Princípios da vingança na Maçonaria

IPrincípios AVINGANÇA

No questionamento

proposto como tema para

este trabalho, acredito que sob a ótica maçô-

tra que é verdadeira, a ação da crítica não deve dar lugar a qualquer censura". Quanto ao co-

nica (pois este deve ser o foco de nosso esfor-

nhecimento, que é o resultado da soma de in-

ço), nossa atitude frente a estes fatos deve ser

formações (podendo ser elas históricas, cientí-

de equilíbrio e conhecimento

ficas ou filosóficas, entre outras) com a dos

(esclarecimen-

to). Equilíbrio para que não incorramos em ar-

demais maçons, para que possam irradiar e

gumentos

contagiar os indivíduos que nos cercam, ou

passionais que, sob a interpretação

de manifestação

ideológica, nada adicione ao

debate. A análise ponderada sob a ótica maçônica deve, ao meu juízo, considerar todos os aspectos envolvidos (éticos, morais, políticos, ideológicos, econômicos, sociais, culturais, religiosos, etc.) para a construção

Evangelista Vieira - M:. M :. A:.R:.L:.S:. Lealdade, Ação e VigilânciaN° 39 - G:. O:. S:. C:. Or:. São José

convivem, nos diversos papeis em que atuamos.

"Que as lógicas deduções morais sirvam para os vossos empreendimentos na vida... ". "Eis o segredo (da Maçonaria) de seu poder, pois ficou imutável: ENCONTRAR A VERDADE".

de uma alter-

nativa em vez da sectarização. "Permanece com

mesma calma e simples dignidade perante todos os governos, independente de qualquer seita ou credo". Nas cores que decoram o templo lembramos do zelo, fervor, paixão(vermelho)

e a

paz, serenidade, candura, inocência, pureza ou a síntese de todas as virtudes(branco). tiva de vencer por argumentos

Ir:. Eugênio Carlos

~~ ••J a vingança é uma 6tima virtude, pois ajuda aos outros a se corrigirem. Quando um pai não corrige seu filho, ele está alimentando o vício na alma do filho."

A tenta-

deve ser subs-

Como força uníssona e atuante, nossa Ordem

tituída pela tentativa de convencer, "pois a crí-

tem obrigações com seus princípios ("Recomen-

tica deve ser sempre, construtiva e para demons-

da a divulgação dos seus ideais pelo exemplo e

por todos os meios de comunicação do pensamento ... "- XI Princípio Geral da Ma-

cação ao delinqüente do mesmo dano que causou a outrem". Não seria diferente as

teressante

çonaria) e a responsabilidade

avaliarmos do ponto de vista do direito

"sua violação é também um pecado", por

coerência com sua origem histórica.

canônico (Cânon 2205) a legítima defe-

exemplo, as contra o assassínio e o rou-

Em resumo,

sa que "... sempre que se guarde a devida

bo. Outras violações são "meramente

moderação, escusa por completo de todo o delito, de outra sorte só diminuem a

penais", i.e. sua violação não constitui

nossa

avaliação

social e como

maçom deve obrigar-nos a ponderar os fatos de nosso cotidiano através da "len-

penais são também

obrigado a sofrer pena imposta aos desobedientes, mas não tem sua consciência manchada diante de Deus", por exemplo,

construir alternativas. às instruções

Maçônicas, um aspecto despertou "vingança" ensinamento também

que

as leis que regulamentam

minha atenção, foi

a introdução

católica a "Lei Natural é aque-

de

la que foi colocada por Deus nos corações dos homens em contraposição (grifo meu) à lei positiva que ditada pela legislação humana". Para a Maçona-

e que aparece

em muitos outros

graus do escocismo.

o

tráfico e a caça. Para a igreja

do elemento no processo

leis morais, isto é,

pecado e, o que a violar, "será apenas

te dos valores maçônicos" e Com relação

é destacar que algumas leis

Disso-

nante dos valores de nossa ordem, este tema é por si só polêmico. Abordado de ma-

ria na lei moral que orienta

neira equivocada,

nossa Ordem (Antigos Precei-

já que é

pecado pela igreja e "um sentimento de paixão, de baixeza moral, não devendo encontrar apoio entre os maçons". A vingança "pecado que consiste em infligir ou desejar infligir um castigo além do que é justo ou infligi-Io mais por antipatia do que por justiça", mesmo que seja "lícito castigar um malfeitor, contanto que se tenha autoridade para isso". Isto

imputabilidade, como diminuem também o haver sido provocado". Êxodo 22:2 "se um ladrão for achado arrombando a porta duma casa, ou escavando a parede para entrar, e sendo ferido, morreu da ferida; aquele que o feriu, não será culpado da morte".

pode explicar a distorção na interpreta-

cado de bastão ou vara, de onde veio o

considerado

tos, 1722), "o maçom está obrigado por

sua própria conveniência a obedecer à lei moral". Neste caso a lei moral não esta limitada ao decálogo de Moises (10 mandamentos

- pecados), mas a lei natural

que, para o maçom, é "a vontade de Deus

ção da "Lei de Talião" em seu "olho por

significado da palavra régua ou padrão

olho, dente por dente", que passou a ser sinônimo de vingança em vez de "apli-

de medida, instrumento de trabalho dos

relacionada com as ações humanas, estabelecidas sob as diferenças morais das coisas e por isso mesmo manifestas pela luz natural, obrigatórias a toda humanidade (Grove, vol. 2, pág.l22 - Londres 1749). É a declarada a "lei da Maçona-

maçons. Cânon também quer dizer de origem divina,

ria", por que não poderia existir uma lei que não fosse.universal, como é univer-

Interessante

saber

que

a palavra

"cânon", de origem grega, tem o signifi-

O Escocismo tem

sal nossa instituição.

mensagens como

"Existe uma virtude que desapareceu completamente da vida moderna. É o zelo pela vingança. Em que consiste? Em punir os erros dos que estão subordinados a nós, dando-Ihes um castigo correspondente à gravidade do erro. Com este castigo, a pessoa que errou torna-se capaz de reparar o mal que fez. Porisso, a vingança é uma ótima virtude, pois ajuda aos outros a se corrigirem. Quando um pai não corrige seu filho, ele está alimentando o vício na alma do filho."

"con sagrado ao zelo virtuoso, ao talento esclarecido que, por exemplos e generosos esforços, vingam (grifo meu) a verdade e a virtude contra o , . " erro e o VICIO • Outro aspecto in-

o que

BIBLIOGRAFIA:

do) passa ser tratado como justiça. Caso

que sirvamos como novo espírito e não na velhice da letra".(Epístola aos Romanos

contrário,

7,1-6).

Sebastião Dobel dos Santos 2 Dicionário prático de cultura católica, bíblica e

é tratado como vingança (pecaque sentido

faria "rnaçons

alerta, tende firmeza; Vingai direitos da

Qual seria a diferença da execução de

natureza". "A vingança sem um poder le-

um criminoso por um Rei ou por um de

gítimo é criminosa". Desta forma, está

seus servos? Não seria o destino do cri-

subentendido

que existe sim uma vin-

minoso o mesmo? O desfecho

sem o

gança justa.

início e o meio seria uma obra desfigu-

Mesmo explicitado seu uso no sentido

rada e inacabada. A luz de nossos valo-

figurado, o elemento

res (maçônicos), o julgamento "impar-

da vingança para

"degolar os vícios internos e não arma de vingança, não podendo ser ou realizar o instrumento da vingança". Mesmo assim,

cial" (qual o é?), controlado,

meu entender é que tanto para consigo

do como método educacional, é a vin-

como para com outrem,

gança revelada em seu contorno de cor-

"juizes permanentes",

devemos ser

mas também sa-

reção, conformidade

(ao todo), castigo

bendo dosar a medida de justiça evitan-

e punição. O Maçom como vingador

muito comum nas religiões, beira o exassassino "deve ser feito com equilíbrio,

pois a justiça é o perfeito equilíbrio divino". "Se os seus sentimentos de bondade e caridade, honra e justiça não são ainda apenas hipóteses de uma criatura oportunista, vingativa e bajuladora que está apenas buscando ocasião para extravasar seus instintos persistentes!" Todos os autores pesquisados este elemento

utilizam

para, logo em seguida,

justificar com reservas seu uso. Se os autores afirmam que o tema é a justiça e expressamente

afirmam que

"jamais significa vingança", podem-se depreender

Sim! Um vingador!

dois aspectos. Primeiro de-

Para nossa cultura e história atuais é

ao

aplicador da justiça uma medida preci-

realmente

muito

difícil entender

to-

sa, quase divina (ou divina). Em Mateus

dos os elementos

5: 17, Jesus diz "não julgueis que vim des-

que compõem

truir a lei ou os profetas. Não vim destruílos, mas dar-lhe cumprimento". Esta lei, a

mensagens

as

maçô-

nicas cujos elemen-

que se refere a bíblia, trata-se da "inter-

tos e princípios ele-

pretação" de Jesus da lei judaica que "tra-

vados mesclam-se

duzia" os preceitos

com a necessidade

trabalhavam principalmente

daqueles que não

somente

na forma,

no conteúdo,

mas

"de sorte

que busca

"encontrar e vencer os assassinos que estão em nós (somente em nós?), aqueles que matam as virtudes", mas também "são os maçons preparados para se oporem aos programas sociais imbuídos de filosofia materialista", fazendo com "que a verdade seja proclamada, sempre em qualquer tempo, sem preocupação de consequências".

les é a tênue linha que separa o que é justo do que não o é, impondo

à

inteligência, utilizando a razão e servin-

do a radicalização (também pessoal) que, tremismo cego e intolerante. Justiçar o

corajoso

"em defender a verdade", submetido

de simplicidade no agir.

Dicionário Ilustrado de Maçonaria

geral Edição Barsa 1965 3 Enciclopedia de La Francomasoneria A. Gallantin Mackey 4 Os 33 graius do R:.E:.A:.A:. Mário Leal Bacelar 5 Instruções para Loja de Perfeição NicolaAslan 6 Comentários dos graus inefáveis do R.:E.:A.:A.: Denizart Silveira de Oliveira Filho 7 Comentários sobre moral e dogma Henry C. Clausen 8 R:. E :.A:.A:.

10 ao 330

Rizzardo da Camino 9 A Maçonaria e o livro sagrado Zilmar de Paula Barros IOA MAÇONARIA E O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO 'Aspectos Morais e Filosóficos". Ir:. Geraldo Morgado Fagundes (Gr:. 33) I IVirtudes morais anexas à Prudência htt~rUwww capela org.br/Catecismo/aoexas http-I/www

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