Redacao ITA 2013

 

ITA 2013 Redação

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Mafalda, a menina lósofa, questionadora e politizada do cartunista argentino Quino, é a protagonista dessa Prova de Redação. A partir da tirinha de Quino e dos textos da Prova de Português, o candidato é levado a desenvolver des envolver uma composição de cunho dissertativo-argumentativo sobre a temática solicitada. Para melhor percebermos esse tema, faremos considerações sobre alguns desses textos. O artigo “Escravos da tecnologia” expõe uma situação comum no cotidiano das pessoas que têm acesso a cesso à Internet, ou seja, as pesquisas de opinião que muitos consumidores fazem de maneira manei ra gratuita para as empresas virtuais, que, de posse dessas informações, tornam-se mais competitivas no mercado. Para a autora do texto, Marion Strecker, isso é escravidão, pois os consumidores são usados para objetivos mercadológicos. Existe quase uma imposição sobre os usuários de Internet para que respondam a esses questionários. Prova disso é a quantidade considerável de  spams  que abarrotam nossas caixas de e-mail , como mostra o texto 4.

 

A mesma consideração, ou seja, a crítica ao fornecimento voluntário de dados por internautas para as empresas, pode ser observada na entrevista do escritor canadense Don Tapscott. O escritor comenta sobre as informações disponibilizadas de forma sistemática na Internet, normalmente dados pessoais utilizados para ns econômicos. O texto evidencia a importância de se manter a privacidade frente aos recursos tecnológicos, t ecnológicos, apesar da crescente exigência por parte das empresas ligadas a eles por elementos que o público disponibiliza aleatoriamente. O foco da preocupação do entrevistado está na possibilidade de que alguns dados, tanto os disponibilizados aleatoriamente quanto os sistemáticos, possam ser utilizados por pessoas de má-fé. O terceiro texto tece, a partir do exemplo de Thomas Edison, considerações considerações sobre o estilo de vida moderno: enxuto, rápido e pautado nas facilidades tecnológicas. Tal Tal estilo, infelizmente, nos toma a concentração e nos causa certa dependência. Edison toma consciência desse estado e reorganiza-se, retomando o controle de suas s uas ações, o que trouxe alento à sua prossão e à sua vida. Podemos considerar a mudança do cientista americano como modelar para os indivíduos. A tirinha de Mafalda estabelece discussões com algumas questões levantadas pelos textos supracitados, sugerindo-nos algumas interpretações; uma delas refere-se à questão da autonomia x escravidão/imposição. Hoje, há um conjunto de transformações tecnológicas que buscam inuenciar os modos de viver, como se observa nos textos comentados e pelos verbos no imperativo – “use”, “compre”, “beba”, “coma”, “prove” –  presentes na tirinha (e em tantos  spams  spams que  que recebemos). Diante de uma crescente massicação ideológica e comportamental, como manter a autonomia sobre quem se é, sobre o que se faz e o que se pensa? Através de uma maturidade intelectual construída por intensa e contínua c ontínua autorreexão, pois, se não tivermos senso crítico, como nos livraremos da imposição da mídia, eletrônica ou não? Além dessas considerações, há outras; por exemplo, será que os dados informados por nós a essas pesquisas pes quisas  – que produzirão consumo de produtos e serviços – realmente reetem aquilo de que temos necessidade? necessi dade? O que consumimos representa elmente aquilo que somos? Essas são perguntas cujas respostas também podem ser desenvolvidas na redação. As ideias apresentadas acima não esgotam, nem poderiam esgotar, os diversos caminhos que o vestibulando  pode seguir para desenvolver seu texto. O candidato, certamente, poderá apresentar apresentar outras linhas de raciocínio ligadas à proposta para a feitura de sua composição, principalmente se se inspirar no exemplo crítico e questionador de Mafalda.

Digitador: Pat Desenhista: Revisor: Vânia/T Vânia/Tales ales