Contabilidade, Fundamentos da Gestão Financeira, Estatística....
UNIVERSIDADE PAULISTA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA
DANIEL FROES ZORDAN RA - 1535248
GESTÃO DO PETRÓLEO BRASILEIRO Demonstração financeira, contábil e estatístico da maior empresa petrolífera do Brasil, Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras
HAMAMATSU 2015
DANIEL FROES ZORDAN RA - 1535248
GESTÃO DO PETRÓLEO BRASILEIRO Demonstração financeira, contábil e estatístico da maior empresa petrolífera do Brasil, Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Graduação em Gestão
Financeira
apresentado
Universidade Paulista – UNIP.
Orientadores: Prof. Nilson de Carvalho Prof. Altair Silva
HAMAMATSU 2015
à
“Ao longo da história do petróleo... nenhum outro negócio define de forma tão completa e radical o significado do risco e da recompensa” (Daniel Yergin).
RESUMO Como exigência parcial da conclusão do 2º Semestre do Curso de Superior de Tecnologia em Gestão Financeira, o trabalho do Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM), da Universidade Paulista – UNIP, Hamamatsu, Japão, contempla as disciplinas de Fundamentos da Gestão Financeira, Contabilidade e Estatística Aplicada. O presente trabalho visa demonstrar de forma clara e objetiva o fundamento lógico e racional do sistema financeiro da Petróleo Brasileiro S.A., Petrobras. A Gestão Financeira em conjunto com a Contabilidade e a Estatística Aplicada demonstra toda a sua dinâmica corporativa assim como seus investimentos, e probabilidades. Assim como, é possível notar de como a nossa vida cotidiana e as finanças do país são influenciados diretamente pelo petróleo no Brasil. Além de tudo, a companhia, atuando de forma ética, tem sido parceira e comprometida com a sociedade e ao meio ambiente por meio de planos de assistência social e projetos ambientais. Realmente, a Petrobras é símbolo de orgulho do povo brasileiro. Palavra-chave: Gestão Financeira, Contabilidade, Estatística Aplicada, Petróleo, Petrobras.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1 - Indicadores de Endividamento ......................... ................................ 19 Gráfico 2 - Lucro operacional, líquido, produção total, EBITDA .......................... 23 Gráfico 3 - Produção de Derivados no Brasil ............................ ......................... 25 Gráfico 4 - Exploração e Produção .................................................................... 29 Gráfico 5 - Vendas de Derivados no Brasil ....................... ................................. 30 Gráfico 6 - Balança de petróleo e derivados ............................. ......................... 31 Gráfico 7 - Plano de Negócio e Gestão 2015-2019 ............................................ 32 Gráfico 8 - Projeto para desalavancagem .......................................................... 33 Gráfico 9 - Investimentos em Exploração e Produção ........................................ 34 Gráfico 10 - Investimento no Abastecimento ...................................................... 36 Gráfico 11 - Investimento em Gás e Energia.................. .................................... 37 Gráfico 12 - Produção de Óleo, LGN e Gás Natural ........................................... 38
LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Investimentos Consolidados ............................................................. 17 Tabela 2 - Endividamento consolidado .............................................................. 18 Tabela 3 - Contas a receber .............................................................................. 19 Tabela 4 - Receita líquida ....................... .......................................................... 24 Tabela 5 - Balanço Patrimonial – Consolidado................................................... 26 Tabela 6 - Passivo ............................................................................................ 27 Tabela 7 - Fluxo de Caixa .............................. ................................................... 27 Tabela 8 - Premissas do Planejamento Financeiro .................................... ........ 33
ORGANOGRAMA Organograma 1 - Organograma da Petrobras .................................................... 15
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 7
2
O PETRÓLEO DO BRASIL .............................................................................. 8
2.1
Uma breve história do petróleo brasileiro ......................................................... 8
2.2
A primeira refinaria de petróleo do Brasil .......................................................... 8
2.3
O nascimento da Petrobras .............................................................................. 9
2.3.1 Estrutura da companhia .................................................................................. 10 2.3.2 Ramo de atuação ........................................................................................... 10 2.3.3 Seus Produtos ................................................................................................ 11 2.3.4 A era do Pré-Sal ............................................................................................. 11 2.3.5 Sociedade ....................................................................................................... 12 2.3.6 Meio Ambiente ................................................................................................ 12 2.3.7 Sede Administrativa ........................................................................................ 13 2.3.8 Diretoria Executiva da Petrobras .................................................................... 13
3
ORGANOGRAMA ........................................................................................... 15
4
FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA ................................................ 16
4.1
Sua função dentro de uma empresa ............................................................... 16
4.2
RESULTADOS FINANCEIROS E OPERACIONAIS DA PETROBRAS.......... 17
4.3
Investimentos .................................................................................................. 17
4.4
Despesa .......................................................................................................... 17
4.5
Endividamento ................................................................................................ 18
4.6
Contas a receber liquidas ............................................................................... 19
5
CONTABILIDADE ........................................................................................... 21
5.1
Conceito de contabilidade ............................................................................... 21
5.1.1 Orientação: ..................................................................................................... 21 5.1.2 Controle: ......................................................................................................... 21 5.1.3 Registro: ......................................................................................................... 21
5.2
Objeto e objetivo da contabilidade .................................................................. 22
6
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ...................... 23
6.1.1 Lucro liquido ................................................................................................... 23 6.1.2 Lucro operacional ........................................................................................... 24 6.1.3 EBITDA ........................................................................................................... 24 6.1.4 Receita liquida ................................................................................................ 24 6.1.5 Produção de derivados ................................................................................... 24
7
BALANÇO PATRIMONIAL ............................................................................. 26
7.1
Patrimônio liquido ........................................................................................... 26
7.1.1 Ativo ................................................................................................................ 26 7.1.2 Passivo ........................................................................................................... 26
7.2
Fluxo de Caixa ................................................................................................ 27
8
ESTASTÍSTICA APLICADA............................................................................ 28
8.1
História da estatística...................................................................................... 28
9
ESTATÍSTICA APLICADA NA PETROBRAS ................................................. 29
9.1
Produção de petróleo e gás natural ................................................................ 29
9.2
Venda de derivados no mercado interno ........................................................ 30
9.3
Balança de petróleo e derivados .................................................................... 31
10
INVESTIMENTOS .......................................................................................... 32
10.1 Plano de Negócios e Gestão 2015 – 2019 ..................................................... 32 10.2 Exploração e produção de petróleo no Brasil .................. ............................... 34 10.3 Exploração e Produção................................................................................... 34 10.4 Abastecimento ................................................................................................ 36 10.5 Gás e energia ................................................................................................. 37 10.6 Curva de Produção de Óleo e LGN e Gás Natural ......................................... 37 10.7 Produção atinge marca histórica em agosto de 2015 ..................................... 38 11
CONCLUSÃO ................................................................................................. 39
12
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 40
7
1
INTRODUÇÃO O petróleo ainda é uma das matérias primas mais almejadas por várias
empresas e governos do mundo todo. No século XX foi tão precioso que passou a ser chamado de “ouro negro”. Ele exerce uma enorme influência sobre a nossa sociedade
e é utilizado para diversos fins, incluindo no nosso modo de vida, costumes e cultura. Metade das atividades cotidianas só são possíveis e viáveis graças ao petróleo. No Brasil, foi de grande importância para o desenvolvimento industrial que teve a necessidade de ser auto-suficiente na produção de petróleo. E quando se fala em petróleo brasileiro, o nome que vem em mente é Petrobras. A Petróleo Brasileiro S.A., Petrobras, fundada em 3 de outubro de 1953, é uma empresa estatal de economia mista, de capital aberto, sendo o Governo do Brasil o acionista majoritário detendo 51% das ações ordinárias. Uma breve história e revisão de sua estrutura, ramo de atuação, produtos, diretoria, organograma e sede da empresa são relatados. Todavia, o tema central está ligado diretamente nas demonstrações financeiras companhia. Alisaremos a importância e os Fundamentos da Gestão Financeira e, qual a função do gestor financeiro dentro da empresa. Bem como, o que a Contabilidade através de seu balanço patrimonial e demonstrações do resultado do exercício (DRE) tem apresentado aos seus usuários no 1º semestre de 2015 (1S-2015). Da mesma forma, demonstraremos os resultados do 2º trimestre ante o 1º trimestre de 2015 (1T2015 e 2T-2015). Por fim, através da Estatística Aplicada iremos analisar os novos projetos que a companhia tem desenvolvido para o “Plano de Negócios e Gestão 2015 – 2019”.
8
2
O PETRÓLEO DO BRASIL
2.1
Uma breve história do petróleo brasileiro A primeira referência oficial a procura de petróleo no Brasil que se tem registro
ocorreu no ano de 1864. Naquele ano, o empreendedor Thomas Sargent, com a permissão concedida pelo Governo Imperial, pesquisou petróleo, turfa e outros minerais nas localidades de Camamu e Ilhéus, na Bahia. Seu objetivo era captar matéria prima para fabricar óleo para iluminação. Entretanto, a primeira perfuração de petróleo no país, com aplicação de técnicas de perfuração mais profunda, foi realizada por um fazendeiro de São Paulo no ano de 1897. Contudo, o governo, somente começou a investir na “nacionalização dos bens do subsolo” devido a presença de empresas estrangeiras.
Em 1929, ano que ocorria à recessão mundial provocada pela quebra da bolsa Nova York, poucos combustíveis faziam parte do cotidiano dos brasileiros no século XX. Todavia, não impediu o crescimento das cidades brasileiras nem o avanço da industrialização.
2.2
A primeira refinaria de petróleo do Brasil Tudo começou na cidade de Uruguaiana no Rio Grande do Sul, no dia 26 de
novembro de 1934, quando surgiu e entrou em operação a primeira ref inaria brasileira de petróleo, a Destilaria Rio-Grandense de Petróleo. Os comerciantes brasileiros João Francisco Tellechea e Eustáquio Ormazabal e os argentinos Manuel Morales e Raul Aguiar foram os responsáveis pela construção da Destilaria Rio-Grandense de Petróleo S.A. O objetivo era de suprir o mercado do Rio Grande do Sul. Praticamente desconhecido no país, o petróleo, até então, era trazido do Equador ao porto de Buenos Aires, de onde prosseguia para Paso de Los Libres, cidade Argentina às margens do rio Uruguai, em frente a Uruguaiana.
9
Em 1938, com o aumento das frotas de veículos e com a expansão das rodovias, despertou o interesse do governo brasileiro pelo setor petrolífero. Neste mesmo ano foi criado o CNP – Conselho Nacional de Petróleo – tornando o petróleo um recurso da União. No ano seguinte, 1939, como era previsto, foi descoberto o primeiro poço de petróleo em Lobato na Bahia. Porém, com o evento da segunda Guerra Mundial (1939-1945) a economia foi afetada em todo planeta. No Brasil houve escassez de gasolina provocando o seu racionamento. Nesta época uma discussão entrou em pauta, qual política do petróleo seria adotada pelo Brasil - e foi nessa época que nasce o lema: “O Petróleo é Nosso”, com o único objetivo de defender a tese do monopólio estatal, porque a produção mundial do petróleo era dominada por um oligopólio constituído pelas chamadas “Sete Irmãs” das quais cinco eram estadunidenses.
2.3
O nascimento da Petrobras Foi fundada, em 3 de outubro de 1953, aquela que seria a maior empresa do
Brasil. Nascia então a Petróleo Brasil S/A, Petrobras, atualmente a maior petrolífera da América do Sul. Em prol da União, e com o intuito de exploração petrolífera no Brasil, o então presidente Getúlio Vargas, impulsionado pela campanha popular iniciada em 1946, cujo slogan era “o petróleo é nosso”, sancionou a lei 2.004/53, aprovada pelo
congresso nacional o que tornou um marco da independência econômica da nação, a criação da Petrobras. As instalações da Petrobras só foram concluídas em 1954 após herdar duas refinarias do Conselho Nacional de Petróleo, a de Mataripe (BA) e a de Cubatão (SP). Tornando-se assim, os primeiros ativos da empresa. Sua sede está localizada na cidade do Rio de Janeiro.
10
Desde de 6 de agosto de 1997, de acordo com a lei LEI Nº 9.478, a Petrobras passou a ser uma empresa estatal de economia mista, de capital aberto, sendo o Governo do Brasil o acionista majoritário detendo 51% das ações ordinárias. 2.3.1 Estrutura da companhia
A Petrobras, da qual a sede se localiza no Rio de Janeiro, obtém diversas subsidiarias, dentre elas: o
Petrobras Transporte S/A (Transpetro);
o
Petrobras Distribuidora S/A;
o
Petrobras Combustivel S/A;
o
Petrobrás Gás S/A (Gaspetro);
o
Petrobras Biocombustível (PBio);
o
Liquigás Distribuidora S.A;
o
Petrobras Química S.A. (Petroquisa);
o
Petrobras Fertilizantes S.A. (Petrofértil);
o
Petrobras Internacional S.A. (Braspetro). A maior parte de produção, exploração e extração da petrolífera são
provenientes de aguas profundas, dos mares. Entretanto, uma pesquisa meticulosa é realizada antes da perfuração: prospecção de petróleo e gás, pesquisas geológicas, estudos sísmicos, são de suma importância antes do início das atividades. 2.3.2 Ramo de atuação
Petrobras é uma empresa de sociedade anônima (S/A) de capital aberto, da qual o acionista majoritário é a União Federal, representado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Sendo uma empresa integrada de energia, seus segmentos de atuação são: Bicombustíveis;
o
o
Comercialização e transporte de petróleo e gás natural;
o
Distribuição de derivados;
11 o
Energia elétrica;
Exploração;
o
Petroquímica;
o
Produção;
o
o
Refino, além de outras fontes energéticas renováveis. Além do Brasil, a Petrobras encontra-se presente em 28 países, sendo a líder
do setor petrolífero no país. No terceiro trimestre de 2014, a Petrobras havia se tornado a maior produtora de petróleo entre as empresas de capital aberto no mundo, após superar a norteamericana ExxonMobil. Quando somadas as produções de óleo e gás, a Petrobras ainda ocupava a quarta posição no ranking. 2.3.3 Seus Produtos
Seja nas estradas, trilhos, oceanos ou nos céus, a tecnologia da Petrobras fornece aos seus consumidores produtos de alta qualidade e confiabilidade, tais como: Etanol;
o
Gasolina;
o
o
Gás natural veicular;
o
Arla 32 (Flua Petrobras);
o
Óleo diesel;
o
Óleo lubrificante.
2.3.4 A era do Pré-Sal
A descoberta de reservas de hidrocarbonetos em rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal (camada Pré-sal), estão entre as mais importantes em todo o mundo na última década, o que triplicará as reservas de petróleo e gás natural do Brasil.
12
A província Pré-sal é composta por grandes acumulações de óleo leve, de excelente qualidade e com alto valor comercial que estendem-se por cerca de 800 quilômetros da plataforma marítima brasileira, do norte da Bacia de Campos ao sul da Bacia de Santos, compreendendo uma faixa que se estende do litoral sul do estado do Espirito Santo ao estado de Santa Catarina, com largura de até 200 km. Uma realidade que coloca a companhia em uma posição estratégica frente à grande demanda de energia mundial. 2.3.5 Sociedade
A Petrobras com a geração de energia, tem como compromisso o desenvolvimento econômico dos locais onde atua, possibilitando o aumento da qualidade de vida de toda a sociedade. Atuando com responsabilidade em suas atividades,
procura
operar
com
responsabilidade
social,
incentivando
o
comportamento ético e transparente, respeitando códigos de conduta e de apoio a princípios como o Pacto Global da ONU. Criando canais de diálogo com as comunidades aos arredores de onde atuam, a Petrobras estimula o desenvolvimento da cadeia produtiva das economias locais. Com iniciativas, como o Programa Petrobras Agenda 21, por exemplo, comunidades nas áreas próximas de suas unidades participam da criação de planos conjuntos de desenvolvimento sustentável. Além de patrocinar e incentivar em todas as regiões do país projetos sociais, ambientais, culturais e esportivos. Iniciativas essas que não só contribuem para o melhoramento e desenvolvimento local, regional e nacional, como também gera renda, promovendo a proteção ambiental, fortalecendo a cadeia produtiva da cultura e ampliando o acesso a práticas esportivas. 2.3.6 Meio Ambiente
Comprometida com a responsabilidade ambiental, a Petrobras em suas operações se preocupa com a segurança, desenvolve ações para o equilíbrio entre suas atividades e o bem-estar da força de trabalho e das comunidades. A companhia
13
procura sempre crescer contribuindo com o desenvolvimento sustentável: aperfeiçoando produtos e processos, aumentando a eficiência energética, além de patrocinar treinamentos de conservação e preservação de ecossistemas em diversos projetos. No tocante ao desenvolvimento de processos e produtos que contribuam para racionalizar o consumo de recursos naturais, a companhia tem investido em pesquisa e procura diversificar o uso das fontes, entre elas, as de energia renovável. Para reduzir a emissão de gases poluentes, tem estimulado o uso racional de energia e também modernizado os processos para aumentar a eficiência energética. Visando diminuir riscos à saúde humana e ao meio ambiente, suas operações contam com planos de ação e simulados de emergência e seus operários passam por frequentes cursos de capacitação. Ademais, tem patrocinado diversos projetos ambientais voltados para reduzir emissões de carbono, conservação da biodiversidade, protegendo ambientes e espécies ameaçadas. 2.3.7 Sede Administrativa
Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras)
Av. República do Chile, nº 65 – Centro
Rio de Janeiro – RJ – Brasil
SAC: 0800 7289001
E-mail:
[email protected]
Telefone: +55 21 3224 4477
2.3.8 Diretoria Executiva da Petrobras
o
Aldemir Bendine: presidente da Petrobras e membro do Conselho de Administração. Graduado em Administração de Empresas com MBA em Finanças e Formação Geral para Altos Executivos;
o
João Adalberto Elek Junior : diretor de Governança, Risco e Conformidade desde janeiro;
14 o
Ivan de Souza Monteiro: diretor da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores desde fevereiro;
o
Hugo Repsold Júnior : diretor de Gás e Energia;
o
Solange da Silva Guedes: diretora de Exploração e Produção;
o
Jorge Celestino Ramos: diretor de Abastecimento;
o
Roberto Moro: diretor da área de Engenharia, Tecnologia e Materiais;
o
Antônio Sérgio Oliveira Santana: gerente executivo de Recursos Humanos e desempenha interinamente.
15
3
ORGANOGRAMA
Organograma 1 - Organograma da Petrobras Fonte: http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/organograma/
16
4
FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA
4.1
Sua função dentro de uma empresa O objetivo principal da gestão financeira é aumentar lucros e gerar riquezas
para os sócios e acionistas. Como define Lawrence Gitman (2006) finanças é a ciência da gestão do dinheiro. Uma das mais importantes tarefas no dia-a-dia de um empresário é administrar os recursos financeiros da empresa. Rose (1971) afirma que as finanças que representam o dinheiro da organização formam a base de toda estrutura da at ividade empresarial. Qualquer organização depende exclusivamente do controle financeiro. No entanto, muitas organizações não dando a atenção a este departamento passam por dificuldades. Muitas das vezes por não ter um profissional na área de gestão financeira. Área esta que está ligada diretamente ao caixa, ao estoque, contas a pagar e as contas a receber. Meios esses importantíssimos passam informações necessárias para o gestor financeiro analisar o capital de giro, o fluxo de caixa e apurar os dados que serão uteis no planejamento, análise e controle das atividades financeiras da empresa, visando maximizar os resultados econômicos, financeiros, decorrentes de suas atividades operacionais. Assim sendo, a função do gestor financeiro abrange todas as tarefas ligadas à obtenção, utilização e controle de recursos financeiros.
17
4.2
RESULTADOS FINANCEIROS E OPERACIONAIS DA PETROBRAS
4.3
Investimentos Os investimentos no 2T-2015 foram de R$ 18.331 bilhões, 3% superior aos
R$ 17.483 bilhões do 1T-2015 e, 12% inferior aos R$ 20.915 bilhões investido no mesmo período do ano anterior. Tabela 1 - Investimentos Consolidados Fonte: ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2015 - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
No 1S-2015 foi investido R$ 36,174 bilhões, sendo que 78% dos recursos foram direcionados, principalmente, ao aumento da capacidade produtiva de petróleo e gás natural. Contudo, houve uma queda de 13% em relação aos R$ 41,499 Bilhões do 2S2014. A Petrobras, em linha com seus objetivos estratégicos, atua de forma associada com outras empresas em joint ventures, no Brasil e no exterior, como concessionária de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. No segmento de Abastecimento, em virtude da conclusão de projetos de modernização das refinarias existentes e da primeira fase (1º trem) da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), os investimentos diminuíram 60% em relação ao mesmo período do ano passado.
4.4
Despesa A despesa financeira líquida foi de R$ 11,7 bilhões, superior ao 1º semestre do
ano passado em R$ 10,6 bilhões. O resultado financeiro reflete, principalmente, as
18
perdas cambiais devido à depreciação do real em relação ao dólar, e o acréscimo nas despesas com juros, função do maior endividamento e da menor capitalização de juros ocasionada pela redução do saldo de ativos em construção. O provisionamento de imposto de renda e contribuição social sobre lucros apurados no exterior, tendo em vista a adoção pela Companhia do novo regime tributário, gerou maior despesa com esses tributos.
4.5
Endividamento Tabela 2 - Endividamento consolidado Fonte: ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2015 - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS
A dívida líquida da Petrobras no 2T-2015 caiu para R$ 323,913 bilhões ante os R$ 332,45 bilhões do 1T-2015, após fazer captações na China e em bancos estatais. Todavia, o 1S-2015, teve um aumento de 15%, atingindo o saldo de R$ 323,9 bilhões em relação ao final do 2S-2014 que era de R$ 282,089 bilhões. O motivo do crescimento foi o impacto da depreciação cambial sobre financiamentos.
19 Gráfico 1 - Indicadores de Endividamento Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros#topo
O índice de Dívida Líquida/LTM EBITDA ajustado fechou o período em 4,64 vezes e a alavancagem (Endividamento Líquido (EL+PL)) em 51%. Com investigações da operação Lava-Jato, da Polícia Federal, a Petrobras calculou no final de abril uma perda de R$ 6,194 bilhões por motivos de corrupção e reduziu o valor de seus ativos em R$ 44,3 bilhões.
4.6
Contas a receber liquidas Tabela 3 - Contas a receber Fonte: ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2015 - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
No final de junho de 2015, a Petrobras possuía recebíveis do setor elétrico o montante de R$ 15.212 bilhões, um aumento de 18% (R$ 2.418 bilhões) antes os R$ 12.794 bilhões no final do exercício de 2014, dos quais R$ 12.627 bilhões foram
20
classificados no ativo não circulante. Esse montante é referente ao fornecimento de produtos para usinas de geração termoelétricas (controlada da Eletrobrás), concessionarias estaduais e produtores independentes de energia (PIEs) localizados na região norte do pais. Os produtos de maior demanda são: energia, gás natural, óleo combustível, dentre outros.
21
5
CONTABILIDADE
5.1
Conceito de contabilidade De acordo com o Congresso Brasileiro de Contabilidade, 1924, a
contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativas à administração econômica. 5.1.1 Orientação:
O objetivo principal desta função é fornecer informações uteis, através da compreensão da elaboração de relatórios contábeis, como por exemplo, balanço patrimonial e demonstrações do resultado de exercícios. É através desses relatórios que se observa a situação econômica e financeira de uma entidade. 5.1.2 Controle:
É utilizado pela administração para averiguar se a entidade está procedendo de acordo com as atividades e seus projetos originais. Oliveira (2005, p.427) afirma que controle é comparar o resultado das ações com padrões previamente estabelecidos, tendo a finalidade de corrigi-los, se necessário. 5.1.3 Registro:
Compreende o registro, a análise, a classificação, a escrituração e o arquivo, peças fundamentais para se ter controle e informação dos fatos econômicos e financeiros de uma entidade. Hilário Franco afirma: A função é registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar todos os fenômenos que ocorrem no patrimônio das entidades, objetivando fornecer informações, interpretações e orientação sobre a composição e as variações do patrimônio, para a tomada de decisões de seus administradores. (FRANCO, 1997, p.19)
22 A Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e orientação – necessárias à tomada de decisões – sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. (FRANCO, 1997, p. 21)
5.2
Objeto e objetivo da contabilidade O objeto da contabilidade é o patrimônio. É com base no estudo do patrimônio
que se determina o conjunto de bens, direitos e obrigações, das entidades, sejam elas físicas ou jurídicas, em seus aspectos estático e dinâmico, qualitativo e quantitativo para demonstrar de forma transparentes a situação da mesma. Segundo Campiglia: A definição de uma disciplina qualquer, que atenda aos requisitos da lógica e da compreensão universal do seu objeto, é matéria das mais difíceis e ponto das mais sérias controvérsias entre seus doutrinadores. (CAMPIGLIA, 1966, p.10)
Assim sendo, a contabilidade tem como objetivo fornecer informações legítimas e oportunas do resultado do patrimônio da entidade aos seus usuários, internos ou externos. Possibilitando condições para que gestores administrativos e financeiros possam tomar decisões mais racionais e objetivas. É o patrimônio e seu campo de aplicação o das entidades econômicoadministrativas, assim chamadas aquelas que para atingirem seu objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo que pratica os atos de natureza econômica e financeira necessária a seus fins. (FRANCO, 1997, p. 19).
23
6
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
6.1.1 Lucro liquido
A Petrobras, líder no mercado nacional de petróleo e gás, encerrou o 2T-2015 com lucro líquido de R$ 531 milhões, ante o 1T-2015, o que representa queda de 90% (R$ 4.799 bilhões), refletindo as maiores despesas operacionais, compensadas parcialmente pelo maior lucro bruto. Mediante ao aumento da despesa financeira líquida de R$ 11.669 milhões. Gráfico 2 - Lucro operacional, líquido, produção total, EBITDA ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2015 - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
Logo o lucro líquido do 1S-2015 em relação ao mesmo período de 2014, foi de R$ 5.861 bilhões, queda de 43% (R$ 4.491 bilhões) refletindo o aumento da despesa financeira líquida, o reconhecimento de juros sobre despesa tributária de IOF de R$ 1.301 bilhões, bem como a maior despesa com imposto de renda e contribuição social de R$ 1.097 bilhões. Parte desses fatores foi compensada pelo aumento 26% do lucro bruto.
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6.1.2 Lucro operacional
O lucro operacional no 2S-2015 foi de R$ 22,822 bilhões, 39% superior (R$ 6.397 bilhões) ante os R$ 16.425 bilhões do 1S-2014. A margem na comercialização de derivados que foi o principal fator que contribuiu para este crescimento. 6.1.3 EBITDA
O Ebitda ajustado (conforme Instrução CVM n.° 527/2012) do 1S-2015 foi de R$ 41,289 bilhões, 35% (R$ 10.694 bilhões) superior ante os R$ 30.595 bilhões 1S2014. A geração de caixa operacional medida pelo EBITDA ajustado no 2T-2015 reduziu 8%, somando R$ 19,771 bilhões, em comparação com os R$ 21.518 bilhões do 1º trimestre de 2015. 6.1.4 Receita liquida Tabela 4 - Receita líquida ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2015 - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
A receita liquida fechou o 2T-2015 em R$ 79.943 bilhões, um aumento de 8% em relação aos R$ 74.353 bilhões do 1º trimestre de 2015. No entanto, o 1S-2015 terminou com o saldo de R$ 154.296 bilhões, 6% inferior ante os R$ 163.843 bilhões do 1S-2014. 6.1.5 Produção de derivados
25 Gráfico 3 - Produção de Derivados no Brasil Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros#topo
No 1S-2015 a produção de derivados foi 2.031 milhões barris por dia, 6% inferior aos 2.152 milhões (bpd) do mesmo período no ano anterior. O motivo da queda foi a parada programada da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) durante os três primeiros meses do ano de 2015, reduzindo a carga processada em 5%, bem como o fator de utilização do parque de refino caiu de 97% para 89% na comparação semestral. Todavia, vale destacar que, no 2º semestre de 2015 as operações da RLAM foram normalizadas; e durante a parada da RLAM a produção foi parcialmente compensada pela Refinaria Abreu e Lima (RNEST), que entrou em operação da em novembro de 2014. O ponto importante é que a participação de petróleo nacional processado nas refinarias aumentou de 82%, no 1S-2014, para 86%, no 1S-2015.
26
7
BALANÇO PATRIMONIAL
7.1
Patrimônio liquido O patrimônio líquido da empresa no 1 semestre de 2015 (1S-2015) ficou em
R$ 307.220 bilhões, uma queda de 14,9% aos R$ 360.700 bilhões do mesmo período do ano anterior (1S-2014). 7.1.1 Ativo Tabela 5 - Balanço Patrimonial – Consolidado Fonte: ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2015 - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
O ativo circulante fechou o 1S-2015 com R$ 160.380 bilhões e, o ativo não circulante com R$ 698,919 bilhões. Somando um total do ativo de R$ 859.299 bilhões. 7.1.2 Passivo
27 Tabela 6 - Passivo Fonte: ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2015 - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
O passivo circulante fechou o 1S-2015 com R$ 100.596 bilhões e, o passivo não circulante com R$ 449.300 bilhões. Somando um total do passivo de R$ 859.299 bilhões.
7.2
Fluxo de Caixa Tabela 7 - Fluxo de Caixa Fonte: ITR - Informações Trimestrais - 30/06/2015 - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
O fluxo de caixa líquido no 2T-2015 terminou com R$ 28.143 bilhões, frente ao saldo negativo de R$ 4.904 bilhões do 1T-2015. Semelhantemente, o 2S-2015 foi positivo em R$ 23.239 bilhões frente aos R$ 13.403 bilhões negativo do 1S-2014.
28
8
ESTASTÍSTICA APLICADA
8.1
História da estatística A estatística é uma ciência que está presente em todas as áreas científicas,
seja ela exata, humana, biológica, sociail, agrária, tecnológica etc. Para Matsushita, O que se entende, modernamente, por Estatística ou Ciência Estatística é muito mais do que um conjunto de técnicas úteis para algumas áreas isoladas ou restritas da ciência. Por exemplo, ao contrário do que alguns imaginam, a estatística não é um ramo da matemática onde se investigam os processos de obtenção, organização e análise de dados sobre uma determinada população. Também não se limita a um conjunto de elementos numéricos relativos a um fato social, nem a tabelas e gráficos usados para o resumo, a organização e apresentação dos dados de uma pesquisa, embora este seja um aspecto da estatística que pode ser facilmente percebido no cotidiano (MATSUSHITA, 2010)
Desta forma, a estatística engloba um conjunto de métodos e técnicas, tais como: planejamento de experimento, construção de modelos, coleta, coordenação, processamento, aplicação de questionários, e análise de dados que posteriormente se transformará em informação para os fins de postular, refutar ou validar hipóteses científicas sobre um fenômeno observável. Um dos mais importantes estatísticos do século passado, Rao (1997), define a estatística, em um modelo matemático, da seguinte forma: Conhecimento incerto + conhecimento sobre a incerteza = conhecimento útil. Sendo assim, a estatística está sujeita a uma certa porcentagem de incerteza, quer seja nos dados analisados, no planejamento ou no resultado final.
29
9
ESTATÍSTICA APLICADA NA PETROBRAS
9.1
Produção de petróleo e gás natural Gráfico 4 - Exploração e Produção Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros#topo
No 1S-2015, a produção total da companhia, tanto no Brasil como no exterior, representou um crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo a média diária de 2.784 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Assim como, no Brasil houve um aumento de 10% na produção de petróleo e gás natural em relação ao 1S-2014, alcançando a média de 2.595 milhões boed. A produção de petróleo e gás natural no Brasil alcançou a média de 2 milhões 595 mil boed, sendo 10% maior que a do 1º semestre de 2014. Considerando o crescimento de 9% na produção de petróleo e 15% na produção de gás natural. Apresentado bom desempenho, a camada pré-sal atingiu no mês de junho de 2015 os 747 mil barris por dia, batendo o recorde na produção mensal de petróleo. No 1S-2015 39 novos poços foram interligados no Brasil: 28 produtores e 11 injetores. No 1T-2015 também foi dado início as operações do sistema de produção antecipada do campo de Búzios (Bacia de Santos) e da P-61, no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos). Em 31 de julho, também entrou em operação o FPSO Cidade de Itaguaí, com capacidade de produção de 150 mil boed.
30
Entretanto, a produção internacional no 1S-2015 foi de 189 mil boed, 11% menor que o mesmo período do ano passado. Um dos motivos na queda de produção foi a transferência dos ativos terrestres no Peru, na Colômbia e da Argentina, parcialmente compensada pela entrada em operação dos campos de Saint Malo, Lucius, e Hadrian South.
9.2
Venda de derivados no mercado interno Gráfico 5 - Vendas de Derivados no Brasil Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros#topo
O volume da venda de derivados no 2S-2015 foi de 2.239 mil barris por dia, 7% inferior aos 2.407 mil barris por dia do 2S-2014. O destaque ficou para a Gasolina (9%), Diesel (-6%) e Nafta (-14%). Os motivos foram:
Gasolina: Devido à alta do preço da gasolina, o mercado brasileiro tem optado pela aquisição de automóveis movido a etanol; provocando uma redução da frota de veículos movidos somente a gasolina. Diante desse cenário, a companhia aumentou 2% de etanol, totalizando 27% de mistura de etanol na gasolina.
Diesel: Com o aumento do percentual de biodiesel na mistura do diesel e com menor consumo em obras de infraestrutura, que suplantaram o crescimento da frota
31
de veículos leves a diesel e o maior consumo por parte das termelétricas complementares do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Nafta: Devido a redução da demanda por parte dos clientes, principalmente pela petroquímica Braskem, o produto teve queda de 14%.
9.3
Balança de petróleo e derivados Gráfico 6 - Balança de petróleo e derivados Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros#topo
No 1S-2015 a balança comercial da companhia apresentou melhora, registrando déficit de 125 mil barris por dia, 76% inferior ante os 526 m il barris por dia no 1S-2014. Enquanto o saldo da balança comercial de petróleo foi positivo, sendo superior ao 1S-2014, o que proporcionou mais exportação e menos importação; a balança comercial de derivados teve um saldo menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior. A pouca procura do mercado interno culminou na redução de importação. Contudo, houve também uma queda na exportação, em virtude de menor produção nas refinarias.
32
10
INVESTIMENTOS
10.1 Plano de Negócios e Gestão 2015 – 2019 Gráfico 7 - Plano de Negócio e Gestão 2015-2019 Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/apresentacoes/plano-de-negocios-e-gestao
Em junho de 2015, o conselho de Administração da Petrobras aprovou o “Plano
de Negócios e Gestão 2015- 2019”. O plano visa, como objetivos primordiais, a alavancagem da companhia e a geração de valor para os acionistas. Durante o período, 2015-2019, a companhia investirá um total de US$ 130,3 bilhões. Através de gráficos estatísticos a Petrobras demonstra onde, quando e quanto será aplicado e, qual o retorno esperado nos próximos anos. Segue abaixo os demonstrativos.
33 Gráfico 8 - Projeto para desalavancagem Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/apresentacoes/plano-de-negocios-e-gestao
O gerente executivo de estratégia corporativa, Antônio Castro, disse que o PNG 2015 –2019 foi elaborado visando atingir as seguintes metas: redução da alavancagem líquida para abaixo de 40%, até 2018, e de 32,2%, até 2020; relação dívida líquida – EBITDA menor que 3, até 2018, e de 2,3, até 2020. As premissas adotadas no planejamento financeiro, foram: Tabela 8 - Premissas do Planejamento Financeiro Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/apresentacoes/plano-de-negocios-e-gestao
34
o
Preços dos derivados no Brasil com paridade de importação;
o
Preço do Brent (médio): US$ 60/bbl em 2015 e US$ 70/bbl no período 20162019;
o
Taxa de câmbio (média): 3,10, em 2015; 3,26, em 2016; 3,29, de 2017-2019; e 3,56, em 2020.
10.2 Exploração e produção de petróleo no Brasil Plano prioriza seus investimentos em projetos de exploração e produção (E&P) de petróleo no Brasil, com destaque no pré-sal. Em outras áreas os investimentos foram destinados à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural. Foram reduzidos em 37% do total de investimento em relação ao Plano anterior.
10.3 Exploração e Produção Gráfico 9 - Investimentos em Exploração e Produção Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/apresentacoes/plano-de-negocios-e-gestao
Os investimentos na área de exploração e produção serão destinados:
35
o
86% para o desenvolvimento da produção;
o
11% para exploração; e
o
3% para suporte operacional.
Para novos sistemas de produção no Brasil será destinado o montante de US$ 64,4 bilhões, sendo 91% no pré-sal.
36
10.4 Abastecimento
Gráfico 10 - Investimento no Abastecimento Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros#topo
Os investimentos no abastecimento de US$ 12,8 bilhões, serão alocados: o
69% em manutenção e infraestrutura;
o
11% na conclusão das obras da Refinaria Abreu e Lima;
o
10% na Distribuição;
o
10% investimentos no Comperj para recepção e tratamento de gás, manutenção de equipamentos, dentre outros.
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10.5 Gás e energia Gráfico 11 - Investimento em Gás e Energia Fonte: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros#topo
Os investimentos na área de Gás e Energia, serão alocados US$ 6,3 bilhões, sendo:
o
80,4% em gasodutos, principalmente em rota escoamento do gás do pré-sal;
o
13,8% em manutenção de usinas termoelétricas; e
o
5,3% em plantas de fertilizantes nitrogenados, em paradas programadas, melhorarias de infraestrutura e SMES.
10.6 Curva de Produção de Óleo e LGN e Gás Natural A companhia após perceber um declínio que teria na produção de óleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural no Brasil, resolveu atualizar as metas de produção, refletindo postergação de projetos de menor maturidade ou atraso na entrega das unidades de produção, principalmente em função de limitações de fornecedores no Brasil.
38 Gráfico 12 - Produção de Óleo, LGN e Gás Natural Fonte: www.petrobras.com.br
Com as metas atualizadas e novos sistemas de produção, a companhia pretende alcançar em 2020 uma produção total de óleo e gás (Brasil e internacional) de 3,7 milhões de boed. Estima-se que o pré-sal representará mais de 50% da produção total de óleo em 2020.
10.7 Produção atinge marca histórica em agosto de 2015 No mês de agosto de 2015, a produção média de petróleo e gás natural, no Brasil e no exterior, foi de 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), 3,1% superior ante os 2,80 milhões produzidos no mês de julho. A produção alcançada em agosto bateu o um novo recorde histórico. O recorde anterior era de dezembro de 2014 com a produção 2,86 milhões boed, sendo 0,8% inferior em relação ao mês de agosto deste ano. A produção também foi 4,5% maior diante do mesmo período de 2014, quando o volume de produção foi de 2,76 milhões boed.
39
11
CONCLUSÃO Fica evidente que a Gestão Financeira nas atividades empresarias da
Petrobras é essencial. O gestor financeiro deve analisar cada ponto minuciosamente, fazendo analogias entre trimestres, semestres e anos. Assim como, fazer projeções de novos planos que serão desenvolvidos. Atividades como financiamentos, investimentos, vendas, compras e outros não seria possível caso o gestor financeiro não fosse amparado pela contabilidade e estatística aplicada. A Contabilidade em sua função de controlar, orientar e registrar os atos e fatos da administrativo, se mostrou muito eficaz e exatidão de seus relatórios. O destaque fica para o Balanço Patrimonial e para as Demonstrações do Resultado do Exercício que aqui foram apresentados de forma clara, precisa, detalhada, legível, coerente e correta - passando aos seus usuários segurança e confiança de que a entidade está agindo de acordo com seus planos de negócios previamente estabelecidos. Através da Estatística Aplicada, com análise em seus gráficos, é possível analisar os resultados de forma mais transparente as altas e baixas, ganhos e perdas, além de poder olhar para possíveis resultados do futuro. Deste modo, concluímos que a Gestão Financeira, a Contabilidade e Estática Aplicada com muita eficiência, competência e responsabilidade contribuem amplamente para o sucesso econômico da maior petrolífera e empresa do Brasil, a Petróleo Brasileiro S.A., Petrobras.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. G. D. "Fundamentos da Gestão Financeira". São Paulo: Sol, 2012. BRIZOLLA, M. M. B. "Contabilidade Gerencial". Unijuí: Editora Unijuí, 2008. DIAS, J. L. D. M.; QUAGLINO, M. A. "A questão do petróleo no Brasil: uma história da PETROBRAS". 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPDOC, 1993. MARION, J. C. "Contabilidade Básica". 10ª. ed. [S.l.]: Atlas, 2009. MORAIS, J. M. D. "Petróleo em águas profundas: uma história tecnológica da Petrobras na exploração e produção offshore". Brásilia: [s.n.], 2013. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS. "Resultados Consolidados do
Primeiro Semestre de 2015". Rio de Janeiro. 06 de agosto de 2015. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS. "Resultado do Primeiro Trimestre
2015". Rio de Janeiro. 15 de Maio de 2015. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS. Fatos e Dados. "Produção de
petróleo e gás natural cresce e bate recorde em agosto", 16.Set.2015. Disponivel em: . PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS. "Organograma da Petrobras", 2015. Disponivel em: . PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS. "Resultados Financeiros 2T15", 2015.
Disponivel
em:
. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS. "ITR - Informações Trimestrais -
30/06/2015 - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS". Rio de Janeiro. 2015. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS. "Plano de Negócios e Gestão 2015 – 2019". Rio de Janeiro. 29 de junho de 2015.
SANTOS, E. M. D. "Contabilidade". São Paulo: Sol, 2012.