Recuperação de Trilhos

March 21, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Recuperação Recu peração de Trilh rilhos os

VALER - EDUCAÇÃO VALE

 

COLABORADORES:

> Nelson Machado > Mauricio Militão > Ronikson Freitas

 

mensagem Valer

Caro Empregado,

Você está participando da ação de desenvolvimento Recuperação de Trilhos de sua Trilha Técnica.  A Valer Valer – Educação Educação Vale Vale construiu construiu esta esta Trilha Trilha em conjunt conjunto o com profissio profissionais nais técnicos técnicos da sua sua área com com o objetivo de desenvolver as competências essenciais para o melhor desempenho de sua função e o aperfeiçoamento da condução de suas atividades diárias. Todos os treinamentos contidos na Trilha Técnica contribuem para o seu desenvolvimento profissional e reforçam os valores saúde e segurança, que são indispensáveis para sua atuação em conformidade com os padrões de excelência exigidos pela Vale.  Agora é com com você. Siga o seu caminho caminho e cresça cresça com com a Vale. Vale. Vamos Trilhar! 

 

1. Introduç Introdução ão

MÓDULO I: INTRODUÇÃO À RECUPER RECUPERAÇÃO AÇÃO DE TRILHOS

2. Cuidados de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO) 3. Comunicação em Ambiente Operacional (Estaleiro de Soldas da FCA)

5

6 7 9

MÓDULO II: CONCEITOS GERAIS PARA RECUPERAÇÃO DE TRILHOS

11

4. Especificação de Perfil e Espécies de Trilho Trilhoss 5. Critérios Critérios de Seleção de Tril Trilhos hos para Reemprego - Estaleiro de Soldas da FCA

12 28

MÓDULO III: PROCEDIMENTOS DE RECUPER RECUPERAÇÃO AÇÃO DE TRILHOS

31

6. Descarga e Empilhamento de Tril Trilhos hos 7. Operação de Pórticos Móveis e Movimentação Movimentação de Trilhos Trilhos na Linha de Caminhos Rolantes 8. Desempeno de Tri Trilhos lhos

32

9. Corte de de Trilhos 10. Furação Trilhos 11. Conclusão da Recuperação de Tril Trilhos hos – A Soldagem

38 43 47 57 64

 

 | 5 | I   n  t  r   o  d   u  ç   ã   o

Introdução

O TRILHO É CONSIDERADO um dos componentes mais importantes da superestrutura ferroviária. É o elemento que suporta e guia os veículos ferroviários e que carrega o maior custo dentre os elementos estruturais de via. Dessa forma, é imprescindível que a utilização do trilho seja adequada e racional. Nesse contexto, a recuperação de trilhos para reutilização, quando há possibilidade, possibilidade, destaca-se pelos benefícios que essa atividade gera para p ara a manutenção da ferrovia. Portanto, tal ação contribui para o uso racional de recursos do meio ambiente. Diante do exposto, é de fundamental importância que os empregados dos estaleiros de solda tenham os conhecimentos necessários para exercerem com qualidade suas atribuições, dentre elas a realização da recuperação de trilhos. Assim, é preciso que eles conheçam não somente as normas de utilização dos trilhos, mas também suas funções, suas características técnicas, seus processos de fabricação, f abricação, seu dimensionamento dimensiona mento e demais dados que permitam p ermitam prolongar sua vida útil.

 

Módulo I

INTRODUÇÃO À RECUPERAÇÃO DE TRILHOS

Segurança Ocupacional (S (SSO SO)) Cuidados de Saúde e Segurança > 

Descrever os procedimentos de saúde e segurança adotados adotados pelo Estaleiro de Soldas da FCA .

Comunicação em Ambiente Operacional (Estaleiro de Soldas da FCA) > 

Descrever os padrões de comunicação adotados pelo Estaleiro de Soldas da FCA.

 

Cuidados de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO) OS EMPREGADOS DO ESTALEIRO de Soldas devem cumprir os seguintes procedimentos de Saúde e Segurança Operacional:

> A segurança é primordial em todas as tarefas e não será comprometida em função da agilidade e volume de produção.

> Para executar as atividades ou acessar à linha de produção, é obrigatório o uso de perneiras,

capacete com jugular, óculos de proteção, abafador de ruídos tipo concha e botina com biqueira de proteção. Os empregados devem, ainda, utilizar os equipamentos de proteção individual específicos para a atividade que executam. Exemplo: avental de raspas, luvas e máscaras.

> Os empregados são proibidos de se apresentar ao trabalho e/ou trabalhar sob o efeito de bebidas

alcoólicas, narcóticos narcóticos ou medicamentos capazes de alterar o seu desempenho. A posse de bebidas beb idas alcoólicas nas dependências do Estaleiro é, também, proibida.

> É obrigação de todos, ao observar indícios dos sintomas supracitados em outro empregado, impedir que o mesmo inicie ou prossiga sua jornada de trabalho.

> Todo Todoss os empregados devem utilizar os uniformes no padrão vigente e exibir identificação

regulamentar. O empregado deve apresentar-se com asseio e zelar pelo bom regulamentar. b om aspecto de seu uniforme e equipamentos de proteção p roteção individual. Deve, ainda, seguir práticas como a colocação da parte inferior de sua camisa pelo interior da calça de uniforme, evitando acidentes por aprisionamento do tecido nos equipamentos;

proibido usar adornos (bonés, brincos, relógios, piercings, correntes, anéis e argolas) no interior da > Éunidade, ainda que representem valores afetivo-espirituais. É proibido p roibido usar equipamentos sonoros, como fones-de-ouvido, na área operacional.

> É proibido inutilizar ou burlar qualquer dispositivo de segurança. > Os empregados devem zelar pelo bom convívio mútuo, presteza no atendimento às solicitações e

pelo bom uso das áreas de uso coletivo do estaleiro, est aleiro, como refeitório, vestiário, vestiário, banheiros e área de vivência, auxiliando na conservação da higiene e manutenção do bom aspecto visual da Unidade.

> Para movimentação de trilhos na linha de recuperação, o operador deve verificar o andamento das

etapas anteriores e posteriores por meio dos sinais luminosos dispostos em cada c ada site. O acionamento de rolos e a consequente movimentação de trilhos são proibidos quando o sinal luminoso da etapa subsequente se encontrar acionado.

 | 7 |  C   u i    d   a  d   o  s   d   e  S   a  ú   d   e  e  S   e  g  u r   a n  ç   a  O  c   u  p  a  c  i    o n  a l    (    S   S   O  )  

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

> A operação de acionamento dos rolos deve ser precedida da verificação quanto à presença de

pessoas nos interstícios dos rolos e fora da área de isolamento. É vetada a permanência de pessoas dentro da área de desempeno, dados os riscos de projeção de materiais quando da ocorrência de quebras dos trilhos.

transpor barras na linha de soldagem, todos os ocupantes da área operacional devem utilizar as > Para escadas, prioritariamente. O fluxo de pessoas através dos interstícios entre barras b arras deve ser evitado. Nas intervenções de manutenção e de colocação de talas, é permitido atravessar por debaixo das barras, desde que sejam previamente comunicados os operadores dos equipamentos envolvidos na linha de produção.

> Antes do início das atividades de cada turno, os operadores envolvidos na produção devem executar

o procedimento de inspeção do equipamento a ser operado e da área de trabalho, preenchendo, diariamente, a respectiva planilha de itens de checagem (checklist ).). Caso sejam identificadas anomalias, o operador não deverá dar início à utilização do equipamento, informando a supervisão/ líder da equipe de manutenção para que sejam providenciadas as eventuais correções das anomalias e a subsequente liberação das atividades.

> O operador deve encerrar a operação de seus equipamentos e as atividades de seu site cerca de 30 minutos antes do término do turno de serviço para promover a limpeza do seu setor de trabalho.

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Comunicação em Ambiente Operacional (Estaleiro de Soldas da FCA) A comunicação entre os empregados do Estaleiro de Soldas em ambiente operacional é um fator importante na execução correta das tarefas e na manutenção dos cuidados de saúde e segurança operacionais. Portanto, é necessário que os seguintes s eguintes procedimentos de comunicação em ambiente operacional sejam cumpridos por todos os empregados do Estaleiro de Soldas:

> Tod Todaa a comunicação entre sites de produção deve ocorrer, prioritariamente, por meio do sistema

telefônico disponível em cada estação de trabalho ou por meio do rádio, devendo ser evitadas as gesticulações e gritos para transmissão de instruções. Os meios que comunicação disponíveis na unidade devem ser utilizados exclusivamente para fins relacionados às atividades de produção.

> É proibida a utilização de aparelhos celulares em toda a área operacional. Os mesmos poderão permanecer ligados, porém, sua utilização é restrita às áreas de vivência da Unidade.

> A comunicação via rádio deve ser iniciada pela identificação do solicitante, sinalizando seu interlocutor e encerrando cada evento de transmissão com a palavra p alavra “câmbio”. Ex: “- Operador Paulo chamando operador César, câmbio!”

> A mensagem de chamada deve ser respondida pelo interlocutor por meio da sua identificação e requisição das instruções, finalizando o evento de transmissão com a palavra “câmbio”. “câmbio”. Ex: “- Operador O perador César atendendo operador Paulo, câmbio.” instrução, a seguir, deve ser iniciada pelo nome do interlocutor ou executante da tarefa, finalizando > Ao evento de transmissão com a palavra “câmbio”. Ex: “- Operador O perador César, por favor, descer moitão, câmbio.” câmbio.”

> A transmissão de instruções via rádio deve ser confirmada pela palavra “OK”, com posterior repetição do comando e conclusão com a palavra p alavra “câmbio”. “câmbio”. Ex: “- OK, descer moitão, câmbio.”

> O término da tarefa deve ser comunicado ao solicitante, primeiramente, chamando-lhe pelo rádio conforme a instrução de chamada de pessoas.

Ex.: “- Operador César chamando operador Paulo, câmbio.”;

 | 9 |  C   o m  u n i    c   a  ç   ã   o  e m  A m  b  i    e n  t   e  O  p  e  a r   c  i    o n  a l    (   E   s   t   a l    e i   r   o  d   e  S   o l    d   a  s   d   a F   C  A  )  

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

> O solicitante inicial é, agora, chamado ao rádio para ouvir a confirmação da execução da tarefa, t arefa, devendo responder ao chamado da mesma forma como foi atendido. Ex.:“- Operador Op erador Paulo atendendo operador op erador César, câmbio.”; câmbio.”; o executante da tarefa comunica a conclusão da tarefa, finalizando a comunicação com a > Assim, palavra “câmbio”. Ex.: “- Operador O perador Paulo, moitão posicionado, câmbio.”

> O solicitante encerra, assim, a comunicação com a repetição rep etição da confirmação recebida. Ex.:“- Ok, moitão posicionado, câmbio.”  

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Módulo II

CONCEITOS GERAIS GERAIS PARA PARA RECUPERAÇÃO DE TRILHOS TRILHOS

Especificação de Perfil e Espécies de Trilhos >

Descrever os perfis e espécies de trilhos utilizados na confecção de TLS.

Critérios de Seleção de Trilhos para Reemprego - Estaleiro de Soldas da FCA > 

Descrever os critérios adotados pelo estaleiro de soldas da FCA na seleção de trilhos tip o reemprego para formação de TLS.

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Especificação de Perfil e Espécies de Trilhos INTRODUÇÃO Os trilhos têm duas funções principais: compõem a pista de rolamento pelo qual trafegam os veículos ferroviários e transmitem os esforços do movimento do veículo, como carga dos eixos, esforços es forços de aceleração e frenagem, para a infra-estrutura viária. Para que isto seja possível, o trilho é composto por 3 partes, cada uma com uma função. São elas:  

Boleto – Responsável pelo contato roda-trilho com o material rodante

Alma – Estrutura do trilho compreendida entre o boleto e o patim Patim – Base do trilho que é assentada sobre os dormentes

PARTES INTEGRANTES DO TRILHO

IDENTIFICAÇÃO DOS TRILHOS Os trilhos podem ser identificados, pelos seus fabricantes, por diversas formas por meio de inscrições permanentes gravadas na sua alma em alto e baixo relevo.

| 12 |

 

Os aços que formam os trilhos podem ser submetidos a várias espécies de tratamento, conferindo uma qualidade específica ao produto acabado. Nesses casos, o(s) processo(s) de tratamento do aço, também, pode(m) vir identificado(s) identificado(s) em alto relevo na alma dos trilhos.

 s   d   e T  r  i   l   h   o  s 

Formas de Identificação de Trilhos Padrão AREMA para Identificação por Estampagem:

Marcas estampadas em alto relevo: Na alma do trilho, em algum dos lados, são estampados em alto relevo as seguintes informações:

PADRÃO AREMA 󰀭 MARCAS ESTAMPADAS EM ALTO RELEVO

Nesse esquema pode-se identificar o peso em libras por jardas, tipo da seção, método de eliminação de hidrogênio, marca do fabricante, ano e mês de laminação, onde:

1 136

2 RE

3 CC

 | 13 | E   s   p  e  c  i   fi   c   a  ç   ã   o  d   e P   e r  fi  l    e E   s   p  é   c  i    e

4 F

5 1982

6 II

> Peso do trilho em libras por jarda (136 (136 Lb/Yb); > Identificação da seção AREMA (RE – Railway Engeneering); > Método de redução do teor de hidrogênio (Control Cooling – Resfriamento controlado); controlado); > Iniciais do nome do fabricante (Fuel Iron); > Ano de fabricação (1982); > Mês de fabricação (fevereiro). (fevereiro).

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

No mesmo padrão pode-se observar também outro tipo de marcação, em baixo relevo.

Marcas estampadas em baixo relevo: O esquema a seguir representa o número da corrida, a letra, que representa sua posição no lingote, número do lingote e o método de eliminação do hidrogênio, onde:

1 38400

2 C

3 12

4 BC

> Número da corrida na qual o trilho foi laminado. À critério da siderúrgica podem ser se r utilizado números ou letras (38400).

> A letra que identifica a posição do trilho no lingote (C). > Número que identifica o lingote da corrida (12). > Método de eliminação do hidrogênio (BC - Control Cooled Blooms – Resfriamento Res friamento Controlado de Lingote).

Padrão UIC para Identificação por Estampagem

Marcas estampadas em alto relevo: Onde:

1

2 THIESSEN

3 75

4 U IC

5 60

> Seta indicando o topo do lingote > Marca do fabricante (Thiessen) p elos dois últimos algarismos (1975 (1975)) > Ano de fabricação identificado pelos > Identificação de seção padrão UIC (UIC) > Peso do trilho em Kg/m (60 Kg/m) > Processo de fabricação do aço (M – Siemens Martin)* > Marca característica do trilho (=) * Processos de fabricação existentes: T – Thomas B – Bessemer ácido M – Siemens Martin ácido ou básico F – Forno elétrico

| 14 |

6 M

7 =

 

 | 15 | E   s   p  e  c  i   fi   c   a  ç   ã   o  d   e P   e r  fi  l    e E   s   p  é   c  i    e  s   d   e T  r  i   l   h   o  s 

Marcas estampadas em baixo relevo:

PADRÃO UIC 󰀭 MARCAS ESTAMPADAS EM BAIXO RELEVO

Onde:

1 35500

2 A

3 2

> Número da corrida (35500). > A letra que identifica a posição do trilho no lingote (A). > Número que identifica o lingote da corrida (2). Padrão ABNT para Identificação por Estampagem

Marcas estampadas em alto relevo:

PADRÃO ABNT 󰀭 MARCAS ESTAMPADAS EM ALTO RELEVO

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Onde:

1 CSN

2 BRASIL

3 RC

4 LD

5 TR 68

6 82

7 IV

> Marca do fabricante do trilho (CSN). > País de fabricação do trilho (BRASIL). > Método de redução de teor de hidrogênio – processo de resfriamento (RC – resfriamento controlado). > Processo de fabricação f abricação (LD). > Tipo do trilho. > Ano de fabricação (1982). > Mês de fabricação (fevereiro). (fevereiro). Nomenclatura de Trilhos conforme a Espécie Veja abaixo a lista de significados dos termos gravados em alto relevo mais utilizados internacionalmente: NOMENCLATUR A

SIGNIFICADO

CC

 – Resfriamento Controlado Control Cooled  – (Técnica para reduzir o teor de hidrogênio)

HH

 (Boleto Endurecido) Head Hardened  (Boleto

FT 

Fully Heat Treated  (Trilho  (Trilho Completamente Tratado)

CR

Chromium Alloyed  (Liga  (Liga de Cromo)

LAHH

Low Alloy Head Hardened  (Baixa  (Baixa Liga de Boleto Endurecido)

MHH

Micro Alloyed Head Hardened  (Micro-Ligado  (Micro-Ligado de Boleto Endurecido)

UHC

 (Boleto Endurecido Profundo) Deep Head Hardened  (Boleto

SU

Supereutectoid  (Aço  (Aço Supereutectóide)

NHN

New Head Hardened  (Novo  (Novo Boleto Endurecido)

DHH

Deep Head Hardened  (Boleto  (Boleto Endurecido Profundamente)

HISI

High Silicon (Trilho com Alto Teor de d e Silício)

N

Niobrás 200 (Trilho fabricado pela CSN com aço liga de Nióbio)

AHH

 Alloy Head Hardened

(Aço de Baixa Liga de Cromo-Vanádio com Boleto Endurecido) VT 

Vacuum Treatment

(Tratamento à Vácuo - Técnica para reduzir o teor de hidrogênio)

| 16 |

 

Significado dos termos gravados em baixo relevo mais utilizados internacionalmente: NOMENCLATURA

SIGNIFICADO

AH

 Alloy Head Hardened  

(Aço de Baixa Liga de Cromo-Vanádio com Boleto Endurecido) C

Carbono (Aço Carbono)

CT

Carbono Tratado (Aço Carbono Tratado)

DH

Deep Head (Boleto Endurecido)

L

Liga (Aço Liga)

LCR

Liga de Cromo (Aço de Liga de Cromo)

LCRV

Liga de Cromo -Vanádio (Aço de Liga de Cromo-Vanádio)

LT

Liga Tratado (Aço de Liga Tratado)

Terminologia Terminolog ia para caracterização da direção de propagação dos defeitos de Tril Trilhos hos Para identificação dos defeitos deve-se utilizar a seguinte convenção com relação à direção de desenvolvimento dos mesmos:

> Direção Longitudinal Vertical: os defeitos desenvolvem-se longitudinalmente ao longo do perfil, per fil, no plano vertical.

DIREÇÃO LONGITUDINAL VERTICAL

 | 17 | E   s   p  e  c  i   fi   c   a  ç   ã   o  d   e P   e r  fi  l    e E   s   p  é   c  i    e  s   d   e T  r  i   l   h   o  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

> Direção Longitudinal Horizontal: os defeitos desenvolvem-se longitudinalmente ao longo do perfil, no plano horizontal.

DIREÇÃO LONGITUDINAL HORIZONTAL

Transversal: os defeitos desenvolvem-se transversalmente ao longo do trilho. > Direção Transversal:

DIREÇÃO TRANSVERSAL

DIMENSÕES DE SEÇÃO E GEOMETRIA Você sabia que a escolha do trilho dependerá das cargas, velocidade e tráfego da via onde será aplicado? Isso mesmo! Para cada geometria de trilho temos uma tolerância à solicitação de esforços e de desgaste admissíveis. Por isso, observe sempre a seção, o peso e o comprimento dos trilhos. As figuras a seguir mostram os tipos de trilhos utilizados e seus valores de peso e resistência médios.

| 18 |

   

 | 19 | E   s   p  e  c  i   fi   c   a  ç   ã   o  d   e P   e r  fi  l    e E   s   p  é   c  i    e  s   d   e T  r  i   l   h   o  s 

TR-68

74.61 (2 15/16”) 35.56 (1.40º) Y     )     ”     6     1     /     5     1       1     (       1     2  .     0     4

    0     4    :     1

R   1  4 . 2  28      (  9    /  1 6   º   R    )   4

. 9   )    9   R  7   R    1 6 º  (  5 /

 1

    )     R    º     6    1    /    5    (      4    9     7 .     R 

    )    º     2     3     /     9     (       4     1  .     7     )     ”     6     1     /     3       4     (       6     3  .     6     0    )     1    ”     7     4     3  .     3     (       1     0  .     5     8     )    º     6     1     /     3       1     (       6     1  .     0     3

 )

            )              R            ”  4          4           /  1  (           1   .6                       1(    5           5  5              7   .  3           1  R           3              R  4  : 4  R  º

R  19 .0 5  5 ( 3 / 4  4”  ”  R    )  R )    R  2 0  03   .2  ( 8  8º  º   R  R)  )        )    º     6     1     /     5       7     (       4     7  .     5     6     1

CL  R 508 (20ºR)

17.46 11/16”

X

X

    )    º     8     /     7       3     (       3     4  .     8     9

 2 0 ” R )  R 5 08 ( 2

 0 . 0  5  1 9   R   )   R 1   ”    3 / 4  (   4  1 : 4

  R  )  .5 9  6  º  R  1 5  1   R 1  /  1  ( 

 .1 8  3 1  R 3  R )

 (  1/ 8 º

Y 152.4 (6º)

UNIDADE Peso teórico

VALORES

Kg/m

67,56

Área (A)

cm2

86,12

Momento de Inércia (I)

cm 4

3950,10

Módulo de resistência boleto (W)

cm3

391,60

Módulo de resistência patim (W)

cm3

463,80

   

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

TR-57

69.06 (2 23/32º) 31.75 (1 1/4º) Y     )    º     6     1     /     1     1       1     (       6     6  .     2     4

R 9.53 (3/8º R) R      R       3       2      8      5      . 1      4           (        (          9 1      1         ) 0         5   .    R   1      º        1    º  /          R    1  6 2       R       )        / º       R        1 1     (  :  4   )          )     ”     6     1     /     1     1     (       6     4  .     7     1

    )    º     6     1     /     3       3     (       4     8  .     6     9    )    º     8     9  .     2     (       9     6  .     5     7

R    1  9   . 0   06       (    3    /    4  ”     R    )   R  7 6  6. 2  ( 3º   R )  ) 

5/8º

X

  R     )  / 4  º   3  (    (   0 . 0  5  1 9   R 1

    )    º     4     /     1       3     (       5     5  .     2     8

 4  1 : 4

    )  .5 9  6  º  R  1 5   R 1  1 / 1

(  1  /   R   1  . 59  1 6      º   R   5    ) 

 ( 

Y 139.7 (5 1/2º)

UNIDADE Peso teórico

| 20 |

    )    º     8     /     5       6     (       8     2  .     8     6     1

CL  R 355.6 (1 º 2” R)

15.88

X

    )    º     8     /     1       1     (       8     5  .     8     2

    0     4    :     1

VALORES

Kg/m

56,90

Área (A)

cm2

72,58

Momento de Inércia (I)

cm4

2730,50

Módulo de resistência boleto (W)

cm3

294,80

Módulo de resistência patim (W)

cm3

360,70

   

TR-50

68.26 (2 11/16”) 65.28 (2 9/16º) Y     )     ”     8     /     3     (       1     7  .     9

R 9.53R      (3/8” R)  3     5      5       9 . 6       .5  5  1 1     )  (        R   R   1      º  6 4       1 ”       (  1 / 1 R      : 4  4   )     

    6     1    :     1

    )     ”     6     1     /     5       1     (       4     5  .     3     3

    )     ”     6     1     /     1     1       1     (       7     0  .     2     4

R  9 .5 3 (  3 / 8  8”  ”   R )  ) 

14.29     )     ”     6     (       4  .     2     5     1

    )     ”     6     1     /     5       3     (       4     3  .     3     8

11/16” X

X

                 )          R

    )     ”     3     (       2     4  .     5     7

                      / 8  ”  R )  356 (1 4 ”  R  3                 (  5   R                8                .8                5                 1         R     )     ”     3     8     9  .     /     3     9     (

1.4

. 5 9  1 5  R 1  ) / 1 6 ” R

 .5 9  6  ”  R   R  )  1 5   R 1  1  (  1 /

 (  1

Y 136.52 (5 3/8”)

    )     ”     6     1     /     1       1     (       9     9  .     6     2

UNIDADE

VALORES

Kg/m

50,35

Área (A)

cm2

64,19

Momento de Inércia (I)

cm4

2039,53

Módulo de resistência boleto (W)

cm3

247,45

Módulo de resistência patim (W)

cm3

291,70

Peso teórico

 | 21 | E   s   p  e  c  i   fi   c   a  ç   ã   o  d   e P   e r  fi  l    e E   s   p  é   c  i    e  s   d   e T  r  i   l   h   o  s 

   

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

TR-45

65.09 (2 9/16”)

    )     ”     2     /     1       1     (       3  .     7     3

61.44 (2 7/16”) Y

    )     ”     6     1     /     9     (       4     1

1 :  4 

R      63.195(2 1/2”)  9       , 5      2         (       3       /       8      ”       R       )     

 ”  4  (   6.  5  5  3

R   1   . 5   59      R  9   (    1   . 5  5 2    /    1  6   (  3  /   ”    8 ”    R    R  )   )    R

    )  8  ”  R    3  (  (   /   2    5 5  9.   R 9     )     ”     8     /     5       5     (       8  .     2     4     1

    )     ”     6     1     /     3       3     (       3  .     0     8

.59 (1 (14” R)  355.59 R 355

14.29 9/16”

X     )     R     ”     6     1     /     9     2     (     4  .     4     6

 )  R

    )     ”     8     /     1       1     (       6     1  .     9     2

X

    )     ”     6     1     /     5     1       2     (       8  .     3     7

R   9   . 5   52       (  3    /    8   ”   R    )   1: 4  4 

    )     ”     1     (       5     2

Y 130.17 (5 1/8”)

UNIDADE

VALORES

Kg/m

4 4,64

Área (A)

cm2

56,90

Momento de Inércia (I)

cm4

1610,81

Módulo de resistência boleto (W)

cm3

205,60

Módulo de resistência patim (W)

cm3

249,70

Peso teórico

| 22 |

 

 | 23 | E   s   p  e  c  i   fi   c   a  ç   ã   o  d   e P   e r  fi  l    e E   s   p  é   c  i    e  s   d   e T  r  i   l   h   o  s 

TR-40

63.5 (2 1/2”) Y     )     R R     7        ”     2 .  9    (    1  2    9    4        1     ( ”    R        8  .  )       4     0     3       R

    )     ”     2     /     1       1     (       1  .     8     3

R  1  . 5  5  (  1  /  1  9  6 ”  R   ) 

    )     ”     2     6  .     2     (       5     5  .     6     5

1       3       ”       

    )     ”     5     (       7     2     1

    )     ”     8     /     5       2     (       8     6  .     6     6

X

X 13.89 (35/64”)

    )     ”     8     3  . 

   )    R  4  ”   1  /   (      3 .   5    R  6     )     ”     8     /     7     (       3     2  .     2     2

    2     (       5     4  .     0     6

     ”      3     1

R  1.5  9 ( 1 /  9  16 ”  ” R   )  Y 127 (5”)

UNIDADE

VALORES

Kg/m

39,68

Área (A)

cm2

50,71

Momento de Inércia (I)

cm4

1098,02

Módulo de resistência boleto (W)

cm3

165,02

Módulo de resistência patim (W)

cm3

181,57

Peso teórico

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

TR-37

62.7 (2 15/32”) 15/32”)

5    /  1 6   1 2  ”   ”    R  

    )     ”     4     6     /     7     2       1     (

R  1   . 5   5   (  1    /    1  6   9   ”    R    )  

    o

      3      1

    )     ”     6     1     /     3     1       4     (       2  .     2     2     1

(17/32”)     )     ”     4     6     /     5     3       2     (

   o

    3     3     2  .     1     7     2

Y 122.2 (2 15/32”)

UNIDADE

VALORES

Kg/m

37,11

Área (A)

cm2

47,29

Momento de Inércia (I)

cm4

951,50

Módulo de resistência boleto (W)

cm3

149,10

Módulo de resistência patim (W)

cm3

162,90

Peso teórico

| 24 |

 

 | 25 | E   s   p  e  c  i   fi   c   a  ç   ã   o  d   e P   e r  fi  l    e E   s   p  é   c  i    e  s   d   e T  r  i   l   h   o  s 

TR-32

UNIDADE Peso teórico

VALORES

Kg/m

32,05

Área (A)

cm2

40,89

Momento de Inércia (I)

cm4

702,00

Módulo de resistência boleto (W)

cm3

120,80

Módulo de resistência patim (W)

cm3

129,50

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

TR-25

UNIDADE Peso teórico

| 26 |

VALORES

Kg/m

24,65

Área (A)

cm2

31,42

Momento de Inércia (I)

cm4

4133 41

Módulo de resistência boleto (W)

cm3

81,53

Módulo de resistência patim (W)

cm3

86,60

 

 | 27 | E   s   p  e  c  i   fi   c   a  ç   ã   o  d   e P   e r  fi  l    e E   s   p  é   c  i    e  s   d   e T  r  i   l   h   o  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Critérios de Seleção de Trilhos para Reemprego Estaleiro de Soldas da FCA INTRODUÇÃO Como o ativo mais importante da superestrutura ferrroviária, o trilho é tecnicamente considerado o principal elemento de suporte supor te e guia dos veículos ferroviários e, economicamente, detém o maior m aior custo entre os elementos estruturais da via. Portanto, é fundamental para a manutenção da via ferroviária que o trilho seja recuperado e que seja destinado aos locais que não representem riscos operacionais para a ferrovia. A seguir, serão apresentados os critérios para a seleção sele ção dos trilhos que serão recuperados. É essencial que a seleção de trilhos para reemprego seja feita sempre com base nos critérios apresentados a fim de garantir que não haja riscos operacionais para a ferrovia.

VIDA ÚTIL DOS TRILHOS A vida útil dos trilhos é determinada, basicamente, pelo limite de desgaste que, por sua vez, é determinado por meio do cálculo do seu módulo de resistência mínimo em função do seu perfil. Dessa forma, o desgaste do trilho é dado em função da carga e da classe de via a ele associados.

Simulador de desgaste A definição para o reemprego reemp rego dos trilhos, inclusive se for o caso de transposição, deverá ser baseada no Simulador de Desgaste de Tri Trilhos lhos da GEDFT. GEDF T.

| 28 |

 

A seguir, veja um exemplo de resultado apresentado pelo p elo Simulador de Desgaste.

 | 29 |  C  r  i    t   é  r  i    o  s   d   e  S   e l    e  ç   ã   o  d   e T  r  i   l   h   o  s   a  p r   a R   e  e m  p r   e  g  o E   s   t   a l    e i   r   o  d   e  S   o l    d   a  s   d   a F   C  A

EXEMPLO DE RESULTADO APRESENTADO PELO SIMULADOR DE DESGASTE

Análise dos resultados Considerando os limites de módulo de resistência do trilho, os desgastes horizontais e verticais deverão estar localizados fora da faixa vermelha da tabela de cálculo. A tabela, dessa forma, calcula c alcula o módulo de resistência residual do trilho, de acordo com os níveis de desgaste horizontal e vertical que ele apresenta em função de seu perfil.

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Caso o módulo de resistência residual do trilho observado seja muito baixo, sua reutilização torna-se restrita à medida que são observadas obser vadas sensíveis alterações nos seus aspectos físico-estruturais. físico- estruturais.

OUTROS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO Além da análise referente à capacidade suportada supor tada pelo trilho quanto ao tráfego ferroviário, a classificação dos trilhos em reemprego deverá ser feita com base nas seguintes orientações:

> Verificação da existência de trincas ou fraturas, defeitos def eitos superficiais e defeitos identificados por ultrassom.

> Verificação das condições de desgaste lateral, horizontal e vertical do trilho, cujos limites são s ão

informados na tabela a seguir, que estabelece o parâmetro de desgaste dos trilhos para a formação de barras. PERFIL DO TRILHO

TRILHOS TIPO REEMPREGO COTA A (mm) ≥

COTA B (mm) ≤

TRILHOS NOVOS

COTA C (mm) ≥

BOLETO (mm)

ALTURA (mm)

 TR-37

46

65

117

62,7

122,2 12 2,2

 TR-45

52

69

1388 13

65,1

142,9 14 2,9

 TR-50

52

73

1477 14

68,3

152,4 15 2,4

 TR-57

55

74

163

69,1

168,3

 TR-68

55

79

172

74,6 74 ,6

185,7 185 ,7

Verificação do perfil quanto à corrosão, principalmente do patim, provocada p rovocada por exposição ou assentamento em ambiente agressivo. São considerados sucata, trilhos que apresentam trincas, fraturas, defeitos superficiais e marcas de patinação que impossibilitem a correção por intervenções convencionais.

Verificação de traços de cortes de maçarico ao longo da barra e da presença de soldas aluminotérmicas a até 3 metros das extremidades do trilho.

 

| 30 |

 

Módulo III

PROCEDIMENTOS DE PROCEDIMENTOS RECUPERAÇÃO DE TRILHOS

Descarga e Empilhamento de Trilhos > 

Executar a descarga e o empilhamento de trilhos (FCA).

Operação de Pórticos Móveis e Movimentação de Trilhos na Linha de Caminhos Rolantes >

Descrever o procedimento de operação de pór ticos móveis para descarga e movimenta movimentação ção de trilhos na linha de caminhos rolantes.



Demonstrar como deslocar trilhos novos ou usados na linha de caminhos rolantes.

Desempeno de Trilhos > 

Executar o desempeno de trilhos novos e usados.

Corte de Trilhos > 

Executar operações de corte de trilhos novos e usados.

Furação de Trilhos > 

Executar operações de furação em trilhos novos e usados.

Conclusão da Recuperação de Trilhos – A Soldagem > 

Descrever o processo de soldagem de trilhos direcionado para a finalização do  procedi  pro cedimento mento de recu recupera peração ção de tril t rilhos hos..

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Descarga e Empilhamento de Trilhos REALIZAÇÃO DA DESCARGA E DO EMPILHAMENTO DE TRILHOS Será descrito, a seguir, o procedimento para a realização da descarga e do empilhamento de trilhos.

Preparação dos equipamentos de movimentação de cargas e local de estocagem dos trilhos curtos Os trilhos ferroviários podem ser manipulados para operações de estocagem por meio de equipamentos como pórticos móveis, manipuladores telescópicos, empilhadeiras, emp ilhadeiras, pás carregadeiras e retroescavadeira. A estocagem de trilhos compreende as operações de ordenação espacial dos materiais recebidos na Unidade para posterior aplicação específica de cada material.

Todos To dos os empregados emp regados envolvidos na atividade deverão ser treinados.

Antes de iniciar as operações de descarga de trilhos, os operadores dos equipamentos de movimentação de carga devem preencher os respectivos checklists para verificar as condições dos mesmos. Além disso, é importante realizar a inspeção:

> dos cabos de aço; > das correntes; > das manilhas das correntes; > do alicate (tenaz); > das botoeiras de comando; > da área de estocagem, de circulação de pessoas e dos equipamentos; e quipamentos; | 32 |

 

> do rádio de comunicação; > do rádio de controle remoto para operação op eração dos pórticos rolantes; translação/elevação; elevação; > da balança de carga e trolley de translação/ > do sistema de frenagem (elevação/movimentação da carga e deslocamento do equipamento, alarme

sonoro para movimentação do pórtico e tesoura para corte do lacre de acondicionamento dos trilhos).

Os trilhos descarregados devem ser empilhados sobre as bases e a equipe deve inspecionar o nivelamento das mesmas. A separação dos trilhos entre as camadas é executada com peças de madeira 8 x 8, posicionadas transversalmente sobre o boleto dos trilhos, permitindo a distribuição uniforme da carga, evitando, assim, o empeno dos trilhos. Durante o deslocamento entre pilhas de estocagem os empregados envolvidos na tarefa devem ter cuidado com pontas de trilhos fora dos gabaritos, fitas metálicas, pedaços de madeira, irregularidades no piso e animais peçonhentos. É obrigatório o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) para acessar a cabine de operação e trolley  de  de movimentação da carga (cinto de segurança com 2 talabartes e dispositivo trava-quedas).

ESTOCAGEM DE TRILHOS 󰀭 PILHAS

 | 33 | D  e  s   c   a r   g  a  e E  m  p i   l   h   a m  e n  t   o  d   e T  l   i   r  h   o  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

DESCARGA DE TRILHOS Descarga de Vagões Essa tarefa requer dois operadores: um classificador de barras e um operador de pórtico p órtico móvel. Para descarregar trilhos de vagões, o operador deve:

Descarga de Carretas A execução dessa tarefa requer dois operadores: um classificador de barras e um operador de pórtico p órtico móvel. Para descarregar trilhos de carretas, é necessário:

1o Certificar-se por meio de comunicação via rádio com o maquinista responsável pela manobra na unidade, de que a atividade tenha sido liberada.

2o Verificar se o freio manual e o calço nas duas extremidades da composição foram aplicados, evitando, assim, os riscos de movimentação indevida dos vagões.

3o

Antes de realizar a descarga, classificar os trilhos das camadas superiores, alocando em pilhas distintas os trilhos classificados como sucata e os trilhos passíveis de recuperação (trilhos reemprego).

À medida que se tornarem acessíveis, o mesmo procedimento deve ser executado para as camadas de trilhos subsequentes a serem descarregados. Quando a disposição dos trilhos nos vagões impossibilitar a classificação inicial, essa deverá ser feita nas pilhas, imediatamente após o término da descarga da camada, evitando, assim, a sobreposição de trilhos sucata sobre os de reemprego, e vice-versa.

| 34 |

 

4o Movimentar os trilhos curtos (de até 12 metros de comprimento), acoplando uma tenaz ao moitão por meio de correntes.

Para trilhos maiores (de 12 até 24 metros de comprimento), é necessário utilizar a viga-balancim anexada à estrutura.

DESCARGA DE CARRETAS A execução dessa tarefa requer dois operadores: um classificador de barras e um operador de pórtico p órtico móvel. Para descarregar trilhos de carretas, é necessário:

1o Certificar-se de que a carreta esteja desligada e devidamente freada.

2o

Classificar os trilhos das camadas superiores antes de realizar a descarga, alocando em pilhas distintas os trilhos classificados como sucata e os trilhos passíveis de recuperação (trilhos reemprego).

O operador deve realizar o mesmo procedimento de classificação de trilhos para as camadas subsequentes, à medida que se tornarem acessíveis.

3o  Movimentar os trilhos tr ilhos curtos (de até 12 metros de comprimento), compri mento), acoplando apenas uma tenaz ao moitão por meio de correntes.

Para trilhos maiores (de 12 até 24 metros de comprimento), é necessário utilizar a viga-balancim anexada à estrutura.

 

 | 35 | D  e  s   c   a r   g  a  e E  m  p i   l   h   a m  e n  t   o  d   e T  i   r  l   h   o  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Caso haja necessidade de desengatar vagões, solicite esta intervenção inter venção junto à estação ferroviária local.

Cuidado com abalroamentos (), atropelamentos (), quedas e torções. Evite permanecer na via de circulação ferroviária ferroviária e atente para a presença de dormentes, fitas metálicas, peças de madeira e outros resíduos oriundos da descarga de trilhos. Opte, ainda, pela seleção de um canal de rádio menos congestionado para evitar transtornos na comunicação.

DESCARGA E EMPILHAMENTO DE TRILHOS

| 36 |

 

 | 37 | D  e  s   c   a r   g  a  e E  m  p i   l   h   a m  e n  t   o  d   e T  i   r  l   h   o  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Operação de Pórticos Móveis e Movimentação de Trilhos na Linha de Caminhos Ro Rolan lantes tes ABASTECIMENTO DE CAMINHOS ROLANTES Antes de iniciar o abastecimento dos caminhos rolantes, o operador op erador e um ajudante devem soltar as amarras que prendem os trilhos e desvirá-los. Para executar essas tarefas, é necessário:

1o Usar a alavanca apropriada para a atividade, posicionando-a sobre o trilho.

Durante essa atividade, o operador deve ter cuidado com a posição do corpo e das mãos em relação à pilha, evitando posicionar-se voltado para a alavanca.

2o Retirar as amarras antes de iniciar o procedimento de abastecimento dos rolos.

Cuidado ao manusear as amarras, pois essas podem provocar cortes.

3o

Retirar o trilho posicionado entre os trilhos com boletos voltados para cima afastando um dos trilhos da extremidade com a alavanca e posicionando a tenaz do pórtico móvel no interstício, ou seja, no trilho invertido.

| 38 |

 

TRILHOS EMPILHADOS COM POSIÇÃO DOS BOLETOS INVERTIDA

OPERAÇÃO DOS PÓRTICOS MÓVEIS 󰀨MOVIMENTA 󰀨MOVIMENTAÇÃO󰀩 ÇÃO󰀩 Para iniciar a operação de movimentação de trilhos, o operador deve, inicialmente, verificar o tipo de carga a ser movimentada. De modo geral, para trilhos curtos cur tos (de até 12 metros de comprimento), comprimento), o operador necessita apenas de uma tenaz acoplada ao moitão por meio de correntes. Para trilhos maiores (de 12 até 24 metros de comprimento), é necessário utilizar a viga-balancim anexada à estrutura.

Posicionamento de Moitão/Tenaz no Trilho Para executar essa tarefa, o operador deve:

1o

2o

Acionar o controle do pórtico de forma a proporcionar o deslocamento da estrutura até o material a ser içado.

Posicionar a tenaz no centro aproximado do boleto do trilho. Caso seja necessário movimentar trilhos maiores, afixar o par de tenazes em pontos equidistantes das extremidades do trilho, estabelecendo, assim, o equilíbrio da estrutura.

Durante o processo de movimentação de trilhos, prestar atenção para a presença de pessoas e obstáculos no local, evitando acidentes por choques dos mesmos contra a carga suspensa.

 | 39 |  O  p  e r   a  ç   ã   o  d   e P   ó  r   t  i    c   o  s  M  ó  v  e i    s   e M  o v i   m  e n  t   a  ç   ã   o  d   e T  r  i   l   h   o  s  n  a L  i   n h   a  d   e  C   a m i   n h   o  s  R   o l    a n  t   e  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Operação de Pórticos para Elevação de Carga Para executar essa tarefa, o operador deve:

1o Subir na pilha para fixar a tenaz, fazendo-o pelo centro da pilha e evitando as extremidades.

O mesmo procedimento deve ser executado quando o operador descer da pilha.

2o

Posicionar o tenaz no centro aproximado do boleto do trilho. Caso seja necessário movimentar trilhos maiores, afixar o par de tenazes em pontos equidistantes das extremidades do trilho, estabelecendo, assim, o equilíbrio da estrutura.

3o Acionar o recolhimento da talha para verificar o equilíbrio da carga. Caso a mesma não esteja equilibrada, abaixar o trilho e reposicionar a tenaz.

Não movimentar as tenazes com os pés. O operador deverá se posicionar a uma distância segura e com boa visibilidade em relação ao raio de deslocamento do trilho movimentado, evitando permanecer sobre a pilha de trilhos ou próximo aos rolos.

| 40 |

 

Operação de pórticos para deslocamento do trilho até o caminho rolante Para deslocar o trilho até o caminho rolante, é necessário:

1o Certificar-se de que o caminho rolante esteja liberado para recebimento do material e de que não haja obstáculos e pessoas no sentido do deslocamento.

2o Utilizar o dispositivo para guiar o trilho a fim de assegurar o correto posicionamento do mesmo dentro dos canais dos rolos.

Guardar uma distancia mínima de 1 metro entre o operador e o trilho. É proibido utilizar as mãos ou os pés para orientar o trilho suspenso.

3o Acionar o recolhimento da talha para verificar o equilíbrio da carga. Caso a mesma não esteja equilibrada, abaixar o trilho e reposicionar a tenaz.

Se for necessário, girar o trilho içado posicionando-o em área suficientemente livre para tal, observando obstáculos e a presença de pessoas na área. Manter uma altura adequada para p ara evitar impactos contra os rolos.

 | 41 |  O  p  e r   a  ç   ã   o  d   e P   ó  r   t  i    c   o  s  M  ó  v  e i    s   e M  o v i   m  e n  t   a  ç   ã   o  d   e T  r  i   l   h   o  s  n  a L  i   n h   a  d   e  C   a m i   n h   o  s  R   o l    a n  t   e  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Operação de pórticos para posicionamento e liberação do trilho no caminho rolante Para executar essa tarefa, o operador deve:

1o Certificar-se de que os rolos não se encontram acionados.

2o

Posicionar o trilho no caminho rolante por meio do comando do botão para baixar a estrutura até que a tenaz seja aberta e o trilho liberado. Caso a tenaz não abra, essa liberação do trilho deve ser feita manualmente.

Durante essa operação, toda área deve estar isenta de madeiras e amarras, para evitar tropeços, cortes e perfurações causados pela presença dispersa destes materiais.

| 42 |

 

Desempeno de Trilhos

VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES GEOMÉTRICAS E CORREÇÃO DO TRILHO Para realizar essas tarefas, t arefas, o operador deve:

1o Antes de encaminhar o trilho para o desempeno, deslocá-lo, por meio do comando dos rolos, até a prensa hidráulica para checar as suas condições de alinhamento e de empeno.

2o

Inspecionar os trilhos visualmente, buscando identificar trincas, torções, excesso de oxidação, traços de furos e cortes produzidos por maçaricos ou brocas, marcas de patinação, descamação, e soldas aluminotérmicas.

Essas anomalias devem ser removidas, quando possível, antes da entrada do trilho para operação efetiva na prensa, dado o risco de ocorrência de acidentes pela quebra do trilho.

3o Encaminhar o trilho para o interior da prensa.

Durante essa etapa, é proibido a utilização das mãos para guiar ou tracionar o material.

4o Iniciar as operações de desempeno dos trilhos.

 | 43 | D  e  s   e m  p  e n  o  d   e T  r  i   l   h   o  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

5o Retornar com o trilho para fora da máquina após cada intervenção e observar a eficácia da correção aplicada.

6o

Repetir as operações descritas anteriormente para cada um dos pontos de empeno constatados, até a obtenção de condição satisfatória do material (alinhamento transversal e longitudinal).

I

DESEMPENO DE TRILHOS 󰀭 ENTRADA NA PRENSA HIDRÁULICA

Como referência para a condição de empeno, o operador pode utilizar o rolo da saída da prensa.

As operações de envio e de recuo do material devem ser realizadas, evitando a reversão nos motores elétricos, o que reduz os riscos de queima dos dispositivos do caminho rolante.

| 44 |

 

LIBERAÇÃO DO TRILHO PARA CORTE Após a atividade de desempeno, o trilho deve ser enviado para o processo de corte. Para realizar esse procedimento o operador deve:

1o Certificar-se de que o caminho rolante está livre para o deslocamento do trilho.

2o Em caso negativo, aguardar a liberação do processo seguinte para movimentar os trilhos, evitando, assim, choques com equipamentos seguintes na linha de recuperação.

DESEMPENO DE TRILHOS 󰀭 SAÍDA DA PRENSA HIDRÁULICA

 | 45 | D  e  s   e m  p  e n  o  d   e T  r  i   l   h   o  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

| 46 |

 

Corte de Trilhos

INTRODUÇÃO O corte de trilhos tem como objetivos remover soldas elétricas, aluminotérmicas e defeitos def eitos das extremidades dos trilhos. Esse processo é fator determinante, também, para promover a maior eficiência do processo de soldagem, uma vez que ameniza as irregularidades das seções transversais dos trilhos a serem soldados e as torna mais uniformes. De modo geral, os trilhos devem ser cortados a uma distância média de 20 cm em relação às extremidades ou, ainda, estendendo-se este valor até que se alcancem as soldas e defeitos visualmente detectáveis. Após o corte o tamanho mínimo dos trilhos deve ser observado, já que esses não podem p odem ter comprimentos inferiores a sete metros.

ÁREA DE CORTE DE TRILHOS

 | 47 |  C   o r   t   e  d   e T  r  i   l   h   o  s 

 

VALER VAL ER - EDUCAÇÃO VALE

Antes de iniciar a atividade de corte, o operador deve:

1o Ativar o dispositivo de bloqueio de comando da linha de rolos motorizados.

2o Verificar a marcação do ponto a ser aplicado o corte, para posicionamento do trilho na máquina.

Qualquer comunicação com os demais sites deverá ser feita por meio dos telefones internos.

CORTE DE TRILHOS COM MÁQUINA DE SERRA SERR A DE FITA

Posicionamento do trilho a ser cortado Antes de posicionar o trilho dentro do site, o operador deve avaliar se há empenos que possam ocasionar choques do trilho contra a máquina de corte.

Para posicionar o trilho a ser cortado, o operador deve:

1o Movimentar o trilho curto por meio da botoeira de comando na linha de recuperação.

2o Posicionar a região a ser cortada próxima e imediatamente abaixo da lâmina serra de fita.

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3o Imobilizar o trilho por meio do dispositivo apropriado, acionando a prensa hidráulica por meio da botoeira com símbolo característico no painel de comando da máquina.

4o Durante o corte, observar a presença de torção no trilho, evitando forçá-lo.

POSICIONAMENTO DO TRILHO NA MÁQUINA DE SERRA DE FITA

Acionamento da serra de fita Para executar essa tarefa, o operador deve:

1o Observar as especificações do trilho e da tabela de corte para as serras de fitas.

2o Acionar o mecanismo de movimentação da serra por meio das botoeiras com símbolo característico no painel de comando da máquina.

 

VALER ER - EDUCAÇÃO VALE VAL

  PAINEL DE COMANDO DA SERRA DE FITA

3o Acionar o mecanismo de lubrificação e injeção de líquido lubrificante por meio das botoeiras com símbolo característico no painel de comando da máquina.

Corte do trilho Para início da operação de corte, cor te, o operador deve:

1o Aproximar, lentamente, a serra de fita do trilho a ser cortado, controlando a velocidade de corte e garantindo a saída dos cavacos pequenos e uniformes.

2o Durante esse processo, controlar a produtividade da lâmina, evitando que a mesma se quebre.

3o Prestar atenção ao final do corte que é sinalizado pela atuação do limitador (fim de curso) de avanço da serra.

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CORTE DE TRILHO COM SERRA DE FITA

Liberação do trilho após corte Após o término do avanço da serra, o operador deve:

1o

Aguardar o retorno do cabeçote da serra de fita, desligando o mecanismo de tração da máquina por meio da botoeira com símbolo característico no painel de comando da máquina.

2o Liberar a prensa do trilho e desligar o mecanismo de lubrificação e refrigeração, também no painel de comando.

3o Desligar o painel de comando e comutar o botão de bloqueio, posicionando, em seguida, o calço metálico no cabeçote da prensa.

Após o uso do equipamento, o operador deve limpar a máquina e a área de corte e deve remover os pedaços de trilhos resultantes do corte, cor te, evitando a transferência dos cavacos para a linha de rolos. Além disso, a dentição das lâminas também deve ser limpas.

 

VALER ER - EDUCAÇÃO VALE VAL

Substituição da lâmina de serra Para substituir a lâmina de serra, o responsável pela atividade deve:

1o Retirar e liberar o tensor mecânico da lâmina de serra.

2o Retirar a lâmina do suporte do metal duro (pastilha), forçando a lâmina da serra de fita para baixo.

3o Retirar a lâmina das polias de tensão (volante). Para dobrar a serra de fita, é necessário forçá-la ao meio simulando o formato de “8” e segurando-a firmemente.

Após a substituição, a lâmina deve passar pelo amaciamento dos dentes, passo essencial para manutenção de sua durabilidade.

4o Concluir a operação de substituição da lâmina, mantendo o avanço do corte na velocidade mínima 0,1 m/s durante intervalo de 30 minutos.

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CORTE DE TRILHOS COM MÁQUINA POLICORTE Posicionamento o trilho na região de corte Para posicionar o trilho na região de corte com máquina policorte, é necessário:

1o Movimentar o trilho na linha de recuperação por meio da botoeira de comando.

2o

Posicionar a região a ser cortada próxima e imediatamente abaixo do disco de corte, tomando-se como referência média o tamanho de 40 cm de extremidade a ser removida na operação.

3o Certificar-se de que o trilho esteja fixado pelos mordentes de aperto antes de acionar o sistema de corte.

POSICIONAMENTO DO TRILHO NA MÁQUINA POLICORTE

 

VAL VALER ER - EDUCAÇÃO VALE

Corte do trilho O sistema de corte é automático e o operador deve acompanhar o funcionamento f uncionamento correto da máquina no momento dessa tarefa. Ao fim da atividade, o pedaço cortado desce pela calha até o lado externo da cabine de corte. O operador deve recolhê-lo e depositá-lo no tambor de cavacos. Além disso, o operador deve certificar-se de que a linha tenha sido liberada para movimentar o trilho para a próxima etapa de recuperação.

Substituição dos discos de Corte Para substituir os discos de corte, o responsável deve:

1o Certificar-se de que os trilhos estejam posicionados fora da cabine de operação.

2o Desenergizar o equipamento e realizar o bloqueio elétrico dos rolos, informando, ainda, o operador da prensa sobre a atividade a ser desenvolvida.

3o Retirar a porca de trava da fixação do disco para remoção e substituição do mesmo.

DISCOS DE CORTE POLICORTE

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Limpeza do Equipamento Após a substituição do disco de corte, o operador deve realizar a limpeza geral no equipamento com jato de ar comprimido para remover a poeira p oeira proveniente do processo de corte. Durante esse procedimento, o exaustor deve ser acionado. O operador deve também verificar periodicamente, o acúmulo de material na caixa de contenção do exaustor e, a cada quinze dias, deve remover o material acumulado e limpar a mesma. Além disso, ele deve realizar uma limpeza completa no equipamento, devendo, antes disso, informar aos operadores envolvidos na linha de recuperação para p ara efetuar o bloqueio elétrico. e létrico.

 

VALER ER - EDUCAÇÃO VALE VAL

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Furação de Trilhos

POSICIONAMENTO DA MÁQUINA NA EXTREMIDADE DO TRILHO Para iniciar a furação de trilhos, o operador deve:

1o Posicionar as extremidades do trilho na posição das brocas por meio do caminho rolante.

2o Posicionar o calço do centro.

3o Movimentar levemente o trilho com as mãos para aproximá-lo até o calço central.

Durante a etapa descrita anteriormente, o operador deve estar de luvas e deve prestar atenção na presença de rebarbas que podem ocasionar cortes.

4o Marcar as posições dos furos, com auxílio de uma trena, marcador e punção, de acordo com o tipo de trilho identificado na tabela e figuras a seguir.

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VALER ER - EDUCAÇÃO VALE VAL

TIPO DE TRILHO

POSIÇÃO d

D

B

C

 TR-32 (ASCE 6540) 6540)

25,4

68,3

139,7 13 9,7

139,7 13 9,7

50,0

 TR-37

28,6

68,3

139,7 13 9,7

139,7 13 9,7

53,8

 TR-45 (90-RAA)

28,6

68,3

139,7

139,7

65,5

 TR-50

28,6

68,3

139,7 13 9,7

139,7

68,7

 TR-57 (115-RE) (115-RE)

28,6

88,9

152,4 15 2,4

152,4 15 2,4

73,0

 TR-68 (136-RE)

28,6

88,9

152,4 15 2,4

152,4 15 2,4

78,6

A’

1,5 mm

1,5 mm

A

h

B

d

d

d

A

Corte AA’

0,8 mm

0,8 mm

h

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Acionamento da prensa de travamento do trilho Para acionamento da prensa de travamento do trilho, o operador op erador deve:

1o Verificar se o programa de furação atende ao perfil do trilho correspondente.

2o Conferir as dimensões entre os cabeçotes e posicionar os calços das extremidades dos trilhos.

3o Acionar o botão da prensa para fixar o trilho.

Ao ligar o sistema hidráulico, o operador deve certificar-se de que suas mãos estejam fora do raio de ação da prensa, evitando esmagamento de membros.

Acionamento do equipamento de furação de trilhos Esse procedimento é composto pelas seguintes etapas

> Acionamento do motor do cabeçote das brocas > Acionamento do avanço do cabeçote das brocas > Recuo do cabeçote das brocas

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VAL VALER ER - EDUCAÇÃO VALE

Para realizar a furação de trilhos, o operador deve:

1o Verificar se as brocas estão corretamente instaladas.

2o Acionar o comando para iniciar o funcionamento do cabeçote das brocas.

3o Verificar o alinhamento e a intensidade de projeção do fluido de refrigeração.

EQUIPAMENTO DE FURAÇÃO DE TRILHOS

4o Acionar o botão de avanço das brocas, observando a distância para o contato inicial com o trilho antes do início do corte.

Durante a furação, o operador deve observar a coloração dos cavacos. Caso estejam azulados e não uniformes, há a necessidade de nova regulagem no avanço ou de afiação das brocas.

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5o Após a conclusão do furo, acionar o botão de recuo do cabeçote das brocas e aguardar o seu total retorno.

6o Verificar se as brocas foram totalmente recuadas e manter-se no lado oposto ao do cabeçote.

7o Após a conclusão do recuo das brocas, desligar a prensa de trilho, acionando a chave de desligamento do sistema hidráulico.

8o Retirar o cavaco depositado no patim com auxilio de um raspador e, em seguida, recuar o trilho para a atividade de biselamento e escareação dos furos.

CAVACOS

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Biselamento e Escareação de Furos Para realizar o biselamento e a escareação dos furos, o operador deve:

1o

Recuar o trilho, deixando-o a cerca de 50 cm da base do rolo de entrada do galpão da furadeira, permitindo, deste modo, a sua livre movimentação entre a extremidade do trilho e a furadeira.

2o Usar a lixadeira pneumática para escareação dos furos, prestando atenção no contato do rebolo (parte móvel) com o equipamento.

3o Remover o acoplamento pneumático e inverter para a esmerilhadeira com disco de desbaste, realizando o biselamento na extremidade do corte.

BISELAMENTO

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Recomendações Durante o procedimento de biselamento e escareação esc areação de furos, o operador deve adotar as seguintes medidas:

> Posicionar e ajustar a máquina longitudinalmente e verticalmente em relação ao eixo do furo, deixando a broca perpendicular à alma do trilho a ser furado.

> Ajustar a regulagem vertical para que a máquina não se movimente m ovimente durante a furação. > Ao acionar a máquina, pressionar o conjunto broca-mandril ou porta-pastilha por ta-pastilha contra o trilho, resfriando-o com água. Antes de acioná-la, regular o avanço da broca.

> Escarear todos os furos e todas as extremidades do material biselado. > Não manusear a broca/mandril ou porta-pastilha e não efetuar qualquer ajuste ou reparo no equipamento quando a máquina estiver em funcionamento.

> Usar proteção para as brocas. a transição para o perfil desejado quando trocar de programação de recuperação, soltando a > Fazer porca de travamento dos mandris, acionando o circuito hidráulico para levantamento da mesa para p ara descê-la sobre os calços referentes ao perfil de trilho desejado.

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Conclusã Con clusão o da Recuperaçã Recuperação o de Trilhos – A Soldagem O PROCESSO DE RECUPERAÇÃ RECUPERAÇÃO O de trilhos é realizado visando à reutilização de trilhos que, apesar de já terem sido retirados da via, estão dentro dos padrões e critérios para serem reempregados. Assim, há todo um processo que deve ser realizado, levando em consideração os cuidados em SSO, os critérios para seleção de trilhos para reemprego, além dos perfis e das espécies de trilhos. Posto isso, a recuperação de trilhos acontece no estaleiro de soldas, respeitando os seguintes procedimentos:

> descarga e empilhamento de trilhos; > operação de pórticos móveis e movimentação de trilhos na linha de caminhos rolantes – deslocamento;

> desempeno de trilhos; > corte de trilhos; > furação de trilhos; > soldagem dos trilhos. Nesse contexto, um trilho só pode ser considerado recuperado e pronto para reposição quando passa pelo processo de soldagem, que ocorre da mesma forma que o procedimento realizado na confecção de Trilho Longo Soldado – TLS. O processo de soldagem de trilhos consiste da fusão de duas extremidades desses componentes, por meio m eio do aquecimento promovido por arco voltaico. Ao adquirirem consistência semissólida, são submetidos a uma força de recalque, capaz de uni-los por forjamento.

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 | 65 |  C   o n  c  l    u  s   ã   o  d   a R   e  c   u  p  e r   a  ç   ã   o  d   e T  r  i   l   h   o  s  – A  S   o l    d   a  g  e m

ÀREA DE SOLDAGEM DE TRILHO

A soldagem é realizada por meio da máquina de solda. Mas ainda é necessária a execução de determinadas atividades, a saber:

> fixação, alinhamento e nivelamento dos trilhos; > queima paralela; > pré-aquecimento; > centelhamento com velocidade constante; > centelhamento com velocidade progressiva; > recalque; > pós-aquecimento (caso a máquina esteja programada); > rebarbamento e liberação do trilho. Após a soldagem, o TLS passa, ainda, por um processo de esmerilhamento da solda pronta. Esse procedimento consiste da remoção da borda da solda, realizada para que a estrutura do trilho, após a soldagem, fique com sua dimensão uniforme. Assim sendo, o processo de recuperação do trilho só está concluído quando a soldagem é realizada e finalizada, ou seja, quando o trilho passou pelo processo de confecção de TLS e, dessa forma, está pronto para ser reposto na via.

 

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