Princípios básicos ou científicos do treinamento desportivo

April 14, 2019 | Author: MagnunLanfranco | Category: Homeostasis, Stress (Biology), Autoajuda, Adaptation, Muscle
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Princípios básicos ou científicos do treinamento desportivo: Professor: Magnun Lanfranco

Princípios básicos ou científicos do treinamento desportivo: Princípio da individualidade biológica; Princípio da adaptação; Princípio da sobrecarga; Princípio da continuidade; Princípio da interdependência volume-intensidade; Princípio da especificidade.

Principio da individualidade biológica Genótipo = carga genética que determinará diversos fatores: Composição corporal; Biótipo; Altura máxima esperada; Força máxima possível; Aptidões físicas e intelectuais. Fenótipo = interação do individuo com o meio onde vive e as pessoas com quem convive irão determinar outros fatores tais como: Habilidade esportiva; VO2 máx; Percentual observável real dos tipos de fibras musculares; Potencialidades expressas (altura, força máxima); Quando o grupo a ser treinado for pequeno, o treino deverá ser individualizado, em casos onde o grupo for grande obrigatoriamente deverá dividi-lo o mais homogêneo possível.

Princípio da adaptação Homeostase: é o equilíbrio constante e dinâmico do meio interno garantido pelos sistemas do organismo. Sempre que a homeostasia é perturbada o organismo dispara uma resposta compensatória para restabelecer a homeostasia, esses estímulos provocarão uma resposta de importância proporcional a sua intensidade. Hans Seyle caracterizou esses estímulos com stress e concentrou sua base de pesquisa nos estímulos fortes e muito fortes que são capazes de gerar adaptações ou danos agudos ou crônicos no organismo desencadeando uma síndrome da adaptação geral (SAG).

Tipos de stress por Von Euler: Stress físico; Stress bioquímico; Stress mental. Intensidade dos estímulos: Débil = Não acarreta conseqüências; Médio = apenas excita; Forte = provoca adaptações; Muito forte = provocam danos. As três fases da (SAG): 1° fase = fase de excitação, provocam uma reação de alarme. 2°fase = fase de resistência, provoca adaptação. 3°fase = provoca danos temporários ou permanentes. OBS: o treinador dependerá de parâmetros fisiológicos e de seu feeling, para situar a intensidade do treinamento dentro de uma faixa que provoque adaptações no organismo (2°fase da SAG). Termos utilizados para descrer o desgaste orgânico provocado pela atividade física. Cansaço = é a sensação subjetiva de desgaste provocado pela atividade. Fadiga = diminuição das reservas energéticas associada ao acumulo de acido lático e outros catabolitos no organismo que dificultam ou incapacitam a realização do trabalho. Sobretreinamento = termo que denota um a recuperação incompleta antes da aplicação de um novo estimulo, dando origem a exaustão e promovendo um declínio da capacidade de trabalho. Exaustão = estado do organismo que submetido a uma carga de trabalho muito forte não se recupera, quer por insuficiência de tempo de repouso, ou por alimentação inadequada ou condição de patologia. O strain vem em decorrência da aplicação de uma excessiva carga de trabalho dentro de um processo de sobretreinamento. Como detectar precocemente o strain: Aumento da FC basal; Diarréia; Irritabilidade; Perda de peso;

Insônia; Lesões musculares constantes e etc.

Principio da sobrecarga: Logo após a aplicação de uma sobrecarga de trabalho, há uma recuperação do organismo, a fim de restabelecer a homeostasia. Um treinamento normalmente provoca uma diminuição nos estoques de energia e também um acumulo de catabolitos no organismo. A reposição destas reservas de energia se faz a nível muscular quase que integralmente durante os primeiros três a cinco minutos de recuperação, no entanto a nível orgânico, somente o repouso prolongado e alimentação suficientes possibilitam a reposição total. O tempo de recuperação é proporcional a intensidade de trabalho realizado. Hegedus chamou esse fenômeno de assimilação compensatória, composta por um período de recuperação, no qual seriam repostas as energias perdidas, e um período de restauração ampliada, no qual seria assimilada uma overdose energética. Caso não haja aplicação de cargas crescentes só acontecerá super compensação no primeiro período de recuperação deixando de haver adaptação nessa etapa. Além de o organismo tender a ter uma discreta queda na capacidade física, se for comparada com o nível alcançado logo no inicio do trabalho. Para que ocorra a supercompensação o tempo de recuperação deve ser proporcional a magnitude do estimulo, podem surgir dois problemas nessa fase a recuperação excessiva ou a recuperação insuficiente. Sobre carga no volume e intensidade do treinamento: Normalmente, aplica-se a sobrecarga inicialmente sobre o volume, só após esta carga ser assimilada é que se sobrecarrega a intensidade.

Principio da interdependência volume - intensidade A escolha da incidência da sobrecarga na intensidade ou no volume respeitará dos critérios: qualidade física visada e o período de treinamento. Durante a fase básica do período preparatório, a curva do volume v olume de treinamento tem uma grande preponderância sobre a intensidade. Ao se iniciar o período especifico, a intensidade adquire preponderância sobre o volume, esta preponderância se acentua durante o período de competição e se inverte na transição. Sobrecarga (quantidade de treinamento) Quilômetros percorridos; Numero de repetições; Tempo de duração;

Numero de series. Sobrecarga na intensidade (qualidade do treinamento) Quilagem utilizada; Velocidade; Ritmo; Redução do intervalo (pausa); Amplitude de movimento (ADM).

Principio da continuidade Aplicação de uma nova carga crescente durante o período de supercompensação, antes que o organismo, ao se recuperar totalmente, retorne ao nível de homeostasia inicial. Em um treinamento de alto nível procura-se dar de dois a três estímulos crescentes antes de propiciar um dia de recuperação, desta forma consegue-se um efeito multiplicador do stress aplicado, assim a supercompensação ocorrerá apo uma serie de treinos sucessivos.

Principio da especificidade O principio da especificidade impõem que o treinamento deve ser montado de acordo com as exigências da performance desportiva em termos de, qualidade física, sistema energético, segmento corporal, e coordenação neuromuscular. Esse principio irá re3fletir em duas aspectos fisiológicas, o aspecto metabólico e o neuromuscular. O aspecto metabólico compreende dois componentes o sistema energético e o cardiorrespiratório. A intensidade e duração do exercício determinarão o tipo de sistema energético utilizado. Quanto mais solicitado for esse sistema energético maior será o potencial de aprimoramento na execução das atividades que dependem desse sistema. O aspecto neuromuscular: 1° aspecto do tipo de fibras musculares e suas características; Fibras do tipo I oxidativas (aeróbica). Fibras do tipo II principalmente as tipo IIb , que é a típica fibra glicolítica ( exercícios anaeróbios). 2° aspecto é controlado pelo SNC a nível do cérebro, bulbo e medula espinhal e pressupõe que todos os gestos utilizados durante a performance já estejam perfeitamente “aprendidos” de forma a permitir que, durante a performance, não se tenha que aprender nova coo rdenação neuromuscular, somente terá que lembrar o movimento já assimilado.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Estelio H. M. Dantas - A Prática da Preparação Física

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