Poemas Divinatorios de Ifa (Abimbola)

February 12, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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IFA DIVINATION POETRY  WANDE ABIMBOLA  PREFÁCIO Ifá é um importante sistema de divinação encontrado em muitas culturas do oeste da África. Na terra Yoruba,onde Ifá é a divindade principal, este sistema divinatório fascinante foi intimamente identificado com a história, mitologia, religião e medicina popular do povo Yoruba. O Yoruba tem Ifá como um repositório das suas crenças e valores morais. O sistema divinatório de Ifá e os extensivos cantos poéticos a ele associados são usados pelo Yorubá para validar importantes aspectos da sua cultura. A divinação de Ifá é, portanto, praticada pelos Yorubas durante todos os seus importantes ritos de passsagem, tais como cerimónia de dar o nome, casamentos, funerais, e quando dão posse aos reis. Para a sociedade tradicional Yoruba, a autoridade de Ifá permeia todos os aspectos da vida porque o Yoruba cosidera Ifá como a voz das divendades e a sabedoria dos ancestrais. Este trabalho apresenta sessenta e quatro poemas de ifá dos dezesseis odus principais da coleção de escritos de Ifá. O trabalho tem duas partes. A primeira parte é a introdução que cobre a mitologia de Ifá, seus instrumentos de divinaçõa, o trinamento dos sacerdotes, o processo de divinação de Ifá, e uma avalição da posição desta divindade em seu sistema elaborado de divinção entre o povo Yoruba. A intrdução também trata da significação do Odù como o mais importante ponto de referência dentro dos escritos de Ifá como um todo. A última seção da introdução, apresenta uma análise estrutural, estilística e temática da poesia divinatória de Ifá. A Segunda parte do trabalho é uma apresentação de material textual. Um total de sessenta e quatro poemas de Ifá são apesentadso em sua versão original Yorubae sua tradução para o português. Quatro poemas são apresentados de cada um dos dezesseis Odus principais. Cada poema na versão portuguêsa é provido de um título que resume o assunto focalizado. A versão para o português é também acompanhada de notas adequadas destinadas a elucidar detalhes linguísticos e culturais não englobados pelo texto traduzido. Este livro é projetado para ir ao encontro dos leitores em geral como também do especialista que deseja informar-se da riqueza da poesia oral Africana. O leitor verá desde a introdução como o Yoruba atentou para usar o genero poético com veículo para presevação e desenvolvimento de sua cultura. O sistema de divinão de Ifá e sua fantástica coleção de cantos poéticos mostram claramente a ingenuidade das pessoas não letradas para desenvolver, preservar, e difundir os ingredientes própria cultura, mesmo sem conhecer a arte da escrita. de sua

 

3 INDIANA UNIVERSITY BLOOMINGTON

MARCH 1973

 AGRADECIMENTOS Todos os sessenta e nos foram dados por pààkòyi, Òyó, oeste diferentes ocasiões

quatro poemas que constam neste trabalho Oyedele Isola do Quarteirão de Beesin, da Nigéria. Os poemas foram colhidos em entre 1963 e 1970.

Algumas das gravações dos cantos Oyedele estão guardadas na Biblioteca da Universidade de de Lagos, Lagos, Nigéria. Mas, o grosso do extenso material, recolhido deste renomado sacerdote de Ifá estão sob minha guarda. Oyedele é amplamente conhcido em Òyó por sua prodigiosa memória e pela riqueza de sua voz, para cantar Ifá. Ele é também um médico prático. Sou agradecido a Oyedele por tudo que aprendí com ele nos últimos dez anos. Sou agradecido também aos seguintes sacerdotes de Ifá, qu me ajudaram na interpretação de parte do material colhido com Oyedele e dos quais eu gravei material de Ifá que não consta deste livro: (a) (a ) Aw Awót ótún únde de Aw Awór órin indé dé, , Il Ilé é Ol Olób óbèd èdú, ú, Òs Òsgb gbo, o, (b (b) ) Ad Adéj éjàr àre e KékeréKéke ré-awo awo, , Ilé Bee Beesin sin, , Pàà Pààkòyí kòyí, , Òyó e (c)Che (c)Chefe fe Fád Fádáyúr áyúró, ó, Olúwo de akeètàn, Òyó. Eu tenho uma grande dívida com o meu falecido pai, chefe Abímbóla Ìrókò, o último Asipade ( chefe dos caçadores )de Òyó, de quem, quando criança, eu primeiro aprendí sobre a divinação de Ifá e que foi o meu pilar de apoio e fonte de inspiração durante os meus anos de pesquisa sobre divinação de If Ifá. á. Ch Chef efe e Ab Abím ímból bólá á Ìró Ìrókò kò um fa famos moso o sac sacer erdo dote te de If Ifá, á, caçador caça dor, , her herban banári ário o e vet vetera erano no da Pri Primei meira ra Guer Guerra ra Mun Mundia dial, l, morreu em novembro de 1971. Sou grato também ao In Ins stituto de Estudos Africanos, Universidade de Ibadan, onde comecei minhas pesquisas de Ifá, entr en tre e 19 1963 63 e 19 1965 65. . Eu so sou u ig igua ualm lmen ente te gr grat ato o a Es Esco cola la de Estud Es tudos os As Asiá iátic ticos os e Af Afri rica cano nos, s, Un Univ iver ersi sida dade de de La Lagos gos e a sociedade de linguística do Oeste da África pela provisão de fund ndo os que foi usada para coligir parte do material ial encontrado neste trabalho. Finalme Fina lmente nte, , que quero ro exp expres ressar sar minh minha a apr apreci eciação ação a min minha ha mãe mãe, , sàngódayò Àwèlé, que me ajudou na interpretação de palavras difíceis e à quem eu sempre confiei a verificação de muitos outros aspectos da cultura Yoruba.

 

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CONTEÚDO

INTRODUÇÃO

Página

I SISTEMA DIVINATÓRIO DE IFA.........................1 (a)  (b)  (c)  (d) (e)

A A O O O

  Mitologia de Ifá....................................1 Parafernálea da divinação de ifa.......................4 Processo da Divinação de Ifá..........................9 Treinamento dos sacerdotes de Ifá ................... 11 Lugar de Ifá na Religião Tradicional Yoruba. ......... 14

II O ODU OU CATEGORIA DA DIVINAÇÃO DE IFA ........................15 ........................1 5   III OS ESSE OU POEMAS DA COLEÇÃO DOS ESCRITOS DE IFÁ...............18

(a) A Estrutura dos Ese Ifá........................................18 (b) Os Aspectos Aspectos do Estilo Estilo nos Ese Ifá..... Ifá......... ........ ........ ........ ........ ....... .....22 ..22 (c) O conteúdo conteúdo dos Ese Ifá............ Ifá................... ............... ................ .............23 .....23

 NOTAS  NOTAS AS DEZESSEIS PRINCIPAIS CATEGORIAS DA POESIA DIVINA DIVIN ATÓRIA DE IFA                          

         

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI

37 41

ÈjiOgbè......................................42 ÒyÈkú Méjì...................................48 Ìwòrì Méjì...................................54 Òdí Méjì.....................................60 Ìrosùn Méjì..................................68 Òwónrin Méjì.................................76 Òbàrà Méjì...................................82 Òkànràn Méjì.................................94 Ògúndá Méjì.................................100 Òsá Méjì.. Méjì......... ............. ............ ............. ............. ........109 ..109 Ìká Méjì....................................114 Òtúúrúpòn Méjì..............................118 Òtúá Méjì...................................126 Ìretè Méjì..................................134 Òsé Méjì....................................142 Òfún Méjì...................................150 Notas.......................................154 Bibliografia................................169

 

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INTRODUÇÃO  

I.O SISTEMA DIVINATÓRIO DE IFÁ 

(A) A Mitologia de Ifá De acordo co com m as cr cre enças Yoruba, Ifá (po por r outro lado conh co nhec ecid ido o co como mo Òr Òrún únmì mìlà là)f )foi oi um uma a da das s qu quat atro roce cent ntos os e um uma a 1 deidades, que vieram do Òrun (céu) para o Ayé (terra).Olódùmarè, o Deus Maior Yoruba, encarregou cada uma destas deidades com uma função particular a ser realizada na terra.2 Por exemplo, Ògún3 foi encarregado de todas as coisas relacionadas com a guerra e a caça e o implemento do uso do aço.Enquanto que Òòsàálá4  foi encarregado com respo re spons nsab abil ilid idad ade e de ol oldar dar os co corp rpos os hu human manos os co com m ar argi gila la e 5 Èsù era o policial do universo e o curador do Àse, o poder divino com o qual OLÓDÙMARÈ criou o universo e mantém suas leis físicas. Ifá ficou encarregado da divinação por sua grande sabedoria, que ele adqueiriu como resultado da sua presença ao lado de Olódùmarè, quando este criou o universo. Ifá portanto sabia os segredos do universo. Por isso seu nome de louvor Akéréfinúsogbón ( o pequeno sábio). O Yoruba acredita que as quatrocentas e uma divindades, mencionadas acima desceram do cèu6 na cidade de Ifè.7 Naquele temponão havia nenhuma criatura de nenhum tipo sobre a terra. As divindades foram, portanto, os primeiros habitantes da terra e Ifè foi o primeiro local da terra a ser habitado por seres humanos.8 Quando as divindades à terra totalmente coberto dechegaram água. Mas, antesencontraram de deixaremooplaneta Òrun, Olódùmarè lhes deu uma cesta cheia de areia, uma galinha com cinco dedos9 e um camalião.10 Antes das divindades aterrarem, elas enviaram a galinha para baixo, para Ifè com uma parte da areia. A galinha espalhou a areia e a terra sólida apareceu.O camalião, então , andou sobre a terra para saber o quão sólida era. As divindades, então desceram sobre a terra sólida e ergueram seus acampamentos em diferentes partes de Ifè. A galinha e o camaleão tornaram-se,então as primeiras criaturas a viver sobre a terra primordial e as divindades foram as primeiras criaturas a viver sobre a terra sólida. Após a chagada das divindades, a população humana As desenvolveu-se em Ifè em dois caminhos diferentes.

 

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divindades casaram-se entre sí ( existiam divindades masculinas e femininas) e deram à luz uma linhagem de homens que posteriormente se tornaram os divinos governantes 11 dos Yoruba. Posteriormente, Olódùmarè, com a ajuda de Òòsàálá criou os seres humanos propriamente ditos, que tornaram-se os sujeitos sobre os quais as divindades e seus descendentes governaram dentre os descendentes das divindades os filhos de Odùduwà tornaram-se os mais importantes politicamente e eles finalmente formaram a parte principal da dinastia de governantes do mais poderoso Reino Yoruba. 12 O ponto culminante do poder desses governantes divinos foi alcançado na organização imperial do antigo Império de Oyo. 13 Em Ifè Òrúnmìlà mudou-se para um local conhecido como Òkè Ìgètí14 e alí ele viveu por muitos anos.Inicialmente ele não tinha filhos, mas depois ele teve oito filhos homens 15 .Mais tarde ele trocou Ifè por Adó, onde passou o resto de sua vida. Daí o dito, Adó nilé Ifá ( Adó é a casa de Ifá ). 16 Enquanto esteve na terra Òrúnmìlà aplicou sua sabedoria atemporal para organizar a sociedade humana de forma ordeira. Ele também ensinou aos discípulos os segredos da divinação. Mas, como aconteceu com as outras divindades, Òrúnmìlà retornou ao Òrun, após Ter completado suas tarefas na terra. Sua volta para o Òrun foi, entretanto, causada por uma querela entre ele e seu filho caçula. Os detalhes daquela querela entre pai e filho são dados em Iwòrì Méjì. 17 De acordo com uma história em Ìworì Méjì, um dia Òrúnmìlà conv co nvid idou ou se seus us oi oito to fi filh lhos os pa para ra ce cele lebr brar ar um im impo port rtan ante te festival com ele conforme cada um deles chegou, deitou-se no chão e saudouo seu pai com as palavras Àború Boyè Bosise (possa o sacrifício ser aceito e abençoado)como sinal de seu respeito e obedienciaa a ele.Mas, chegou a vez de Olówò, ele permaneceu de pé e não disse nada.Um dipalogo, então seguiuse entre pai e filho, durante o qual Òrúnmìlà ordenou a Olówò que fizesse a saudação, já feita por seus irmãos. Mas, Olówò recu re cuso souu-se se em fa fazê zê-l -la a di dize zend ndo o qu que e como como el ele e er era a ca cabe beça ça coroada coro ada, , com como o seu pai pai, , era deg degrad radant ante e par para a ele aba abaixa ixar-se r-se diante de qualquer pessoa. Quando Òrúnmìlà ouviu isto, ficou magoado e decidiu voltar para o Òrun. 18 Imediatamente apos a partida dele a terra foi lançada no caos e con confusã fusão.O o.O cic ciclo lo de fer fertil tilida idade de e reg regene eneraç ração, ão, tant tanto o na natureza quanto nos seres humanos sucumbiu. A so soci cied edad ade e hu huma mana na mu mudo dou u pe peri rigo gosa same ment nte e pa para ra pr próx óxim imo o da anarquia e da desordem conforme todas as coisa eram colocadas face a desruição.O estado confusional e de incerteza na terra depois da partida de Òrúnmìlà é descrito no seguinte poema.

 

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(As mulheres prenhes não podiam dar à luz seus filhos;  As mulheres inférteis continuaram inférteis. Pequenos rios foram cobertos por folhas caídas. O sémen secou no testículo dos homens  As mulheres não menstruaram mais. O inhame formou pequenos tubérculos não desenvolvidos; O milho crescia pequeno imaturo com espigas desenvolvidas. Gotas esparsas de chuva caíram,  As galinhas tentaram devorá-las;

não

 Navalhas bem afiadas estavam plantadas 20 E os cabritos tentaram devorá-las. ) no chão, Quando a terra não tinha mais paz foi decidido que os filhos de Òr Òrún únmìl mìlà à de deve veri riam am ir pa para ra o Òr Òrun un e pers persua uadi dir r seu seu pai a volt vo ltar ar pa para ra a te terr rra. a. Co Cons nseq eque uent ntem emen ente te os oi oito to fi filh lhos os de Òrúnmìlà foram para o Òrun onde encontraram seu pai no pé de “uma palmeir palmeira a bem desenvo desenvolvida, lvida, muito ramifi ramificada cada para l lá á e para cá cá e que t tinha inha d deze ezesse sseis is cab cabeça eças s (cop (copas) as) e em m form forma a de cabana.” Eles tentaram convencer seu pai a voltar, mas ele não aceitou e em ve vez z di diss sso o de deu u a ca cada da um de dele les s de deze zess ssei eis s no noze zes s de palmeira e disse:

 

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( Quando vocês chegarem em casa, Se quizerem Ter dinheiro, Esta é a pessoa que deve ser consultada. Quando vocês chegarem em casa, Se vocês quizerem espôsas, Esta é a pessoa que deve consultada. Quando vocês chegarem em ser casa, E quizerem Ter crianças, Esta é a pessoa que vocês devem consultar... Qualquer coisa boa que vocês desejem Ter na terra, Esta é a pessoa a quem vocês devem consultar...).

Quan and do os fi fil lhos de Òrún únm mìlà retorna nar ram à te ter rra, eles come meç çaram a usar as dezessei eis s nozes de palmeira com omo o instrumento de divinação para saber os desejos das divin di vinda dade des. s.no Òr Òrún únmì mìlà là pa re repô pôs sraa co su sua a ecid pr prese esenç a mo na Ik terr tein rra a e co com m sde as de dezes zesse seis is nozes zes de palm lmei eira conh nhec idas asnça co como Ikin desde de então essas dezesseis nozes de palmeira sagrada tornaram-se o mais importante instrumento de divinação de Ifá.

(B) A PARAFERNÁLIA DA DIVINAÇÃO DE IFÁ  (i) Ikin ( As Dezesseis Nozes de Pameira) Ikin é considerado o mais antigo e mais importante instrumento de divinação. Ele consiste de dezesseis nozes de palmeira tiradas de uma palmeira especial, como Òpè Ifá ol ( hos palmeira de Cada Ca da fr frut uto o de dest sta a conhecida pa palm lmei eira ra te tem m qu quat atro ro olho s na su sua a Ifá). bo bord rda a

 

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inferior espessa. O yoruba acredita que este tipo de noz de palm pa lmei eira ra é sa sagr grad ada a pa para ra If Ifá á e nã não o po pode de se ser r us usad ada a pa para ra fabricar o dendê. Os dezesseis Ikins são mantidos em uma tigela de madeira ou metal decorada e com tampa. Esta tigela é mantida em uma depe de pend ndên ênci cia a da ca casa sa on onde de o sa sace cerd rdot ote e mo mora ra. . As or oraç açõe ões s e sacrifícios para Ifá naquele local, que pode ser considerado o santuário de Ifa daquele sacerdote em particular. As nozes de palmeira reramente são retiradas daquele local, exceto para serem lavadas ou para purificação, o que acontece ocasi oc asion onal alme ment nte e ta tant nto o pa para ra lim limpe peza za da su suge geira ira qu quan anto to pa para ra aumentar  a su sua a po potê tênc ncia ia di divi vina na. . Ma Mas, s, qu quan ando do o sa sace cerd rdot ote e morre, o Ikin pode ser removido do seu local e transferido para um parente do morto. A trasferência sempre envolve o ofer ere ecimento de sacri rif fício e uma outr tra a cerimonia de purific puri ficaçã ação. o. Alg Algumas umas pess pessoas oas pre prefer ferem em ent enterra errar r as noz nozes es de palmeira com o morto para livrarem-se de Ter que fazer uma cerimônia, certamente elaborada e cara. As nozes de palmeira sagradas são empregadas para divinação em ra rara ras s e im impo port rtan ante tes s oc ocas asiõ iões es, , ta tais is co como mo di divi vina naçõ ções es pública públ icas, s, de gran grande de sig signif nificaç icação ão rit ritual ual, , com como o a div divinaç inação ão performada quando da coroação de um novo rei. O sacerdote de Ifá sempre usa as nozes quando está consultando Ifá em favor próprio, ou para membros muito próximos de sua família. Semp Se mpre re qu que e el ele e us usa a as no noze zes s sa sagr grad adas as pa para ra di divi vina naçã ção, o, o sacerdote de Ifá deve usá-las juntamente com o pó sagrado de divinação, conforme descrito abaixo. O pó divinatório é mantido dentro de um tabuleiro entalhado de Ifá e colocado em parte ao frente ao divinador que mantém as dezesseis nozes dentro de uma das mãos e tenta tirá-las de um só golpe com a outra mão. Se duas nozes restarem na palma de sua mão, ele faz uma marca vertical no pó divinatório, se somente uma noz restar, ele faz duas marcas. Se ele conseguir tirar todas as nozes de um só vez ele não marca nada. Do mesmo modo, o sacerdote, o sacerdote de Ifátem que qu e fa faze zer r es esta tas s ma marc rcas as qu quat atro ro vê vêze zes s à di dire reit ita a e qu quat atro ro à esqu es quer erda da. . O re resu sult ltad ado o va vai i da dar r a el ele e a ma marc rca a de um Od Odù ù ( capítulo ou categoria da coleção dos escritos de Ifá) . Se ele fizer, por exemplo, uma marca, quatro vêzes na direita e quatro vêzes na esquerda, a marca é aquela de Èji Ogbè, cujo padrão vai aparecer como se segue: I I I I

I I I I

 

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Se ele fizer duas marcas quatro vêzes à direita e quatro vêzes à esquerda, a marca registrada é a de ÒyÈkú Méjì que será como se segue: II II II II II II II II

Existem um total de duzentos e cinquenta e seis ( 256) padrões do tipo descrito acima na divinação de Ifá. 23 Cada padrão é conhecido como Odù ou categoria da poesia divinatória de Ifá. acredita-se que cada Odù contenha seiscentos (600) Ese ou poemas de Ifá. O sacerdote de Ifá aprende o maior número possível de poemas de cada um dos 256 Odù e recita-os para os seus clientes da maneira descrita em detalhes abaixo. (ii)

Òpèlè ( corrente divinatória )

Um outro instrumento importante na divinação de Ifá é conhecido como Òpèlè ( a corrente divinatória ). Esta corrente, que tem duas terminações abertas na base é feita tanto de metal quanto de barbante de algodão. Quatro meias nozes do fruta Òpèlè24são presas em cada metade da corrente ( lados direito e esquerdo) cada uma destas meia nozes ( que lembram um Obí) tem um lado externo liso e um lado interno rugoso. Se a corrente é feita de metal, as meias nozes também são feitas de metal de tal forma que parecem as meia nozes do fruto do Òpèlè. O sacerdote de Ifá pega a corrente pelo meio da sua parte superior e a joga na direção oposta ao seu corpo, quando a corrente cai no chão, cada uma das meias nozes em cada lado vai mostrar seu lado interno ou externo para cima. Existem vinte e oito (28)possibilidades desta forma de apresentação cada vez que o sacerdote joga a sua corrente. Cada uma destas possibilidades de apresentação é conhecida como Odù ou capítulo na coleção de escritos de Ifá. A coleção total de escritos tem 256,(2 8 )capítulos. Os capítulos têm nomes que são exatamente os mesmos que os nomes atribuidos aos padrões marcados no pó divinatório, quando se usa os Ikin. Por exemplo , quando todas as oito

 

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nozes apresentam suas superfícies internas para cima, este padrão é conhecido como Èjì Ogbè. E quando elas apresentam sua superfície externa, a assinatura é a de Òyèkú Méjì. O sacerdote de Ifá mantém a corrente divinatória dentro de uma bolsa de couro ou pano conhecida como Àpò Ifá, que ele carrega a tiracolo em um de seus ombros e toma parte de seu equipamento sempre que ele sai de casa. É devido ao hábito de usar esta bolsa no ombro qe o sacerdote de Ifá é conhecido como Akápò ( carregador da bolsa de Ifá). A corrente divinatória é usada mais frequentemente que as nozes de palmeira para propósitos de divinação. O sacerdote de Ifá usa a corrente divinatória no seu dia-a-dia, para a maioria das civinações envolvendo os numerosos clientes e reserva as nozes para ocasiões mais importantes. É devido a importância das nozes sagradas como o mais antigo símbolo de Ifá que não podem ser carregadas para cima e para baixo para todas as ocasiões de divinação. Além de tudo a corrente é mais fácil de manusear, de forma que o sacerdote pode obter a marca de um Odù mais facilmente fazendo uso dela.

(iii (i ii) )

Ìb Ìbò ò ( i ins nstr trum umen ento tos s p par ara a t tir irar ar a s sor orte te) )

Quando um Odù for encontrado e o cliente reconhecer o poema que se aplica ao seu problema, o sacerdote de Ifá faz uso , então do Ìbò para encontrar detalhes adicionais relacionados a interpretação do poema que foi identificado.Para quem a mensagem de Ifá é dirigida? Para o cliente ou para um de seus parentes? Como deve ser feito o ebó que foi indicado para o cliente? Estes e outros problemas são resolvidos pelo uso do Ìbò. O instrumento básico do Ìbò é um par de búzios amarrados e um osso. Os búzios representam uma resposta positiva, enquanto que o osso representa uma resposta negativa das divindades em relação a todas as questões colocadas. Mas, muitos outros instrumentos também são usados como parte do Ìbò, para simbolizar difetentes coisas, por exemplo, um pedaço de pedra representa boa saúde, enquanto que a noz do castanheiro da África representa o próprio Òrúnmìlà. A crença do sacerdote de Ifá e de seu cliente sobre o uso dos instrumentos do Ìbò é de que Ifá irá falar ao cliente através dos instrumentos do Ìbò, para explicar os detalhes do poema que foi identificado como apropriado, tendo relação direta com seu problema. O sacerdote pede ao cliente para colocar o osso em uma das mãos e o para de búzios na outra mão. O cliente pode manter

 

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qualquer um dos dois objetos em qualquer uma das mãos, esquerda ou direita. O sacerdote faz uma pergunta a divindade, como esta: Ifá você vê problemas de saúde? Quem é a pessoa que está doente? É a esposa do cliente? O sacerdote, então, manipula seu instrumento de divinação duas vêzes. Se o Odù que ele vè na Segunda vez é maior ( mais velho) do que aquele que ele viu na primeira jogada, o sacerdaote pedirá ao cliente que mostre a mão direita, mas, se o Odù visto na Segunda vez é mais novo que o anterior, ele pedirá a mão esquerda. Se por exemplo, o conteúdo da mão direita é um osso, isso significa que a resposta a pergunta feita é negativa. Neste caso o mome de um segundo parente ou do próprio cliente substituem o primeiro. A pergunta é refeita e a divinação continua até a resposta positiva. O Ìbò é , portanto usado para obter respostas para os problemas que podem surgir na interpretação dos poemas. Eles agem como um meio de comunicação rápido entre Ifá e o cliente. Sem o Ìbò, seria impossível determinar as minúcias de cada divinação. Mas, o cliente setá interessado nessas minúcias afim de conseguir satisfação e confiança de que ele identificou seu problema e ofereceu a solução certa. (iv)

Ìyèròsùn ( pó divinatório )

Quando o sacerdote de Ifá usa as nozes sagradas de palmeira, como foi explicado acima, ele imprime as marcas simples e duplas obtidas em cada manipulação, no pó sagrado da divinação denominado Ìyèròsùn. Este pó esbranquiçado ou amarelado é obtido da árvore Ìrosùn ou do bambú seco transformado em pó por cupins.O pó é colocado no Opón Ifá (a bandeija talhada em madeira ) e o sacerdote imprime marcas nele a medida que manipula as nozes de palmeira. O pó divinatório é considerado pelos sacerdotes de Ifá como um símbolo sagrado de Ifá. Partículas deste pó são borrifadas nos sacrifícios para assegurar a aceitação pelas divindades. Ao cliente, algumas vezes, é pedido que engula o pó e esfregá-lo na cabeça para forjar um laço de união entre ele e as divindades de forma que ele possa ficar satisfeito que as divindades o estão auxiliando na resolução dos seus problemas. (v)

Iróké (objeto entalhado em madeira ou marfim usado para evocar Ifá.)

 

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Enquanto está fazendo divinação, o sacerdote de Ifá bate repetidas vêzes no Opón Ifá com o Iróké para chamar Ifá para estar presente na divinação. Os praticantes ou subordinados de importantes sacerdotes de Ifá carregam o Iróké na frente dos seus superiores quando eles saem para realizar alguma importante cerimonia. O Iróké é es escu culp lpid ido o em ma marf rfim im ou ma made deir ira a em ta tama manh nho o pe pequ quen eno o ou grande. Em alguns Iróké uma figura humana ou a cabeça de um ser humano é esculpida. A parte sua parte superior é esculpida numa forma cónica, longa e afilada. A parte de baixo tem um formato de boca alargada e suporta o instrumento quando colocado em pé. O sa sace cerd rdot ote e de If Ifá á se segu gura ra o Ir Irók óké é pe pela la pa part rte e al alar arga gada da enquanto bate com a parte longa , superior contra o Opón Ifá durante a divinação. (vi) Opón Ifá ( tábua divinatória ) Conforme mencionamos acima, o sacerdote de Ifá imprime suas marcas nuima bandeja de madeiraquando ele usa as nozes de palmeir palm eira a sag sagrad rada a par para a div divina inar. r. As táb tábuas uas fiv fivina inatór tórias ias são esculpidas em diversos tamanhos e formas. As margens da tábua são dominadas por um padrão intrincado de diversos objetos tais como pássaros, répteis, tartarugas e animais selvagens. O meio da parte superior é reservado para a imagem de Èsù( o divino trapaceiro que mantém o Àse ). Desta posição a imagem de Èsù olha para o sacerdote de Ifá como se ele estivesse dirigindo ou assistindo a divinação. O interior da tábua em sí pode ser tanto redondo quanto quadrado.

(C) O PROCESSO DE DIVINAÇÃO DE IFÁ  Os sacerdotes de Ifá atendem a diversos clientes, todos os dias di as. . Es Este tes s cl clie ient ntes es tê têm m di dife fere rent ntes es ti tipo pos s de pr prob oble lema mas s esten es tende dend ndoo-se se de desd sde e um co cons nsel elho ho so sobr bre e se el ele e de deve ve ou nã não o fazer uma viagem até assuntos de vida e de morte envolvendo uma pessoa doente em favor da qual um parente consulta Ifá. Alguns clientes consultam Ifá em momentos críticos de suas vidas envolvendo matrimonio, divórcio, mudanças de profissão ou de residência. Quando o cliente entra na casa do sacerdote de Ifá, ele o saúda e expressa o desejo de “falar com a divinda divi ndade” de”. . O sac sacerd erdote ote d de e Ifá Ifá, , ent então, ão, p pega ega s sua ua co corren rrente te divinatória e a joga na esteira ou numa bandeja de ráfia em frente ao cliente. O cliente sussurra seu problema numa moeda ou num búzio e o coloca junto aos instrumentos do sacerdote. Como alternativa o cliente pode pegar a corrente divinatória ou o Ibò e soprar num deles diretamente.

 

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Em am ambo bos s os ca caso sos s ac acre redi dita ta-s -se e qu que e os de dese sejo jos s do Or Orí í do cliente( Orí, Deus da predestinação que sabe o que é bom para as pessoas.)25foram comunicados a Ifá que irá, então dar a resposta apropriada através do primeiro Odù que o sacerdote de Ifá irá revelar ao arremessar a corrente divinatória. O sacerdote de Ifá pega então a corrente divinatória após oferece ofer ecer r alg alguma umas s pala palavras vras d de e saud saudaçã ação o de Ifá Ifá. . Ele apr apress essa a Ifá para que dê a resposta apropriada ao cliente sem demora. O sacerdote de Ifá profere o Ibà (permissão das 26 27 autoridades) ao Ilè (a terra) , a Olódùmaré (Deus Onipotente) e seus mestres na arte da divinação.

Ele at Ele atir ira a a co corr rren ente te di divi vina nató tóri ria a em fr fren ente te de dele le me mesm smo o e rapidamente lê e pronuncia o nome do Odù cuja assinatura ele viu. vi u. A re resp spos osta ta ao pr prob oble lema ma do cl clie ient nte e se será rá en enco cont ntra rada da somente neste Odù. O sacerdote de Ifá começa então a cantar os versoa do Odù que ele viu enquanto o cliente assiste e ouve. O sacerdote canta tantos versos, quantos ele conheça daquele Odù, até que ele cante um poema com uma história similar ao problema do consulente. Neste estágio o consulente o detém e pede explicações sobre aquele poema em paticular, que tem uma hist hi stór ória ia de um pr prob oble lema ma se seme melh lhan ante te ao de dele le. . O sa sace cerd rdot ote e interpreta aquele poema em particular e menciona o sacrifício que o cliente deve fazer. Às vê vêze zes s du dura rant nte e o pr proc oces esso so di divi vina nató tóri rio o o cl clie ient nte e va vai i reconhecer certos problemas similares aos problemas de certos membros de sua família família. . Ele pode t também ambém r reconhe econhecer cer um poema que se relaciona a outro problema pessoal dele diferente do problema original por conta do qual ele consultou Ifá. Pode também acontecer que o cliente não saiba qual poema escolher dentre aqueles cantados pelo sacerdote. Em todos estes casos, o Ìbò será usado para esclarecer e elucidar a real mensagem de Ifá. Se, entretanto, o cliente sente que nenhum dos poemas cantados pelo sacerdote tem nada a ver com o seu problema, o sacerdote vai continuar cantando mais e mais poemas até que um de dele les s sa sati tisf sfaç aça a o cl clie ient nte. e. Ma Mas, s, se o sa sace cerd rdot ote e ti tive ver r esgotad esgo tado o seu est estoqu oque e de poe poemas mas, , ele ped pedirá irá pol polida idament mente e ao cliente para voltar no dia seguinte ou outo dia marcado para então continuar a divinação. Enquanto isso, o sacerdote irá aprender mais poemas do Odù original em questão e quando seu cliente voltar, se voltar, ele irá cantar os novos poemas na

 

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espera espe ranç nça a de qu que e de dest sta a ve vez z o cl clie ient nte e se sa sati tisf sfaç aça. a. Na Sociedade Tradicional Yoruba, o sacerdote de Ifá está livre dest de ste e em emba bara raço ço da dado do ao si sist stem ema a no qu qual al os di divi vina nado dore res s praticam a divinação em grupos consistindo de dois ou mais sacerdotes. Quando os sacerdotes praticam Ifá desta forma, é fácil satisfazer seus clientes, já que um sacerdote substitui o outro quando seu colega já esgotou seu estoque de poemas ou simplesmente não lembra mais nenhum poema naquela ocasião em paticular. Quand Qu ando o o cl clie ient nte e est está á to tota talm lment ente e sa sati tisfe sfeit ito, o, ta tant nto o co com m o poema que ele escolheu como o mais afim como o seu problema, quanto com a interpretação feita pelo sacerdote ele passa a fazer o sacrifício estipulado. Se o material requerido para o sacrifício não puder ser encontrado nas vizinhanças do local de divinação ou se o cliente não tem dinheiro para comprar o material naquele momento, o sacrifício pode ser protelado até a hora em que o cliente esteja com o material em mãos. Em certos casos o cliente pode deixar uma quantia de dinheiro suficiente para comprar o material com o sacerdote, que irá comp co mpra rar r o ma mate teri rial al e fa faze zer r o sa sacr crif ifíc ício io em fa favo vor r de se seu u cliente. Se o cliente é uma pessoa pobre, ele pode oferecer só uma parte do material. Um po pon nto importante, entre ret tanto é que aconteça o qu que e acontecer, o cliente deve ficar certo de que fez o sacrifício prescrito. O sistema divinatório de Ifá condena veementemente o in indi diví vídu duo o qu que e ev evit ita a o sa sacr crif ifíc ício io pr pres escr crit ito o pa para ra el ele. e. Acredita-se que estes indivíduos abrem-se para o ataque dos Ajogun28 sem nenhuma ajuda ou proteção das divindades. O homem não pode, portanto esperar sucesso algum, em qualquer assunto que qu e el ele e te tenh nha a co cosu sult ltad ado o If Ifá, á, a me meno nos s qu que e te tenh nha a fe feit ito o o sacrifício prescrito. Oferenda de sacrifício, significa que as divindades sancionam aquilo que o cliente planeja fazer. E o cl clie ient nte, e, el ele e me mesm smo, o, se sent nte e um pr praz azer er ps psic icol ológ ógic ico o pe pela la real re aliz izaç ação ão de qu que e as di divi vind ndad ades es e os an ance cest stra rais is es estã tão o sust su sten enta tand ndo o aq aqui uilo lo qu que e el ele e pl plan anej eja a fa faze zer. r. Al Além ém di diss sso, o, o sacrifício proporciona ao sacerdote o seu sustento diário, já que lhe é permit permitido ido fi ficar car co com m cert certa a part parte e da oferend oferenda a feit feita a pelo pe los s se seus us cl clie ient ntes es, , pa para ra se seu u pr próp ópri rio o us uso o me mesm smo o qu que e el ele e estej es teja a em dú dúvi vida da so sobr bre e a pa parte rte do sa sacr crif ifíc ício io qu que e el ele e te tem m direito, ele pode usar o Ibò para seu esclarecimento. O sacrifício é portanto capital para a divinação de Ifá e para a religião Yoruba como um todo. O sacrifício mantém o elo de ligação entre o cliente, o divinador, as divindades e os ancestrais, juntos num sistema de sevidão e recompensa. Quan Qu ando do o cl clie ient nte e se ne nega ga a fa faze zer r sa sacr crif ifíc ício io el ele e to torn rna a impo im poss ssív ível el es esse se si sist stem ema a de aç ação ão e re reaç ação ão. . Es Este te cl clie ient nte, e,

 

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portanto, comete uma violação do sistema de crença, uma vez que ele explorou as divindades para identificar seu problema e resolvê-lo, sem dar a elas a recompensa estabelecida. Logo, as divindades não só vão deixar de ajudá-lo como também podem até puni-lo por sua exploração descarada.

(D) O TREINAMENTO DO SACERDOTE DE IFÁ  Na sociedade tradicional Yoruba, os sacerdotes de Ifá eram os médicos, psiquiatras, historiadores e filósofos da comunidade à qual eles pertenciam. Portanto, não é surpresa nenhuma que um sistema elaborado de treinamento envolvendo tanto tempo e paci pa ciên ênci cia a se seja ja a ma marc rca a pa para ra aq aque uele les s qu que e as aspi pira ram m a se ser r sacerdotes de Ifá. O resultado é que só uma pequena parcela das pessoas completa o árduo e longo treinamento. A maioria das da s pe pess ssoa oas s co come meça ça se seu u tr trei eina name ment nto o ai aind nda a mu muit ito o jo jove vem, m, geralmente entre dez e doze anos de idade e permanece com seus se us me mest stre res s pe pelo los s pr próx óxim imos os de dez z ou qu quin inze ze an anos os ap após ós a primeira parte do seu treinamento Ter sido completada. Na maioria dos casos os aprendizes vivem com seus mestres e o ajudam em alguns trabalhos de casa e da fazenda ou so seu jardim. O início do trino consiste em ensinar ao noviço como manipular o Òpèlè e as nozes de palmeira. O estudante aprende, nesta fase do treinamento as marcas e os nomes dos 256 Odù. Isto leva no mínimo dois ou três anos. Esta Es ta é a pa part rte e bá bási sica ca do tr trei eina name ment nto o que que requ requer er um uma a boa boa memória e muita paciência e dedicação por parte do estudante. Após Ap ós o es estu tudan dante te Ter se to torn rnado ado um ex exím ímio io co conhe nhece cedo dor r do dos s nomes dos Odùs e suas marcas, ele pasa a aprender passo-apass pa sso o os po poem emas as qu que e pe pert rten ence cem m a ca cada da Od Odù. ù. O sa sace cerd rdot ote e prof pr ofes esso sor, r,ci cita ta al algu guma mas s li linh nhas as de um po poem ema a e o es estu tuda dant nte e repete igual papagaio. Deste modo, os poemas curtos podem ser aprendidos a cada dia enquanto que os poemas longos podem levar le var mu muit itos os di dias as pa para ra se ser r ap apre rend ndid idos os. . O estud estudan ante te ga gasta sta muitas horas por dia treinando os poemas que aprendeu com seu

 

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mestre. Isto refresca a sua memória e o ajuda a saber quais poemas já aprendeu completamente e quais esqueceu. A maior parte pa rte do tr trei eina name mento nto, , en entr treta etant nto o é in info form rmal. al. O es estu tuda dant nte e apre ap rend nde e mu muit ito o en enqu quan anto to se sent ntad ado o ao la lado do do se seu u pr prof ofes esso sor r assiste como ele manipula os instrumentos de Ifá e como ele canta os versos de Ifá para seus clientes. O estudante às vêzes ajuda seu mestre a preparar os remédios ou procura o mater ma teria ial l nec neces essá sári rio o pa para ra os sa sacr crif ifíci ícios os. . Des Desta ta ma manei neira ra o futuro sac futuro sacerd erdote ote ref reforça orça seu seus s con conhec hecime imentos ntos a res respei peito to das coisas que ele já aprendeu e aprende novos poemas e novas fórmulas medicinais. Uma outra parte importante do treinamento do sacerdote de Ifá consiste no aprendizado dos sacrifícios que são feitos junto com co m ca cada da po poem ema. a. Aqu Aqui, i, o es estu tuda dant nte e de deve ve ap apren rende der r de deta talhe lhes s minuc mi nucio ioso sos s tai tais s co como mo o no nome me do dos s mat mater eria iais is nec neces essá sári rios os ao sacr sa crif ifíc ício io e co como mo o ma mate teri rial al de deve ve se ser r pr prep epar arad ado o pa para ra o sacr sa crif ifíc ício io e co como mo o ma mate teri rial al de deve ve se ser r pr prep epar arad ado o pa para ra o sacrifívio; se deve ser cozido, colocado no altar (santuário), de uma divindade em particular, levado para o rio ou para a encruzilhada. Como foi dito acima o estudante de Ifá aprende um pouco de medicina populara com seu mestre. Esta é uma parte muito importante do treinamento do sacerdote de Ifá, e como será visto adiante, alguns sacerdotes escolhem esta área para especializarem-se na sua pós-iniciação. Nenhum sacerdote pode Ter uma prática bem sucedida se ele nada sabe de medicina, já que muitas pessoas procuram o sacerdote para ajuda médica para curar seus males. Quando o sacrdote está satisfeito com o estudante e este já aprendeu bastante sobre as várias coisas listadas acima, ele permite que o estudante se inicie. Iniciação é o climax de vários anos de duros estudos e é celebrada com a pompa e dignidade próprias. O futuro sacerdote é levado à floresta onde vár vários ios sac sacerd erdote otes s gra gradua duados dos o exa examina minam m nas dif difere erente ntes s área eas s nas quais ele recebe in ins struções. Eles também o aconselham a aceitar sem restrições os segredos e a ética de sua su a pr prof ofis issã são. o. El Ele e vo volt lta a da fl flor ores esta ta co como mo um sa sace cerd rdot ote e completo e fica sendo conhecido por toda a comunidade como baba bal láwo ( pai dos segredos da div ivi inação). Ele pod ode e estabelecer-se sozinho ou com seus companheiros. A in inic icia iaçã ção, o, no en enta tant nto, o, nã não o é o fi fim m do tr trei eina name ment nto o do sacerdote de Ifá; para a educação de um verdadeiro babaláwo é prec eci iso toda uma vida da. . O treinamen ent to pós-in ini iciação é altam al tamen ente te ob obser serva vado do po por r to todo dos s os sa sace cerdo rdote tes s de If Ifá. á. est esta a parte do treinamento dos sacerdotes de Ifá envolve especia espe cializ lizaçã ação o ger geralme almente nte em med medici icina na ou no apre aprendi ndizad zado o de poemas e áreas não cobertas pelo seu treinamento anterior.

 

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Este aspecto aspecto do tre treina inamen mento to mui muitas tas vêz vêzes es lev leva a o sac sacerd erdote ote para longe de sua cas asa a. Se por exemplo o mais fa fam moso sacerdote de Ifá na área de medicina mora a cento e cinquenta quiló qu ilóme metr tros os de di dist stân ânci cia a de su sua a ca casa sa, , o ba baba balá láwo wo em pó póssiniciação iniciaç ão va vai i para lá e f fica ica po por r alg alguns uns an anos os par para a aprend aprender er os segredos daquele ramo da medicina. O treinamento da pósiniciação geralmente leva o babaláwo para longe de sua casa e neste contexto ele aprende mais sore outras pessoas e faz amig igo os em lugares distante tes s. Isto dá ao sacerdote um refinamento de sua personalidade o que faz dele uma pessoa espec es pecia ial l en entr tre e os se seus us co comp mpanh anhei eiro ros, s, com como o uma uma pe pess ssoa oa bem inforamada, viajada e bem desciplinada. Atra At ravé vés s do dos s lo long ngos os e si sist stem emát átic icos os an anos os de tr trei eina name ment nto o desc de scri rito tos s ac acim ima, a, os sa sace cerd rdot otes es de If Ifá á su suce cede dera ramm-se se na tran tr ansm smis issã são o do dos s ma mais is im impo port rtan ante tes s in ingr gred edie ient ntes es do se seu u repertório de uma geração para a outra sem adulteração. Isto mostr mo stra a qu que e so soci cied edade ades s nã nãoo-le letr trad adas as po pode dem m se de dese senv nvolv olver er, , prese pr eserv rvar ar, , e tr tran ansmi smiti tir r os se seus us pr prin inci cipa pais is co conh nhec ecime iment ntos os académicos, sem saber a arte da escrita. Os sacerdotes de Ifá podem pode m ser cons conside iderad rados os os int intele electu ctuais ais tra tradic dicion ionais ais des deste te sistema oral, e seus longos anos de treinamento os coloca fora do resto da sociedade como versado, paciente, dócil e humilde portador da tradição Yoruba. A sobrevivência dos ingredientes da tradição Yoruba através dos do s tu turb rbul ulent entos os an anos os da daqu quela ela cu cult ltura ura, , de depe pende ndem m em gr gran ande de parte deste empedernido grupo de discípulos e bem informados “pais dos segredos da divinação de Ifá”.

(E) UM LUGAR NA RELIGIÃO TRADICIONAL YORUBA  O treinamento dos sacerdotes de Ifá e a mitologia de Ifá descritos acima dão a esta divindade uma posição única dentre as incontáveis divindades da religião tradicional Yoruba. Uma vêz que ele é denominado Obarìsà (rei das divindades) pelos sacerdotes de Ifá. Esta posição de rei que Ifá ocupa entre as divindades Yoruba é o resultado de diversos fatores. Em primeiro lugar Ifá é o porta-voz das divindades e dos ancestrais. É através da divinação de Ifá que os seres humanos podem se comunicar com as divindades e com os ancestrais. Sem ele e sem o sistema divinatório, os seres humanos teriam dificuldade de alcançar os poderes divinos e obter seu favorecimento nas horas de necessidade. Além disso, Ifá representa um ramo especial da religião Yoruba por causa do seu aspecto intelectual. Neste sentido Ifá é mais que um ramo da religião Yoruba. Ifá é o meio pelo

 

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qual a cultura Yoruba se reforma e se regenera e preserva tudo que é considerado bom e memorável naquela sociedade. Ifá é a cultura Yoruba no seu verdadeiro senso dinâmico e tradicional. Ifá é um meio pelo qual uma sociedade não letrada esforça-se para manter e disseminar sua própria filosofia e valores a despeito dos lapsos e imperfeições da memória humana na qual o sistema é baseado. Não é surpresa, portanto qeue Ifá signifique tanto para o povo Yoruba, na sociedade tradicional Yoruba, a vida de cada homem, do nascimento até a morte é dominada e regulada por Ifá. Nenhum homem toma nunhuma decisão importante sem consultar o deus da sabedoria. Todos os importantes ritos de passagem como cerimonia do nome, coroaçõa de reis e cerimónias fúnebres, tem que se sancionados e autenticados por Ifá. a voz das divindades e a sabedoria dos ancestrais. Este é o sentido dos seguintes versos:

(Ifá é o senhor de hoje, Ifá é o senhor do amanhã; Ifá é o senhor de depois de amanhã; A Ifá pertence todos os quatro dias criados pelas divindades na terra)

Mas, Ifá é mais que um sistema Yoruba; traços deste fascinante sistema podem ser encontrados em várias outras culturas do Oeste da África, principalemte entre os Edo, Igbo, Ewe, Fon, Jupe, Jukun, Borgu e outros grupos étinicos do Oeste da África. O estudo detalhado de Ifá e dos sistemas relacionados a divinaçõa de Ifá entre estas culturas do Oeste da África, ainda estão para serem explorados. O que sabemos no momento é que entre os Yoruba, Ifá foi tão intimamente identificado com a mitologia, folclore, medicina popular, história, religião e sistemas de valores da cultura,que é quase sinônimo da própria cultura Yoruba.

II. OS ODÙ OU CATEGORIAS DA DIVINAÇÃO DE IFÁ 

 

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Como mencionamos acima, existem 256 categorias de poesia na coleção de escritos de Ifá. Cada uma destas categorias é chamada de Odù. Cada Odù como será visto adiante tem sua própria assinatura e caráter. O trabalho do sacerdote de Ifá é reconhecer a assinatura de cada um dos Odù e a inerpretação de suas características do ponto de vista literário, mitológico e religioso; e os Yoruba acreditam que os Odù são divindades em sí mesmos, e que eles como outras divindades , desceram do Òrun na cidade de Ifè. Acredita-se também que o Odù foi enviado por Olódùmarè (o Deus Onipotente Yoruba) para substiuir Òrúnmìlà na terra após o retorno deste para o Òrun . Cada Odù tem 600 (seiscentos) Ese (poemas) que o identificame lhe dá um caráter distinto. É part pa rte e do tr trei eina name ment nto o do sa sace cerd rdot ote e de If Ifá á es esta tar r ap apto to a distinguir disting uir entre os Ese aquele aqueles s que perten pertencem cem a cada um dos Odù sem cometer erros ou misturá-los. Os nomes dos 256 Odù são baseados em 16 nomes genéricos da onde os nomes dos Odù são derivados. Cada um destes 16 nomes básicos corresponde a um dos 16 padrões possíveis de divinação em um dos braços da corrente divinatória ou um dos lados das marcas feitas no pó divinatório. Desde que ambos, o pó divinatório e a corrente divinatória são lidos da direita para a esquerda, como Árabe, o padrão do lado direito é considerado básico e é nele que os 16 nomes genéricossão baseados. A seguir temos os 16 padrões básicos das marcas impressas colocadas em ordem cronológica. 30

 (1)OGBÈ

(2)ÒYÈKÚ

(3)ÌWÒRÌ

(4) ÒDÍ

I I I I

II II II II

II I I II

I II II I

(5)ÌROSÙN I I II II

(6)ÒWÓRÍN II II I I

(7)ÒBÀRÀ  I II II II

(8)ÒKÀNRÀN II II II I

 

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(9)ÒGÚNDÁ  I I I II

(10)ÒSÁ  II I I I

(11)ÌKÁ  II I II II

(12)ÒTÚRÚPÒN II II I II

(13)ÒTÚÁ  I II I I

(14)ÌRETÈ I I II I

(15)ÒSÉ I II I II

(16)ÒFÚN II I II I

Os 25 256 6 Od Odù ù de de deri riva vam m do dos s 16 pa padr drõe ões s ge gené néri rico cos; s; es estã tão o arranjados em dois grupos. O primeiro grupo e mais importante é o Ojú Odù ( pri rin ncipal ou maior). São 16 em númer ero o e baseados na duplicação de cada um dos 16 padrões genéricos. Portanto a p Portanto palavra alavra èjì ou méjì ( (dois) dois) seus nomes como prefixo ou sufixo.

acompa acompanha nha ca cada da um dos

Assim nós temos Èjì Ogbè (dois padrões de Ogbè) que é uma duplicação do padrão (I) acima. Em outras palavras, quandose vê o mesmo padrão genérico na esquerda e na direita, a assinatura é de um Ojú Odù para o qual o nome Èjì + X ou X + Méjì será escrito. A lista completa dos nomes dos 16 principais Odù em ordem de antiguidade segue-se: Em que X é um dos padrões de 1-16 abaixo.

1 ÈJÌ OGBÈ 3 ÌWÒRÌ MÉJÌ 5 ÌROSÙN MÉJÌ 7 ÒBÀRÀ MÉJÌ 9 ÒGÚNDÁ MÉJÌ 11 ÌKÁ MÉJÌ 13 ÒTÚÁ MÉJÌ 15 ÒSÉ MÉJÌ

2 ÒYÈKÚ MÉJÌ 4 ÒDÍ MÉJÌ 6 ÒWÓNRÍN MÉJÌ 8 ÒKÀNRÀN MÉJÌ 10 ÒSÁ MÉJÌ 12 ÒTÚRÚPÒN MÉJÌ 14 ÌRETÈ MÉJÌ 16 ÒFÚN MÉJÌ

EM QUE X É UM DOS PADRÕES DE 1-16 ACIMA

 

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O segundo grupo de Odù são chamados Omo Odù ( filho do Odù ou Odù júnior) ou Àmúlù ( padrão misto). Estes são baseados na organização com qualquer par dos 16 padrões genéricos lado a lado desde que não sejam iguais. Assim se pegarmos o padrão (1) como ponto de partida na direita e colocarmos qualquer um dos outros 15 na esquerda, nós teremos a assinatura de 15 Odù juniores diferentes. Da mesma maneira se pegar-mos o padrão (2) (2 ) co como mo po pont nto o de pa part rtid ida a e ar arra ranja njarm rmos os um do dos s ou outr tros os 15 padrões (incluindo o padrão 1) no seu lado esquerdo, isto nos trará a assinatura de mais 15 outros Odù. Se fizermos isto em cada ca da um do dos s 16 pa padr drõe ões s ge gené néri rico cos, s, de ma mane neir ira a qu que e ne nenh nhum um padrão apareça mais que uma vez do lado direito nós chegaremos a 240 Odù juniores.

Como no caso dos 16 Odù principais, há uma ordem cronológica entre os Odù juniores. Os nomes dos 30 Odù mais velhos entre os juniores são dados abaixo em ordem de senioridade.

1. OGBÈYÈKÚ 4. ÌWÒRÌBOGBÈ 7. OGBÈROSÙN 10.ÒWÓNRÍNSOGBÈ 13.OGBEKÀNRÀN 16.ÒGUNDÁBÈDÉ 19.OGBÈKÁRELÉ 22.ÒTÚÚRÚPONGBÈ 25.OGBEATÈ

2. ÒYÈKÚLOGBE 5. OGBÈDÍ 8. ÍROSÙNGBÈMÍ 11.OGBÈBÀRÀ 14.ÒKÀNRANSODÈ 17.OGBÈRÍKÚSÁ 20.ÌKÁGBÈMÍ 23.OGBÈALÁRÁ 26.ÌRÈNTÉGBÈ

3. OGBÈWÈYÌN 6. IDINGBÈ 9. OGBEHÚNLÉ 12.ÒBÀRÀBOGBÈ 15.OGBÈYÓNÚ 18.OSÁLOGBÈ 21.OGBÈTÓMOPÒN 24.ÒTÚÁORIKÒ 27.OGBÈSÉ

28.ÒSÉOGBÈ

29.OGBÈFÚN

30.ÒFÚNNAGBÈ

Cada um do Cada dos s 25 256 6 Od Odù ù te tem m um uma a ca cara ract cter erís ísti tica ca es espe pecí cífi fica ca associada com ele. Por exemplo, Èjì Ogbè, o primeiro e mais importante Odù, acredita-se que segnifica boa sorte, nquanto que Ìretè Méjì o décimo quarto Odù, significa morte. O décimo terceiro Odù Òtúá Méjì por outro lado, conta a história do Islam e a introdução daquela religião na terra Yoruba. 31  A maioria dos poemas em cada Odù contém histórias relacionadas ao ca cará ráte ter r ou te tema ma do Od Odù ù co conc ncer erne nent nte. e. Lo Logo go exis existe tem m 25 256 6 cara ca ract cter eres es ma maio iore res s na co cole leçã ção o de es escr crit itos os de If Ifá. á. Ma Mas, s, existem alguns do poemas em cada Odù Assim, que nada têm Ogbè a ver com o tema principal Odù concernente. em ÈgÌ nem

 

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todos os poemas vão conter o tema de “boa sorte” e em Ótúrá Méjì nem todos os poemas vão falar sobre o Islam. Acredita-se que cada um dos 256 Odù contenham relação com uma das divindades. O Odù que se relaciona a uma divindade em particular , diz-se que pertence àquela divindade. O que isto significa é que os mitos daquela divindade estão contidos no seu Odù, de forma que muitos poemas naquele Odù vão conter histórias sobre aquela divindade. Além disso, quando a asinatura do Odù que pertence a uma divindade em particular aparece, será dito ao cliente que ofereça sacrifícios àquela divindade. Assim, quando a assinatura de Ògúndá Méjì, o nono Odù, que acredita-se pertença a Ògún ( a divindade da guerra e da caça), é encontrada, o cliente deve oferecer sacrifívios a Ògún. A crença do sacerdote de Ifá e do seu cliente é a de que Ògún ajudará o cliente a resolver seus problemas, desde que o cliente realize o sacrifício prescrito. Pode-se dizer que o Odù ajuda a dar sentido e esclarecimento aos milhares de poemas ( 256 x 600 ) que acredita-se existir na coleção de textos de Ifá. Sem o Odù seria difícil categorizar os importantes temas encontrados nesses numerosos poemas. Além disso, ligando-se cada Odù a uma divindade paticular a coleção de escritos fica mais próxima da religião Yoruba e do sistema de crenças de tal modo que cada divindade do elaborado panteão da mitologia Yoruba pode então falar ao da cliente através do Odù que lhe pertence. Isto, então, revela um lugar para cada divindade na coleção de escritos de Ifá, fazendo de Ifá a voz das divindades.

(III) OS POEMAS (ESE) DA COLEÇÃO DE ESCRITOS DE IFÁ  ESTRUTURA DOS ESE IFÁ32  Conforme mencionado, cada Odù contém muitos poemas conhecido pelos Yoruba como Ese. Alguns destes poemas são longos equanto que outros são muito curtos, mas , sendo longos ou curtos, existe uma sequència lógica na organização, nos elementos de cada poema de Ifá. Este arranjo sequencial dos elementos é o que “eu” denomino “estrutura”. Cada poema de Ifá tem um máiximo de oito e um mínimo de quatro partes estruturais. Os poemas que têm quatro partes são geralmente curtos e esteriotipados. Eles são denominados pelos sacerdotes de Ifá de “ Ifá Kéékèèkéé”( pequenos poemas de Ifá). Eles são na realidade , formas encurtadas de pomas mais longos. A maioria dos versos encontrados na coleção de escritos de Ifá, entretanto, tem mais que quatro partes (A)

 

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estruturais. Entre este grande grupo de poemas, que têm mais de quatro partes, existem alguns em cujas partes IV-VI foram incomumente alongadas. Este tipo de poema é cohecido como “Ifá nláálá”33 ( poemas longos de Ifá). Todo verso de Ifá inicia-se com uma apresentação do nome do sacerdote de Ifá que pe tido como aquele que no passado efetuou a divinação que forma a matéria do poema. Estes nomes são apelidos ou nomes de louvor dos sacerdotes de Ifá. Esta primeira parte (i) da estrutura do verso de Ifá é muito observada pelo sacerdote, uma vez que sem evocar os nomes destas autoridades do passado, o poema de Ifá fica destituido de sua importância mítica. Esta parte do verso de Ifá, portanto dá autenticidade a cada poema como um acontecimento verdadeiro que realmente ocorreu no passado. Os nomes mencionados na parte (i) podem ser nomes de ser humano, podem ser nomes de animais ou plantas que são, para os propósitos da história, no poema consernente, personificados como se fossem capazes de narrar uma história coerente que será compatível com a totalidade do poema de Ifá. Então quando o sacerdote se refere aos nomes encontrados nesta parte do poema, como nome de sacerdote do passado, nós podemos entender seu clamor como verdadeiro, mas só no sentido espiritual ou simbólico. A parte (ii) da estrutura do poema, menciona o nome(s) do cliente(s) para quem os divinadores em (i) acima fizeram divinação. O cliente menciondado aqui pode ser um ser humano ou uma comunidade inteira. Como na parte (i) acima, estes nomes de clientes podem ser nomes reais ( históricos) ou níticos; de pessoas ou lugares. Mas, uma vez que o sacerdote de Ifá , acredita seram estes nomes de pessoas ou lugares, nomes verdadeiros, esta parte do poemade Ifá fortifica a autenticidade aclamada pelo sacerdote para o seu repertório. A terceira parte (iii) do poema de Ifá menciona a razão ou ocasião da divinação passada, em questão. Esta posição do repertório do sacerdote trata do motivo da divinação passada engrandecendo o valor mítico do poema de Ifá. A Quarta parte(iv) dos poemas nos diz o que o cliente, na divinação passada, teve que fazer . Esta seção geralmenteinclui aluns detalhes como os sacrifícios, tabús e conselhos que o cliente foi aconselhado a seguir. Além disso, a lista das coisas para o sacrifício pode estar escrita. Esta seção de poema refresca a memória do sacerdote de Ifá sobre que tipo de sacrifício. Ele deve prescrever para o seu cliente e que conselhos deve dar. Ademais, esta parte justifica o sacerdote quando ele lista, para seu cliente, os sacrifícios que ele terá que fazer, e o reconhecimento do cliente de que estes sacrifícios foram

 

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oferecidos por outras pessoas, o faz acreditar na eficácia do sacrifício. A parte (v) trata de esclarecer se o cliente seguiu ou não o conselho que lhe foi dado em (iv)acima. Por exemplo, o cliente fez o sacrifício precrito? Até que ponto ele observou os conselhos dados pelo sacerdote. É necessário esclarecer todos esses detalhes aqui par ajustificar o resultado da divinação em (vi)abaixo. A parte (vi) nos fala do resutado da divinação, por exemplo, se o cliente fez o sacrifício e fez todas as coutras coisas que lhe foram incicadas, o que foi que aconteceu com ele? Ele alcançou seu propósito, como colocado em (iii) acima? O que geralmente acontece é que se o secerdote de Ifá fez o sacrifício e obserbou todos os outros detalhes, esta parte do poema irá mostrar que ele conseguiu seu objetivo, mas se falhou com o sacrifício ele não alcançará o que originalmente ele pretendia. Esta parte do poema de Ifá, mostra em exemplo concreto para as pessoas das consequencias de negligenciar o sacrifício e que resposta pode esperar aquele que fez o sacrifício.

A parte (vii) nos mostra a reação do sacerdote de Ifá ao desfecho da divinação. Assim, se o resultado da divinação em (vi) é favorável ao cliente, ele irá reagir com alegria, mas de for desfavorável, sua reação será de arrependimento. Esta parte da estrrutura do poema é importante porque nos mostra a avaliação do cliente quanto a sua própria ação e fortalece mossa crença na necessidade da pessoa fazer sacrifício. A parte (viii) é apresentada em forma de conclusão para a história inteira. Esta parte do poema pode resaltar o tama da história ou mencionar a importância do sacrifício. De certo modo esta parte é a avaliação do sacerdote de Ifá daquilo que ele considera importante ou memorável na história como um todo.daí, a parte ( viii) ser geralmente apresentada em termos didáticos. O que se viu até aqui é que a poesia de Ifá é um tipo de poesia histórica.34 Toda poesia de Ifá é uma tentativa de narrar, através da estrutura peculiar da poesia divinatória, coisas que o sacerdote de Ifá foi ensinado a acreditar, que aconteceram deveras no passado. Narrando estas histórias do passado, o sacerdote de Ifá acredita que seu cliente pode detectarr situações semelhantes

 

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as dele mesmo e advertir sua própria pessoa do melhor a ser feito à luz da história passada que ele ouviu do sacerdote. A poesia divinatória de Ifá é tida como um registro das atividades das divindades e dos ancestrais na terra. Numa cultura cuja estrutura política e social é baseada em divindade dos reise na sabedoria dos mais velhos, tais atividades passadas são muito valorizadas e respeitadas por todos. Todas as partes dos versos descritas acima poderiam ser cantadas ou recitadas pelo sacerdote durante a divinação. A parte( viii) é invariávelmente apresentada em forma cantada. Esta parte pode ser cantada mesmo pelo cliente ou pelo estudante do sacerdote maior presente durante a divinação. Enquanto cantando ou recitando qualquer poesia de Ifá, o sacerdote tenta ficar tão perto quanto possível das partes originais( i-iii) e da parte ( viii) como lhe foram passadas por seu professor. Ele não está autorizado a acrescentar suas próprias palavrasou subtrair qualquer coisa desta parte do repertório. Ele é, entretanto, livre para usar sua própria linguagem enquanto vertendo as partes (iv-vii), enquanto ele estiver consciente da principal trama, bem como das caractrísticas da história como um todo e mantiver o tema original. Assim, enquanto o sacerdote de Ifá não tem permissão para inovar em certas partes do seu repertório , ele tem permissão de , até certo ponto, criar em outras. Os versos curtos de Ifá (Ifá Kéékèèkéé) mencionados acima , geralmente têm quatro partes a saber: (i),(ii),(iii) e (viii). Todos os outros versos usam todas ou algumas das oito partes estruturais vistas acima. Mas, praticamente todos os versos de Ifá contém as partes (i-iii), bem como a parte ( viii). Assim, no trabalho de construção da poesia divinatória de Ifá podemos dizer que as partes (i-iii) e (viii) são obrigatórias enquanto que as partes (iv-vii) são opcionais. O poema de Ifá seguinte é apresentado para mostrar um exemplo das oito partes estruturais da poesia divinatória de Ifá, como analisado abaixo.

 

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Parte (i) O sacerdote de Ifa chamado Gbónkólóyo Parte (ii) Jogou Ifá para caçador. Parte (iii) Que estava indo para caçar em sete florestas e sete desertos. Parte (iv) Foi dito que ele fizesse sacrifício para segurança própria e da espedição. Parte (v) E ele fez sacrifício. Parte (vi) Após Ter feito sacrifício,   Ele derrotou derrotou seus seus inimigos inimigos da da esquerda. direita,   Ele   Ele capturou escravos,   Ele reuniu muitos saques de guerra. Parte (vii) Ele disse que aconteceu exatamente   Como seu sacerdote de Ifá usou sua voz em louvor de Ifá. parte (viii)Bem vindo caçador aclamado Bem vindo caçador de louvor.   Caçador, nós te saudamos,   Nós te damos boas vindas e te aprovamos.  

 

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(B) (B )

AS ASPE PECT CTOS OS DO ES ESTI TILO LO NO PO POEM EMA A D DE E IF IFÁ Á

A poesia de Ifa é muito rica em linguagem e formas de estilo. Uma relação detalhada de todas as características de estilo e linguagem deste rico genero poético não pode ser tentada aqui por uma questão de limitação de espaço. Aqui, será suficiente mencionara alguns dos dispositivos poéticos e discutir um deles. Algumas das mais características formas de estilo encontradas no poema de Ifá são: a repetição, palavra cantada, personificação, metáfora, paralelismo e onomatopéia. Uma relação detalhada dos modos de ocorrência destas formas de estilo foi tentada em outro local. 36 Na vião do presente investigador a repetição é a mais importante forma de estilo encontrada na poesia divinatória de Ifá. uma relação detalhada desta forma de estilo segue-se agora. Exitem cinco tipos de repetição encontrados na poesia de Ifá, a saber: (i) (ii) (iii) (iv) (v)

Repetição estrutural. Repetição temática. Repetição l li inear. Repetição l lé éxica e silábica. Aliteração e assonância.

Como ficará evidente nas páginas seguintes, muitas destas formas de repetição ocorrem frequentemente juntas. Mas, para que fique mais claro, cada um destes tipos acima será tratado separadamente. (i)

Repetição estrutural

Uma das instancias mais comuns de ocorrencia de repetição nos poemas de Ifá é a repetição de partes da estrutura dos poemas de Ifá.

 

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Conforme colocado acima os versos de Ifá têm uma estrutura em oito partes. A repetição estrutural entra no repertório do sacerdote de Ifá, após ele Ter dito a sétima parte do seu material. A repetição estrutural frequentemente envolve as partes (i),(ii),(iii) e algumas vezes em parte ou a totalidade das partes (iv),(v) e (vi) antes que o sacerdote de Ifá finalmente cante a parte (viii). Assim, a repetição estrutural envolve a repetição de algumas ou de todas as seis priemeiras partes ( i.e. vii a viii). Sempre que a repetição estrutural ocorre no poema de Ifá somente as partes (i)-(iii) são constantes; as partes (iv)-(vi) podem ou não ser incluidas de maneira nenhuma. Além disso, quando as partes (iv)-(vi) são incluidas, a estrutura gramatical das sentenças envolvidas podem ser mudadas para com o intuito de adequar-se ao propósito de alcançar um bom canto vocal. Portanto, o sacerdote de Ifá pode ou não repetir as partes (iv)-(vi) palavra por palavra. Isto não é surpresa, desde que, como dissemos antes, as partes (iv)-(vi) formam a porção dinâmica da estrutura do poema de Ifá, onde o sacerdote de Ifá tem licença para usar sua própria linguagem. Assim, nos exemplos abaixo, a linha sete é excluida do material quando o sacerdote está repetindo seu material. O material seguinte mostra a repetição das partes (i)-(vi) em um poema de Ifá.

 

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Parte (i)    

Havia vinte pessoas com kéké marcas faciais.38 Havia trinta pessoas com àbàjà marcas faciais. Havia cinquenta pessoas com Kolo marcas faciais.

Pate (ii)  

Jogaram Ifá para Odúnmbákú,39 Que era o filho de Àgbonnìrègún.

Pate (iii) Foi dito que ele deveria fazer sacrifício para & (iv) para prevenir morte iminente.   Foi dito para ele oferecer sacrifício com ìrànà (galinha)40 parte(v)

Ele fez conforme lhe disseram.

Parte(vi) E ele não morreu. Parte(vii)Ele estava dançando,    

Ele Ele estava louvou regozijando-se, seu sacerdote de Ifá

 

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Enquanto que o seu sacerdote louvava Ifá Conforme ele abriu um pouco a sua boca, A música de Ifá nela penetrou. Quando ele esticou suas pernas, A dança as puxou.

 

................

 Parte(i)    

Havia vinte pessoas com Kéké marcas faciais. Havia trinta pessoas com àbàjà marcas faciais. Havia cinquenta pessoas com kolo marcas faciais

Parte (ii)

Jogaram Ifá para Odúnmbákú Que era filho de Àgbonnìrègún.

Parte(iii) &(iv)

Disseram para ele fazer sacrifício para Prevenir morte iminente.

Parte (v)

Ele fez conforme foi dito.

Parte(vi)

E ele não morreu.

.......................... Parte(viii)No ano que eu devia Ter morrido,   A morte levou minha galinha,   Minha própria galinha.   Minha galinha ìrànà,   Que eu oferecí como sacrifício,   Foi levada pela morte.

(ii)

Repetição temática

A repetição temática envolve a constante repetição do assunto de um poema de Ifá em diversas partes do mesmo poema como forma de ênfase. Este tipo de repetição mostra-se de forma destacada no “Ifá nlánlá” ( poema longo de Ifá)que é geralmente longo e separado em partes tanto no tema como na forma de apresentação. O valor da repetição temática neste tipo de poesia é portanto o de identificar para nós, por repetição constante, o ponto que aparece como mais importante para o sacerdote de Ifá no seu material, de forma que não reste nenhuma dúvida quanto a sua mensagem.

 

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A repetição temárica geralmente ocorre nas partes (iv)-(vi) da estrutura do poema de Ifá. conforme já mencionado, estas são as partes criativas e dinâmicas da poesia divinatória.

(iii)

Repetição linear

É de longe o mais importante tipo de repetição encontrada na poesia divinatória. Dois tipos de repetição linear podem ser identificados nos poemas de Ifá: completa e parcial. A repetição linear completa envolve a repetição de uma ou mais linhas do poema de Ifá. Este tipo de repetição é usado tanto para ênfase quanto para satisfazer o que este investigador decreve em outro local,41 como elemento de ficção em poesia de Ifá. Conforme o sacerdote aprende os versos de Ifá durante seus longos anos de treinamento, e também aprende ao mesmo tempo que parte de seu repertório deve ser repetido, duas, três, quatro ou mais vezes. Sempre que ele encontrar algum material desse tipo, ele é obrigado a repetir o verso(s) envolvido da maneira especificada pelos dogmas de sua crença. Nós, achamos, portanto que a repetição linear completa sempre envolve a repetição de um ou mais versos por um número qualquer de vezes, de duas a dezesseis vezes. Os versos repetidos podem seguir-se uns aos outros diretamente no texto ou podem estar espalhados entre outros versos. Que, portanto, os versos envolvidos podem ser repetidos a cada três, quatro, cinco ou dezesseis linhas. O exemplo seguinte mostra a repetição de um grupo de versos quinze vezes. No total, são envolvidas quarenta e cinco linhas de poesias, o que forma mais da metade do número total de linhas nesse poema de Ifá.

 

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“Nígbà èkíní, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkejì, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èketa, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkerin, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkaàrún, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkefà, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkeje, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkejo, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkesàán, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkewàá, Mo Wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkokànlá, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkejílá, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èketàlá, Mo wolé Óníkàámògún. Èmi ò bá Óníkàámògún

nlé.

nlé. nlé.

nlé.

nlé. nlé.

nlé.

nlé. nlé.

nlé. nlé. nlé.

nlé.

Na primeira vez,43 Eu fui à casa deÓnikàámògún. Eu não achei Ónikàámògún em casa. Na segunda vez, Eu fui à casa de Ónikàámògún Eu não achei Ónikàámògún em casa. Na terceira vez, Eu fui à casa de Ónikàámògún Eu não achei Ónikàámògún em casa. Na quarta vez, Eu fui à casa de Ónikàámògún Eu não achei Ónikàámògún em casa. Na quinta vez, Eu fui à casa de Ónikàámògún Eu não achei Ónikàámògún em casa. Na Sexta vez, Eu fui à casa de Ónikàámògún Eu não achei Ónikàámògún em casa. Na sétima vez, Eu fui à casa de Ónikàámògún Eu não achei Ónikàámògún em casa. Na oitava vez, Eu fui à casa de Ónikàámògún Eu não achei Ónikàámògún em casa. Na nona vez, Eu fui à casa de Ónikàámògún Eu não achei Ónikàámògún em casa. Na décima vez, Eu fui à casa de Ónikàámògún Eu não achei Ónikàámògún em casa.

 

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Nígbà ekerínlá, Mo wolé Óníkàámògún.

Ó wáá kù dèdè . Mo wáá bá Oníkàámògún, Èmi ò bá Óníkàámògún Nígbà èkèédógún, Èmi ò bá Óníkàámògún nlé. Mo wolé Óníkàámògún nlé Kí nwo káà kerìndínlógún Ó kawó Ifá,

Na décima primeira vez... Na décima segunda vez... Na décima terceira vez... Na décima quarta vez... Na décima quinta vez... Mas,comforme eu estava indo Para entrar no décimo sexto

apartamento do palácio. Eu encontrei Óníkàámògín. Ele colocou um punhado de instrumentos de divinação na sua cabeça.

Ele cobriu-se com roupa àká.44

Ó fi lérí. Ó faso àká bora...”42

 

 

A repetição linear incompleta caracteriza-se pela repetição de parte de uma ou mais linhas par ênfase. A repetição pode ocorrer no começo, no meio, ou no final de uma linha concernente. Mais ainda, a linha repetida pode estar misturada à outras linhas de forma que teremos uma repetição incompleta em todas as alternativas,na quarta, quinta ou sexta linha. No exemplo seguinte, as palavras ó ní na linha 1 saõ repetidas na linha 4, enquanto que os itens  la jo ns podem ser encontrados nas linhas, 1,4 e 7. As duas primeiras palavras na segunda linha, tètè móo são repetidas nas linas,  

3,5,6,8 e 9.

Ó ní àwa agba la jo nsegbo. Tètè, móo rìn, Tètè, móo yan. Ó ní àwaa ìjòkùn la jo nsodan. Tètè, móo rìn, Tètè, móo yan. Àwaa keekéè la jo nsÒyó Àjàká. Tètè, móo rìn, Tètè, móo yan...45 Ele disse que ele e agba viviam na floresta. Tètè, anda por toda parte livre. Tètè, anda por toda parte em paz. Ele disse que ele e Ìjòkùn viveram no pasto. Tètè, anda por toda parte livre. Tètè, anda por toda parte em paz. Ele e tètè viveram em Òyó Àjàká. Tètè, anda por toda parte livre, Tètè, anda por toda parte em paz. (iv) Repetição léxica e silábica A repetição léxica nos poemas de Ifá envolve a repetição apenas de palavras, enquanto uqe a repetição silábica envolve a repetição somente de sílabas. Estas formas de repetição podem ser usadas para ênfase, para embelezar o rítimo da poesia , ou para obter jogo de palavras. As duas formas de repetição às vezes ocorrem juntas. Os exemplos seguintes mostram repetição léxica e silábica nos itens marcados.

 

Ká fefun tólé, Ka fosùn tólé ìlèkè. Àkódá orí kìí gbálè ojà gbé si. A dia fÉjì Òbàrà Níjó ti won nlo lee sebo suru suru Nílé Olófin. Èjì Òbàrá ká orí, Ó tè é móyè. Ó ní òún le rire Nilé Olófin báyìí?46 Pintemos a casa do dinheiro com giz, Pintemos a casa das pedras preciosas com osun. O primeiro orí a ser criado não está na parte dos fundos do mercado sem sorte. Foi divinado Ifá para Èji Òbàrá. No dia em que eles estavam indo oferecer sacrifício   No palácio de Ólófin. Èjí Òbàrà colocou os instrumentos de divinação na cabeça, E imprimiu Ifá no pó divinatório. Ele perguntou se iria tornar-se próspero Na casa de Olófin. A palavra ká na primeira linha do texto Yoruba acima é repetida nas linhas 2 e 7, enquanto que a palavra tólé ocorre nas linhas 1 e 2. A palavra orí, na linha 3 é repetida na linha 7. a terceira pessoa do singular (ó) na linha 8 ocorre em posição idêntica na linha 9. a sílaba lè em ílèkè (linha 2) é repetida em gbálè ( linha 3). A sílaba lo em nlo na linha 5 ocorre também em Olófin. Nas linhas 5 e 6 destaca-se a sílaba ní em nílé e níjó.

(v) Aliteração e assonância Alguns tipos de repetição discutidos acima com freqüência envolvem consoantes e vogais. Aliteração e assonância podem entretanto, ocorrer em posições onde as outras formas de repetição discutidas acima estão ausentes. Estas duas formas de repetição enriquecem o rítimo da parte do verso de Ifá onde elas ocorrem. Ainda mais, as consoantes e vogais repetidas dão proeminência às sílabas e palavras das quais elas tomam parte e podem, portanto, servir para enfatizar esses itens léxicos.

 

Nos exemplos dados abaixo sobre repetição léxica e silábica, a fricativa muda lábio dental (f) ocorre duas vezes na mesma palavra fefun (linha 1)e uma vêz na palavra fosùn ( linha 2). A mesma consoante pode ser achada no nome pessoal Olófin (linha 6) e em fÉjì ( linha 4). Na linha 3, a consoante vocal lábio velar (gb) ocorre em gbalé e em gbé ( linha 3). Os exemplos seguintes mostra o uso da assonância nos versos de Ifá.

Ìji kìí jà, Kó gbódó. Ìji kìí já, Kó gbóló...47 O remoinho de vento não sopra  Mas, leva embora o pilão. O remoinho de vento não sopra,  Mas, leva a mó. Neste exemplo acima existe uma concentração deliberada de sons de (i) nas linhas I e II, sons de (ó) nas linhas 2, e (o) na linha 4.

(C) O CONTEÚDO DO VERSO DE IFÁ 

 

Conforme já foi mencionado, o verso de Ifá é uma tentativa de um povo não letrado, de preservar e disseminar os ingredientes de sua própria cultura. O Yoruba tem os versos de Ifá como um repositório de sua cultura. Eles acreditam que os versos de Ifá contêm a sabedoria acumulada de seus ancestrais através da história. O verso de Ifá, portanto contém tudo que é considerado memorável na cultura Yoruba através dos tempos. Não é de surpreender, portanto, que o conteúdo do verso de Ifá cubra toda a extensão da cultura Yoruba. Nas páginas seguintes nós identificaremos e discutiremos alguns dos mais importantes temas encontrados na poesia divinatória de Ifá. Os Yoruba consideram o verso de Ifá como uma coleção de poemas históricos nos quais os fatos verdadeiros da cultura Yoruba são preservados. Uma avaliação dos versos de Ifá como fonte de evidência histórica já foi tentada em outro local. 48 Pelo presente investigador que declarou que os poemas divinatórios de Ifá contêm importantes alusões a fatos históricos da cultura Yoruba. O historiador deve, no entanto, encontrar corroboração para estes fatos em outro local da história oral da cultura Yoruba ou comparando diferentes versões da mesma história contada por diversos divinadores. Os versos de Ifá são especialmente importantes com parte da informação sobre a história da cultura Yoruba que é geralmente negligenciada pelos cultos historiadores ocidentais da cultura Yoruba, que estão mais afeitos à história política e econômica. O verso de Ifá é nossa principal fonte de informação sobre mitologia Yoruba. Como já mencionamos, existem alguns Odù, cujas histórias contêm os mitos de algumas divindades Yoruba. Por exemplo, Òkànrán Méjì contém os mitos de Xangô, enquanto que Ogundá Méjì contem os mitos de Ògún. Estes Odù nos falam sobre a vida destas divindades, quando elas estavam aqui na terra, sua relação com as outras divindades e sua importância para a cultura tradicional Yoruba. As divindades são pintadas são pintadas nos versos de Ifá como forças benevolentes, que estão sempre prontas a ajudar o homem a resolver seus problemas. As divindades representam ordem, autoridade, disciplina e a perpetuação dos valores da cultura yoruba. Eles ficam, entretanto, algumas vezes, zangados com os homens quando eles vão contra as regras dos valores morais divinamente sancionados. Mas, geralmente a poesia de Ifá se apresenta a nós como uma coleção de mitos que mostra as divindades Yoruba como amigas do homem. Os poemas divinatórios de Ifá também nos falam dos conflitos entre as divindades e os Ajogun, um nome coletivo usado para

 

descrever as forças do mal. Entre estas forças estão: Ikú ( morte), Àrùn ( doença), Òfò ( perda), Èpè ( maldição),Ègbà (paralisia), Òràn ( problema), Èwòn ( prisão), e Ese(aflição). Esta oito coisas que os seres humanos temem são personificadas no poema de Ifá como poderes sobrenaturais cuja função principal é negar os desejos das divindades e dos ancestrais de enriquecer a vida humana. Desde que os planos dos ajagun, sobre os seres humanos é ver sua ruína completa, eles estão sempre em conflito com as divindades cuja função é a proteção dos seres humanos. Muitos poemas de Ifá tratam dos inevitáveis conflitos entre estes dois grupos de poderes sobrenaturais sobre os interesses humanos. Um outro importante aspecto do conflito entre os maus e os bons poderes sobrenaturais é a luta entre as divindades e Àjé (feiticeiras). As Àjé são também conhecidas nos versos de Ifá como: eleye ou eníyan, estão ao lado dos ajagun neste eterno conflito. Um poema de Ifá diz eu foi Olódùmarè , ele mesmo, que deu a àjé seu poder do mal. Portanto, contra as maquinações do mal de àjé, os seres humanos têm pouca proteção, até mesmo das divindades pois elas mesmas são muitas vezes molestadas pelas feiticeiras. Quando juma pessoa é atormentada por àjé é encorajada a chamar seu próprio Orí ( Orixá pessoal que determina o destino humano). Cada indivíduo tem o seu próprio Orí (literalmente significa cabeça) que ele escolhe para sí mesmo pouco antes de deixar o Òrun ( céu) par vir à terra. As pessoas, que escolheram uma boa cabeça, se trabalharem duro e fizerem os sacrifícios estipulados para eles, serão bem sucedidos e não serão subjugados pelos ajagun e por àjé. Mas, aqueles que escolheram um mau orí para sí mesmos no Òrun estão sentenciados a falhar na vida exceto se puderem fazer sacrifícios suficientes e trabalharem duro. O conteúdo de muitos versos de Ifá tratam deste interessante conceito de predestinação que forma um importante aspecto do sistema que forma um importante aspecto do sistema de crenças Yoruba. Ese Es e If Ifá á ta tamb mbém ém co conté ntém m cr cren ença ças s Yo Yoru ruba ba co conc ncer erne nent ntes es ao ebo ebo ( sacrifício). Quase todo poema de Ifá contém na parte (iv) da su sua a es estr trut utur ura a ex exor orta taçõ ções es pa para ra qu que e o cl clie ient nte e fa faça ça o sacr sa crif ifíc ício io. . É co comp mpul ulsó sóri rio o a to todo dos s os in indi diví vídu duos os fa faze zer r sacrifívio, não obstante o Orí que ele escolheu no Orun seja bom ou ruim. As divindades não irão auxiliar alguém que se recu re cusa sa fa faze zer r sa sacr crif ifíc ício io, , um uma a ve vez z que que este este é a sua sua únic única a recompensa para o seu incessante olhar sobre a vida humana. Para aqueles que escolheram uma cabeça ruim, o sacrifício é particularmente importante uma vez que é o único elemento que

 

pode re pode repa parar rar su sua a de desg sgra raça çada da es esco colh lha. a. As Assi sim, m, sa sacr crif ifíci ício o é apresentado na poesia de Ifá como o meio pelo qual o homem faz as pazes com as divindades e melhora os defe fei itos inerentes a sua própria pessoa. Além disso, nos versos de Ifá, o sacrifício é descrito como um meio através do qual o homem usa materiais em troca de sua própria vida. Assim, nós vemos em muitos poemas de Ifá que quando coisas materiais são oferecidas aos ajagun em forma de sacrifí sacr ifício cio, , ele eles s peg pegam am est estas as coi coisas sas e dei deixam xam o sup suplic licante ante intocado. Sacrifício é, portanto, um meio pelo qual o homem pode influenciar os poderes sobrenaturais de modo que o poder do bem pode cooperar com ele e o poder do mal irá deixá-lo cumprir seus planos na terra. Outro aspecto importante do conteúdo dos poemas de Ifá é o conceito de Ìwà ( caráter ). O Yoruba acredita que não é sufi su fici cien ente te te ter r um uma a bo boa a ca cabe beça ça e of ofer erec ecer er sa sacr crif ifíc ício io. . Em adição a estes dois conceitos que tratam da relação do homem com co m as di divi vind ndad ades es o ho home mem m de deve ve tam també bém m te ter r qu que e lu luta tar r pa para ra melhorar sua relação com os seus companheiros e para fazer isto ele deve melhorar o seu caráter ( ìwà ) dia após dia. Aind Ai nda a ma mais is qu que e a cr cren ença ça Yo Yoru ruba ba de qu que e se seja ja qu qual al fo for r o desenvolvimento de qualquer homem na terra, se ele não tiver um bo bom m ìw ìwà à el ele e nã não o re real aliz izou ou na nada da. . Muit Muitos os po poem emas as de If Ifá, á, portanto, mencionam a importância do ìwà na vida do homem. na verd ve rdad ade, e, a po poes esia ia di divi vina nató tóri ria a de If Ifá á es esta tabe bele lece ce qu que e um uma a pessoa que não tenha um bom ìwà enquanto vivendo na terá, será punido no Òrun após sua morte te. . O oferecimento de sacrifício não absolve ninguém da obrigação de mostrar um bom cará ca ráte ter r pa para ra os co comp mpan anhe heir iros os po porq rque ue is isto to é o de dese sejo jo de Olódùmarè e dos ancestrais; que os seres humanos devam suster os valores morais da sociedade. Esta é a razão pela qual o Yoru Yo ruba ba di diz: z: “ì “ìwà wà lè lèsi sin” n” (o bo bom m ca cará ráte ter r é a es essê sênc ncia ia da religião). Poré rém m, como o Yoruba valoriza o ìwà como um atri rib buto desejável que dota a vida humana de dignidade e nobreza eles também valorizam o dinheiro como instrumento com o qual podese co cons nseg egui uir r as bo boas as co cois isas as da vi vida da. . Para Para o Yoru Yoruba ba tr três ês coisas são mais importantes de serem realizadas na vida: owó, ou aj ajé é (d (din inhe heir iro) o), , Om Omo, o, e àì àìkú kú ou àl àlàá àáfí fíà à (vid (vida a long longa a e saúde). Estas três coisas são os mais importantes ire (boas coisas da vida). A posse de owó ajuda uma boa pessoa a ser gentil e benevolente com os seus companheiros, assim como a perda de dinh di nhei eiro ro ti tira ra a pe pess ssoa oa de su sua a mo mode dera raçã ção o ha habi bitu tual al. . Da Daí í o ditado:

 

Bówó bá tán lówó oníwà, á dòsónú. Quando o dinheiro de uma boa pessoa acaba, ela se torna insociável. Muitos poemas de Ifá falam da importância do dinheiro como um dos do s ma mais is im impor porta tant ntes es ir ires es qu que e to toda da pe pess ssoa oa de dese seja ja pa para ra si mesmo mesm o na vid vida. a. Omo (filh (filho o ou fil filhos hos) ) tam também bém é mui muito to cit citado ado nos poemas de Ifá como um importante ire. Na verdade é mais cotad co tado o que o di dinh nheir eiro, o, com como o uma re reali aliza zaçã ção o vi vita tal. l. Pa Para ra o Yoru Yo ruba ba, , a vi vida da ou o ca casa same ment nto o se sem m fi filh lhos os é um uma a vi vida da ma mal l sucedida. Uma vez que a sociedade Yoruba era uma sociedade agrá ag rári ria, a, as cr cria ianç nças as fo form rmav avam am um uma a im impo port rtan ante te fo forç rça a de trabalho para quem os possuía para incrementar sua produção. Ainda mais, numa sociedade em que aposentadoria e seguridade social são desconhecidos. As crianças são verdadeiros seguros de velhice e doenças. O dinheiro não é um substituto adequado para o cuidado e o amor que os filhos podem dar a seus pais na idade avançada. Na verdade, o Yoruba ainda considera uma vida abençoada pelo dinheiro, porém sem crianças, como se fosse um deserto. As divindades, elas mesmas, defendem a fertilidade. Assim, Osun e Òg Òge e sã são o pr prim imar aria iame ment nte e en envo volv lvid idas as co com m a de desa sagr grad adáv ável el condição da mulher estéril, que é encorajada a cultuar estas divindades na esperança de engravidar e ter filhos. Dos três ires mencionados, àìkú (vida longa com saúde), é considerada a mai mais s im impo port rtan ante te. . Se um ho homem mem tem di dinh nhei eiro ro e cr cria ianç nças as e morre jovem ou vive doente, o Yoruba considera que ele não vive uma vida ideal. Mas, se um homem perder o dinheiro e filhos e tem boa saúde e vida longa, é possível que ele possa recu re cupe pera rar r aq aque uela las s co cois isas as qu que e pe perd rdeu eu. . Po Port rtan anto to, , àì àìkú kú é conside cons iderad rado o o mai mais s imp import ortant ante e atr atribu ibuto to da vid vida: a: “Ire àìkú pari ìwá“, a benção de uma longa vida é a maior realização da vida. Outra razão pela qual o Yoruba valoriza o àìkú acima de todos os ou outr tros os ir ires es é po porq rque ue no se seu u si sist stem ema a hi hier erár árqu quic ico o de autorid auto ridade ade aqu aqui i na ter terra, ra, vel velhic hice e é uma qua qualif lifica icação ção para assegurar bons empregos como o de baálé (caseiro). Um homem que morre jovem perde a op opo ortunidade de oc ocu upar est sta a importante posição. Além disso, se ele morre muito jovem ele não poderá se transformar num ancestral, e por esta razão, não poderá ser enterrado na casa dos ancestrais. As di divi vind ndad ades es, , el elas as me mesm smas as, , va valo lori riza zam m o àì àìkú kú co como mo um uma a importante conquista na vida e proporcionarão às pessoas que levam uma vida boa e moral, aquele ire. Odùdúwà o grande ancestral dos Yoruba era muito velho em vida antes de morrer. A poesia divinatória de Ifá se refere a ele como:

Olófin orí ogbó

 

Olófin kaakaa wòó... Olófin ti won lá won ó fi lédù oyè, Tó gbó gbóó gbó, Tó si dota mó wo lówó.49 (Olófin que foi destinado a viver vida longa. Olófin o vigoroso... Olófin a quem planejaram tornar rei Que era muitíssimo velho A tal ponto que parecia um pedaço de pedra.) Mas, o co Mas, cont nteú eúdo do do dos s ve vers rsos os de If Ifá á nã não o tr trat ata a ap apen enas as de história, mitologia e crença; um importante tema eu aparece através de muitos poemas trata da visão Yoruba sobre o mundo ao seu red redor. or. Por Portan tanto, to, temo temos s obs observ ervaçõ ações es met meticu iculos losas as nos poemas de Ifá sobre objetos e criaturas da natureza que são encon en contr trad adas as ma te terr rra a Yo Yoru ruba ba. . Mu Muit itos os po poema emas s de If Ifá á co conta ntam m histórias sobre montanhas, rios, floresta, animais selvagens e domésticos, pássaros, insetos e plantas. A característica dest de stes es ob obje jeto tos s é no nos s re reco cord rdad ada a no nos s vers versos os de If Ifá á de ta tal l maneira eu fica-se maravilhado com o alto senso de apreciação da natureza que existia na sociedade tradicional Yoruba. Além disso, cada objeto ou criatura mencionados nos poemas de Ifá são personificados para dar ao sacerdote a oportunidade de tratar, dentro da estruturação do poema de Ifá já discutida, como co mo se el ele e tr trat atas asse se de se sere res s hu huma mano nos. s. Ca Cada da ob obje jeto to ou criatura personificada é feita para ser símbolo de algum tipo de atributo do bem ou do mal que o sacerdote quer elogiar ou cond co nden enar ar. . De Dest ste e mo modo do, , o sa sace cerd rdot ote e de If Ifá á co cons nstr trói ói um uma a poderosa sátira da sociedade humana atrvés das histórias de não humanos. O produto final da sua história sobre objetos e criaturas da natureza éportanto destinada aos seres humanos. Se, por exemplo o poema de Ifá quer condenar a infidelidade, ele cont contará ará a hist históri ória a de àgb àgbìgb ìgbò, ò, um pás pássar saro o con consid siderad erado o orig or igin inal alme ment nte e co como mo um sa sace cerd rdot ote e de If Ifá á in infi fiel el. . Qu Quan ando do o sacerdote de Ifá quer elogiar a importância da vida longa, ele contara a história sobre a montanha que nos versos de Ifá simb mbo oliza poder e vida longa. Um Uma a vez qu que e a mont nta anha apel eli idada de “eni ni-apá-ò-ká” (aquele que não pode ser subjugado ou o inexpugnável.). Os aspectos o conteúdo do verso de Ifá discutidos anteriormente é uma temática ampla que pode ser encontrada em mais que um Odù. Deve-se entr tre etanto, sublinhar qu que e o sacerdote de Ifá que acredita que cada Odù tem o seu próprio tema que que o id identifi entifica ca e o separa dos ou outros tros . Assim, muitos poem po emas as en enco cont ntra rado dos s emque Òb Òbàr àrà à Mé Méjì jì, , pobre, o sé séti timo mo Odù, ù, co cont nta a a história de um homem era muito mas,Od subitamente

 

tornou-se rico e importante na sociedade. Òtúá Méjì, o décimo terceiro Odù, conta a história da chegada do islamismo na terra Yoruba. Esta é a razão pela qual Òtúá Méjì é chamado de Bàbá Mòle(o velho muçulmano).50 Alguns dos temas específicos encontrados em cada um dos 256 Odù transitam pelos amplos temas já debatidos. Assim, Òsá méjì conhecido como Òsá eleye (Òsá das feiticeiras)conta histórias dos conflitos entre as àjé e as divindades. Nós podemos, então concluir que o conteúdo dos versos de Ifá é muito amplo, ele cobre, histórias, mitologia, crenças, e sistemas de valores da sociedade Yoruba bem como a visão Yoruba do mundo no qual eles vivem. Nós não ficamos surpresos que os poemas divinatórios de Ifá, sejam altamente valorizados pelos Yoruba, como os guardiões da cultura Yoruba, a sabedoria das gerações e os ensinamentos dos ancestrais e das divindades.

 

 NOTAS 1. O número de divindades no panteão Yoruba varia entre 401 e 201. A maior parte destas divindades são deuses menores cultuados pequenas cidades Alguns mitos dizem que nas as divindades vieram e à vilarejos. terra em ondas. 2. Para detalhes sobre a função das divindades maiores, veja Idowu, E.B., Olodùmàre, God in Yoruba Belief, Longmans, 1962. 3. Ògún é a divindade Yoruba da guerra e da caça. Seu símbolo é o ferro, e ele é cultuado por caçadores, fazendeiros, ferreiros e outras profissões que usam implementos em ferro. 4. Òòsàálá que também é conhecido como Obàtálá é a divindade responsável pela criação. Porque ele pode ser encontrado em quase todas as cidades Yoruba e por ser a sua função a criação, seu livro Olódùmarè, God in Yoruba Belief dá Oxalá Idowu como ano arque(principal) divindade Yoruba. 5. Èsù ou Elégbára é a divindade ardilosa, que mantém o Axé com o qual Olódùmarè criou o universo e mantém suas leis físicas. Além disso, Èsù atua como policial para Olòdùmarè, para forçar consonância com os valores éticos do universo. 6. Existe um outro mito que declara que as divindades vieram para a terra do Orun, que era parte de outro território. Nesta época segunda a mitologia Yoruba Ayé (terra) e Òrun ( céu) faziam parte do mesmo planeta, mas o Òrun mais tarde, distanciou-se devido aos desonestos habitantes e insultos com que os seres humanos trataram outro de Olódùmarè, que significa senhor doOlórun Òrun) ( todos osnome dias. 7. Ifè é uma importante cidade Yoruba. É o centro espiritual dos Yoruba. Acredita-se que um santuário é mantido em Ifè para todas as divindades Yoruba. Ifè foi também o centro intelectual da sociedade tradicional Yoruba. Esta cidade tradicional cidade primavera, que agora abriga a universidade de Ifè, pode ser considerada a Meca dos Yoruba. Não é, entretanto, certo se a Ifè da mitologia, onde as divindades chegaram na terra é a Ilé-Ifè dos dias de hoje. Existem muitas Ifè conhecidas pelos historiadores, mas aquela na qual as divindades chegaram é conhecida como Ifè-Oòdáyé.

 

8. Os Yoruba acreditam que Ifè é o berço da humanidade e é, portanto, para os Yoruba o que o jardim do Éden é para a mitologia judaica. 9. Isto, provavelmente, explica porque a galinha é mais usada que qualquer outra criatura como oferenda a Ifá. A galinha foi o primeiro mensageiro das divindades e portanto pode ser creditada como meio de enviar mensagens atrvés de ebo(sacrifício), para as divindades. As galinhas que têm cinco dedos são consideradas pelos Yoruba como uma criatura única. Elas são usadas no preparo de importantes medicamentos. 10. O camaleão é uma criatura sagrada para os Yoruba. Na sociedade tradicional Yoruba , era proibido matar camaleões exceto para propósitos médicos ou rituais. Os Yoruba consideram o camalião como um ajéègùn (aquele que faz medicamentos poderosos). O camaleão é frequentemente incluído em importantes medicamentos para aumentar a sua potência. 11. Muitas das dinastias de governantes dos numerosos reinos Yoruba remontam suas origens a Odùduwà, também conhecido como Olófin por acreditar-se ser o grande ancestral do povo Yoruba. A presente dinastia governante na importante cidade de Òyó e descendente direta ( através de Òràáyàn, um dos netos de Odùduwà) de Olófin.Portanto, o governo da sociedade Yoruba tradicional, era baseado no direito divino dos reis. 12. Para uma discussão detalhada sobre a história do reino Yoruba veja Smith, R.S., Yoruba Kingdoms Methuen, London, 1969. 13. O antigo império de Òyó era o maior e mais importante dentre os grupos políticos Yoruba antes de sua destruição nos anos 1930. O poder do rei era baseado em extensivas relações comerciais com os estados Sudaneses e com os reinos selvagens do litoral. O rei também mantinha uma grade armada, baseada numa cavalaria de arqueiros liderados pelo Oníkòyí e kákánfò. 14. Ìgetí é o nome de um lugar em Ifè tida côo a primeira moradia de Òrúnmìlà na terra. 15. Outros mitos relatam outros filhos de Òrúnmìlà, aparte os outros oito filhos homens referidos neste mito.

 

16. Não sabemos se Adó aqui se refere a Adó-Èkìtì que é no nordeste ou Adó-Àwáye, que é no oeste da terra Yoruba. 17. Veja Abimbola Wande, Ìjinlè Ohùn Enu Ifá, Apákìíní,Collins, Glasgow, 1968, pp. 43-47. 18. a maior parte das divindades , acredita-se que deixaram a terra para o Òrun com a aparência de seres humanos comuns. 19. Abimbola, Wande,Ìjìnlè Ohùn Enu Ifá, Apá Kejì, Collins, Glasgow, 1969, pp. 87-98. 20. Os cabritos tentaram comer as navalhas porque pensavam que eram comestíveis. Este exagero, mostra somente a fome extremo que reinou na terra como resultado da partida de Òrúnmìlà. 21. Uma palmeira similar conhecida pelos sacerdotes de Ifá como òpè Àgùnká que tem uma copa extraordinariamente grande é usada pelos sacerdotes de Ifá como um símbolo de Ifá. 22. Abimbola, Ìjinle Ohùn Enu Ifè, 1969,pp.142-157. 23. Para detalhes sobre Odù,ver secção III desta introdução. 24. Òpèlè é o nome da àrvore que nasce livre na natureza. 25. Para detalhes sobre Orí como termo na poesia divinatória de Ifá, veja secção III (c) desta introdução. 26. O ibà constitui a primeira parte do canto do sacerdote de Ifá, e do Ìjálá ( poesia de caçador)do cantor. É uma saldação às autoridades da terra como os mais velhos e as feiticeiras e uma evocação às divindades para estarem presentes ao canto do repertório do artista, de forma que ele não erre. 27. O Yoruba considera Ilè (a terra) como uma divindade. Esta divindade é cultuada pelos Ogbóni, a mais importante das sociedades secretas Yoruba. 28. Para maiores detalhes sobre ajogun, veja a seção III (c) da introdução. 29. Abimbola, ìmìnlè Ohún Emi Ifá, 1968,p.101. 30. Embora Ofún seja o último e, portanto mais novo hierarquia, os sacerdotes de Ifá acreditamoque ele foinesta

 

originalmente o mais importante dos Odù. Por isso, sempre que um sacerdote de Ifá quer cantar um poema de Òfún Méjì ele beberá um pouco de dendê saudando Òfún como o rei com as palavras “ héèpà Odù” ( eu saúdo o rei dos Odù). 31. Veja Abimbola, Wande, “ Ifá Divination Poemas and the Coming of Islam Into Yorubaland”, Pan-Africana Journal, New York, 1972, pp. 440-454. 32. Para detalhes sobre a estrutura do Verso de Ifá, veja Abimbola, Wande,” An Exposition of Ifá LiterarY Corpus”, Ph.D. dissertation, University of Lagos, Nigéria, 1970. 33. Cf. Abimbola, Ìjìnlè Ohùn Enu Ifá, 1969. 34. Cf. Abimbola,Wande, “ Ifá Divination Poems As a Sources for Historical Evidence”, Lagos Notes and Records, Vol.I, January, 1967. 35. Abimbola, Ìjìnlè Ohùn Enu Ifá 1969. 36. Abimbola, An Exposition of Literary Corpus. 1970. 37. Abimbola, Ìjìnlè Ohùn Enu Ifá, 1968,pp.71-72. 38. Kéké é um tipo de máscara facial, que corre para a cabeça. Àbàjà e kolo são nomes de outros tipos de máscaras faciais. 39. Odúnmbákú. Um nome pessoal que significa “o ano em que eu teria morrido”. 40. Ìrànà galinha. Uma galinha sacrificada na sepultura do morto imediatamente após o enterro. 41. Abimbola, Wande, “Stylistic Repetiton in Ifá Divination PoetrY”, Lagos Notes and Record, Vol. 3, No.I, January, 1971. 42. Abimbola, Ìjìnlè Ohùn Enu Ifá, 1969, pp. 92-93. 43. Oníkàámògún é o nome do chefe supremo da cidade de Ìká. 44. Àká é uma roupa usada nos tempos antigos por importantes reis. 45. Cf. Iwòrì Méjì em III (d).

 

46. Abimbola, Ìjìnlè Ohùn Enu Ifá, 1968, p.82. 47. Abimbola, Ìjìnlè Ohùn Enu Ifá, 1968, p.III. 48. Abimbola, “ Ifá Divination Poems As Sources for Historical Evidence”, 1967. 49. Collected from Oyedele Ìsòlà, Ile Beesin PàáKòyé, Òyó. June, 1972. 50. Abimbola, “Ifá Divination Poetry and the Coming of Islam into Yorubaland”, 1972.

 

 AS DEZESSEIS PRINCIPAIS PRINCIPAIS CAT CATEGORIAS EGORIAS DA PO POESIA ESIA DIVINATORIA DE IFA 

 

 

I Èjì Ogbé

 

 

(a) Òrunmila, o primeiro sacerdote de Ifá, pratica

divinação. 1 Pedras de Raio,  são poderosas; 2 Àrìrà,  o poderoso A montanha alta, que tem um cume cônico. Ifá foi divinado para Òrúnmìlà, Quando ele estava indo fazer divinação na cidade de Ìlá Obamowó. Òrúmìlà foi assegurado de que teria uma atividade lucrativa naquela cidade. Mas, ele foi também advertido de que deveria fazer ebó. E ele o fez. E ele teve êxito e levou seus ganhos para casa. Ele começou a dançar, Ele começou a regozijar-se. Ele disse, “pedras de raio são poderosas; o poderoso Arìrà,; A poderosa montanha que tem um cume cônico. Foi divinado Ifá para Òrúnmìlà Quando ele está indo fazer divinação na cidade de Ìlá Obamowó. 4 Adéeké,  é o nome do filho de Ifá. 5 6 Èrè,  é o nome do filho de Oòni. Òrúnmìlà, deixe-me levar meus lucros para casa eternamente.”

 

(B) Ovo de galinha na batalha de Igbòmokò Eségi. Tudo que meus colegas estiverem fazendo, Eu devo fazer. Divinação de Ifá foi feita para Ovo de galinha Que era amigo de Kànàkànà, 1 Ambos estavam indo para fazer guerra contra a cidade de Ìgbòmokò Eségi.2  Foi lhes dito que fizessem sacrifício. Ovo de galinha foi avisado para não ir. Mas, ele disse que iria. Assim que eles chegaram nos portões da cidade Eles começaram a dançar, Onde quer que Kànàkànà fosse, era com veemência. Que ele fazia seu caminho. Quando ovo de galinha tentou fazer o mesmo, Ele caiu,

 

E quebrou-se em pedaços. Foi com pezar que ele começou a louvar seu sacerdote de Ifá Ele disse “ o que quer que meus companheiros façam Eu tenho que fazer.” Foi divinado Ifá para ovo de galinha Que era amigo de KànàKànà Ambos estavam indo para fazer guerra contra a cidade de Ìgbòmokò Eségi.  Não é muito tempo,  Não é muito distante, Venha e veja-nos conquistando através de sacrifício.

 

 

(c) Eu ergo meus braços em louvor   Eu elevo braços Em alegremeus felicidade. Foi divinado Ifá para Òrúnmìlà; Foi dito ao pai, que qu e ele não devia levar suas responsabilidades Até o fim de seus dias. Foi dito que ele deveria fazer sacrifício, Como resultado ele tornou-se inexpugnável. Ele disse, “eu ergo meus braços Em alegre satisfação. Divinação de Ifá foi feita para Orúnmìlà; Disseram ao pai que ele não deveria carregar suas responsabilidades Até o fim de seus dias. Eu levarei minhas responsabilidades até o fim de minha vida. Eu ergo meus braços. Em alegre satisfação.”

 

(D) CABEÇA, PEITO E ORGÃOS GENITAIS. GENITAIS.

Pàkelemò,1 divinador de cabeça, 2 Divinou Ifá para cabeça, Quando cabeça chorava porque não tinha esposa. Pàkelemò, divinou Ifá para peito, Quando peito chorava porque não tinha amigos. Pàkelemò, divinador de órgãos genitais, Divinou Ifá para Órgãos genitais, Quando eles choravam por não ter filhos. Foi dito a esses três que fizessem sacrifício. Eles sacrificaram, E tiveram todas as coisas boas que haviam pedido. Eles disseram , “Pàkelemò, o bom pai, Nós te agradecemos, Peito fez sacrifício,  e fez amigos. Pàkelemò, o bom pai, Nós te agrdecemos, Órgão genitais crianças. sacrificaram, e produziram

 

Pàkelemò, bom pai, Nós te agradecemos.”

 

II ÒYÈKÚ MÉJÌ

(a) As consequências de desdenhar o sacrifício Você é Òyè,1  Eu também sou Òyè, A luz do dia está aparecendo no céu. Mas, as pessoas pensaram que já era manhã. Foi feita divinação para peixe. qie era uma cria do leito do rio. Foi dito para peixe fazer sacrifício. sacri fício. Eles disseram que ela teria muitos filhos, Mas foi avisada para fazer sacrifício para prevenir ataques   dos seres humanos. Ela não fez sacrifício. Ela disse que não era possível p ossível para os inimigos, Ver seus filhos na cabeceira do rio Ela tomou seus sacerdotes de ifá como mentirosos Ela chamou Èsù de ladrão.2 Ela olhou sem temor para o céu como   se nunca nunca fosse morrer. Ela fez ouvidos de mercador para os avisos sobre sacrifívio. Quando os seres humanos subiram à cabeceira do rio, Eles pegaram enxada, cutelo, e ògbún,3 Eles represaram o rio, E começaram a drenar suas águas. Quando não tinha mais água cobrindo o peixe e seus s eus filhos, Os seres humanos os pegaram, E os colocaram em cima de inhame pilado, Aquilo foi uma ordem de Èsù, Que preveniu a aniquilação de todas as espécies de peixes da face da terra.

 

(B) ROUPA ROU PA VERMELHA NÃO É NUNCA USADA PARA COBRIR O MORTO M ORTO

Uma pequena bengala vai na frente dele que anda patinhando numa calçada estreita num dia de chuva. 1 As duas solas dos pés, Lutam persistentemente pela posse da estreita calçada.2 Foi divinado Ifá para cento e cinquenta e seis tipos de roupas. Quando elas estavam vindo do céu para a terra. Todas elas foram enviadas para ffazer azer sacrifício. Mas, somente roupa vermelha fez sacrifício. Após fazer sacrifício, Ela começou a ter honra e respeito. Depois usou roupa vermelha por muito tempo, No dia que o homem morre, Roupa vermelha é removida do seu corpo. Somente roupa branca e de outras cores, Vão com o morto para o céu. Roupa vermelha não deve nunca ir com ele. Somente roupa vermelha fez sacrifício. Somente roupa vermelha afereceu sacrifício as divindades. Roupa vermelha não vai para o céu com o morto. Após enganar o homem por um pequeno período (na terra), Ela o abandona (no caminho do céu).

 

(C) A MORTE NÃO COME FARINHA DE INHAME 1 Um sacerdaote de Ifá chamado Àtàtà-tanìn-tanìn, 2 Jogou Ifá para Olomo,  o poderoso. Todos os ajogun3 ajogun3 cercaram Olomo Para matá-lo. Disseram para ele fazer sacrifício, E ele fez sacrifício. Um dia aconteceu,  A morte, doença e perdas levantaram-se E vieram atacar a casa de Olomo. E encontraram Èsù do lado de fora da casa.

4

Quando estavam tentando entrar na casa, Èsù derramou farinha de inhame nas suas bocas.

 

5 Já que ajogun não pode provar farinha de inhame,  Alguns deles morreram e outros ficaram doentes,  Mas, nenhum deles foi capaz de entrar na casa de Olomo. Então Olomo ficou feliz, 6 E começou a cantar a cantiga dos sacerdotes de Ifá. Ele disse, “o sacerdote de Ifá Àtàtà-tanìn-tanìn, Jogou Ifá para Olomo o poderoso. Doença que se vangloriava que ia matar o sacerdote,  Não pode matá-lo.  A morte foi distanciada da cabeça do sacerdote de Ifá.  A morte não come farinha de inhame, se a morte tentar comer farinha de inhame, Sua boca se destruirá, Sua boca será apertada com força. todas as coisas ruins que

quiseram atacar

o sacerdote de Ifá,  Não o podem mais atacá-lo.  A morte não come farinha de inhame, Sua boca de destruiria, Sua boca seria comprimida com força.”

 

  (d (d) )

A MO MORT RTE E TE TEM M MI MISE SERI RICÓ CÓRD RDIA IA DE NÓ NÓS S

 A cabeça que usará uma coroa, coroa, É escolhida após o nascimento pelas divindades.

1

O pescoço que usará uma coroa, É escolhido antes de nascer pelas divindades. 2 O quadril que usará mósàajì,

 Vestuário de reis que é muito quente, É escolhido antes de nascer pelas divindades. 3 Foi divinado Ifá para Ikúsàánu, Que era o primogénito de Alápà.4   Morte tenha misericórdia de nós.  Não estamos dizendo que você não deva matar. Doença, tenha misericórdia de nós,  Não estamos dizendo que você não ataque as pessoas.  Ajoguns, tenham piedade de nós,  Não estamos dizendo que vocês não ataquem as pessoas.  Mas, por favor, não nos ataquem, E vão para outras terras.

 

III Iworì Mejì

  a) U ma p r ec ec e a I fá Quando o fazendeiro olha o algodão do outro lado do rio, Parece que ele mostra seus dentes brancos sorrindo alegremente. 1 Foi divinado Ifá para Aranha, Descendência daqueles que fazem todas as coisas De uma forma maravilhosa. Ifá no seu caminho maravilhoso, Traga todas as coisas boas para mim, Quando o fazendeiro olha o algodão em rama do outro lado do rio, Ele parece mostrar seus dentes brancos sorrindo alegremente.

 

(B) DESCARGA MENSTRUAL FRACA E SEMEM FRACO Quando o topo de um formigueiro é destruído, 1 Ele retém água no seu tronco. 2 Orúrù,  a árvore, se cobre com roupa de sangue. Quando o giz em pó cai no chão , Ele se espalha para todo lado em partículas finas. Foi quem jogou Ifá para fluxo menstrual fraco, Que era uma menina do céu. Foi divinado Ifá para sémen fraco, Que era um menino do céu. Fluxo menstrual fraco,  Nós te procuramos em vão,  Você recusou-se a voltar  Mas, você cresceu mãos e pés, E se tornou um neném.  Você descendência do sangue,

 

 Nós não mais lhe vimos,  Você não mais voltou.  Mas, você cresceu pés e mãos, E se tornou um neném.

(C) ÒRÚNMÌLÀ VAI NOS AJUDAR A CONSERTAR NOSSAS VIDAS Súbito como o ruído de um cinto de couro; O Cinto de couro estala. Seu sacerdote de Ifá em Ìtóri. Quando Àkàtànpó, perde seus elos, Eles correm todos pelo chão. Foi quem divinou Ifá para Òrúnmìlà, Quando ele estava indo emendar a vida do rei de Ifè, Como alguém que concerta uma cabaça quebrada. Quem, então, vai nos ajudar  A consertar nossas vidas? Òrúnmìlà nos ajudará

 

 A emendar nossas vidas.

(d) Ìwòrì Méjì o terceiro Odù a aparecer na terra O feio, o grosseiro e o perverso  A cabeça do abutre lembra o cabo de um machado,  Mas, não pode ser usada para cortar uma árvore. 1 Foi quem jogou Ifá para Èjì Ìwòrì, Que foi o terceiro Odù a chegar na terra.

 

Perguntaram onde ele planejava ficar Ele respondeu que tinha feito Sacrifício com um pilão. Perguntaram onde ele planejava pisar a terra, 2 Ele repondeu que foi ele que derramou a folha tètè  por toda a terra. Disseram que ele nunca se pusesse em frente a casa de outro homem. Ele disse que foi na presença do dono da terra que 3 tèntènpòlá  cobriu a terra. 4 Ele disse que ele e agba  viveram juntos na floresta. Tètè, passeia livremente; Tètè,passeia em paz. Ele disse que ele e ìjòkùn5 viveram juntos na floresta. Tètè, passeia livremente; Tètè, passeia em paz. 6 7 Ele disse que ele e keekéè  viveram juntos em Òyó Àjàká. Tètè, passeia livremente; Tètè, passeia em paz.  Não existe dono de terra que possa prevenir tètè de florescer na sua terra. Tètè passeia livremente; Tètè passeia em paz.

 

ÒDÍ MÉJÌ

(a) O Porteiro Abre o Portão Inteligentemente  Nós construimos uma pequena casa, E pedimos a uma divindade que a aceite como sua moradia. Se a divindade se recusa a aceitar, Deixe que ele vá a floresta cortar madeira para a construção, Deixe que ele vá a mata buscar cordas para a construção, E veja por ele mesmo as dificuldades envolvidas nisto. Foi quem jogou Ifá para ele que corta folhagens de palmeira, Foi quem jogou Ifá também para aquele que amarra as folhas de  palmeira juntas.  No dia em que eles estavam vindo do céu para a terra. Foi dito para o cortador de folhas de palmeira para fazer sacrifício, Foi dito àquele que amarra as folhas para fazer sacrifício. os dois fizeram sacrifício.  Após terem feito sacrifício todas as coisas ruins, não foram mais para eles; Eles disseram ,”nós fazemos uma pequena casa, E pedimos à divindade para aceitá-la como moradia, Se a divindade recusar-se a aceitá-la, Deixe-o ir a floresta cortar madeira para a construção, Deixe-o ir buscar cordas para construção. E ver por ele mesmo as dificuldades envolvidas. Foi quem jogou Ifá para aquele que corta as folhas de palmeira, Foi quem jogou Ifá para ele que amarra as folhas de palmeira juntas.  No dia em que eles estavam vindo do céu para terra.  Você que amarra folhas de palmeiras , amarre-as firmemente.  Amarre-as seguramente contra a morte,  Amarre-as seguramente contra doença.

 

 Você que amarra as folhas da palmeira,amarre-as bem. Porteiro, abra o portão inteligentemente, Porteiro, abra o portão inteligentemente.  Abra o portão para o dinheiro,  Abra o portão para as esposas. Porteiro, abra o portão inteligentemente.

 

(b) O Estrangeiro Importante na Cidade do Benin Eu chego bem, Eu viajo bem, Eu sou aquele que sempre viaja e encontra a fortuna. Exatamente quando eles estavam contando as riquezas, Eu entrei sem pedir licença como o filho do dono, Eu não sou o filho do dono, Eu apenas sei como viajar e encontrar a fortuna. Foi quem divinou Ifá para o estrangeiro importante, Ele entrou na cidade sem ser anunciado.  No dia em que eles estavam dividindo as riquezas do rei do 1 Benin. O estrangeiro importante estava indo para a cidade do Benin, fazer divinação. Ele juntou dois cauris com mais três, E foi consultar um outro sacerdote de Ifá. Foi dito que a jornada seria boa para ele,

 

 Mas, foi dito que ele deveria fazer sacrifício. Depois dele ter feito o sacrifício prescrito, Ele pegou a estrada para o

Benin.

 No momento que ele entrou na cidade,  Aconteceu de ser o momento em que o rei morreu. Ele se perguntou se sendo ele um sacerdote de Ifá experiente,  Não deveria ir e dar os pêsames a eles. O estrangeiro importante entrou quando eles estavam repartindo as propriedades do rei morto. E Quando eles terminaram de dividir as propriedades, Uma parte das riquezas costumam ser dadas a um estrangeiro. Os cidadãos de Benin, Portanto, deram uma parte da riqueza ao estrangeiro importante.  Assim que o estrangeiro importante reuniu todas as riquezas, Ele voltou para sua própria cidade. Ele começou a louvar seus sacerdotes de Ifá. E seus sacerdotes louvaram Ifá. 2 Eles bateram com as baquetas no àràn, E ele colocou para fora suas agradáveis melodias. Quando ele esticou suas pernas,  A música as prendeu. Conforme ele abriu sua boca,  A canção de Ifá saiu. Ele disse que aconteceu exatamente como seus divinadores   disseram. “Eu chego bem, Eu viajo bem, Eu sou aquele que sempre viaja e encontra a fortuna. Justo quando eles estavam contando as riquezas, Eu entrei sem me anunciar como se fosse o filho do dono. Foi quem jogou Ifá para estrangeiro importante.

 

Que entraria na cidade sem ser anunciado,  No dia em que eles estavam repartindo as riquezas do rei do Benin. Quem, então vai nos ajudar a consertar a cidade? É o estrangeiro importante, Quem vai nos ajudar a consertar esta cidade.”

 

(C) O PORTEIRO DA CIDADE DE AJÈNGBÈRÈ MÒGÚN  As duas metades das nádegas são suportes suficientes para alguém sentar. Foi quem jogou Ifá para o porteiro da cidade de 1  Ajèngbèrè Mògún, Que gostaria de ficar em um local e lá ter todas as coisas boas.  Não existe nenhum tipo de trabalho que o porteiro não tenha feito.  Mas, ele não prosperou em nenhum deles. Poderia ele encontrar a fortuna? Esta é a pergunta que ele fez para Ifá. Foi dito que ele fizesse sacrifício, E ele o fez.  Após ter feito sacrifício Quando os fazendeiros estavam retornando de suas plantações, Quando os viajantes estavam retornando se suas viagens, Eles deram ao porteiro Diferentes tipos de produtos Como milho e inhame.  Após o porteiro ter comido até ficar satisfeito, Ele quis vender o restante dos produtos. Foi assim que o porteiro tornou-se um homem rico, Quando tornou-se um homem feliz, Ele começou a cantar a canção dos sacerdotes de Ifá.

 

Ele disse, “as duas metades das nádegas são suficientes para suportar alguém sentado. Foi quem jogou Ifá para o porteiro da cidade de Ajèngbèrè Mògún Que fica num lugar e lá tem todas as coisas boas.  Viajantes de Ìpo,2 Ìpo,2 3  Viajantes da cidade de Òfà,  Venham e nos vejam com montes de dinheiro.”

 

(d) Òdí Faz Amor Com a Chefe das Vendedoras do Mercado O enorme e poderoso Òdí, O fortíssimo Òdí. 1 Foi quem jogou Ifá para Èjì Òdí. Que estava indo para o mercado de Èjìbomekùn, Chorando porque não tinha esposa. Foi dito a Èjì Òdí que fizesse sacrifício.

 

O que poderia ser oferecido como sacrifício? Foi dito que ele sacrificasse bastante mel. Ele sacrificou. Do mel que ele sacrificou, Seu sacerdote pegou um pouco, E com ele fez medicina de Ifá para ele.  Assim que Èjì Òdí entrou no mercado de Èjìgbòmekùn, Ele encontrou a chefe das mulheres do mercado, E ele derramou uma das garrafas Que continha medicina de Ifá nas suas partes íntimas. Depois disto ele fez sexo com ela, E ele desfrutou extremamente dela. O resultado foi que muitas outras pessoas começaram a lutar Para ter sexo com a chefe das mulheres do mercado. Quando todos eles estavam felizes, Eles começaram a cantar, “A chefe das mulheres do mercado, vamos. Doce querida  Não nos deixe sair do mercado. Doce querida.”

 

 V IRÒSÙN MÉJÌ (a) Sàngó Salvou Ológbun Da Morte Iminente Quatrocentos búfalos, Oitocentos chifres, Quatrocentos e oitenta búfalos 1 Passam sem medo na frente das armas dos caçadores. 2 Foi quem jogou Ifá para Ológbun, Que estava próximo de morrer. Foi dito que ele fizesse sacrifício.

 

Eles disseram para ele que os inimigos queriam matá-lo naquele ano. 3 Eles disseram para ele para apegar-se com Xangô,  para protegê-lo, E ele fez tudo que lhe mandaram fazer.  No local onde seus inimigos estavam tramando matá-lo, Xangô jogou sua pedra de raio sobre eles.  Após Ológbon ter derrotado seus inimigos Ele começou a dançar, E ele começou a regozijar-se. Ele disse que foi exatamente como seu sacerdote de Ifá predisse. “Quatrocentos búfalos, Oitocentos pares de chifres, Quatrocentos e oitenta búfalos,  Vão sem medo na frente das armas do caçador. Foi quem jogou Ifá para Ológbun, que estava próximo da morte;  Mas, que mais tarde tornou-se Ológbun que levantou-se E sobreviveu com a ajuda da pedra de raio.  Viajantes para a cidade de Ìpo,  Viajantes para a cidade de Òfà,  Venham nos ver comemorando nossas longas vidas com saúde  perfeita.  A montanha é para sempre firme e forte.”

 

(b) A História e a Cultura na Antiga Òyó 1 O sacerdote de Ifá conhcido como Ìbabúrú, Que era o seu sacerdote de Ifá na cidade de Ìbabúrú: O sacerdote de Ifá conhecido como Ìbabúrú, Sacerdote da cidade de Ìbabúrú; O mesmo Ìbabúrú, Que era também seu sacerdote de Ifa na cidade de Ìbarakata, 2 Foi quem jogou Ifá para Ìgbà, 3 Quando ele estava indo para cidade de Òyó antigo,  para fazer divinação. Todos da família de Ìgbà estavam muito febris

 

Inclusive as crianças e as esposas. Foi dito a Ìgbà que fizesse sacrifício, Para que ele pudesse ter paz.  Após fazer o sacrifício, Ele começou a ter paz. Ele disse,”O sacerdote de Ifá conhecido como Ìbabúrú, Que era sacerdote na cidade de Ìbabúrú, O sacerdote de Ifá conhecido como Ìgbabúrú, Que era o seu sacerdote de Ifá na cidade de, O mesmo Ìbabúrú, Que era também sacerdote de Ifá na cidade de Ìbarakata, Foi quem jogou Ifá para Ìgbà, Quando ele estava indo para a cidade de Òyó antiga para fazer divinação.  Após eu ter feito sacrifício com quiabos frescos, 4  Após eu oferecer Òsùn,  vegetal fresco, 5 E após ter dado todos eles a Èrìgì ÀlÒ, Eu me tornei muito feliz, pacífico, e satisfeito.

 

(c) Pòrò e Suas Três Crianças  A bananneira Que produz um fruto grande. 1 Foi quem jogou Ifá para Pòrò Que estava chorando porque não tinha filhos. Foi dito a Pòrò que fizesse sacrifício, E ela o fez.  Após ter feito sacrifício, Ela teve três crianças. Ela fez tudo para ter mais filhos,  Mas, ela não teve mais nenhum filho. Foi por causa das três crianças que ela teve, Que ela louvou seu sacerdote de Ifá. Ela disse que aconteceu exatamente como seu sacerdotes de Ifá   previram. “A bananeira, Que dá frutos muito grandes, Foi quem jogou Ifá para Pòrò,

 

Que estava chorando porque não tinha filhos Quando Pòrò teve uma criança pela primeira vez, 2 Ela deu à luz Aró. Quando ela deu à luz de novo, Ela teve Àasà.3 Àasà.3 Quando ela teve criança pela terceira vez, 4 Ela o nomeou Odòjé. Que era o caçula entre eles.  Viajantes para a cidade de Ìpo,  Viajantes para a cidade de Òfà,  Venham ver como as predições de Ifá Rapidamente acontecem. Ifá chegou, a grande autoridade;  A divindade cujas predições sempre são verdadeiras, Palmeira sagrada, cuja predição é sempre verdadeira e segura.”

 

(d) A Esposa Leva a Bolsa de Obi, a Criança Leva a Cabaça com Pimenta Quando o fogo se apaga, e se cobre de brasas; Quando a lua morre,ela deixa as estrelas para trás; Poucas são as estrelas que

brilham com a lua.

Foi quem jogou Ifá para Òrúnmìlà, Quando ele estava divinando Ifá sem uma esposa. Seria possível ter uma esposa? É por isso que ele jogou Ifá. Foi dito a ele que fizesse sacrifício.  Após ter sacrificado,  Não muito longe, E numa data não muito distante, Ele teve uma esposa que o ajudou a levar a bolsa de obí, Ele teve uma criança que o ajudou a levar a cabaça de pimenta. Ele começou a agradecer  Aos sacerdotes de Ifá que fizeram divinação para ele. Ele disse

que foi exatamente como eles disseram.

“Quando o fogo se apaga, ele se cobre de brasas; Quando a lua se esconde, deixa para trás as estrelas. Poucas são as estrelas que

brilham com a lua.

Foi quem jogou Ifá para Òrúnmìlà, Quando ele estava divinando Ifá sem um esposa. Foi dito que ele cuidasse das divindades,

 

Foi dito que ele iria conseguir, Se ele fizesse sacrifício.  A esposa é a guardiã do pote de Obi, 1  A criança carrega a cabaça de pimenta.

 

 VI ÒWÓNRÍN MÉJÌ (a) A Floresta Não Tem Tantas Àrvores Que A Àrvore Ìrókò Não Possa Ser Reconhecida O grande arco-íris; 1 2 Jogou Ifá para a àrvore Ìrókò  da cidade de Igbo Quando ela estava vivendo entre inimigos. Os inimigos etavam atormentando a àrvore Ìrókò da cidade de Igbo. Ele juntou dois cauris com mais três, E procurou um sacerdote de Ifá para divinação. Foi dito a ele que fizesse sacrifício. Ele o fez.  Após fazer sacrifício, Èsù veio e chamou os fazendeiros, E mandou que eles começassem a limpar a floresta  Na qual estava a àrvore Iròkò. Todas as àrvores que eram inimigas de Ìròkò, Foram cortadas pelos fazendeiros,  Mas, quando eles chegaramaos pés da àrvore Ìròkò, Èsù falou para não cortá-la, Porque ela não era uma àrvore qualquer. Quando Ìròkò derrotou seus inimigos, Ele disse que foi exatamente como foi dito pelo sacerdote de Ifá “O grande arco-íris Jogou Ifá para Ìròkò, àrvore da cidade de Ìghò Quando ele estava vivendo no meio dos inimigos.  A floresta não pode ser tão cheia de àrvores,  A floresta não pode ser tão coroada de àrvores, Que seja impossível reconhecer a àrvore Ìròkò.

 

Eu me tornei um grande arco-íris.”

(b) Akó, o Inquieto Que Não Tinha Filhos Reúna-os, Eu não vou reuni-los. 1 Foi quem jogou Ifá para Àkó,  a inquieta, Que estava chorando por não ter filhos. Foi dito a Àkó que fizesse sacrifício.  Após ter feito sacrifício, Ela ficou grávida no mesmo mês.  Algum tempo depois ela deu à luz um bebê. Quando ela ficou feliz, Ela disse que aconteceu exatamente o que o seu sacerdote de Ifá havia lhe dito. “Recolha, Eu não recolherei.

 

Foi quem jogou Ifá para Àkó, a sem sossego. Que estava chorando porque não tinha filhos.  A mãe cadela não fica muito tempo longe de seu lar. Com muita pressa, Eu retorno à mina casa para cuidar de meus filhos. Com muita pressa.”

(c) Quando Duas Pessoas Riem Uma da Outra, o Resultado é Uma Desavença.  Nós rimos daqueles que

riem de nós;

E para aqueles que não riem de nós,  Nós nunca rimos deles.

1 Foi quem jogou Ifá para Èríntúndé,

 

Filho de

2 Èlerìn da cidade de Sàjéjé.

Foi dito que ele fizesse sacrifício, Por causa das pessoas que conhecem alguém e prejudicam-no. Ele fez sacrifício.  Após ele ter feito sacrifício, ele começou a vencer seus inimigos. Então ele ficou feliz, Ele disse que foi exatamente como seu sacerdote de Ifá disse; “Nós rimos daqueles que riem de nós ,  Assim como rimos daqueles que nunca riem de nós, Desses nós nunca rimos. Quando duas pessoas riem uma da outra O resultado é a desavença. Foi quem divinou Ifá para Èríntúndé, Descendente de Èlèrin na cidade de Sàjéjé. Foi dito que ele deveria fazer sacrifício por causa de certas  pessoas que conhecem alguém e o prejudica.  Viajantes da cidade de Ìpo,  Viajantes da cidade de Òfà,  Não há nada em minha vida que seja motivo de riso.”

 

(d) Jànjàsá, O líder Dos Compadres no Céu  A pedra se quebra repentinamente,mas não sangra. 1 Foi quem jogou Ifá para Jànjàsá. 2 Que era o líder de um grupo de camaradas no céu. Foi dito a jánjàsá que cuidasse dos seus camaradas. Quando ele fez conforme foi dito, as coisas ficaram bem para ele outra vez. ele disse,”a pedra se quebra repentinamente, mas não sengra. Foi quem jogou Ifá para Jànjàsá, Que era o líder de um grupo de camaradas do céu.  Viajantes para a cidade de Ìpo,  Viajantes para a cidade de Òfà, 3 É Egbéògbà,  quem deve ser propiciado Sempre que esta divindade faz parte da família de alguém.”

 

(VII) OBARA MÉJÌ (a) Obàrà, O que Você Vendeu Que o Deixou Tão Rico?  _ _ __- SÓMENTE ABÓBORAS O abutre era calvo, não por medo de navalha; 1 Píton, o sacerdote de Ifá de Àgbaalè, O ferreiro não quer que a guerra seja eliminada da face da 2 terra. 3 Foram os que jogaram Ifá para Èjì Òbàrà. O menorzinho entre todos eles,  No dia em que eles estavam indo 4 Para fazer divinação de Ifá na casa de Olofin, Estes quatro sempre faziam divinação de Ifá 5 Para Òlofin a cada nove dias. Sempre que vinham, Olófin dava a eles comidas e bebidas,  Mas, um dia, 6 OlOfin pegou quatro abóboras, E as abriu. Ele colocou o dinheiro dentro de uma delas. 7 Ele espalhou contas ókùn e iyùn,  dentro de outra. 8 Ele pôs láàràngúnkàn,  a roupa dos reis dentro da terceira. Ele pôs outras coisas valiosas da cidade de Ifè dentro da quarta. após ele ter terminado sua operação,

 

Èsù esfregou suas mãos nas marcas Criadas pela faca na superfície das abóboras, e as marcas desapareceram. Quando Òbàrà e seus amigos chegaram, Olofin não lhes deu comida como era de seu costume.  Após eles terem descansado por um bom tempo Olofin lhes deu uma abóbora para cada um deles. Os outros três ficaram curiosos sobre o que deveriam fazer com as abóboras. Eles disseram, Òbàrà porque você não fica com todas elas? E assim foi como todas eles Empurraram as abóboras para Òbàrà. Quando chegou em casa, Ele deu as abóboras para sua esposa, E lhe pediu que as cozinhasse.  Mas, sua esposa disse, O que se pode fazer com abóboras? Ela também as recusou e as deixou para Obàrà. Quando a fome não permitiu a Òbàrà descansar, Ele foi até a cozinha, E colocou um caldeirão no fogo. Quando ele cortou uma das abóboras, O dinheiro saiu em grande quantidade. Quando ele cortou as outras três, Ele achou todas as coisas valiosas que Olófin havia colocado dentro delas. Foi como Òbàrà tornou-se um homem rico.  Antes que terminasse um outro período de nove dias, Quando eles tinham combinado de ir de novo à casa de Olófin, Ele começou a construir uma casa, E casou-se com uma nova esposa.

 

Ele comprou um cavalo negro, E também comprou um cavalo vermelho. Òbàrà tornou-se um homem famoso em todo o mundo. Ele começou a dançar, Ele começou a regozijar-se, 9 Sinos foram tocados em Ìpóró, 10 Os tambores Àràn foram tocados em Ìkijà,  As baquetas foram aplicadas incessantemente à diferentes 11 tipos de tambores,na cidade de Ìserimogbe. Òbàrà começou a louvar seus sacerdotes de Ifá, E seus sacerdotes de Ifá louvaram Ifá. Ele abriu um pouco a sua boca, E a canção de Ifá lá entrou. Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá, Empregaram suas boas vozes louvando Ifá. “O abutre é calvo não por causa do medo da navalha, Píton o sacerdote de Ifá Àgbâalè; O ferreiro não quer que a guerra seja eliminada da face da terra. Foram os que jogaram Ifá para Èjì Òbàrà, O menorzinho de todos.  No dia em que estavam indo Para jogar Ifá no palácio de Olófin. Eles não mais puseram Òbàrà por ùltimo. Ele estava a frente de todos. Èjì Òbàrà, pegue um cavalo preto, Èjì Òbàrà, pegue um cavalo vermelho.  Abóboras. Èjì Òbàrà, o que você vendeu Que o fez tão rico?  Abóboras.”

 

(b) Imo Foi Mãe de Vinte Crianças 1  Agílíntí,  esconde-se no seu local de descanso cheia de orgulho, O hipopótamo escala as margens do rio rapidamente. 2 Foi quem divinou Ifá para Ònà Òpónpón. Que estava chorando por que não tinha filhos. Disseram que ela fizesse sacrifício, E ela o fez.  Após ter feito sacrifício, Ela começou a gerar filhos. Ela disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá  previram. “Agilíntí esconde-se no seu local de descanso cheia de orgulho. O hipopótamo sobe as margens do rio com rapidez, Foram os que divinaram Ifá para Ònà Òpánpán Que chorava por não ter filhos. 3 Imo,  foi mãe de vinte filhos; Uma criança não pode contar o número de sementes produzidas  pelo painço.

 

Ìmó foi mãe de trinta crianças, Uma criança não pode contar o número de sementes produzidas  pelo painço.

 

(c) Àfbìgbònìwònràn, O Sacerdote Desleal  Você viu coisas ruins, Coisas piores estão por vir agora; coisas piores, o pai das coisas ruins. 1 Foi quem jogou Ifá para Àgbigbòniwònràn, 2 Que estava indo para a casa de Oníkoromèbí.   para fazer divinação de Ifá.

 

Oníkoromèbí, marido de uma esposa adúltera. Foi por causa da traição incessante de sua mulher que Oníkoromèbí fez divinação.  Após ter punido a mulher, Ele a atirou no seu quintal, E a amarrou lá com uma corda. Foi lá, no quintal , que Oníkoromèbí deixou sua esposa. E ele foi ver Àgbigbòniwònràn Para fazer divinação.  Àgbìgbò avisou Onikoromèbí para ter cuidado. Ele disse que a pessoa para quem a divinação fora feita Estava no quintal, amarrada por uma corda. Quando Onikoromèbí ouviu isto, Ele ficou envergonhado, E ele não podia soltá-la por ele mesmo. Ele por conseguinte pediu a Àbìgbò para ajudá-lo a desamarrá-la. Quando Àbìgbò chegou lá,  Ao invés de desatar a mulher, Ele foi viver com ela.  A esposa de Oníkoromèbí lamentou-se,  Ao invés de chorar em voz alta. 3 Ela cantou Ìyerè,  ao invés de lastimar-se em voz alta. 4 Os sacerdotes de Ifá não cantam as fatalidades do destino   através da cidade. Ela disse,”Você esteve vendo coisas ruins, Coisas ainda piores estão por vir. Coisas piores, pai das coisas ruins. Foi quem jogou Ifá para Àbìgbònìwònran que estava indo para a casa de Oníkoromèbí para fazer divinação. Oníkoromèbí, marido de uma mulher adúltera. Ele está fazendo sexo comigo.

 

Ele está fazendo sexo comigo.  Àbìgbòniwònran não me desamarre. Ele está fazendo sexo comigo.”

 

(d) Àgbigbònìwònràn, O Fabricante de Caixões 1  A nascente não pode encobrir totalmente uma cabaça. Foi quem jogou Ifá para Àgbigbònìwònràn 2 O homem forte que fabricava caixões. Depois Àgbìgbò terminou de fazer um caixão, Ele deveria ir e colocá-lo na frente da casa de um homem. O resultado é que aquele homem morreria. Quando àgbìgbò acabou de Ele o pegou,

fazer o caixão,

e foi à casa de Òrúnmìlà.  Naquela noite, Òrúnmìlà sonhou com a morte. Pela manhã, ele pegou seus instrumentos de divinação, E peguntou

pelo seu sonho.

Ifá avisou Òrúnmìlà para fazer sacrifício imediatamente.  Após ter feito sacrifício, Ele o levou para o santuário de Èsù.  Após algum tempo, Àgbìgbò chegou à casa de Òrúnmìlà com seu

 

  caixão. e encontrou Èsù fora de casa. Èsù perguntou a ele o que ele pretendia. E Àgbìfbò respondeu que era òrúnmìlà. Então Èsù perguntou mais a ele. Que tipo de coisas ele gostaria de ter Que pudesse fazê-lo deixar Òrúnmìlà intacto. Ele disse que queria rato, pássaro e um animal. Èsù respondeu que todas essas coisas Foram incluidas no sacrifício feito por Òrúnmìlà. Èsù, então mostrou todas essas coisas a Àgbigbè, Que reunião o material apressadamente. Levantou seu caixão, E foi para outro lugar. Quando ele estava fora de alcance da visão, Èsù ordenou que ele nunca mais pudesse abaixar o caixão.  A partir daquele dia, O caixão está sempre na cabeça de Àgbìgbò. Quando Òrúnmìlà ficou feliz, Ele começou a dançar, Ele começou a regozijar-se. Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá disseram. “A àgua da nascente não pode cobrir uma cabaça. Foi quem divinou Ifá para Àgbìgbònìwòbràn Que era um homem forte que fazia caixões. Se é um rato o que você quer pegar, Pegue o rato, E vá embora.  Nós lhe imploramos, Àgbìgbònìwònràn, Leve embora a sua carga.

 

Leve embora a sua carga.  Nós não temos nada a fazer com ela. Se é um peixe que você quer pegar, Pegue o peixe, E vá embora.  Nós lhe imploramos, Àgbìgbonìwònràn, Leve embora a sua carga. Leve embora a sua carga.  Não teremos nada para fazer com ela. Se é um animal que você quer pegar. Pegue o animal, E vá embora.  Nós lhe imploramos, Àgbigbonìwònràn, Leve embora sua carga. Leve embora sua carga.  Nós não temos nada para fazer com ela.”

 

(VIII) OKANRAN MÉJÌ (a) O Galo Alto, Marido da Galinha O mais rápido, porém ineficaz. Foi quem jogou Ifá para galo grande Que acordou cedo pela manhã. Chorando porque não tinha esposa. Poderia ele possivelmente ter uma esposa? Esta foi a razão pela qual ele fez divinação.

 

Foi dito que ele fizesse sacrifício.  Após ele ter feito sacrifício, Em pouco tempo,  Numa data não muito distante, Ele encontrou a galinha na estrada, E eles se casaram. Quando eles estavam felizes, Ele disse,”O mais rápido,porém ineficaz, Foi quem jogou Ifá para galo alto Que acordou muito cedo pela manhã Chorando porque não tinha esposa.  Não demorou muito,  Não foi numa data muito distante,  Venham e vejam-nos vencendo através de sacrifício.”

 

(b) Èjì Òkànràn. O Proprietário de Ìtilè Se o anfitrião não convida alguém para sua festa,  Não é uma coisa correta estar presente; Quando um homem faz uma coisa vergonhosa, Ele exibe uma cara dura e descarada. 1 Foi quem divinou Ifá para Èjì Òkànràn, 2 Que estava indo para a cidade de Ìtilè; Foi dito a Èjì Òkànràn que fizesse sacrifício Por causa de uma certa coisa pertencente a seu pai, E que queriam roubar dele. E ele fez sacrifício.  Após te feito o sacrifício prescrito, Ele triunfou sobre os inimigos. Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá  previram. “Se o anfitrião não convida alguém para sua festa,  Não é correto estar presente, Quando um homem faz uma coisa vergonhosa,

 

Ele mostra uma cara dura e descarada. Foi quem divinou Ifá para Èjì Òkànràn Que estava indo para a cidade de Ìtilè Deixem que ele ande em paz, Deixe que ele se mova livre e com orgulho. Èjì Òkànràn tornou-se um proprietário. Deixem-no passear em paz. Deixem que ele se mova livre e com orgulho.”

 

(c) A Ìyálóde da Cidade de Ìpo Que Era Estéril Como Uma Rocha Ele que vê a àgua em frente e molha seus pés na lama, 1 Foi quem jogou Ifá para Ìyálóde  da cidade de Ìpo. Ela era estéril; Estéril que nem uma rocha De tal modo que quando ela via a galinha com pintos, 2 Ela explodia em lágrimas. Foi dito à Ìyálóde da cidade de Ìpo que ela poderia ter filhos.  Mas, ela foi alertada para fazer sacrifício. Ela fez sacrifício, e teve muitos filhos. Ela começou a dançar, Ela começou a regozijar. Ela louvou seu sacerdote de Ifá, E seu sacerdote de Ifá louvou Ifá. Ela disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá Ifá Usaram suas boas palavras para louvar Ifá. “Ele que

vê a àgua em frente e molha seus pés na lama,

Foi quem jogou Ifá para Ìyálóde da cidade de Ìpo. Ela era estéril, Estéril como uma rocha  A tal ponto que quando via uma galinha com pintos, Explodia em lágrimas.  Não demorou muito,  Não foi numa data muito distante,  Venham e vejam-nos no meio de muitas crianças.”

de

 

(d) Oya é Mais Perigosa do Que Sàngó; A Esposa é Mais Perigosa Do Que o Marido

 

Quando nós vemos um Òkànràn neste caminho, e vemos um outro Òkànràn naquele caminho,  A marca é de Òkànràn Méjì que significa boa sorte. 1 Foi quem jogou Ifá para Sàngó, apelidado Olúòrójò. Bámbí, fonte daqueles que usam duzentas pedras de raio  para vencer seus inimigos. Quando ele estava indo tomar Oya, como esposa. Foi dito a Sàngó para ser cuidadoso. Porque a esposa com a qual ele estava indo se casar Seria mais bem sucedida que ele.  Mas, Sàngó recusou-se a fazer sacrifício. Ele estava curioso de como sua própria esposa Poderia ser mais bem sucedida que ele. Se Sàngó jogar pedras de raio em algum lugar, Todo mundo começaria a gritar o seu nome.  Mas, se Oya,sua esposa,  Matasse duas pessoas no mesmo dia,  Ninguém ouviria sobre o incidente. Se ela quisesse, Ela sopraria um vento forte contra uma parede, E a parede cairia sobre as pessoas e matá-las. Se ela quisesse derrubaria àrvores em cima das pessoas e as as mataria.  Mas, se Sàngó mata uma só pessoa, Todo mundo vai ouvir do incidente. Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá Usaram suas boas vozes para louvar Ifá. “Quando nós vemos um Òkànràn na direita, E nós vemos outro Òkànràn na esquerda,  A marca é de Òkànràn Méjì, que é sinal de boa sorte. Foi quem jogou Ifá para Sàngó, apelidado Olúòrójò,

 

Bámbí, fonte para aqueles que usam duzentas pedras de raio para vencer seus inimigos. Quando ele estava indo para tomar Oya como esposa.  A esposa é mais perigosa que o marido. a esposa é mais perigosa que o marido. Oya é mais perigosa que Sàngó.  A esposa é mais perigosa que o marido.”

 

(IX) OGUNDA MÉJÌ (a) Òjòntarigi, a Esposa da Morte Ele que se atirou repentinamente na estrada, Foi quem jogou Ifá para Òrúnmìlà Que estava indo arrebatar Òjòntarìgì,1 Òjòntarìgì,1  A esposa da morte. Òjòntarìgì era a única esposa da morte.  Apesar disto, Òrúnmìlà queria arrebatá-la. Foi dito a Òrúnmìlà que fizesse sacrifício, E ele o fez.  Após ter feito sacrifício, Ele arrebatou Òjòntarìgì da morte.  Morte então pegou o seu porrete, E foi em direção a casa de Òrúnmìlà.

 

Ele encontrou Èsù em frente a casa. Èsù perguntou “Como vai, 2  Morte, cujo apelido é Òjèpè, cujo traje é tingido de osùn.”  Após eles terem trocado cumprimentos, Èsù perguntou a ele “Onde você vai?”  Morte respondeu que ele estava indo para a casa de Òrúnmìlà. Èsù perguntou,”Qual é o problema?”  Morte disse que Òrúnmìlà tinha pego sua esposa. E ele tinha que matar Òrúnmìlà naquele mesmo dia. Èsù implorou a morte para que se sentasse.  Após ele ter sentado, Èsù deu-lhe comidas e bebidas.  Após a morte ter comido até ficar satisfeito, Ele levantou-se, Pegou o seu porrete, E foi andando. Então, Èsù perguntou de novo,”Onde você está indo?”  Morte respondeu que estava indo para casa de Òrúnmìlà. Então, Èsù disse,”Como você pode comer a comida de um Homem e depois  matá-lo?  Você não sabe que a comida que a comida que você comeu,pertence a Òrúmmìlà?” Quando morte não sabia mais o que fazer, Ele disse,”Diga a Òrúnmìlà que ele pode ficar com a mulher.”

 

(b) O Leão se Recusou a Fazer Sacrifício O tronco de madeira torto que atravessa a estrada de maneira curva. Foi quem jogou Ifá para Leão,  No dia em que ele estava entrando na floresta para caçar animais. Ele perguntou se a expedição na qual ele estava indo, Lhe daria bons frutos. Ele fez divinação por este motivo. Foi dito que ele fizesse sacrifício para que pudesse triunfar sobre seus inimigos.  Mas, o leão se gabava de que ninguém era suficientemente

corajoso para ir contra os seus interesses.

 

Ele disse que ele não faria sacrifício. Logo depois,o leão entrou na floresta para caçar. Èsù se transformou em vento, E o seguiu, Quando o leão entrou na floresta, 1 Ele viu um ìrá, E ele o matou.  Mas, quando ele tentou estripá-lo. 2 Èsù arrancou uma fruta da àrvore àfòn, E jogou-a contra a coxa do leão. Logo que ele pode apoiar sua perna, O leão correu.  Antes que ele retornasse, Èsù levou embora o animal. Quando o leão retornou, E procurou por um longo tempo sem achar o animal, Ele procurou outro animal.  Mas, aconteceu a mesma coisa. Quando o leão ficou faminto, Ele se apressou para fazer sacrifício.  Após ele ter feito sacrifício, Ele voltou à floresta para caçar animais, E Èsù não o assustou novamente. Ele começou a dançar, Ele começou a regozijar. Ele disse,”O tronco de madeira torto que atravessa a estrada de  maneira torta. Foi quem divinou Ifá para leão  No dia em que ele estava indo para dentro da floresta para caçar animais. Foi dito que ele deveria cuidar das divindades,

 

Disseram que isto seria de grande ajuda se ele fizesse sacrifício.  Não foi muito tempo depois,  Não foi numa data distante,  Venham e nos vejam vitoriosos.”

 

(c) É Com a Mesma Boca Com a Qual Ele Fala Que o Revólver Conquista Seus Inimigos 1 Ògúndájì,  Sacerdote de Ifá do revólver, Foi quem jogou Ifá para revólver Quando ele estava indo para o meio dos inimigos. Foi dito ao revólver que fizesse sacrifício. Também lhe disseram que falasse sempre como um homem bravo. E foi assim que ele fez.  Após o revólver ter feito sacrifício, ele começou a matar os inimigos Como se mata animais. Ele disse ”Ògúndájì, o sacerdote de Ifá do revolver, Foi quem jogou Ifá para revólver Quando ele estava vivendo no meio dos inimigos. É com a boca que o revólver fala Que ele conquista seus inimigos.”

 

(d) Òrúnmìlà Atirou uma Flexa e Matou a Morte 1 O sacerdote de Ifá Pómú-pómú-sigi-sìgì-sigi-pomu-pómú, Foi quem jogou Ifá para Òrúnmìlà Quando ele atirou uma flecha E matou a morte na fazenda.  Alguma coisa assustou Òrúnmìlà na fazenda. Então, ele voltou para casa,

 

E perguntou sobre isto aos seus instrumentos de divinação. Foi dito que ele fizesse sacrifício. E ele o fez.  Após ter feito sacrifício, O Seu sacerdote de Ifá lhe deu três flechas, E disse para ele atirá-las ao redor de sua fazenda. Quando uma das flechas foi atirada, Ela atingiu a morte. Ele atingiu a morte no peito.  A morte caiu com um grande barulho, 2 E ele deixou a terra. Daquela fazenda Òrúnmìlà saiu dançando em direção a sua casa. Ele disse que foi exatamente como o sacerdote de Ifá disse. “O sacerdote de Ifá chamado Pómú-pómú-sigi-sìgì-sigi-pomu-pómú Foi quem jogou Ifá para Òrúnmìlà Quando ele atirou uma flecha, E matou a morte na fazenda. 3 Olónìímoró,  atirou um flecha, E matou a morte na fazenda.  Nós louvamos Pómú-pómú-sigi-sìgì-sigi-pomu-pómú”

 

(X) OSA MÍJÌ (a) Òge, A Deusa Das Mulheres Estéreis Pòòkó,1 tem uma base de apoio,  Mas, ela assenta-se nos seus lados. 2 Foi quem divinou Ifá para Òge, Quando ela estava chorando pela falta de crianças na cidade de 3 Ìgbónná. Òge se algum dia ela poderia ter filhos. Disseram para ela fazer sacrifício. E ela o fez. Depois que ela fez sacrifício ela teve filhos na cidade de Ìgbónná,

 

E ela ficou feliz, Ela disse que foi exatamente como os seus sacerdotes de Ifá disseram. “Pòòkó tem uma base de apoio,  Mas, apóia-se nos lados. Foi quem divinou Ifá para Òge Quando ela estava chorando pela falta de filhos na cidade de Ìgbónná. Ela vai abençoar a todos vocês. Òge vai abençoá-los. Ela não deixará de abençoar seus filhos com facilidade.”

 

(b) O Algodoeira 1 Olósèé,  O sacerdote de Ifá da fazenda, Foi quem jogou Ifá para a algodoeira Que estava perdendo todos os seus filhos por morte prematura. O algodoeiro perguntou ao sacerdote de ifá o quê ela devia fazer   para que seus filhos pudessem sobreviver. E que assim os habitantes da terra não lhe criassem problemas. Foi dito que ela fizesse sacrifício. Depois de fazer sacrifício, Seus inimigos mandaram pequenas partículas de chuva

Para destruí-la,

 

 Assim como destruir seus filhos.  Mas, foi naquele momento em particular que a algodoeira começou a  produzir novas folhas. Seus inimigos mandaram então gotas de orvalho. Para destruí-la.  Mas, foi exatamente quando ela começou a produzir novas flores e sementes. Por último, eles mandaram o sol Para destruir a algodoeira.  Mas, comforme o sol estava brilhando na algodoeira, Ela começou a abrir seus botões. ela disse que era exatamente como seus sacerdotes de Ifá disseram. “Olósèé, o sacerdote de Ifá da fazenda, Foi quem jogou Ifá para a algodoeira Que estava perdendo todos os seus filhos por morte prematura. Eles mandaram pequenas gotas de chuva Para destruir a algodoeira.  Mas, ela produziu novas folhas. Eles lançaram fortes gotas de orvalho Para destruí-la.  Mas ela começou a produzir novos botões e folhas Eles enviaram o sol Para destruir a algodoeira.  Mas ela abriu sua lã.  A algodoeira está produzindo novas folhas. Ela está produzindo mais lã. 2 É na presença dos pássaros que a algodoeira abre sua lã.”

 

(c) Nós Estamos Implorando Para Que a Terra Não Seja Destruída Òsá, o vivamente brilhante, sacerdote de Ifá da terra, Foi quem jogou Ifá para a terra. Foi dito a terra que parasse de fazer sacrifício pretendendo fazê-lo mais rico,  Mas ao invés disso deveria fazer sacrifício para protegê-lo dos inimigos.  Nós estamos certamente vivos, E nós estamos implorando Que enquanto nós permanecer-mos na terra, Que a terra não seja destruída.”

 

 

(d)

 

(d) Ifá e Seus Três Inimigos Quando o elefante morreu,  Nós usamos seu marfim para fazer objetos delicados. Quando o búfalo morreu,  Nós usamos seu couro para fazer pòòlò.1 2 Quando o jovem ìrá morreu,  Nós pegamos os seus chifres e os polimos cuidadosamente com com pasta de osùn. Foi quem divinou Ifá para Òrúnmìlà Quando ele estava cercado por três inimigos. O elefante, o búfalo e ìrá Eram os inimigos de Òrúnmìlà. Depois que Òrúnmìlà fez sacrifício, O elefante morreu sem cair doente de maneira alguma. Òrúnmìlà, então, mandou remover seus marfins. 3 E com eles fez iróké. Quando o búfalo morreu, Òrúnmìlà mandou cortar parte de sua pele. E deu, então para Èsù 4 Que a usou  para ameaçar os outros animais. Quando o jovem ìrá morreu, Òrúnmìlà mandou que seus chifres fossem polidos com pasta de osùn. E eles tornaram-se símbolo de divindade 5 Que é conhecida como Òge. Sempre que as mulheres não conseguem ter filhos Rezam para esta divindade, Elas terão filhos. ele disse que foi exatamente como seu sacerdote de Ifá predisse. “Quando elefante morreu,  Nós usamos seus marfins para fazer objetos delicados.

 

Quando o búfalo morreu,  Nós usamos sua pele para fazer pòòlò Quando o jovem ìrá morreu,  Nós pegamos seus chifres e lustramos com pasta de osùn. Foi quem jogou Ifá para Òrúnmìlà Quando ele estava cercado por três inimigos.  Viajantes para a cidade de Ìpo,  Viajantes para a cidade de Òfà, Ifá irá jogar os inimigos de cara no chão.”

 

(XI) ÌKÁ MÉJÌ (a) Yindinyindin, Mãe de Incontáveis Crianças  A pedra não é um apoio adequado para um objeto de arte que está 1 sendo trabalhado. 2 Foi quem divinou Ifá para Yindinyindin, Que estava chorando por não ter filhos. Foi dito a Yindinyindin para fazer sacrifício. Garantiram que ela teria muitos filhos. Ela fez sacrifício.  Após ter feito sacrifício, Ela disse que foi exatamente como disse o seu sacerdote de Ifá “A pedra não é um apoio adequado para um objeto de arte que está sendo trabalhado. Foi quem divinou Ifá para Yindinyindin Que era parente próximo do verme.

 

 A esposa está parindo, E o marido as está carregando nos ombros. Yindinyindin é certamente parente do verme.”

(b) A Canoa, Esposa de Olúerí1  Vamos puxá-la com corda agba;  Vamos puxá-la com corda ìpètì.

2

Foi quem divinou Ifá para canoa 3 Que era esposa de Olúeri.  Ambas agba e ìpèti,  Venham e nos ajudem a levar a canoa para Olúeri.

 

(c) Sééré, A Esposa de Sàngó 1  Você foi à casa de Ìká;  Você retornou da morada de Ìká. 2 Foi quem divinou Ifá para Sééré, Que era a esposa de Sàngó. Foi dito a Sééré  para fazer sacrifício. Ela foi assegurada que ela teria muitos filhos. Ela fez o sacrifício prescrito.  Após ela ter feito sacrifício, Ela começou a ter muitos filhos. Ela disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá Empregaram suas vozes em louvor de Ifá. “Você foi a casa de Ìká;  Você voltou de sua morada. Foi divinou Ifá para Sééré Que era esposa de Sàngó.  Viajantes para a cidade de Ìpo,  Viajantes para a cidade de Òfà, Sééré tornou-se muito feliz, E começou a produzir muitas crianças.”

 

(d) A Porta e Seus Pregos  Vamos viajar por seu cumprimento;  Vamos viajar por sua largura. 1 Foi quem divinou Ifá para a porta muito alta. Que estava indo para guerra na cidade do ferro. Foi dito para a porta fazer sacrifício. Ela recusou. Ela não fez sacrifício. Em pouco tempo, ela ficou doente. Quando ela não pode mais levantar,

Ela correu para fazer sacrifício.

 

Foi dito que ela oferecesse um cabrito, E quatro pedaços de ferro para sacrifício. Os pedaços de ferro que ela ofereceu Foram pregados ao seu corpo E eles estão lá até hoje. Ela disse,”Vamos viajar por seu cumprimento,  Vamos viajar por sua largura. Foi quem divinou Ifá para a porta alta Que estava indo guerrear na cidade do ferro. Pegue um pedaço de ferro e levante-se. Porta muito alta, Pegue um pedaço de ferro e levante-se.”

 

(XII) ÒTÚRUPÒN MÉJÌ

(a) O Feitiço e O Ser Humano 1 O pààká,  mascarado com um torrão nas costas, 2 Pegou quarenta cauris do chão. 3 Foi quem divinou Ifá para Feiticeira. Foi quem divinou Ifá também para Ser Humano.  Ambos foram alertados para fazer sacrifício,  A feiticeira falou que sempre que ela viesse à terra, Ela destruiria a obra dos seres humanos O Ser Humano também disse que sempre que viesse a terra, Faria tudo que lhe desse prazer. Foi dito a ele também que fizesse sacrifício,  Mas, ele recusou-se a fazê-lo. Quando os dois chegaram a terra, Se o Ser Humano produzisse uma criança,  A Feiticeira matava a mesma. Todas as coisas pertencentes ao Ser Humano Eram estragadas pela Feiticeira. Então, o Ser Humano voltou para o seu sacerdote de Ifá, E fez o sacrifício que ele havia negligenciado. 4 Foi dito que ele fizesse Egúngún. Ele então, vestiu-se de mascarado, E começou a cantar usando a linguagem indireta contra a Feiticeira. Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes disseram. “O pààká mascarado, com seu torração nas costas  pegou no chão quarenta cauris . Foi quem divinou Ifá para a Feiticeira,

 

E também jogou Ifá para Ser Humano; Quando ambos estavam vindo do céu para a terra. Esta é uma Feiticeira,  Apesar da forma de Ser Humano.  A Feiticeira não deixa o Ser Humano descansar.”

 

 

(b) Que Feliz Coincidência. A Esposa Encontrou Seu Marido na  Na Estrada  A folha muito dura;  A folhagem de palmeira muito dura; Ele cujas marcas dos pés desapareceram rapidamente na areia. Foi quem divinou Ifá para Gélélose,1 Gélélose,1

2 Que estava indo fazer divinação em Àpíni. Foi dito a Gélélóse que ele deveria ter uma esposa em Àpíni.  Mas, ele foi avisado para fazer sacrifívio. E ele o fez.  Após ter feito sacrifício, Ele teve uma esposa em Àpíni. Ele disseque foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá disseram  “A folha muito dura;  A folhagem de palmeira muito dura;

Ele cujas marcas dos pés desaparecem rápidamente na areia.

 

Foi quem jogou Ifá para Gélélóse Que estava indo fazer divinação em Àpíni. Que feliz coincidência.  A esposa encontra seu marido na estrada.”

 

(c) Oyèépolú, Descendência Daqueles Que Fazem os Ritos  

Tradicionais na Cidade de Ifè 1 Pepe,  sacerdote de Ifá do interior da casa; 2 Òtìtà,  sacerdote do exterior;

É o pardal que constrói seu próprio ninho

 

E coloca sua entrada virada para baixo em curva; O ninho nem toca a àgua nem arrasta na terra seca;  Mas, sua entrada aponta para baixo em curva. 3 Foi quem divinou Ifá para Oyèépolá, Descendência daqueles que fazem os ritos tradicionais de Ifè; Cuja mãe deixou todos sozinhos, Quando ela era muito jovem. Quando Oyèépolú cresceu, Ele não sabia todos os ritos de sua família. Sua vida tornou-se confusa. Ele procurou uma esposa para casar-se, mas não achou nenhuma. E ele não tinha paz na sua própria casa. Ele, portanto, juntou dois cauris com mais três E foi a um divinador fazer divinação. Foi lhe dito que era por causa dos ritos tradicionais da sua família Que ele havia esquecido, Que ele estava naquela confusão. Foi dito a ele para ir  Às covas dos seus pais, E pedir aos seus ancestrais poder e autoridade. Depois que agiu assim, Ele começou a gozar sua própria vida. Ele teve dinheiro, Ele desposou uma mulher, E ele também teve filhos. Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá  previram. “Pepe, sacerdote de Ifá de dentro da casa, Òtità, sacerdote de Ifá de fora.

É o pardal que faz seu próprio ninho,

 

E coloca sua entrada voltada para baixo numa curva; E ninho nem toca a àgua nem arrasta-se na terra seca;  Mas, sua entrada aponta para baixo numa curva. Foi quem divinou Ifá para Oyèépolú , Descendência daqueles que fazem os ritos tradicionais em Ifè; Oyèépolú não sabia nada. Se o óleo é a primeira coisa a ser colocada no chão, Eu não sei, Se o obí é a primeira coisa a ser colocada

no chão,

Eu não sei. Se o vinho é a primeira coisa a ser colocada no chão , Eu não sei. Oyèépolú não nada sabia. Todas as divindades e ancestrais do céu,  Apressem-se aqui, E nos ajudem a fazer este ritual.”

 

(d) Orí, A Entidade Responsável Pela Predestinação  Nenhum homem inteligente é capaz de prender àgua dando um nó na ponta de sua roupa.  Nenhum sábio sabe o número de grãos de areia na terra. 1 Foi quem jogou Ifá para Orí, Orí,1 E que também jogou Ifá para Caráter. Orí perguntou aos divinadores se ele poderia ter todas as  boas coisas da vida. Foi dito que ele fizesse sacrifício, E ele o fez. Depois que ele fez sacrifício, Ele teve todas as coisas boas que ele queria.

 

Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá Usaram suas boas vozes para em louvor a Ifá. “Nenhum homem inteligente é capaz de prender àgua dando um nó na ponta de sua roupa.  Nenhum sábio conhece o número de grão de areia da face da terra. Foi quem divinou Ifá para Orí. E também jogou Ifá para caráter. Orí nós saudamos você;  Você é aquele que permite que as crianças nasçam vivas.  A pessoa cujo sacrifício é aceito por Orí, Deve regozijar-se muito.”

 

(XIII) ÒTÚÁ MÉJÌ (a) Esquilo, o Tagarela  A língua comprida;

 A boca que não guarda segredos;  A armadilha armada pela boca, nunca deixa de pegar vítimas;

 

É a língua do tagarela que o mata; É a língua daquele que fala demais que irá matá-lo; É o falar demais que mata o bisbilhoteiro. Foi quem divinou Ifá para esquilo Que tinha feito um ninho próximo a estrada. Ele foi avisado para ter muito cuidado Porque ele não sabia guardar segredos.  Avisaram-no para não falar de tudo o que via Para outras pessoas.  Mas, o esquilo não deu importância ao aviso. Então, aconteceu Que a esposa de esquilo teve dois filhos ao mesmo tempo. Quando ela estava feliz, Um certo dia, Ele disse,”O esquilo teve dois filhos,  A casa cheia de crianças. Todos os viajantes que passam na estrada, 1  Vêm e os vêem.” Quando o seres humanos viram isto, Eles saltaram para a floresta, Pegaram o ninho do esquilo, E o examinaram, Quando olharam dentro dele, Eles acharam os dois filhotes, E os levaram para casa. Quando chegaram em casa. Eles colocaram os filhotes de esquilo em cima do inhame pilado, 2 E eles desapareceram na sopa.”

 

 

(b) Como Otúá Tornou-se Rico  Não é hoje que o orvalho começou a cair. 1 Foi quem divinou Ifá para Òtúá, 2 Que estava ido para a cidade de Ìpàpó  para fazer divinação. Òtúá perguntou se ele poderia tornar-se rico  Aonde ele estava indo. Disseram que se ele fizesse sacrifícios suficientes, Ele teria todas as riquezas prometidas a ele. Ele disse eu foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá disseram  “Não é hoje que o orvalho começou a cair. Foi quem divinou Ifá para Òtúá Que estava indo para Ìpópó para fazer divinação.  Nesta manhã cedo. Eu orei pela bênção de Osèèrèmògbò,

3

Òtúá, o homem velho, pegou duas tartarugas  Na cidade de Ìpàpó. Òtúá pegou duas tartarugas,

E tornou-se um homem riquíssimo.”

 

(c) Porque o Muçulmano Jejua 1 Os cauris presos ao Orí, são intimamente fixados juntos; 2  As contas Okùn,  de um homem rico são colocadas em uma corrente  pendurada. Foi quem jogou Ifá para Nana Aáyì, Que era mulher do Muçulmano. Foi dito ao Muçulmano que tomasse conta de Aáyì  Mas, ele não seguiu o aviso.  Após Nana Aáyì morrer de fome,  A vida do Muçulmano virou uma confusão Quando a coisa ficou muito difícil, Ele juntou dois cauris com mais três, E procurou um sacerdote de Ifá para divinação. Foi dito ao Muçulmano para não comer nada  Até o final do dia. Foi dito também que por trinta dias, Ele deveria continuar jejuando.

E o Muçulmano assim o fez.

 

 Após ele ter feito conforme foi dito,  As coisas ficaram melhores para ele. Ele disse, “Os cauris presos ao Orí são intimamente fixados juntos;  As contas okùn de um homem rico são colocadas numa longa corrente pendurada; Se eu me tornar rico, eu farei meus parentes ricos também. Foi quem jogou Ifá para Nana Aáyì Que era mãe do muçulmano.  Nàná nós te saudamos. É justa a sua causa.  Nana, mãe do sacerdote Muçulmano.  Nana, sua causa é justa. Todos os Muçulmanos, Quando vocês ouviram da morte do Deus Onipotente?  Vocês, mentirosos; Ou que mais faz vocês jejuarem (por tanto tempo).”

 

 

(d) Abdullah e Seu Bando de Ladrões

 

O eu os olhos vêem,  A boca fala. Quando a boca fala, Ela fica rasgada, amplamente aberta como uma peça de pano. 1 Foi quem divinou Ifá para Aádùlái. 2 Que estava indo praticar com sua tábua de Ifá na cidade de Ìlá,  As pessoas de Ìlá foram avisadas para fazerem sacrifício para  prevenir um iminente ataque de ladrões. e eles fizeram sacrifício. Quando a hora marcada chegou,  A gangue de Aádùlái desceu do céu por uma corrente.  Antes de amanhecer o dia, 3 Eles tinham roubado os quiabos secos,  do povo de Ìlá. Quando o povo de Ìlá acordou, Eles foram até um divinador de Ifá. Foi dito que eles fizessem sacrifício. Depois que eles fizeram sacrifício. Èsù falou à pessoas da cidade de Ìlá Para levantarem-se no meio da noite, E irem para o local onde eles mantinham o quiabo seco Cutelos na mão. Eles fizeram o que lhes foi dito. Logo depois, a gang de Aádùlái desceu. Quando eles viram o povo de Ìlá, eles correram para escalar sua corrente de novo.  Mas, o povo de Ìlá Cortou a corrente em duas Com seus cutelos.  Aqueles que não conseguiram escalar a tempo foram presos. O povo de Ìlá bateu neles tão firme

Que eles quase ficaram brancos.

 

4 O povo de Ìlá, a seguir, os pintou com cinzas. Eles disseram que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá  previram. “O que os olhos vêem,  A boca fala. Quando a boca fala, Ela fica rasgada, amplamente aberta como uma peça de pano. Foi quem divinou Ifá para Aádúlái Que estava indo praticar com sua tábua de Ifá na cidade de Ìlá. Ele disse que os jovens de Ìlá bateram e bateram nele;  As pessoas idosas de Ìlá bateram e bateram nele 5 E pintaram-no com cinzas.”

 

(XIV) ÌRETÈ MÉJÌ (a) Esponja, Um Instrumento de Limpeza  Aquele que é muito limpo e brilhante

1 Foi quem jogou Ifá para solo arenoso, descendente do rio Òsun; Que é muito cheio e revolto. Foi quem jogou Ifá para o solo úmido e rico em húmus, descendência de terra de pântano.

Se eu soubesse,

 

Eu teria feito sacrifício de modo que após o banho eu poderia pular 2  para fora com alegria. 3 Foi quem divinou Ifá para Esponja, Que estava indo para sua visita anual a fazenda. Foi dito a sua árvore que fizesse sacrifício  Mas, o solo arenoso não fez sacrifício. O solo com húmus também não fez sacrifício. Só a árvore da esponja fez sacrifício.  Ambos, o solo arenoso e o solo com húmus  Não são capazes de limparem-se.  Mas, a esponja após ser limpa (com um bom sabão), Pode produzir um som alegre. Ela disse ,”O aquele que é muito limpo e brilhante, Foi quem jogou Ifá para solo arenoso e solo de húmus, descendentes de terra do rio Òsun; Que é caudaloso e revolto; Foi quem jogou Ifá para solo de húmus, descendente de terra do pântano. Se eu soubesse, Eu teria feito sacrifício; assim após o banho eu pularia com alegria. Foi quem divinou Ifá para esponja. Que estava indo na sua visita anual a fazenda.  Viajantes de Ìpó,  Viajantes de Òfà,  Venham ver a nossa vitória.”

 

 

(b) Moranin, A Esposa de Òrúnmìlà  A fina areia com a qual as crianças brincam na estrada para Ìjèsà, Ensina algumas crianças a andar, E outras crianças a moverem-se graciosamente. Foi quem jogou Ifá para Òrúnmìlà, Quando estava indo casar-se com Moranin, 2  A filha de Òòsà Ìgbòwújin, Todas as divindades lutaram para casar com Moranin  Mas, Òrúnmìlà disse que seria aquele que casaria com ela. Foi dito para ele fazer sacrifício. Depois que Òrúnmìlà fez sacrifício, Ele conseguiu casar-se com Moranin,

1

Ele ficou muito feliz,

 

Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá disseram. “A areia fina que as crianças brincam na estrada de Ìjèsà, Ensina algumas crianças a andar, E a outras crianças como mover-se graciosamente Foi quem divinou Ifá para Òrúnmìlà quando ele estava indo casar-se com Moranin,  A filha de Òòsà Ìgbówújin.  Moranin voltara e se casará comigo. 3 Eu decorei minhas partes intimas com contas iyùn, 4  A borboleta mostra seu abdomem e seu dorso para Olódùmarè.  Moranin vai voltar e casar-se comigo. Eu decorei minhas partes íntimas com contas iyùn.

 

(C) Adùké, Descendente Das Pessoas Bondosas Ele que repousa seus pés em tronco de madeira; Ele que descansa os pés em pedaços de tronco. Foi quem divinou Ifá para Àdùké, Descendente do povo bondoso dos tempos antigos, Que cozinhavam milho e feijão juntos para ter uma vida mais confortável. Ele acordou cedo pela manhã Chorando porque ele perdeu todas as boas coisas. Foi dito a Àdúké que fizesse sacrifício, E ela o fez.  Após ter feito sacrifício, Ela se tornou uma pessoa importante. Ela tinha dinheiro. Todas as boas coisas que ela queria antes Foram alcançadas por ela. Ela disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá Usaram suas belas vozes para louvor de Ifá. “Ele que descansa os pés em toras de madeira,

Ele que descansa seus pés em troncos; Foi quem divinou Ifá para Àdúké,

 

Descendente das pessoas bondosas dos tempos antigos. Que cozinhavam milho junto com feijão para viver uma vida  melhor. Ela acordou cedo de manhã, Chorando porque Ela perdeu todas as boas coisas. Quando nós cozinhamos milho e feijão juntos,  A nossa casa se enche de todas as boas coisas da vida.”

 

 

(d) Elémèrè, e Suas Flechas Envenenadas 1 Pááfà,  o alto e magro, 2 Jogou Ifá para Elémèrè, 3 Que era amiga de Àgbonnirègún,  Ambos foram a um local distante para fazer divinação.  Mas, eles não tinham nada para comer, E eles estavam com fome. Eles, então dormiram numa certa casa. Elèmèrè disse que ele iria criar um problema para os companheiros de moradia. Ele colocou a mão na sua bolsa, Tirou suas flechas envenenadas. E atirou-as contra um bode na casa; Quando o bode começou a gritar mèéé,mèéé, Os vizinhos disseram, “Vamos matá-lo rápidamente 4  Antes que ele morra sem as bênçãos muçulmanas.” Eles, então, mataram o bode, Dividiram-no entre eles e comeram-no, Doença e outros problemas caíram sobre eles. Quando a casa toda tornou-se doente. Eles foram a Elèmèrè afobados. Ele disse que foi exatamente como seus sacerdotes de Ifá   disseram. “pàáfà, o alto e magro,

Foi quem consultou Ifá para Elèmèrè Que era um amigo de Agbonnìrègún.

 

 Viajantes para a cidade de Ìpo,  Viajantes para a cidade de Òfà, Ifá é o divinador imortal.”

 

(XV) OSÈ MÉJÌ (a) Noz de Cola, A Esposa da Folha  A sombra não teme um buraco profundo. Foi quem jogou Ifá para a Folha 1 Que estava indo casar-se com Noz de Cola.  Após algum tempo,  Noz de cola disse que ela não queria casar-se mais com Folha. Ela então divorciou-se de Folha.  Após Noz de Cola deixar Folha, Ela começou a secar. Quando a coisa ficou insuportável,  Noz de Cola retornou para folha. E foi então eu sua esposa ficou boa outra vez.

Ela disse,”A sombra não teme um buraco profundo. Foi quem consultou Ifá para Folha

 

Que estava indo casar-se com Noz de Cola.  Viajantes de Ìpo,  Viajantes de Òfà, Foi quando Noz de Cola divorciou-se de Folha Que ela começou a secar.”

 

(b)

 

 

(b) Como Olókun Tornou-se Muito Rico em Cauris Ele curvou-se duas vezes, E recebeu vinte cauris; Ele esticou-se horizontalmente no chão, E recebeu quarenta cauris;  Antes do anoitecer, Eu receberei duas mil conchas de cauri. 1 2 Foi quem divinou Ifá para Olókun,  conhecido como Àjibáajé. Olókun estava em terrível pobreza. Ele perguntou aos seus divinadores se ela poderia tornar-se   rico. 3 Foi dito que ele fizesse sacrifício com oito pratos de èkuru, Bastante dinheiro e um pombo. Seu sacerdote de Ifá lhe disse

Para levar quatro dos oito pratos de èkuru Para sua casa.

 

Disseram para ele colocá-los  Nos fundos de sua casa.  Manhã seguinte, Ela foi até o fundo de sua casa, 4 E encontrou incontáveis cauris vivos. Juntou os em pilhas no local. Ela então começou a colocá-los dentro de casa. Ela disse,”Ele curvou-se duas vezes, E recebeu vinte cauris; Ele esticou-se horizontalmente no chão, E recebeu quarenta cauris;  Antes do anoitecer, Eu vou receber

dois mil cauris.

Foi quem divinou Ifá para Olókun conhecido com àjíbáajé.  Não demorou muito,  Num tempo não muito distante,Dinheiro fez seu caminho nos fundos da casa do sacerdote de Ifá.”

 

(c) Como Òòsàoko tornou-se O Deus da Fazenda  Vamos juntá-los;  Vamos quebrá-los em partes. Foi quem jogou Ifá para Olásí Que estava indo na sua visita anual a fazenda. Quando o povo tramou contra Olásí Ele corre para a fazenda. Quando a intensidade da trama continuou Sem diminuir, Olásí decidiu permanecer na fazenda. E não mais voltou para a cidade. Enquanto na fazenda, ele teve todas as coisas boas da vida.  Mas, desde a época que deixou a cidade,

 Ninguém permaneceu em paz.  A mulher grávida não pode mais parir seu bebê.

 

 Mulher infértil não enterraram mais suas mãos brancas no Osùn. Quando ficou muito difícil, Todos os habitantes da cidade levantaram-se E disseram que era tempo de eles trazerem Olásí de volta  para a cidade. De forma que eles pudessem ter paz.  Mas, Olásí disse qe se ele voltasse a cidade , Ele comeria até ficar satisfeito, Ele beberia vinho à vontade, E ele cavalgaria um cavalo negro.  Ainda mais, eles deveriam acompanhá-lo com tambores e trompetes. Esta foi exatamente a maneira como eles o levaram de volta para a cidade.  Após o seu retorno para cidade Que o povo voltou a ter paz. Todo ano, quando da data do retorno de Olásí para a cidade, Era com tambores e trompetes que o povo da cidade O relembrava. Ele disse,”Vamos juntá-los,  Vamos quebrá-lo em pedaços. Foi quem divinou Ifá para Olásí Que estava indo para sua visita anual à fazenda.  Viajantes de Ìpo,  Viajantes de Òfà,  Venham e vejam-nos conquistando com sacrifício.” Quem é a pessoa conhecida como Olásí? 1 Este é o nome de Òòsàoko.

 

 

 

(d) Ifá Vence Seus Inimigos Na Terra e No Céu  A torrente avança por montanhas e vales. Foi quem jogou Ifá para Òrúnmìlà Que queria vencer seus inimigos na terra Bem como no céu. Foi dito a Òrúnmìlà que fizesse sacrifício. Foi dito

que ele triunfaria sobre os inimigos.

 Após ter feito sacrifício, Ele foi vitorioso. Ele disse que foi como seus sacerdotes de Ifá Usaram suas boas vozes em louvor de Ifá. “A torrente avança por montanhas e vales. Foi quem divinou Ifá para Òrunmìlà Que queria vencer seus inimigos na terra Bem como no céu.  Viajantes para a cidade de Ìpo,  Viajantes para a cidade de òfà,  Venham e vejam-nos vencendo com sacrifício.  Nós estamos a ponto de vencer com sacrifício.”

 

(XVI) ÒFÚN MÉJÌ (a) Ele Que Não Pode Ser Vencido  A sola dos pés está sempre achatada. Foi quem divinou Ifá para ele que não pode ser subjugado. Ele que não pode ser subjugado é o outro nome para montanha. De hoje à vinte anos,  A montanha continua viva e tão forte como sempre.  A montanha sempre se encontra sempre tão forte.  A montanha, a montanha, Que é firme e forte. Daqui a trinta anos,  A montanha continuará forte como sempre.  A montanha sempre se encontra forte como sempre.  A montanha, a montanha que é forte e firme.

 

(b) A Vida de Ifá Era Mais Calma Que a Àgua 1 2  Adéyerí,  sacerdote de Ifá de Aláràán, 3 4  Adétutù,  sacerdote de Àjífòrògbogbolà, Foi quem jogou Ifá para Òrúnmìlà Que acordou cedo pela manhã. 5 E está indo casar-se com ela que só se banha com àgua fria.  A vida de Ifá era mais fria que àgua.  A vida de Ifá era certamente mais fria que àgua.  A vida de Ifá era mais fria que àgua.  Aquele que fala todos os idiomas, foi quem casou-se com ela que só se banha em água fria.  A vida de Ifá era mais fria que àgua.

 

(c) A Banana Graúda Vivendo Entre Inimigos Quando a vespa quer ferroar, ela aponta seu anus para a sua colméia Quando a espada quer golpear, seu cabo se coloca em direção a  bainha. Foi quem divinou Ifá para a bananeira alta. Quando ela estava vivendo entre inimigos. Foi dito a banananeira para fazer sacrifício, E ela o fez. Como resultado, ela venceu seus inimigos. Ela louvou seus sacerdotes de Ifá E seus sacerdotes louvaram Ifá. Ela disse, ”Quando a vespa quer ferroar ela aponto seu ferrão em direção à colméia. Quando a espada quer golpear, ela volta seu cabo em direção à bainha. Foi quem divinou Ifá para bananeira alta quando la estava vivendo entre inimigos. Òrúnmìlà disse que ele mergulharia repetidamente na àgua,  A cabeça do inimigo.”

 

(d) Òràngún Méjì, o Signo de Fortuna  A palmeira que é visivelmente torta Que algumas até enterram suas cabeças na àgua. E outras enterram suas cabeças na terra da fazenda. 1 Foi quem divinou Ifá para Òràngún,  que vivia na cidade. Foi quem também divinou Ifá para Òràngún que vivia no campo. Foi dito a ambos que fizessem sacrifício, E eles o fizeram. Depois que eles fizeram sacrifício, Elas começaram a ter fdiferentes tipos de boas coisas. Eles disseram, “A palmeira que é tão visivelmente torta Que algumas delas enterram suas cabeças na àgua. E outras enterram suas cabeças na terra da fazenda. Foi quem divinou Ifá para Òràngún que vivia na cidade.

Foi quem também divinou Ifá para Òràngún que vivia no campo.  Viajantes para

a cidade de Ìpo.

 

 Viajantes para a cidade de Òfà, Quando nós vemos Òràngún Méjì,  Nós começamos a ser afortunados.”

 NOTAS

 

I Èjì Ogbè (a) 1. Pedra de raio refere-se aos antigos machados de pedra, sagrados  para os adoradores de Xangô, a divindade Yoruba dos raios e trovões. Os Yoruba, como qualquer outro povo para quem estas pedras antigas são sagradas, acreditam que essas pedras eram lançadas do céu para a terra quando Xangô estava zangado. De acordo com a crença Yorubá, Xangô é o inimigo dos ladrões,  mentirosos e traidores e quando ele detecta um deles, ele lança estas  pedras sobre eles. Quando lançadas com força do céu, acredita-se que estas pedras são tão poderosas que elas destruiriam uma construção inteira com uma só pedra. As pedras de raio podem também por fogo nas edificações ferindo e matando seus habitantes. Quando existe incidência de raios afetando uma determinada população, o sacerdote de Xangô é chamado para remorver a pedra de raio que causou a destruição e executar os ritos tradicionais estipulados para essas ocasiões. 2. Àrìrà. É um orukó de Xangô que descreve a sua extraordinária força. 3. Ìlá Obamowó. Um nome obscuro de lugar. 4. Adéeké. Forma abreviada de do nome Adéseéké que significa “ a coroa é algo de valor que deve ser muito respeitada e acariciada com uma criança.” 5. Èrè. Um nome pessoal que significa “ganhar”. 6.Oòni. Este é o título do rei da antiga cidade de Ifè que o povo Yorubá acredita ser o lar ancestral do berço da humanidade.

(b)

1. KànàKànà. Qualquer instrumento que sirva para lançar uma arma ofensiva como uma atiradeira de borracha.

 

2. Ìgbòmokò Eségi.Nome de um local geralmente mencionado em conecção com uma batalha que acredita-se ocorreu nos tempos antigos. O presente escritor não foi capaz de localizar esta cidade que foi provavelmente destruída. (c) 1. Para o Yorubá, é algo importante para um homem viver uma vida longa e produtiva. Este é o resultado do sistema hierárquico de autoridade  baseado em idade e reinado divino. Além disso, qualquer um que morra jovem não pode tornar-se ancestral e é portanto considerado com tendo falhado em viver uma vida plena. Viver uma vida produtiva, para o Yoruba, também inclui ser capaz de carregar suas responsabilidades (cuidando de sua esposa, crianças e outros membros do extenso sistema familiar) até a idade madura quando suas crianças normalmente tomam as responsabilidades para si. (d) 1. Pàkelemò. Este nome pessoal é provavelmente uma obscura denominação  para Òrúnmìlà. 2. As três partes do corpo mencionadas ono poema, cabeça, tronco e órgãos genitais são de importância simbólica para os yoruba. Cabeça [e o símbolo de predestinação, tronco é o s´mbolo de uma vida boa e quente cheia de amantes e amigos, enquanto que os órgão genitais são o símbolo da reprodução ou fertilidade, que é a coisa mais impoetate , necessária para a continuação da cultura como um todo. II Òyèkú Méjì (a) 1. Òyè. Esta é uma forma abreviada do nome Òyèkú, o segundo principal Odù de Ifá da coleção dos escritos de Ifá, da qual este poema é

extraído.

 

2. Èsù é a divindade que recebe todos os sacrifícios em favor de todas as outras divindades. O peixe chamou Èsù de ladrão nesta história  porque ela pensou que estivesse sendo mandada oferecer um sacrifício desnecessário a Exu 3.Ògbún.Uma cabaça oca usada para pegar e retirar àgua do rio que está sendo drenado do seu conteúdo. Seu perfil oco, permite rápida e fácil drenagem da àgua sem muito esforço. 4. Este verso na verdade significa que após pegar o peixe, os seres humanos cozinharam-no e comeram-no com inhame pilado, a comida favorita dos Yorubá. 5. A ordem de Exu aqui referida é uma alusãoao poder desta divindade como o protetor do axé, o divino e altamente potente pó com o qual Olodumarè criou o universo e mantém suas leis físicas. Exu é tido como o mantenedor de uma cópia daquele poder,e com ele, ele e outras divindades ( que normalmente tomam o pó emprestado dele) possam exercer feitos sobrenaturais. E foi com o uso deste pó, portanto, que Exu ordenou que as espécies de peixe deveriam continuar tendo sucesso na terra a despeito dos constantes ataques dos seres humanos. (b) 1. A bengala é usada para desvencilhar-se da àgua que agarrou-se nas folhas em ambos os lados de um caminho estreito na fazenda, de forma a  prevenir a pessoa de molhar sua roupa ao passar pelo caminho. 2. A maioria das estradas que levam aos povoados e fazendas Yorubá, são caminhos estreitos. Alguns deste caminhos são tão estreitos que um  pé tem qeue literalmente brigar com o outro para passar por ele. 3. Céu aqui é usado como um equivalente em inglês para òrun que se refere ao local no qual os mortos vão após a morte. Òrun é o Lar das divindades e ancestrais. Entretanto, a concepção cristã (ocidental) de céu não é exatamente a mesma que aquela dos Yoruba com relação ao

òrun.

 

4. O Yorubá não usa roupa vermelha para cobrir o morto. Para ele, vermelho significa perigo e desassossego. Uma vez que o morto precisa de paz, não é de surpreender que o Yorubá não cubra o morto com pano que tenha qualquer conteúdo de vermelho. O morto é primeiro envolto em  panos brancos e novamente coberto com camadas de panos com outros  matizes de cores que não sejam vermelho. (c) 1. Atàtà-tanin-tanin. Este é o nome de um sacerdote de Ifá.O nome dele  provavelmente se refere a sua extraordinária força. Todos os sacerdotes de Ifá usam apelidos junto com seus nomes comuns.Quando eles estão junto com os companheiros sacerdotes de Ifá, eles chamam-se  pelos seus apelidos. 2. Olomo; Este é um outro nome para montanha ou colina. Para os Yoruba, a montanha é uma coisa de assombro, provavelmente porque grande parte de seu pais é um plano ondulado por montanhas quebrado somente por algumas colinas rochosas que dominam a paisagem como um gigante entre os homens. A força e sesação de imortalidade da montanha forma o substrato de muitos poemas de Ifá. 3. Ajogun. Um nome coletivo para todos os poderes sobrenaturais  malévolos que podem lutar contra o homem (e.g. Morte, Doença, e Perda). Estes poderes “diabólicos” são todos personificados na poesia divinatória de Ifá. Para os Yoruba, ajogun são o oposto da  benevolência das divindades e dos ancestrais. Portanto, enquanto estes últimos podem ser vistos como amigos do homem, os ajogun são os inimigos declarados dos homens, trazendo para eles, tristeza, dor e  morte. 4. Exù sempre fica do lado de fora da casa de qualquer pessoa que estão para ser atacadas pelos ajagun desde que aquela pessoa tenha feito sacrifício.Sempre que os ajogun encontram Exu nesta posição,

eles tornam-se fracos. Exu só vai cumprir esta obrigação de policiar  para quele que ofereceu sacrifício; daí o ditado que diz: “eni ó rubo

 

lÈsùú gbé” ( Exu favorece somente aqueles que ofereceram sacrifício). Como mantenedor do axé de Olodumare, ele Exu tem poderes sobre ambos os poderes, o benevolente e o malevolente. De fato, alguns poemas de Ifá referem-se aos ajogun como discípulos de Exu; e , como mencionado, as divindades não podem fazer nada sem Esù pois elas têm que fazer uso de seu axé sempre que

quiserem executar feitos sobrenaturais. A

 partir deste ponto de vista, Exu pode ser considerado uma superdivindade universal. Sem ele,não pode haver ordem,equilíbrio ou justiça. Em outras palavras, sem Exu, não há valores morais, nem cultura e nem Deus. 5. Este é o único poema coletado pelo investigador que fala do poder do farinha de inhame como proteção aos ataques dos ajogun. Entretanto, os poderes médicos e alimentares da farinha de inhame, são conhecidos dos Yoruba há muito séculos. Comida feita com farinhja de inhame forma uma importante parte da dieta Yoruba. 6. A música do sacerdote de Ifá aquei se refere ao iyèrè que é um tipo de poema divinatório cantado. (d) 1. Estes versos referem-se a crença Yoruba concernente a  predestinação. Para maiores explicações veja a introdução. 2. Mósajì. Acredita-se ser uma vestimenta usada pelos reis nos tempos antigos. A roupa é tida como muito cara, brilhante e muito quente. 3. Okúsàánú. Um nome pessoal que significa ”morte, por favor teha  misericórdia de nós. 4. Alápà. Este é um título tradicional da cidade de Ìràwé, uma pequena cidade na divisa com Òyó. III ÌwÒrì Méjì (a)

1. A aranha é o tema de diversos poemas de Ifá, que se maravilham com sua perícia em fiar sua teia nas mais diferentes formas.

 

(b) 1. Um formigueiro que perdeu seu topo vira um mero receptáculo de àgua. Formigueiros pode ser encontrado por toda a região Yoruba de floresta tropical e na savana.Alguns destes formiguiros são muito grandes e atingindo três metros ou mais de altura. 2. Orúrù. É uma àrvore comum na maior parte da região Yoruba. Suas flores que são vermelho brilhantes são referidas neste poema como “roupas de sangue”. (c) 1. Ìtorí. Uma cidade Ègbá na estrada Lagos-Abeokuta (motor road). 2. Àkàtàmpó. um implemento de caça Yoruba. (d) 1. Èjì Ìwòrì. O mesmo nome que Ìwòrì Méjì, o terceiro entre as dezesseis principais categorias na coleção de escritos de Ifá. 2. Tètè. Um vegetal comestível da classe do espinafre. 3. Tètènpònlá. Um vegetal da mesma espécie do Tètè. 4. Agba. Um caule rígido de trepadeira usado como corda. 5. Ìjòkùn. Um outro caule de trepadeira... 6. Keekéè. Um caule de trepadeira só encontrado no interior da floresta. 7.Òyó Àjàká. Este é um outro nome para Òyó-ilé (Òyó antiga) fundada  por Àjàká, um dos filhos de Òràáyàn que é considerado o primeiro rei da dinastia governante de Òyó.

IV ÒDÍ MÉJÌ (a)

1. Os altares de algumas divindades Yoruba, são feitos fora da casa ou na floresta com paredes de barro e teto de palha. Algumuns destes

 

santuários são frequentemente casas muito pequenas, dentro das quais a  parafernália da divindade é mantida. Os santuários de algumas outras divindades são situados dentro de casa onde seus devotos moram. Quando isto acontece, uma parte especial da casa é arrumada à parte para a iconografia e outros instrumentos da divindade envolvida. (b) 1. A cidade do Benin que é agora capital do Mid-west State da Nigéria é retratada proeminentemente no folclore Yoruba. De fato, a mitologia Yoruba afirma que a atual dinastia reinante no Benin, descende de Odùduwà. A mitologia Yoruba refere-se ao Benin como “a cidade do dinheiro” (Ìbíní ilé owó), graças a presença dos portugueses, que introduziram os cauris como dinheiro na África, naquela cidade. (c) 1. Ajèngbèrè mògún. O nome deste local aparece em muitos versos de Ifá. A cidade é reputada como tendo a tradicional parede e fosso Yoruba e um portão da cidade vigiado por um porteiro constante, conhecido pelos Yoruba como “onibode” que cobra pedágio das pessoas que movimentam mercadorias através dos portões da cidade. Estas  mercadorias fomam uma importante parte receita do governo na sociedade tradicional Yoruba. 2. Ìpo. Uma cidade na parte norte da terra Yoruba (Kwara State). 3. Òfà. Uma importante fazenda Yoruba em Kwara State na Nigéria. (d) 1. Òdí. A quarta entre as dezesseis principais categorias da coleção de escritos de Ifá. 2. Ejìgbomekùn. É tida como uma cidade mercantil próxima a antiga Òyó.  Muitos mitos envolvendo mercados e centros de comércio ao redor desta cidade mercantil.

3. A chefe do mercado conhecida com “ìyálójà” é geralmente escolhida  pelo governador de cada cidade dentre as melhores vendedoras que têm

 

qualidade de liderança. As regras da complicada atividade de comércio do mercado é levada avante pela ìyálòjà.

 V ÌROSÙN MÉJÌ (a) 1. Búfalos são encontrados em grande número nas florestas da savana de algumas terras Yoruba. Estes búfalos vão juntos em grande número. Quando eles são muitos, eles caminham com tanta confiança no grupo, que pode-se dizer que eles não temem o caçador e seus implementos. 2. Ológbun. Um nome pessoal que pode ser transcrito literalmente como “o dono da sepultura profunda”. 3. Xangô. A divindade Yoruba dos relâmpagos e trovões. Veja I (a)1. (b) 1.Ìbabúrú. Esta palavra usada aqui para denotar o nome de um sacerdote de ifpa bem como o nome de uma cidade. Aeui, como tabpem nos dois nomes seguintes neste poema, o que o poema quer alcançaré um jogo de  palavras Ìbabúrú, Ìbabùrù e Ìbarakata. Estes nomes,por outro lado não têm sentido. 2. Ìgbà. Esta palavra que pode literalmente ser traduzida como “tempo”, pode também significar “História”. A mensagem principal deste  poema centra-se na personificação da “História” que ele conta. O que ele esforça-se para dizer é que a História chegou a cidade de Òyó e fez famosa como centro

de vida e cultura.

3. Òyó. A cidade tradicional Yoruba que foi o quartel general do antigo império. A cidade foi destruída nos anos 1830. No

apogeu do

antigo império, a cidade de Òyó era a medida da cultura e civilização Yoruba. 4. Osùn. Um vegetal que tem um gosto bom e refrescante.

5. Èrìgì Àlà. Outro nome de Òrúnmìlà.

 

(c) 1. Pòrò. Um nome próprio. 2. Aró. Corante Índigo. Este é um importante e tradicional substancia corante, preparada com índigo e outras substancias químicas. 3. Àasà.Este é um nome próprio dado principalmente a mulheres. É também o nome de uma divindade menor. 4. Odòjé. Outro nome pessoal raramente usado hoje em dia.

(d) 1. Os dois últimos versos deste poema esplicam a importância da esposa e das crianças na vida qualquer homem na sociedade tradicional Yoruba.  A esposa ajuda com

o trabalho agrícola e com a venda de certos

 produtos como noz de cola, enquanto a criança ajuda com a preparação da comida, de itens como triturar pimenta.  VI ÒWÒNRÍN MÉJÌ (A) 1. Ìrókò. A teca Africana. Uma das mais altas e preciosas àrvores do Oeste da África. Ìrókò cresce abundantemente na floresta tropical  Africana. Seu tamanho gigantesco e largura imponente fazem dela facilmente a àrvore mais distinta da floresta. O Yoruba acredita que Ìrókò não é uma árvore comum porque poderes sobrenaturais vivem dentro dela. 2.Ìgbò. Nome de uma cidade antiga que faz parte da mitologia Yoruba. (b) 1. Àkó. Um nome próprio de mulher. Quando o nome é usado para cães, ele refere-se ao cão que acabou de ter filhotes. Akó também se refere a pode referir-se a máscara mortuário especialmente em Òwò.

(c)

 

1. Èríntúndé. Um nome pessoal. 2. Os Yoruba acreditam que cada pessoa tem camaradas no céu da mesma forma que ele tem auí. Além disso, existem certas pessoas que, antes do seu nascimento eram líderes de seus camaradas no céu. Acredita-se que a menos que se faça muitos sacrifícios para essas pessoas, eles serão chamados de volta para o céu pelos seus camaradas. Para previnir a morte premaura dessas pessoas, a divindade conhecida como Egbéògbpà é propiciada com cana-de-açúcar, amendoim, e outras coisas que as crianças gostam de comer. 3.Egbéògbà. Uma divindade cultuada principalmente por mulheres.  Acredita-se que está ligada às feiticeiras.  VII ÒBÀRÀ MÉJÌ (a) 1. Àgbàalè. Um nome próprio. 2. O ferreiro não quer que a guerra desapareça da face da terra porque isto afetaria sua indústria de fazer implementos de guerra tais como lanças, flechas, e cutelo. Mesmo nos tempos modernos, nós sabemos que as fábricas de armamentos nem sempre querem ver o fim da guerra, que rende lucros para eles com a fabricação de aviões, armas, tanques, etc... 3.Èjì Òbàrà. o sétimo dos dezesseis Odù de Ifá principais. Acreditavase que ele era uma pessoa muito pobre antes dele repentinamente tornar-se muito rico. e famoso. 4. Olófin. Um outro nome de Odùduwà, o grande ancestral dos yoruba. 5. Os números ímpares, três, cinco,sete, nove e dezessete são muito importantes para os Yoruba. A maioria dos mercados é arrumado a cada cinco, sete ou dezessete dias enquanto que na mitologia a maioria dos eventos importantes aconteçam no terceiro ou sétimo dia.

7. Okùn e iyùn são pedras caras usadas pelos chefes e mulheres de alto status social.

 

8. Láàràngúnkàn. Esta roupa è tida como sendo muito cara só sendo usada pelos reis. 9. Ìpóró. Uma aldeia Ègbá. Os agogôs mencionados aqui são usados pele sacerdote de Ifá para um tipo de música especial característica do culto a Ifá. 10. Ìkijà. Outra aldeia Ègbà. Àràn é também um importante tambor de Ifá. 11. Ìserimogbe. Uma cidade antiga não muito longe de Lagos. (b) 1. Agínlítí. Um tipo de lagarto da floresta que tem um corpo muito áspero; quando ele respira sua garganta faz um ruído e seu corpo incha. 2. Ònà Òpónpón. Um nome próprio. 3. Ìmó. Um nome próprio. (c) 1. Àgbìgbònìwònràn. Um pássaro que tem uma cabeça gorda e um um ramalhete de cabelo no meio da cabeça. Acredita-se que este pássaro foi um sacerdote de Ifá que foi infiel para com o seus clientes. Como resultado dessa infidelidade, ele se tornou um pássaro da floresta. 2. Oníkoromèbí. Acredita-se que seja um título de chefe. 3. Ìyèrè. Poema divinatório de Ifá em forma cantada e normalmente com acompanhamento musical. 4. As lamentações do destino. Isto refere-se ao Ìyèrè Ifá, no qual um dos mais importantes temas é a predistinação. (d) 1. Os Yoruba usam cabaças ou potes de manteiga para tirar água dos rios e fontes que foram os principais meios de se beber àgua na sociedade tradicional. Como a água da fonte é muito rasa não dá para afundar

a cabaça completamente nela quando se apanha água.

2. Depois que àgbìfgbò ter se tornado um morador da florestade acordo com o mito mencionado em VII (c)1 acima, ele visitou a sociedade

 

Humana ocasionalmente para causar problemas. Ele juntou o grupo de ajogun e e se aliou com a morte de forma que ele pensava estar pronto  para matar os seres humanos. Ele ajudou a morte a esculpir caixões dentro dos quais a morte colocou suas vítimas. Ele queria carregar o caixão para a casa de alguém marcado pela morte para morrer. Quando ele tentou fazer isto com Òrúnmìlà, Èsù ordenou que o caixão ficasse  para sempre preso à sua cabeça. Aquele caixão é representado na cabeça de Àgbìgbò pelo tufo de cabelo pode ser visto no meio de sua cabeça.

 VIII ÒKÀNRÀN MÉJÌ (b) 1. Èjì Òkànràn. O oitavo dos Odùs, dentre os dezesseis principais Odùs de Ifá. 2. ela provavelmente chorava porque a galinha tinha muitos pintinhos enquanto que ela não tinha crianças. (d) 1.Olúòrójò. Um orukó de Xangô que significa “Rei que não deve ver chuva”. Este nome é dado a ele porque ele luta com seus inimigos com  pedras de raio duante a chuva. 2. Bámbí. Outro Orukó de xangô. A forma completa deste nome é Olúbámbí que significa “O Rei onipotente me ajudou antes que tivesse esta criança.” 3. Oya. Uma das três esposas de Xangô. Ela é a divindade responsável  pelas tempestades e ventos fortes.

IX ÒGÚNDÁ MÉJÌ (a)

1. Òjóntarìgì. a esposa mítica da morte que acredita-se  poderosa e uma mulher medonha.

ser muito

 

2. Osùn. Uma substância vermelha estraida da àrvore que recebe o mesmo nome. Esta substancia é encontrada em forma de pó ou úmida. Mulheres usam a forma úmida como uma forma de pintura que elas esfregam no corpo.O pó é usado para fazer tinta com a qual os filhos de Xangô  pintam sua roupa. (b) 1. Ìrá. Um animal sevagem que lembra um cavalo. Seus chifres são usados como parte da parafernália de Òge, uma divindade menor cultuada  principalmente por mulheres estéreis. 2. Àfón. Uma àrvore que medra próximo aos vales dos rios. Sua fruta é um grande recipiente que contém sementes comestíveis. (c) 1. Ògúndájì. A forma completa deste nome é Ògúndá Méjì que é o nono Odú entre os dezesseis principais Odùs de Ifá. O Odù pertence a Ògún(A divindade da caça e da guerra) e é portanto, relacionado aos implementos de guerra. (d) 1. Esta expressão onomatopaica imita o som de flechas que Òrúnmìlà atirou na morte na fazenda, é representada aqui como o nome de um sacerdote de Ifá. 2. Isto significa que ele morreu, mas, na mitologia Yoruba, acreditase que em tempos antigos.era ´pssível para as pessoas, deixar a terra temporariamente para ir ao céu e vice-versa.Pode se dizer portanto que após uma ausência temporária da morte na terra , ele retornou mais tarde. 3. Olónìímoro. Um orukó de Òrúnmìlà.

(X) ÒSÁ MÉJÌ (a)

 

1. Pòòkó. Uma cabaça ou casca de coco onde se guarda a pasta de osùn. 2. Òge. Uma divindade menor cultuada pricipalmente por mulheres estéreis na esperança de terem filhos. Ver IX (b) 1. 3. Ìbónná. O nome de um lugar que acredita-se ser o lar original de Òge. (b) 1. Olósèé. Um nome próprio. 2. Pássaros não comem algodão apesar de sua cor branca os atrair. (c) 1. Òsá. O décimo entre os dezesseis principais Odù de Ifá. (d) 1. Pòòlò. Uma armadilha para animais feita de couro. 2. Ìrá. Ver IX (b) 1. 3. Ìróké. Um objeto entalhado em madeira ou marfim. Usado para chamar Òrúnmìlà durante o processo de divinação. 4. Isto se refere a pòòlò ( ver 1 acima.) 5. Òge. Ver X (a) 2. (XI) ÌKÁ MÉJÌ (a) 1. Um objeto de arte que é entalhado com instrumentos afiados não deve ser colocado em cima dee uma pedra para que o instrumento ao tocar a  pedra não fique cego. 2. Yindinyindin. Um formigureiro feito de terra dura e arraigado no solo. Todas as formigas jovens, que não estão completamente desenvolvidas moram no interior do formigueiro até ficarem adultas e virem para a superfície. Um simples formigueiro tem milhares de ovos e formigas não desenvolvidas. As formigas não desenvolvidas são brancas e, portanto parecem-se com vermes.

(b) 1. Agba. Ver III (d) 4.

 

2. Ìpètì.Um tipo muito duro de corda que é usada para amarrar a canoa à margem do rio. 3. Olúeri. È uma divindade que acredita-se ser a divindade que controla os rios. Ele mora na parte mais profunda do rio. (c) 1. Ìká. O décimo primeiro entre os dezesseis principais Odù de Ifá. 2. Sééré. Uma cabaça com um pescoço muito longo que é usada como chocalho para Xangô. (d) 1. As portas tradicionais Yorubá conhecidas como ààsè, são feitas de  peças de madeira de Ìrókò onde peças de ferro são pregadas.

(XII) ÒTÚÚRÚPÒN MÉJÌ (a) 1. Pààká. Um tipo de Egúngún mascarado que não carrega nenhum objeto de arte na cabeça. 2. Estes quarenta cauris devem ter sido jogados para ele como presente  pelo público assistente, pelo seu espetáculo de dança e poesia. 3. Crença em feiticeiras, (conhecidas pelos Yoruba como,Àjé, Èléye, ou Eníyán) é uma importante parte do pensamento Yoruba. Os Yoruba acreditam que as veiticeiras adquiriram seus poderes diretamente do Deus Onipotente logo após terem sido criadas no céu. 4. Egúngún. A divindade ancestral Yoruba. O culto a Egúngún  provavelmente começou como uma defesa contra as feiticeiras. De fato, nos tempos antigos, Egúngún era usado para capturar as feiticeiras. (b) 1. Gélélóse. Um nome próprio que quer dizer “eu concluí de acordo com o planejado.”

 

2. Àpiní. Um complexo (conjunto de casas), em Òyó onde o palácio do  Alápìíni está situado. O Alápìíni é o cabeça do culto a Egúngún. Ver (a) 4.acima. (c) 1. Pepe. Uma parte elevada do chão da casa usada como banco para as  pessoas sentarem-se. 2. Òtità. Um banco de madeira no qual as pessoas sentam-se do lado de fora da casa. 3. Oyèépolú. Um nome próprio. (d) 1. Orí. A divindade Yoruba responsável pela predestinação. Para o Yoruba, o que traz o sucesso para a visaé uma combinação de diversos fatores incluindo predestinação e caráter(bom e vida moral). Além destes fatores, predestinação é o mais importante. Para mais detalhes veja Instrução.

(XIII) ÒTÚÁ MÉJÌ (a) 1. Isto é ( na sua forma original Yoruba) uma imitação do choro do esquilo. 2. Isto significa que os jovens entre os esquilos foram cozidos e comidos com inhame. (b) 1. Òtúá. O décimo terceiro entre os Odùs de Ifá. Este Odù narra os  mitos associados com a chegada do Islam na terra Yoruba. 2. Ìpàpó. Uma cidade antiga na divisa com Òyó.

3. Òsèèrèmògbò. Outro nome de Òòsáálá, A divindade Yoruba responsável  pela criação.

 

(c) 1. Orí. O símbolo da divinidade Yoruba responsável pela predestinação.  A divindade ela mesma é conhecida pelo mesmo nome. Para mais detalhes sobre Orí ver introdução. 2. Okùn. Uma conta muito cara usada para fazer um cordão pelos ricos. 3. Nàná Aáyì. Uma das esposas do profeta Mahomé que recebia pouca atenção do profeta. Após sua morte, ela tornou-se a heroína dos  Muçulmanos carinhosamente a chamam de “mãe”. (Nàná em arabe significa “mãe”). (d) 1. Aádùlái. Um nome muçulmano que corresponde ao árabe Abdullah. O avô do profeta Maomé é conhecido como Abdula. 2. Ìlá. Uma cidade Yoruba antiga e capital do Reino de Ìlá. Òrangun, o rei de Ìlá é tido como sendo um dos netos de Òdùduwà. 3. Quiabo seco conhecido como òrúnlá, é um importante artigo de comércio na maioria dos mercados Yoruba, especialmente nas áreas de savana onde o quiabo é plantado em abundância.

O quiabo fresco é

cortado em pequenos pedaços e colocado para secar no sol antes de ser vendido. O quiabo seco é

usado para fazer sopa.

4. Respingar ou esfregar alguém com cinzas denota para o poço Yoruba um ato de rejeição e degradação. Na sociedade tradicional Yoruba, as  pessoas pintavam os ladrões e adulteras com cinzas. 5. O original em Yoruba destes versos é uma imitação da das frases árabes pronunciadas pelos Muçulmanos Yoruba que para o Yoruba comum  parecem ter muitos sons nasais e sons sem sentido.

(XIV) ÌRETÈ MÉJÌ

(a)

 

1. O rio Òsun. Um importante rio Yoruba. Este rio é tido como sendo originalmente uma das esposas de Xangô. Ela é ativamente cultuada ainda hoje, especialmente em Òsogbò, como uma das mais importantes divindades Yoruba. 2. A versão Yoruba deste verso é uma imitação do som feito pela esponja vegetal, quando é vigorosamente sacudida para retirar a àgua após ter sido usado no banho. 3. Os Yoruba usam esponja vegetal no banho. Após tomar banho, a àgua da esponja é vigorosamente retirada para evitar de guarda-la úmida. 4. Quando alguém usa a esponja para tomar banho, a àgua que cai dela faz o solo de areia e de húmus ficarem molhados, e portanto faz o solo sujo enquanto que a esponja fica limpa. (b) 1. Ìjèsà. Um grupo dialectal Yoruba, que habita um território a oeste da cidade de de Ifè. A capital de Ìjèsà é Ilesa que fica

trinta km a

oeste e Ifè. 2. Òòsà Ògbòwujìn. Um outro nome de Òòsálá. A divindade da criação Yoruba. 3. Iyùn. Uma pedra preciosa. 4. Olódùmarè. O Deus Onipotente Yoruba que acredita-se que fica no alto dos céus.

estar no òrun

(c) 1. Àdùké. Nome de mulher que significa “Ela que todos querem afagar.” (d) 1. Pááfà. Um nome próprio. 2. Elémèrè. Um nome próprio.

3. Àgbonirègún. Um nome de louvor de Òrúnmìlà.

 

4. Os moradores da casa eram provavelmente muçulmanos, que não queriam comer nenhum animal o qual nenhuma prece houvesse sido dita antes de  matá-lo.

(XV) ÒSÉ MÉJÌ (a) 1. Noz de cola é um o, importante produto agrícola . As nozes são colhoidas com folhas para se manterem frescas. (b) 1. Olókun. A deusa Yoruba do mar. 2. Àjíbáajé. Um nome de louvor a Olókun que significa “Aquele que acorda encontrando dinheiro”. 3. Èkuru. Uma comida popular preparada com feijão. 4. Os Yorubas tal qual outros povos africanos, usaram cauris introduzidos na Áfica pelos portugueses. Os cauris são obtidos das conchas de cauris mortos que podem ser encontrados no meio do mar.

(c) 1. Òòsàoko. A divindade reponsável pela fertilidade de todos os  produtos da fazenda. Os devotos desta divindade não podem comer inhames frescos até que os ritos anuais em honra da divindade tenho acontecido. (XVI) ÒFÚN MÉJÌ (b) 1. Adéyerí. Um um nome pessoal que significa “A coroa é adequada a cabeça.”

 

2. Aláràán. O rei de Àrán, um importante reino Yoruba. Os descendentes da linhagem de àrán são responsáveis pela feitura de Egúngún  mascarado, cujas variadas roupas tradicionalmente incluem veludo. 3. Adetutù. Um nome próprio que significa “A coroa é muito fria”. 4. Àjífòrògbogbolà. Um nome próprio que significa “ Ele que acorda  para beneficiar-se de tudo.” 5. Algumas crianças que acredita-se terem nascido com ajuda de Òòxalá, não podem tomar banho com água morna. 6. Òrúnmìlà é tido como poliglota que entende todas as linguagens humanas. (d) 1.Òràngún. O décimosexto Odù de Ifá entre os prinvipais dezesseis.

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