PCN-História-EnsinoFundamental

November 13, 2018 | Author: ritagorda2010 | Category: Time, Learning, Brazil, Geography, Economics
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PCN publicado pela Revista Nova Escola...

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PCN

  e    i   r    é   s    ª    4   a    ª    1   e    d

Par arâm âm e tr troo s Cu rric icu u lar laree s Naci Nacioo n ais

Fác ácee i s de en t e n de r A prioridade é desenvolver a consciência s Use os eixos temáticos como estratégia s Valorize o conhecimento de sua turma s

História

Nad a d e d ec orar nom es e d a ta s. Ensi nsina r Hi História tória é estimul estimula a r os alunos a refletir efletir e fazer fazer d esc esc ob ertas

O te te m po m uda o en sin o d a Históri Históriaa Até o começo dos anos 80, ensinava-se ensinava-se HistóHistória principalmente com o objetivo de criar uma identidade identidade nacional no aluno. aluno. Mas, muitas vezes, vezes, a “identidade” deixava mais mais dúvidas do que identificações. tificações. Por exemplo, exemplo, independentem independentemente ente de nossa cor, cor, éramos todos todos descendentes descendentes de portuportugueses. Pouco se falava das centenas de grupos indígenas que viviam no Brasil de 1500. Sobre os negros, negros, que já foram muito mais mais numerosos numerosos do que os brancos, brancos, as informações informações eram mínimas. mínimas. O ensino tradicional preocupava-se com a decoreba de datas e nomes. Longe da realidade e sem utilidade utilidade visível, visível, a disciplina tornav tornava-se a-se um assunto chato que existia apenas em livros velhos, fotos amareladas e na poeira dos museus. Mas a

História mudou, mudou, graças a fafatores como a expansão escolar, lar, que troux trouxee um público público culturalmente diversificado às aos estabelecimentos de ensino, ensino, aument aumentoo do acesso acesso dos estudantes às informações e uma nova visão pedagógica gógica,, que consid considera era os alunos como participantes ativos na construção do conhecimento. O que se busca agora é desenvolver a consciênc ciência ia huma humana, na, algo algo que que será alcançado estabelecendo-se relações relações entre identidades identidades indivi individuais, duais, sociais e coletivas e relacionando-se o particular e o geral, construindo construindo as noções de diferenças e semelhanças e de continuidade e permanência.

   i   r   o    t    t   a    H   e   c    i    l    A

Alunos da Escola  Eliezer Steinbarg, do Rio, fantasiam-s fantasiam-se  e  de detetives  em um exercício  de investigação 

O a n i v ers er sá ri o de u ma cida de vi virra tema gera ger a dor

E

m 1997, Belo Horizonte – a capital mineira – completou 100 anos. O evento, evento, muito comemorado, serviu como um poderoso tema gerador de atividades

escolares, sobretudo em História. História. O colégio Santa Dorotéia, da rede particular, aproveitou bem a oportunidade oportunidade.. Os pais dos alunos da préescola, por exemplo, exemplo,

  a   r    i   e   r   e    P    i   n   a   v   o    i    G   s   o    t   o    F

Crianças do Santa Dorotéia: Dorotéia: ensaio de hino em  homenagem a Belo Horizonte 

foram convidados para contar como se vivia na cidade quando eram crianças. Eles falaram do chicotinho-queimado, da cabra-cega e de outras brincadeiras de rua, quando a capital tinha menos carros. Lembraram também brinquedos, como os fantoches, que as crianças aprenderam a fazer. fazer. Elas montaram, montaram,

ainda, livros com fotos de álbuns de família. Os alunos de 1ª a 4ª série estudaram os meios de transporte usados nesses 100 anos. Eles fizeram fizeram carros de boi , bondes, trens e metrô de papel machê, associando cada tipo de veículo à história da cidade. cidade. Depois, Depois, percorreram de ônibus as ruas centrais e desenharam mapas da

região para comparar o traçado atual das ruas com o que foi planejado há um século. século. Uma grande quantidade de árvore que valeram a Belo Horizonte o apelido de Cidade Jardim, foi derrubada para dar espaço para os veículos. Junto com Artes, os alunos conheceram hinos e canções populares de Belo Horizonte.

Carro de boi, boi, trem e bonde de papel machê: machê: história dos meios meios de transporte  PCN 1ª a 4ª série -  43

   a    s    e    a    u    u    g    g    n    í   u    t    r    L    o    P    e    l    d    a    a    r    d    i    l   u    t    l    a    r   u    u    l   C    P    a    i    f    a    r    g    o    e    G

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   e    t    n    o    i    e    i    e    b    M    m    A    s   s    i    a    a    i    c   r    u    n    t    ê    i   a    C    N    o    ã    ç   a    c    a    i    c   í    s    u    F    d    E

   e    d    ú    a    S

   o    ã    ç   l    a    a    t   u    x    n    e    e    i   S    r    O    a    i    r    ó    t    s    i    H    a    c    i    t    á    m    e    t    a    M

   e    t    r    A

   a    c    i    t     É

 As práticas do  construtivismo  podem tornar  minhas aulas de  História mais interessantes?

 No construtivismo construtivismo não há fórmulas  prontas. Trabalhe com os fatos do dia-a-dia dos alunos e com as diferentes visões que eles têm dos protagonistas da  História. Os passos seguintes podem ajudar a obter uma aprendizagem mais significativa. * Descubra o que as crianças já sabem sobre o conteúdo a ser introduzido. * Levando em conta a faixa etária dos alunos e o tipo de  problematização que deseja fazer, fazer, escolha escolha material que ponha em dúvida os conhecimentos  prévios deles. Dê ênfase às interações  professor-alunos e alunos-alunos. * Ao planejar os objetivos da aula, tenha claras as  possibilidades reais e  potenciais da classe. * Avalie os resultados obtidos  junto com as crianças: crianças: elas terão mais consciência do  próprio processo de aprendizagem e você verá se é preciso  fazer correções em sua prática de aula. série  e  44 - PCN 1ª a 4ª séri

Trabalhe com eixos ei xos tem átic áticos os

Para substituir o ensino simplificador do passado, que se limitava limitava a transmitir aos alunos alunos a seqüência dos períodos períodos históricos, históricos, a proposta é trabalhar com “eixos temáticos”. Eles são os grandes assuntos do ensino da História para as quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, em torno dos quais podem ser desenvolvidas desenvolvidas várias atividades. atividades. No primeiro ciclo, equivalente equivalente às duas primei primeiras ras séries, séries, o eixo temáti temático co é a História Local e do Cotidiano. No segundo ciclo – a 3a e 4a séries –, –, o eixo é a História História das Organizações Populacionais. O professor mostra uma foto antiga do loca l onde ele e o s alunos vivem vivem .Deve     a identificar lasse o q ue mud ou e     c identificar co m a c lass       i o que foi preservad preservad o. Os c ostumes,o ostumes,o      Duso do espaço,as construções atuais e de então d evem ser ser comp arados. arados.

maneira, maneira, será mais agradáv agradável el aprender aprender com jogos, músicas, músicas, brincadeiras brincadeiras ou gravuras gravuras antigas, antigas, nos quais poderá identificar vestígios de outros tempos que ainda permanecem entre nós. O conhecimento sobre os costumes de outros grupos grupos sociai sociais, s, como como os indí indígen genas, as, revelar revelaráá a existência de diferentes formas de relações sociais. Isso desenvolverá sua capacidade de diferenciar e identificar outros grupos sem classificálos como mais ou menos “evoluídos”. Uma pe squisa quisa mo strará q ue o s a lunos vivem vivem em diferentes diferentes tipo tipo s de morad ia     a (ap artamento, ca sa, ba rrac o). Em que     c       i tipo a ma ioria ioria vive? Formule Formule hipó teses teses      Ddo p orquê de eles morarem em um tipo de residênc residênc ia e não em outro.

Chegando ao segundo ciclo com essas noções básicas, básicas, o aluno estará estará pronto para começar começar a estudar a História das Organizações Populacionais. Aí, será o momento de ele compreender que a História também é feita de intercâmbios humanos, humanos, sociais, econômicos, econômicos, políticos, políticos, culturais culturais e artísticos. artísticos. Essas noções podem ser transmitidas à turma ao estudar a procedência geográfica e cultural de suas famílias e as histórias que aconteceram quando se deslocaram de um lugar para outro. O professor também pode introduzir o estudo dos grupos e classes sociais que lutam ou lutaram lutara m por direitos ao longo do tempo e um apanhado de como foram se constituindo os centros políticos administrativos brasileiros.

Ao propor propor o estudo da História História Local, o professor estará fazendo com que o aluno amplie sua capacidade de observação do mundo que o rodeia e diversifique suas relações. O estudante terá mais facilidade em compreender a História se começar a abordá-la pelo tempo presente. Ele pode ver o mundo de hoje e diferenciá-lo de outros tempos por meio de objetos antigos que são o testemunho de outras formas de vida. Da mesma

C ha h a m e o s a v ó s p a ra d a r a u la la s

E

m muitas escolas ainda se ensina História como se ela existisse apenas nos livros. livros. Mas não no Externato Nossa Senhora do Morumbi,

em São Paulo. “Queremos mostrar que a História foi e é uma coisa viva, feita por gente de carne e osso”, afirma a orientadora pedagógica de Estudos   o    ã   ç   n   e   r   u   o    L   o   v   a    t   s   u    G   s   o    t   o    F

Um bate-papo com os mais velhos: velhos: uma fonte de  pesquisa que não está nos livros 

Sociais da escola, Norma de Oliveira Leite. “Entendendo isso, as crianças d esenvolvem esenvolvem um visão crítica dos fatos.” fatos.” Exatamente para mostrar que a História é real, a escola convida os avós para conversar com a turma de seus netos sobre a época em que tinham a mesma idade dessas crianças. crianças. Além de aumentarem o sabor

As crianças  ficaram  perplexas:  vivia-se sem  geladeiras  elétricas, elétricas, que  só chegaram  nos anos 50 

Os cinemas ficavam  no centro e passavam  filmes seriados. Sala de bairro é  invenção recente 

O qu e se se qu er ensinar nessa etapa de aprendizagem Conforme propõem os PCN nos capítulos dedicados à História, os alunos alunos devem devem desendesenvolver as seguintes habilidades nas quatro séries iniciais do Ensino Fundamental: Ao final do primeiro ciclo, o a luno luno deve ser ser ca pa z de:

comparar comparar aconteciment acontecimentos os no tempo, tempo, tendo como referência os conceitos de anterioridade, posteridad posteridadee e simultaneid simultaneidade; ade; s discernir algumas semelhanças e diferenças sociais, sociais, econômicas econômicas e culturais culturais existentes existentes em seu grupo de convívio escolar e em sua cidade; s reconhecer que algumas situações sociais, econômicas e culturais se transformam e outras permanecem, em seu espaço de convivência; convivência; s caracterizar o modo de vida de uma coletividade indígena, indígena, que vive vive ou viveu na região, distinguin distinguindo do suas dimensões dimensões econômicas econômicas,, sociais, ciais, culturais, culturais, artísticas artísticas e religiosas religiosas;; s estabelecer diferenças entre seu modo de vida e o da comunidade indígena estudada; s identificar alguns documentos históricos e fontes de informações, informações, discernindo suas suas funções. s

A turma queria  saber quem foi  Getúlio Vargas:  um presidente  amado por uns e  odiado por outros 

Linha do tempo:  uma boa estratégia  para apresentar  noções de  cronologia 

Ao final final d o seg seg undo ciclo, o a luno luno deve ser ser ca pa z de:

reconhecer algumas relações sociais, econômicas, políticas e culturais que que sua coletividade estabelece ou estabeleceu com outras localidades, no presente presente ou no passado; passado; s identificar a ascendência e descendência das pessoas que pertencem a sua localidade, quanto quanto a nacionalid nacionalidade, ade, etnia, língua, língua, religião religião e costumes, contextualizando seus deslocamentos deslocamentos e confrontos confrontos culturais culturais e étnicos, étnicos, em diversos diversos momentos históricos nacionais; s

Relac ione o loc loc al de na scimento de seus alunos.Peç alunos.Peç a que pe squisem quisem junto à fam ília lia a s     a razões que a levaram lev aram a muda r.     c       i Pesq esq uise uise em livros livros,, víd víd eo s e revista revista s      D a s rota s mig rató ria ria s no p a ís e no mundo . Com pa re a his história tória relatada elatada por cada um.

distinguir as relações de poder, poder, formais ou de fato, estabelecidas entre sua localidade localidade e os demais demais centros políticos, políticos, econômico econômicoss e cultuculturais, em diferentes diferentes tempos; tempos; s utilizar diversas fontes de informação –  jornais,  jornais, revistas, revistas, noticiário noticiário de TV ou de rádio, rádio, conteúdos na Internet – para o desenvolvimento desenvolvimento da leitura crítica; s valorizar as ações coletivas que tenham repercussão na melhoria das condições de vida das comunidades. s

da disciplina, esses encontros permitem explorar em detalhes até os mais singelos gestos do dia-a-dia e relacionálos com eventos grandiosos do passado. Por exemplo, os alunos ficaram fascinados ao saber que, na década de 40, as crianças de então guardavam os chicletes mastigados para desfrutá-los no dia seguinte. seguinte. “Era a época da Segunda Guerra Mundial”, contou uma das avós. avós. “Não se encontravam chicletes nos bares e a incerteza quanto ao futuro nos fazia economizar.” A turma, claro, quis saber

que guerra foi essa, quando começou, quem ganhou. Meios de transporte, o tamanho das famílias, os artigos de higiene foram alguns dos assuntos abordados. As crianças trabalharam como pesquisadores, observando objetos, entrevistando os participantes dos acontecimentos e produzindo textos informativos. O texto, nesse caso, foi um painel com uma linha do tempo. tempo. Feito com textos, fotos e ilustrações referentes a cada época, o painel teve também a vantagem de reforçar a noção temporal.

 Meus alunos não  gostam de estudar  História. Como  posso motivá-los?

 A primeira providência é tornar a matéria a ser dada significativa  para o aluno. Isso se  faz envolvendo a criança criança no tema, o que lhe permite  participar dessa  História. Todos os assuntos trabalhados em classe devem ter  relação direta ou indireta com questões  presentes no dia-a-dia dos estudantes. Uma enchente na cidade,  por exemplo,  possibilita essa ligação. As crianças  podem ter presenciado as chuvas ou visto no noticiário da TV os estragos causados  por elas. O fato serve de ponto de  partida para uma aula sobre o meio ambiente e o desmatamento ao longo dos séculos. O mesmo acontecimento dá margem ainda a discussões sobre como ocorreu a ocupação do município ou da região onde se vive. Enfim, Enfim, a motivaçã motivaçãoo da turma cresce à medida que o  professor dá vida aos eventos do passado e o aluno os relaciona com os problemas do presente.

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PCN 1ª a 4ª série -  45

   a    s    e    a    u    u    g    g    n    í   u    t    r    L    o    P    e    l    d    a    a    r    d    i    l   u    t    l    a    r   u    u    l   C    P    a    i    f    a    r    g    o    e    G

   s   s    i    a    a    i    c   r    u    n    t    ê    i   a    C    N    o    ã    ç   a    c    a    i    c   í    s    u    F    d    E

   o    ã    ç   l    a    a    t   u    x    n    e    e    i   S    r    O    a    i    r    ó    t    s    i    H    a    c    i    t    á    m    e    t    a    M

   e    t    r    A

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Comece discutindo com os alunos as razões que levaram nosso território a crescer para o interior entre os séculos XVI e XIX.  Dessa forma,  poderá estimulá-los a traçar hipóteses de trabalh trabalhoo e, em seguida, seguida, buscar  buscar  comprová-las pelo estudo do processo de expansão territorial. Será  possível então desenvolver a noção de que o território do Brasil atual constitui uma construção histórica, histórica, cujas marcas podem ser   facilmente identificadas identificadas nas diferenças entre as várias regiões do  país. Esses estudos mostrarão que a busca de mão-deobra indígena indígena,, a  pecuária e a mineração mineração,, entre entre outros exemplos,  foram atividades que expandiram a ocupação  portuguesa para muito além do litoral e dos limites do Tratado de Tordesilhas,  firmado em 1494.

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   e    t    n    o    i    e    i    e    b    M    m    A

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Como fazer para  meus alunos uma  comparação entre  o Brasil colonial e  o de hoje?

série  e  46 - PCN 1ª a 4ª séri

Vo cê p o d e ir ir m ais fu n do em su as au las de d e Hist Histór óriia A proposta proposta dos PCN é que o professor professor,, ao lecionar História nos primeiros anos do Ensino Fundamental, Fundamental, trate de três conceitos conceitos que que estarão presentes em todos os anos de escolaridade: o fato histórico, histórico, o sujeito histórico histórico e o tempo histórico. histórico. Mas atenção: atenção: quando quando o professor repassa ao aluno o estudo produzido por pesquisadores, ele vai vai adaptar adaptar parte desse conheciconhecimento a seus objetivos. objetivos. Nesse Nesse processo, ele vai se utilizar de uma série de representações sociais do mundo mundo e da História. História. Ou seja, estará escolhendo uma concepção de História para transmitir aos alunos. Co nstrui nstruirr linhas linhas do tem po de ixa ixa m ais c lara a suc ess essã o d os ffa a to s histó histó rico s e s uas interaçõ i nteraçõ es. es . Qualquer a spe c to da     a     c       i História pode ser representado assim. transpo po rtes na c idad e      DA mud anç a no s trans em que se vive – as ca rroç rroç as, as, o b ond e, os ônibus – po de ser feita fac ilme ilme nte.

O professor, professor, por exemplo exemplo pode traduzir para o aluno a noção de fato histórico num acontecimento como uma festa cívica ou o ato de um herói. Ou pode ensinar esse mesmo conceito por meio de ações humanas significativas. Dependendo pendendo das escolhas escolhas didáticas, didáticas, pode-se pode-se restringir o fato histórico às atitudes isoladas de um ou outro personagem ou interpretá-lo de maneira mais abrangente, em que estão incluídas as ações que envolveram vários setores da sociedade, sociedade, como criações criações artísticas artísticas,, influência influênciass econômicas, ritos religiosos religiosos ou adesão popular popular a alguma idéia. A guerra de Canudos, Canudos, que ocorreu ocorreu no sertão da Bahia Bahia em 1897, 1897, por exemplo exemplo,, foi sem dúvida dúvida um fato histórico. Ali, 30 000 pessoas morreram, entre soldados e sertanejos. O episódio é interpretado como resultado das lutas entre um imenso grupo de sertanejos conduzidos pelo líder religioso Antônio Conselheiro e as tropas do recém-criado Estado Republicano. Ocorreu isso, sim, mas houve houve mais. mais. Em Canudos encontraram-se vários conflitos da sociedade: lá estavam desempregados pela crise na lavoura canavieira, canavieira, militares que disputavam disputavam o poder com políticos civis e o medo republicano de um levante para restaurar a Monarquia.

Vi a g e m a b o rd o d e u m a c á p su su la la d o t e m p o

Dados sobre as  eleições de 1996  foram guardados. Como estará a  política em 2008? 

  o    ã   ç   n   e   r   u   o    L   o   v   a    t   s   u    G

Alunos e cópias dos objetos guardados na cápsula  c ápsula 

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uem já não pensou em deixar informações sobre o presente para os pesquisadores do futuro? A idéia fascina também também as crianças. No Colégio Madre Iva, em Cotia, na Grande São Paulo, a proposta da professora de História Sonja Antiqueira Magri de construir e encher

A pré-escola  deixou as  marcas de  seus pés e  mãos 

com trabalhos escolares uma “cápsula do tempo” para ser aberta anos depois entusiasmou os alunos. alunos. A intenção era desenvolver a noção de tempo dos estudantes.

“Nessa faixa etária, entender o que é o presente, o passado e o futuro não é simples quanto parece”, explica Sonja. Construída Construída em 1997, a cápsula – um

A 3ª série inventou o   jogo Percurso do Tietê, mostrando a poluição  do rio. rio. Com sorte, sorte, a situação muda  tubo de PVC guardado dentro de uma caixa d’água – só será aberta em 2008, quando o colégio fará trinta anos. As crianças colocaram ali seus planos para quando crescerem, previsões sobre a despoluição do Rio Tietê (que corta São Paulo) e sobre o futuro dos semterra, entre outros documentos.

O t e m p o co co rr rr e e m ve velloc ociidades diferentes Os conceitos de sujeito histórico e tempo histórico também podem ser tratados de maneira tradicional ou inovadora. Sujeitos históricos são personagens como como Tiradentes, Tiradentes, Getúlio Vargas, argas, Bill Bill Clint Clinton, on, reis, reis, soldad soldados, os, escraescravos, vos, patrões patrões ou trabalhadores trabalhadores que foram funfundamentais em determinado tempo histórico para o desenrolar de um fato histórico. O professor não deve limitar-se a ensinar aos a os alunos os nomes nomes e feitos feitos de de personali personalidades, dades, mas mostrá-las no contexto em que sua ação ganhou significado. Da mesma forma que a HisPara ilustrar ilustrar a noç ã o d e p assad assad o, presente presente e futuro, o p rofess ofessor po de esentar grafi grafica ca mente o anda r do     a ap resentar     c tempo . P or exemp ex emp lo, num c alendário alendário       i relac ione as ativida ativida de s do s      Dque relac alunos,rep resenta resenta d as c om d esenho esenho s, c om as horas em que sã o feitas.

tória não deve ser entendida como resultado da vontade de alguns indivíduos “iluminados”, o professor professor não pode pode passar a idéia idéia de que a seqüência dos conhecimentos é compartilhada por toda a humanidade num mesmo percurso ao longo do tempo cronológico. Cada nação, povo ou comunidade vive vive o próprio tempo histórico. O aluno deve compreender que alguns fatos históricos históricos têm curta duração, duração, ao passo que que outros levam décadas (às vezes séculos) para se consumar. Um bom exemplo para ilustrar tal informação é a Independência do Brasil e os vários planos pelos quais ela pode ser compreendida. Na esfera política, a Independência Independência representou uma mudança de governo, governo, que foi formalizada no dia 7 de setembro de 1822. No nível econômic econômico, o, no entanto, entanto, as mudan mudanças ças demoraram um pouco pouco mais, já que a necessidade necessidade de rompimento com a dominação portuguesa vinha se manifestando desde 1808. No entanto, no plano plano das relações relações de de produção produção,, a Independência não trouxe alterações significativas. Nas relações relações trabalhistas, trabalhistas, a escravidão escravidão ainda duraria 66 anos, anos, até a assinatura da Lei Áurea.

O p a ssa d o vir vira no tíc i a em um a TV c o l o nia ni a l

C

om ar grave, o apresentador levanta os olhos do papel, encara a câmara e diz: “Ontem à noite, noite, o imperador dom Pedro I radicalizou e fechou a Assembléia Constituint Constituinte”. e”. No quadro seguinte, um comentarista econômico, pessimista com a situação nacional, lamenta a queda dos preços do

açúcar e do algodão e os gastos com a Guerra Cisplatina. Cisplatina. As câmaras câmaras são de papelão. papelão. Os apresentadores, alunos da Escola Castro Alves, em Cariacica Cariacica (ES). As notícias saíram das pesquisas feitas na biblioteca biblioteca da escola. No ar, a “História Legal”, projeto da professora Edna Mendes Tavares. A idéia é pedir aos alunos que transformem

Alunos da Castro Alves pesquisam na biblioteca da  escola: matéria-prima para telejornal  telejornal 

o conteúdo ensinado em classe em notícias apresentadas sob a forma de um telejornal. “Os alunos se sentiram motivados e a atenção e a assimilação dobraram”, garante a professora Edna, que levou as crianças à sede de alguns jornais locais, para estudar técnicas de redação. Os estudantes prepararam o texto, o cenário e, depois de pesquisar, criaram o figurino da

“Dom Pedro I”  dá uma  entrevista ao  vivo: vivo: indecisão  indecisão  entre Portugal  e o Brasil 

época, mesmo que fosse um simples chapéu usado por “dom Pedro Pedro I” na entrevista ao vivo em que admitia estar “dividido” “dividido” entre manter-se leal a Portugal ou lutar pela independência brasileira.

Como trabalhar a localização dos  fatos da História do  Brasil colonial na linha do tempo?

O mais importante na hora de montar a linha do tempo é selecionar  os eventos a ser  mencionados. Não é   produtivo fazer a cronologia de todos os acontecimentos importantes do  período. O critério de escolha deve ser  definido pelo tema a ser desenvolvido em sala pelo professor.  Além  Além disso, disso, os episódios destacados na linha do tempo devem ter um significado para o aluno. Se o tema das aulas for, for, por exemplo, exemplo, a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, uma notícia sobre o  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra Terra pode dar à criança o sentido que a envolverá nas aulas.  Na linha do tempo, relacione a chegada de Martin Afonso de Souza ao país e outros  fatos que mostrem como o governo  português dividiu o território. Um exercício desse tipo deixa claro  para os estudantes que o Brasil, Brasil, desde quando quando era colônia, colônia, tinha nos nos latifúndios sua  principal forma de ocupação.

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  a   r    i   e    i    V    l   e   u   m   a    S   s   o    t   o    F

PCN 1ª a 4ª série -  47

   a    s    e    a    u    u    g    g    n    í   u    t    r    L    o    P    e    l    d    a    a    r    d    i    l   u    t    l    a    r   u    u    l   C    P    a    i    f    a    r    g    o    e    G

   s   s    i    a    a    i    c   r    u    n    t    ê    i   a    C    N    o    ã    ç   a    c    a    i    c   í    s    u    F    d    E

   o    ã    ç   l    a    a    t   u    x    n    e    e    i   S    r    O    a    i    r    ó    t    s    i    H    a    c    i    t    á    m    e    t    a    M

   e    t    r    A

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 A expressão surgiu no século século XVIII, XVIII, em  Minas Gerais. Sua origem tem relação com uma prática usada para sonegar  os impostos cobrados pelo rei de Portugal, que eram elevadíssimos durante o apogeu da mineração. Para escapar do tributo, os donos de minas e os grandes senhores de terras da colônia colocavam parte de suas riquezas no interior de imagens ocas de santos,  feitas de madeira.  Algumas delas, normalmente as maiores maiores,, eram enviadas a parentes de outras províncias e até de Portugal, como se fossem  presentes inocentes. Por isso, essas essas imagens acabaram conhecidas como “santos do pau oco”. Esse estratagema aproveitava a religiosidade  profunda existente na época e o costume dos mais ricos de manter em casa altares com os santos de sua devoção.

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   e    t    n    o    i    e    i    e    b    M    m    A

   e    d    ú    a    S

Como posso explicar a meus  alunos a origem da expressão “santo  do pau oco”?

série  e  48 - PCN 1ª a 4ª séri

Valorize os conhecimentos de seu seu s al alu u n os A História é uma das disciplinas que apresentam maiores possibilidades de criar situações pedagógicas para que o aluno desenvolva suas capacidades intelectuais autônomas e se transforme num observador observador atento atento da realidade, realidade, capaz de estabelecer estabelecer relações, comparações comparações e chegar a conclusões sobre o tempo e o espaço em que vive. vive. Principalmente Principalmente porque, dentro das novas concepções, concepções, ela é matéria viva e deve deve desenvolver um método específico de comunicação com os estudantes. O professor pode facilitar o processo de aprendizagem utilizando materiais como relatos tos orai orais, s, imag imagen ens, s, obje objeto tos, s, danç danças as,, mú músi sica cas, s, narra narrati tivvas, as, cart cartas as,, mito mitos, s, lend lendas as,, cons constr truç uçõe õess arquitetôn arquitetônicas, icas, utensílio utensílios, s, vestime vestimentas ntas e quaisquaisquer outros itens que possam se transformar em instrumento de construção de conhecimento. Ao mesmo tempo, tempo, o aluno terá mais mais facili-

dade em compreender a História se o professor partir dos problemas problemas locais, em que ele está inserido serido (como a escola, escola, sua família, família, vizinhos vizinhos ou amigos), fazendo a relação destes com com situações regio regionais nais,, nacionai nacionaiss e mundiais. mundiais. Por Por exemplo: exemplo: a criança poderá poderá aprender aprender sobre temas que estão sendo discutidos na sociedade por meio de debates, leitura e identificação dos dos problemas de seu bairro. Com Com certeza, ela saberá propor soluções. Para que essa dinâmica tenha o maior aproveitamento veitamento possível, possível, recomenda-se recomenda-se que o professor valorize valorize os os conhecimentos conhecimentos,, hipóteses hipóteses e modos de explicar que os alunos já possuem. EsEs ses dados devem ser tomados como ponto de partida para desenvolver estratégias que permitam ampliar o repertório inicial. Também é proveitoso que se selecione material de fontes diferentes, mostrando mostrando ao aluno a diversidade de opiniões que pode existir sobre o mesmo assunto. Como fechamento fechamento da atividade, atividade, o professor popode propor que o tema estudado seja transformado em um produ produto to cultural cultural,, que poderá poderá ser, ser, entre outros, outros, livros, livros, mural, mural, exposi exposição ção de desenhos desenhos,, teatro, mapa ou quadro quadro cronológico. cronológico.

Mod a p od e a j uda r a e nt ntender ender o p a ssa d o época. épo ca. Na atividade sugerida pelas professoras Denise Subtil e Denise Cruz da Silva, as crianças pesquisam em revistas, fotografias, discos e entrevistas com parentes as    l mudanças na   a   v   a   n   r moda brasileira   a    C   o    l e as relacionam   e   c   r   a com os fatos que    M   s   o    t marcaram o país   o    F Painel coletivo: trabalho para  para  nas últimas quatro décadas. retratar a evolução da moda  Elas pesquisam e fazem modelos de roupa s alunos da 3ª de papel e organizam série da Escola um “desfile” “desfile” com Municipal Professor músicas da época. Augusto Cony, no Rio de Os estudantes Janeiro, estudam as desenvolvem o espírito transformações da de pesquisa e exercitam história contemporânea a capacidade de brasileira observando o contextualizar os fatos. vaivém da moda de

Anos 60, época política  turbulent turbulenta: a: a  moda retrata a  inquietação jovem 

Anos 70:  roupas informais  com influência  hippie e da  mística indiana 

Anos 80:  ainda há ecos da  década anterior, anterior, mas o vestuário  é mais social 

Anos 90: para  os alunos, alunos, na era  da diversidade  toda roupa é  bem-vinda 

O

alunos que façam uma pesquisa prévia sobre o lugar que vão vão visitar, visitar, organiza organizarr junto com as crianças crianças um roteiro roteiro do passeio, passeio, um mapa do do local e a divisão de tarefas. Também é interessante que converse com a turma sobre a importância daquele patrimônio ambiental, histór histórico ico,, cultur cultural al ou arqueoló arqueológic gico, o, decidi decidindo ndo em conjunto as condutas que não interferem no local, que pertence a toda toda a humanidade e não a um grupo específico de pessoas. Também é important importantee que, depois depois de realizada a atividade, atividade, o professor faça faça propostas

Visitas e excursões tamb ém aj ajud ud am o aprendizado A obrigatoriedade de saber a lição de cor foi definitivamente superada em favor de atividades mais significativas e estimulantes, tanto para os alunos quanto para o professor. Visitas Visitas a museus, exposições, cidades históricas e pesquisas no bairro põem o estudante diante de situações que permitem seu contato com tipos diferentes de informação e a possibilidade de interagir interagir com com essa diversidade, diversidade, para que que chegue às próprias conclusões. Recomenda-se que o professor desenvolva algumas atividades antes da realização da visita, visita, para que que a classe classe obtenha obtenha o maior maior provei proveito. to. Ele pode, pode, por exemp exemplo, lo, pedir pedir aos aos

Qual é a forma  correta de fazer  a divisão dos  séculos? Qual será  o último ano do  século XX?

O modo usual é   fazermos a divisão de 100 em 100 anos (de 1 a 100): 100): o século século I  Ante s de levar sua sua turma a um começa no ano 1 e lugar histórico histórico , visite visite o loc al     a esco lhid termina no ano 100. lhid o. Ass Assim será p oss ossível fa zer     c       i um roteir roteiro o de a co rdo c om os Contamos a partir       D assuntos assuntos que estã estã o send send o e stud ad os do nascimento de e torna r a visita visita m ais proveitosa. proveitosa.  Jesus Cristo. O para que os alunos organizem as informações. século II se inicia Dê preferência a trabalhos que possam ser em 101 e finda no Co rres rrespo po nd er-s er-se e c om outros pa íses compartilhados com outras pessoas. Por ano 200 e assim po de mo strar trar a os alunos que fatos exemplo, que tal reunir outros grupos grupos da própria sucessivamente. histó histó rico s sã o visto visto s c om olho s escola ou familiares, para que os alunos alunos contem  Algumas pessoas diferentes.. A troca de c artas entre     a diferentes     c estud es tud a ntes brasil bras ileir eiros os da c ida de d e como foi o passeio e o que aprenderam? Vale a cometem o engano       i S a ntos (S P ) e de P ortuga l,p or exem plo, pena verificar se há condições para uma      D de começar a mo strou que o e nsino nsino d a His História no atividade como essa. contagem dos pa ís europ europ eu po uco fala fala d o tráfico tráfico de escravos no Brasil colônia. séculos por um hipotético ano zero. É um equív equívoco, oco, pois nunca existiu ano Músi Músi c a , l et etrra e d a nç a , a Hi stó r i a no ri tm o ra p  zero. Ao contrário Meninos de Rua : Tirando partido disso, escolares. escolares. O trabalho rande parte do que muita gente começou com aulas “(...) no Império era G dos moradores a professora Valéria também também pensa, pensa, o Guedes, da Escola da expositivas e a seguir diferente, todos os de Ceilândia, cidadeúltimo ano do Fundação Bradesco, foram feitos debates em menores viviam satélite de Brasília, século XX será o em Ceilândia, sugeriu sala e pesquisa em contentes, eles viviam é pobre e se identifica ano 2000. Somente com o rap, música de a seus alunos que textos paradidáticos. com seus pais e transformassem em Finalmente, iniciou-se a moravam em fazendas origem americana com no dia 1o de janeiro raps alguns conteúdos composição das legais (...)”. (...)”. As músicas letra de protesto social. de 2001 é que músicas. Temas como o foram apresentadas entraremos de fato Primeiro Reinado (1822para toda a escola, e no século XXI. 1831) ou a Escravidão aclamada uma campeã.  Isso quer dizer  foram desenvolvidos. Este trecho do rap De Volta ao Passado, Mas o melhor é que os que só vamos alunos relacionaram dedicado ao reinado  poder comemorar  assuntos atuais com o de dom Pedro I, parece a chegada do novo passado. passado. Como no rap mostrar que os objetivos século e o início do de Valéria foram terceiro milênio na atingidos: atingidos: “(...) o que nós devemos fazer é  passagem de estudar o passado e 31 de dezembro aprender, para modificar de 2000 para a nossa realidade, Alunos de Ceilândia apresentam um dos  1o de janeiro e saber de tudo seus raps: críticas a questões sociais, como a dos menores abandonados  de 2001. sobre a verdade”.    l   a   v   a   n   r   a    C   o    l   e   c   r   a    M   s   o    t   o    F

?

PCN 1ª a 4ª série -  49

   e    l    d    a    a    r    d    i    l   u    t    l    a    r   u    u    l   C    P    a    i    f    a    r    g    o    e    G

   e    t    n    o    i    e    i    e    b    M    m    A    s   s    i    a    a    i    c   r    u    n    t    ê    i   a    C    N    o    ã    ç   a    c    a    i    c   í    s    u    F    d    E

   e    d    ú    a    S

   o    ã    ç   l    a    a    t   u    x    n    e    e    i   S    r    O    a    i    r    ó    t    s    i    H    a    c    i    t    á    m    e    t    a    M

   e    t    r    A

   a    c    i    t     É

 Por que a Guerra  dos Cem Anos  recebeu esse nome,  se ela, ela, na verdade verdade,,  não teve essa  duração?

?

   a    s    e    a    u    u    g    g    n    í   u    t    r    L    o    P

É ver verdade dade:: a Guerra dos Cem  Anos foi um conflito entre a nobreza  feudal da França e a da Inglaterra pelo trono francês.  Naquele período, não existia sequer  a idéia de nacionalidade. Os países eram conjuntos de feudos. O rei da Inglaterra,  por exemplo exemplo,, tinha tinha  feudos na França. O conflito iniciouse em 1337 e se estendeu até 1453.  Durou,  Durou, portanto, portanto, 116 ano anos, s, com  períodos de trégua e de luta. Foram os  primeiros manuais didático lançados no século século XIX, que divulgaram a idéia de um século de confronto, confronto, com o intuito de facilitar a compreensão dos estudantes. Para saber mais sobre o assunto, assunto, consulte consulte os os livros História Medieval, de  Jacques Heers,  Difel/Edu  Difel/Edusp, sp, São Paulo, aulo, e História da Idade Média, de C. W. Previtéorton,  Martins Fontes,  Lisboa. série  e  50 - PCN 1ª a 4ª séri

O te te m po p ode abarc ab arcar ar m ú lti tiplas plas concepções O tempo é um dos conceitos mais difíceis de ser entendidos no no estudo de História, pois pode indicar uma cronologia, a marcação de um peperíodo de duração ou o ritmo de organização de determinada comunidade, comunidade, por exemplo. exemplo. Mas Mas é importante dar atenção especial a sua compreensão nessa fase do ensino, ensino, porque ele é um poderoso auxiliar para que o aluno se torne capaz de sair do campo do raciocínio concreto para pensar reflexivamente. reflexivamente. De acordo com os PCN, não deve existir existir uma preocupação em ensinar formalmente aos alunos essas noções. Isso pode ser feito por meio de atividade vidadess que vão difere diferenci nciand ando, o, aos pouco poucos, s, os diversos conceitos e possibilitando a compreensão da complexidade do tempo. Por exemplo: criar rotinas rotinas de atividades atividades,, organizando organizando-as -as em quadros quadros de horários, e agendas é uma boa idéia idéia de atividade que possibilita ao aluno organizar-se de modo autônomo em relação aos acontecimentos da escola. Também é interessante fazer o re-

gistro dos dos dias da da semana, semana, do mês e do ano, ano, chamando a atenção atenção para datas como feriados, feriados, aniversários e festas, relacionando-os com acontecimentos do passado e do presente. Salientar a repetição dos fenômenos naturais como o dia e a noite e as mudanças nas fases da Lua também é útil para estudar o assunto. Não d eixe eixe d e falar da história história d e s sua ua r egião me s mo q ue ela pareça não ter     a     c tido pa pe l relev relevante ante nos eventos       i tido nac ionais.T ionais .Tod od a mud anç a his históric tóric a      D traz reflexos no cotidiano das pessoas.

Outra boa idéia é fazer a comparação entre a rotina de trabalho dos camponeses e a da produção em uma uma fábrica. Com esse exercício, os alunos poderão perceber que o tempo também pode ser um ritmo de organização das sociedades, ordenando as ações individuais individuais e coletivas. coletivas. Para chamar a atenção sobre o tempo histórico, rico, por exemp exemplo, lo, é sempr sempree bom bom confro confronta ntarr acontecimentos do presente com os de outras épocas. Além disso, os alunos podem se diverdivertir identificando nos assuntos que estão estudando aqueles aqueles que são de curta, média ou lonlonga duração.

Pe g a n d o c o n c e it i to s c o m a m ã o A professora  Priscila e o  painel de  fotos: fotos: rostos  rostos  diferentes, mas com  grande  semelhança 

A

lguns conceitos de História parecem abstratos demais e difíceis de explicar aos alunos mais novos. novos. A professora professora Priscila Crantschaninov, do Centro Educacional e Cultural Vivência, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, usa retalhos de papel e fotos para ilustrar noções como a de diversidade cultural. “Como as crianças ainda

estão numa fase de raciocínio muito concreto, concreto, procurei um material que facilitasse facilitasse sua passagem para um nível mais alto de abstração”, explica Priscila. A atividade começa com a professora montando um cartaz com fotos de vários tipos humanos: brancos, negros, índios, orientais, famosos, pobres... O que eles têm em comum? São

brasileiros, conclui a turma. Mas são todos todos iguais? Novo debate, e a resposta é “não”, mas não podemos tratar tais diferenças com preconceito. Em seguida, Priscila distribui vários tipos de papel: lixa, papel papel de seda, jornal, cartolina, crepom.

Em grupos, os alunos manuseiam o material. Qual o papel mais importante? Cada um acha que é o dele. No final, concordam que não há como responder a essa questão. “Cada variedade é única e, muitas vezes, insubstituível na sua característica”, concluem.   o   r    i   e   n   r   a    C   o    d   r   a   n   o   e    L   s   o    t   o    F

Crianças manuseiam vários tipos de papel:  analogia com raças e culturas 

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