Padrão-568-c
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- Introdução
Com o objetivo de melhorar a eficiência para projetistas, instaladores e usuários finais, a TIA (Telecommunications Industry Association) publicou recentemente duas normas de cabeamento que vêm sendo antecipadas há algum tempo: a nova norma ANSI/TIA-568-C.0 (Cabeamento genérico para telecomunicações nas dependências do cliente) e a ANSI/TIA-568C.1, revisão da '568-B.1 (Cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais). Os novos padrões publicados ('568-C.0 e '568-C.1) substituem a antiga norma ANSI/TIA/EIA568-B.1, bem como seus adendos, que foram avaliados e revisados e sob a coordenação do comitê de engenharia TR-42, da TIA e pelo subcomitê TR-42-1, responsável por cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais. Estes dois novos documentos serão combinados com a ANSI/TIA-568-C.3 (Componentes para cabeamento em fibras ópticas), que foi publicado em junho de 2008 e está disponível como norma. A '568-C.3 substitui a '568-B.3 e seus adendos. A TIA-568-C.2 (Componentes e cabeamento balanceado de pares trançados para telecomunicações) está em desenvolvimento e deve ser publicado como norma até o final de 2009. A nova '568-C.2 substituirá a atual '568-B.2. Assim, o novo conjunto de normas "C" da TIA, substituirá o atual conjunto "B". No entanto, até a publicação da ANSI/TIA-568-C.2, o cenário é o seguinte: - As normas ANSI/TIA-568-C.0 e 568-C.1 estão vigentes e substituem a ANSI/TIA/EIA-568-B.1 (e seus adendos) agora obsoleta. - A norma ANSI/TIA/EIA-568-B.2 (e seus adendos) continuam vigentes e serão substituídos pela nova ANSI/TIA-568-C.2. - A norma ANSI/TIA-568-C.3 está vigente e substitui a ANSI/TIA/EIA-568-B.3 e seus adendos. 2 – Especificação O que as normas especificam com relação à certificação e qualificação do cabeamento metálico instalado? O termo certificação do cabeamento é usado para descrever o processo de avaliação da resposta em frequência de um canal ou enlace permanente mediante a comparação dos valores obtidos nos testes (para cada parâmetro de transmissão cuja medição é especificada em normas) com valores-limite pré-determinados com base na norma usada como referência, tipo de cabo e categoria de desempenho do cabeamento instalado. O termo "qualificação" não é um termo oficial e não está definido em normas aplicáveis. A qualificação pode ser entendida como um teste mais simples cujo objetivo é avaliar a resposta do cabeamento instalado para uma determinada aplicação (100BASE-TX, 1000BASE-T, etc.). No entanto, um teste de qualificação do cabeamento não pode ser confundido com a certificação do cabeamento. Com relação à normalização, a certificação do canal ou enlace permanente é obrigatória para a avaliação e aceitação do cabeamento instalado. As normas aplicáveis a sistemas de cabeamento de telecomunicações em edifícios comerciais não reconhecem testes de "qualificação" do cabeamento. Abaixo estão descritos alguns padrões sobre certificação de cabeamento e suas especificações. ANSI/TIA/EIA-568-B.2 (Commercial Building Telecommunications Cabling Standard - Part 2: Balanced Twisted Pair Cabling Components)- Norma da Categoria 5e Os Anexos A, B, C, D, E, F, G, H, I e J da '568-B.2, todos se aplicam a testes (cabeamento, hardware de conexão, patch cords, precisão, etc.) e são normativos (obrigatórios). Anexo E: Testes do cabeamento (normativo, obrigatório) Este anexo define os parâmetros elétricos que devem ser medidos em campo em uma certificação de cabeamento Categoria 5e. Anexo I: Instrumentos de testes (normativo, obrigatório) Nota: este anexo especifica os requisitos de desempenho e precisão dos equipamentos de testes, parâmetros que devem ser
reportados, bem como procedimentos de testes de campo. É neste anexo que está definido que os testes devem ser feitos mediante o modelo de enlace permanente ou canal (de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.1) e se definem as especificações do Nível II-E de precisão dos equipamentos de testes que devem ser usados para a certificação da Categoria 5e. As Tabelas I.3, I.4 e I.5 ('568-B.2) estabelecem que a Categoria 5e deve ser certificada com equipamentos de testes capazes de varrer frequências entre 1MHz e 100MHz, e que apresentem Nível II-E de precisão, cuja resolução seja a seguinte: a) Para frequências entre 1MHz e 31,25MHz, a varredura deve ser feita em passos de 150kHz. b) Para frequências entre 31,25MHz e 100MHz, a varredura deve ser feita em passos de 250kHz. Nota: A ANSI/TIA/EIA-568-B.1 foi substituída pelas revisões ANSI/TIA-568-C.0 e ANSI/TIA-568C.1, porém mantém as mesmas especificações de testes. ANSI/TIA/EIA-568-B.2-1 (Commercial Building Telecommunications Cabling Standard - Part 2: Balanced Twisted Pair Cabling Components, Addendum 1: Transmission Performance Specifications for 4-Pair 100-ohm Category 6 Cabling) - Norma da Categoria 6 Anexo A: Procedimentos de testes de campo do cabeame nto (normativo, obrigatório) Este anexo remete ao Anexo I da norma ANSI/TIA/EIA-568-B.2, e especifica que a escala de frequências de testes deve ser entre 1MHz e 250MHz. Anexo B: Instrumentos de testes (normativo, obrigatório) Este anexo define e especifica o Nível III de precisão para os equipamentos de testes usados na certificação de cabeamento Categoria 6. As Tabelas B.1.1, B.1.2 e B.1.3 ('568-B.2-1) estabelecem que a Categoria 6 deve ser certificada com equipamentos de testes capazes de varrer frequências entre 1MHz e 250MHz, e que apresentem Nível III de precisão, cuja resolução seja a seguinte: a) Para frequências entre 1MHz e 31,25MHz, a varredura deve ser feita em passos de 150kHz. b) Para frequências entre 31,25MHz e 100MHz, a varredura deve ser feita em passos de 250kHz. c) Para frequências entre 100MHz e 250MHz, a varredura deve ser feita em passos de 500kHz. Os Anexos B, C, D, E, F, I, J e K dessa norma são todos relacionados a t estes (cabeamento, patch cords, hardware de conexão, etc.). Portanto, os testes de qualificação servem apenas para verificar se o cabeamento sob teste está apto a "rodar" uma determinada aplicação. A certificação do cabeamento serve para avaliar o desempenho do cabeamento instalado para sua categoria de desempenho ao longo de toda sua banda de freqüências e garantir que toda e qualquer aplicação cujo requisito mínimo de camada física seja aquela do cabeamento instalado estará apta a rodar no sistema de cabeamento em questão. A terceira grande revisão da 568(ANSI/TIA/EIA 568 C) ainda esta sendo discutida pelo grupo TR42 - User premises Telecommunications Cabling Infrastructure. Qual o motivo da revisão da 568? O primeiro documento publicado da revisão B da 568 foi em maio de 2001. De acordo com as diretrizes da ANSI, todas as suas normas devem ser revisadas a cada cinco anos e cada processo de revisão leva algo em torno de dois anos. A 568-C será uma nova norma para rede genérica nas dependências do cliente. Esse documento será orientado ao usuário final. • 568-C.1 – Será a revisão da 568-B.1,ou seja, tratará do cabeamento em edifícios comerciais e também será destinada ao usuário final . • 568-C.2 - Tratará do cabeamento e componentes para cobre. Será um documento para o fabricante de sistemas de cabeamento estruturado.
• 568-C.3 – Tratará do cabeamento e componentes para fibra óptica e será para o fabricante de sistemas de cabeamento óptico. O objetivo da 568-C.0 é oferecer diretrizes para o planejamento e instalação de uma infraestrutura de cabeamento estruturado genérico capaz de suportar um ambiente de múltiplos fabricantes e aplicações. A 568-C.0 é a fundação para a infra-estrutura de cabeamento nas dependências do usuário. Os requisitos adicionais serão detalhados em outros documentos específicos para cada tipo de ambiente. Por exemplo, a 568-C.1 apresentará os detalhes adicionais para o cabeamento em edifícios comerciais. É importante destacar que a 568-C.0 reconhece vários ambientes diferentes, como escritórios comerciais, residências e industrias. Uma vez que todas as normas para cada ambiente diferente são baseadas em uma arquitetura estrela com hierarquia, esse documento define pontos de conexão (em vez de espaços) e enlaces da seguinte forma: Pontos de conexão • A (por exemplo, MC – Cross-connect principal); • B (por exemplo, IC - Cross-connect intermediário); • C (por exemplo, TR – Sala de telecomunicações ou TE – espaço de telecomunicações);e • D (por exemplo, CP – ponto de consolidação e WA – areá de trabalho). Enlaces entre pontos de conexão • Nível 1, exemplo: Cabeamento entre um MC e um IC ou HC; • Nível 2,exemplo: Cabeamento entre um IC e um HC;e • Nível 3,exemplo: Cabeamento entre um HC e uma WA. Os meios físicos reconhecidos pela 568-C, que podem ser usados individualmente ou combinados, são os seguintes: • Cabos de fibras ópticas monomodo (ANSI/TIA/EIA 568-C.3); • Cabos de Fibras ópticas multímodo (ANSI/TIA/EIA 568-C.3);e • Cabos balanceados (de pares trançados) de 100 ohms (ANSI/TIA/EIA 568 C.2). Os componentes do cabeamento devem estar em conformidade com as especificações ANSI/TIA/EIA 568-C.2 e ANSI/TIA/EIA 568-C.3. Quanto ao comprimento máximo para cada meio físico reconhecido, a 568-C considera que os comprimentos suportados pelo cabeamento são dependentes do meio físico e da aplicação. No anexo D( informação de suporte a aplicações)estão listadas aplicações como sistemas ópticos( 1000 Base SX, 10Gbase-S)e sistemas em cobre ( ADSL, 1000Base-TX,CATV HDTV). Outro ponto em discussão é se as Categorias 3 e 5e serão ainda reconhecidas pela 568-C ou não. No começo dos trabalhos considerava-se que a Categoria 5e seria descontinuada, porém até o momento isso não foi definido. Talvez essa Categoria de desempenho seja ainda reconhecida, porém não recomendada para aplicações de alta velocidade no subsistema de cabeamento horizontal. A Categoria 3 deve ser mantida da mesma forma como está na 568-B, ou seja, reconhecida para aplicações de voz e dados de baixa velocidade( 10Base-T), porém com restrições para aplicação de dados. A Categoria 6 Aumentada provavelmente não deverá fazer parte da TIA 568-C. Essa nova categoria de desempenho, que se encontra no draft 6.0 da ANSI/TIA/EIA 568-B.10 com uma
largura de Banda de 500 MHz para assegurar a implementação da aplicação de 10GbE sobre cobre, deve ser publicada inicialmente como adendo da 568-C. Aterramento e equalização de terras, redundância de encaminhamentos, requisitos de instalação para cobre, requisitos de teste de campo para verificação de desempenho de transmissão do cabeamento instalado, cabeamento centralizado óptico e polaridade do cabeamento óptico, além de requisitos para a determinação do balanço de perda de potência óptica, também são tratados na 568-C. Quanto a testes de transmissão, a 568-C usará o TSB-140 como referência, para testes de campo do cabeamento óptico. Esse TSB define as seguintes metodologias de testes para enlaces ópticos: • OLTS – Optical Loss Teste Set, o enlace óptico deve ser testado em relação à atenuação e polaridade e seu comprimento dever ser verificado: e • OTDR – Optical Time Domain Reflectometer, o enlace óptico pode ser testado por meio de um OTDR, porém não pode ser usado em substituição ao OLTS. Pode ser utilizado para verificar anomalias e assegurar a uniformidade da atenuação do cabo e a perda de inserção do conector e também para certificar que o cabo óptico foi instalado de forma adequada (raios de curvatura observados, conexões ótimas, emendas, etc.). Com relação a 568-C.1, que substituirá a atual 568-B.1, não há muitas novidades. Essa norma esta ainda em draft e, portanto, sujeita a mudanças. Em relação a 568-B.1 as únicas mudanças são de nomenclaturas(pontos de conexão em vez de espaços e enlaces entre pontos de conexões). Os subsistemas de cabeamento serão identificados por níveis, ou seja, o cabeamento horizontal será de nível III, o Backbone de edifício será de nível II e o subsistema de cabeamento de campus de nível I. As novidades presentes no draft da 568-C.1 são as seguintes: • Gabinetes de telecomunicações (adendo 5); • Desenhos e esquemas que representam uma topologia estrela com níveis hierárquicos; e • Uso de fibras monomodo no cabeamento horizontal. As seguintes questões ainda se encontram em debate: • Permissão para canais horizontais ópticos com 300 metros de comprimento; • Uso de cabeamento Categoria 3;e • Uso de cabeamento Categoria 6ª. Conclusão A realidade é que há muitas indefinições e divergências dentro dos subcomitês de normalização. As informações apresentadas aqui resumem o andamento dos trabalhos do comitê TR-42 e seus subcomitês apresentados na Bicsi. A principal norma para o cabeamento, EIA/TIA 568C, tem seu prazo de publicação previsto para junho de 2009. Neste momento seu texto está em fase de avaliação pois todos os adendos da norma EIA/TIA 568B.2 foram incluídos gerando uma necessidade de revisar todo o descritivo. • Aprovação publicação à norma EIA/TIA 1005 para instalações em ambientes industriais. • As normas de aterramento (EIA/TIA 607) e de identificação (EIA/TIA 606) também estão em fase de revisão de texto/conteúdo
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