QI Apostila - Administração Financeira - 2014-2

November 12, 2017 | Author: Jean Marcus | Category: Investing, Accounting, Working Capital, Economics, Profit (Economics)
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Administração Financeira

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

QI ESCOLAS E FACULDADES CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

2º Ciclo

Versão 2014/2

Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos

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SUMÁRIO

AULA 1 ................................................................................................................... 5 1 INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – FINANÇAS EMPRESARIAS .... 5 2 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ................................................... 6 3 DEFINIÇÃO DE FINANÇAS .................................................................................. 6 3.1 Agentes Econômicos.......................................................................................... 6 3.1.1 Indivíduos ................................................................................................................. 6 3.1.2 Empresas.................................................................................................................. 6 3.1.3 Governos ................................................................................................................... 6

3.2 Fluxo das Finanças ........................................................................................... 7 3.3 Funções das Finanças....................................................................................... 7 3.3.1 Financiamentos ........................................................................................................ 7 3.3.2 Fundos ...................................................................................................................... 7 3.3.3 Investimentos ........................................................................................................... 7

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4 FUNÇÕES E OBJETIVOS DO GERENTE FINANCEIRO ........................................ 7 4.1 Liquidez ............................................................................................................ 8 4.2 Rentabilidade .................................................................................................... 8 4.3 Planejamento Financeiro ................................................................................... 8 4.4 Administração do Capital Fixo ou Permanente .................................................. 8 4.5 Funções Rotineiras ........................................................................................... 8 4.5.1 Relações Bancárias .................................................................................................. 8 4.5.2 Política de Crédito ..................................................................................................... 8 4.5.3 Alternativas de Investimentos .................................................................................. 9 4.5.4 Transações Imobiliárias ........................................................................................... 9

4.6 Dilema do Gerente Financeiro ........................................................................... 9 4.6.1 Liquidez (envolve aspecto financeiro) ....................................................................... 9 4.6.1.3 Rentabilidade (envolve aspecto econômico) ........................................................... 9

5 DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E A CONTABILIDADE ...... 10 5.1 Administração Financeira ............................................................................... 10 5.2 Contabilidade .................................................................................................. 10 6 TIPOS DE INVESTIMENTOS............................................................................... 11 6.1 Tipos e Características dos Investimentos ....................................................... 11 7 REVISÃO DE CONTABILIDADE BÁSICA ............................................................ 12 7.1 Balanço Patrimonial ........................................................................................ 12 7.1.1 Balanço Patrimonial Simplificado (modelo básico) ................................................. 13

7.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) .............................................. 14 AULA 2 ................................................................................................................. 15 8 ANÁLISES ECONÔMICO-FINANCEIRAS ............................................................. 15 8.1 Conceito Análise Econômico-Financeiras ........................................................ 15

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8.2 Objetivos das Análises Econômico-Financeiras ............................................... 15 8.3 Métodos de Análise ......................................................................................... 15 8.3.1 Quociente ................................................................................................................ 16 8.3.2 Coeficiente ou percentagem .................................................................................... 16 8.3.3 Índice ...................................................................................................................... 16 8.3.4 Diferença Absoluta ................................................................................................. 16

9 ANÁLISE FINANCEIRA ....................................................................................... 17 9.1 Conceitos e Particularidades ........................................................................... 17 9.2 Liquidez .......................................................................................................... 18 9.3 Solvência......................................................................................................... 18 9.4 Sistemática de Cálculo .................................................................................... 19 10 ANÁLISE VERTICAL ......................................................................................... 19 10.1 Conceito ........................................................................................................ 19 10.2 Objetivo......................................................................................................... 19

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10.3 Característica ................................................................................................ 20 10.4 Metodologias de Cálculo ................................................................................ 20 11 ANÁLISE HORIZONTAL .................................................................................... 20 11.1 Conceito ........................................................................................................ 20 11.2 Objetivos ....................................................................................................... 20 11.3 Características .............................................................................................. 20 11.4 Metodologia de Cálculo ................................................................................. 21 12 ANÁLISE ECONÔMICA ..................................................................................... 22 12.1 Conceito e Particularidades ........................................................................... 22 12.2 Objetivos ....................................................................................................... 22 12.3 Fontes de Informações .................................................................................. 22 12.4 Aspectos Avaliativos ...................................................................................... 22 AULA 3 ................................................................................................................. 24 13 ANÁLISE FINANCEIRA CURTO PRAZO - FLUXO DE CAIXA ............................. 24 13.1 Avaliação da Capacidade Financeira em Curto Prazo .................................... 26 13.2 Cálculos dos Indicadores Financeiros de Curto Prazo.................................... 29 13.3 Interpretação dos Resultados ........................................................................ 33 AULA 4 ................................................................................................................. 34 14 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FINANCEIRA EM LONGO PRAZO ..................... 34 Vamos Praticar... .................................................................................................. 38 14.1 Cálculos dos Indicadores Financeiros de Longo Prazo ................................... 39 14.1.1 - Interpretação dos Resultados ............................................................................. 43

AULA 5 ................................................................................................................. 44

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ANÁLISE VERTICAL ...................................................................................... 44

14.2 Conceito ........................................................................................................ 44 14.3 Objetivo......................................................................................................... 44 14.4 Procedimentos de Cálculo ............................................................................. 44 14.4.1 Identificação Percentual dos Elementos ............................................................... 44

14.5 Práticas de Análise Vertical – DRE e BALANÇO PATRIMONIAL...................... 45 OBS.: veja exemplo na vídeo-aula (Deduções / ROB x 100). ........................................... 45 14.5.1 Cálculos de Percentuais das Contas de Resultado – DRE ................................... 46 14.5.2 Interpretação dos dados percentuais das Contas de Resultado – DRE ............... 47 14.5.3 Interpretação dos dados percentuais das Contas Patrimoniais - BP .................. 50 14.5.4 ATIVO ................................................................................................................... 50 14.5.5 – PASSIVO ............................................................................................................ 51 OBS.: veja exemplos na vídeo-aula: ................................................................................ 52 Clientes /ativo circulante x 100 ....................................................................................... 52 Ativo circulante / ativo total x 100. ................................................................................. 52

AULA 6 ................................................................................................................. 53

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15 ANÁLISE HORIZONTAL .................................................................................... 53 15.1 Conceito ........................................................................................................ 53 15.2 Objetivo......................................................................................................... 53 15.3 Procedimentos de Cálculo - Igualdade dos Valores Monetários ...................... 53 15.4 Práticas de Análise Horizontal – DRE e BALANÇO PATRIMONIAL ................. 55 15.5 Interpretação dos Dados Percentuais das Contas de Resultados – DRE ........ 57 15.6 Interpretação dos dados percentuais das Contas Patrimoniais - BALANÇO PATRIMONIAL ....................................................................................................... 61 15.6.1 ATIVO ................................................................................................................... 61 15.6.2 PASSIVO ............................................................................................................... 62

AULA 7 ................................................................................................................. 64 16 ANÁLISE ECONÔMICA - LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE ....................... 64 16.1 Conceituações ............................................................................................... 64 16.2 Fonte de Informações .................................................................................... 65 16.2.1 Lucratividade........................................................................................................ 65 16.2.2 Indicadores Econômicos ....................................................................................... 65 16.2.3 Rentabilidade ....................................................................................................... 67

16.3 Situação Prática – Lucratividade e Rentabilidade .......................................... 68 16.3.1 Interpretação dos Resultados da Lucratividade................................................... 71 16.3.2 Interpretação dos Resultados da Rentabilidade .................................................. 73

AULA 8 ................................................................................................................. 75 17 ANÁLISE ECONÔMICA - TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO ........ 75 17.1 Situação Prática – Taxa de Retorno sobre o Investimento .............................. 79 1.1.2.1 Interpretação dos Resultados .............................................................................. 82

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 83

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AULA 1 1 INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – FINANÇAS EMPRESARIAS

Atualmente

as

organizações

estão

cada

vez

mais

voltadas

a

atender

sobremaneira as mudanças de necessidades de seus atuais e futuros clientes, aliado, ainda, às constantes evoluções tecnológicas que vem transformando as rotinas operacionais. A administração financeira não poderia deixar de evoluir neste contexto, pois sua interferência no crescimento e desenvolvimento das organizações é essencial, considerando a sua participação direta no que diz respeito a viabilidade de

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investimentos, independentemente do mercado de atuação. Dentro desta ótica ela exige cada vez mais que seus profissionais conheçam as necessidades de um mercado novo e em crescimento, devendo estar preparados para tomar as decisões fundamentais para o sucesso organizacional. Daí que o ato de gerenciar envolve as quatro funções elementares da Administração e visa à obtenção de lucro.

PLANEJAR

ORGANIZAR

LUCRO

CONTROLAR

DIRIGIR

Figura 1 - Esquema de Funções Básicas da Administração

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2 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Zdanowicz (2006), expressa com clareza o conceito de administração financeira, como sendo a captação dos recursos necessários e a sua eficiente aplicação para que a empresa possa operar de acordo com os objetivos e metas estabelecidos por seus administradores. 3 DEFINIÇÃO DE FINANÇAS Podemos definir finanças como a parte da administração que controla os movimentos financeiros ocorridos entre os principais agentes econômicos.

3.1 Agentes Econômicos

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Os agentes econômicos envolvem as empresas, os indivíduos e os governos que estão em constante interação entre si, recebendo, gastando ou investindo recursos. Utilizando, na maioria das vezes, as instituições financeiras como intermediários neste processo.

3.1.1 Indivíduos Remunerados pelas empresas, retornam parte destes recursos pelo consumo dos produtos produzidos pelas empresas, e outra parte, repassam para o governo através de impostos.

3.1.2 Empresas Geram receitas pela comercialização de seus produtos, em contrapartida, desembolsam recursos com a remuneração dos indivíduos, com gastos na transformação, se indústria, ou aquisição de mercadorias, se comércio, nos investimentos e no pagamento de impostos ao governo.

3.1.3 Governos Arrecadam recursos via cobrança de impostos, gerando gastos com a remuneração do funcionário público e investem em infraestrutura em prol da população.

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3.2 Fluxo das Finanças

Figura 2 - Fluxo de Finanças

3.3 Funções das Finanças

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As funções das finanças dentro das estruturas empresariais centralizam-se em três decisões fundamentais:

3.3.1 Financiamentos Relativo às formas de captação de recursos longo prazo, normalmente de terceiros, ou seja, fontes externas à empresa, usadas no mais das vezes para aquisição de bens de uso duráveis.

3.3.2 Fundos São as formas de captação de recursos de curto prazo, mais usual, decorrentes da atividade fim ou do processo produtivo da organização identificado como fontes internas, usadas essencialmente para o capital de giro da empresa.

3.3.3 Investimentos Estabelecendo quais as melhores alternativas para o sucesso organizacional.

4 FUNÇÕES E OBJETIVOS DO GERENTE FINANCEIRO Os gestores ou gerentes financeiros administram ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, sejam elas financeiras ou não financeiras, grandes ou pequenas, privadas ou públicas. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais como:

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4.1 Liquidez Acompanhar a disponibilidade de recursos financeiros diários da organização, visando honrar os compromissos assumidos com terceiros (capacidade de pagamento). Ex.: Verificar diariamente os saldos bancários disponíveis nas contas correntes da empresa, visando identificar o montante de recursos financeiros para pagar as dívidas com vencimento naquele dia.

4.2 Rentabilidade Acompanhar os resultados obtidos pela empresa (capacidade de gerar lucro), visando à remuneração dos recursos financeiros investidos pelos sócios ou

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investidores. Ex.: Identificar se as vendas efetuadas estão com a margem de lucro projetada para o produto a ser comercializado.

4.3 Planejamento Financeiro Envolve as projeções dos fluxos de receitas (vendas, entradas), custos e despesas (gastos, custos, saídas) operacionais a serem ocorridas em determinados períodos futuros. Ex.: Elaboração do Fluxo de Caixa semanal ou mensal.

4.4 Administração do Capital Fixo ou Permanente Controlam as conservações, manutenções ou aquisições das máquinas, equipamentos e bens imóveis ou móveis existentes na organização. Preservação dos bens para um melhor aproveitamento. Ex.: Controle e manutenção dos bens fixos da empresa, tais como: veículos, máquinas e equipamento e móveis e utensílios.

4.5 Funções Rotineiras 4.5.1 Relações Bancárias Relativas à aquisição de empréstimos ou financiamentos junto a instituições financeiras, bem como buscar as menores taxas de juros para minimizar os gastos financeiros. Ex.: Contatar os bancos visando efetuar uma operação de Desconto de Duplicatas para antecipação de recebíveis.

4.5.2 Política de Crédito Está relacionado à concessão ou não de crédito a seus clientes em suas vendas. Ex.: Avaliar em quantas parcelas a empresa pode financiar seus clientes. Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos

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4.5.3 Alternativas de Investimentos Envolve a decisão sobre em que ativos (tangíveis e intangíveis) a empresa deve investir. Ex.: Aquisição de uma nova máquina de produção de bens, verificando se seus investimentos trarão o retorno esperado.

4.5.4 Transações Imobiliárias Envolve as relações comerciais junto ao segmento imobiliário. Ex.: Compra ou venda ou aluguel de imóveis para a empresa.

4.6 Dilema do Gerente Financeiro

FINANCEIRA (LIQUIDEZ)

OPERACIONAL REAL

CAPACIDADE ECONÔMICA (RENTABILIDADE)

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LUCRO

Figura 3 - Dilema do Gerente Financeiro

4.6.1 Liquidez (envolve aspecto financeiro) É a capacidade que a empresa possui ou não em pagar seus compromissos em dia junto a terceiros, sendo dividido em dois tipos de Liquidez: A. Liquidez Técnica ou Operacional é a capacidade que a empresa possui em honrar seus compromissos em dia com terceiros, através de seu processo operacional; B. Liquidez Real é a capacidade financeira que a empresa possui em honrar seus compromissos em dia com terceiros, através da venda e um ou mais itens do ativo fixo.

4.6.1.3 Rentabilidade (envolve aspecto econômico) É a capacidade que a empresa possui de gerar lucro ou desempenho positivo.

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5 DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E A CONTABILIDADE Apesar dos gestores financeiros utilizarem os demonstrativos contábeis para realizarem suas analises e avaliações, e, em algumas vezes, tomarem a decisão baseados nestes relatórios, existem uma diferença significativa destas duas áreas na estrutura das organizações.

5.1 Administração Financeira A Administração Financeira tem como finalidade a sustentação das atividades da empresa, envolvendo o planejamento e o controle das entradas e saídas de recursos. Adota o REGIME DE CAIXA (foco no movimento dos recursos que entram no caixa da empresa), ou seja, reconhecendo as receitas, os custos e as despesas

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somente quando efetivamente ocorrerem no caixa da organização.

5.2 Contabilidade A principal finalidade da contabilidade será de registrar os fatos contábeis que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas das organizações, reconhecendo as receitas auferidas pela empresa no momento da venda do produto, mercadoria ou serviço e as despesas quando efetivamente ocorrerem (independente de ter entrado o recurso no caixa no caixa). Ex.: venda à prazo. Adota o REGIME DE COMPETÊNCIA. Quadro 1 - Administração Financeira X Contabilidade

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CONTABILIDADE

REGIME DE CAIXA

REGIME DE COMPETÊNCIA

Relevante quando efetivamente recebidos ou pagos pelo caixa da empresa.

Fato registrado na data da efetiva venda ou compra.

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6 TIPOS DE INVESTIMENTOS Outro tema que faz parte do cotidiano da gestão financeira de uma empresa diz respeito aos investimentos dos quais a empresa poderá utilizar acordo com suas necessidades.

6.1 Tipos e Características dos Investimentos Figura 4 - Tipos e Características de Investimentos

•ALTA LIQUIDEZ •BAIXA RENTABILIDADE •MÉDIA SEGURANÇA

POUPANÇA

AÇÕES

•ALTA LIQUIDEZ •ALTA RENTABILIDADE •BAIXA SEGURANÇA (varia de acordo com o mercado).

IMÓVEIS

•BAIXA LIQUIDEZ •ALTA RENTABILIDADE •ALTA SEGURANÇA (varia de acordo com a localização)

VEÍCULO

•BAIXA LIQUIDEZ •BAIXA RENTABILIDADE •BAIXA SEGURANÇA

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

•BAIXA LIQUIDEZ •ALTA RENTABILIDADE •ALTA SEGURANÇA

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 Liquidez: trata-se de um investimento líquido de fácil vendagem, fácil solvência, isto

é,

pode

ser

rapidamente

trocado

por

moeda.

Sempre

voltado

à

transformação em dinheiro.  Rentabilidade: faz referência ao fato de que um investimento é rentável quando tem um alto retorno sobre o capital investido. Um algo a mais sobre aquilo que foi investido, mesmo que em alguns centavos.  Segurança: faz associação ao grau de risco, que ao ser minimizado, oferecerá menores chances de “perda” do investimento. Tranquilidade quanto aos

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aspectos da liquidez e rentabilidade.

Lembrete: Um negócio raramente será atendido por todas as caraterísticas supracitadas.

7 REVISÃO DE CONTABILIDADE BÁSICA Conceito de Contabilidade: é a ciência que registra os movimentos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas das organizações. Patrimônio: Sob o ponto de vista contábil, é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa qualquer (física ou jurídica) que constitui um

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meio indispensável para que esta realize seus objetivos.  Os bens e direitos representam os aspectos POSITIVOS do patrimônio (aquilo que a pessoa TEM), por isso a chamamos de ATIVO.  As obrigações representam os aspectos NEGATIVOS do patrimônio (aquilo que a pessoa DEVE), por isso a chamamos de PASSIVO.  A diferença entre o Ativo e o Passivo representa o PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) de uma determinada pessoa.

7.1 Balanço Patrimonial Quadro 2 - Estrutura Básica Balanço

Ativo Bens

Passivo Obrigações Patrimônio Líquido (PL)

Direitos Recursos Próprios

 Ativo: O Ativo compreende os bens e os direitos da entidade (patrimônio bruto da entidade). Representa as aplicações de recursos e suas contas serão dispostas em ordem decrescente de acordo com o seu nível de liquidez.  Passivo: O passivo compreende as obrigações da entidade perante terceiros. Representa as contas de recursos de terceiros aplicados na organização (origem

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de recursos) e suas contas serão colocadas em ordem decrescente de acordo com o grau de exigibilidade ou aquele que vencer primeiro.

 Patrimônio Líquido: Representa a diferença entre o Ativo (bens e direitos) e o Passivo (obrigações) de uma pessoa física ou jurídica. Representa as contas de recursos próprios investidos na organização e suas contas serão demonstradas em ordem decrescente de importância de obrigação junto aos investidores, ou seja: Capitais, Reservas e Lucros.  Conta: É através das contas que a contabilidade consegue desempenhar o seu papel. Por isto elas devem ser tratadas com seriedade pelos contadores e empresários. Todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis pela sua gestão, como as compras, as vendas, os pagamentos, os recebimentos, são registrados em livros próprios através das contas.

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7.1.1 Balanço Patrimonial Simplificado (modelo básico) Quadro 3 - Balanço Patrimonial Simplificado

ATIVO CIRCULANTE Caixa Banco conta Corrente Clientes a Receber Duplicatas a Receber Estoque de Mercadorias Despesas Pagas Antecipadamente NÃO CIRCULANTE Realizável em Longo Prazo Valores a Receber em Longo Prazo Adiantamentos a Diretores Investimentos Participações em Sociedade Controladas Obras de Arte Imobilizado Imóvel Veículos Móveis e Utensílios (-) Depreciações e Amortizações Intangível Marcas e Patentes Desenvolvimento de Novos Produtos SOMA DO ATIVO

PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Salários a Pagar Duplicatas a Pagar Impostos a Recolher Empréstimos Bancários Credores Diversos NÃO CIRCULANTE Financiamentos em Longo Prazo Empréstimos de Coligadas PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Capital Social Subscrito (-)Capital Social a Integralizar Reservas De Capital Estatutária Para Contingências Lucros Prejuízos Acumulados SOMA DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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7.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) Essa demonstração evidencia o resultado que a empresa obteve (lucro ou prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período, geralmente num lapso de tempo de um mês ou um ano. Quadro 4 - Modelo Simplificado do Demonstrativo de Resultado do Exercício

ITENS

R$

1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA Venda de Produtos ou Mercadorias Venda de Serviços 2. DEDUÇÕES Devoluções de Produtos ou Mercadorias Descontos Concedidos Incondicionalmente Impostos Faturados 3. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 4. CUSTOS OPERACIONAIS Custo dos Produtos ou Mercadorias Vendidas Custo dos Serviços Prestados 5. LUCRO ou PREJUÍZO OPERACIONAL BRUTO 6. DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Administrativas Despesas com Pessoal Despesas Comerciais Despesas Financeiras Despesas Tributárias Outras Receitas (+) e Despesas ( - ) 7. LUCRO ou PREJUÍZO OPERACIONAL LÍQUIDO 8. RESULTADO NÃO OPERACIONAL Receitas Não Operacional (entradas de recursos) Despesas Não Operacionais (saídas de recursos) 9. LUCRO LÍQUIDO, antes dos IMPOSTOS. 10. PROVISÕES DE IMPOSTOS Provisão para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica Provisão para a Contribuição Social Lucro Líquido 11. LUCRO LÍQUIDO, antes das PARTICIPAÇÕES. 12. PARTICIPAÇÕES NOS RESULTADOS Participações de Administradores Participações dos Empregados Participações de Debentures Participações de Partes Beneficiárias 13. LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

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(3 – 4)

(5 – 6)

(7 – 8)

(9 – 10)

(11 – 12)

À medida que os conteúdos forem sendo desenvolvidos exemplos práticos sobre estas

estruturas

serão

realizadas

visando

facilitar

o

entendimento

destas

demonstrações contábeis.

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AULA 2 8 ANÁLISES ECONÔMICO-FINANCEIRAS As abordagens apresentadas a seguir envolverão aspectos essencialmente teóricos, seu aprofundamento com casos práticos e a aplicabilidade das fórmulas correspondentes serão demonstrados posteriormente.

8.1 Conceito Análise Econômico-Financeiras A principal finalidade destas análises será informar aos gestores a exata situação

que

a

empresa

se

encontra

naquele

momento.

Utilizando

as

demonstrações financeiras será possível estudar e avaliar, com base nos elementos patrimoniais e de resultados, as melhores decisões a serem tomadas sobre questões

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presentes e futuras da organização.

8.2 Objetivos das Análises Econômico-Financeiras Para Zdanowicz, inúmeros são os objetivos das análises, na qual relacionaremos adiante, mas uma das principais envolve a qualificação do processo de tomada de decisão, através de procedimentos numéricos e estatísticos relativo a dois ou mais períodos, a fim de auxiliar ou instrumentalizar os gestores a conhecer a situação da organização. Outros relevantes objetivos a serem utilizadas tais análises, envolvem conforme abaixo:  Analisar a capacidade de gerar lucros no período;  Avaliar as condições de honrar com as obrigações com pontualidade;  Calcular a rentabilidade sobre o capital investido, tanto próprio quanto total;  Implantar controles internos;  Estimar a situação financeira de curto, médio e longo prazo.

8.3 Métodos de Análise Segundo os autores Walter e Braga, para se efetuar as análises econômicofinanceiras das organizações utilizamos diversos métodos de cálculos, a utilização irá variar em função do ramo de atividade ou do tamanho da empresa que está sendo avaliada. Servem para facilitar o entendimento. Os mais importantes são:

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8.3.1 Quociente É determinado pela relação existente entre duas ou mais contas, grupo ou subgrupo de contas, indicará quantas vezes um contém o outro ou a proporção de um em relação ao outro que se pode calcular a liquidez e a rentabilidade.

8.3.2 Coeficiente ou percentagem É quanto cada componente patrimonial ou de resultado representa em relação ao todo do qual ele faz parte, realizando as análises, comparações e interpretações entre dois ou mais períodos consecutivos.

8.3.3 Índice É a avaliação do aumento ou da diminuição dos valores que expressam os elementos patrimoniais ou de resultados, em determinada série histórica de

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exercícios sociais, podendo ocorrer em termos nominais quando não se leva em consideração a inflação do período e, em termos reais quando se elimina o efeito inflacionário, fazendo um comparativo com o setor econômico.

8.3.4 Diferença Absoluta É a apuração quantitativa e qualitativa dos recursos captados e injetados na organização, estudando a forma como esses recursos foram aplicados, baseando-se na diferença entre os saldos de início e fim do período, a valores constantes, para determinar o fluxo de movimentação financeira. Quadro 5 - Principais Métodos e Técnicas de Avaliação das Organizações

COEFICIENTE OU PERCENTAGEM

QUOCIENTE

POR DIFERENÇA ABSOLUTA

ÍNDICES

Confronto entre dois ou mais valores heterogêneos (diferentes).

Relação da parte com o todo o qual faz parte.

Série de períodos com valores homogêneos, escolhendo um como base de confronto (terá que ser escolhido um ano como ano-base).

Entre saldos de mesma conta contábil.

Análise da razão entre os valores.

Análise Vertical ou de Estrutura.

Análise horizontal ou de Evolução.

Análise das aplicações e fontes de recursos.

Fonte: adaptado de Zdanowicz, José Eduardo. Estrutura e Análise das Demonstrações Contábeis

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É importante destacar que, para efetuarmos o estudo das Análises EconômicoFinanceiras das organizações, é necessário, obrigatoriamente, separar a Análise Econômica, que envolve todos os aspectos relativos à Lucro, da Análise Financeira, que em sua base envolve todos os aspectos relativos à liquidez e solvência. Segue abaixo um esquema para melhor compreensão desta divisão da Análise Financeira que serão abordadas com maior detalhamento nas próximas aulas. Quadro 6 - Divisão da Análise Econômico Financeira

ANÁLISE ECONÔMICA

ANÁLISE FINANCEIRA

Análise da Lucratividade

Análise Financeira Curto Prazo - Liquidez

Análise da Rentabilidade

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Análise Financeira Longo Prazo - Solvência Análise Vertical

Análise da Taxa de Retorno sobre o Investimento

Análise Horizontal

9 ANÁLISE FINANCEIRA 9.1 Conceitos e Particularidades A Análise Financeira examina, de forma criteriosa os dados financeiros, comparando-os com as condições internas e externas que possam afetar a organização. A análise dos fatores internos da empresa envolve essencialmente: a) O desenvolvimento do ciclo operacional. b) A capacidade gerencial. c) Os controles internos. d) A motivação dos colaboradores. e) O nível tecnológico disponível.

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Em contrapartida os fatores externos à organização, aqueles que influenciam ou que poderão vir a impactar em suas atividades operacionais, devem ser analisados sob os seguintes aspectos: a) Fatores de ordem política. b) Ordem social. c) Ordem econômica. d) Ordem setorial.

9.2 Liquidez Em linhas gerais a liquidez refere-se à capacidade financeira que a organização possui para pagar os compromissos assumidos em dia com terceiros, ou seja, disponibilidades suficientes para honrar suas dívidas.

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A liquidez tem relação direta com o período de curto prazo, dessa forma para se efetuar o estudo da análise financeira, devemos comparar os bens e direitos realizáveis e as obrigações que ocorrerão nos próximos 365 dias. Assim sendo, as contas do Ativo Circulante, tais como: caixa, bancos, aplicações, acrescidos dos créditos realizáveis e dos estoques, inclusive os transformáveis, compõem a base referência dos bens e direitos. Enquanto as exigibilidades são compostas pelas contas do Passivo Circulante, cujas principais são: fornecedores, as provisões e as obrigações fiscais, trabalhistas e financeiras.

9.3 Solvência A solvência é a medida de avaliação da capacidade financeira de longo prazo para satisfazer os compromissos assumidos perante terceiros. Comercialmente, uma empresa solvente é identificada quando os bens e direitos alocados no seu Ativo forem superiores as suas exigibilidades, constantes no Passivo, garantindo, dessa forma que a qualquer momento as dívidas serão cobertas. É importante esclarecer, entretanto, que Liquidez e Solvência não são palavras sinônimas. Pois nem sempre os bens e direitos disponibilizados no Ativo da empresa possuem alta liquidez.

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Uma empresa precisa ter liquidez (dinheiro de forma imediata para pagamento das dívidas assumidas) e solvência (honrar compromissos de longo prazo, através de seu patrimônio e direitos à receber).

9.4 Sistemática de Cálculo Esta análise, ainda, é um dos meios pelo qual os gestores identificam, através dos INDICADORES FINANCEIROS, qual a capacidade que a organização possui em honrar ou não seus compromissos assumidos com terceiros (PASSIVO), a qualquer tempo, ou seja, curtos ou longos prazos. Para se realizar os estudos desses indicadores financeiros é fundamental relacionar os grupos, as classificações ou subgrupos de contas do ATIVO com os grupos, as classificações e subgrupos de contas do PASSIVO ou PATRIMÔNIO

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LÍQUIDO. Dessa forma pode-se afirmar que o Balanço Patrimonial é a principal fonte de informações para a elaboração do estudo da Análise Financeira de uma organização, pois são os dados deste demonstrativo que sustentam os cálculos efetuados.

10 ANÁLISE VERTICAL 10.1 Conceito A Análise Vertical que também é conhecida como ANÁLISE DE ESTRUTURA diz respeito ao processo de estudo comparativo entre períodos que busca avaliar, em termos percentuais, qual a participação de cada elemento contábil, patrimonial ou de

resultado,

em

relação

ao

GRUPO

ou

SUBGRUPO

de

contas

ou

a

CLASSIFICAÇÃO a qual pertence.

10.2 Objetivo O estudo da Análise Vertical tem por finalidade analisar o comportamento destes elementos contábeis no período avaliado, identificando se eles sofreram alguma alteração relevante no resultado, que exija uma avaliação mais detalhada dos dispositivos contábeis.

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10.3 Característica Como característica básica a Análise Vertical busca transformar os valores monetários de uma Demonstração Financeira em coeficientes percentuais, não havendo necessidade de inflacionar ou deflacionar os valores dos respectivos elementos contábeis.

10.4 Metodologias de Cálculo A formulação de cálculo desta análise é relativamente simples, bastando dividir o valor indicado em cada conta (elemento) contábil em relação ao valor total a qual pertence, multiplicando por 100, para transformação em percentagem ou percentual.

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11 ANÁLISE HORIZONTAL 11.1 Conceito A Análise Horizontal, igualmente denominada como ANÁLISE DE EVOLUÇÃO, busca estudar as variações reais ocorridas ou não dos valores dispostos em cada CONTA, CLASSIFICAÇÃO, GRUPO ou SUBGRUPO de contas contábeis existentes no Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido (Balanço Patrimonial – PB), assim como no Demonstrativo de Resultado (DRE).

11.2 Objetivos A principal finalidade da Análise Horizontal será avaliar as tendências ou comportamentos dos elementos contábeis, tanto das contas patrimoniais (PB) como de resultado (DRE), num período de tempo superior a dois anos.

11.3 Características A. Identificar as tendências futuras dos elementos contábeis das demonstrações financeiras, avaliando os motivos de um crescimento ou redução significativa. B. É necessário que a análise seja de períodos iguais, através da igualdade de valores. C. Deve ser determinado um PERÍODO-BASE e a partir dele fazer todos os ajustes monetários, inflacionado ou deflacionando as respectivas comparações.

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O PERÍODO-BASE pode ser qualquer ano ou mês da série histórica, desde que não seja um período atípico (períodos em que a empresa auferiu grandes lucros ou grandes prejuízos).

11.4 Metodologia de Cálculo Para a realização do presente cálculo, inicialmente deve-se corrigir todos os valores monetários inseridos nas Demonstrações Financeiras, baseado nos índices de

inflação

calculados

por

órgãos

competentes,

transformando

os

dados

percentuais referenciados ao mesmo PERÍODO-BASE. Para o cálculo dos índices se usa a técnica de números índices, em que todos os valores são iguais a 100% (PERÍODO-BASE). Aplicando-se uma regra de três obtêm-se os percentuais dos períodos seguintes.

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A variação que exceder a 100% ou que faltar para 100% será o que vamos interpretar como análise de evolução ou involução em relação ao PERÍODO-BASE. Em síntese: Análise Vertical - (de estrutura)

Análise Horizontal - (de evolução)

Analisar a participação de cada elemento contábil em relação ao total ao qual pertence. Identificar qual alteração relevante eles sofreram no seu valor.

Analisar as variações reais dos valores de cada elemento contábil.

Calcular dividindo o valor da conta pelo valor total a qual pertence e multiplicar por 100. O resultado será em %.

Calcular igualando os valores. Definindo um período-base (qualquer ano ou mês que não seja atípico) e ajustar os valores a esta base.

Identificar as tendências ou comportamentos desses elementos.

Igualar o período-base a 100%. Calcular os percentuais dos seguintes através da regra de três.

períodos

OBS.: a variação maior será a evolução e a menor a involução, em relação ao período-base.

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12 ANÁLISE ECONÔMICA 12.1 Conceito e Particularidades Tanto para Machado como para Zdanowicz, a análise econômica tem por finalidade estudar o desempenho que cada produto, linha de produtos / serviços ou unidades de negócios contribuiu para a geração de lucros na empresa. A essência deste estudo é a relação de todos os aspectos pertinentes às atividades operacionais vinculados ao processo produtivo, às características comerciais e a distribuição destes produtos ou serviços para o mercado. Sua importância tem relação direta com os seguintes aspectos: a) Avaliação do desempenho econômico interno e externo no período;

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b) Viabilidade econômica da organização em longo prazo; c) Necessidade de tomar decisões rápidas para corrigir alguma anomalia; d) Fornecimento de dados e informações para a análise de projetos de investimentos; e) Área de planejamento para a construção de cenários. Em síntese o conceito de Análise Econômica envolve o estudo realizado nas organizações, em determinado período, visando avaliar sua capacidade de gerar lucro ou obter desempenho positivo.

12.2 Objetivos Como foco essência, a Análise Econômica tem por finalidade demonstrar, por meio de indicadores, como os gestores estão utilizando os recursos próprios e de terceiros investidos na organização para atender a geração de resultados.

12.3 Fontes de Informações Este estudo requer a utilização do Balanço Patrimonial (BP ) e o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), este último o mais relevante.

12.4 Aspectos Avaliativos Neste aspecto temos que entender que quando uma empresa decide investir $ 1,00 no ATIVO OPERACIONAL (meio produtivo - aquisição de matéria-prima ou

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máquina e equipamentos), ela tem sempre como objetivo de buscar o retorno do valor aplicado com alguns centavos adicionais. No mesmo sentido, procurará fazer com que cada $ 1,00 que foi aplicado, seja devolvido o maior número de vezes possível. A receita total (RT) da empresa será o resultado dos centavos adicionais auferidos, combinado à velocidade de circulação do dinheiro ocorrido em determinado período de tempo, normalmente em períodos mensais. A esses acréscimos de centavos adicionais relativos a cada $ 1,00 que foi aplicado é usualmente chamado de LUCRATIVIDADE TOTAL ou MARGEM BRUTA DE LUCRO. Ao número de vezes que todo $ 1,00 investido retorna ao caixa da organização

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chamamos de ROTAÇÃO ou GIRO.

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AULA 3 13 ANÁLISE FINANCEIRA CURTO PRAZO - FLUXO DE CAIXA Como destacado anteriormente a Análise Financeira é utilizada para medir a capacidade que a empresa tem em pagar suas dívidas junto a terceiros. Em linhas gerais é uma forma de avaliar também o desempenho da empresa na administração de seu Fluxo de Caixa, ou seja, se ela está gerando recursos financeiros suficientes para honrar os compromissos assumidos. Na qual podemos resumir em uma fórmula bem elementar:

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O Fluxo de Caixa é o principal instrumento de planejamento e de controle para o acompanhamento das movimentações financeiras ocorridas durante determinado período de tempo, ratificando o que foi visto anteriormente em que a Administração Financeira se preocupa efetivamente com o ingresso ou o desembolso de recursos ocorridos no caixa da empresa. Daí o sentido da identificação do REGIME DE CAIXA. Para implementar e manter um fluxo de caixa eficiente é necessário estabelecer outros controles financeiros, como contas a receber, contas a pagar, estoques etc..

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Ao analisarmos o Fluxo de Caixa acima, identificamos algumas situações que

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merecem atenção: a) os valores previstos para vendas a vista em alguns dias não foram realizados de acordo com previsto. b) em alguns dias do mês a empresa recebeu o valor total das duplicatas previsto, nos demais dias os valores recebidos foram inferior ao previsto; c) nos dias 3 e 4 houveram desembolso não previstos para combustível e manutenção de veículos nos respectivos valores de R$ 120,00 e de R$ 250,00; d) no dia 05 estava previsto um valor relativamente baixo de vendas que não se realizou e, para o dia estava previsto uma saída expressiva de recursos para pagamento de folha de pagamento e impostos. Toda vez que ocorrer falta de recursos implicará na revisão das estratégias da empresa, devendo, entre outros, observar os seguintes aspectos: renegociar com fornecedores o pagamento das obrigações; revisar o sistema de cobrança; fazer uma promoção das mercadorias; trabalhar com estoques mínimos; reduzir os prazos nas vendas a prazo; programar melhor as compras; vender bens e equipamentos ociosos. No caso de ocorrência de sobra de recursos a empresa poderá aplicá-lo de forma planejada em: estoques; mercado financeiro; antecipar o pagamento de obrigações mediante desconto financeiro; ativo imobilizado, entre outros.

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Vale ressaltar que a sobra de caixa pode ocorrer de forma transitória, por alguns dias e logo em seguida essa sobra ser utilizado para quitar os compromissos, assim, é fundamental fazer uma análise da situação da empresa no curto, médio e longo prazo, para que ela não seja descapitalizada e passe a depender de recursos de terceiros. Existem diversas formas de construir um fluxo de caixa, o ideal é contemplar informações pertinentes àquilo que é previsto em contraponto ao realizado. Para efetuarmos a Análise Financeira de uma organização são utilizadas inúmeras fórmulas que buscam, no momento do estudo, demonstrar de forma mais clara possível à situação de liquidez e de solvência desta empresa. Entretanto cabe destacar que tais fórmulas podem variar de estrutura, conforme

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a visão de cada autor, muito embora o resultado final, normalmente, seja muito semelhante.

13.1 Avaliação da Capacidade Financeira em Curto Prazo Este tipo de análise vincula-se diretamente com o Fluxo de Caixa, relacionado à liquidez, e serve para avaliar como foi o desempenho do capital de giro que circulou no período analisado pela organização. O termo curto prazo envolve essencialmente aquelas contas patrimoniais que possuem o prazo máximo de um ano. A. CAPITAL CIRCULANTE (CC) - a análise do capital circulante, conhecido por Capital de Giro, é efetuada pela diferença absoluta (em dinheiro), positiva ou negativa, entre o valor dos Recursos existentes no Ativo Circulante (todos os valores e bens que a empresa possui) e o montante de Recursos existentes no Passivo Circulante (todos os valores que a empresa deve, em curto prazo). AC > PC = CAPITAL CIRCULANTE POSITIVO (CCP) ou próprios. AC < PC = CAPITAL CIRCULANTE NEGATIVO (CCN) ou terceiros.

ONDE AC = ativo circulante. PC = passivo circulante.

> maior que < menor que Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos

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Dica: fatores que afetam a liquidez de uma empresa estão localizados no AC e no PC. B. LIQUIDEZ INSTANTÂNEA (LI) – também conhecida como LIQUIDEZ IMEDIATA, busca avaliar a capacidade financeira da empresa em liquidar, de uma só vez, os compromissos assumidos de curto prazo perante terceiros, apenas considerando os recursos efetivamente à disposição da organização. Os valores em disponibilidades envolvem as seguintes contas contábeis: Caixa, Bancos conta Corrente, Numerários em Trânsito e Aplicações (financeiras) de Imediata Liquidez. Onde: LI = Liquidez imediata

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D = Disponibilidades PC = Passivo Circulante Observações:  Não será relevante a análise de liquidez instantânea isoladamente.  Medidas satisfatórias para empresas industriais e comerciais estão na faixa de 0, 08 e 0,12. (

C. LIQUIDEZ SECA (LS) - avaliar a capacidade financeira em curto prazo da empresa, incluindo, além das disponibilidades, também os direitos a receber imediatos em relação às dívidas assumidas com terceiros. Onde: LS = Liquidez Seca D = Disponibilidades VRL= Valores a Receber Líquidos PC = Passivo Circulante Ajustes a serem realizados: 

Deduzir das contas de clientes, os títulos descontados ou negociados;



Deduzir a provisão para crédito de liquidação duvidosa (em torno de 3% do total

dos créditos);

 Deduzir os devedores duvidosos ou incobráveis.

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LIQUIDEZ CORRENTE (LC) - avalia a capacidade financeira da empresa em saldar seus compromissos assumidos com terceiros em curto prazo, considerando os meios circulantes do ativo. Onde: LC = Liquidez Corrente; D = Disponibilidades; VRL = Valores a Receber Líquidos Er = Estoques Reavaliados PC = Passivo Circulante Ajustes a serem realizados: Além das correções dos Valores a Receber, corrigir os estoques, considerando os seguintes aspectos:

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 Deduzir os estoques obsoletos e aqueles itens cuja rotação é quase nula;  Analisar o critério utilizado para a valorização do estoque, a fim de evitar uma superavaliação ou subavaliação dos mesmos.

Exemplo Prático

Com base nas demonstrações contábeis da Comercial RUMOCERTO Ltda., entre os anos de 20X1 a 20X3, em milhares de $, efetuar a análise financeira de curto prazo.

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Tabela 1 - Exemplo de Informações do Balanço Patrimonial COMERCIAL RUMOCERTO LTDA. BALANÇO PATRIMONIAL (Em M$) EXERCÍCIOS SOCIAIS

ATIVO

20X1

20X3

CIRCULANTE

92.663

130.362

208.889

Caixa e Bancos

18.543

24.760

18.947

4.052

7.221

0

17.974

28.269

53.478

Aplicações de Liquidez Imediata Contas a Receber Duplicatas em Cobrança Bancária

EXERCÍCIOS SOCIAIS

PASSIVO

20X2

20X1

20X2

CIRCULANTE

52.683

82.386

118.912

20X3

Fornecedores

47.069

70.134

94.911

Impostos e Taxas a Recolher

897

1.220

2.523

Contribuição Social a Recolher

468

1.518

2.839

558

696

1.524

Ordenados e Gratificações a Pagar

2.222

3.059

6.615

(536)

(838)

(1.576)

Provisão para o Imposto de Renda

1.826

5.889

11.933

52.072

70.254

136.516

201

566

91

NÃO CIRCULANTE

9.856

17.111

21.624

3.499

0

8.085

Realizável em Longo Prazo

2.087

1.263

142

49

36

36

Adiantamento de Salários em Longo Prazo

2.038

1.227

106

Investimentos

1.501

2.354

3.510

Participação em Coligadas

1.501

2.354

3.510

Imobilizado

6.268

13.494

17.972

Veículos

6.675

14.128

18.889

(-) Provisão para Devedores Duvidosos Estoques de Mercadorias

Valores a Receber em Longo Prazo

Outras Contas a Pagar

NÃO CIRCULANTE Financiamentos Bancários

3.499

0

8.085

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

46.337

65.087

103.516

Capital

31.000

42.000

58.000

Capital Social

31.000

42.000

58.000

9.947

10.963

20.683

Reservas Reserva de Capital

(-) Depreciação Acumulada

(415)

(647)

(930)

Marca de Comércio

8

13

13

TOTAL DO ATIVO

102.519

147.473

230.513

98

1.693

1.788

Reservas de Lucros

9.849

9.270

18.895

Lucros

5.390

12.124

24.833

Lucros Acumulados

5.390

12.124

24.833

102.519

147.473

230.513

TOTAL DO PASSIVO E PL

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13.2 Cálculos dos Indicadores Financeiros de Curto Prazo A. CAPITAL CIRCULANTE Fórmula AC > PC ou AC < PC

20X1 $92.663 > $52.683 = $39.980

20X2

20X3

$130.362 > $82.386 = $47.976

$208.889 > $118.912 = $89.977

Evidencia-se em todos os períodos um CCP, capital circulante positivo, lembrando que se trata da análise do capital de giro da empresa.

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Gráfico 1 - Capital Circulante

100000 90000 80000 70000 60000 50000 40000 30000 20000 20X1

20X2

20X3

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B. LIQUIDEZ INSTANTÂNEA ou IMEDIATA FÓRMULAS

20X1

20X2

20X3

D = somatório dos valores correspondes ao caixa + aplicações de liquidez imediata do respectivo período (ano) do balanço acima.

Metodologia de cálculo D = Disponível (contas mais usuais: Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras de curto prazo e Numerário em Trânsito) PC = Passivo Circulante (considera-se o valor total do Circulante)

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Gráfico 2 - Liquidez Instantânea

0,5

0,4 0,3 0,2 0,1 0 20X1

20X2

20X3

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C. LIQUIDEZ SECA

VRL = somatório dos valores correspondes ano a ano das contas a receber (17.974) + (558) duplicatas a receber deduzidos (- 536) de provisão para devedores duvidosos do balanço acima.

20x1

20x2

20x3

LS

Metodologia de cálculo D e PC – Os valores destes componentes da fórmula, já foram explicados no índice de liquidez instantânea ou imediata. VRL = Valores a Receber Líquidos (contas mais usuais: Clientes, Duplicatas a Receber ou em Cobrança, Créditos ou Contas a Receber, em resumo valores que a organização tem a receber).

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Gráfico 3 - Liquidez Seca

1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 20X1

20X2

20X3

D. LIQUIDEZ CORRENTE

20x1

20x2

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20x3

Metodologia de cálculo D, VRL e o PC – Os valores destes componentes da fórmula, já foram explicados nos índices de liquidez instantânea e seca. Er = Estoques Reavaliados (contas usuais: Estoques de Produtos Prontos, em Transformação e de Matérias-primas, Estoque de mercadorias).

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Gráfico 4 - Liquidez Corrente

1,8 1,75 1,7 1,65 1,6 1,55 1,5 1,45 20X1

20X2

20X3

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13.3 Interpretação dos Resultados Conforme se pode observar pelos resultados obtidos através dos indicadores financeiros de curto prazo a empresa acima, nos três anos avaliados, apresentou plena capacidade financeira de honrar seus compromissos com terceiros. Através da análise do capital circulante, observa-se que no triênio o Ativo Circulante (bens e direitos) sempre foram superiores às dívidas com terceiros (Passivo Circulante), indicando que o capital de giro foi próprio, ou seja, gerado pela atividade comercial da empresa e que o Fluxo de Caixa foi adequadamente utilizado no processo de controle dos movimentos financeiros ocorridos neste período na organização. Muito embora os indicadores de liquidez imediata e seca mostram quedas no período, no contexto empresarial isso não é relevante, pois nestes índices não há a integridade do patrimônio de curto prazo da empresa. Mesmo assim a liquidez seca no último ano avaliado apresenta o índice de 0,61, significando que naquele ano, somente com o disponível e com os créditos a receber líquidos, a empresa possuía 61% dos recursos para pagar as dívidas com terceiros. O índice de liquidez corrente, a mais importante desta análise, demonstra, igualmente, que os bens e direitos que a empresa possui em curto prazo sempre foram superiores aos compromissos do mesmo prazo. No ano de 20x2, para cada $1,00 devido a empresa possuía $ 1,58 de direitos, aumentando nos anos de 20x1 e 20x3 em que o valor que a empresa possuía era igual a $ 1,75, ou seja, $ 0,75 a mais em relação às dívidas. Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos

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AULA 4 14 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FINANCEIRA EM LONGO PRAZO Esta avaliação financeira está diretamente ligada à Solvência da empresa, ou seja, qual a relação da totalidade do patrimônio existente na organização com a totalidade das dívidas por ela assumida. Assim sendo, para este estudo, serão utilizadas todas as contas patrimoniais existentes nos períodos avaliados. A. SOLVÊNCIA GERAL (SG) - mede a capacidade de liquidez da empresa a qualquer tempo, considerando a totalidade do patrimônio existente na organização em relação ao montante das dívidas realizadas pela organização.

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Onde: SG = Solvência Geral. AT = Ativo Total. PE = Passivo Exigível (Circulante + Não Circulante) Exemplo: Base de informação Tabela 1 – Exemplo de Informações do Balanço Patrimonial – Comercial Rumocerto Ltda (vide aula 3) FÓRMULA

20X1

20X2

20X3

Resultado: < 1 PASSIVO a descoberto, ou seja, o ATIVO não é suficiente para cobrir as OBRIGAÇÕES assumidas com terceiros. = 1 ATIVO em total compromisso com recursos de terceiros, (empresa estará em estado de pré-insolvência). > 1 ATIVO superior às dívidas assumidas com terceiros, a qualquer tempo. Percebe-se que no triênio em questão, para cada ano, o ATIVO é suficiente para cobrir as obrigações assumidas, pois apresentaram resultado > 1.

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B. GRAU DE ENDIVIDAMENTO (E) - expressa o comprometimento da empresa com os capitais de terceiros nela alocados, ou seja, em quanto compromete todo o patrimônio com as dívidas existentes. É estabelecido através da relação entre o capital de terceiros e o total do patrimônio. Onde: E = Endividamento. AT = Ativo Total. PE = Passivo Exigível (Circulante + Não Circulante) Exemplo: Base de informação Tabela 1 – Exemplo de Informações do Balanço Patrimonial – Comercial Rumocerto Ltda (vide aula 3). FÓRMULA

20X1

20X2

20X3

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Observação: quanto mais próximo de zero, menor será o grau de endividamento da empresa. Pode ser considerado índice satisfatório se o grau for igual a 0,5 ou 50%, indicando um equilíbrio em termos de distribuição de recursos próprios e de terceiros aplicados no ativo. C. GRAU DE GARANTIA DE CAPITAIS DE TERCEIROS (GT) - este índice procura informar a garantia que os capitais próprios, Patrimônio Líquido, oferecem aos capitais de terceiros, Passivo Exigível, aplicados na massa patrimonial ativa da empresa. Onde: GT = Grau de Garantia de Capitais de Terceiros PL = Patrimônio Líquido. PE = Passivo Exigível (Circulante + Não Circulante).

Exemplo: Base de informação Tabela 1 – Exemplo de Informações do Balanço Patrimonial – Comercial Rumocerto Ltda (vide aula 3).

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FÓRMULA

20X1

20X2

20X3

Resultado > 1 indicará que o ATIVO da empresa foi constituído em maior volume por recursos de terceiros, (preocupante para os credores). = 1 indicará que o ATIVO da empresa foi constituído por financiamentos próprios e de terceiros proporcionalmente em 50%. < 1 indicará que o ATIVO foi constituído em maior volume com recursos próprios da empresa. (maior segurança aos credores que emprestaram capital a empresa).

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Percebe-se que no triênio em questão, para cada ano, o ATIVO foi constituído em maior volume por recursos de terceiros, pois apresentaram resultado > 1. D. GRAU DE LIQUIDEZ GERAL (LG) – demonstra a situação financeira da organização em longo prazo, ou seja, indica a relação entre a totalidade dos recursos de curtos e longos prazos próprios da empresa com a totalidade dos capitais de terceiros, igualmente de curtos e longos prazos aplicados na empresa. Onde: LG = Grau de Liquidez Geral AC = Ativo Circulante. ARLP = Ativo Realizável em Longo Prazo. PE = Passivo Exigível (Circulante + Não Circulante). Exemplo: Base de informação Tabela 1 – Exemplo de Informações do Balanço Patrimonial – Comercial Rumocerto Ltda (vide aula 3).

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FÓRMULA

20x1

20x2

20x3

LG

Resultado < 1 Situação preocupante, pois a empresa em longo prazo não possui recursos suficientes para honrar seus compromissos perante terceiros, no mesmo período de tempo. = 1 Indicará que a empresa possui recursos suficientes em longo prazo apenas para cumprir seus compromissos assumidos com terceiros. > 1 Indicará que a empresa possui recursos mais que suficientes em longo prazo para honrar os compromissos assumidos perante terceiros, sobrando recursos para reinvestimento ou novos investimentos.

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Percebe-se que no triênio em questão, para cada ano, a empresa possui recursos mais que suficientes em longo prazo para honrar os compromissos assumidos perante terceiros, sobrando recursos para reinvestimento ou novos investimentos, pois apresentaram resultado > 1. E. GRAU DE IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL PRÓPRIO (ICP) - indica quanto de recursos próprios da organização foram direcionados para financiar os bens e direitos que compõem o ativo permanente, que estão relacionados no ATIVO NÃO CIRCULANTE, no subgrupo de contas: Investimentos, Imobilizado e Intangível. Onde: ICP = Grau de imobilização de capitais próprios. AP = Ativo Permanente (Investimentos + Imobilizado + Intangível). PL = Patrimônio Líquido. Exemplo: Base de informação Tabela 1 – Exemplo de Informações do Balanço Patrimonial – Comercial Rumo certo Ltda (vide aula 3).

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FÓRMULA

20X1

20X2

20X3

Resultado

< 1 Indicará que os recursos próprios foram plenamente suficientes para financiar os bens e investimentos existentes no ATIVO permanente da organização. = 1 Indicará que os recursos próprios foram suficientes apenas para financiar os bens e investimentos existentes no ATIVO permanente da organização. > 1 Indicará que houve necessidade de capitais de terceiros para financiar os bens e investimentos existentes no ATIVO permanente da organização.

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Percebe-se que no triênio em questão, para cada ano, os recursos próprios foram plenamente suficientes para financiar os bens e investimentos existentes no Ativo permanente da empresa, pois apresentaram resultado

< 1.

Vamos Praticar...

A partir das demonstrações financeiras do Supermercado QUASEDEGRAÇA Ltda., no triênio 20X1 a 20X3, elabore a Análise Financeira da empresa, através dos indicadores de longo prazo.

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Pág. 38

Tabela 2 - Balanço Patrimonial SUPERMERCADO QUASEDEGRAÇA LTDA BALANÇO PATRIMONIAL (em M$) ATIVO

20X1

20X2

CIRCULANTE

120.194

194.283

340.236

451

790

1.451

Banco Conta Corrente Contas a Receber

5.671

8.420

15.590

6.195

13.752

32.742

Duplicatas em Cobrança Adiantamentos a Funcionários Estoque de Mercadorias

14.394

7.696

500

9.272

13.049

41.226

84.211

150.576

248.727

Caixa

20X3

PASSIVO

20X1

20X2

20X3

CIRCULANTE

117.968

231.121

416.953

Fornecedores

101.861

175.169

285.742

Outras Obrigações a Pagar

16.107

55.952

131.211

NÃO CIRCULANTE

20.977

44.413

117.191

Financiamento em Longo Prazo

20.977

44.413

117.191

108.038

148.078

174.723

35.000

35.000

70.000

126.789

229.329

368.631

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital

3.808

4.644

4.845

Capital Social

45.000

45.000

80.000

3.808

4.644

4.845

-10.000

-10.000

-10.000

18.704

20.320

94.744

Capital Social a Integralizar Reservas

73.038

113.078

104.723

18.704

20.320

94.744

Reservas de Lucros

35.147

55.354

81.999

104.277

204.365

269.042

Reserva de Capital

37.891

57.724

22.724

Imobilizações Técnicas

104.277

204.365

269.042

TOTAL DO ATIVO

246.983

423.612

708.867

246.983

423.612

708.867

NÃO CIRCULANTE Realizável em Longo Prazo Valores a Receber em Longo Prazo Investimentos Participação em Outras Empresas Imobilizado

TOTAL DO PASSIVO/PL

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14.1 Cálculos dos Indicadores Financeiros de Longo Prazo A. SOLVÊNCIA GERAL (SG) Fórmula

20X1

20X2

20X3

Metodologia de cálculo AT = Ativo Total (somatório de todo o Ativo, ou seja, todo o patrimônio da empresa). PE = Passivo Exigível (somatório de todas as dívidas com terceiros da empresa).

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Pág. 39

Gráfico 5 - Solvência Geral

1,8 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 20x1

20x2

20x3

B. GRAU DE ENDIVIDAMENTO (GE) Fórmula

20X1

20X2

20X3

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Metodologia de cálculo * PE = Passivo Exigível (somatório de todas as dívidas com terceiros da empresa). AT = Ativo Total (somatório total do Ativo, ou seja, todo o patrimônio da organização). * Passivo Exigível = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

Gráfico 6 - Grau de Endividamento

80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 20x1

20x2

20x3

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Pág. 40

C. GRAU DE GARANTIA DE CAPITAIS DE TERCEIROS

Fórmula

20X1

20X2

20X3

Metodologia de cálculo PE = Passivo Exigível (somatório de todas as dívidas com terceiros da empresa). PL = Patrimônio Líquido (é a diferença entre o Ativo Total e o Passivo Exigível, são os capitais próprios da empresa, sua constituição envolve: Capital, Reservas e Lucros, além de Doações).

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Gráfico 7 - Grau de Garantia de Capitais de Terceiros

3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 20X1

20X2

20X3

D. GRAU DE IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAIS PRÓPRIOS (ICP)

Fórmula

20X1

20X2

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20X3

Pág. 41

Metodologia de cálculo AP = Ativo Permanente (são os bens fixos da empresa, envolvem Investimentos + Imobilizado + Intangível, que são subgrupos do Ativo Não Circulante). PL = Patrimônio Líquido (é a diferença entre o Ativo Total e o Passivo Exigível, são os capitais próprios da empresa, sua constituição envolve: Capital, Reservas e Lucros, além de Doações).

Gráfico 8 - Grau de Imobilização de Capitais Próprios

2,5

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2 1,5 1 0,5 0 20X1

20X2

20X3

E. LIQUIDEZ GERAL (LG)

20X1

20X2

20X3

Metodologia de cálculo AC = Ativo Circulante (somatório direto para esta classificação de conta). ARLP = Ativo Realizável em Longo Prazo (somente o valor correspondente a este subgrupo). PE = Passivo Exigível (somatório de todas as dívidas com terceiros da empresa).

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Pág. 42

Gráfico 9 - Liquidez Geral

1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 20X1

20X2

20X3

14.1.1 - Interpretação dos Resultados

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É preocupante a situação financeira desta organização, todos os indicadores direcionam para uma situação de insolvência em um futuro próximo, a necessidade de mudanças é imediata, é necessário que seus administradores tomem decisões drásticas de contenção de despesas. Apesar de ainda apresentarem índices satisfatórios na solvência geral, há uma nítida tendência à queda e que nos próximos anos deverá chegar a patamares de igualdade, o que indicaria que todo o patrimônio da empresa estaria comprometido com dívidas junto a terceiros. Situação esta comprovada pelo aumento gradativo e preocupante do endividamento que no último ano (20X3) chegou ao índice de 0,75 ou 75%. Não há qualquer segurança aos capitais de terceiros investidos na empresa, pois os indicadores sempre foram maiores que a unidade, indicando que o ATIVO total é constituído em maior volume por recursos de terceiros. Tais preocupações são ratificadas pelo índice de liquidez geral, que relaciona os direitos da empresa com suas dívidas no mesmo período, se verifica que em nenhum dos anos avaliados a empresa possuía recursos para honrar seus compromissos com terceiros, cujo ano de 20x3, para cada $ 1,00 devido à empresa dispunha apenas de $ 0,65.

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Pág. 43

AULA 5 1 ANÁLISE VERTICAL Antes de colocarmos em prática como fazer uma Análise Vertical das demonstrações contábeis de uma organização, vamos inicialmente relembrar o que diz o conceito bem como os objetivos, além dos procedimentos de determinação do percentual relativos a este estudo.

14.2 Conceito É o processo de estudo comparativo entre períodos que busca avaliar, em termos percentuais, qual a participação de cada elemento contábil, conta patrimonial ou conta de resultado, em relação ao GRUPO ou SUBGRUPO de contas ou a

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CLASSIFICAÇÃO a qual pertence. Aí que se justifica o termo também utilizado como de Estrutura.

14.3 Objetivo Tem por objetivo analisar o comportamento destes elementos contábeis no período avaliado, identificando se eles sofreram alguma alteração relevante no resultado, que exija uma avaliação mais detalhada das peças contábeis disponíveis.

14.4 Procedimentos de Cálculo 14.4.1 Identificação Percentual dos Elementos Para a identificação dos percentuais de cada elemento contábil, é necessário dividir este elemento pelo valor total ao qual pertence, multiplicando o índice encontrado por 100.

Obs.: Utilizando os recursos das planilhas Excel, basta dividir os valores monetários e colocar a célula na condição de percentagem que automaticamente será identificado o percentual correspondente àquela equação. Vamos agora para o estudo prático da Análise Vertical

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Pág. 44

14.5 Práticas de Análise Vertical – DRE e BALANÇO PATRIMONIAL Com base nas Demonstrações Contábeis dos exercícios sociais do quadriênio abaixo, em M$, efetuar a Análise Vertical ou de Estrutura da Empresa de Alimentos DONALÚCIA S/A. Tabela 3 - Exemplo de Informações do Demonstrativo do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (em M$) Empresa de Alimentos DONALÚCIA S/A ANÁLISE VERTICAL 2.0X0

2.0X1

2.0X2

2.0X3

CONTAS $ RECEITA OPERACIONAL BRUTA (ROB) Venda de Produtos e Serviços

%

$

%

$

%

$

%

1.301.868

100,0

4.737.406

100,0

17.219.361

100,0

24.931.068

100

1.301.868

100,0

4.737.406

100,0

17.219.361

100,0

24.931.068

100

(141.225)

10,8

(470.738)

9,9

(1.901.396)

11,0

(3.014.134)

12,1

(141.225)

100,0

(470.738)

100,0

(1.901.396)

100,0

(3.014.134)

100

1.160.643

89,2

4.266.668

90,1

15.317.965

89,0

21.916.934

87,9

(614.577)

47,2

(2.776.088)

58,6 (14.209.006)

82,5 (18.594.827)

74,6

Custo das Mercadorias Vendidas

(433.006)

70,5

(2.126.700)

76,6

(12.998.936)

91,5

(14.005.817)

75,3

Custo dos Produtos Vendidos

(181.571)

29,5

(649.388)

23,4

(1.210.070)

8,5

(4.589.010)

24,7

546.066

41,9

1.490.580

31,5

1.108.959

6,4

3.322.107

13,3

(645.168)

49,6

(1.408.475)

29,7

(821.673)

4,8

(2.680.269)

10,8

(74.048)

11,5

(368.609)

26,2

(702.549)

85,5

(1.769.321)

66,0

DEDUÇÕES Devoluções de Vendas RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (ROL) CUSTOS OPERACIONAIS

LUCRO OPERACIONAL BRUTO (LOB) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Vendas Despesas com Revistas e Livros Especializados Despesas Administrativas

(5.873)

0,9

(5.403)

0,4

0

0,0

0

0,0

(28.893)

4,5

(91.311)

6,5

(178.310)

21,7

(177.351)

6,6

Despesas Tributárias

(40.464)

6,3

(353.113)

25,1

(170.215)

20,7

(886.407)

33,1

Despesas Financeiras

(477.377)

74,0

(574.778)

40,8

(285.480)

34,7

(264.860)

9,9

(25.273)

3,9

(58.095)

4,1

0

0,0

0

0,0

6.760

1,0

42.834

3,0

514.881

62,7

417.670

15,6

(99.102)

7,6

82.105

1,7

287.286

1,7

641.838

2,6

1

0,0

(175.654)

-3,7

(73.925)

-0,4

(20.162)

-0,1

0

0,0

(175.654)

100,0

(81.046)

109,6

(37.667)

186,8

1

100,0

0

0,0

7.121

9,6

17.505

86,8

(99.101)

-7,6

(93.549)

-2,0

213.361

1,2

621.676

2,5

187.733

14,4

(15.812)

-0,3

(560.434)

-3,3

(461.119)

-1,8

(8.399)

-0,6

(24.401)

-0,5

0

0,0

(25.728)

-0,1

80.233

6,2%

(133.762)

-2,8%

(347.073)

-2,0%

134.829

0,5%

Despesas Não Dedutíveis Receitas Financeiras LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO (LOL) MOVIMENTOS NÃO OPERACIONAIS Despesas Não Operacionais Receitas Não Operacional LUCRO ou PREJUÍZO EXERCÍCIO, antes do IR/CSLL Correção Monetária do Balanço Provisões do Imposto de Renda e Contr. Social. LUCRO ou PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

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OBS.: veja exemplo na vídeo-aula (Deduções / ROB x 100).

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Pág. 45

14.5.1 Cálculos de Percentuais das Contas de Resultado – DRE A. CUSTOS OPERACIONAIS FÓRMULA

PARTICIPAÇÃO

20x0

47,2%

20x1

58,6%

20x2

82,5%

20x3

74,6%

OBS.: para análise vertical dos custos operacionais, há de se compreender que o elemento contábil sempre será o valor total dos custos divididos pelo total a que faz parte, neste caso sempre será o valor total da receita operacional bruta (ou seja, valor do faturamento/vendas dos produtos e/ou serviços).

B. DESPESAS COM VENDAS FÓRMULA

PARTICIPAÇÃO

20x0

11,5%

20x1

26,2%

20x2

85,5%

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20x3

66,0%

OBS.: para análise vertical das despesas com vendas, há de se compreender que o elemento contábil sempre será o valor das despesas com vendas dividido pelo total a que faz parte, neste caso sempre será o valor total das despesas operacionais.

C. LUCRO OU PREJUÍZO DO EXERCÍCIO FÓRMULA

PARTICIPAÇÃO

20x0

6,2%

20x1

(2,8%)

20x2

(2%)

20x3

0,5%

OBS.: para análise vertical do lucro ou prejuízo, há de se compreender que o elemento contábil sempre será o valor do lucro ou prejuízo líquido do exercício dividido pelo total a que faz parte, neste caso sempre será o valor total da receita operacional bruta (ou seja, valor do faturamento/vendas dos produtos e/ou serviços).

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Pág. 46

Portanto: Para efeito da análise vertical está

Custos Operacionais e Lucro ou Prejuízo do Exercício

Despesas com Vendas

diretamente relacionado à Receita Operacional Bruta.

Para efeito da análise vertical está diretamente relacionado ao somatório das Despesas Operacionais.

Gráfico 10 - Percentual das Contas de Resultados

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 -10 -20

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CUSTOS OPERACIONAIS

DESPESAS COM VENDAS

LUCRO ou PREJUÍZO DO EXERCÍCIO

20x0

20x1

20x2

20x3

14.5.2 Interpretação dos dados percentuais das Contas de Resultado – DRE Analisando a estrutura do DRE da empresa, no período de 20X0 a 20X3, observam-se os seguintes comportamentos dos principais elementos contábeis: A. As DEDUÇÕES, relativas às devoluções das vendas realizadas, não sofreram nenhuma modificação significativa em termos percentuais, ficando na média em 11% no período. Entretanto é interessante verificar qual o motivo deste alto índice de devoluções, pois pode ser decorrente da baixa qualidade dos produtos vendidos, sendo necessário estabelecer metas de redução de devoluções de vendas dos produtos. B. Os CUSTOS OPERACIONAIS apresentaram oscilações significativas no período, pois em 20x0 este grupo de contas representaram quase 48% sobre o total Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos

Pág. 47

do faturamento da empresa, o crescimento foi alto especialmente em 20x2 e 20x3 para 82,5% e 74,6%, respectivamente. Tais fatores foram fundamentais para a redução da rentabilidade e lucratividade nestes dois exercícios sociais. C. As DESPESAS OPERACIONAIS, que representa os valores gastos com a comercialização dos produtos pela empresa, sofreram quedas interessantes no período, passando de quase 50%, em 20x0, para em torno de 10% em 20x3, decorrente pela elevação contundente do faturamento da empresa no período, com crescimento de aproximadamente $ 25.000.000.

D. O LUCRO OPERACIONAL, que é o resultado atingido em função da atividade, apresentou índices positivos, em especial nos últimos três anos, muito embora a

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média deste período esteja representada por apenas 2%.

E. O LUCRO FINAL apresentou oscilações positivas e negativas nos quatro anos analisados.

Em 20x0 e 20x3 os resultados foram favoráveis com 6,2% e 0,5%,

respectivamente, enquanto que em 20x1 e 20x2 os resultados foram negativos em 2,8% e 2%, na mesma sequência. Muito embora a elevação do faturamento, ou seja, o alto custo de produção (Custos Operacionais) e de comercialização (Despesas Operacionais) tenha influenciado na baixa lucratividade e rentabilidade da empresa. Na média dos últimos três anos avaliados a totalidade destes gastos correspondeu a 87%, aproximadamente. Gráfico

11



Análise

Vertical



Demonstrativo

do

Resultado

do

Exercício

90 DEDUÇÕES

80 70

CUSTOS OPERACIONAIS

60 50 40

DESPESAS OPERACIONAIS

30 20

LUCRO OPERACIONAL

10 0

LUCRO FINAL

-10 20x0

20x1

20x2

20x3

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Pág. 48

Tabela 4 - Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL (em M$) - Empresa de Alimentos DONALÚCIA S/A CONTAS

2.0X0 $ % 445.183 39,9 656 0,1 883 0,2 218.572 49,1 (169.605) -38,1 (7.304) -1,6

CIRCULANTE Caixa Banco Conta Corrente Clientes Duplicatas Descontadas Provisão para Crédito Liquidação Duvidosa Adiantamento a Fornecedores Mercadorias em Estoque NÃO CIRCULANTE Realizável em Longo Prazo Créditos e Valores a Receber em L. Prazo Despesas Pagas Antecipadamente em LP Investimentos Participações em Outras Empresas Imobilizado Imobilizado na Administração Imobilizado Industrial Imóveis Rurais Imobilizações em Andamento Depreciações Acumuladas TOTAL GERAL

ATIVO

2.0X1 $ 1.503.507 491 17.501 800.909 (132.774) (11.928)

% 46,2 0,0 1,2 53,3 - 8,8 -0,8

2.0X2 $ % 3.326.767 77,1 21.268 0,6 329.106 9,9 2.361.490 71,0 0 0,0 (19.604) -0,6

2.0X3 $ % 4.637.743 52,1 0 0,0 15.340 0,3 4.343.958 93,7 0 0,0 (25.849) -0,6

97.481 304.500 669.421 54.763 53.484

21,9 68,4 60,1 8,2 97,7

180 829.128 1.750.060 19.116 129

0,0 55,1 53,8 1,1 0,7

20.066 614.441 989.496 3.404 1.860

0,6 18,5 22,9 0,3 54,6

10.168 294.126 4.267.829 2.661.670 128.388

0,2 6,3 47,9 62,4 4,8

1.279

2,3

18.987

99,3

1.544

45,4

2.533.282

95,2

31.818 31.818 582.840 83.509 1.094.187 70.467 5.945 (671.268)

4,8 100, 87,1 0 14,3 187, 12,1 7 1,0 -

125.059 125.059 1.605.885 275.885 3.604.597 276.962 67.765 (2.619.324

7,1 100,0 91,8 17,2 224,5 17,2 4,2 -163,1

42.653 42.653 943.439 90.459 2.734.692 166.157 306.186 (2.354.055)

4,3 100,0 95,3 9,6 289,9 17,6 32,5 -249,5

88.143 88.143 1.518.016 363.331 4.879.582 267.966 382.481 (4.375.344)

2,1 100,0 35,6 23,9 321,4 17,7 25,2 -

1.114.604

100, 115,

3.253.567)

100,0

4.316.263

100,0

8.905.572 100,0 288,2

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0 2

PASSIVO 2.0X0

CONTAS $

2.0X1 %

$

2.0X2 %

$

2.0X3 %

$

%

CIRCULANTE

527.828

47,4 1.402.919

43,1 2.393.247

55,4 3.332.325

37,4

Fornecedores Produtores Terceirizados

145.667

27,6

727.737

51,9

1.991.485

83,2

2.184.690

65,6

42.792

8,1

88.781

6,3

55.620

2,3

110.468

3,3

Credores por Serviços e Material de Consumo Encargos Fiscais a Recolher

65.375

12,4

387.806

27,6

68.650

2,9

366.705

11,0

Encargos com Pessoal a Pagar

9.458

1,8

34.062

2,4

47.126

2,0

94.521

2,8

Participações nos Lucros – Sócios e Colaboradores Outras Obrigações a Pagar

1.273

0,2

1.825

0,1

3.450

0,1

100.560

3,0

17.086

3,2

24.865

1,8

41.321

1,7

59.009

1,8

227.983

43,2

25.125

1,8

52.004

2,2

325.419

9,8

8.316

Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo Representantes Diversos

1,6

21.637

1,5

33.579

1,4

18.040

0,5

Provisões para o Imposto de Renda e Contribuição Social NÃO CIRCULANTE

9.878

1,9

91.081

6,5

100.012

4,2

72.913

2,2

60.881

5,5

31.096

1,0

420.152

9,7 3.048.226

34,2

Encargos Fiscais a Pagar em Longo Prazo

60.881

100,0

31.096

100,0

420.152

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Capital Social

525.895

47,2 1.819.552

55,9 1.502.864

29

0,0

26

0,0

29

100,0

68

100,0

3.048.226

100,0

34,8 2.525.021

28,4

0,0 2.252.013

89,2

26

100,0

68

100,0

2.252.013

100,0

Reservas

453.964

86,3 1.784.261

98,1

895.205

59,6

224.587

8,9

Reserva de Capital

445.886

98,2

98,2

805.005

89,9

94.872

42,2

Reserva Estatutária Lucros ou Prejuízos Acumulados TOTAL GERAL

1.752.505

8.078

1,8

31.756

1,8

90.200

10,1

129.715

57,8

71.902

13,7

35.265

1,9

607.591

40,4

48.421

1,9

1.114.60

100,0 3.253.567

100,0 4.316.263

100,0 8.905.572 100,0

4

Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos

Pág. 49

14.5.3 Interpretação dos dados percentuais das Contas Patrimoniais BP Neste tipo de análise são abordados os desempenhos ocorridos no período dos subgrupos de contas do BALANÇO PATRIMONIAL - BP, bem como as classificações (Circulante e Não Circulante). Aquelas contas contábeis que sofreram modificações relevantes devem ser avaliadas individualmente, pois elas poderão influenciar a composição do grupo (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido) ao qual pertence. Relembrando a fórmula:

Lembrete:

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

QI ESCOLAS E FACULDADES CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

As contas grifadas em amarelo no ativo são analisadas verticalmente em relação ao total geral, ano a ano. As contas não grifadas são analisadas verticalmente em relação ao total do grupo ao qual pertencem. Exemplo: conta banco em relação ao ativo circulante.

14.5.4 ATIVO Este grupo do Balanço Patrimonial obteve um crescimento interessante no quadriênio (4 períodos anuais) avaliado, passando de $1.114.604, em 20x0, para $8.905.572, em 20x3. O ATIVO CIRCULANTE, que representa as contas de bens e direitos a serem realizadas em até 365 dias, sofreram inúmeras oscilações no período avaliado, ocasionado pela nova política de crédito determinado pela empresa. Em relação ao patrimônio total, em 20x0, sua representatividade era de 39,9%, 46,2%, em 20x1, 77,1%, em 20x2 e, finalmente, em 20x3, queda para 52,1%. A conta CLIENTES, que representa o volume de crédito concedido pela empresa a seus clientes, apresentou índices crescentes passando de 49%, no primeiro ano, para 93,7% em 20x3. Em contrapartida a classificação do NÃO CIRCULANTE a qual insere contas permanentes e de longo prazo, vem tendo quedas nas participações totais do ATIVO, iniciando com 60,1%, em 20x0, para em 20x3 representar 48%, aproximadamente.

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Pág. 50

Quanto aos subgrupos destas contas, nota-se que o Realizável em Longo Prazo cresceu significativamente em 20x3 representando 62,4%, oriundo do excesso de pagamentos de valores antecipados, que isoladamente correspondeu a 95%, aproximadamente. Os Imobilizados, nos três primeiros anos em análise, sempre tiveram uma importância no total do NÃO CIRCULANTE, na média foi mais de 90%, caindo no último ano para 35,6%, decorrente novamente do aumento de pagamento de despesas antecipadas. Gráfico 12 - Análise Vertical – Balanço Patrimonial - Ativo

80 70 60 50 40 30 20 10 0

CIRCULANTE

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

QI ESCOLAS E FACULDADES CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

NÃO CIRCULANTE

20X0

20X1

20X2

20X3

14.5.5 – PASSIVO Lembrete: As contas grifadas em amarelo no passivo, assim como no ativo, são analisadas verticalmente em relação ao total geral ano a ano. As contas não grifadas são analisadas verticalmente em relação ao total do grupo ao qual pertencem. Exemplo: outras obrigações a pagar em relação ao passivo circulante. Pelos dados disponibilizados neste grupo de contas, há uma clara evidência de aumento gradativo das dívidas assumidas com terceiros pela empresa. Na soma do CIRCULANTE com o NÃO CIRCULANTE nota-se que a evolução passou de 52,8%, em 20x0, passando para 65,2% em 20x1 e em 20x3 o índice ficou em 72%, aproximadamente. Tal situação indica que o ATIVO (patrimônio) da empresa está sendo constituído em maior volume de recursos oriundos de terceiros.

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Pág. 51

Em contrapartida, nos capitais próprios, representados pelo PATRIMÔNIO LÍQUIDO, percebem-se reduções no período analisado. Passando de 56%, aproximadamente em 20x1, para 28,4% em 20x3. A conta Capital Social que até 20x2 representa percentualmente zero na estrutura patrimonial da organização, com a integralização de recursos pelos sócios, passou a ter uma representatividade significativa, aproximadamente, 90% da totalidade dos recursos próprios alocados no PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Gráfico 13 - Análise Vertical – Balanço Patrimonial – Passivo e Patrimônio Líquido

60 CIRCULANTE

50 40

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QI ESCOLAS E FACULDADES CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

NÃO CIRCULANTE

30 20 10

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

0 20X0

20X1

20X2

20X3

OBS.: veja exemplos na vídeo-aula: Clientes /ativo circulante x 100 Ativo circulante / ativo total x 100.

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Pág. 52

AULA 6 15 ANÁLISE HORIZONTAL Antes de colocarmos em prática como fazer uma Análise Horizontal envolvendo as demonstrações contábeis de uma organização, vamos primeiramente relembrar o que diz o conceito bem como os objetivos.

15.1 Conceito A Análise Horizontal busca estudar as evoluções ou involuções ocorridas nos valores monetários dispostos em cada CONTA, CLASSIFICAÇÃO, GRUPO ou SUBGRUPO de elementos contábeis apresentados no Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido, assim como no Demonstrativo de Resultado. Daí a justificativa do conceito

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de Análise de Evolução.

15.2 Objetivo Sua finalidade será avaliar as tendências ou comportamentos desses elementos contábeis, num período de tempo superior a dois anos. O procedimento de cálculo será explicado no decorrer do estudo proposto para melhor compreensão de como se ajusta os percentuais correspondentes a período superiores a um ano. CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO BASE A. Determinar um PERÍODO-BASE e a partir dele fazer todos os ajustes monetários, inflacionando ou deflacionando, e as respectivas comparações. B. O PERÍODO-BASE pode ser qualquer ano ou mês da série histórica. C. O PERÍODO-BASE não pode ser um período atípico, ou seja, períodos em que a empresa auferiu grandes lucros ou grandes prejuízos.

15.3 Procedimentos de Cálculo - Igualdade dos Valores Monetários Após a definição do ANO-BASE, é necessário transformar os valores monetários em igualdade de valores, no exemplo foram informados os percentuais de inflação para melhor compreensão dos ajustes a serem feitos para a realização do presente estudo

financeiro.

A

formulação

de

ajustes

inflacionários

envolve

alguns

conhecimentos de Matemática Financeira.

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Pág. 53

Passo a passo: 1º ) determinar o exercício social que será o ano-base, cuja base será 100% no exemplo da tabela 5, o ano base é 20X0. 2º )

transformar os valores monetários em igualdade de valores (utilizando-se dos

percentuais de inflação para o período) vide exemplo da tabela 5. 3º) calcular índices a ser aplicados aos valores monetários das contas para facilitar usa-se sempre o valor referência $100,00,

para fins de cálculo dos valores reais.

Considerando-se os seguintes dados, vamos compreender os procedimentos de cálculos: VALOR MONETÁRIO DE REFERÊNCIA: $ 100,00 PERCENTUAL DE INFLAÇÃO DE 20X1: 28,3%

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PERCENTUAL DE INFLAÇÃO DE 20X2: 44,9%

Exemplo: Ano 20X1

( dividir por 100 para transformar em centesimal, ou seja, em índice).

71,7 / 100 = 0,717 OBS.: Este índice (0,717) deve ser aplicado nos valores nominais do exercício social do ano em questão (20X1), visando encontrar o valor real (ou seja, sem a inflação de 28,3%).

4º) períodos igual ou superior a 2 anos, os percentuais devem acompanhar os princípios dos juros compostos, ou seja, taxas sobre taxas. Parte-se da inflação do período anterior (no caso 28,30) acrescido do valor referência $100,00, então 128,30.

Exemplo: Ano 20X2

(divide-se por 100 para transformar em centesimal, ou seja, em índice)

OBS.: Este índice (0,140933) deve ser aplicado nos valores nominais do exercício social do ano em questão (20X2), visando encontrar o valor real (ou seja, sem a inflação de 44,9%).

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Pág. 54

Inflação Real do Período – A inflação real do período, entre 31.12.20x0 a 31.12.20x2 correspondeu a 85,90% e não 73,2%, que é a soma de 28,3% + 44,9%. Temos que, desta forma, ajustar a inflação e calcularmos de forma diferente quando abranger um estudo de mais de dois exercícios sociais, quando houver inflação.

15.4 Práticas de Análise Horizontal – DRE e BALANÇO PATRIMONIAL Com base nas Demonstrações Contábeis dos exercícios sociais do triênio abaixo, em M$, efetuar a Análise Horizontal ou de Evolução da Empresa de Alimentos DONALÚCIA S/A, considerando que as taxas de inflação anuais existentes no período foram 28,3%, em 20x1, e de 44,9% em 20x2, sendo que o ano-base definido para o cálculo será o exercício social do ano de 20x0.

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Tabela 5 - Exemplo de Informações do Demonstrativo de Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (em MR$ ) Empresa de Alimentos DONALÚCIA S/A. Análise Horizontal 2.0X1 Taxa de Inflação 28,3%

2.0X0 CONTAS $

RECEITA OPERACIONAL BRUTA (ROB)

%

Nominal

Real

Evolução %

2.0X2 Taxa de Inflação 44,9% Nominal

Evolução %

Real

1.301.868

100

4.737.406

3.396.720

160,91

17.219.361

2.426.776

86,41

Venda de Produtos e Serviços

1.301.868

100

4.737.406

3.396.720

160,91

17.219.361

2.426.776

86,41

DEDUÇÕES

(141.225)

100

(470.738)

(337.519)

138,99

(1.901.396)

(267.969)

89,75

Deduções de Vendas

(141.225)

100

(470.738)

(337.519)

138,99

(1.901.396)

(267.969)

89,75

1.160.643

100

4.266.668

3.059.201

163,58

15.317.965

2.158.807

86,00

CUSTO OPERACIONAL

(614.577)

100

(2.776.088)

(1.990.455)

223,87

(14.209.006)

(2.002.518)

225,84

Custo das Mercadorias Vendidas

(433.006)

100

(2.126.700)

(1.524.844)

252,15

(12.998.936)

(1.831.979)

323,08

Custo dos Produtos Vendidos

(181.571)

100

(649.388)

(465.611)

156,43

(1.210.070)

(170.539)

-6,08

546.066

100

1.490.580

1.068.746

95,72

1.108.959

156.289

-71,38

(645.168)

100

(1.408.475)

(1.009.877)

56,53

(821.673)

(115.801)

-82,05

(74.048)

100

(368.609)

(264.293)

256,92

(702.549)

(99.012)

33,71

(5.873)

100

(5.403)

(3.874)

-34,04

0

0

-100,00

Despesas Administrativas

(28.893)

100

(91.311)

(65.470)

126,59

(178.310)

(25.130)

-13,02

Despesas Tributárias

(40.464)

100

(353.113)

(253.182)

525,70

(170.215)

(23.989)

-40,73

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (ROL)

LUCRO OPERACIONAL BRUTO (LOB) DESPESA OPERACIONAL Despesas com Vendas Despesas com Revistas Especializadas

Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos

Pág. 55

(477.377)

100

(574.778)

(412.116)

-13,67

(285.480)

(40.234)

-91,57

(25.273)

100

(58.095)

(41.654)

64,82

0

0

-100,00

6.760

100

42.834

30.712

354,32

514.881

72.564

973,43

(99.102)

100

82.105

58.869

-159,40

287.286

40.488

-140,85

MOVIMENTO NÃO OPERACIONAL

1

100

(175.654)

(125.944)

-2594491

(73.925)

(10.418)

-1041900

Despesas Não Operacionais

0

100

(175.654)

(125.944)

-

(81.046)

(11.422)

-

Receitas Não Operacional

1

100

0

0

100,00

7.121

1.004

100300

LUCRO DO EXERCÍCIO, antes do IR/CSLL

(99.101)

100

(93.549)

(67.075)

-32,32

213.361

30.070

-130,34

Correção Monetária do Balanço

187.733

100

(15.812)

(11.337)

-106,04

(560.434)

-78.984

-142,07

Provisões do Imposto de Renda e CSLL

(8.399)

100

(24.401)

(17.496)

108,30

0

0

-100,00

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

80.233

100

(133.762)

(95.907)

-219,54

(347.073)

(48.914)

-160,96

Despesas Financeiras Despesas Não Dedutíveis Receitas Financeiras LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO (LOL)

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Para cálculo do percentual (%) de evolução da tabela acima foi utilizada a fórmula abaixo discriminada:

* já expressos em valores reais

Memória de cálculo conta DEDUÇÃO

2.0X1 Taxa de Inflação 28,3%

2.0X0 CONTAS $

DEDUÇÕES

%

(141.225)

100

Ano base

(extraída do DRE acima)

Nominal (470.738)

Real

Evolução %

(337.519)

138,99

2.0X2 Taxa de Inflação 44,9% Nominal (1.901.396)

Real

Evolução %

(267.969)

89,75

470.738 (valor nominal do período) X 0,717 (índice que levará ao valor real, ou seja, sem inflação) = 337.519

Importante: refaçam para

o

337.519 (valor real) / 141.225 (valor ano base) = 2,3899 - 1(para

cálculo

todas

retirar a base) = 1,3899 X 100 (para encontrar o %) = 138,99.

as

demais contas, a fim

1.901.396 (valor nominal do período) X 0,140933 (índice que levará

de

ao valor real, ou seja, sem inflação) = 267.969

compreender

raciocínio.

o

267.969 (valor real) / 141.225 (valor ano base) = 1,89746 - 1(para retirar a base) = 0,8975 X 100 (para encontrar o %) = 89,75.

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Pág. 56

15.5 Interpretação dos Dados Percentuais das Contas de Resultados – DRE Avaliando a evolução dos elementos contábeis deste demonstrativo, no período entre 20x0 a 20x2, observa-se que em 20x1 houve crescimento significativo do faturamento ou vendas da empresa, em torno de 160% comparando ao ano-base de 20x0, reduzindo para 86,41%, apesar da queda ainda bem relevante em seu desempenho. A análise das DEDUÇÕES confirma o que foi considerado na análise vertical, ou seja, o volume de aumento da participação deste elemento é grande, sendo fundamental identificar as causas desta elevada participação. Os CUSTOS OPERACIONAIS que envolvem o processo produtivo da empresa

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cresceram mais de 200% em dois períodos avaliados, indicando uma análise do que efetivamente influiu para esse crescimento. Em compensação as DESPESAS OPERACIONAIS, aquelas que auxiliam as vendas ou na comercialização dos produtos fabricados pela empresa, sofreram quedas, enquanto que em 20x1 a participação foi de 56,53%, aproximadamente, no ano de 20x2 houve queda de 82,05%, fazendo a relação com o ano-base. Para alcançar as vendas auferidas no período, houve uma necessidade de crescimento do investimento das despesas de vendas que no primeiro ano teve um crescimento em torno de 256%, em relação a 20x0. Já no último ano, mais estável, o aumento girou em torno de 34%. As DESPESAS TRIBUTÁRIAS também dispararam entre 20x0 e 20x1, em mais de 525%, reduzindo drasticamente para menos de 40% em relação ao ano-base, no último exercício social. O LUCRO relacionado com a atividade fim da empresa sofreu oscilações importantes no período. Em 20x0 o resultado foi negativo, ou o chamado prejuízo operacional, decorrente da elevada participação desta despesa em relação ao faturamento, quase 50%. Entretanto, em 20x1 e 20x2 o resultado operacional foi positivo ou lucrativo, no primeiro ano foi de $ 58.869 e em 20x2 $ 40.488, devidamente ajustado à inflação do período. Neste caso, conforme se observa os percentuais de variação são negativos, 159,4% no ano de 20x1, e 140,85% em 20x2.

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Pág. 57

Utilizando qualquer calculadora comum, se aplicarmos estes percentuais diretamente ao valor negativo de $ 99.102, o visor mostrará outro valor, normalmente superior ao correto, mas ao teclar a soma, o visor mostrará o valor monetário identificado na coluna real, tanto em 20x1 como em 20x2. A calculadora simplesmente desconta o valor negativo de $ 99.102. Finalmente o LUCRO LÍQUIDO final apresenta uma queda significativa de 219,54% em 20x1 e de 160,96%, aproximadamente, em 20x2. Ambos devem ser justificados exatamente como citados no parágrafo anterior.

Gráfico 14 - Análise Horizontal – Demonstrativo do Resultado do Exercício

400

FATURAMENTO

200

DEDUÇÕES CUSTOS OPERACIONAIS

0 -200

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

QI ESCOLAS E FACULDADES CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

20x0

20x1

20x2

DESPESAS OPERACIONAIS LUCRO LÍQUIDO FINAL

-400 Tabela 6 - Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL (em M$) Empresa de Alimentos DONALÚCIA S/A. ATIVO CONTAS

2.0X0 $

%

2.0X1 Taxa de Inflação 28,3% Evolução Nominal Real

2.0X2 Taxa de Inflação 44,9% Evolução Nominal Real

% CIRCULANTE

445.183

100

142,2

3.326.767

468.851

5,3

Caixa

656

100

491

352

-46,3

21.268

2.997

356,9

Banco Conta Corrente

883

100

17.501

12.548

1321,1

329.106

46.382

5152,8

218.572

100

800.909

574.252

162,7

2.361.490

332.812

52,3

(169.605)

100

(132.774)

(95.199)

-43,9

0

0

-100,00

(7.304)

100

(11.928)

(8.552)

17,1

(19.604)

(2.763)

-62,2

97.481

100

180

129

-99,9

20.066

2.828

-97,1

Mercadorias em Estoque

304.500

100

829.128

594.485

95,2

614.441

86.595

-71,6

NÃO CIRCULANTE

669.421

100

1.750.060 1.254.794

87,4

989.496

139.453

-79,2

5.763

100

137,8

3.404

480

-91,7

Clientes Duplicatas Descontadas Provisão Crédito Liquidação Duvidosa Adiantamento a Fornecedores

Realizável em Longo Prazo

1.503.507 1.078.015

%

19.116

13.706

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Pág. 58

Créditos e Valores a Receber em LP Despesas Pagas Antecipadamente. Investimentos Participações em Outras Empresas Imobilizado Imobilizado na Administração Imobilizado Industrial Imóveis Rurais Imobilizações em Andamento Depreciações Acumuladas TOTAL GERAL

53.484

100

129

92

-99,8

1.860

262

-99,5

1.279

100

18.987

13.614

964,4

1.544

218

-83,0

31.818

100

125.059

89.667

181,8

42.653

6.011

-81,1

31.818

100

125.059

89.667

181,8

42.653

6.011

-81,1

582.840

100

1.605.885 1.151.421

97,6

943.439

132.962

-77,2

83.509

100

275.885

197.810

136,9

90.459

12.749

-84,7

1.094.187

100

3.604.597

2.584.496

136,2

2.734.692

385.408

-64,8

70.467

100

276.962

198.582

181,8

166.157

23.417

-66,8

5.945

100

67.765

48.588

717,3

306.186

43.152

625, 9

(671.268)

100

(2.619.324) (1.878.055)

179,8

(2.354.055)

(331.764)

-50,6

1.114.604

100

3.253.567 2.332.809

109,3

4.316.263

608.304

-45,4

PASSIVO 2.0X1 Taxa de Inflação 28,3%

2.0X0

CONTAS $

%

Evolução

Nominal

Real

Evolução

CIRCULANTE

527.828

100

90,6

2.393.247

337.287

-36,1

Fornecedores Produtores Terceirizados Credores por Material de Consumo Encargos Fiscais a Recolher

145.667

100

727.737

521.787

258,2

1.991.485

280.666

92,7

42.792

100

88.781

63.656

48,8

55.620

7.839

-81,7

65.375

100

387.806

278.057

325,3

68.650

9.675

-85,2

Encargos com Pessoal a Pagar

9.458

100

34.062

24.422

158,2

47.126

6.642

-29,8

Participações Lucros – Sócios e Colabor. Outras Obrigações a Pagar

1.273

100

1.825

1.309

2,8

3.450

486

-61,8

17.086

100

24.865

17.828

4,3

41.321

5.823

-65,9

Empréstimos e Financiamentos de C. Prazo Representantes Diversos

227.983

100

25.125

18.015

-92,1

52.004

7.329

-96,8

8.316

100

21.637

15.514

86,6

33.579

4.732

-43,1

Provisões para o Imposto de Renda e CSLL NÃO CIRCULANTE

9.878

100

91.081

65.305

561,1

100.012

14.095

42,7

60.881

100

31.096

22.296

-63,4

420.152

59.213

-2,7

60.881

100

31.096

22.296

-63,4

420.152

59.213

-2,7

525.895

100

148,1

1.502.864

211.803

-59,7

Capital

29

100

26

19

-34,5

68

10

-65,5

Capital Social

29

100

26

19

-34,5

68

10

-65,5

Reservas

453.964

100

1.784.261 1.279.315

181,8

895.205

126.164

-72,2

Reserva de Capital

445.886

100

1.752.505

1.256.546

181,8

805.005

113.452

-74,6

Reserva Estatutária

8.078

100

31.756

22.769

181,9

90.200

12.712

57,4

Lucros ou Prejuízos Acumulados TOTAL GERAL

71.902

100

35.265

25.285

-64,8

607.591

85.630

19,1

1.114.604

100

109,3

4.316.263

608.304

-45,4

Encargos Fiscais a Pagar em Longo Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Nominal

Real

2.0X2 Taxa de Inflação 44,9%

1.402.919 1.005.893

1.819.552 1.304.619

3.253.567 2.332.808

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Pág. 59

Memória de cálculo ATIVO CIRCULANTE – conta Mercadorias em estoque 2.0X1 Taxa de Inflação 28,3%

2.0X0 CONTAS Mercadoria em Estoque

$

%

304.500

100

Nominal 829.128

Real

Evolução %

594.485

95,2

2.0X2 Taxa de Inflação 44,9% Nominal

Real

614.441

Evolução %

86.595

-71,6

829.128 (valor nominal do período) X 0,717 (índice que levará ao

Ano base

valor real, ou seja, sem inflação) = 594.485

Importante: refaçam para

o

594.485 (valor real) / 304.500 (valor ano base) = 1,9523 - 1(para

cálculo

todas

retirar a base) = 0,9523 X 100 (para encontrar o %) = 95,23.

as

demais contas, a fim

614.441 (valor nominal do período) X 0,140933 (índice que levará ao

de

valor real, ou seja, sem inflação) = 86.595

compreender

o

raciocínio.

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86.575 (valor real) / 304.500 (valor ano base) = 0,2843 - 1(para retirar a base) = 0,7157 X 100 (para encontrar o %) = -71,57

Memória de cálculo PASSIVO NÃO CIRCULANTE – conta Encargos com Pessoal à pagar 2.0X1 Taxa de Inflação 28,3%

2.0X0 CONTAS $

Encargos à pessoal

%

9.458

100

Ano base

Nominal 34.062

Real

Evolução %

24.422

158,2

2.0X2 Taxa de Inflação 44,9% Nominal

Real

47.126

Evolução %

6.642

- 29,8

34.062 (valor nominal do período) X 0,717 (índice que levará ao valor real, ou seja, sem inflação) = 24.422

Importante: refaçam para

o

24.422 (valor real) / 9.458 (valor ano base) = 2,5822 - 1(para

cálculo

todas

retirar a base) = 1,5822 X 100 (para encontrar o %) = 158,22

as

demais contas, a fim

47.126 (valor nominal do período) X 0,140933 (índice que levará ao

de

valor real, ou seja, sem inflação) = 6.642

compreender

raciocínio.

o

6.642 (valor real) / 9.458 (valor ano base) = 0,7023 - 1(para retirar a base) = 0,2977 X 100 (para encontrar o %) = -29,77

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Pág. 60

15.6 Interpretação dos dados percentuais das Contas Patrimoniais BALANÇO PATRIMONIAL

-

15.6.1 ATIVO No CIRCULANTE os valores monetários e as participações das contas de curto prazo cresceram em 142,2%, em 20x1, enquanto que a elevação de 20x2 foi de apenas 5,3% relacionado ao ano-base de 20x0. Já as contas classificadas como NÃO CIRCULANTES tiveram um desempenho exatamente invertido no período, enquanto em 20x1 houve crescimento em torno de 87,4%, em 20x2 a queda foi de aproximadamente 79,2%. Os três subgrupos do NÃO CIRCULANTE, Realizável em Longo Prazo, Investimentos e Imobilizado, tiveram idêntico comportamento, ou seja, cresceram

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sua participação em 20x1 e reduziram em 20x2 de forma significativa, em torno de 80%. O patrimônio da empresa, identificado pela totalidade do ATIVO, cresceu, em relação ao ano-base, em mais de 100% no primeiro ano e reduzindo em 45,4% no ano de 20x2. Gráfico 15 - Análise Horizontal – Balanço Patrimonial – ATIVO CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE

200 150

CIRCULANTE

100 50 0 20X0

20X1

20X2

-50

NÃO CIRCULANTE

-100

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Pág. 61

Gráfico 16 -Análise Horizontal – Balanço Patrimonial – ATIVO PERMANENTE

200 150

REALIZÁVEL EM LP

100 50 INVESTIMENTOS

0 20X0

20X1

20X2

-50 IMOBILIZADO

-100 -150

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15.6.2 PASSIVO Este grupo de contas teve praticamente o mesmo desempenho do ATIVO, pois há um acréscimo significativo em 20x1 e uma queda importante em 20x2. As dívidas de curto prazo da empresa, CIRCULANTE, apresentaram aumento em 90,6% no exercício de 20x1, e queda de 36,1% em 20x2. Já os compromissos de longo prazo vêm diminuindo, apesar do último ano tal queda foi quase imperceptível na ordem de 2,7%. Finalmente o PATRIMÔNIO LÍQUIDO, que representa os recursos próprios investidos na organização, também variou em função da inflação existente no período. A análise demonstra, para este item, a irrelevância dos Capitais Sociais, insignificantes considerando os movimentos de recursos realizados pela empresa. As Reservas, comparadas ao ano-base, tiveram um crescimento de mais de 181% em 20x1, e uma queda de 72,2% em 20x2. Já o acumulo dos LUCROS vem no reverso dos demais elementos contábeis analisado até agora, ou seja, queda de mais de 64% em 20x1 e aumento de quase 20% em 20x2. Mas aqui fica claro que os recursos próprios da empresa vêm sofrendo deterioração, se não considerarmos a inflação existente no período, especialmente no último ano avaliado comparado ao ano-base.

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Pág. 62

Gráfico 17 - Análise Horizontal – Balanço Patrimonial - PASSIVO

200 CIRCULANTE

150 100

NÃO CIRCULANTE

50 0 20X0

20X1

20X2 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

-50 -100

É importante destacar que muito embora o crescimento do faturamento tenha

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sido bem significativo em termos monetários, no período avaliado, a inflação afetou sobremaneira o desempenho da empresa, que em termos reais demonstra quedas no desempenho no período analisado.

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Pág. 63

AULA 7 16 ANÁLISE ECONÔMICA - LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE Há inúmeras vantagens em se avaliar economicamente as organizações, o maior sentido

de

todos é verificar como os administradores ou gestores estão

remunerando os recursos financeiros investidos na sociedade. É lógico que quando são feitos investimentos, independentemente do ramo de atividade, a meta do investidor é a recuperação integral destes investimentos e que eles gerem recursos financeiros adicionais visando à remuneração do capital aplicado. Considerando, principalmente, a perda do valor do dinheiro no tempo. Estes recursos financeiros adicionais são conhecidos como Lucratividade ou

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Margem.

16.1 Conceituações Análise econômica, para Zdanowicz (2010), é

o estudo

realizado nas

organizações, em determinado período, visando avaliar sua capacidade de obter desempenho positivo ou lucro. Conforme Machado (2002), ele esclarece que o termo Econômico vem sempre relacionado com resultado, sobras ou lucro, e onde há esta relação, automaticamente se faz necessário identificar alguns pontos fundamentais para estes estudos, tais como: A. Lucratividade  Taxa Mínima de Atratividade.  Valor Presente Líquido.  Indicadores Econômicos - Lucros Auferidos pela Empresa. B. Rentabilidade  Payback (retorno).  Indicadores Econômicos – Baseados no Lucro Líquido do Exercício. C. Taxa de Retorno sobre o Investimento  Indicadores Econômicos – Baseados no Lucro Operacional.

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Pág. 64

16.2 Fonte de Informações O DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) é a principal fonte utilizada para o estudo da Análise Econômica, muito embora se utilize várias informações do BALANÇO PATRIMONIAL (BP).

16.2.1 Lucratividade As alternativas de investimentos são extremamente variadas, considerando as inúmeras oportunidades de negócios existentes em nosso dia a dia. Entretanto é fundamental que o investidor tenha certeza que será remunerado no futuro pela aplicação do recurso neste momento. Daí o termo Taxa Mínima de Atratividade. As organizações buscam constantemente investimentos no desenvolvimento de novos produtos ou na aquisição de máquinas e equipamentos, seja para

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modernização de seus processos de produção e/ou comercialização. Esses investimentos também requerem a avaliação dos gestores financeiros, a fim de verificar se esta aplicação de capital obterá o retorno esperado pelos administradores da organização. Assim o termo investimento possui inúmeros entendimentos.

16.2.2 Indicadores Econômicos A lucratividade tem por finalidade identificar as várias formas e maneiras de se avaliar os lucros que foram atingidos, em determinado período, pelas organizações, considerando as seguintes formulações:

A. LUCRATIVIDADE BRUTA (LB) – o presente estudo corresponde ao cálculo do primeiro lucro apresentado pela empresa no Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), excluindo os Custos Operacionais da Receita Operacional Líquida (ROL).

Onde: LB = Lucratividade Bruta LOB = Lucro Operacional Bruto ROL = Receita Operacional Líquida

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Pág. 65

B. LUCRATIVIDADE OPERACIONAL (LO) – neste estudo considera-se a exclusão das despesas operacionais do Lucro Operacional Bruto (LOB). Aqui está relacionado à atividade fim da empresa, ou seja, ao propósito de seu negócio.

Onde: LO = Lucratividade Operacional. LOL = Lucro Operacional Líquido. ROL = Receita Operacional Líquida.

C. RESULTADO NÃO OPERACIONAL (RNO) – será calculado a partir das

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diferenças absolutas encontradas entre as receitas (RNO) e as despesas não operacionais (DNO) sobre a Receita Operacional Líquida (ROL).

Onde: RNOp = Resultado Não Operacional RNO = Receita Não Operacional DNO = Despesas Não Operacional ROL = Receita Operacional Líquida

D. LUCRATIVIDADE DO EXERCÍCIO (LE) – é obtido pelo somatório da Lucratividade Operacional (LOL) e do Resultado Não Operacional (RNOp) , que pode ser positivo ou negativo. Onde: LE = Lucratividade do Exercício LOL = Lucro Operacional Líquido. RNOp = Resultado Não Operacional. ROL = Receita Operacional Líquida.

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Pág. 66

E. LUCRATIVIDADE LÍQUIDA DO EXERCÍCIO (LLE) – exclui-se a Provisão para o Imposto de Renda e da Contribuição Social do Lucro Líquido do Exercício. Onde: LLE = Lucratividade Exercício

Líquida

do

LLaIR = Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social. PIR/CS = Provisão para Imposto de Renda e da Contribuição Social. ROL = Receita Operacional Líquida.

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16.2.3 Rentabilidade O termo rentabilidade é comumente utilizado para referir-se ao desempenho econômico das organizações. Neste estudo, baseado nos lucros auferidos pela empresa no período analisado, se avalia, ainda, o tempo médio que o capital investido retornará ou retornou ao caixa da organização. Na linguagem financeira é comum utilizar o termo payback, que traduzido significa

“retorno”,

esclarece

melhor

este

sentido,

sempre

relacionado

ao

Investimento realizado pelos seus acionistas ou pelos seus administradores. Em resumo esta análise visa demonstrar o retorno auferido pela empresa no período, através do LUCRO FINAL DO EXERCÍCIO, comparado aos diversos capitais investidos no crescimento da organização. E seu estudo é efetuado baseado nas seguintes formulações:

A. RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO (RCP) - corresponde ao retorno obtido pela empresa considerando os seus recursos próprios. Os recursos próprios envolvem, além dos capitais investidos pelos sócios, mais as reservas e os lucros acumulados até o exercício considerado, sendo importante para analisar, controlar e interpretar a evolução da rentabilidade desses capitais, bem como o tempo de recuperação dos mesmos.

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Pág. 67

Onde: RCP = Próprio.

Rentabilidade

de

Capital

LLE = Lucro Líquido do Exercício. PL

=

Patrimônio

Líquido.

B. RENTABILIDADE DO CAPITAL SOCIAL (RCS) – está relacionado tão somente ao que foi investido pelos sócios da empresa, desde o momento de sua criação até o momento atual. É importante destacar que somente serão considerados os valores efetivamente integralizados pelos sócios.

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Onde: RCS = Rentabilidade de Capital Social. LLE = Lucro Líquido do Exercício. CS = Capital Social. C. RENTABILIDADE DOS CAPITAIS TOTAIS (RCT) – este índice busca analisar e avaliar a performance econômica do somatório dos recursos investidos ou aplicados na empresa, em determinado período, independentemente de ser recursos próprios ou de terceiros. Envolve todo o patrimônio existente na empresa, avaliando, também, o tempo médio de recuperação (payback) deste patrimônio. Onde: RCT = Rentabilidade de Capital Total. LLE = Lucro Líquido do Exercício. AT = Ativo Total.

16.3 Situação Prática – Lucratividade e Rentabilidade Acompanhe e Confira a Análise Econômica da Comercial SEMRUMO Ltda., sob os aspectos da Lucratividade e da Rentabilidade, considerando as informações contábeis de 20X1 a 20X3, em M$.

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Pág. 68

Tabela 7 - Exemplo de Informações do Demonstrativo de Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (em M$) COMERCIAL SEMRUMO LTDA. Análise Econômica Lucratividade e Rentabilidade CONTAS 2.0X1 ($) 2.0X2 ($) RECEITA OPERACIONAL BRUTA (ROB) 13.000 19.000

2.0X3 ($) 23.000

Venda de Mercadorias

13.000

19.000

23.000

DEDUÇÕES

(4.615)

(6.745)

(8.165)

Devoluções de Mercadorias

(1.560)

(2.280)

(2.760)

Impostos Faturados

(3.055)

(4.465)

(5.405)

8.385

12.255

14.835

CUSTOS OPERACIONAIS

(3.000)

(4.125)

(5.000)

Custos das Mercadorias Vendidas

(3.000)

(4.125)

(5.000)

5.385

8.130

9.835

(3.070)

(5.240)

(5.180)

Despesas Administrativas

(670)

(1.050)

(1.500)

Despesas com Aluguéis

(420)

(450)

(350)

Despesas com Comunicações

(150)

(350)

(290)

Despesas com Materiais de Escritórios

(250)

(500)

(450)

Despesas com Depreciação

(520)

(1.500)

(1.110)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (ROL)

LUCRO OPERACIONAL BRUTO (LOB) DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas com Água e Luz

(80)

(50)

(120)

Despesas com Pessoal

(490)

(670)

(680)

Despesas com Folha de Pagamento

(490)

(670)

(680)

2.315

2.890

4.655

RESULTADO NÃO OPERACIONAL

530

410

655

Aluguéis Recebidos

850

850

850

(320)

(440)

(195)

2.845

3.300

5.310

(996)

(1.155)

(1.859)

1.849

2.145

3.451

LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO (LOL)

Despesa Extra Operacional LUCRO DO EXERCÍCIO, antes dos IR/CS PIR e Contribuição Social LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

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Pág. 69

Tabela 8 - Análise Econômica – Lucratividade

FÓRMULAS

LUCRATIVIDADE – a partir de 20X2 20X1 20X2

20X3

Lucratividade Bruta (

)

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

Lucratividade Operacional

Resultado Não Operacional (

)

(

)

(

)

(

(

)

Lucratividade do Exercício

Lucratividade Líquida do Exercício

(

(

)

)

(

(

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)

)

)

Abaixo segue interpretação no formato e gráfico sobre os resultados obtidos para cada indicador supracitados.

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Pág. 70

Gráfico 18 - Análise Econômica – Lucratividade

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16.3.1 Interpretação dos Resultados da Lucratividade A avaliação econômica sob o aspecto da lucratividade busca identificar a participação dos diversos lucros atingidos pela Comercial SEMRUMO Ltda., entre os exercícios sociais de 20X1 a 20X3. A Lucratividade Bruta, o primeiro dos lucros, demonstrando a margem bruta da empresa, onde são excluídos apenas os custos das compras das mercadorias ocorridas no período, indicando a percentagem média nos três anos em torno de 65%. A Lucratividade Operacional, sem dúvida a mais relevante neste estudo, pois identifica qual o lucro da empresa, considerando apenas o envolvimento do negócio no cálculo, sendo atingido o resultado bem significativo para uma empresa comercial, um lucro nunca inferior a 23%, sendo que 27,6% em 20X1 e 31,4% no último exercício analisado. A Lucratividade do Exercício, que integra ao lucro operacional o resultado não operacional apresenta um crescimento deste índice, considerando o ganho adicional ocorrido nos três anos de atividades não relacionadas com o negócio da empresa, ficando no último ano um resultado relativo na ordem de 35,8%. Finalmente, o lucro final ocorrido, após a provisão dos impostos empresariais, apresenta índices igualmente interessantes, pois em 20X1 o resultado final atingiu

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Pág. 71

o índice de 22,5%, no ano seguinte, apesar da queda para 17,5%, ainda manteve-se interessante, voltando em 20X3 ao patamar do primeiro ano avaliado, chegando ao índice de 24%, aproximadamente.

Tabela 9 - Exemplo de Balanço Patrimonial

BALANÇO PATRIMONIAL (em M$) COMERCIAL SEMRUMO LTDA Análise Econômica Lucratividade e Rentabilidade ATIVO

CONTAS CIRCULANTE Caixa Banco Conta Corrente

PASSIVO

2.0X1 $

2.0X2 $

2.0X3 $

25.800

16.226

20.546

7.050

5.750

3.025

Fornecedores

8.650

875

5.001

Duplicatas a Receber

1.500

5.000

6.500

Estoques

4.000

1.000

5.000

Despesas Pagas

4.600

3.601

1.020

Antecipadamente NÃO CIRCULANTE

19.274

20.824

20.652

Investimentos

2.014

884

2.402

Obras de Arte

2.014

884

2.402

Imobilizado

17.260

19.940

18.250

Imóvel

6.500

6.500

6.500

Depreciação

(260)

(520)

Acumulada do Imóvel MUT

2.600

Depreciação

CONTAS CIRCULANTE

2.0X1

2.0X3

14.305

18.146

3.000

3.000

3.000

Provisão para o Imposto

3.010

500

1.000

de Renda Duplicatas a Pagar

3.900

3.500

3.100

10.000

4.405

8.546

3.250

2.900

2.500

Empréstimos Bancários Credores Diversos

23.160

2.0X2

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

21.914

22.745

23.052

(780)

Capital

20.585

20.600

20.600

3.500

4.200

Capital Social

25.600

25.600

25.600

(260)

(700)

(1.120)

(5.015)

(5.000)

(5.000)

Acumulada MUT Máquinas e

5.200

5.200

6.100

Equipamentos Depr. Acum. Máquinas

(520)

(1.040)

(1.650)

Lucros ou Prejuízos

1.329

2.145

2.452

Acumulados Prejuízos Períodos

(520)

0

(1.000)

1.849

2.145

3.452

e Equipamentos Veículos

5.000

10.000

10.000

Depreciação Acumulada

(1.000)

(3.000)

(5.000)

Veículos TOTAL DO ATIVO

Capital Social a

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integralizar

Anteriores Lucro Líquido do Exercício

45.074

37.050

41.198

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

45.074

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37.050

41.198

Pág. 72

Tabela 10 - Análise Econômica - Rentabilidade RENTABILIDADE FÓRMULAS

20X1

20X2

20X3

Rentabilidade Capital Próprio (

)

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

Rentabilidade Capital Social

Rentabilidade Capital Total

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Gráfico 19 - Análise Econômica – Rentabilidade

20 RENTABILIDADE CAPITAL PRÓPRIO

15

RENTABILIDADE CAPITAL SOCIAL

10 9

5

RENTABILIDADE CAPITAL TOTAL

0 20X1

20X2

20X3

16.3.2 Interpretação dos Resultados da Rentabilidade No estudo econômico da rentabilidade, cuja finalidade é indicar a qual remuneração que será oferecida, em crescimento de recursos monetários aos principais capitais investidos na organização. Igualmente aos demais indicadores de Lucratividade, estes representam de forma positiva o resultado desenvolvido pelos seus gestores na administração dos recursos a eles confiados.

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Pág. 73

Os recursos monetários próprios da empresa indicam uma elevação de ganhos, no triênio analisado, passando de 8,4% no ano de 20X1, para 15% no ano de 20X3, Os capitais investidos pelos sócios seguiram o mesmo rumo dos capitais pertencentes à empresa, ou seja, iniciaram em 20X1 com uma rentabilidade de 9% progredindo para 10,4% em 20X2, chegando ao patamar de 16,7% no exercício social de 20X3. O patrimônio no qual envolvem a totalidade de recursos existentes no ATIVO indica, também, a tendência ao crescimento, dobrando sua participação entre os três períodos analisados, cujo resultado final equivaleu a 8,4% em 20X3, indicando que em torno de 12 anos, mantendo o patamar atual de resultados, a recuperação total do patrimônio da empresa.

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Pág. 74

AULA 8 17 ANÁLISE ECONÔMICA - TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO Este

indicador

econômico

é

o

mais

importante

dentro

do

contexto

organizacional, pois ele busca identificar, em termos relativos, qual o retorno que a empresa oferece para os diversos recursos investidos baseado, essencialmente, pela atividade fim ou operacional da organização. Veja que este indicador econômico tem praticamente a mesma função da Rentabilidade, sendo que a grande diferença entre as duas formas de cálculo, são os numeradores das fórmulas. Enquanto que a Rentabilidade utiliza o Lucro Final atingido pela empresa, este utiliza o Lucro decorrente do negócio da empresa, ou

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seja, da atividade fim da organização, representado pelo LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO. Os fatores que determinam a taxa de retorno sobre o investimento são:  Vendas Líquidas – são identificadas através da redução da Receita Operacional Líquida com os valores indicados nas contas de devoluções, abatimentos ou descontos

concedidos

incondicionalmente

e

os

impostos

faturados

do

Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE.  Lucro Líquido Operacional – relaciona-se diretamente com a atividade básica da organização, ou seja, somente devemos excluir os Custos Operacionais e as Despesas Operacionais. Não são consideradas neste estudo as receitas e as despesas extra operacionais.  Ativo Operacional Líquido – igualmente ao lucro líquido operacional, no presente estudo somente deverá ser considerado aquelas contas contábeis patrimoniais que auxiliam a consecução dos objetivos da empresa, ou seja, aqueles itens que deram origem ao lucro.

Assim sendo a principal fonte de

informação para este estudo será o Balanço Patrimonial (somente no grupo do ATIVO), entretanto as contas deverão estar relacionadas com a atividade fim da organização.

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Pág. 75

OBS.: Este elemento contábil é fundamental para se compreender os estudos sobre retorno do investimento. É importante que se entenda o processo de uma organização. As contas que impulsionam o LUCRO de uma organização estão localizadas no ATIVO, constante do Balanço Patrimonial. (O Demonstrativo do Resultado do Exercício somente “demonstra” ou “apresenta” o resultado). As contas do ATIVO que fazem parte do OPERACIONAL ou da ATIVIDADE FIM da empresa são aquelas que auxiliam a empresa a vender seus produtos ou serviços. Assim, para a determinação do ATIVO OPERACIONAL LÍQUIDO, devemos excluir aquelas contas patrimoniais que NÃO auxiliam a venda de seus produtos ou

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serviços. As fórmulas utilizadas para o estudo deste fator são as seguintes: A. MARGEM DE LUCRO (ML) – mostra o percentual atingido pela empresa de lucro operacional em relação às vendas líquidas ou Receitas Operacionais Líquidas. Onde: ML = Margem Lucratividade.

de

Lucro

ou

LOL = Lucro Operacional Líquido. ROL = Receita Operacional Líquido. B. ROTAÇÃO ou GIRO (R) – indica o número de vezes que cada valor monetário investido pelos sócios ou não, retornou ao caixa da empresa. Onde: R = Rotação ou Giro. ROL = Receita Operacional Líquido. AOL = Ativo Operacional Líquido.

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Pág. 76

C. TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO OPERACIONAL (TRIo) – é o produto da margem pela rotação das vendas líquidas.

Onde: TRIo = Taxa de Retorno sobre o Investimento Operacional ML = Margem Lucratividade.

de

Lucro

ou

R = Rotação ou Giro.

Outra formulação para se elaborar o cálculo da Taxa de Retorno sobre o Investimento Operacional:

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Utilizando-se o método de simplificação da fórmula, onde a ROL será eliminada teremos a nova formulação: Onde: TRIo = Taxa de Retorno sobre o Investimento Operacional LOL = Lucro Operacional Líquido AOL

=

Ativo

Operacional

Líquido

D. TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO DOS CAPITAIS PRÓPRIOS (TRIcp) – este indicador econômico tem por objetivo saber qual é o retorno oferecido pela empresa sobre os capitais próprios da organização, aplicados na atividade operacional. Onde: TRIcp = Taxa de Retorno sobre o Investimento dos Capitais Próprios. LOL = Lucro Operacional Líquido. PL = Patrimônio Líquido.

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Pág. 77

E. TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO DE CAPITAIS DE TERCEIROS (TRIcterc) – este indicador tem por finalidade saber qual é o retorno do investimento sobre os capitais oriundos de terceiros aplicados na atividade operacional. Onde: TRIcterc = Taxa de Retorno sobre o Investimentos dos Capitais de Terceiros LOL = Lucro Operacional Líquido. PE = Passivo Exigível (Circulante + Não Circulante).

F. TAXA DE RETORNO SOBRE OS CAPITAIS TOTAIS (TRIt) – neste índice

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econômico o objetivo será identificar qual o retorno do investimento considerando todo o patrimônio existente na organização. Onde: TRIt = Taxa de Retorno sobre o Investimento dos Capitais Totais. LOL = Lucro Operacional Líquido. AT = Ativo Total.

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Pág. 78

17.1 Situação Prática – Taxa de Retorno sobre o Investimento Efetue a Análise Econômica da Comercial SEMRUMO Ltda., sob o aspecto da Taxa de Retorno sobre o Investimento, considerando as informações contábeis de 20X1 a 20X3, em M$ (milhares de moeda). Tabela 8 - Exemplo de Informações do Demonstrativo do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (em M$) COMERCIAL SEMRUMO LTDA. Análise Econômica Taxa de Retorno sobre o Investimento CONTAS 2.0X1 ($) 2.0X2 ($) RECEITA OPERACIONAL BRUTA (ROB) 13.000 19.000

2.0X3 ($) 23.000

Venda de Mercadorias

13.000

19.000

23.000

DEDUÇÕES

(4.615)

(6.745)

(8.165)

Devoluções de Mercadorias

(1.560)

(2.280)

(2.760)

Impostos Faturados

(3.055)

(4.465)

(5.405)

8.385

12.255

14.835

CUSTOS OPERACIONAIS

(3.000)

(4.125)

(5.000)

Custos das Mercadorias Vendidas

(3.000)

(4.125)

(5.000)

5.385

8.130

9.835

(3.070)

(5.240)

(5.180)

Despesas Administrativas

(670)

(1.050)

(1.500)

Despesas com Aluguéis

(420)

(450)

(350)

Despesas com Comunicações

(150)

(350)

(290)

Despesas com Materiais de Escritórios

(250)

(500)

(450)

Despesas com Depreciação

(520)

(1.500)

(1.110)

(80)

(50)

(120)

Despesas com Pessoal

(490)

(670)

(680)

Despesas com Folha de Pagamento

(490)

(670)

(680)

2.315

2.890

4.655

RESULTADO NÃO OPERACIONAL

530

410

655

Aluguéis Recebidos

850

850

850

(320)

(440)

(195)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (ROL)

LUCRO OPERACIONAL BRUTO (LOB) DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas com Água e Luz

LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO (LOL)

Despesa Extra Operacional LUCRO DO EXERCÍCIO, antes dos IR/CS PIR e Contribuição Social LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

2.845

3.300

5.310

(996)

(1.155)

(1.859)

1.849

2.145

3.451

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Pág. 79

Tabela 9 - Exemplo de Informações do Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL (em M$) COMERCIAL SEMRUMO LTDA Análise Econômica Taxa de Retorno sobre o Investimento ATIVO

PASSIVO

2.0X1 $

2.0X2 $

2.0X3 $

25.800

16.226

20.546

7.050

5.750

3.025

Fornecedores

Banco Conta

8.650

875

5.001

Corrente Duplicatas a

1.500

5.000

6.500

Receber Estoques

4.000

1.000

5.000

Despesas Pagas

4.600

3.601

1.020

Antecipadamente NÃO CIRCULANTE

19.274

20.824

20.652

Investimentos

2.014

884

2.402

Obras de Arte

2.014

884

2.402

Imobilizado

17.260

19.940

18.250

CONTAS CIRCULANTE Caixa

2.0X2 $

2.0X3 $

14.305

18.146

3.000

3.000

3.000

Provisão para o

3.010

500

1.000

Imposto de Renda Duplicatas a Pagar

3.900

3.500

3.100

10.000

4.405

8.546

3.250

2.900

2.500

21.914

22.745

23.052

CONTAS CIRCULANTE

Empréstimos Bancários Credores Diversos

PATRIMÔNIO

2.0X1 $ 23.160

LÍQUIDO

Imóvel

6.500

6.500

6.500

Depreciação

(260)

(520)

(780)

Capital

20.585

20.600

20.600

Acumulada do MUT Imóvel

2.600

3.500

4.200

Capital Social

25.600

25.600

25.600

Depreciação

(260)

(700)

(1.120)

(5.015)

(5.000)

(5.000)

Acumulada MUT Máquinas e

5.200

5.200

6.100

Equipamentos Depr. Acum.

(520)

(1.040)

(1.650)

Lucros ou Prejuízos

1.329

2.145

2.452

Acumulados Prejuízos Períodos

(520)

0

(1.000)

1.849

2.145

3.452

37.050

41.198

Máquinas e Veículos Equipamentos

5.000

10.000

10.000

Depreciação

(1.000)

(3.000)

(5.000)

Acumulada Veículos TOTAL DO ATIVO

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Capital Social a integralizar

Anteriores Lucro Líquido do Exercício

45.074

37.050

41.198

TOTAL DO PASSIVO E 45.074 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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Pág. 80

Quadro 7 - Taxa de Retorno sobre o Investimento TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO FÓRMULAS

20X1

20X2

20X3

Margem de Lucro

(

)

(

)

(

)

Rotação ou Giro

(

)

(

) x 100

(

)x 100

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

QI ESCOLAS E FACULDADES CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Taxa de Retorno sobre Investimento Operacional

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

Taxa de Retorno sobre Investimento Capital Próprio

(

)

Taxa de Retorno sobre Investimento Capital de Terceiros

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

Taxa de Retorno sobre Investimento Capital Total

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Pág. 81

Gráfico 20- Análise Econômica – Taxa de Retorno sobre o Investimento

35 MARGEM DE LUCRO

30 25

TRI - Capitais Próprios

20 TRI - Capitais de Terceiros

15 10

TRI - Capitais Totais

5

TRI - Operacional

0 20X1

20X2

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20X3

1.1.2.1 Interpretação dos Resultados Avaliando a Comercial SEMRUMO Ltda., entre os exercícios sociais de 20X1 a 20X3, sob o aspecto do retorno oferecido aos principais capitais investidos em seu patrimônio, considerando apenas o movimento operacional, ou seja, relacionado à sua atividade comercial, observa-se um excelente desempenho operacional, pois avaliando apenas a margem de lucro os indicadores econômicos não são inferiores a 23%, em nenhum dos anos analisados. A taxa de retorno apresenta, considerando o desempenho operacional da empresa, e relacionando as principais contas do ATIVO que se vinculam com a atividade fim, índices em perspectiva de crescimento como se observa, pois passou de 5,4%, em 20X1, para 12% em 20X3. Os capitais da empresa disponibilizados no Patrimônio Líquido, também apresentaram índices econômicos em elevação, praticamente dobrando o retorno, passando de 10% em 20X1, para 20,2% em 20X3, projetando uma total recuperação em até 4 anos, desde que o processo de crescimento atual se mantenha. O patrimônio total da organização terminou o triênio em análise com índice de 11,3%, indicando que em, no máximo, 9 anos o valores atuais existentes estarão dobrados, isso, obviamente, se a empresa mantiver o atual estágio de crescimento.

Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos

Pág. 82

REFERÊNCIAS

FERREIRA, José Ângelo. ABC das finanças. S.Paulo. Ed. STS. 1999. GITMANN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. S.Paulo. Ed Pearson. 1997. BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. S.Paulo. Ed. Atlas. 1995. PEREIRA, Zeni, & WÜNSCH, Paulo. Apostila de Administração Financeira. 2ª Edição. Revisão 2014.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

QI ESCOLAS E FACULDADES CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

MORANE, Antonio Salvador; JORGE, Fauzi Timaco. Administração Financeira Decisões de curto prazo, decisões de longo prazo, indicadores de desempenho. São Paulo/SP. Ed Atlas 2007. NETO, Alexandre Assaf; LIMA, Fabiano Guast. Fundamentos da Administração Financeira. São Paulo/SP. Ed. Atlas 2010.

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Pág. 83

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