Patologia das Instalações Elétricas

June 5, 2019 | Author: Carlos Hernandez | Category: Electrical Wiring, Electrical Network, Incandescent Light Bulb, Electricity, Power (Physics)
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CÂMARA DE ARQUI TETOS E CONSULTORES CONSULTORES

PATOLOGI PATOLOGI A DA S I NSTALAÇÕE NSTALAÇÕES ELÉ ELÉTRI TRI CAS 

Eng. Milton Gomes 08/2003

ÍNDICE GERAL 1.

INTRODUÇÃO

2.

PRELIMINARES

2.1 2.2

Noções básicas - Corrente , Tensão, Potência Normas

3.

PATOLOGIA

3.1 3.2

Origem das Patologias Roteiro Básico

4.

TÓPICOS PRINCIPAIS

4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.9 4.10 4.11 4.12 4.13

Entrada de Energia Elétrica Desvio de Prumadas. Caixas de Passagem Quadros de Luz . Administração Casa de Bombas. Recalque. Águas Servidas Casa de Máquinas Proteção Atmosférica. Aterramento Iluminação de Emergência Quadros de Distribuição internos às unidades Portões Elétricos Telefonia TV a cabo. CFTV. Alarmes Acréscimos de carga Documentação

5.

ASPECTOS PRÁTICOS Bibliografia

2

1.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste curso, é apresentar aos participantes, informações básicas de ordem prática sobre Patologia de Construções relativas a Instalações Elétricas em edificações visando o estudo dos defeitos dos materiais, componentes e outros elementos, diagnosticando suas causas, suas formas de manifestação e medidas de prevenção e recuperação. 2.

PRELIMINARES

2.1

Noções Básicas - Corrente, Tensão, Potência Corrente elétrica é o movimento ordenado dos elétrons livres nos fios. Sua unidade de medida é o ampére ( A ) Tensão é a força que impulsiona os elétrons livres nos fios. Sua unidade de medida é o volt ( V ) Potência elétrica é o resultado do produto da ação da tensão e da corrente. Sua unidade é o volt ampére ( VA ) . Esta potência é denominada Potência Aparente A potência aparente é composta por duas parcelas : . Potência Ativa. Sua unidade é o watt ( W ) É transformada em : potência mecânica, potência térmica, potência luminosa. . Potência Reativa. Sua unidade é o volt ampére reativo ( Var ) É transformada em campo magnético (motores, transformadores, reatores).

2.2

Normas NBR - 5674/99 - Manutenção de edificações - Procedimentos NBR - 14037/98 - Manual de operação , uso e manutenção das edificações. Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação. NBR - 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão NBR - 5419 - Proteção de Estruturas contra descargas atmosféricas NTU - 01/2000 - Fornecimento de Energia Elétrica em tensão secundária a edificações individuais 3

LIG/2000 - Fornecimento de Energia Elétrica em tensão secundária de distribuição

Fora das áreas contempladas pelas normas NTU - 01/2000 e LIG/2000, que abrangem a capital e diversos municípios do estado de São Paulo, deve-se evidentemente conhecer outras, quando as construções pertencerem a outros municípios e estados. 3.

PATOLOGIA

A patologia das construções segundo Ercio Thomaz é a ‘ciência “que procura, de forma metodizada, estudar os defeitos dos materiais, dos componentes, dos elementos ou da edificação como um todo, diagnosticando suas causas e estabelecendo seus mecanismos de evolução, formas de manifestação, medidas de prevenção e recuperação. 3.1

Origem das patologias As causas das patologias podem ser classificadas em : Fatores externos, ou exógenos Causas decorrentes provocadas por fatores produzidos por terceiros em ações voluntárias ou involuntárias, não previstos quando da execução da obra, tais como : a) Surtos de tensão e corrente nas redes elétricas de energia b) Abalroamento de postes c) Curto circuitos Fatores internos, ou endógenos Causas decorrentes de fatores inerentes à própria edificação, tais como : a) Falhas no projeto elétrico b) Falhas na execução das instalações elétricas c) Falhas de utilização ( sobrecarga, acréscimos de novos aparelhos, outras utilizações ) d) Esgotamento da vida útil de aparelhos, equipamentos, cabos ( cabos geralmente em torno de 30 a 40 anos). Fatores da natureza Causas que podem ser previstas ou não, podem ser evitadas ou não, tais como : a) Ações de ventos e chuvas anormais b) Inundações provocadas por chuvas anormais c) Pragas urbanas ( cupins ) 4

d) Aves, animais ( pombos, ratos, morcegos )

3.2

Roteiro Básico O roteiro básico de conduta e diagnóstico pode ser descrito como: a) Vistoria com levantamento de dados, procurando identificar as falhas. b) Informações a respeito do princípio e a evolução das falhas c) Exames complementares quando necessários ( testes, medições ) d) Pesquisa com formulação de perguntas, coleta de elementos amostrais, lista de verificações. e) Diagnóstico - origens, causas, ocorrência f) Prognóstico g) Condutas h) Terapias i) Execução

4.

TÓPI COS PRI NCIPA IS

Os tópicos descritos abaixo deverão ser observados e passíveis de sofrerem falhas. 4.1

Entrada de Energia a) Postes de aço e concreto. Colunas. Fachada b) Caixas seccionadoras de entrada c) Caixas de distribuição d) Caixas de proteção e manobras e) Caixas da administração f) Caixas de medição g) Cabinas de barramento h) Proteção. Chaves. Fusíveis. Disjuntores i) Ramais de entrada. Cabos. Eletrodutos  j) Alimentadores principais k) Ramais Secundários l) Alimentadores das unidades de consumo

4.2

Desvio de P rumadas. Caixas de P assagem a) Eletrodutos. Bandejas. Calhas. Espaços b) Primeira caixa. Outras intermediárias

4.3

Quadros de Luz. Administração a) Iluminação e tomadas. Sub-Solos. Térreo. Escadarias 5

b) Iluminação e tomadas de jardim c) Iluminação e tomadas. Piscina. Saunas. Quadras esportivas d) Minuterias. Sensores

4.4

Casa de Bombas. Recalque. Águas Servidas a) Quadros de força e comando b) Bóias. Circuitos c) Locais, estado

4.5

Casa de Máquinas a) Quadro de força b) Local, estado

4.6

Pr oteção Atmosférica. Aterramento a) Tipo de proteção : Franklin. Faraday. Misto b) Número de descidas. Anéis. Captores. Terminais aéreos c) Caixas de inspeção. Aterramento

4.7

Iluminação de Emergência a) Geradores b) Central de baterias. Carregador c) Unidades autônomas d) Testes

4.8

Quadros de Distribuição internos às unidades a) Tipo de proteção b) Circuitos c) Identificação

4.9

Portões Elétricos a) Circuitos. Motores. Comando : manual e remoto

4.10 Telefonia a) Centrais de telefone e interfone b) Quadros de Entrada - DG. Quadros secundários 4.11 TV a cabo. CFTV . Alarm es a) Cabos. Caixas. Fontes de alimentação 4.12 Acréscimos de carga 6

a) Ar condicionado, fornos elétricos, micro ondas, máquinas de secar roupas, computadores, saunas, chuveiros elétricos de grande potência e outros aparelhos.

4.13 Documentação a) Plantas. Desenhos. Diagramas b) Contas de energia elétrica. Administração. Unidades c) Livros de sugestões e/ou reclamações d) Estimativas de consumo de energia elétrica - kWh e) Racionalização de energia. Medidas. 5.

ASP ECTOS P RÁT ICOS

As principais ocorrências verificadas junto às instalações são os incêndios e os choques elétricos. Com frequências significativas as causas de incêndio se originam de curto circuitos cujas causas, dentre outras são : . desequilíbrio de cargas entre ramais . proteções inadequadas . execução inadequada das instalações . mau estado de conservação . aumento de carga sem supervisão técnica . abuso de aparelhos eletro-eletrônicos . modificações das características iniciais dos projetos . falta de manutenção Evidências , falhas mais comuns e causas em edificações : 5.1

Interrupção de energia em entrada primária ( transformador) e entrada em baixa tensão Presença de galhos de árvores próximos aos jumpers de alta tensão, defeito na rede, queda de ráios, outros, queima do elo fusível da chave. Crescimento de trepadeiras nas colunas de entrada Providências : a) Poda dos galhos. b) Chamar a concessionária

5.2

Aquecimen to nos cabos, chaves, disjuntores, fusíveis Sobrecargas, mau contato, desbalanceamento, excesso de fios ou cabos no eletroduto, defeitos na isolação, subdimensionamento, azinhavre, oxidação entre conexões dos cabos com os terminais das chaves ou disjuntores, umidade. Providências : a) redimensionamento 7

b) reaperto nos contatos ( conexões ), limpeza nos mesmos. c) novos circuitos em novos eletrodutos d) substituição de componentes e) não utilizar ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada. 5.3

Condutores com a isolação deteriorada (ressecada, cor alterada) Sobrecorrentes, vida útil diminuída, exposição prolongada ao sol, radiações térmicas produzidas por equipamentos, ou temperaturas altas de fios e cabos, dissipação do calor comprometida. Providências : a) redimensionamento de circuitos e ocupação b) proteção contra o calor e radiações c) substituir a fiação

5.4

Ruídos anormais nas instalações conexões soltas, mau contatos, defeitos em equipamentos Providências : a) reaperto nas conexões, limpeza nos contatos b) substituição de equipamentos

5.5

Caixas seccionadora ou de distribuição externas comprometidas Infiltração de água pelas paredes, ou entre paredes, fundos de madeira apodrecido devido umidade, infestação de cupins provocando deslocamento dos barramentos e chaves seccionadoras, ferrugem nas tampas e fundos. Providências : a) Refazer alvenaria, e ou reparos com vedação b) Substituir fundos de madeira por outro com tratamento c) Raspar, lixar e pintar as chapas quando possível, caso contrário substituir a caixa.

5.6

Centro de Medição comprometido Dificuldade para entrada e manobras devido a materiais depositados. Falta de extintor (Classe C) específico para instalações elétricas. Fundos das caixas com cupim. Fixação entre cabos e barramentos com folga. Violação nos transformadores de corrente ( medição da administração ).Caixas de medição sem plaquetas de identificação dos consumidores, vidros quebrados ou faltantes, falta de aterramenmto, sinais de cabos deteriorados( ligação dos medidores). Caixas de bases com dispositivos de proteção de capacidades diversas. Caixa da administração sem identificação dos circuitos e com barramentos vivos sem proteção. Bases de chaves com sinais de vasamento da isolação. Sinais de queima em contatos de disjuntores e chaves. Fuga de corrente em bases de chaves. Disjuntores fixados com “máscaras”( perigo de curto). Providências : 8

a) retirar materiais estranhos ao local b) substituição de fundos de madeira com outra tratada c) verificar carga dos apartamentos d) tampa de proteção contra contatos “vivos “ e) substituir a fixação dos disjuntores tipo máscara por outro tipo trilho f) substituir chaves com comprometimento nas fixações . 5.7

Desvio de Pr umadas e Caixas de P assagem com falhas Desvio de prumadas com cabos com emendas ressecadas. Cabos desalinhados e mau acomodados devido a passagem de novos. Aquecimemto anormal.Prumadas novas passadas por fora. Emendas nas caixas de passagem com fitas ressecadas. Materiais depositados dentro das caixas.Aquecimento. Providências : a) Verificar se houve aumento de carga b) Realinhar os cabos , agrupa-los de modo correto c) Substituir fitas ressecadas por novas

5.8

Quadros de Luz da Administração com dificuldade para manobras ,testes se necessário, ou interrupção de circuitos em emergência Local obstruído. Tampas externas com cadeado. Falta de identificação dos circuitos. Providências : a) Desobstrução dos locais b) Tampas sem cadeado c) Identificar os circuitos de iluminação, de tomadas de uso geral e de uso específico

5.9

Casa de Bombas com falhas ( recalque , águas servidas ) Materiais depositados no local ( jornais, escadas, sacos de cimento, sacos de areia, entulho, latas com restos de tinta, pneus,e outros). Fiação aparente solta. Eletrodutos não adequados. Ferrugem nas caixas de força.Iluminação deficiente Falta de aterramento nas carcaças. Providências : a) Limpeza no local com a retirada dos materiais estranhos. b) Tubular fiação aparente em eletrodutos rígidos c) Adequar a iluminação d) Limpeza e pintura nas caixas, ou substituição e) Identificar circuitos . Aterramento

5.10 Casa de Máquinas com falhas ( elevadores ) Quadro sem identificação de circuitos . Falta de aterramento.

9

Falta de extintores para uso em eletricidade. Iluminação inadequada. Local aberto possibilitando a entrada de animais , insetos ou aves. Conexões entre cabos e chaves com folga. Providências : a) Identificar circuitos. Fechar o local. b) Reaperto nas conexões. Aterrar carcaças. c) Adequar a iluminação. Providenciar extintor. 5.11 Proteção Atmosférica com falhas Captor da hasteFranklin com corrosão ou solto. Anéis de cobre soltos, sem fixação. Número insuficiente de descidas. Falta de aterramento entre o sistema e partes metálicas ( antenas de TV, luz de obstáculo, ferragens diversas). Captores aéreos soltos. Soldas exotérmicas comprometidas. Cabos comprometidos devido a descargas atmosféricas. Providências : a) Revisar o sistema com reapertos nas conexões. b) Refazer conexões ou soldas. c) Aterrar carcaças d) Adequar número de descidas com normas vigentes 5.12 Iluminação de Emergência com falhas a) Gerador : Local obstruído com materiais e objetos estranhos.

Ruídos anormais na tubulação de escape e silenciador. Painel de transferência com depósito de pós. Baterias com os bornes oxidados. Falta de plano de manutenção e testes .Iluminação insuficiente no local. b) Central Única. Local sem ventilação e iluminação insuficiente. Baterias com bornes oxidados. Carregador com defeito. Falta de testes. c) Unidades autônomas : Vida útil curta devido equipamemto ser de baixa qualidade. Número insuficiente nas garagens. Falta de testes de carga e descarga. 5.13 Telefonia com falhas Quadro de entrada ( DG) com cupins. Blocos terminais e os pares de telefone desalinhados, identificação mau feita. Ocupação da caixa com cabos de TV, elétrica. Nas caixas intermediárias dos andares idem. Providências : a) Limpeza interna. Substituir fundos das caixas quando comprometidas por cupins. Refazer instalação de blocos com identificação correta e visível. b) Progamar, projetar e executar novos caminhamentos para os sistemas de TV a cabo e outros. 5.14 Portões elétricos e CFTV com falhas Quadros improvisados dentro de guaritas. Fiação solta e aparente, Proteção dos motores contra intempéries mau executada. Interligação dos cabos com os motores, sem proteção mecânica ( eletrodutos apropriados ) 10

Providências : a) Refazer quadros ou novos em locais adequados. b) Tubular fiação externa em eletrodutos apropriados para uso externo

5.15 Quadros de d istribuição internos às un idades de consumo com dificuldade para ligar e desligar circuitos, e falhas Local obstruído com quadros, geladeiras, móveis. Circuitos não identificados. Barra de neutro com as conexões entre os cabos ou fios com folga. Disjuntores inadequados com a carga. Falta de aterramento. Providências : a) Desobstruir o local com a retirada dos objetos b) Identificar os circuitos de iluminação, tomadas e aparelhos c) Compatibilizar com a carga dos circuitos ( ou aparelhos os dispositivos de proteção ) d) Estudos para aterramento geral pelas prumadas 5.16 Caixas eletrodutos e quadros instalados com falhas Instalação de quadros e caixas de tomadas e interruptores em cotas diferentes das utilizadas. Caixas chumbadas nos tetos e paredes não alinhadas com a superfície, também fora do esquadro e fora do nível. Eletrodutos com curvas pequenas, com danos ( trincas ) durante a instalação e introduzidos em aberturas sem proteção. Providências : a) Modificações , quando em alguma eventual reforma. 5.17 Tomadas e interruptores com aquecimento e falhas Sobrecarga nos circuitos .Equipamemtos com potência não compatível com capacidade da tomada. Contatos fixos sem pressão. Contatos entre materiais diferentes ( cobre com alumínio). Componentes com defeitos de fabricação. Componentes de baixa qualidade. Isolamento. Providências : a) Redimensionar o circuito, aumentando tomadas. b) Não utilizar tomadas tipo “benjamins “ c) Testes de tensão e continuidade

o número de interruptores e

5.18 Ocorrência de subtensão ou sobretensão Oscilações provenientes da rede pública externa. Mau contato entre as ligações do fio neutro com a barra de neutro. 11

Providências : a) Na ocasião da ocorrência das oscilações medir a tensão. Verificar a luminosidade das lâmpadas ( pouco ou exesso de brilho). Motores com a rotação alterada. Havendo diferenças para mais ou menos em torno de 5% em relação a tensão nominal ( no sistema 220V/127V - limite 201/116V a 229/132V no sistema 230V/115V - limite 212/106V a 242V/121V), contatar a concessionária de energia elétrica.

b) Medir a tensão entre o fio neutro e o terra. Verificar as emendas e refazê-las. 5.19 Ocorrência de curto circuito Emendas mal isoladas. Fios ou cabos com a isolação deterioradas. Contato direto, fase fase ou fase terra. Sobrecargas causando aquecimento na fiação, podendo danificar o isolamento Providências : a) Verificar o disjuntor desarmado ou fusível queimado. Percorrer o circuito. ( fios ou cabos queimados, cheiro de material queimado, incêndio) b) Após a descoberta do curto averiguar a causa. Substituir cabos, fusíveis, outros. 5.20 Após desligamento no quadro disjuntor não rearma. Circuito interrompido Ocorrência de curto circuito. Disjuntor com desgaste. Mola de disparo fraca. Capacidade do disjuntor menor que a corrente do circuito. Sobrelevação da corrente Providências : a) Verificar se houve curto circuito b) Substituir o disjuntor verificando antes a carga do circuito c) Testes de tensão com aparelho ou lâmpada. 5.21 Bombas de recalque e águas servidas , falhas Falhas nas fases ou em uma delas. Curto circuito no motor. Rotor travado. Contator com a bobina queimada. Conjunto motor bomba desbalanceado. Providências : a) Medir a tensão entre fase fase . Estado dos fusíveis ou disjuntores. Estado da chave de transferência. b) Não havendo variação de tensão. Rearmar o sistema. c) Ocorrendo desarme possibilidade de curto ( possibilidade de areia interna ao conjunto) d) Verificar eixos, rolamentos. 5.2 2 Aparelhos eletrodomésticos com mau funcionamento

12

Tensão do aparelho e da rede incompatíveis. Frequência ( Hz) do aparelho diferente da frequência da rede . Providências: a) Verificar frequência do aparelho se opera também em 60 Hz b) Verificar a tensão se o aparelho opera em 220V e 110V

5.23 Falhas no funcionamento de lâmpadas LÂMPADAS INCANDESCENTES E DICRÓICAS Lâmpada não acende. Oscilações no brilho. Queima frequente Impactos durante o transporte. Falhas de montagem em fábrica Transformador não adequado Providências : a) Filamento queimado b) Mal contato . Defeitos no soquete c) Ligação errada d) Oscilações na tensão e) Partida de motores f) Vibração mecânica g) Dissipação do calor inadequadas ( luminárias fechadas) h) Agrupamento de lâmpadas substituir por outras de potência menor LÂMPADAS FLUORESCENTES A lâmpada não acende. A lâmpada pisca. A lâmpada demora para acender. Enegrecimento das extremidades. Zumbido na luminária/reator. Faixas, aros ou manchas próximas às extremidades do tubo. Queima frequente de lâmpadas e reatores Impurezas dentro da lâmpada (turbilhonamento ,tremulação ) Providências : a) Mau contato. Reator defeituoso. Starter defeituoso b) Lâmpada queimada c) Soquetes sujos ou gastos, limpar ou substituir d) Subtensão, Sobretensão Falta de aterramento. Reator não compatível. e) Fim da vida útil. Substituição 5.24 Choques Elétricos A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano, produz os seguintes fenômenos críticos: Tetanização : É a paralisia muscular provocada pela circulação da corrente através dos tecidos nervosos que controlam os músculos. 13

Parada respiratória : Quando estão envolvidos na tetanização os músculos peitorais, os pulmões são bloqueados e para a função vital da respiração. É uma situação de emergência. Queimaduras : A passagem da corrente pelo corpo é acompanhada pelo desenvolvimento de calor por efeito Joule, podendo produzir queimaduras. Fibrilação ventricular: Quando a corrente elétrica atinge diretamente o coração, poderá perturbar seu funcionamento regular. O coração vibra desordenadamente, e perde o passo. A situação é de emergência.

As condições de perigo para as pessoas em relação às instalações elétricas são duas: Contatos diretos : que consistem no contato com partes metálicas normalmente sob tensão ( partes vivas ). Contatos indiretos : que consistem no contato com partes metálicas normalmente não energizadas ( massas ), mas que podem ficar energizadas devido a uma falha do isolamento. Os choques elétricos entre outras, podem ocorrer nos seguintes equipamentos e situações : a) Componentes das Caixas e Quadros

a1) Quadros com chaves tipo faca e bases porta fusíveis sem proteção a2) Quadros sem as placas ( barreiras ) de proteção b) Partes vivas expostas

b1) Emendas mal isoladas b2) Fios e cabos deteriorados b3) Bornes expostos ( disjuntores,chaves ) b4) barramentos de cobre c) Aparelhos elétricos

c1) Ausência de aterramento ou falha c2) Falha na isolação do equipamento c) P ostes m etálicos e estruturas metálicas

c1) Infiltração de umidade pela caixa c2) Correntes de fuga ( contato, isolação prejudicada ) d) Caixas de passagem no piso e tomadas externas ( jardim )

d1) Infiltração de umidade d2) Ação de roedores d3) Penetração de água através de chuva ou lavagem com mangueira. 14

MEDIDAS DE PR OTEÇÃO CONTRA CHOQUES MEDIDAS ATIVAS : Utilização de dispositivos de proteção e métodos que proporcionam o seccionamento automático do circuito quando ocorrerem situações de perigo para os usuários. MEDIDAS PASSIVAS : Uso de dispositivos e métodos que se destinam a limitar a corrente elétrica que pode atravessar o corpo humano ou a impedir o acesso às partes energizadas. a) Instalação de dispositivo DR ( detetor de corrente diferencial residual) de alta sensibilidade b) Aterramento das massas . Verificação periódica. c) Quadros de distribuição e caixas especificadas com barreiras ( placas ) de proteção d) Circuitos com fiação danificada ( ressecado, cor alterada ) deverão ser substituídos. e) Emendas e ligações com isolamento adequado e firme. f) Componentes com bornes expostos não deverão ser utilizados, ou providências com isolamento. g) Cabos em locais úmidos, as emendas deverão ser com fitas tipo auto fusão, além dos cabos serem apropriados.(dupla isolação ) h) Tomadas de uso externo nos locais dos jardins e de umidade. (Nota : Alguns dos textos descritos no ítem 5 foram extraídos do Curso de Patologias das Instalações do Prof. Ercio Thomaz)

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BIBLI OGRAFIA E REFERÊNCIAS CESP / PIRELLI - Instalações Elétricas PIRELLI - Manual de Instalações Elétricas CREA -Câmara Especializada em Engenharia Elétrica ELETROPAULO - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária Edificações Individuais - 2000 ELETROPAULO - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária - Uso Coletivo - 2000 NORMA NBR - 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão NORMA NBR - 5419 - Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas CURSO DE PERÍCIAS JUDICIAIS - Anomalias e Patologias das Edificações - 98 PATOLOGIAS DAS INSTALAÇÕES - Prof. Ercio Thomaz - IPT - 02 GOMES Milton - A importância das Vistorias Periódicas nas Instalações Elétricas Sincoelétrico - 97 GOMES Milton - Instalações Elétricas de Baixa, Média e Alta Tensão - 93 GOMES Milton - Manual de Proprietários - A Saúde dos Edifícios - Instalações Elétricas e Telefonia - IBAPE / CREA SP - 98 GOMES Milton - Curso de Perícias e Instalações Elétricas Edificações 1999 - 2000 - 2001 GOMES Milton - Curso de Patologia - Aspectos Práticos Instalações ElétricasCâmara dos Arquitetos - 2001 GOMES Milton - Curso de Segurança das Instalações Elétricas nos Edifícios - 2002 PREDIAL 2001 - Palestra IBAPE - Inspeção Predial - Instalações Elétricas - 2001 GRUPO DE INSPEÇÃO PREDIAL DO IBAPE - Material e Publicações compiladas 2000 a 2002 GRUPO DE CÂMARA DE PERÍCIAS DO IBAPE - Membro - 2002 16

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