Questões Cruciais do Novo Testamento - Craig Blomberg

February 11, 2017 | Author: Matheus Ramos | Category: N/A
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C r a ig L. B l o m b e r g

“Corno sempre, Craig Blomberg é lúcido, sensível e interessante. A organização e o estilo do livro são ilusoriamente simples. A té mesmo o leitor cristão experiente se beneficiará da mestria de Blomberg nesse material tão bem resumido e avaliado aqui. Blomberg oferece detalhes suficientes para nos manter interessados na intricada evidência, mas não tanto a ponto de nos sentirmos submersos em minúcias. Este livro poderia ser colocado com segurança nas mãos de amigos que, em geral, são bons leitores, mas biblicamente analfabetos, pois a combinação que Blomberg fa z de avaliação histórica racional, teologia refletida e princípios elementares de interpretação abre muitas portas. Espero que este livro encontre muitos leitores diversos e tenha vida longa. ” — D. A. Carson, Trinity Evangelical Divinity School

Q

u e st õ e s c r u c ia is

DO

Novo TESTAMENTO

“Alguns estudiosos do Novo Testamento especializaramse em minúcias e ficam distantes das grandes questões históricas e literárias, mas Blomberg não ê um deles.

Em Questões Cruciais do Novo Testamento, Blomberg trata das grandes questões da fidedignidade histórica do Novo Testamento, similaridades e diferenças entre os ensinamentos de Jesus e Paulo, e várias questões de crítica literária com vigor, força e vitalidade. Seu estudo é marcado por erudição cuidadosa, bem documentada e boa argumentação. Este livro é um excelente ponto de partida para aqueles que desejam discutir o Novo Testamento com uma audiência pós-moderna cética. ” — Ben Witherington III, Asbury Theological Seminary

“Craig Blomberg é um erudito ideal para introduzir as três questões cruciais tratadas neste livro. Ele se destacou antes em importantes tratamentos desses assuntos, e aqui fornece uma introdução excelente e de leitura agradável que beneficiará leitores básicos e avançados. Esse tratamento reflete um pensamento excepcionalmente claro e original, bem como total familiaridade com a discussão erudita mais ampla. ” — Craig Keener, Eastern University

Todos os direitos reservados. Copyright © 2009 para a língua portuguesa da Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina. Título do original em inglês: M aking Sense o f the New Testament Published by Baker Book House Company, RUA Primeira edição em inglês: 2 0 0 4 Tradução: Degmar Ribas Preparação dos originais: Elaine Arsenio Revisão: Verônica Araujo Capa: Flamir Ambrosio Adaptação de projeto gráfico e editoração: Oséas R Maciel C D D : 2 2 5-Novo Testamento ISB N : 9 7 8 -8 5 -2 6 3 -1 0 1 7 -9 As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de 1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário. Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos lançamentos da CPAD, visite nosso site: http://www.cpad.com.br SAC — Serviço de Atendimento ao Cliente: 0 8 0 0 -0 2 1 -7 3 7 3 Casa Publicadora das Assembleias de Deus Caixa Postal 331 2 0 0 0 1 -9 7 0 , Rio de Janeiro, R J, Brasil 2 a Impressão: 2010

A George Kalemkarian Com uma profunda gratidão por uma amizade que já ultrapassou três décadas

Prefácio M uitas pessoas são merecedoras dos meus agradecimentos, por pos­ sibilitar que este projeto fosse concluído. Jim Weaver, o antigo editor de livros acadêmicos para a Baker Books, foi quem propôs que eu me envolvesse, e estava disposto a me dar um contrato com uma data de alguns anos no futuro, em razão dos meus muitos outros compromis­ sos. Jim Kinney, o atual editor acadêmico, foi suficientemente generoso para continuar a me encorajar a desenvolver o projeto, mesmo quando me arranjava material adicional para escrever mais à frente. Michelle Stinson e Jeremiah Harrelson, ambos recém-formados no Programa de Estudos Bíblicos do Sem inário Masters of Arts em Denver, dedicaram inúmeras horas de ajuda na pesquisa, durante os anos acadêmicos de 2001-2002 e 2002-2003, respectivamente. Jeanette Freitag, como assis­ tente da nossa faculdade, ajudou-me com os estágios finais da edição. Também sou grato à adm inistração e aos membros do conselho do Seminário de Denver, por m e apontar para uma posição na primavera de 2002, que me propiciou um pouco mais de tempo e significativos recursos extras, os quais me capacitaram a com pletar este projeto, en­ quanto mantinha uma carga de trabalho de ensino normal, durante os dois últim os anos acadêmicos. M uitos livros cristãos afirmam destinar-se a uma ampla fatia do pú­ blico leitor, apresentando suas discussões em um nível prontamente inteligível pelos adultos de nível superior, em bora reconhecendo que os estudantes de faculdades cristãs e seminários, assim como líderes da igreja e pastores, possam form ar o seu público leitor principal. Notas de rodapé ou notas finais guiam leitores interessados, e particularmente

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acadêmicos, a estudos mais detalhados. Este livro deseja fazer todas es­ sas coisas também. Essas obras frequentemente também se referem ao leigo instruído ou interessado como um tipo de "m eio-termo dourado" dos indivíduos aos quais se destina o livro. Ao mesmo tempo, os padrões de leitura entre o público norte-americano, às vezes, fazem com que os autores se maravilhem com quantas pessoas leigas ainda se encaixam nesta descrição! Um indivíduo que claramente se encaixa nisso é George Kalemkarian. Quando jovem solteiro, George dedicou muitas horas por semana, ao longo de vários anos, como um voluntário no grupo de apoio de uma Cruzada no campus universitário para falar a respeito de Cristo, e tam­ bém no trabalho de discipulado que se seguiu, no Augustana College em Rock Island, Illinois. A minha principal educação cristã, durante meus anos de faculdade, de 1973 a 1977, veio por meio desta assem­ bleia. George não apenas me proporcionava liderança afetuosa e ins­ trução bíblica consistente, mas também devorava literatura teológica e era regularmente capaz de nos apontar o aprendizado cristão evan­ gélico essencial para responder às nossas duras perguntas. E tudo isso acontecia, não porque ele tinha frequentado uma faculdade cristã ou seminário, mas porque tinha estudado sozinho, além de ter um empre­ go secular em período integral. Posteriormente, George se casou com uma jovem que ele tinha conhecido através da Cruzada, June Stunkel, e ambos criaram duas belas filhas em Moline, Illinois, onde ainda con­ tinuam ativos na First United Presbyterian Church. Nós continuamos em contato, e George continua sendo uma das pessoas que mais me dá apoio sólido, e um de meus melhores amigos. E a ele, portanto, que dedico este livro, com profunda gratidão por três décadas de amizade e influência.

Sumário

P refácio.................................................................................................................

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Introdução.............................................................................................................

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1. O Novo Testamento É historicamente C onfiável?.............................

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2. Paulo Foi o Verdadeiro Fundador do C ristianism o?.......................

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3. Com o o Cristão Deve Aplicar o Novo Testamento à V ida?........... 107 R esum o.................................................................................................................. 147 N otas......................................................................................................................151

Introdução Recentemente, a Baker Books publicou vários volumes apresentan­ do "três perguntas cruciais" sobre um tópico teológico ou bíblico par­ ticularmente controverso. Estudos auxiliares examinaram perguntaschave com respeito ao Espírito Santo e aos dons espirituais, a guerra espiritual, os últimos dias ou o final dos tempos, as mulheres no m inis­ tério, e outras. Um volume que se desvia do form ato do enfoque em um tema especificamente centrado é a obra de Tremper Longman, M aking Sense ofth e Old Testament: Three Crucial Q u e s t io n s Neste livro, Longman aborda três perguntas muito amplas — as "chaves para a compreensão do Antigo Testamento", a comparação do Deus do Antigo Testamento com o Deus do Novo Testamento, e a orientação para os cristãos com respeito a como aplicar o Antigo Testamento hoje em dia. Em razão da popularidade da obra de Longm an, a Baker Books me propôs escrever um volume semelhante sobre o Novo Testamento. Mas quais seriam as nossas três perguntas? Certamente, as duas maiores par­ tes do N ovo Testamento tratam da vida de Jesus (os quatro Evangelhos) e do ministério de Paulo (grande parte do Livro de Atos e todas as suas epístolas). As duas prim eiras perguntas provavelmente diriam respei­ to à obra destes dois hom ens. E embora o Novo Testamento não seja tão difícil de aplicar como o Antigo Testamento, certamente ainda há problem as cruciais de aplicação. Decidiu-se, portanto, formular três perguntas sobre Jesus, Paulo e a aplicação. Agora, precisávamos nos decidir sobre as perguntas específicas. Comprovadamente, o aspecto mais controverso da vida de Cristo, durante os últimos duzentos anos, desde a ascensão do aprendizado bí­ blico moderno, é se os retratos de Jesus de Nazaré, do Novo Testamento,

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são confiáveis ou não. Certam ente, há porções nebulosas dos Evangelhos, mas qualquer pessoa razoavelmente instruída, com uma boa tradução da Bíblia, poderá reconhecer rapidamente que Mateus, Marcos, Lucas e João, todos acreditavam que o Senhor Jesus Cristo era muito mais do que um grande professor, um rabino judeu e um contro­ verso profeta do século I. Eles acreditavam que Jesus também era o tão esperado M essias de Israel ou o seu Libertador, um Mensageiro divi­ namente enviado, o Deus encarnado. Destas convicções, veio um coro­ lário crucial: — toda a humanidade será julgada um dia, com base nas suas respostas a este Jesus. Os seus seguidores podiam ansiar por uma era futura, já inaugurada durante a sua vida, mas consumada apenas quando Ele retornasse do céu, para reinar sobre a terra. Os cristãos, que é como estes seguidores vieram a ser chamados posteriormente, vivenciariam, então, uma eternidade de felicidade incessante na companhia de Deus, e de uns com os outros, ao passo que aqueles que rejeitaram Jesus e a mensagem do Novo Testamento a respeito dEle passariam uma eternidade separados de Deus e de todas as suas bênçãos. Aavaliação que uma pessoa faz das declarações do Novo Testamento sobre Jesus, desta perspectiva, é, assim, a questão mais importante que ela poderá enfrentar nesta vida, apesar das culturas do nosso mundo que a substituíram vários interesses supostamente mais urgentes. Mas esta linha de raciocínio pressupõe que, pelo menos, os contornos bá­ sicos do retrato que a Bíblia faz de Cristo são dignos de confiança. Se Jesus não fizesse as declarações sobre si mesmo que o Novo Testamento apresenta, então nós poderíamos relegá-lo a um papel inferior na his­ tória da humanidade, e continuar enfrentando eventos mais urgentes. Uma das três perguntas cruciais que este livro irá tratar, portanto, en­ volverá a confiabilidade histórica do Novo Testamento. Ou, formulan­ do a pergunta de m odo mais preciso, as porções aparentemente histó­ ricas do Novo Testamento realmente comunicam a história confiável? Isso significa que devemos examinar particularmente os Evangelhos e o livro de Atos, que supostamente nos propiciam biografias de Jesus e uma história da primeira geração do cristianismo, respectivamente. Mas há reflexões autobiográficas nas cartas de Paulo, que também terão de ser consideradas, juntam ente com o fornecimento de novas evidên­ cias indiretas sobre questões da natureza, em todas as cartas do Novo Testamento, e também no livro do Apocalipse. Uma pergunta intimamente correlata redireciona a nossa atenção de Jesus a Paulo. Mesmo que o retrato básico de Jesus que o Novo

Introdução

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Testamento nos pinta seja confiável, a sua m ensagem frequentemente soa diferente da m ensagem do maior pregador e missionário do século I, o apóstolo Paulo. As igrejas, em muitas épocas e lugares, por toda a história cristã, dedicaram muito mais atenção a Paulo do que a Jesus, quando tentaram resumir a mensagem do Evangelho. Poderemos con­ ciliar o ensinamento destes dois personagens formadores? Ou Paulo distorceu tanto a m ensagem de Jesus que deveremos preferir uma à outra? Terá sido Paulo, na verdade, o segundo fundador, ou talvez até mesmo o verdadeiro fundador do cristianismo, da maneira como ele se desenvolveu ao longo dos séculos? A nossa segunda pergunta crucial deve, portanto, tratar da continuidade e descontinuidade entre Jesus e Paulo, conforme eles são retratados no Novo Testamento. É um caso de "Jesus versus Paulo", ou poderão os dois serem vistos como com ­ plementando, um ao outro, embora ainda conservando suas distintas qualidades? Obviamente, nós podemos tratar desta questão somente depois de termos um claro entendimento do que representaram os dois homens. Quando tivermos lidado com estas duas importantes per­ guntas iniciais, então teremos "com preendido" uma grande porção do Novo Testamento. Como a interpretação realiza muito pouco, a menos que conduza à aplicação, a terceira pergunta crucial será paralela à sua correspondente no livro de Longman. Com o aplicamos hoje o Novo Testamento, espe­ cialm ente em culturas m uito distantes, em tempo e espaço, daquelas do mundo mediterrâneo do século 1, em que Jesus e Paulo ministraram? Mais exatamente, que princípios variados em ergem para a aplicação das diversas formas literárias do Novo Testamento? Afinal, as parábo­ las de Jesus não devem ser interpretadas como história direta, e o m ate­ rial narrativo, de modo geral, não produz frutos de seus ensinamentos da mesma maneira como as ordens mais diretas. E as biografias, as his­ tórias e cartas, todas são diferentes da literatura apocalíptica — o gêne­ ro literário que o livro do Apocalipse reflete mais intimamente. O que os leitores devem fazer hoje, com esta coleção de visões que, às vezes, se aproxima do bizarro? Existem, sem dúvida, outros conjuntos de "três perguntas cru­ ciais" que poderiam nos ajudar a compreender razoavelmente o Novo Testamento, mas o cam inho seria longo para alcançar este objetivo. Como o escopo desta série de livros é com parativamente modesto, cada capítulo irá investigar rapidam ente imensas extensões de terreno, sem o obstáculo de uma pesada documentação acadêmica. Mas eu tentei

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inserir um número razoavelmente amplo de notas a cada capítulo, que permitirão que os leitores investiguem as questões com mais detalhes, onde desejarem fazê-lo. As notas tam bém irão demonstrar que todos os pontos de vista que apresentei nesta obra são baseados no mais deta­ lhado e meticuloso conhecimento. M esmo quando defendo pontos de vista resguardados por uma minoria de acadêmicos, acredito que es­ tes pontos de vista estão baseados em sólida argumentação. A maioria deles, especialmente quando influenciados por pressuposições muito liberais, nem sempre é correta! Os leitores devem abordar as questões com mente aberta e decidir, por si mesmos, se as minhas apresenta­ ções, em cada ponto, são persuasivas. Voltemo-nos, então, para o Novo Testamento, e vejam os se conseguimos compreendê-lo.

C a p ít u l o

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O Novo Testamento É historicamente Confiável? Jesus e as origens cristãs continuam a fascinar o público norte-americano. As estantes dedicadas à religião, em todas as principais cadeias de livrarias, exibem inúmeros títulos sobre esses assuntos. Infelizmente, eles vão de livros escritos por acadêmicos responsáveis a obras de pura ficção, impingidas a leitores desavisados com o a última "verdadeira descoberta" sobre os prim órdios do cristianismo. Nós podemos discer­ nir três categorias destas obras, que não se incluem na corrente do co­ nhecim ento bíblico e sério. Em primeiro lugar, existem os livros que são os mais perturbadores, baseados em nenhuma evidência histórica genuína, de nenhum tipo. Um professor aposentado de ciência atmosférica, em uma grande uni­ versidade pública, fica fascinado com OVNIs e publica dois livros sobre um suposto documento em aramaico, encontrado no Oriente M édio, mas depois (convenientemente) perdido outra vez, preservado apenas em uma tradução em alemão, feita por um entendido "U fologista" que reescreve o Evangelho de Mateus. Neste documento, Jesus é um alie­ nígena, que visita a terra para ensinar uma doutrina similar à m oder­ na filosofia "Nova E ra"!' Ou uma coletânea, líder de vendas, de ficção cristã, quer seja a mais antiga ou a mais recente, chamada The Archko Volume se propõe a divulgar ao público os verdadeiros relatos sobre

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Queslões Crucl.ilN 77). 18 Martin Hengel (The Four Gospels and the One Gospel o f Jesus Christ [Harrisburg, Pa.: Trinity Press International, 2000], esp. 48-56, 96-105) desafia estas suposições, no entanto, e julga que Marcos inventou o título e os outros autores dos Evangelhos conscientes seguiram o seu modelo. A hipótese de Hengel é sugestiva e merece séria consideração, ainda que, em última análise, seja especulativa e não possa ser provada. 111 Para uma discussão abrangente sobre a "evidência externa" (o testemunho dos primeiros autores cristãos) a respeito das origens tios Evangelhos e do livro de Atos, veja os capítulos sobre os quatro Evangelhos e o livro de Atos, em qualquer introdução detalhada ao Novo Testamento, por exemplo, Donald Guthrie, New Testament Introduction, 4“ ed. (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1990); ou Raymond E. Brown, An Introduction to the New Testament (Nova York: Doubleday, 1997). 211 A coleção padrão de textos apócrifos do Novo Testamento, na tradução para o in­ glês, é a New Testament Apocrypha, ed. Wilhelm Schneemelcher, 2“ ed., 2 volumes. (Louisville: Westminster John Knox Press, 1991-1992). 21 Para uma discussão muito mais abrangente, veja Craig L. Blomberg, The Historical Reliability o f John's Gospel: Issues and Commentary (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 2001), 22-40. 22 Novamente, veja qualquer das introduções padrão ao Novo Testamento. 23 Para uma cronologia detalhada e persuasiva, e as referências relevantes em ou­ tras fontes antigas, veja Ben Witherington III, The Acts o f the Apostles: A SocioRhetorical Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1998), 77-86. 24 Frequentemente designada como Q — da palavra Quelle cm alemão, para "fon­ te". Várias hipóteses adicionais sobre Q, elaboradas por acadêmicos liberais, com frequência excedem o que a evidência real pode demonstrar, mas a simples hi­ pótese da existência de tal documento no século I permanece provável. Veja, por

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exemplo, Darrell L. Bock, "Questions about Q", em Rethinking the Synoptic Problem, ed. David A. Black e David R. Beck (Grand Rapids: Baker, 2001), 41-64. 25 Funk, Hoover e Seminário Jesus, The Five Gospels, 12-13,16. 26 Veja Robin L. Fox, The Search fo r Alexander (Boston: Little, 1980). 27 A. N. Sherwin-White, Roman Society and Roman Law in the New Testament (Oxford: Oxford University Press, 1953), 187. 28 Para uma boa investigação de abordagens anteriores e para conclusões variadas, veja Robert Guelich, "The Gospel Genre", em The Gospel and the Gospels, ed. Peter Stuhlmacher (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 173-208. 29 Veja especialmente Richard A. Burridge, What Are the Gospels ? (Cambridge: Cambridge University Press, 1992); Colin Hemer, The Book o f Acts in the Setting o f Hellenistic History, ed. Conrad H. Gempf (Tubingen: Mohr, 1989). 30 Loveday Alexander, The Preface to Luke's Gospel (Cambridge: Cambridge University Press, 1993), 21. 31 Com frequência se argumenta que o Evangelho de João é de forma considerável menos digno de confiança, historicamente, do que os Sinóticos, mas ainda confiá­ vel teologicamente. Um mérito de Maurice Casey, Is John's Gospel True? (Londres: Routledge, 1996) é o fato de que ele reconhece a íntima conexão entre os dois, embora, infelizmente, considere este Evangelho não confiável em ambos os as­ pectos. Para uma resposta bastante extensa, veja minha obra, Historical Reliability o f John 's Gospel.

32 Veja especialmente Richard Bauckham, ed., The Gospels fo r All Christians: Rethinking the Gospel Audiences (Grand Rapids: Eerdmans, 1998). Eu não estou tão convencido quanto às fontes deste volume de que João podia pressupor conhe­ cimento dos textos escritos de Mateus, Marcos ou Lucas, mas parece altamente improvável uma ampla consciência de seu principal conteúdo. 33 Veja especialmente Samuel Byrskog, Story as History — History as Story (Tubingen: Mohr, 2000), 235-238; e Derek Tovey, Narrative Art and Act in the Fourth Gospel (Sheffield, Inglaterra: Sheffield Academic Press, 1997), 273. 34 Veja Darrell L. Bock, "The Words of Jesus in the Gospels: Live, Jive, or Memorex?" em Wilkins e Moreland, Jesus Under Tire, 73-99. 35 Veja Conrad Gempf, "Public Speaking and Published Accounts", em The Book o f Acts in Its Ancient Literary Setting, ed. Bruce W. Winter e Andrew D. Clarke (Grand Rapids: Eerdmans, 1993), 259-303. 36 Veja David Hill, Nezv Testament Prophecy (Atlanta: John Knox, 1979); Christopher Forbes, Prophecy and Inspired Speech in Early Christianity and Its Hellenistic Environment (Peabody, Mass.: Hendrickson, 1997). 37 Para textos e comentários, veja Richard Bauckham, "The Delay of the Parousia", TynB 31 (1980): 33-36.

Notas

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38 Veja Graham N. Stanton, Jesus o f Nazareth in New Testament Preaching (Cambridge: Cambridge University Press, 1974), 189. 39 Veja Hemer, Book o f Acts, 63-100. 40 Bart D. Ehrman, Jesus: Apocalyptic Prophet o f the New Millennium (Oxford: Oxford University Press, 1999), 51-52. 41 Veja especialmente Birger Gerhardsson, Memory and Manuscript (Lund, Suécia: Gleerup, 1961), 43-66. Também são importantes duas obras em alemão, jamais tra­ duzidas ao idioma inglês: Rainer Riesner, Jesus ais Lehrer (Tubingen: Mohr, 1981); e A. F. Zimmermann, Die urchristlichen Lehrer (Tubingen: Mohr, 1984). 42 Veja especialmente A. B. Lord, "The Gospels as Oral Traditional Literature", em The Relationships among the Gospels, ed. William O. Walker, Jr. (San Antonio: Trinity University Press, 1978), 33-91; e Kenneth E. Bailey, "Informal Controlled Oral Tradition and the Synoptic Gospels", AJT5 (1991): 34-53. James D. G. Dunn, em sua nova obra, (Jesus Remembered [Grand Rapids: Eerdmans, 2003], 173-254) faz mais uso destas descobertas do que qualquer outro livro sobre o Jesus histó­ rico. 43 Veja especialmente Alan Millard, Reading and Writing in the Time o f Jesus (Sheffield, Inglaterra: Sheffield, Academic Press, 2000), 210-229. 44 Na verdade, as sementes desta organização derivam do próprio ministério de Jesus. Veja especialmente Meier, Marginal Jew, 3:148-163. 45 Por exemplo, C. Dennis McKinsey, The Encyclopedia o f Biblical Errancy (Amherst, N.Y.: Prometheus, 1995). 46 Craig L. Blomberg, The Historical Reliability o f the Gospels (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1987), 113-189; idem, Historical Reliability o f John's Gospel 47 Grande parte da construção deste parágrafo é emprestada de excertos de Craig L. Blomberg, "Where Do We Start Studying Jesus?" em Wilkins e Moreland, Jesus Under Fire, 35. 48 Paul Merkley, "The Gospels as Historical Testimony", EvQ 58 (1986): 328-336. 4l> Stanley E. Porter, "'In the Vicinity of Jericho': Luke 18.35 in the Light of Its Synoptic Parallels", BBR 2 (1992): 91-104. 311 Veja Craig L. Blomberg, "The Legitimacy and Limits of Harmonization", em Hermeneutics, Authority, and Canon, ed. D. A. Carson e John D. Woodbridge (Grand Rapids: Zondervan, 1986; reimpressão, Grand Rapids: Baker, 1991), 135-174. 51 Blomberg, Historical Reliability o f John's Gospel. 52Para estes e outros exemplos, e todas as referências das Escrituras relacionadas a cada um destes itens, veja minha obra Historical Reliability o f the Gospels, 156-159. 53 Para uma boa discussão sobre estas circunstâncias e outras relacionadas a elas, veja Ben Witherington III, John's Wisdom: A Commentary on the Fourth Gospel (Louisville: Westminster John Knox Press, 1995), 27-41.

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54 Para estes e vários outros exemplos das duas formas de integração, veja Leon Morris, Studies in the Fourth Gospel (Grand Rapids: Eerdmans, 1969), 40-63; e Richard Bauckham, "John for Readers of Mark", em Bauckham, The Gospels for All Christians, 147-71. 55 Original em alemão de 1950. Traduzido ao idioma inglês como Phillip Vielhauer, "On the Taulinism' of Acts", em Studies in Luke-Acts, ed. Leander E. Keck e J.

Louis Martyn (Nashville: Abingdon, 1966), 33-50. 56 David Wenham, "Acts and the Pauline Corpus II: The Evidence of Parallels", em Winter e Clarke, Acts in Its Ancient Literary Setting, 215-258. Veja também Stanley E. Porter, The Paul o f Acts (Tubingen: Mohr, 1999). Para uma resposta a uma série de supostas contradições, muito menos importantes, de detalhes entre o livro de Atos e as epístolas, veja Hemer, Book o f Acts, 244-307. 57 Veja, por exemplo, Darrell L. Bock, Luke (Grand Rapids: Baker, 1996), 2:1284-85. 58 Para um excelente estudo de várias "tradições pré-formadas" em todas as partes do Novo Testamento que os autores das Escrituras possam ter absorvido pratica­ mente inalteradas, veja E. Earle Ellis, The Making o f the New Testament Documents (Leiden: Brill, 1999). Ellis provavelmente superestima quantos podem ser iden­ tificados de maneira confiável, mas mesmo se uma substancial minoria dos que ele comenta for genuína, as suas conclusões a respeito da natureza conservadora da tradição do Novo Testamento serão lógicas. 59 Veja Eugene E. Lemcio, The Past o f Jesus in the Gospels (Cambridge: Cambridge University Press, 1991). 60 Veja, por exemplo, Anthony C. Thiselton, The First Epistle to the Corinthians (Grand Rapids: Eerdmans, 2000), 525-526. 61 A compilação mais abrangente de todos estes dados está agora convenientemen­ te acessível na obra de Robert E. Van Voorst, Jesus Outside the New Testament: An Introduction to the Ancient Evidence (Grand Rapids: Eerdmans, 2000). 62 As traduções são tomadas da edição crítica padrão, encontrada na Loeb Classical Library. 63 Veja especialmente Meier, A Marginal Jew, 1:56-88. 64 Sobre isto, veja especialmente Graham N. Stanton, "Jesus of Nazareth: A Magician and a False Prophet Who Deceived God's People?" em Jesus o f Nazareth: Lord and Christ, ed. Joel B. Green e Max Turner (Grand Rapids: Eerdmans, 1994), 164-180.

65 Grande parte da linguagem usada nesta seção, sobre as tradições dos rabinos, vem da minha obra, Historical Reliability o f the Gospels, 198-199. Para mais de­ talhes, veja Graham H. Twelftree, "Jesus in Jewish Traditions", vol. 5 de Gospel Perspectives, ed. David Wenham (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1985), 289-341, de onde as traduções usadas acima também são adotadas.

Notas

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66 Murray J. Harris, "References to Jesus in Early Classical Authors", em Wenham, Gospel Perspectives, 5:356. Todo o artigo (343-368) fornece discussão mais detalha­ da sobre estas referências, juntamente com as traduções aqui adotadas. 67 Van Voorst, Jesus Outside the New Testament, 66. 68 Para exemplos recentes destas declarações veja a pesquisa em Ibid., 1-17. 69 Para uma boa visão geral, veja Paul W. Barnett, Jesus and the Logic o f History (Grand Rapids: Eerdmans, 1997; reimpressão, Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 2001), 59-89. 70 Excertos e abreviaturas de Hemer, Book o f Acts, 101-158. 71 Veja também, classicamente, James Smith, The Voyage and Shipwreck o f Saint Paulo, 4*’ ed. (Mineápolis: James Family Christian Publishers, 1880). 72 Para uma apresentação evangélica padrão, veja F. F. Bruce, Paul: Apostle o f the Heart Set Free (Grand Rapids: Eerdmans, 1977), 475. 73 Não é de surpreender que este seja o discurso no livro de Atos que mais se as­ semelha ao Paulo das epístolas. E também o único lugar onde os públicos são similares — uma igreja cristã já estabelecida — de modo que é exatamente o que deveríamos esperar. 74 Os judeus produziram um pequeno número de romances fictícios, sobre indiví­ duos supostamente contemporâneos, mas todos eles contêm vários anacronismos históricos que revelam a sua verdadeira natureza e origem. A coleção mais completa aparece em Ancient Jewish Novels: An Anthology, ed. e trad. Lawrence M. Wills (Oxford: Oxford University Press, 2002). 75 Para estudos essenciais, recentes e extensos sobre os Evangelhos, veja R. Arav e J. Rousseau, Jesus and His World: An Archaeological and Cultural Dictionary (Mineápolis: Fortress, 1995); Bargil Pixner, With Jesus through Galilee according to the Fifth Gospel (Collegeville, Minn.: Liturgical, 1996) (o "Quinto Evangelho" é o testemunho da arqueologia); e J. L. Reed, Archaeology and the Galilean Jesus (Harrisburg, Pa.: Trinity Press International, 2000). Para a arqueologia do Novo Testamento, de maneira mais genérica, com seções razoavelmente extensas so­ bre os Evangelhos e o livro de Atos, veja John McRay, Archaeology and the New Testament (Grand Rapids: Baker, 1991); Jack Finegan, The Archeology o f the Nezv Testament, ed. rev. (Princeton: Princeton University Press, 1992); e W. H. C. Frend, The Archaeology o f Early Christianity: A History (Mineápolis: Fortress, 1996). 76 Pode-se formular, no entanto, um forte argumento a favor de situar o palácio de Herodes no lado ocidental da antiga Jerusalém, próximo à atual Porta Jaffa. Isso, então, situaria a Via Dolorosa e as "estações da cruz" de Cristo quase na direção oposta em que tradicionalmente têm sido identificadas. 77 Para uma opinião divergente, veja William Horbury, "The 'Caiaphas' Ossuaries and Joseph Caiaphas", PEQ 126 (1994): 32-48.

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78 Veja especialmente Hershel Shanks e Ben Witherington III, The Brother o f Jesus (San Francisco: HarperSanFrancisco, 2003), 79 Segundo, especialmente, Richard A. Batey, Jesus and the Forgotten City (Grand Rapids: Baker, 1991). 80 Veja também Stanton, Gospel Truth? 119-120. 81 Várias partes desta seção sobre a arqueologia dos Evangelhos reutilizam, reorga­ nizam e abreviam a linguagem encontrada em Craig L. Blomberg, Jesus and the Gospels: An Introduction and Survey (Nashville: Broadman e Holman, 1997), 367370. 82 A este respeito, veja, classicamente, Sir William Ramsay, St. Paul the Traveler and Roman Citizen, ed. e rev. Mark Wilson, 15a ed. (Londres: Hodder & Stoughton, 1925; ed. rev., Grand Rapids: Kregel, 2001). 83 Na verdade, como "Areópago" pode significar a Câmara Municipal, e também a colina dedicada a Marte, muitos acadêmicos acreditam que Paulo falou a estas autoridades em algum local próximo à Stoa, onde os filósofos visitantes normal­ mente eram convidados a falar. 84 Novamente, o estudo clássico é o de Sir William Ramsay, The Letters to the Seven Churches o f Asia and Their Place in the Plan o f the Apocalypse (Londres: Hodder & Stoughton, 1904). Um estudo moderno ainda mais valioso é o de Colin J. Hemer, The Letters to the Seven Churches o f Asia in Their Local Setting (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1986). 85 M. J. S. Rudwick e E. M. B. Green, "The Laodicean Lukewarmness", ExpT69 (1957-58): 176-178. 86 Para mais informações sobre este problema difícil, veja Craig L. Blomberg, "Quirinius", em International Standard Bible Encyclopedia, rev. e ed. Edgar W. Smith, Jr. (Grand Rapids: Eerdmans, 1986), 4:12,13. 87 Mas os dois Teudas podem não ser a mesma pessoa. Veja especialmente Witherington, Acts, 235-339. 88 Para a opinião de que o aparente desprezo de Papias em relação aos textos es­ critos se aplicava somente a fontes não apostólicas, veja A. F. Walls, "Papias and Oral Tradition", VC 21 (1967): 137-140. 89 A melhor introdução e tradução moderna para a língua inglesa é The Apostolic Fathers, ed. e rev. por Michael W. Holmes (Grand Rapids: Baker, 1992). 90 Veja Blomberg, Historical Reliability o f the Gospels, 202-208, e a literatura aqui cita­ da. 91 G. K. Beale, "The Use of Daniel in the Synoptic Eschato logical Discourse and in the Book of Revelation", em Wenham, Gospel Perspectives, 5:129-153. 92 Louis A. Vos, The Synoptic Traditions in the Apocalypse (Kampen: Kok, 1965). 93 Para listas consideravelmente mais longas, veja Robert H. Gundry, "'Verba Christi' in 1 Peter: Their Implications Concerning the Authorship of 1 Peter and

Notas

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the Authenticity of the Gospel Tradition", NTS 13 (1966-67): 336-350; e idem, "Further Verba on Verba Christi in First Peter", Bib 55 (1974): 211-232. 94 Em útil e vantajosa apresentação em forma de tabela, em Peter H. Davids, The Epistle o f James (Grand Rapids: Eerdmans, 1982), 47,48. 1)5 Segundo, especialmente, David Wenham, "Paul's Use of the Jesus Tradition: Three Samples", em idem, Gospel Perspectives, 5:7-15. % Veja, por exemplo, Raymond F. Collins, First Corinthians (Collegeville, Minn.: Liturgical, 1999), 425-426. 97 Para referências, veja Blomberg, Historical Reliability o f the Gospels, 222. Fragmentos dispersos da construção desta subseção sobre Paulo são extraídos das pp. 223-28, que também oferecem um tratamento abrangente do tópico. 1)8Para mais informações sobre a identificação de tais credos, veja Ralph P. Martin, New Testament Foundations (Grand Rapids: Eerdmans, 1978), 2:249-275. 99 Para mais detalhes, veja Larry W. Hurtado, Lord Jesus Christ: Devotion to Jesus in Earliest Christianity (Grand Rapids: Eerdmans, 2003). 100 Gerd Lüdemann e Alf Ozen, What Really Happened to Jesus: A H istorical Approach to the Resurrection (Louisville: Westminster John Knox Press, 1995), 15. 101 A melhor discussão filosófica recente sobre os milagres está em Douglas Geivett e Gary R. Habermas, eds., In Defense o f M iracles: A Comprehensive Case fo r God's Action in History (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1997). O melhor estudo recente da exegese dos milagres de Jesus está em Graham H. Twelftree, Jesus the M iracle Worker: A Historical and Theological Study (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1999). 102 Rudolf Bultmann, "New Testament and Mythology", em Kerygma and Myth, ed. H.-W. Bartsch (Londres: SPCK, 1953), 4. 103 Para uma exposição mais detalhada sobre Hume, veja Colin Brown, M iracles and the Critical Mind (Grand Rapids: Eerdmans, 1984), 79-100. 104 Um sucinto resumo aparece em Roy A. Harrisville and Walter Sundberg, The Bible in Modern Culture: Theology and H istorical-C ritical Method from Spinoza to Kasemann (Grand Rapids: Eerdmans, 1995), 89-110. 105 Veja Peter Medawar, The Limits o f Science (San Francisco: Harper & Row, 1984). 106 Veja especialmente Meier, A M arginal Jew, 2:520,521. 11,7 Uma das melhores defesas filosóficas dos milagres, nos tempos modernos, é a de Richard Swinburne, na obra The Concept o f M iracle (Nova York: St. Martin's, 1970). 108 Veja, por exemplo, W. K. C. Guthrie, The Greeks and Their Gods (Boston: Beacon, 1950), 247-53. As antigas sátiras de Luciano frequentemente reve-

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lam o papel de "manufatura humana" em supostos milagres greco-romanos. Para um excelente estudo dos supostos paralelos aos milagres do evangelho, veja Meier, A M arginal Jew , 2:576-601. 109 Veja Harold Remus, Pagan-Christian Conflict over M iracle in the Second Century (Cambridge, Mass.: Philadelphia Patristic Foundation, 1983). 110 Meier, A M arginal Jew, 2:630. 111 Sobre a questão da historicidade, veja Pinchas Lapide, The Resurrection o f Jesus: A Jewish Perspective (Mineápolis: Augsburg, 1983); John Wenham, Easter Enigma: Are the Resurrection Accounts in Conflict? (Grand Rapids: Zondervan, 1984); e William L. Craig, Assessing the New Testament Evidence fo r the H istoricity o f the Resurrection o f Jesus (Lewiston, N.Y.: Mellen, 1989). 112 N. T. Wright, The Resurrection o f the Son o f God (Mineápolis: Fortress, 2003). 113 Veja especialmente Murray J. Harris, From Grave to Glory: Resurrection in the New Testament (Grand Rapids: Zondervan, 1990). Para uma resposta às ex­ ceções das tendências atuais, veja Gary R. Habermas, "The Late TwentiethCentury Resurgence of Naturalistic Responses to Jesus' Resurrection", TrinJ 22 (2001): 179-196. 114 Para mais detalhes, veja os segmentos de autoria de William Lane Craig em dois livros que contêm versões publicadas dos seus debates (com Gerd Lüdemann e John Dominic Crossan, respectivamente): Paul Copan e Ronald K. Tacelli, eds., Jesus' Resurrection: Fact or Figment? (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 2000); e Paul Copan, ed., Will the Real lesus Please Stand Up? (Grand Rapids: Baker, 1998). C a p ít u l o 2 : P a u l o F o i o V e r d a d e ir o F u n d a d o r

do

C

r is t ia n is m o ?

1 Para os dois estudos, veja a investigação histórica, em Victor R. Furnish, "The Jesus-Paul Debate: From Baur to Bultmann", em Paul and Jesus: Collected Essays, ed. A. J. M. Wedderburn (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1989), 17-50. 2 Para estas citações e resumos dos textos dos dois autores sobre Paulo, veja The Writings o f St. Paul: A Norton Critical Edition, ed. Wayne A. Meeks (Nova York: Norton, 1972), 288-302. 3 Veja especialmente Rudolf Bultmann, "Jesus and Paul", em Existence and Faith, ed. e trad. Schubert M. Ogden (Nova York: Meridian, 1960), 183-201. 4 Além dos comentários tradicionais, veja o estudo razoavelmente liberal de C. Wolff, "The Apostolic Knowledge of Christ: Exegetical Reflections on 2 Corinthians 5.14ff.", em Wedderburn, Paul and Jesus, 81-98. 5 F. F. Bruce, Paul and Jesus (Grand Rapids: Baker, 1974); J. W. Fraser, Jesus and Paid: Paid as Interpreter o f Jesus from Harnack to Kilmmel (Appleford, England: Marcham Manor Press, 1974).

Notas

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6 Veja, por exemplo, Victor P. Furnish, Jesus according to Paul (Cambridge: Cambridge University Press, 1993). 7 David Wenham, Paid: Follower o f Jesus or Founder o f Christianity? (Grand Rapids: Eerdmans, 1995); idem, Paid and Jesus: The True Story (Grand Rapids: Eerdmans, 2002). Veja também idem, "Pan I's Use of the Jesus Tradition: Three Samples", vol 5 de Gospel Perspectives, ed. David Wenham (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1985), 7-37; idem, "The Story of Jesus Known to Paul", em Jesus o f Nazareth: Lord and Christ, ed. Joel B. Green e Max Turner (Grand Rapids: Eerdmans, 1994), 297-311; e idem, "From Jesus to Paul — via Luke", em The Gospel to the Nations: Perspectives on Paul's Mission, ed. Peter Bolt e Mark Thompson (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 2000), 83-97. 8 Michael D. Goulder, Paul and the Competing Mission in Corinth (Peabody, Mass.: Hendrickson, 2001). 9 Gerd Liidemann, Paul: The Founder o f Christianity (Amherst, N. Y.: Prometheus, 2002 ).

10 Título de um livro de autoria de Maurice Casey sobre o desenvolvimento da cristologia do Novo Testamento (Louisville: Westminster John Knox Press, 1991). 11 Veja, por exemplo, I. Howard Marshall, Last Supper and Lord's Supper (Grand Rapids: Eerdmans, 1980), 30-56, e a análise da investigação ali contida. 12 Veja Anthony C. Thiselton, The First Epistle to the Corinthians (Grand Rapids: Eerdmans, 2000), esp. 692-698. Thiselton observa que os autores patrísticos com­ preendiam o texto também desta maneira (692). 13 Para comentários similares sobre todos estes versículos em 1 Coríntios 7, veja especialmente Gordon D. Fee, The First Epistle to the Corinthians (Grand Rapids: Eerdmans, 1987), esp. 291. 14 Contra o estudo excelente de David L. Dungan (The Sayings o f Jesus in the Churches o f Paul [Filadélfia: Fortress, 1971]) sobre as palavras de Jesus, em 1 Coríntios 7 e 9. 15 Sobre isso, veja especialmente Michael Thompson, Clothed with Christ: The Example and Teaching o f Jesus in Romans 22.7; 75.23 (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1991). 16 Sobre cada uma destas alusões, veja também Wenham, Paul, 251-253. 17 Robert W. Funk, Roy W. Hoover e Seminário Jesus, The Five Gospels: The Search fo r the Authentic Words o f Jesus (Nova York: Macmillan, 1993), 102. 18 Bruce (Paul and Jesus, 71) também destaca o provável simbolismo do envio dos setenta, em Lucas 10, predizendo a missão aos gentios, de que Paulo se tornou o principal instigador, na Igreja Primitiva. 19 Para outras possíveis alusões aos discursos missionários de Mateus 10 e Lucas 10, veja Wenham, Paul, 190-199. 20 Veja ibid., 320-321.

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21 Os paralelos são ainda mais próximos, quando se reconhece que o "arrebata­ mento" de 1 Tessalonicenses 4.17 é muito provavelmente pós-tribulacional — isto é, ao mesmo tempo que o retorno público de Cristo. Veja, por exemplo, Bob Gundry, First the Antichrist (Grand Rapids: Baker, 1997). 22 Sobre isso, veja especialmente David Wenham (The Rediscovery o f Jesus' Eschatological Discourse [Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1984]), que demonstra a plau­ sibilidade de um sermão conectado por trás da maioria das várias mensagens apocalípticas de Jesus, em Mateus, Marcos e Lucas. 23 Veja David Wenham, "Paul and the Synoptic Apocalypse", vol. 2 de Gospel Perspectives, ed. R. T. France e David Wenham (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1981), 345-375. 24 Entre os acadêmicos recentes, Seyoon Kim ("Jesus, Sayings of", em Dictionary o f Paul and His Letters, ed. Gerald F. Hawthorne, Ralph P. Martin, e Daniel G. Reid [Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1993]), com sua tabela de "Possible Echoes of Sayings of Jesus" (p. 481), parece excessivamente confiante na sua lista de trinta e um itens. 25 Para investigações de listas similares, de perspectivas razoavelmente diferentes, compare Dale C. Allison, Jr., "The Pauline Epistles and the Synoptic Gospels: The Pattern of the Parallels", NTS 28 (1982): 1-32; e Frans Neirynck, "Paul and the Sayings of Jesus", em L'Apotre Paul: Personnalite, style et conception du ministere, ed. Albert Vanhoye (Louvain: Louvain University Press, 1986), 265-321. 26 Veja a tabela em Peter Richardson, "The Thunderbolt in Q and the Wise Man in Corinth", em From Jesus to Paul, ed. Peter Richardson and John C. Hurd (Waterloo, Ont.: Wilfrid Laurier Press, 1984), 96. Para um estudo mais longo, embora mais especulativo de possíveis alusões a ensinamentos de Jesus em 1 Coríntios 1-4, veja Biorn Fjarstedt, Synoptic Tradition in 1 Corinthians (Uppsala, Suécia: Teologiska Institutionen, 1974). 27 Para mais possíveis alusões em Paulo a este sermão, veja Wenham, Paul, 199. 28 Veja, por exemplo, Ben F. Meyer, The Aims o f Jesus (Londres: SCM, 1979), 185197. 29 Segundo Maurice A. Robinson. SIIEPMO AOTOX - Did Paul Preach from Jesus' Parables?" Bib 56 (1975): 231-240. 30 Veja especialmente Larry W. Hurtado, "Jesus as Lordly Example in Philippians 2:5-11", em Richardson e Hurd, From Jesus to Paul, 113-126. 31 Segundo, especialmente, Christopher Marshall, "Paul and Jesus: Continuity or Discontinuity?" Stimulus 5, n° 4 (1997): 32-42. 32 Donald H. Akenson, Saint Saul: A Skeleton Key to the Historical Jesus (Oxford: Oxford University Press, 2000), 224. 33 Stanley E. Porter, "Images of Christ in Paul's Letters", em Images o f Christ: Ancient and Modem, ed. Stanley E. Porter, Michael A. Hayes, e David Tombs (Sheffield,

Notas

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Inglaterra: Sheffield Academic Press, 1997), 98-99. Veja também }. P. Arnold, "The Relationship of Paul to Jesus", em Hillel and Jesus: Comparative Studies o f Two Major Religious Leaders, ed. James H. Charlesworth e Loren L. Johns (Mineápolis: Fortress, 1997), 256-288. 34 Muitos comentaristas argumentam, apropriadamente, que tudo o que pode ser demonstrado, com segurança, a partir desta referência, é a crença de Paulo na ple­ na humanidade de Jesus. Mas Timothy George (Galatians [Nashville: Broadman & Holman, 1994], 302-303), cujos comentários tratam mais de interesses sistemá­ ticos e histórico-teológicos mais amplos do que os de muitos outros comenta­ ristas, corretamente observa que "é inconcebível que Paulo, o companheiro de viagens de Lucas, não tivesse conhecimento da concepção virginal de Jesus. O fato de que ele não mencione o nascimento virginal em nenhum ponto de suas cartas somente poderia significar que este fato era tão universalmente aceito en­ tre as igrejas cristãs, às quais ele escrevia, que não julgava necessário detalhá-lo ou defendê-lo. Como observou J. G. Machen, 'O nascimento virginal realmente parece estar implícito, da maneira mais profunda, em toda a visão que Paulo tem do Senhor Jesus Cristo'". 35 Wenham, Paul and Jesus, 66-67. 36 Alfred Plummer, A Critical and Exegetieal Commentary on the First Epistle o f St Paul to the Corinthians (Edimburgo: T & T Clark, 1911), 22. 37 Veja especialmente John P. Meier, A Marginal Jew: Rethinking the Historical Jesus (Nova York: Doubleday, 1991), 1:278-85.309-15. 38 Veja especialmente Gillian Clark, "The Social Status of Paul", ExpT 96 (1985): 110111.

39 Veja especialmente A. D. A. Moses, Matthew's Transfiguration Story and JewishChristian Controversy (Sheffield, Inglaterra: Sheffield Academic Press, 1996). 40 David Wenham e A. D. A. Moses, "There Are Some Standing Here...": Did They Become the 'Reputed Pillars' of the Jerusalem Church? Some Reflections on Mark 9:1, Galatians 2:9, and the Transfiguration" NovT36 (1994): 146-163. 41 Veja também Christian Wolff, "Humility and Self-Denial in Jesus' Life and Message and in the Apostolic Existence of Paul", em Wedderburn, Paul and Jesus, 145-160. 42 David Stanley, "Imitation in Paul's Letters: Its Significance for His Relationship to Jesus and to His Own Christian Foundations", em Richardson e Hurd, From Jesus to Paul, 127-141. 43 Akenson, Saint Saul, 173. 44 James D. G. Dunn, "Paul's Knowledge of the Jesus Tradition", em Christus Bezeugen, ed. Karl Kertelge, Traugott Holtz, e Claus-Peter Marz (Leipzig: St. Benno, 1989), 194.

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45 Vários destes pontos são apresentados de maneira mais clara e sistemática em Rainer Riesner ("Paulus und die Jesus-Uberlieferung", em Evangelium, Schriftauslegung, Kirche, ed. Jostein Adna, Scott J. Hafemann, e Otfried Hofius [Gottingen: Vandenhoeck und Ruprecht, 1997], 356-365) do que em qualquer fon­ te de língua inglesa de que eu tenha conhecimento. 46 C. H. Dodd, The Apostolic Preaching and Its Developments (Londres: Hodder & Stoughton, 1936), 54-56. 47 Charles F. D. Moule, "Jesus in New Testament Kerygma", em Verborum Veritas, ed. Otto Biicher e Klaus Haacker (Wuppertal, Alemanha: Brockhaus, 1970), 1526. 48 Veja também Donald A. Hagner, "The Sayings of Jesus in the Apostolic Fathers and Justin Martyr", em Wenham, Gospel Perspectives, 5:233-68. w Um tema essencial, enfatizado por toda a obra de Herman Ridderbos, Paid and jesus (Grand Rapids: Baker, 1958). Veja também Eduard Schweizer, "The Testimony to Jesus in the Early Christian Community", HBT7 (1985): 77-98. 50 Veja, por exemplo, Paul W. Barnett, "The Importance of Paul for the Historical Jesus", Crux 29 (1993): 29-32. Para uma investigação das tendências atuais na in­ terpretação de Paulo de modo mais amplo, veja especialmente Ben Witherington III, The Paid Quest: The Renewed Search fo r the Jeiv o f Tarsus (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1998). 51 Dunn, "Paul's Knowledge", 206-207. 52 Traugott Holtz, "Paul and the Oral Gospel Tradition", na obra jesus and the Oral Gospel Tradition, ed. Henry Wansbrough (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1991), 380393. 53 E interessante comparar as duas teologias evangélicas mais recentes sobre Paulo. James D. G. Dunn (The Theology o f Paul the Apostle [Grand Rapids: Eerdmans, 1998]) trabalha principalmente com as cartas incontestáveis, precisamente por­ que as outras são contestadas, ao passo que Thomas R. Schreiner (Paul: Apostle o f God's Glory in Christ [Downers Grove,, III: InterVarsity Press, 2001]) inclui de modo deliberado e igualmente as treze cartas atribuídas a Paulo em o Novo Testamento. Apesar disso, as imagens que emergem dos dois estudos são, na maioria dos casos, bastante consistentes entre si. E as diferenças que aparecem derivam, principalmente, de outras considerações que não sejam a inclusão das seis cartas contestadas ou não. 54 Veja James D. G. Dunn e Alan M. Suggate, The Justice ofG od (Carlisle, Inglaterra: Paternoster, 1993); Elsa Tamez, The Amnesty o f Grace: Justification by Faith from a Latin American Perspective (Nashville: Abingdon, 1993). As pessoas de lingua Espanhola frequentemente poderão apreciar este ponto melhor do que as de lín­ gua Inglesa, uma vez que justicin traduz dikaiosurM nas traduções para a língua espanhola. Como em grego, esta palavra é usada para os dois conceitos.

Notas

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55 Veja especialmente Ben Witherington III, The Christology o f Jesus (Filadélfia: Fortress, 1990), 191-215. 56 George Johnston, "'Kindgom of God' Sayings in Paul's Letters", na obra de Richardson e Hurd, From Jesus to Paul, 143-156. 57 Sobre isto, veja especialmente Craig L. Blomberg, "'Your Faith Has Made You Whole': The Evangelical Liberation Theology of Jesus", em Green e Turner, Jesus o f Nazareth, 75-93. 58 F. F. Bruce, "Justification by Faith in the Non-Pauline Writings of the New Testament", EvQ 24 (1952): 66-69. 59 Veja especialmente George E. Ladd, A Theology o f the New Testament, rev. Donald A. Hagner (Grand Rapids: Eerdmans, 1993), 290-95. 60 Nenhum acadêmico investigou esta campanha de acusações mais consistentemente do que o acadêmico finlandês Heikki Raisanen. Veja especialmente a sua obra Jesus, Paul and Torah: Collected Essays (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1992). 61 Veja especialmente Douglas J. Moo, "Jesus and the Authority of the Mosaic Law", JSNT 20 (1984): 3-49. 62 J. Louis Martyn, Galatians (Nova York: Doubleday, 1997), 549. 63 Veja especialmente toda a obra de Peter Stuhlmacher, Biblische Theologie des Neuen Testaments, 2 volumes. (Gottingen: Vandenhoeck und Ruprecht, 1992-99), infeliz­ mente ainda não traduzida ao português. 64 O melhor estudo do conjunto completo de questões associadas com a observân­ cia do sábado/domingo, bíblica, teológica e historicamente é D. A. Carson, ed., From Sabbath to Lord's Day (Grand Rapids: Zondervan, 1982). 65 Veja especialmente Dale C. Allison, Jr., Jesus o f Nazareth: Millenarian Prophet (Mineápolis: Fortress, 1998), 172-216; Vincent L. Wimbush, Paul: The Worldly Ascetic (Macon, Ga.: Mercer University Press, 1987). 66 Embora encontrado no texto de João, este versículo é frequentemente conside­ rado a parte essencial da passagem, que é autêntica. Muitos acadêmicos acredi­ tam que João 2.12-25 é mais autêntico do que os relatos Sinóticos comparáveis da purificação do templo. Veja Craig L. Blomberg, The Historical Reliability o f John's Gospel: Issues and Commentary (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 2001), 8791. 67 Embora, novamente, os comentaristas tenham opiniões divergentes, alguns pen­ sam que um costume gentio hedonista é o que se tem em mente aqui. 68 Citado em Ladd, Theology, 104. 69 Veja acima, pp. 79, 161 n° 28. Veja também Gerhard Maier, "The Church in the Gospel of Matthew: Hermeneutical Analysis of the Current Debate" em Biblical Interpretation and the Church: The Problem o f Contextualization, ed. D. A. Carson (Nashville: Nelson, 1985), 45-63.

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70 Veja especialmente todo o vol. 3 de Meier, A Marginal Jew, resumido nas pp. 626-632. Em um sentido mais genérico, veja Richard Bauckham, "Kingdom and Church according to Jesus and Paul", HBT18 (1996): 1-26. 71 Veja Craig L. Blomberg, Neither Poverty nor Riches: A Biblical Theology o f Possessions (Leicester, Inglaterra: InterVarsity Press, 1999), 111-46. A respeito do material comparável nas cartas de Paulo, veja pp. 177-212. 72 Mesmo os retratos mais céticos de Jesus reconhecem regularmente este elemento essencial do seu ministério. Veja, por exemplo, toda a obra de J. Dominic Crossan, The Historical Jesus: The Life o f a Mediterranean Jewish Peasant (San Francisco: HarperSanFrancisco, 1991). 73 Ou seja, que de uma quantidade mínima de material autêntico de Jesus pode ser determinado, aceitando palavras de Jesus nos Evangelhos, que nem o judaísmo, que veio antes dEle, e nem o cristianismo, que veio depois dEle, teriam inventa­ do. 74 Para mais dados sobre as palavras de Jesus a não-judeus, veja C. H. H. Scobie, "Jesus or Paul? The Origin of the Universal Mission of the Christian Church", em Richardson e Hurd, From Jesus to Paul, 47-61. 75 Alexander J. M. Wedderburn, "Paul and Jesus: Similarity and Continuity", em idem, Paul and Jesus, 139. 76 J. M. G. Barclay, "Jesus and Paul", em Dictionary o f Paul and His Letters, ed. Gerald F. Hawthorne, Ralph P. Martin, e Daniel G. Reid (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1993), 502. 77 Wenham, Paul, 190. 78 Veja especialmente Kathleen Corley, Women and the Historical Jesus (Santa Rosa, Calif.: Polebridge, 2002); mais resumidamente, Grant R. Osborne, "Women in Jesus' Ministry", WTJ 51 (1989): 259-291. 79 Naturalmente, é muito discutido se a autoria das epístolas pastorais é realmen­ te de Paulo. Mas a melhor explicação para a restrição de Paulo em 1 Coríntios 14.34-35, sobre a questão das mulheres falarem em público, também depende de entendê-las fora do papel do ancião, na avaliação das profecias. A respeito de todo o material desta seção sobre Paulo, e a exegese detalhada para respaldar as minhas generalizações, veja Craig L. Blomberg, "Neither Hierarchicalist nor Egalitarian: Gender Roles in Paul", em Two Views on Women in Ministry, ed. James R. Beck e Craig L. Blomberg (Grand Rapids: Zondervan, 2001), 329-372. 80 Talvez o melhor estudo de algumas destas categorias, incluindo mais detalhes, seja Witherington, Christology o f Jesus. Veja também toda a obra de N. T. Wright, Jesus and the Victory o f God (Mineápolis: Fortress, 1996). 81 Veja especialmente Meier, A Marginal Jew, 2:100-116. 82 Para grande quantidade de detalhes, veja ibid., 509-1038.

Notas

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83 Veja especialmente E. P. Sanders, Jesus and Judaism (Filadélfia: Fortress, 1985), 61-76. 84 A respeito deste significado original e uma possível malha de consequências his­ tóricas, veja Bruce D. Chilton, A Feast o f Meanings: Eucharistic Theologies from Jesus through Johannine Circles (Leiden: Brill, 1994). 85 Veja em detalhes Meier, A Marginal Jew, 3:289-613. 86 Veja especialmente toda a obra de Meyer, Aims o f Jesus. 87 Veja especialmente Philip B. Payne, "Jesus' Implicit Claim to Deity in His Parables", TrinJ, n.s., 2 (1981): 3-23. 88 Para uma avaliação ponderada de declarações conflitantes sobre o significado de Abba, veja Scot McKnight, A New Vision for Israel: The Teachings o f Jesus in National Context (Grand Rapids: Eerdmans, 1999), 49-65. 8U Apesar disso, pode-se propor uma sugestiva justificativa para conectar "Filho do Homem" com a cristologia do "novo Adão" de Paulo. Veja especialmente Romanos 5.12-21 e 1 Coríntios 15.22, 45-49. 90 Veja especialmente Seyoon Kim, The Son o f Man as the Son o f God (Grand Rapids: Eerdmans, 1985). 91 Veja especialmente Richard Bauckham, "The Sonship of the Historical Jesus in Christology", SJT31 (1978): 245-60. 92 Craig L. Blomberg, "Messiah in the New Testament", em Israel's Messiah in the Bible and the Dead Sea Scrolls, ed. Richard S. Fless e M. Daniel Carroll R. (Grand Rapids: Baker, 2003), 125-132. Neste livro, no entanto, simplesmente como uma questão de variedade, adotei a prática pós-Neo Testamentária de usar "Jesus" e "Cristo" intercambiavel mente, sendo dois nomes diferentes para o mesmo ho­ mem de Nazaré. 93 Veja especialmente Martin Hengel, Studies in Early Christology (Edimburgo: T & T Clark, 1995), 119-225. 94 Veja também Ben Witherington III, The Many Faces o f the Christ: The Christologies o f the New Testament and Beyond (Nova York: Crossroad, 1998) esp. 103-126. 95 Veja, respectivamente, Hans F. Bayer, Jesus' Predictions o f Vindication and Resurrection (Tubingen: Mohr, 1986); e Sydney H. T. Page, "The Authenticity of the Ransom Logion (Mark 10:45b)" no vol. 1 de Gospel Perspectives, ed. R. T. France e David Wenham (Sheffield, Inglaterra: JSOT 1980), 137-161. 96 Veja, por exemplo, N. T. Wright, What St. Paul Really Said (Grand Rapids: Eerdmans), 135-50, esp. 140-42. 97 Para abundantes detalhes sobre este item e outros correlatos, veja Ben Witherington III, Jesus, Paul, and the End o f the World (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1992). 98 Seyoon Kim, The Origin o f Paul's Gospel (Grand Rapids: Eerdmans, 1981). Veja também Richard N. Longenecker, "A Realized Hope, a New Commitment, and

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a Developed Proclamation: Paul and Jesus" em The Road from Damascus, ed. Richard N. Longenecker (Grand Rapids: Eerdmans, 1997), 18-42. w Richard N. Longenecker, Galatians (Dallas: Word, 1990), 37,38. 100 Veja Wendell Willis, "An Irenic View of Christian Origins: Theological Continuity from Jesus to Paul in W. R. Farmer's Writings", em Jesus, the Gospels, and the Church, ed. E. P. Sanders (Macon, Ga.: Mercer University Press, 1987), 265-86. 101 Allison, "The Pauline Epistles", 25. C a p ít u l o 3 : C o m o o C r is t ã o D À V id a ?

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1 Em um nível introdutório, veja especialmente Gordon D. Fee e Douglas Stuart, How to Read the Biblefor All Its Worth, ed. rev. (Grand Rapids: Zondervan, 1993). Mais detal­ hes, veja William W. Klein, Craig L. Blomberg, e Robert L. Hubbard, Jr., Introduction to Biblical Interpretation, ed. rev. (Nashville: Nelson, em breve). 2 Importantes e recentes exceções incluem Jack Kuhatschek, Taking the Guesswork Out of Applying the Bible (Grand Rapids: Zondervan, 1990); David Veertnan, How to Apply the Bible (Wheaton, 111.: Tyndale, 1993); e Daniel M. Doriani, Putting the Truth to Work: The Theory and Practice of Biblical Application (Phillipsburg, N.J.: Presbyterian & Reformed, 2001). 3 Klein, Blomberg, e Hubbard, Introduction to Biblical Interpretation, cap. 10; Craig L. Blomberg, "The Diversity of Literary Genres in the New Testament", em Interpreting the New Testament, ed. David A. Black e David S. Dockery (Nashville: Broadman & Holman, 2001), 272-295. 4 Klein, Blomberg, e Hubbard, Introduction to Biblical Interpretation, cap. 12. 5 Uma série particularmente útil de comentários, iniciada em 1994, pode auxiliar o leitor com pensamentos adicionais sobre as aplicações. Foi previsto que em meados de 2004 a obra NIV Application Commentaries (Publicado por Zondervan em Grand Rapids, Michigan) estaria disponível para todos os livros do Novo Testamento, e os volumes relativos ao Antigo Testamento também estariam chegando rapidamente. O formato singular desta série consiste em acompanhar um livro bíblico, tomando passagens de extensão para pregação, e arranjando comentários sobre estas passagens em três seções, intituladas "Significado origi­ nal", "Ligação de contextos" e "Significado contemporâneo". As duas últimas seções são designadas a ocupar uma porção substancial do comentário sobre cada texto, auxiliando os leitores a pensar metodologicamente sobre como pas­ sar do contexto antigo para o mundo moderno, e então gerar aplicações legíti­ mas. Como em qualquer série escrita por múltiplos autores, alguns volumes são

Notas

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melhores do que outros, mas de modo geral, a qualidade dos comentários que apareceram até agora é muito elevada. Outras séries recentes que dedicam sig­ nificativa atenção ã exposição e aplicação, com comentários consistentemente precisos e úteis, incluem The Bible Speaks Today (sobre os dois Testamentos), e InterVarsity Press New Testament Commentary Series (somente sobre o Novo Testamento), ambos publicados por InterVarsity Press em Downers Grove,, Illinois, e Leicester, Inglaterra. InterVarsity Press Reino Unido iniciou The Bible Speaks Today; InterVarsity Press EUA iniciou a InterVarsity Press New Testament Commentary Series. 6 Em um nível muito básico, muitos dos volumes da série Holman New Testament Commentary (Nashville: Broadman & Holman) são úteis, bem como as explica­ ções de Kent Hughes (Wheaton, III.: Crossway) e D. A. Carson (Grand Rapids: Baker), embora não pertencendo, nenhuma das publicações, a nenhuma série formal. E vários volumes isolados sobre livros específicos do Novo Testamento, também não pertencentes a nenhuma série, às vezes propiciam aplicações boas e completas — por exemplo, Eugene H. Peterson, Reversed Thunder: The Revelation o f John and the Praying Imagination (San Francisco: HarperSanFrancisco, 1988); Elsa Tamez, The Scandalous Message o f James: Faith without Works Is Dead, ed. rev. (Nova York: Crossroad, 2002); e Lyle D. Vander Broek, Breaking Barriers: The Possibilities o f Christian Community in a Lonely World (Grand Rapids: Brazos, 2002), sobre 1 Corintios. 7 Veja especialmente James Callahan, The Clarity o f Scripture: History, Theology, and Contemporary Literary Studies (Downers Grove,, 111.: InterVarsity Press, 2001). 8 Teófilo pode ter sido um "buscador" ou um novo cristão, mas as igrejas que rece­ beram o Evangelho de Lucas claramente criam que ele tinha valor para os crentes depois da conversão e não apenas para que as pessoas viessem até Cristo. No Evangelho de João, o tempo do verbo traduzido como "crendo" varia nos manu­ scritos, de modo que não temos certeza se João desejava se referir à fé inicial, ao crescimento na fé, ou (muito provavelmente) ambas as coisas. 9 Veja Craig L. Blomberg, "The Liberation of Illegitimacy: Women and Rulers in Matthew 1-2", BTB 21 (1991): 145-150. 10 Entre muitas boas abordagens destes temas, veja especialmetne D. Brent Sandy, Plowshares and Pruning Hooks: Rethinking the Language o f Biblical Prophecy and Apocalyptic (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 2002).

11 Há muito poucas explicações evangélicas no Novo Testamento sobre João Batista, embora nós saibamos mais a seu respeito do que sobre qualquer outros dos per­ sonagens dos Evangelhos, além do próprio Jesus. De uma perspectiva católica contemporânea, grande parte de C. R. Kazmierski (John the Baptist: Prophet and Evangelist [Collegeville, Minn,: Liturgical, 1996]) é útil.

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12 Para uma excelente investigação das diversas formas que estas vocações podem assumir, tanto nos Evangelhos como hoje, veja Scot McKnight, Turning to Jesus: The Sociology of Conversion in the Gospels (Louisville: Westminster John Knox Press, 2002). 13 Veja D. A. Carson, The Gospel according to John (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 505. 14 John R. W. Stott (Christian Counter-Culture: The Message of the Sermon on the Mount [Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1978], 89) detalha: "Isto é, não olhe! Comporte-se como se realmente tivesse arrancado os olhos e os tivesse atirado para longe, e agora estivesse cego, e assim não pudesse ver os objetos que anterior­ mente lhe fizeram pecar". 15 Veja especialmente Robert C. Tannehill, "The 'Focal Instance' as a Form of New Testament Speech: A Study of Matthew 5:39b-42", JR 50 (1970): 372-85. 16 Veja Stephen C. Barton, Discipleship and Family Ties in Mark and Matthew (Cambridge: Cambridge University Press, 1994), 67-96. Para aplicação contem­ porânea incisiva, veja Rodney Clapp, Families at the Crossroads: Beyond Traditional

and Modern Options (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1993). 17 Veja D. A. Carson, The Sermon on the Mount: An Evangelical Exposition ofMattheiv 5-7 (Grand Rapids: Baker, 1978), 98,99. 1S Veja J. Carl Laney, A Guide to Church Discipline (Mineápolis: Bethany, 1985); e também John White e Ken Blue, Healing the Wounded: The Costly Love of Church

Discipline (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1985). 19 O melhor estudo evangélico dos milagres de Jesus está agora disponível em Graham H. Twelftree, Jesus the Miracle Worker (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1999). 20 Sobre isto, veja especialmetne Marion C. Moeser, The Anecdote in Mark, the Classical World, and the Rabbis (Londres: Sheffield Academic Press, 2002). 21 Veja especialmente William Barclay, The Plain Man's Guide to Ethics (Glasgow: Collins, 1973), 26-48. Sobre as questões mais amplas, nos aspectos de exegese, geologia e história, em questão, veja D. A. Carson, ed., From Sabbath to Lord's Day (Grand Rapids: Zondervan, 1982). 22 Craig L. Blomberg, Interpreting the Parables (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1990). 23 Veja Craig L. Blomberg, Preaching the Parables (Grand Rapids: Baker, em breve). 24 Essas aplicações são bem detalhadas na obra de David E. Garland, Mark (Grand Rapids: Zondervan, 1996). 25 Veja especialmente Brent Kinman, "Jesus' Triumphal Entry in the Light of Pilate's", NTS 40 (1994): 442-448; e Paul B. Duff, "The March of the Divine Warrior and the Advent of the Greco-Roman King", JBL 111 (1992): 55-71.

Notas

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26 Usando o agradável jogo de palavras de Ben Witherington III, The Chris-tology o f Jesus (Mineápolis: Fortress, 1990), 107. 27 No nível popular, veja especialmente Tom Hovestol, Extreme Righteousness: Seeing Ourselves in the Pharisees (Chicago: Moody, 1997). 28 De longe, a mais abrangente abordagem desta literatura, agora disponível, é John J. Collins, ed., The Encyclopedia o f Apocalypticism, 3 vols. (Nova York: Continuum, 1998). No nível popular, veja especialmente B. J. Oropeza, Ninety-nine Reasons Why No One Knows When Christ Will Return (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1994). 29 Veja especialmente Timothy J. Geddert, Watchwords: Mark 13 in Markan Eschatology (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1989). 30 Veja a investigação sobre abordagens notáveis, realizadas ao longo da história, em Arthur W. Wainwright, Mysterious Apocalypse (Nashville: Abingdon, 1993). 31 Aplicações criteriosas e provocativas aparecem em Donald Bridge e David Phypers, The Meal That Unites? (Londres: Flodder & Stoughton, 1981). 32 Para um comentário abrangente das questões, veja John C. Thomas, Foot-washing in John 13 and the Johannine Community (Sheffield, Inglaterra: JSOT, 1991). 33 Sobre a pontuação correta desta passagem, veja John W. Wenham, "When Were the Saints Raised?" JTS 32 (1981): 150-152. 34 Veja Craig L. Blomberg, "The Globalization of Biblical Interpretation — A Test Case: John 3-4", BBR 5 (1995): 1-15. 35 Albert Vanhoye, "La composition de Jean 5,19-30", em Melanges Bibliciues en hommage au R. P. Beda Rigaux, ed. Albert Descamps and Andre de Halleux (Gembloux, França: Duculot, 1970), 259-274. 36 Modificação do esquema sugerido por Wayne Brouwer, The Literary Development o f John 13-17: A Chiastic Reading (Atlanta: Scholars, 2000). 37 O estudo definitivo deste texto, com base nesta perspectiva, é Peder Borgen, Bread from Heaven (Leiden: Brill, 1965). A forma também aparece em miniatura, com vá­ rias parábolas dos Sinóticos. O mais abrangente conjunto de sugestões dos textos do Novo Testamento que adotam esta forma aparece disperso ao longo de E. Earle Ellis, The Making o f the New Testament Documents (Leiden: Brill, 2002). 38 A linguagem, nestas três últimas sentenças, foi tomada de Craig L. Blomberg, The Historical Reliability o f John's Gospel: Issues and Commentary (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 2001), 127. 39 Veja especialmente D. A. Carson, The Gospel according to John (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 514-515. 40 Veja a explicação incisiva em Bruce Milne, The Message o f John: Here Is Your King! (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1993), 247-252. 41 Veja, por exemplo, David J. Williams, Acts (San Francisco: Harper & Row, 1985), 17.

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42 Veja especialmente William J. Larkin, Jr., Acts (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1995), 82-83. 43 Veja especialmente Walter L. Liefeld, Interpreting the Book of Acts (Grand Rapids: Baker, 1995), 117-127. 44 Veja Craig L. Blomberg, Neither Poverty nor Riches: A Biblical Theology of Material Possessions (Leicester, Inglaterra: InterVarsity Press, 1999), 161-71. 45 Alguns acrescentariam uma segunda exceção aparente — a experiência dos se­ guidores de João Batista, em Efeso (At 19.1-10). Estes indivíduos são chamados "discípulos", mas, quando Paulo os entrevista, declaram nem mesmo ter ouvido falar do Espírito Santo. Isso quer dizer que conheciam muito pouco sobre os mi­ nistérios de João ou de Jesus, dado o papel central que o Espírito desempenha em ambos. Isso quer dizer que não poderiam ter sido judeus, pois se fossem, teriam sabido do Espírito, pelas Escrituras hebraicas. Com tão pouca informação, é difí­ cil crer que o seu discipulado resultasse em uma fé verdadeira e salvadora. 46 Veja especialmente o tratamento desta passagem em James D. G. Dunn, Baptism in the Holt/ Spirit (Filadélfia: Westminster, 1970), 55-72. 47 Veja especialmente Orlando E. Costas, Liberating News: A Theology of Contextual Evangelization (Grand Rapids: Eerdmans, 1989). 4S Veja especialmente C. H. Dodd, The Apostolic Preaching and Its Developments (Nova York: Harper, 1951). 4,1 Veja Philip H. Towner, "Mission Practice and Theology under Construction", em Witness to the Gospel: The Theology of Acts, ed. I. Howard Marshall e David Peterson (Grand Rapids: Eerdmans, 1998), 417-436. 50 Kenneth Gangel, "Paul's Areopagus Speech", BSac 127 (1970): 312. Cf. J. Daryl Charles, "Engaging the (Neo) Pagan Mind: Paul's Encounter with Athenian Culture as a Model for Cultural Apologetics (Acts 17:16-34)", Trinj 16 (1995): 4762. 51 Veja especialmente Martin Hengel, Between Jesus and Paul (Filadélfia: Fortress, 1983), 1-29. 52 Veja Ronald D. Witherup, "Cornelius Over and Over and Over Again: Functional Redundancy in the Acts of the Apostles", JSNT 49 (1993): 45-66. 53 Veja, respectivamente, James Smith, The Voyage and Shipwreck of St. Paul, 4'1 ed. (Mineápolis: James Family Christian Publishers, 1880); e Richard 1. Pervo, Profit with Delight: The Literary Genre of the Acts of the Apostles (Filadélfia: Fortress, 1987), esp.50'53 Infelizmente, e de forma desnecessária, como acontece com Pervo, que lida brilhantemente com o aspecto artístico e de aventura do livro de Atos, é muito frequente que o aspecto literário seja colocado contra o histórico. 54 A única exceção possível é Efésios, se interpretada como uma "encíclica". Veja as introduções tradicionais ao Novo Testamento.

Notas

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55 Veja, por exemplo, Douglas J. Moo, The Epistle to the Romans (Grand Rapids: Eerdmans, 1996), 786: "Paulo não deseja que os cristãos usem a inevitabilidade da tensão com o mundo como uma desculpa para um comportamento que des­ necessariamente exacerba este conflito ou como uma resignação que não nos leva sequer a procurar conservar um testemunho positivo". 56 O oposto é menos provável, uma vez que os leitores de primeira vez não teriam conhecimento do último texto quando se deparassem com o primeiro. 57 Veja Craig L. Blomberg, "Neither Hierarchicalist nor Egalitarian: Gender Roles in Paul", em Two Views on Women in Ministry, ed. James R. Beck e Craig L. Blomberg (Grand Rapids: Zondervan, 2001), 350-352. 58 Veja Craig L. Blomberg, 7 Corinthians (Grand Rapids: Zondervan, 1994), 207-220. 59 Ibid., 213-14; Blomberg, "Neither Hierarchicalist nor Egalitarian", 347. 60 Veja também Blomberg, 1 Corinthians, 150-158. 61 Notável aplicação prática aparece em Philip Yancey, What's So Amazing about Grace? (Grand Rapids: Zondervan, 1997). 62 Blomberg, "Neither Hierarchicalist nor Egalitarian", 357-370. 63 Pontos convincentes na obra de Stephen F. Miletic, "One Flesh": Ephesians 5.2224,5.31 — Marriage and the New Creation (Roma: Biblical Institute Press, 1988). 64 Como Moo, Romans, 33. Comentaristas mais antigos frequentemente dividiam 1.18; 3.20 em duas partes, com 1.18-32 ou 1.18; 2.16 destinadas primeiramente aos gentios, e 2.1; 3.20 ou 2.17; 3.20 destinadas primeiramente aos judeus. A universa­ lidade do pecado, no entanto, permanece clara em todos estes esquemas. 65 por exemplo, a NVI. Mas perceba que a TNIV substitui "nenhum alimento" por "nada", adotando uma tradução mais literal. 66 Veja também Blomberg, 1 Corinthians, 202-6. Sobre a aplicação do princípio da liberdade do legalismo, de maneira mais geral, veja especialmente Charles R. Swindoll, The Grace Awakening (Nashville: Word, 1991); Chap Clark, The Performance Illusion (Colorado Springs, Colo.: NavPress, 1993). 67 Veja, por exemplo, Gary Friesen com J. Robin Maxson, Decision-Making and the Will of God (Portland, Oreg.: Multnomah, 1980), 382-383. 68 Para excelentes aplicações de 1 Coríntios 14, a vários contextos, veja D. A. Carson, Showing the Spirit: A Theological Exposition ofl Corinthians 12-14 (Grand Rapids: Baker, 1987), 77-136. Para uma teologia bíblica equilibrada de dons espirituais, de modo mais geral, veja Michael Green, I Believe in the Holy Spirit (Grand Rapids: Eerdmans, 1975), 161-196. 69 Veja especialmente Harold W. Hoehner, Ephesians: An Exegetical Commentary (Grand Rapids: Baker, 2002), 720-729. 70 Veja Blomberg, Neither Poverty nor Riches, 190-99. Cf. Ronald J. Sider, Rich Christians in an Age of Hunger, 4a ed. (Dallas: Word, 1997), 193-196.

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71 Em razão das características singulares, que se aplicam apenas a Cristo, alguns defendem a tese de que o hino se destina a funcionar como um exemplo. Mas isso altera radicalmente a situação. Para um histórico completo da interpretação, com conclusões equilibradas, veja Ralph P. Martin, A Hymn of Christ: Philippians 2:5-11 in Recent Interpretation and in the Setting of Early Christian Worship (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1997). 72 Veja Loveday Alexander, "Hellenistic Letter Forms and the Structure of Philippians", JSNT37 (1989): 87-101. 73 Veja Robert Jewett, Christian Tolerance (Filadélfia: Westminster, 1982). 74 Veja especialmente D. A. Carson, "Pauline Inconsistency: Reflections on 1 Corinthians 9.19-23 and Galatians 2.11-14" Churchman 100 (1986): 6-45. 75 F. F. Bruce, Paul: Apostle of the Heart Set Free (Grand Rapids: Eerdmans, 1977), 401. 76 Veja especialmente Willard Swartley, Slavery, Sabbath, War, and Women (Scottdale, Pa.: Herald, 1983). Mais recentemente, em um importante estudo de três questões parcialmente paralelas e altamente controversas, William J. Webb "Slaves, Women, and Homosexuals: Exploring the Hermeneutics of Cultural Analysis [Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 2001]) desenvole o que ele chama de uma hermenêutica de "movimento redentor". O principal do seu argumento é que assim como al­ guém pode rastrear o desenvolvimento do entendimento sobre vários tópicos, em sucessivas etapas de revelação do Antigo Testamento, assim como do Antigo Testamento para o Novo, também pode haver pontos em que a "trajetória" do pensamento bíblico sugere que os cristãos hoje devem ir além do ensinamento do Novo Testamento. Webb crê que os cristãos fizeram isso na questão da escravi­ dão. Ele mostra, de maneira convincente, que os dados bíblicos sobre a homosse­ xualidade não se encaixam em tal trajetória. A prática homossexual é igualmente condenada nos dois Testamentos. Mas ele crê que o ensinamento bíblico sobre as mulheres é mais semelhante àquele sobre a escravidão. Ele não interpreta o ensinamento bíblico sobre os papéis dos sexos, como promovendo a igualdade de direitos, como fazem as feministas bíblicas, mas vê o desenvolvimento do pensamento evoluindo em uma direção que apoiaria os cristãos de hoje indo além do Novo Testamento, para apoiar a total intercambiabilidade de papéis dos sexos, no lar e na igreja. Grande parte da obra de Webb é persuasiva, mas ainda permanecem algumas questões perturbadoras. Na realidade, não há texto bíblico sobre os papéis dos sexos análogo a 1 Coríntios 7.21. A Bíblia jamais encoraja as mulheres a se tornarem presbíteras ou líderes sobre seus maridos, se houver oportunidade. Se interpretarmos os textos essenciais sobre os papéis dos sexos, como declarando a qualidade complementar e não igualitária, nas palavras de Paulo, então será difícil ver onde aparece a trajetória do desenvolvimento, dentro

Notas

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do Novo Testamento, para justificar novos movimentos em uma direção que irá explicitamente além do Novo Testamento. 77 Veja especialmente Ben Witherington III, "Rite and Rights for Women — Gl. 3.28", NTS 27 (1981): 593,594. 78 Veja Blomberg, "Diversity of Literary Genres", 283-285. 79 Todas estas generalizações são de forma proposital designadas a serem suficien­ temente amplas de modo que arminianos e calvinistas de igual maneira pos­ sam concordar com elas. Para uma reconstrução convincente de como poderia ter sido a vida de um jovem judeu cristão em Roma nesta época, escrita como uma obra de ficção histórica, veja a obra de George H. Guthrie, Hebrews (Grand Rapids: Zondervan, 1998), 17,18. 80 Embora suas reivindicações ocasionalmente vão além do texto propriamente dito, Tamez (Tiago) faz uma interpretação atenta do texto de Tiago, com base em uma perspectiva liberacionista latino-americana, que cada cristão ocidental de classe média deve encarar. 81 Veja, respectivamente, John H. Elliott, A Home fo r the Homeless: A Sociological Exegesis o f I Peter, Its Situation and Strategy (Filadélfia: Fortress, 1981); e Bruce W. Winter, Seek the Welfare o f the City: Christians as Benefactors and Citizens (Grand Rapids: Eerdmans, 1994). Winter faz uma importante abordagem de 1 Pedro, mas também leva em consideração uma quantidade significativa do material de Paulo. 82 Sobre estes temas e correia tos, veja especialmente Richard Bauckham, The Theology o f the Book o f Revelation (Cambridge: Cambridge University Press, 1993). 83 Veja especialmente Grant R. Osborne, Revelation (Grand Rapids: Baker, 2002). 84 Para um fascinante estudo da especulação cristã sobre o Anticristo, ao longo da história cristã, veja Bernard McGinn, Antichrist: Two Thousand Years o f the Human Fascination with Evil (San Francisco: HarperSanFrancisco, 1994). 85 Para comparações úteis das posições sobre o milênio, veja Robert G. Clouse, ed., The Meaning o f the Millennium: Four Views (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1977); sobre a tribulação, veja Richard Reiter, ed., The Rapture and the Tribulation: Pré-, Mid-, or Post-tribulational (Grand Rapids: Zondervan, 1984). Sobre quatro abordagens ao livro do Apocalipse como um todo, com explicações de passa­ gem por passagem, veja C. Marvin Pate, ed., Four Views on the Book o f Revelation (Grand Rapids: Zondervan, 1998), que apresenta a perspectiva passada, idealista, e duas futuristas diferentes. 86 As bibliografias impressas de recursos essenciais rapidamente ficam obsoletas. Mas podemos ver as biografias do Antigo Testamento e do Novo Testamento, organizadas por divisões, atualizadas duas vezes ao ano, no Denver Journal, uma publicação online de resenhas de livros, acessíveis na página principal do Denver

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Seminary (www.denverseminary.edu). No entanto, recentemente duas excelen­ tes bibliografias foram publicadas: John Glynn, Commentary and Reference Survey, ed. rev. (Grand Rapids: Kregel, 2003); e David R. Bauer, An Annotated Guide to Biblical Resources fo r Ministry (Peabody, Mass.: Hendrickson, 2003).

Craig L. Blom berg (Ph.D ., University o f Aberdeen) é um distinto professor de Novo Testamento do Seminário de Denver, no Colorado, onde ele ensina há mais de quinze anos. Ele é autor e editor de mais de dez livros e regularmente dá palestras sobre o assunto em várias igrejas e instituições educacionais. Casado, tem duas filhas.

Q uestões c ru c ia is DO

Novo TESTAMENTO C r a i g L. B l o m b e r g

O Novo Testamento é historicamente confiável? Paulo foi o verdadeiro fundador do cristianismo? Como o cristáo deve aplicar o Novo Testamento à sua vida?

Com essas três questões cruciais, este livro procura tratar o Novo Testamento de uma forma diferente, através de uma abordagem pós-moderna que nós podemos classificar como “as chaves da compreensão do Novo Testamento”.

Questões Cruciais do Novo Testamento é um livro escrito por um respeitado professor do Novo Testamento do Seminário de Denver (EUA) com mais de quinze anos de experiência no assunto. Como a interpretação realiza muito pouco, a menos que conduza à aplicação, vale a pena você ter em casa um livro completo, que, além de tratar de assuntos tão importantes para o cristão da atualidade, ainda traz uma parte prática que certamente ajudará muitos leitores.

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