Programas de Necessidades e Dicas de Distribuição de Layout

August 28, 2021 | Author: Anonymous | Category: N/A
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NOVAFAPI - CURSO DESIGN DE INTERIORES – PROJETO DE INTERIORES RESIDENCIAIS PROF.ª ARQ. ESP. ROSA KARINA CARVALHO CAVALCANTE

PERFIL DO CLIENTE Mais do que preocupação estética ou modismo, o que deve mover é a busca de um lugar especial, que atenda às necessidades e onde se senta bem. O que de fato é importante não se esconde em objetos, móveis ou espaços, mas na combinação destes elementos que refletem o que somos e estimulam nossas emoções, sentidos e memórias. Esta é a grande arte do Design de Interiores. Pense: a) Quais são os hábitos da família? Se responder que eles adoram fazer churrasco nos finais de semana, provavelmente seu foco no layout privilegiará as áreas externas e os móveis de jardim. Se responder que adoram ver filmes juntos, vai precisar ficar de olho em sofás confortáveis e bons equipamentos eletroeletrônicos. b) Gosta de receber? Se sim, a casa terá uma distribuição que propicia a conversa e talvez compense investir em apetrechos de cozinha. Já se a resposta for não, os modelos de sofá e a forma como arranjá-los será diferente. c) Uma sala para eles é tão importante a ponto de quererem derrubar as paredes de um quarto para que fique maior? Então as paredes virão a baixo, claro, isso se a estrutura da sua casa permitir d) Gostam de ambientes coloridos ou se sintem melhor em lugares mais clean ? A resposta definirá a cartela de cores. e) Gosta de cozinhar? Quem gosta precisa de grandes bancadas e bons equipamentos. Quem mal entra na cozinha, não precisa de tanto espaço e nem de eletrodomésticos de última geração. f) Em que ambientes da casa passam a maior parte do tempo? Com a resposta, você é capaz de definir por onde começar primeiro.

PROGRAMAS DE NECESSIDADES Várias definições: 

Espaço arquitetônico definido de acordo com o conjunto de atividades sociais e funcionais (cultura) nele exercido e com o papel que representa para a sociedade. (...) Classificação, em termos genéricos (quantitativo) ou minuciosa (qualitativo), do conjunto de necessidades funcionais correspondentes à utilização do espaço interno e à sua divisão em ambientes, recintos ou compartimentos, requerida para que um edifício tenha um determinado uso.

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O Programa de Necessidades é estabelecido a partir da listagem do que se pretende fazer ou do que será necessário prever para o projeto a ser elaborado, indo, no entanto, muito além de medidas-padrão ou de uma razão determinada pela área do espaço físico destinado a cada indivíduo. Incorporado ao Programa estão, também, as variáveis sociais, culturais, econômicas e artísticas do momento histórico. Portanto, ao Programa de Necessidades, além do caráter quantitativo, pode-se atribuir o caráter qualitativo[1], na medida em que a interpretação dos dados fornecidos para a sua elaboração surge a partir de referenciais distintos que integram as atividades e as intenções que farão parte do projeto.



Em arquitetura, um programa de necessidades é o conjunto sistematizado de necessidades para um determinado uso de uma construção. É usado nas fases iniciais do projeto a fim de nortear as decisões a serem tomadas. É um dos principais determinantes do projeto, juntamente do partido, do sítio e das restrições legais . Sua utilização foi largamente difundida pelos arquitetos modernos, partidários de uma produção arquitetônica baseada na eficácia total da edificação.



Reunião das necessidades sociais e funcionais de uma família ou dos moradores de uma casa. Serve de base para o desenvolvimento do projeto.



O programa de necessidades consiste em observar quais são as expectativas dos futuros moradores, ou investidores em relação ao novo projeto. Isto acontece em uma conversa com o profissional, onde os proprietários demonstram seus desejos e necessidades: 3 ou 4 dormitórios, suíte com banheira? Sala com pé direito duplo, ou mesmo a pequena foto guardada a muito tempo daquela revista onde está a piscina dos seus sonhos! Enfim, este programa de necessidades é a base fundamental para um bom projeto.

A elaboração de um programa de necessidades, confeccionado de forma minuciosa e detalhada, e devidamente contextualizado, é um importante instrumento de superação para a angústia estabelecida pela “folha em branco”. É importante ter a clareza necessária e suficiente do perfil do cliente e do programa de necessidades para traduzir as informações em projeto. Por isso, deve-se ter em mente, que ele vai além de uma listagem dos itens a fazerem parte do ambiente, mas o perfil do cliente vai ditar a forma que esses itens deverão ser dispostos, a quantidade e a escolha deles, etc.

Exemplo de perfil de cliente e programa de necessidades. O local era uma área de circulação da casa. Quando cheguei lá, já havia um home office, porém, sem design nenhum. Aquele ambiente, embora estivesse numa área mais íntima da residência precisava de um "up".

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Como era o ambiente:

Perfil do Cliente

Família composta por 05 pessoas, sendo um casal e 03 filhos. Quanto ao casal, ele é um empresário da área industrial que costuma levar trabalho para casa; ela trabalha na área educacional. O casal tem como hobby colecionar livros, revistas, fotografias e gostam de cozinhar. Quanto aos filhos, um jovem de 25 anos estudante de publicidade e propaganda, tem como hobby a internet e música; duas adolescentes de 17 e 15 anos, que gostam de colecionar fotografias. A família costuma receber amigos e familiares com freqüência e os filhos os amigos para assistir um bom vídeo ou ouvir música. Com base, nesse perfil, o trabalho se desenvolveu da seguinte forma: Programa de Necessidades:

Bancada para estudos e realização de trabalhos. Nichos de tamanhos diferentes para acomodar adequadamente 60 livros de diversos tamanhos e 55 revistas, reservando um espaço para o aumento da coleção. Espaço para expor fotografias da família e para guardar álbuns antigos, além de Cd´s que contenham fotos digitais. Espaço descontraído para ver fotos. Climatização adequada. Manter certa divisão do home office  para os quartos, sem descaracterizar, porém, a área de circulação.

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DICAS DE DISTRIBUIÇÃO Determinar a distribuição de móveis e objetos em espaços é uma das primeiras etapas de um projeto de interiores. As medidas do ambiente é que guiarão o planejamento e adequação do mobiliário e uma das formas mais práticas de "visualizar" as possibilidades de layout (distribuição) de um espaço é a simulação. Ao escolher os móveis solicite as medidas ao vendedor ou usando uma trena, meça a largura, altura e profundidade das peças. Anote estas informações e outros detalhes relevantes como cor e nome dos móveis. A prática na organização de layout se aprende fazendo o layout, como é o exercício que vocês têm para fazer. Antes de começar a fazer, e munidos do perfil do cliente com o programa de necessidades, procura-se ter em mente de forma clara o estilo a ser utilizado no projeto, que deve ser resultado do perfil do cliente e do estilo próprio de cada um de vocês, com o programa de necessidades você deverá ter estabelecido o que vai fazer parte de cada ambiente, pesquisa-se nos livros as dimensões básicas do mobiliário e das circulações, e começa-se fazer os croquis em cima da planta. Isso permite que vocês possam fazer mudanças, e provar as diversas maneiras m aneiras de resolver o ambiente. Uma coisa que se tem que ter clara, é que não existe uma forma única de resolução do layout, por isso que não tem como a gente “ensinar” como fazer. Somente a prática vai nos ensinar. Vocês veriam que mesmo se fosse um só apartamento, e o mesmo perfil de cliente com o mesmo programa de necessidades, haveria uma forma diferente de resolver. Sobre as medidas básicas de ergonomia, já falamos disso quando mostramos os livros do Neufert e as dimensões básicas em arquitetura, que levei em PDF e algumas pessoas copiaram. Além desses mais antigos, tem também uns mais modernos, eu indicaria Projetando Espaço – guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais, autora: Miriam Gurgel, Ed. SENAC. (Tem na biblioteca, mas recomendaria comprar, tem na livraria que está na Novafapi, comprei o meu lá). 

Ponto de partida: Tendo em mãos o levantamento (medidas) dos ambientes, o primeiro passo é localizar as tomadas e os demais pontos de luz, pois eles indicam o lugar de vários itens, como mesas laterais e bancadas para eletrodomésticos (ainda que há a possibilidade da mudança desses itens, dependendo do estado de acabamento do ambiente - locais que não são ou ainda não estão revestidas as paredes com cerâmicas ou pedras (mármore, granito, etc. – e também da disponibilidade financeira do cliente). Atente para a função do cômodo. O espaço de pouco uso deve priorizar o bom fluxo. O de curta permanência não precisa de tanto rigor.



Perfil dos moradores: Considerar os hábitos da família é fundamental para a seleção dos móveis. Se o estilo de vida é mais intimista e raramente recebem convidados, vale investir numa mesa de muitos lugares? Talvez apostar apenas num aparador seja bem melhor para receber os eventuais convidados.

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Respeito aos limites. Liste tudo o pretende ter no ambiente e avalie se o espaço físico comporta aquela quantidade de peças. Não esqueça que pessoas circularão por ali e sem áreas livres não há conforto. Vale lembrar: se o cômodo foi projetado para seis pessoas, nem tente adequá-lo para 12 – as paredes não são elásticas.



Projeto da distribuição: Meça-se da cabeça aos pés. São nossas dimensões que devem determinar todas as medidas da casa, do tamanho dos móveis às passagens. Não esqueça que os trajetos mais usados precisam ficar livres. li vres.



Uma boa dica pra começar é desenhar numa cartolina os móveis na escala usada, recorte os desenhos e brincar com a distribuição na planta, esse método é muito utilizado pelos designers de interiores para provar as variadas possibilidades de distribuição. Para não ficar confuso, use uma mesma cor para sofás e poltronas, outra cor para os tapetes, e assim por diante. Experimente as várias possibilidades de layout mudando os móveis de lugar.

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Distribuição 01

Distribuição 02

Distribuiçao 03

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