oral foi escrita, a Kabalá não foi difundida, e por isso apenas um seleto grupo tinha conhecimento dessas tradições, os kabalistas. Por isso mesmo grandes rabinos não conheciam essa parte. Com a revelação do Zohar, os conceitos de Kabalá passaram a ser mais conhecidos. Guilgul (reencarnação), sendo um desses conceitos, passou a ser mais conhecido. Esse conceito aparece inúmeras vezes no Zohar. E aparece mais ainda nos livros de kabalá que vieram depois. Alguns exemplos: Shaar HaGuilgulim (Portão da Reencarnação) e Sefer HaGuilgulim (Livro da Reencarnação) ambos de autoria do Ariz’l. Reshit Chochma traz bastante sobre o assunto. Guilgulei Neshamot (Reencarnação das Almas) do Rema Mipano e muitos outros. 2 - O que é?
Há 2 tipos de reencarnação com funções diferentes:
Voltar numa pessoa Reencarnar Reencarnar num animal, vegetal, ou mineral (água, pedra, etc.).
Fonte: http://shiur-online.blogspot.com.br
O ser humano é o único ser de toda a criação que possui livre arbítrio. Por isso ao reencarnar em uma pessoa, a alma recebe uma vida nova. E se espera que ele use o seu livre arbítrio da melhor maneira possível. Se espera que essa pessoa faça coisas boas nessa segunda chance que ela recebeu. Porém a reencarnação em animais, vegetais ou minerais serve apenas para que a alma sofra e com isso se limpe dos pecados que ela fez. Esses seres não possuem livre arbítrio, e, portanto, suas ações não tem valor (No caso dos animais. Plantas e minerais nem possuem ações). É uma espécie de “prisão”. Um tipo de castigo. 3 - Reencarnação em pessoas
A alma volta a nascer em outro corpo e vive uma nova vida. O Derech Hashem (parte 2 cap. 3 par 10) escreve: “A Sabedoria Superior (Divina), para aumentar a salvação (chances de sucesso) , fez com que uma alma pudesse vir para esse mundo diferentes vezes, em corpos diferentes e, assim, puder consertar em uma vez (na vida atual) o que ela estragou em outra vez (uma vida anterior) ou completar o que ela deixou de completar. Porém, no final de todas as reencarnações, ela será julgada conforme tudo o que ela fez em todas as reencarnações e em todas as situações.”
O objetivo é dar uma segunda chance para a pessoa poder consertar o que fez de errado ou completar o que deixou de fazer durante as suas vidas anteriores. Durante essa vida ela também poderá receber sofrimentos para perdoar os pecados das outras vidas. Exemplos:
Roubo – Alguém que roubou e não devolveu durante a primeira vida, deve voltar para poder devolver o dinheiro para a pessoa que foi roubada (ela também volta). Alguém que matou deve voltar para poder trazer ao mundo a alma que ela tirou, e assim “compensar” o seu erro.
É uma espécie de “continuação da vida”. Porém em out ras situações (Outra sociedade, outra família, outra sociedade, outra situação sócio-economica, outros testes, outra personalidade, outras tendências negativas). Da mesma maneira que, durante a vida, podemos consertar o que fizemos de errado, e “pagar” por nossos erros com sofrimentos, isso também é válido nas outras encarnações. Porém nessa “continuação” esquecemos tudo o que aconteceu durante as vidas anteriores. Mas, ao sair do corpo a alma volta a “se lembrar” de todas as vidas e tudo o que ocorreu nelas. 4 - Para que Reencarnar? O Inferno já não serve para nos limpar de nossos pecados?
O Reshit Chochma faz essa pergunta (Ele traz a pergunta em nome do seu Rav, O Rav Moshe Kordovero – grande cabalista que viveu em Tzfat há mais ou menos 500 anos). Ele traz duas respostas:
Fonte: http://shiur-online.blogspot.com.br
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Para completar coisas que a pessoa deixou de fazer. O Guehinom somente “limpa” o que a pessoa se “sujou” através de pecados que fez. Porém alguém que teve uma vida vazia (incompleta), o Guehinom não poderá ajudá-lo. A pessoa somente pode fazer Mitzvot enquanto está nesse mundo, enquanto possui livre arbítrio. Mas depois de morrer, não é possível fazer mais Mitzvot. O Guehinom só pode apagar tudo de negativo que a pessoa fez, porém se a pessoa teve uma vida vazia, nada poderá preenchê-la. Por isso ele tem uma segunda chance na Reencarnação. Sem essa segunda chance, a pessoa continuaria vazia para toda a eternidade.
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Tem coisas que o Guehinom não tem capacidade de limpar. Ele traz um exemplo de um médico. Se ele vê que o paciente tem uma doença pequena, é suficiente cortar um pedaço de carne, que depois o corpo cicatrizará. Porém as vezes é necessário amputar um órgão inteiro para que a doença não se espalhe pelo resto do corpo. O mesmo acontece com o inferno. Se D’us vê que o inferno poderá limpar a alma, Ele a manda para lá. Mas as vezes, se entrar no inferno, a alma sairá “defeituosa”, pois não há condições de “limpar” sem deixar sequelas. Nesse caso D’us da para essa alma outra chance (reencarnação), para ela poder consertar e se “curar”. 5 - O que é pior, ir para o Inferno ou Reencarnar?
Do trecho anterior parece que a Reencarnação é pior do que o Inferno. Mas, por que o Guilgul (Reencarnação) é pior do que o Guehinom (Inferno). Será que aqui nesse mundo sofremos mais do que o Guehinom? O Rambam escreve que passar uma hora no Guehinom é pior do que uma vida inteira (70 anos) sofrendo os sofrimentos de Yov (Sem entrar em muitos detalhes ele perdeu todos os seus bens e toda a família no mesmo dia e depois seu corpo foi atacado por doenças). A pergunta é que se o Guehinom é tão pior do que esse mundo, porque a reencarnação é considerada pior do que o Guehinom? Algumas respostas: ·
A Reencarnação não é garantia de sobreviver ao Guehinom. A pessoa volta para esse mundo e ela não sabe o que irá acontecer depois dessa nova vida. É bem possível que ela ainda precise passar pelo Guehinom bastante tempo.
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Durante a vida nesse mundo, temos livre arbítrio. Por isso um pequeno sofrimento que recebemos aqui, e mesmo assim não contestamos a justiça Divina, valem muito mais do que sofrimentos grandes no Guehinom. E é justamente por isso que a alma preferiria o Guehinom. É muito mais fácil passar por sofrimentos maiores, mas sabendo que eles são necessários para o meu bem, do que viver nesse mundo sem saber o motivo das coisas. O sofrimento em si é muito menor. Mas é a dúvida que faz a diferença. 6 - Não há o perigo de a pessoa se estragar ainda mais no Guilgul?
Essa é um pergunta chave sobre esse assunto. Fonte: http://shiur-online.blogspot.com.br
O que ganhamos nessa segunda chance? Podemos sair desse mundo pior do que voltamos! Não seria mais garantido ir para o Guehinom? Se voltamos para esse mundo e pecamos mais, estamos aumentando nossas dívidas! O Ariz’l trata dessa pergunta. E ele diz que D’us criou um “mecanismo” para contornar esse “problema”. Ao reencarnar, a alma inteira volta para o corpo. Porém uma parte da alma fica “congelada” (Ele chama isso de Ibur Neshama – literalmente, gravidez da alma). Essa parte não é afetada pelas más ações que a pessoa faz. A outra parte de alma fica no corpo como a parte principal e ela é afetada por todas as ações que esse corpo executa. Assim quando D’us decreta sobre uma alma que ela volta a reencarnar, a parte da alma que já foi “consertada” volta como Ibur Neshama, e, portanto, não pode mais ser estragada. Essa parte está garantida. A parte que a pessoa não completou em outras vidas é a parte principal da alma na nova reencarnação, e essa parte é afetada por todas as ações da pessoa. A missão é consertar essa parte. Ou seja, é impossível perder o que foi feito numa vida anterior. O máximo que podemos fazer é estragar o que ainda não completamos. Esse mecanismo tem grande importância também no plano coletivo. Graças a ele pode-se garantir que o mundo, de uma maneira ou de outra, caminhe em direção do objetivo final. A cada geração que passa, o mundo se aproxima mais do seu objetivo, uma vez que a parte que foi consertada fica garantida e a parte que não foi volta a reencarnar. Assim estamos cada vez mais próximos de nosso objetivo final. 7 - Mulheres tem Guilgul?
A reencarnação é um fenômeno muito mais raro para mulheres do que para homens. Há alguns motivos para isso. O principal é o fato de as mulheres terem menos mitzvot Asse (mandamentos positivos) para cumprirem (Elas estão isentas das Mitzvot Asse com tempo definido, da Mitzvá de estudar Torá, entre outras). Como vimos antes, um dos motivos que o Guehinom não consegue limpar é porque lá não é possível cumprir Mitzvot Asse. Como a mulher, em geral, tem um buraco menor (pois havendo menos Mitzvot, a falta é menor), em geral o Guehinom da conta do recado. Porém isso não significa que não seja possível que as mulheres voltem. É bem menos comum que os homens, mas acontece. Além disso, as mulheres podem voltar por outros motivos, para ajudar a consertar outras almas. No shiur sobre aborto (ainda não publicado aqui) trouxemos uma historia de uma mulher que abortou uma criança e acusou o marido de a ter espancado. Ela voltou em outra encarnação e morreu no parto dessa criança e devolveu para o marido o dinheiro que ela recebeu por ter sido espancada. Fonte: http://shiur-online.blogspot.com.br
8 - Há limite para o número de reencarnações?
O Ariz’l escreve no seu livro Shaar Haguilgulim (Hakdama 4) que encontramos uma contradição sobre esse assunto. Em alguns lugares está escrito que a alma somente pode reencarnar 3 vezes (a primeira vida e mais 3 reencarnações). Porém em outros lugares está escrito que a alma pode voltar até mil vezes. A pergunta é como conciliar essas duas idéias? O Ariz’l explica que não há uma contradição. Reshaim somente tem mais 3 chances. Tzadikim podem voltar até mil vezes. Porém ele acrescenta que para esse efeito, Rashá é uma pessoa que não consertou nada nessa vida. , Ou seja, a pessoa tem somente 3 chances de vir para esse mundo e não acrescentar nada de bom dentre as coisas que lhe foram incumbidas. Se ele conserta um pouco, já é considerado tzadik e por isso possui mais que 3 chances. 9 - Como podemos saber qual é a nossa missão?
Os livros trazem duas “pistas” de como podemos saber qual é a nossa missão. · Yetzer Hará Uma Mitzvá que temos um Yetzer Hará muito forte e temos muita dificuldade para conseguir cumprir. Ou uma mitzvá na qual tentamos nos cuidar e constantemente voltamos a cair. (O Ben Ish Chai traz em nome dos mekubalim que, quando um tzadik se cuida de uma mitzvá específica de maneira acima do normal – até os últimos detalhes, isso também é um sinal que ele veio consertar esse assunto). · Nossos dons e dádivas Nossa missão, de maneira geral, é usar todos os dons e dadivas que recebemos de D’us da melhor maneira possível, para fazer a Sua Vontade. Se observamos quais dons e dadivas temos, isso nos indica qual caminho devemos seguir. Isso é algo como um “teste vocacional”. Ex: alguém que tem muito dinheiro, sua missão deve estar ligada com t zedaká (fazer coisas boas com o dinheiro). 10 - Kain e Hevel
O Ariz’l escreve no Shaar Haguilgulim que Moshe Rabenu era uma reencarnação de Hevel. Hevel foi morto pelo irmão Kain (ambos eram filhos do Adam Haishon). Kain reencarnou em algumas pessoas que encontraram Moshe Rabenu para poder consertar o assassinato na primeira vida. A alma de divide em Nefesh, Ruach e Neshama. Cada uma das partes de Kain reencarnou numa pessoa diferente para poder chegar ao seu tikun. Nefesh – Essa parte de Kain reencarnou no Egípcio que foi morto por Moshe por estar maltratando um Yehudi Fonte: http://shiur-online.blogspot.com.br
Ruach – O Ruach de Kain reencarnou em Korach. Sobre Kain está escrito: “Amaldiçoado seja você pela terra que abriu a boca” (e engoliu seu irmão, pois ele enterrou o irmão para esconder o assassinato). Para consertar isso o castigo de Korach foi ser engolido pela terra. Neshama – A Neshama de Kain Reencarnou em Ytro (sogro de Moshe). Kain teve inveja pois Hevel tinha uma irmã gêmea a mais. (Kain nasceu com uma e Hevel com duas). Essa irmã reencarnou como a filha de Ytro e, para consertar a outra vida, Ytro deu a Moshe essa filha como esposa (Na outra vida Kain teve inveja por causa dessa irmã e por isso a matou).
O Ariz’l escreve que isso está aludido na Torá. O passuk diz: Todo aquele que matar Kain será vingado 7 vezes. A palavra vingado em hebraico é composta de 3 letras yud, kuf e mem. Yud é a primeira letra de Ytro. Kuf – Korach. Mem – Mitzri – Egípcio. 11 - Introdução a Reencarnação em Minerais - Kaf Hakela
Para entender um pouco do objetivo desse tipo de reencarnação, precisamos dar uma pequena escapada do tema. Os livros trazem que quando a pessoa morre, há uma castigo que se chama Kaf Hakela (tradução literal – catapulta). Esse castigo consiste em que a alma “é atirada” para o mundo espiritual e volta para esse mundo diversas vezes. O Michtav Meeliahu (vol. 2 pág 62-63) explica esse castigo. “Ao falecer, a alma não muda nada. A pessoa que durante a vida se apegou a ilusões, também depois de falecer continuará apegado a essas ilusões. A Guemará em Berachot traz que as almas estavam interessadas em saber o que seria decretado para o mundo em relação às chuvas (se seria um ano chuvoso ou não). E uma das almas ali tinha vergonha pois foi enterrada com uma roupa simples – vemos que os sentimentos de kavod (respeito) continuaram igual a como eles eram nesse mundo.” As pessoas que estão muito apegadas a esse mundo, quando falecem, continuam apegadas a esse mundo. E a sede por prazeres desse mundo continua. E esse desejo por prazeres materiais “obriga” a alma a sair em busca de suprir essas necessidades. Mas isto é impossível, uma vez que esta não possui mais um corpo e, sem o corpo, ela é incapaz de ter algum prazer material. Então ela começa uma jornada desesperada com o objetivo de encontrar o que não pode ser encontrado. Esse é o Kaf Hakela. A alma sobe e desce e viaja de um lugar para o outro atrás de algo que não pode ser encontrado. E os anjos que foram criados pelos pecados da pessoa, a obrigam a procurar mais e mais e a apressam e não a deixam descansar. É uma galut (diáspora) terrível. Essa alma, ao encarnar num mineral, terá um pouco de descanso.
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O Kaf Hakela em si não conserta a alma. Porém com o passar do tempo, a alma vai esquecendo seus desejos materiais. Até que “cai a ficha”. Só depois que a alma passa pelo Kaf Hakela é que ele pode entrar no Guehinom. Os tzadikim, nesse mundo, eles ficam muito mais ligados aos assuntos espirituais e menos ligados ao material. Por isso, ao falecer, a alma não tem dificuldade de se adaptar a nova realidade. Quanto menos ligados ao material, mais rápido cai a ficha. 12 - Reencarnação em Animais, Vegetais e Minerais 1
O livro Shemirat Halashon (de autoria do Chafetz Chaim) parte 1 cap. 9 escreve que a pessoa que fala constantemente Lashon Hará pode ser castigada tendo que reencarnar numa pedra. Ou num cachorro. Ele traz que os Mekubalim aprenderam do cachorro do passuk: "Carne Taref não deve ser consumida. Ela deve ser jogada para o cachorro" e logo após esse passuk está escrito o pecado de Lashon Hará. (O pshat - sentido revelado do passuk, não de acordo com a cabalá - é que a carne Taref deve ser jogada ao cachorro. Porém os mekubalim disseram que aqui há uma alusão que essa alma é atirada ao cachorro). E esses dois pecados estão escritos juntos para dizer que esses dois pecados tem como consequência reencarnação num cachorro. E ele continua dizendo: "Saibam que os mekubalim disseram que, apesar de que, ao encarnar num ser-humano, a alma se esquece de tudo o que se passou em outras vidas. Porém ao encarnar num animal ele se lembra das vidas passadas. E esse é um grande sofrimento, ao saber que foi rebaixado de um ser humano para um animal ”. 13 - Reencarnação em Animais, Vegetais e Minerais 2
Está escrito em Bereshit (cap. 1 passuk 26): "E disse D'us: Façamos o Homem a nossa imagem e semelhança e ele dominará sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais e toda a terra e sobre todos os seres que rastejam sobre a terra”. O Or Hachaim fala que aqui há uma alusão sobre os níveis de Reencarnação. A palavra Yrdu - dominar - em hebraico pode ser lida com Yardu - descer. Assim o passuk pode ser lido (entendido): "e ele descerá sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais e toda a terra e sobre todos os seres que rastejam sobre a terra”. (Uma introdução - Quanto mais difícil de "kasherizar" o animal, mais baixo é o nível dele, logo, a alma que vai nele é uma alma com mais coisas para consertar. Vegetal e Mineral estão abaixo de todos os animais.). Agora a explicação sobre os vários níveis:
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Peixes – Esse é o tipo mais elevado. Para ser consumido ele só precisa ser retirado da água. Não é necessário um abate especial. Por isso nele reencarnam as almas que estão mais próximas do seu conserto. Aves – Já precisa de shechita para ser consumido. Mas as halachot da sua shechitá são menos rígidas que a dos animais. Animais – Precisa de shechitá para ser consumido. Mas sua shechitá é mais complicada que a das aves. Terra (vegetal e mineral) – Os vegetais e minerais vem abaixo dos animais, pois não são seres vivos. Rastejantes – Animais não Kasher. Como eles não são permitidos ao consumo, são o nível mais baixo. Estando abaixo até dos minerais (mesmo que essa categoria são seres vivos – animais, ela está abaixo dos minerais e vegetais). 14 - Reencarnação em Animais, Vegetais e Minerais 3
Baseado no que vimos até aqui, podemos concluir sobre a finalidade desse tipo de encarnação. A morte tira a alma desse mundo. Mas é preciso tirar "esse mundo" da alma. (A alma que se apegou demais a esse mundo, tem influencias negativas desse mundo em excesso, e essas influencias tem que ser removidas). O sofrimento da hora da morte e o trauma da alma a sair do corpo fazem parte desse "trabalho". Mas se a alma está "presa" demais aos vícios desse mundo, é preciso outros processos. Um deles é o Kaf Hakela que dissemos anteriormente. Nesse contexto é que entra a encarnação. Essa encarnação funciona como um tipo de "clínica de desintoxicação". Ao passar o tempo necessário presa sem ter como correr atrás dos seus vícios, pouco a pouco, ela vai se limpando dos vícios e ficando preparada para poder entrar no Guehinom (Inferno). Além disso, a humilhação de viver como um animal e, dividir o corpo com a alma do animal, ajuda a colocar as coisas em perspectiva. A pessoa se lembra exatamente, de como foram suas vidas passadas, qual era o seu potencial, o que se esperava dela, o que ela fez durante a sua vida e porque ela chegou onde chegou.
Resumo
Reencarnação no judaísmo
Fonte: http://shiur-online.blogspot.com.br
O Judaísmo acredita em reencarnação. Apesar de não aparecer de maneira explícita em nenhum dos livros do Tanach. A Reencarnação é um conceito que aparece bastante nos livros de Kabalá. Reencarnação em pessoas.
Voltar a viver novamente, para tentar consertar erros da vida anterior, ou completar o que deixou de ser feito. Por que não ir direto para o Inferno?
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Há coisas que nem o Inferno limpa (é muito mais fácil limpar nesse mundo já que temos livre arbítrio).
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No inferno não se pode cumprir Mitzvot. Quem morreu vazio, pode ficar mais de 1000 anos no inferno e continuará vazio. O Inferno pode apenas “zerar” a pessoa dos pecados. Mas preencher a missão dele não é possível lá. Não há o perigo de a pessoa se estragar mais nas Reencarnações?
Não. Quando a pessoa morre, a parte da alma que completou a missão não entra na nova encarnação de maneira ativa. Somente a parte da alma que ainda não foi completada é que está de maneira ativa na encarnação e que é afetada pelas ações dessa nova vida. A parte que já cumpriu fica “congelada” e não se arrisca. Quantas vezes podemos reencarnar?
Depende. As vezes no máximo vidas (3 reencarnações, depois da primeira vida) e as vezes até 1000. O limite de 3 encarnações é para pessoas que, nessas 3 vezes, não completaram nada de suas missões. Mulheres tem Guilgul
Sim. Mas é mais raro que os homens. Pois um dos principais motivos da reencarnação é para completar mitzvot positivas. Mulheres estão isentas de grande parte das Mitzvot positivas Como saber qual a nossa missão?
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Yetzer Hará – Se a pessoa tem um Yetzer Hará especial em um pecado específico, é sinal que ele veio consertar esse pecado.
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As vezes Tzadikim veêm que eles cuidam uma Mitzvá com todos os mínimos detalhes. Pode ser que a alma sente que é essa a sua missão
Dons e dádivas – Para cumprir nossa missão, recebemos dons e dádivas. Se observarmos o que recebemos, podemos ter uma idéia da nossa missão.
Fonte: http://shiur-online.blogspot.com.br
Reencarnação em Animais, Vegetais ou minerais Objetivo – Esse tipo de encarnação tem como objetivo servir de castigo para alma. Os atos desses seres não contam (mesmo os que tem atos) pois esses seres não possuem livre arbítrio. Memória – Ao encarnar nesse tipo, a alma se lembra de tudo o que passou nas suas vidas passadas. Níveis – O Orach Chaim traz que os níveis de reencarnação são (em ordem decrescente): peixes, aves, animais kasher, vegetais e minerais e animais não kasher.
Fonte: http://shiur-online.blogspot.com.br
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