Poesia Trovadoresca Síntese

May 22, 2019 | Author: simao | Category: Love
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Description

1

Sujeito poético Objeto

Caracterização do sujeito

Caracterização do objeto

Relacionamento entre o sujeito

Feminino: uma donzela

Masculino: trovador

Masculino: trovador

Masculino: um amigo

Feminino: a dona, a “senhor”

Pessoa que é ou não identificada

Autocaracterização: louçã, velida,

Autocaracterização:

loada, leda, fremosa, delgada,

coitado,

talhada, bem parecer , etc.

enlouquecido, sofredor , etc.

Caracterizado diretamente pelas informações do sujeito como mentiroso, traidor, fremoso, etc., ou indiretamente através da caracterização do sujeito

Caracterização direta: a mulher ideal - qualidades físicas: fremosura, beldade, corpo delgado

Plano de igualdade: sentimento amoroso espontâneo

e o objeto

Cenário

Valor documental

Temática

Estrutura

aflito,

cativo, servidor,

Vassalagem amorosa do sujeito poético (regras do amor cortês): sofrer quando ela quiser, guardar mesura, respeitar o seu prez , prestar vassalagem (frenador, precador, entendedor )

Não caracterizado ou autocaracterizado como excomungado, triste, superior na classe social, ou caracterizado diretamente através do objeto trovador mentiroso, como maçador , etc. Caracterização direta: traidor, pecador, escandaloso, mentiroso, fingido, má reputação, feio

Relacionamento crítico visando a denúncia dos defeitos

A natureza amiga e confidente: - o campo: fonte, rio, montanha, ermida, baile, alvorada - o mar - a casa (ausência do chefe de família, autoridade materna)

A natureza convencionalizada: - a descrição das flores de maio, da brisa da primavera e do cantar do rouxinol

A vida rural / ambiente doméstico e familiar – séculos XII-XIV

A vida cortesã /ambiente palaciano – séculos XII-XIV

Toda a sociedade –  séculos XIIXIV

O sentimento amoroso: a alegria de amar e de ser amada, a tristeza da ausência do amigo, a saudade do passado, o ciúme, a vingança, etc.

O sentimento amoroso: a coita de amor, o amor infeliz (que pode resultar na loucura ou morte), o elogio cortês

A sátira: pessoal (paródia do amor cortês), social (moral e religiosa) e política

- Paralelismo (leixa-pren) - Paralelismo anafórico e semântico - Cantiga de refrão - Cantiga de mestria (rara)

- Cantiga de mestria - Cantiga de refrão - Cantiga com mordobre / mozdobre

A vida social da época

A corte / ambiente cortesão

A mesma da cantiga de amor

2

O SOFRIMENTO AMOROSO Sofrimento amoroso nas cantigas de amigo: 

Dor associada à saudade: “Non chegou, madre”, “Ai eu, coitada”



Ama, mas sente-se traída, enganada: “Ai madre”, “Non chegou, madre”





Sentimento de traição associado à raiva, irritação, revolta, frustração, desgosto: “Eu, louçana, en quant’eu viva for” Sofrimento por não saber novidade do amigo: “Ai flores de verde pino”, “Ai eu, coitada”, “Ondas do mar de Vigo”



Sofrimento por se ter apaixonado por um cavaleiro que vira passar : “Madre, passou per aqui’ un cavaleiro”



Desconfiada e descrente no amor: “Cavalgava noutro dia ”

Sofrimento amoroso nas cantigas de amor: 





O facto de a mulher/”senhor” ser totalmente inacessível causa sofrimento no trovador: vassalagem amorosa Amor infeliz, que pode resultar na loucura ou na morte: “A dona que eu am’ e tenho por senhor”, “Amigos, non poss’eu negar”, “Que soidade de mha senhor ei”, “Como morreu quen nunca ben”

Valorização do sentido da visão: foi a visão da “senhor” que fez com que se apaixonasse e consequentemente sofresse, mas é também a necessidade de visão da mulher que pode evitar a sua morte. São esses mesmos olhos que choram por ela, correndo ainda o risco de cegarem caso não a vejam: “Estes meus olhos nunca perderán”

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