Quem Eram Os Saduceus e Os Fariseus
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Quem eram os saduceus e os fariseus?
Pergunta: "Quem eram os saduceus e os fariseus?´ Resposta: A Bíblia menciona freqüentemente os fariseus e saduceus, especialmente no Novo Testamento, já que Jesus estava em constante conflito com eles. Os fariseus e saduceus formavam a classe espiritual dominante de Israel. Há muitas semelhanças entre os dois grupos, assim como diferenças impo i mportantes. rtantes.
Os saduceus - Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, aqueles que eram saduceus eram aristocratas. Eles tinham a tendência de ser ricos e de ocupar cargos poderosos, poderosos, incluindo o cargo de primeiro sacerdote e de sumo sacerdote. Eles também ocupavam a maioria dos 70 lugares do conselho regente chamado de Sinédrio. Eles trabalhavam muito duro para manter a paz através de sempre seguir as decisões de Roma Roma (Israel nesta época estava sob o controle romano) e, na realidade, pareciam estar mais preocupados com a política do que com o religioso. Porque eles estavam sempre tentando acomodar os gostos de Roma, e porque eles eram ricos e da classe alta, eles não se relacionavam bem com o homem comum nem o homem comum os enxergava com alta estima. O homem comum se relacionava melhor com aqueles que pertenciam ao grupo dos fariseus. Embora os saduceus ocupassem a maioria dos lugares no Sinédrio, a história indica que a maior parte do tempo eles tinham que concordar com as idéias da minoria farisaica, já que os fariseus eram os mais populares com o povo. Religiosamente, os saduceus eram mais conservadores na área de doutrina do que os fariseus. fariseus. Os fariseus enxergavam a tradição oral como tendo autoridade igual à Palavra escrita de Deus, enquanto os saduceus consideravam apenas a Palavra Palavra Escrita como sendo de Deus. Os saduceus trabalhavam arduamente para preservar a autoridade da Palavra escrita de Deus, especialmente os livros de Moisés (Gênesis até Deuteronômio). Enquanto eles poderiam ser elogiados por isso, eles definitivamente não foram perfeitos em suas opiniões doutrinárias. doutrinárias. Segue S egue-se -se uma breve lista de suas crenças que contradizem as Escritura: 1. Eles eram extremamente auto-suficientes, ao ponto de negar o envolvimento de Deus na vida quotidiana. 2. Eles negaram qualquer ressurreição dos mortos (Mateus 22:23; Marcos 12:18-27; Atos 23:8). 3. Eles negaram qualquer vida depois da morte, defendendo a crença de que a alma perecia com a morte; eles acreditavam acreditava m que não há qualquer penalidade ou recompensa depois da vida terrena. 4. Eles negaram a existência de um mundo espiritual, ou seja, anjos e demônios (Atos 23:8). Porque os saduceus estavam mais preocupados com a política do que com a religião, eles não se preocuparam com Jesus até quando as coisas chegaram ao ponto de que Jesus iria chamar a atenção indesejada de Roma. Foi a esta altura que os fariseus e saduceus se uniram e planejaram que Cristo fosse morto (João 11:48-50; Marcos 14:53; Marcos 15:1). Outras passagens que mencionam os saduceus são Atos 4:1, Atos 5:17, e os saduceus foram implicados na morte de Tiago pelo historiador Flávio Josefo (Atos 12:1-2). Os saduceus deixaram de existir em 70 D.C. Já que este grupo existia por causa de seus laços
políticos e sacerdotais, quando Roma destruiu Jerusalém e o Templo em 70 D.C., os saduceus também foram destruídos. Os fariseus - Em contraste com os saduceus, os fariseus eram em sua maioria empresários de classe média e, por conseguinte, tinham contato constante com o homem comum. Os fariseus eram muito mais estimados pelo homem comum do que os saduceus. Apesar de serem uma minoria no Sinédrio, eles pareciam controlar o processo decisório do Sinédrio muito mais do que os saduceus, já que tinham o apoio do povo. Religiosamente, eles enxergava m a Palavra Escrita como inspirada por Deus. Na época do ministério terreno de Cristo, a Palavra Escrita teria sido o que é agora o nosso Antigo Testamento. No entanto, eles também enxergavam a tradição oral com a mesma autoridade e tentaram defender sua posição ao ar gumentar que estas tradições podiam ser traçadas de volta para Moisés. Isso era nada menos do que legalismo. Estas tradições tinham evoluído ao longo dos séculos. Estas tradições acrescentara m à Palavra de Deus, e isso era proibido (Deuteronômio 4:2; Apocalipse 22:18-19). Os fariseus procuravam obedecer rigorosa mente a estas tradições untamente com o Antigo Testamento. Os Evangelhos abundam com exemplos dos fariseus tratando essas tradições como sendo iguais à Palavra de Deus (Mateus 9:14, 15:1-9, 23:5, 23:16, 23; Marcos 7:1-23; Lucas 11:42) . No entanto, eles permaneceram fiéis à Palavra de Deus com referência a algumas outras doutrinas importantes. Em contraste com os saduceus, os fariseus acreditavam no seguinte: 1. Eles acreditavam que Deus controlava todas as coisas, mas que decisões tomadas por indivíduos também contribuíam para o que acontecia no curso da vida de uma pessoa. 2. Eles acreditavam na ressurreição dos mortos (Atos 23:6). 3. Eles acreditavam em uma vida depois da morte, com a devida recompensa e punição individual. 4. Eles acreditava m na existência de anjos e demônios (Atos 23:8). Apesar dos fariseus serem rivais com os saduceus, eles conseguiram colocar suas diferenças de lado em uma ocasião - o julgamento de Cristo. Foi neste ponto que os fariseus e saduceus se uniram para colocar Cristo à morte (Marcos 14:53, 15:1, João 11:48-50). Embora os saduceus tenham deixado de existir após a destruição de Jerusalém e do Templo por serem um grupo em grande parte de natureza política, os fariseus, os quais estavam muito mais preocupados com o estado religioso de Isra el, continuaram a existir muito além da destruição de Jerusalém. Na verdade, os fariseus eram contra a rebelião que causou a destruição de Jerusalém em 70 D.C, e foram os primeiros a fazer a paz com os romanos depois. Os fariseus também foram responsáveis pela compilação do Mishnah, um documento importante com referência à continuação do judaísmo após a destruição do lugar central de culto, o T emplo. Tanto os fariseus quanto os saduceus foram muito censurados por Jesus. Talvez a melhor lição que podemos aprender com os fariseus e saduceus é a de não ser como eles. Ao contrário dos saduceus, devemos acreditar em tudo o que a Bíblia diz, incluindo no supernatural e em vida após a morte. Ao contrário dos fariseus, não devemos tratar tradições como tendo igual autoridade com a Escritura, e não devemos permitir que o nosso relacionamento com Deus seja reduzido a uma lista legalista de regras e rituais.
Quem eram os fariseus, os saduceus, os essênios e os zelotes? No século I, na Palestina, surgiram alguns grupos entre a população judaica como conseqüência das diversas interpretações sobre as fontes e os modos de viver a religião de Israel. Nos tempos de Jesus, os mais apreciados pela maioria do povo eram os fariseus. Seu nome, em hebreu perushim, significa "os segregados". Dedicavam sua maior atenção às questões relativas à observância das leis de pureza ritual, inclusive fora do templo. As normas de pureza sacerdotal, estabelecidas para o culto, passaram a marcar para eles um ideal de vida em todas as ações da vida cotidiana, que ficava assim ritualizada e sacralizada. Junto à Lei escrita (Torah ou Pentateuco), foram recopilando uma série de tradições e modos de cumprir as prescrições da Lei, às quais se concedia cada vez um maior apreço até que chegaram a ser recebidas como Torah oral, atribuída também a Deus. Segundo suas convicções, essa Torah oral foi entregue junto com a Torah escrita a Moisés no Sinai e, dessa forma, ambas tinham idêntica força vinculante. Para uma parte dos fariseus, a dimensão política desempenhava uma função decisiva em seu posicionamento vital e estava ligada ao empenho pela independência nacional, pois nenhum poder estranho poderia se impor sobre a soberania do Senhor em seu povo. Estes eram conhecidos pelo nome de zelotes, que possivelmente foi dado por eles próprios, aludindo ao seu zelo por Deus e pelo cumprimento da Lei. Também pensavam que a salvação é concedida por Deus e estavam convencidos de que o Senhor contava com a colaboração humana para obter essa salvação. Essa colaboração se movia primeiro num âmbito puramente religioso, no zelo pelo cumprimento estrito da Lei. Mais tarde, a partir da década dos cinqüenta, consideravam que também havia de se manifestar no âmbito militar, razão pela qual não se podia recusar o uso da violência quando esta fosse necessária para vencer, nem se devia ter medo a perder a vida em combate, pois era como um martírio para santificar o nome do Senhor. Os saduceus, por sua vez, eram pessoas da alta sociedade, membros de famílias sacerdotais, cultos, ricos e aristocratas. Dentre eles haviam saído desde o início da ocupação romana os sumos sacerdotes que, nesse momento, eram os representantes judeus diante do poder imperial. Faziam uma interpretação muito sóbria da Torah, sem cair nas numerosas questões casuísticas dos fariseus, e portanto subestimavam o que esses consideravam como sendo a Torah oral. Em oposição aos fariseus, não acreditavam na vida após a morte, nem compartilhavam suas esperanças escatológicas. Não gozavam de popularidade nem do afeto popular, dos quais desfrutavam os fariseus, mas tinham poder religioso e político, pelo que eram muito influentes. Um dos grupos mais estudados nos últimos anos foi o dos essênios. Temos ampla informação sobre como viviam e quais eram suas crenças através de Flavio Josefo e, principalmente, pelos documentos em papiro e pergaminho encontrados em Qumrán, onde parece que se instalaram alguns deles. Uma característica específica dos essênios consistia no rechaço do culto que se fazia no templo de Jerusalém, já que era realizado por um sacerdócio que se tinha envilecido desde a época asmonéia. Em conseqüência, os essênios optaram por se separar dessas práticas comuns com a idéia de conservarem e restaurarem a santidade do povo num âmbito mais reduzido, o de sua própria comunidade. A ida de muitos deles a zonas desérticas tinha como objetivo excluir a contaminação que poderia se derivar do contato com outras pessoas. A renúncia em estabelecer relações econômicas ou em aceitar presentes não deriva de um ideal de pobreza, mas era simplesmente um modo de evitar essa contaminação com o mundo exterior, para salvaguardar a pureza ritual. Consumada sua ruptura com o
templo e o culto oficial, a comunidade essênia vê a si mesma como um templo imaterial que substitui transitoriamente o templo de Jerusalém, enquanto nele se siga realizando um culto que considera indigno.
Estudos
Bíblicos
Escribas, Doutores da Lei e Fariseus Saduceus e Fariseus Orlando Fedeli A invasão grega, no século IV A.C., trouxe novas complicações ao processo religioso que os judeus atravessavam. A dominação grega, graças à força e ao prestígio de sua cultura e de sua filosofia, pouco a pouco, influenciou largas e importantes camadas do povo judeu. Os vencidos tendem, apesar do ódio, a admirar os vencedores. Entre os judeus começou-se a adotar a língua, os modos de ser e os costumes dos gregos, mesmo quando alguns desses costumes eram contrários à Lei Mosaica. Diante do invasor cheio de prestígio, os judeus se dividiram. Formaram-se partidos. O partido dos saduceus mostrou-se aberto às influências estrangeiras, procurando conciliar judaísmo e helenismo, teologia hebraica e filosofia grega. Este partido teve forte penetração entre os sacerdotes. O partido fariseu, pelo contrário, opôs tenaz resistência aos costumes e ao pensamento grego, entrincheirandose na observância zelosa e rigorista da letra da Lei escrita e oral. A grande maioria dos escribas e doutores da Lei aderiu ao farisaismo e obteve o apoio quase total do povo judeu, graças ao prestígio moral e religioso que alcançaram. As principais diferenças doutrinárias entre saduceus e fariseus foram: 1ª. A questão da Ressurreição: Os fariseus admitiam a imortalidade da alma, a existência de uma recompensa e de um castigo após a morte, assim como a ressurreição dos corpos, depois de um juízo universal. Os saduceus, pelo contrário, negavam a ressurreição e a existência de uma vida eterna após a morte, afirmando que a alma perecia junto com o corpo. Nos Atos dos Apóstolos (XXIII,6) se lê que São Paulo se aproveitou dessa divergênc ia entre saduceus e fariseus para dividir o Sinédrio que ia julgá-lo. 2ª. Os anjos: Enquanto os fariseus acreditavam na existência dos anjos, os saduceus a negavam. 3ª. A questão do destino, (predestinação e livre- arbítrio). Os saduceus tendiam a dar mais importância ao livre-arbítrio do que à ação de Deus, através da graça, nas ações humanas. Os fariseus, em contraposição, davam tal importância à ação da providência divina, na decisão dos atos humanos, que alguns autores os acusam de defender a idéia do destino, isto é, que as ações humanas não são livres, dependendo unicamente do querer de Deus, sem cooperação do livrearbítrio humano. 4ª. A "Tradição dos Antigos" Os fariseus se distanciavam dos saduceus também na valorização da chamada "Tradição dos Antigos". Eles faziam a Lei Oral suplantar em valor e respeito até a própria Lei de Deus, codificada por Moisés. Diziam eles que a Torah Oral era o mais correto e perfeito desenvolvimento e expressão da Torah escrita. Os saduceus, de seu lado, não aceitavam as tradições farisaicas que não tivessem claro e certo apoio no texto da Escritura. Como testemunha Flávio Josefo, "os fariseus impuseram ao povo muitas leis provenientes da tradição dos Antigos, que não estavam escritas na Lei de Moisés" (Flávio Josefo,Antiguidades judaicas, XIII, 10, 6 ). 5ª. Posicionamento político
O partido saduceu era principalmente sacerdotal e aristocrático, enquanto os fariseus recrutavam seus membros nas classes populares. Os saduceus sempre mantiveram um posicionamento político-religioso, enquanto os fariseus sempre foram muito mais religiosos do que políticos. É absolutamente certo que os fariseus dominaram doutrinariamente as escolas rabínicas e eram eles que determinaram as principais opções religiosas do povo judeu. *** A redação da Mishnah foi realizada pelos mestres chamados Tannim ou Tanaítas, termo que deriva da palavra hebraica que significa ensinar ou transmitir (uma tradição). Os Tanaitas viveram entre o século I e o III depois de Cristo. A primeira tentativa de codificação da casuística rabínica é atribuída a Rabi Akiva (50-130), e uma segunda, a Rabi Meir (entre 130 a 160 D.C.). A compilação definitiva da Mishnah se deve ao famoso Rabi Yehudah Ha-Kadosh (o santo), intitulado também de Yehudah, o Príncipe, ou o Patriarca, no século II D.C., já que esse rabino viveu entre 135 a 220 D.C. Ele foi sucessor de Gamaliel II, na liderança de uma das escolas rabínicas. Evidentemente, a Mishnah de Rabi Yehudah reflete sua doutrina. Diz-se que ele tendia mais para o racionalismo do que para o misticismo. Daí ter ele eliminado da sua codificação as interpretações místicas da Lei que, vieram a formar a Baraita (material externo ou excluído) e a Tossefta (suplemento ou adição). Atribui-se a Tossefta a Hiia bar Abba, amigo e discípulo de Rabi Yehudah. Deve-se distinguir a Tossefta dos Tosaphot, explicações acrescentadas ao Talmud de Babilônia pelos doutores judeus dos séculos XII e XIII de nossa era. A Mishnah apresenta a substância da Torah Oral e se divide em seis partes, os Sedarim, as quais, por sua vez dividem-se em tratados. As seis partes da Mishnah são: A-
Zeraim (Sementes): versa sobre questões agrícolas, colheitas, partes atribuídas aos sacerdotes, etc.
B - Moed ( Festas). C - Nashim (Mulheres). D - Nezikim (Prejuízos,danos): trata do direito de propriedade, indenizações, processos legais para
reparações. E - Kodashim ( Ofertas de sacrifícios). F - Tohoroth (purificações): versa sobre as complicadas leis de purificação. A Mishnah pretendia ter a mesma fundamentação que a Torah de Moisés e, como já mencionamos, uma força para obrigar ainda maior do que a da Lei revelada. Não se admitia que pudesse haver contradição entre a Torah e a Mishnah, embora esta última não precisasse ter apoio em um texto determinado da Escritura. As leis da Tradição dos Antigos contidas na Mishnah são chamadas de Halakhoth, termo que significa via, caminho, norma que deve ser seguida porque é um costume deduzido da Escritura por um doutor ou pelo consenso dos Doutores ou Antigos Sábios. Pode-se distinguir : a) Os Halakhoth atribuídos a Moisés. b) Os Hallakhoth propriamente ditos, conjunto das leis tradicionais elaboradas pelos escribas e .doutores
da Lei. c) as ordenações dos escribas Enquanto os Halakhoth visam expor ou definir uma lei tradicional, a chamada Haggadah, termo que significa narração, é constituída por comentários expondo e intrepretando a Escritura, tendo em vista a edificação da alma do judeu. Tais comentários não são muito encontrados na Mishnah, aparecendo em geral no final de alguns tratados. A Haggadah analisa o texto da Escritura, fazendo relações com outros passos, interpretando-os de modo alegórico, mais do que buscando o sentido literal e primeiro do texto. Sendo a Hallakhah uma codificação da lei costumeira e da jurisprudência rabínica, dado também seu caráter tradicional, consideravam os fariseus que ela jamais poderia ser definitivamente concluída, pois sempre se agregariam novas regras. Por outro lado, eles afirmavam ainda que a Hallakhah era imutável, daí sua preocupação em guardá-la, primeiro de memória, e depois codificá-la. É evidente que a codificação feita pelos Rabinos se fundamentava numa doutrina que só pode ter sido a dos fariseus.
Ora, é certo que, quando a Toral Oral começou a se formar nas sinagogas, em tempos anteriores ao nascimento de Cristo, já existia entre os escribas (Sofer) e os doutores da Lei uma doutrina secreta . Prova disto é que na Mishnah se lê : "Os graus proibidos [Cfr Lev. XVIII, 6-18; graus de parentesco que eram impedimentos para o casamento, e que tornavam a relação sexual incestuosa] não podem ser expostos diante de três pessoas, nem a história da criação diante de duas pessoas, nem a Merkabah [visão do carro de Deus em Ez, I,4] diante de uma só pessoa, a não ser que ela seja um Sábio que compreende com seu próprio entendimento" ( Mishnah , Hagigah, II, 1). Gershom Scholem, o grande especialista na Kabbalah afirma: "Sabemos que já no período do segundo Templo, uma doutrina esotérica era ensinada em círculos farisaicos. O primeiro capítulo do Gênesis, a história da Criação (Maassei Bereshit) e o primeiro capítulo de Ezequiel, a visão do trono-carruagem de Deus (Maassei Merkabah)- eram os temas favoritos de uma discussão e intrepretação que aparentemente não convinha tornar pública" (G.G. Scholem, A mística judaica, Perspectiva, São Paulo, 1972, pp. 41-42). E esse mesmo autor, de autoridade indiscutida, considera que a mística da Merkabah - que vai ser uma das raízes da Kabbalah medieval - já tinha nascido nos tempos de Rabi Akiva (Séc. I e II D.C.) e que essa mística era , sem dúvida gnóstica. "The logical conclusion seems to be, given the historical circumstances, that, initially, Jewish esoteric tradition absorbed Hellenistic elements similar to those we actually find in Hermetic writings. Such elements entered Jewish tradition before Christianity developped, or at any rate before Christian Gnosticism as a distinctive force came into being. Later, when Judaism and Christianity finally parted ways, these elements, whose development, once borrowed, had been within and in the manner of a distinctly Jewish esoterism, were taken over into Christianity and into early Gnostic circles, rather than the reverse" (G.Scholem, Jewish Gnosticism, Merkabah Mysticism and Talmudic Tradition, The Jewish Theological Seminary of America, New York, 5725-1965, p. 34). Foram exatamente as doutrinas sobre o Bereschit e sobre a Merkabah que deram origem às teses gnósticas fundamentais da Kabbalah medieval. É claro que, nos tempos rabínicos, essas doutrinas ainda não tinham adquirido o desenvolvimento que depois apresentaram. Porém, desde a sua introdução nas escolas da velha Sinagoga, elas continham já, certamente, os princípios fundamentais que desabrochariam posteriormente, provavelmente já nos tempos de Cristo, em gnose elaborada. É o que conclui também A. E. Waite ao escrever: "O ponto de partida (para a formação da Kabbalah) tem sido colocado por um criticismo moderado, antes do nascimento de Cristo" ( A. E. Waite, The Holy Kabbalah , University Books, Secaucus, New Jersey, 1975, p. 26). Por tudo isso, fica bem claro o porquê o profeta Jeremias asseverou contra os escribas: "Como dizeis: µSomos sábios e a Lei do Senhor está conosco¶? Verdadeiramente, o ponteiro mentiroso dos escribas gravou a mentira" (Jer. VIII,8).
Saduceus Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa (grego: Saddoukaios ; hebraico: bnê Sadôq, sadoquitas) é a designação da segunda escola filosófica dos judeus, ao lado dos fariseus. Saduceus
Também para esta seita ou partido é difícil determinar a origem. Sabemos que existiu nos últimos dois séculos do Segundo Templo, em completa discórdia com os fariseus. O nome parece proceder de Sadoc, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da constituição de Ezequiel devia ser a única família a exercer o sacerdócio na nova Judéia. De modo que, dizer saduceus era como dizer "pertencentes ao partido da estirpe sacerdotal dominante". Diferiam dos fariseus por não aceitarem a tradição oral. Na realidade, parece que a controvérsia entre eles foi uma continuação dessa hostilidade que havia começado no templo dos macabeus, entre os helenizantes e os ortodoxos. Com efeito, os saduceus, pertencendo à classe dominadora, tendo a miudo contato com ambientes helenizados, estavam inclinados a algumas modificações ou helenizações. O conflito entre estes dois partidos foi o desastre dos últimos anos da Jerusalém judia. Suas doutrinas são quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. A Bíblia afirma que eles não criam na ressurreição, tendo até tenta do enlaçar Jesus com uma pergunta ardilosa sobre esse conceito. Com muita probabilidade, ainda que rechaçando a tradição farisaica, possuiram uma doutrina relativa à interpr etação e à aplicação da lei bíblica. O único que nos oferece alguns dados sobre suas doutrinas é Flávio Josefo que, por ser fariseu e por haver escrito para o público greco-romano, não é digno de muita confiança. Parece provável que as divergências entre saduceus e fariseus foram mais que dogmáticas, foram jurídicas e rituais. Com a queda de Jerusalém, a seita dos saduceus extinguiu-se. Ficaram porém suas marcas em todas as tendências anti-rabínicas dos primeiros séculos (D.C.) e da época medieval.
Fariseus Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Fariseu
(do hebraico ) é o nome dado a um grupo de judeus devotos à Torá, surgidos no século II a.C.. Opositores dos saduceus, criam uma Lei Oral, em conjunto com a Lei escrita, e foram os criadores da instituição da sinagoga. Com a destruição de Jerusalém em 70 d.C. e a queda do poder dos saduceus, cresceu sua influência dentro da comunidade judaica e se tornaram os precursores do judaísmo rabínico.A palavra Fariseu tem o significado de "separados", " a verdadeira comunidade de Israel", "santos".
Sua oposição ferrenha ao Cristianismo rendeu-lhes através dos tempos uma figura de fanáticos e hipócritas que apenas manipulam as leis para seu interesse. Esse comportamento deu origem à ofensa "fariseu", comumente dado às pessoas dentro e fora do Cristianismo, que são julgados como religiosos apar entes.
Índice [esconder] y y y y
1 Origens e história 2 Máximas 3 Ver também 4 Ligações Externas
[editar] Origens e história A origem mais próxima do nome f ariseu está no latim pharisaeus, que por sua vez deriva do grego antigo , assenta do no hebraico prushim . Esta palavra vem da raiz parash que basicamente quer dizer "separar", "afastar". Assim, o nome prushim ou perushim é normalmente interpretado como "aqueles que se separaram" do resto da população comum para se consagrar o estudo da Torá e das suas tradições. Todavia, sua separação não envolvia um ascetismo, já que julgavam ser importante o ensino à população das escrituras e das tradições dos pais. A origem mais provável dos perushim é que tenham surgido do grupo religioso judaico chamado hassidim (os piedosos), que apoiaram a revolta dos macabeus (168-142 a.C.) contra Antíoco IV Epifânio, rei do Império Selêucida, que incentivou a eliminação de toda cultura não-grega através da assimilação forçada e da proibição de qualquer fé particular. Uma parte da aristocracia da época e dos círculos dos sacerdotes apoiaram as intenções de Antíoco, mas o povo em geral, sob a liderança de Yehudah Makkabi (Judas Macabeu) e sua família revoltou-se. Os judeus conseguiram vencer os exércitos helênicos e estabelecer um reino judaico independente na região entre 142 a.C.- 63 a.C., quando então foram dominados pelos romanos. Durante este período de 142-63 a.C., a família dos macabeus estabeleceu-se no poder e iniciou uma nova dinastia real e sacerdotal, dominando tanto o poder secular como o religioso. Isto provocou uma série de crises e divisões dentro da sociedade israelita da época, visto que pela suas origens os Macabeus (também conhecidos pelo nome de família como Asmoneus) não eram da linhagem de Davi, não podendo assim ocupar o trono de Israel, e também não eram da linhagem sacerdotal araônica. Grupos reacionários apareceram dentro da sociedade judaica, tentando restabelecer o seu prestígio e poder, ou pelo menos o que eles consideravam como certo segundo a Lei e tradições judaicas. Assim, foi nesta época que provavelmente apareceram: 1) Os tzadokim (saduceus), clamando ser os legítimos descendentes de Tzadok e portanto os legítimos detentores do sumo-sacerdócio e da liderança r eligiosa em Israel; 2) os perushim ( f ariseus), oriundos dos hassidim que, geralmente, desiludidos com a política, voltaram-se para a vida religiosa e estudo da Torá, esperando pela vinda do Messias e do reino de Deus; 3) e os Essênios, oriundos provavelmente também dos "Hassidim" e
de um grupo de sacerdotes descontentes com a situação que se afastaram da sociedade judaica em geral e foram viver uma vida de total consagração ao Criador na região do deserto a fim de preparar o caminho para a vinda do Rei Messias . Os perushim agrupavam-se em "havurot", associações religiosas que tinham os seus líderes e suas assembléias, e que tomavam juntos as suas refeições. Segundo Flávio Josefo, historiador judeu do 1º século d.C., o número de perushim na época era de pouco mais de seis mil pessoas (Antigüidades Judaicas 17, 2, 4; § 42). Eles estavam intimamente ligados à liderança das sinagogas, ao seu culto e escola s. Eles também participavam como um grupo importante, ainda que minoritário, do Sinédrio, a suprema corte religiosa e política do Judaísmo da época. Muitos dentre os "perushim" tinham a profissão de so f er (escriba), ou seja, a pessoa responsável pela transmissão escrita dos manuscritos e da interpretação dos mesmos. Duas esc olas de interpretação religiosa se desenvolveram no seio dos perushim e se tornaram famosas: a escola de Hillel e a escola de Shammai. A escola de Hillel era considerada mais "liberal" na sua interpretação da Lei, enquanto a de Shamai era mais "estrita". O cristianismo perpretou através da história uma visão estereotipada dos "perushim" junto aos escribas e saduceus, como os adversários de Jesus, que ataca duramento seu orgulho, sua avareza, sua hipocrisia e, sobretudo, o perigo de crer que a salvação vem da lei. No entanto os "perushim" eram uma seita de grande influência em Israel devido ao ensino religioso e político. Aceitavam a Torá escrita e as tradições da Torá oral, na unicidade do Criador, na ressurreição dos mortos, em anjos e demônios, no julgamento futuro e na vinda do rei Messias. Eram os principais mestres nas sinagogas, o que os favoreceu como elemento de influência dentro do judaísmo após a destruição do Templo. São precursores por suas filosofias e idéias do judaísmo rabínico.
[editar] Máximas y y y y y
y y y y
y y
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"A verdade é o selo de Deus " "Mais que toda ação religiosa, Deus quer um coração puro " "Toda oração deve ser precedida por um ato de caridade " "Aquele que comete uma falta em segredo, nega a onipotência de Deus " "Se Deus reserva a recompensa das boas ações para o mundo futuro é com o fim de que os homens ajam neste mundo por convicção e não por interesse " "Sêde dos discípulos de Arão, amai a paz e sacrificai tudo para mantê-la " "Não julgues teu próximo até que te encontres no lugar dele" "Julgai todo mundo com indulgência" "Não envergonhai o próximo em público, porque isso poderia custar-lhe a vida e seríeis um criminoso" "Mais vale estar entre os perseguidos que entre os perseguidores" "Não te metas em nenhum assunto do qual possa resultar condenado à morte ainda que culpado" "Ditoso o homem que sai deste mundo, limpo e sem pecado, como entrou " "Grande perigo é substituir Deus do coração por um coração de deus"
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