November 13, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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ÍNDICE 1.Introdução.......................... 1.Introdução.... ............................................ ............................................ ............................................ .................................................2 ...........................2 2.Revisão de literatura................ literatura...................................... ............................................ ............................................ ........................................... .....................44 2.1.Pensamento 2.1.Pensam ento Social d Igreja Católica............... Católica..................................... ............................................. .................................. ...........44 2.1.1.Doutrina social social da igreja: história e desafios.......................... desafios........................................ .......................... ............55 2.1.2.Carácterr aberto e dinâmico da DSI....................... 2.1.2.Carácte DSI................................................................... ............................................55 2.1.3.Expresso 2.1.3.Expres so o Papa:................................. Papa:....................................................... .............................................................. ........................................66 2.2.Evolução da DSI ao longo da História....................................................... História.....................................................................7 ..............7 2.3.Princípios Gerais da DSI................. DSI....................................... ............................................ ............................................ .............................8 .......8 2.4.Característicass da igreja como instituição.............. 2.4.Característica instituição............................................................ ...............................................10 .10 2.4.1. Os pólos de poder.............. poder.................................... ............................................ ............................................. .................................10 ..........10 2.4.2. Forma de governo da Igreja.................................................. Igreja................................................................ ......................... ...........11 11 Conclusão....................... Conclusão. ............................................ ............................................ ............................................ .................................................... ...............................13 .13 Bibliografias.............................. Bibliografias........ ............................................ ............................................ ................................................................ ..........................................14 14
Autor: Sergio Alfredo Macore
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1.Introdução O presente trabalho de pesquisa fala sobre ‘’Pensamento social da Igreja católica’’. O reconhecimento da dignidade pessoal do ser humano e sua fundamentação última na semelhança de sua imagem à de Deus é a herança cristã decisiva, cuja fecundidade deve ser ser re repe peti tida dame ment ntee resg resgat atad adaa para para a conf config igur uraç ação ão do mund mundoo e da so soci cied edad ade. e. A compreensão cristã do ser humano, da sua pessoalidade e dignidade tem consequências necessárias ao ordenamento e à configuração do convívio dos homens. Porém, a tradição da doutrina e ética social cristãs, três princípios sociais fundamentais cristalizaram-se com vistas a essa compreensão cristã do ser humano: o princípio do bem comum, o princípio da solidariedade e o princípio da subsidiariedade. subsidiariedade. Nesses princípios, a referência à “dimensão social no sentido próprio do termo, isto é, ao âmbito âmbi to insti instituci tucional onal,, à inte interacç racção ão social social cimentad cimentadaa em estruturas estruturas,, ordenamen ordenamentos tos e relações sociais” tem um viés especificamente sócio-ético. Disso resulta, do ponto de vista ético, a referência prioritária à justiça (social) a ser realizada. Tais Ta is pri princí ncípio pioss indica indicam m as “o “orie rienta ntaçõe çõess fundam fundamen entai taiss da ac acção ção”, ”, são “pr “princ incípi ípios os relevantes para estruturações e procedimentos” , mas ainda não configuram nenhuma instrução para a acção nem normas para situações concretas. Os princípios sociais permitem analisar em perspectiva crítica situações e ideologias existentes e sinalizam a direcção correcta. Que-se denomina “leis estruturantes da sociedad sociedade”. e”.
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2.Revisão de literatura 2.1.Pensamento 2.1.Pensame nto Social d Igreja Católica A missão da Igreja é a de anunciar e comunicar a salvação realizada em Jesus Cristo, ou seja, a comunhão com Deus e os homens. A Igreja trabalha para tornar mais humana a fam famíli íliaa dos ho home mens ns e a sua hi histó stória ria,, e a pôr-s pôr-see como como baluart baluartee contra contra qualqu qualquer er tentação tenta ção totali totalitaris tarista, ta, indic indicando ando ao homem homem a sua vocação vocação ao amor de Deus. Deus. A Igreja é, na humanidade e no mundo, o sacramento d o amor de Deus e, por isso tem o empenho de libertação e promoção humana. Ao homem «enquanto inserido na complexa rede de relações das sociedades modernas », a Igreja se dirige com a sua doutrina social. «Perita em humanidade», a Igreja busca compreender o Homem, na sua vocação e nas su as aspirações, nos seus limites e nos seus apuros, nos seus direitos e nas suas tarefas, e a ter para ele uma pala palavra vra de vida que resso ressoee nas vici vicissitu ssitudes des históricas históricas e sociais sociais da existência humana. Com o seu ensinamento social a Igreja quer fecundar e fermentar o Evang Evangelho elho na sociedade sociedade.. A doutrina social é parte integrante do ministério de evangelizaç evangelização ão da Igreja. Daquil Daq uiloo que diz res respei peito to à com comuni unidad dadee do doss ho homen menss — situa situaçõe çõess e probl problem emas as referentes à justiça, à libertação, ao dese desenvolvimento, nvolvimento, às relações relações entre os povos, à paz —, pessoal e social do homem.
Para a Igreja, ensinar e difundir a doutrina social
pertence à sua missão evangelizadora evangelizadora e faz parte essencial da mensagem cristã, porque essa doutrina propõe as suas consequências consequências directas na vida da sociedade e enquadra o trabalho diário e as lutas pela justiça no testemunho de Cristo Salvador. «A missão própria que Cristo confiou à sua Igreja não é de ordem política, económic econ ómicaa e social social.. Pois a final finalidad idadee que Cristo lhe prefixo prefixouu é de ordem reli giosa. giosa. Mas, na verdade, desta mesma missão religiosa decorrem benefícios, luzes e forças que pode podem m auxil auxiliar iar a orga organiza nização ção e o forta fortalecim lecimento ento da comunida comunidade de humana humana segundo a Lei de Deus» ( Gaudium etspes, n. 42).
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2.1.1.Doutrina social da igreja: história e desafios A expressão Doutrina Social da Igreja (DSI) designa o conjunto de escritos e mensagens carta cartas, s, enc encícl íclica icas, s, ex exort ortaç ações ões,, pro pronu nunci nciame amento ntos, s, de decla claraç rações ões – que co compõ mpõem em o pensamento do magistério católico a respeito da chamada “questão social”. Mas não basta conhecer conhecer os documentos reu reunidos nidos sob essa de denominação. nominação. O es estudo tudo da DSI colocanos diante de uma tarefa bem mais exigente em suas implicações e desafios. Trata-se, no fundo, de recriar para os dias actuais, a dimensão sociopolítica da Boa Nova de Jesus Cristo. Um rápido olhar sobre dois textos bíblicos pode nos dar uma ideia do que significa retoma ret omarr o est estudo udo da DSI DSI.. O pri primei meiro ro é do ev evang angeli elista sta Luc Lucas: as: Je Jesus sus encontra encontra-se -se recolhido num lugar à parte e, sob a insistência dos discípulos, ensina o Pai-nosso (Lc 11,1-4).No segundo texto, o evangelista Mateus faz um breve resumo das actividades de Jesus (Mt 9,35-38). No primeiro caso, Jesus está na montanha em oração; no segundo, Jesus “percorre as cidades e aldeias”, compadecendo-se das multidões “cansadas e abatidas”. Ou seja, na prática de Jesus montanha e rua não se excluem, mas se complementam se interpelam e se enriquecem mutuamente. Quanto mais Jesus aprofunda sua intimidade com o Pai, na montanha, mais se desdobra no compromisso com os pobres, pelas ruas. A montanha exige a rua e a rua exige a montanha. Oração e acção social constituem duas dimensões indissociáveis de uma mesma prática. Tudo isso ficará ainda mais evidente em episódios como o Bom Samaritano (Lc 10,2537),a narração do Juízo Final (Mt 25,31 -46) ou os retratos das primeiras comunidades cristãs (At 2,42-47; 4,32 -37). Se, por um lado, a mensagem do Evangelho tem como centralidade inquestionável a preocupação com o Reino de Deus, por outro, no coração do Reino encontram-se os pobres como os predilectos de Jesus.
2.1.2.Carácter 2.1.2.Carác ter aberto e dinâmico da DSI Ao contrário do que muitas vezes se pensa a DSI não é um conjunto de “verdades” definitivamente acabadas, a serem transmitidas à posteridade. Mais do que um museu a ser visitado em suas antiguidades raras, trata-se de um tesouro a ser permanentemente enriquecido. Seu conteúdo e seus métodos evoluem com os tempos. Aliás, como vimos,
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a DSI nasceu num tempo em que as transformações sociais têm uma velocidade espantosa. A Igreja procura adaptar-se à evolução da história. A polémica entre doutrina ou ensinamento tem aqui sua razão de ser. A palavra doutrina denota uma série de princípios fechados, definidos, dogmas imutáveis. Já o termo ensino ens ino ou en ensin siname amento nto ma manté ntém m seu seu ca carác rácter ter ab abert erto, o, dinâmi dinâmico co e flexív flexível, el, dispo disposto sto sempre a incorporar ou rever os valores de acordo com o passar do tempo. Ou seja, estamos diante de um processo em permanente crescimento. Mais do que um fóssil cristalizado no tempo e no espaço, a DSI constitui um organismo vivo que é capaz de adaptar-se às circunstâncias da história e de remodelar-se aos acontecimentos mais imprevisíveis. Sim, um organismo vivo que respira a atmosfera de um determinado contexto social. Nele nasce, cresce e se desenvolve. Embora localizado no tempo e no espaço, vai forjando princípios de validade universal, numa permanente releitura da mensagem evangélica. Foi Paulo VI, na Octogesima Adveniens (1971) quem melhor apresentou esta mudança de enfoque, isto é, a passagem do conceito de doutrina para o de ensinamento.
2.1.3.Expresso o Papa: “Com todo seu dinamismo, o ensinamento social da Igreja acompanha os homens nesta busca. Embora não intervenha para confirmar, com sua autoridade, uma determinada estrut est rutura ura est estabe abelec lecida ida ou pré pré-fa -fabri brica cada, da, não se limita limita a record recordar ar princí princípio pioss ger gerais ais.. Desenvolve -se por meio da reflexão, amadurecida no contacto com situações dinâmicas deste des te mun mundo, do, so sobb o inc incen entiv tivoo do Eva Evange ngelho lho,, co como mo fon fonte te de renov renovaçã ação, o, desde desde o momento em que sua mensagem é aceita na plenitude de suas exigências. Dese De senv nvol olve ve-s -see com com a se sens nsib ibil ilid idad adee próp própri riaa da Ig Igre reja ja,, marc marcad adaa pe pela la vo vont ntad adee desinteressadaa de serviço e atenção aos mais pobres; finalmente alimenta-se de uma rica desinteressad expe experiê riênc ncia ia mu mult ltis isse secu cula lar, r, qu quee lhe lhe perm permit itee as assu sumi mir, r, na co cont ntin inui uida dade de de su suas as preocupações preocupaçõ es permanentes permanentes,, as inovações atrevidas e cria criativas tivas que a situação presente presente do mundo exige”.
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A noção de ensinamento busca fundir duas dimensões da solicitude da Igreja no campo social. Por um lado, está atenta à tradição, aos princípios gerais consolidados pela sabedoria e pela experiência de séculos; por outro lado, permanece aberta aos valores novos que os desafios históricos vão engendrando. É nessa dialéctica entre um corpo de doutrinas sólidas e um constante aprendizado diante dos fatos que o magistério procura navegar. Trata-se, como se vê, de uma perspectiva ao mesmo tempo doutrinal e pastoral, preocupada, simultaneamente, com o rigor dos fundamentos bíblico-teológicos e com as exigências éticas da acção social. Assim Ass im sendo sendo,, daq daqui ui par paraa a fre frente nte uti utiliz lizare aremos mos alt altern ernada adame mente nte e com signif significa icados dos idênticos os termos doutrina ou ensinamento social da Igreja, ficando por conta do leitor optar por um ou por outro.
2.2.Evolução da DSI ao longo da História De Leão XIII a João Paulo II, da Rerum Novarum à Centessimus Annus, decorreu um século de reflexão sobre a Doutrina Social da Igreja. Passados hoje mais de cem anos desse pensamento social, é possível identificar certa periodização, a qual aponta para uma inegável inegável ev evolu olução ção no tem tempo po.. Emb Embora ora cie ciente ntess de que todo corte corte histór histórico ico é arbitrário, não será difícil perceber determinadas etapas no percurso da DSI. Seguindo aproximadamente o esquema de Camacho, podemos falar em cinco períodos em que a doutrina social e a história do ocidente apresentam inquestionável correspondênc correspondência. ia. O primeiro período é o próprio contexto do surgimento da DSI, no final do século XIX e início do século XX. Como já ficou claro, a Igreja está diante de duas ameaças: o liberalismo e o comunismo. De um lado, os males provocados por uma economia centralizada na maximização do lucro e na acumulação capitalista. Destacam-se nesse quadro, entre outras coisas, a exploração do trabalho, as precárias condições de habitação e salubridade, o uso indiscriminado da mão-de-obra infantil e fe femi mini nina na,, os ba baix ixos os sa salá lári rios os,, as long longas as e pe peno nosa sass jo jorn rnad adas as de tr trab abal alho ho e os deslocamentos humanos de massa. Em resumo, é o cenário já descrito referente às consequências da Revolução Industrial. A produção e a produtividade dão um salto nunca visto na história, mas a grande maioria da população fica à margem desse progresso. É o que leva a solicitude pastoral de um Leão XIII a preocupar-se com a “condição dos operários”.
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Por outro lado, a chamada “onda vermelha” do socialismo ganha terreno a olhos vistos. Desde o Manifesto Comunista, em 1848, consolida-se a organização internacional que se desdobra em uma imensa rede de núcleos espalhados por todo continente europeu. Podemos mesmo afirmar que a Rerum Novarum nasce sob essa dupla motivação: uma mais explícita, voltada para a “questão social”, e uma mais encoberta marcada pelo temor do avanço socialista. Trava-se na Europa de então uma batalha surda entre liberalismo económico e teoria marxista. Iremos ver como Leão XIII se vê como que premido entre essas duas forças ideológicas, as quais vale dizer, expressam interesses distintos e contraditórios. Se, por uma parte, procura impedir que os pobres e indefesos, especialmente os operários, sejam devorados pela ganância selvagem do capitalismo nascente, por outra, procura defendê-los do que ele chama o “principal inimigo da doutrina da Igreja”.
2.3.Princípios Gerais da DSI A pergunta que está por trás deste item poderia ser formulada da seguinte forma: quais as linhas mestras da DSI e como fazer de cada uma delas um instrumento no combate à pobreza, à miséria e à fome nos dias actuais? Como aplicá-las, hoje, no contexto da economia globalizada, globalizada, na realidade da América Latina e do Brasil? 1. Amai Amaiss incisi incisiva va preo preocupa cupação ção dos P Papas apas,, de Leão XIII XIII a João Paulo Paulo II, sempre sempre foi a centralidade e a dignidade da pessoa humana. A promoção integral do homem, a liberdade de expressão e de religião, a defesa incondicional da vida, o combate a todo tipo de preconceito, discriminação e racismo são temas correlatos que enriquecem as páginas dos documentos. 2. O ser ser hu huma mano no,, como como lemb lembra ra a Gaud Gaudiu ium m et Spes Spes,é ,é autor autor,, ce cent ntro ro e fi fim m do desenvolvimento económico. Nada o atinge mais profundamente do que o fato de ter se tornado mero instrumento diante dos imperativos da economia de mercado ou do colectivismo colectivismo.. A dignidade da pessoa humana deve ser o objectivo último da produção de bens, da organização política e das expressões culturais.
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Nos dias de hoje, a pobreza, a fome e a violência, entre outros males, ameaçam esse princípio desde os seus fundamentos. fundamentos. Daí a necessida necessidade de de manter viva a opção preferencial pelos pobres, como sujeitos da própria libertação. Não podemos falar de dignidade humana sem falar de condições reais de vida, o que em termos concretos significa o respeito aos direitos fundamentais, tais como alimentação, saúde, educação, trabalho, habitação, entre outros. 3. Uma segunda orientação que acompanha a DSI desde a Rerum Novarum é o primado do trabalho sobre o capital. Questões relativas ao salário justo, à subsistência familiar e à grande chaga que é desemprego são as principais preocupações do magistério nas relações entre patrões e empregados. Hoje, com o fenómeno da economia globalizada e a crescente precarização das relações empregatícias, tende a acirrar-se o conflito capitaltrabalho. Palavras como flexibilização, das leis trabalhistas ou terceirização representam verdadeiras ameaças. As consequências para a imensa maioria dos pobres de todo planeta são as as mais desa desastrosas. strosas. O papel do Estado é uma das preocupações recorrentes na doutrina social do magistério católico. Questões como a previdência social, a saúde pública, a educação, a abertura de novos postos de trabalho, garantia dos direitos trabalhistas, entre outras, devem estar na ordem do dia das autoridades responsáveis. A ideia do Estado de bem-estar ou Estado providência encontra-se encontra-se presen presente te em muitos texto textoss da DSI. Ao mesmo tempo, os textos não se cansam de chamar a atenção para a demasiada intervenção do Estado, a qual pode ferir a autonomia das instituições da sociedade civil. Trata-se de salvar aqui outro princípio que tem sido caro à doutrina social: o da subsidariedade. O Estado não deve tomar sobre si as tarefas que podem ser realizadas pelas organizaçõe organizaçõess ou instâncias da sociedade civil, nem, inversamente, jogar sobre estas o peso de certos encargos que são de competência das autoridades maiores. Além Além di diss sso, o, desd desdee a Re Reru rum m No Nova varu rum, m,oo Es Esta tado do ap apar arec ecee co como mo aq aque uele le qu quee de deve ve interm int ermedi ediar ar ten tensõe sõess entre entre cap capita itall e tra traba balho lho,, pat patrõe rõess e empre empregad gados. os. Pa Parte rte-se -se do pressuposto de que é possível conciliar as duas classes em jogo. A história ir iráá mostrar como essa tentativa de buscar a concórdia e a harmonia entre as classes se torna ilusória, dado o antagonismo intrínseco de interesses tão contraditórios.
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A respeito da necessidade de abrir novas frentes de trabalho, João Paulo II distingue entre ent re emp empres resári ário, o, direct directoo e emp empres resári árioo indire indirecto cto,, defini definindo ndo este este último último como como “o conjunto de instâncias, em escala nacional e internacional, responsáveis por todo o ordenamento da política trabalhista”. Ainda como tarefa imprescindível e intransferível do Estado está a construção de relações internacionais que possam garantir a paz. Daí a importância de organismos especializados especializa dos e de uma política ou, na expressão de João Paulo II, uma cultura da paz e da soli solida dari ried edad ade. e. Le Leva vant ntaa-se se aqui aqui,, um umaa ve vezz ma mais is,, a cr crít ític icaa vi vigo goro rosa sa à co corr rrid idaa armamentista e à postura belicosa dos governos nacionais, em detrimento de seus povos.
2.4.Características 2.4.Caracte rísticas da igreja como instituição 2.4.1. Os pólos de poder A Igreja Católica Romana (ICR) é uma das mais antigas instituições do mundo: é herdeira do Império Romano e da Idade Média. Vive, simultaneamente, três tempos: a) o tempo quotidiano, aquele da sociedade como um todo; b) o tempo histórico, que se estende por dois mil anos de existência; e 3) o tempo mítico, o de sua mensagem religiosa propriamente dita. A ICR tem, também, uma tríplice leitura do espaço: a) um espaço restrito, a diocese onde é exercido o poder dos bispos; b) um espaço mais amplo, a igreja universal, com sede em Roma; e c) um espaço mítico, religioso propriamente dito. (Roy, 1990) Para facilitar a compreensão da arena eclesiástica católica, elaborei, à luz de Weber, seis tipos tip os ide ideais ais de pól póloo de poder poder int intrara-ecl ecles esiás iástic tico. o. Defino Defino os pó pólos los de poder poder como como instância instân ciass dia dialéc léctic ticas, as, cujos cujos ato atores res int intera eragem gem e disput disputam am a hegem hegemoni oniaa intern internaa das instituições. Na arena católica, o poder divide-se, assimetricamente, entre seis pólos: 1. O pól póloo pon pontif tifíci ício, o, repre represen sentad tadoo pel peloo pap papa, a, que a doutri doutrina na católica católica conside considera ra sucessor do apóstolo Pedro; 2. O ppólo ólo episcopal episcopal,, re represe presentad ntadoo pe pelo lo bbispos ispos,, 3. O pólo buroc burocrátic ráticoo cen central, tral, represe representad ntadoo pela Cúria Roman Romana; a; 4. O pó pólo lo da dass ord ordens ens e co congre ngregaçõ gações es religio religiosas; sas; 5. O ppól óloo ddos os leig leigos os;; e
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6. O pó pólo lo da so soci cied edad adee civi civill in intr traa-ec ecle lesi siás ástic tica, a, qu quee ab abra rang ngee pe pess ssoa oas, s, id idei eias as e propostas dos pólos pólos anteriores, e explícitas a em emergência ergência de uma sociedade sociedade civil, nacional e internacional, dentro da própria Igreja. Detalhemos um pouco as características desses pólos. O pólo pontifício é o principal ponto de referência da instituição eclesiástica. O papa é, ao mesmo tempo, o bispo de Roma Ro ma e o prim primus us in inte terr pare paress do conj conjun unto to do ep epis isco copa pado do mund mundia ial. l. Na es estr trut utur uraa institucional da Igreja, os bispos (pólo episcopal) estão para as suas comunidades específicas, assim como o papa está para a Igreja em todo o mundo. Seu papel, e também o dos padres, é o de realizar três funções principais: o anúncio oficial da mensagem bíblica, a administração dos sacramentos e a liderança da comunidade, favorecendo a sua dimensão unitária. Cabe também aos bispos garantir a autenticidade da transmissão da mensagem cristã. No aspecto legal, assim como o papa tem jurisdição sobre o conjunto da Igreja, os bispos a possuem sobre as suas dioceses dioceses e os padres sobre suas paróquias. paróquias. Dessa forma, ela rep reprod roduz, uz, mut mutati atiss mut mutand andis, is, o modelo modelo geo geográ gráfic fico-a o-admi dmi nis nistra trativ tivoo do Impéri Impérioo Romano.
2.4.2. Forma de governo da Igreja Esse Essess pólo póloss de pode poderr intr intraa-ec ecle lesi siás ásti tico coss su suge gere rem, m, pe pelo lo meno menos, s, tr três ês qu ques estõ tões es fundamentais sobre a forma de governo central da Igreja: a primeira é a adequação ou não das formas clássicas de governo a essa instituição, ao mesmo tempo religiosa e política. Podemos afirmar que estamos diante de uma monarquia? De uma teocracia? Poderia ser chamada de uma oligarquia? Nas estruturas e práticas dessa instituição, prevalece ou não o padrão clássico de um umaa democracia democracia?? A res respo posta sta ofi oficia ciall da Igreja Igreja a ess essas as que questõ stões, es, em vá vário rioss est estudo udoss e doc docume umento ntos, s, estabelece uma simbiose entre referências teológicas e referências políticas, ao enfatizar que nenhuma forma política válida para um Estado pode também valer para a Igreja, por não se tra tratar tar de uma instit instituiç uição ão exclus exclusiva ivame mente nte tempor temporal. al. "A Santa Santa Sé – afirma afirma documento da Secretaria de Estado do Vaticano – não constitui um poder temporal, com finalidades políticas, mas uma autoridade moral". Estudos eclesiológicos indicam, por outra parte, que, pelo menos em seus primórdios, prevalecia na comunidade cristã préconstantinianaa um conjunto de práticas com as características da democracia directa. constantinian
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A segunda pergunta refere-se à preponderância de algum desses pólos sobre os demais, em termos de hegemonia, e quais as consequê consequências ncias derivadas disso. A re real alid idad adee mo most stra ra que, que, em embo bora ra os pr prin incí cípi pios os da vi vivê vênc ncia ia co comu muni nitá tári riaa e da colegialidade tenham sido aprovados pelo Concílio Vaticano II, o exercício do poder na Igreja ainda se concentra, principalmente, nos pólos pontifício e burocrático-curial. Vere Ve remo mos, s, mais mais adia adiant nte, e, que, que, em te term rmos os geop geopol olít ític icos os,, a Ig Igre reja ja já de deix ixou ou de se ser r eurocênt euro cêntrica, rica, embo embora ra o gove governo rno ecle eclesiás siástico tico cont continue inue centraliz centralizado ado no Vaticano. Vaticano. A terceira pergunta refere-se à intersecção entre essa dinâmica interna da Igreja e as relações exteriores do Vaticano e da Santa Sé, de que trataremos adiante.
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Conclusão Quem quer que seja o sucessor de João Paulo II, terá, diante si, o desafio de adequar o discurso da Igreja à actual realidade de um mundo globalizado, mais de trinta anos depois do Concílio Vaticano II; de reforçar o diálogo inter-religioso; de adoptar novos métodos de trabalho, para dentro e para fora, e que consigam dar uma resposta aos desafios da secularização e da deseclesialização. O estudo que acabamos de ler, a respeito do pensamento social da igreja católica, representa um vôo de pássaro sobre um século de documentos do Magistério Católico. Nesses documentos, como vimos, a “questão social” é a temática de fundo. A DSI, na verdade, reúne os escritos e pronunciamentos em que a Igreja, desde o Papa Leão XIII até os dias aguais, ao mesmo tempo em que manifesta sua solicitude pastoral diante da situação económica, económica, política, social e cultural de toda a humanidade. A bem dizer, o aprofundamento do tema da doutrina social não tem conclusão. Ou melhor, poderíamos afirmar que a conclusão é o próprio desdobramento do estudo em acções solidárias consequentes. Em outras palavras, concluir é concretizar os princípios da DSI no desafio de transformar as pessoas e as estruturas de uma realidade injusta. Três passos são importantes na passagem do estudo à actuação pastoral: a) Conh Conhec ecer er o cont contex exto to em qu quee nasc nascer eram am os di dive vers rsos os es escr crit itos os da DSI DSI e as respectivas respostas dadas pela Igreja na ocasião; b) Fazer um diag diagnóstico nóstico actualiza actualizado do da realidad realidadee e identificar os princip principais ais desafios que ela apresenta hoje à Igreja e à sociedade como um todo; c) Rein Reinterpr terpretar etar o espírit espíritoo dos docum documento entoss no context contextoo da actualidade actualidade,, buscando buscando alternativas viáveis para a construção do Reino de Deus. A DSI con consti stitui tui com comoo sab sabem emos os uma ac actua tualiz lizaçã açãoo pe perma rmanen nente te da dimens dimensão ão sócio sócio transformadora do Evangelho nas distintas etapas da história humana. Podemos resumila numa pergunta: como traduzir a Boa Nova de Jesus Cristo diante de cada momento novoo e des nov desafi afiado ador? r? Pre Precis cisam amos os reler reler a me mensa nsage gem m evangé evangélic licaa no tempo tempo presen presente, te, especialmente especialme nte em suas implicações sociais e políticas, tendo em vista.
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CERIS (2001). Tendências Actuais do Catolicismo: um estudo em seis regiões metropolitanas. Relatório de pesquisa.
Autor: Sergio Alfredo Macore
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