Os Segredos Do Inferno

September 15, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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OS SEGREDOS DO INFERNO  OU SEJA

O IMPERADOR LÚCIFER E SEU MINISTRO

LUCIFUGO ROFOCALE

Tradução:

© E.I.E. Caminhos da Tradição  Direitos reservados reservados

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OS SEGREDOS DO INFERNO  OU SEJA O IMPERADOR LÚCIFER E SEU MINISTRO LUCIFUGO ROFOCALE

Traduzido de um Manuscrito do ano de 1522

An iv21 Sol 9° Leo, Luna 17° Gemini Dies Jovis Quinta-feira, 1 de agosto de 2013 e.v. 20:39 Reprodução Íntegra 2

 

 

Fig. 1

Fig. 2

Imagens medievais representando o Sabbath das bruxas também chamado de Aquelarre.

3

 

 

A presente edição deste livro é a fiel reprodução de outra obra publicada em Nimes, no ano de 1885, na casa de Gaude, Impressor e livreiro, o qual manifesta haver possuído um manuscrito de dita obra datado de 1522, Gaude se deu por convencido de sua autenticidade.

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PRÓLOGO

O Homem, dominado por tolas preocupações, acreditará ser impossível que foi possível anexar nesse pequeno livro, toda a substância que contém mais de vinte volumes de Magia, tão carregados de repetições e de ambigüidades que fazem quase impraticável a ciência que nela revela. No entanto, o incrédulo e preocupado, se seguir corretamente as indicações aqui traçadas, lhe desaparecerão os temores que possam ter-lhe infundido um acúmulo de julgamentos sem fruto, praticados intempestivamente ou com dados inexatos e insuficientes. A presente obra é tão rara e tão requisitada em nosso país que, por sua escassez, pode muito bem nomeá-la a exemplo dos rabinos: “A grande Obra”, posto que deles tenhamos adquirido este precioso original que tantos charlatões têm querido falsificar, imitando grosseiramente a obra verdadeira que lhes foi impossível encontrar. Este precioso livro foi copiado dos manuscritos do grande Salomão e a sua descoberta foi devido à casualidade. Aquele grande e sábio Rei consumiu o curso de sua vida em penosas investigações sobre os segredos mais obscuros e impenetráveis. Depois de muito trabalho pode, por fim, vencer todas as dificuldades, saindo vitorioso em todos os seus empreendimentos, tendo chegado ao extremo de penetrar até na morada mais recôndita dos espíritos, aos que obrigou a obedecer-lhe, com o poder do talismã ou clavícula de sua invenção. Que outro homem, senão este poderoso gênio teve o atrevimento de publicar as terríveis palavras de que se serviu Deus para consternar e fazer-se obedecer aos espíritos infernais e submeter-se inteiramente à sua vontade? Ele penetrou até a abóboda celeste para aprofundar os segredos impenetráveis que contém, ali aprendeu as ciências mais secretas da divindade, descobriu a influência dos astros, a constelação dos planetas e o modo de fazer comparecer os espíritos, pronunciando lhes grandes apelações que em seguirá se encontrarão; nos ensinou, por fim, a composição da vara fulminante, cujo efeito faz tremer os espíritos, da qual Deus se serviu para armar o anjo que jogou Adão e Eva do paraíso terreno e com a que O mesmo castigou aos anjos rebeldes, precipitando seu orgulho nos abismos mais espantosos; ela forma nuvens, dispersa as tempestades, as tormentas, os furacões e os faz cair no lugar desejado na terra. Seguindo em um todo o que o grande Salomão nos revelou, foi como eu logrei todas as satisfações deste mundo, pois tive a sorte de sair bem em todos os meus empreendimentos. Não duvido de que se seguires ponto a ponto o que eu indico nesse livro, serás feliz. - Assinado: Antonio Veniciana, o Rabino. 5

 

 

Fig. 5

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PRIMEIRA PARTE  Aqui começa o famoso livro que tem  por nome “Os segredos do do Inferno, 

ou seja, o imperador Lúcifer e seu Ministro Lucífugo Rofocale”  

CAPÍTULO PRIMEIRO Ó Homens, débeis mortais! Estremecei-vos de vosso temor, quando acreditais cegamente que possuías uma ciência bastante profunda, sem passar os limites que havia determinado como padrão! Elevai vosso espírito mais além de vossa esfera e sabei que, antes de empreender a obra, é necessário ser firmes e inalteráveis, e muito atentos em observar pontualmente tudo que vou indicar, pois do contrário tudo se resolverá contra vós mesmos; mas, se seguirdes exatamente minhas lições, saireis com prontidão de vossa humilhante esfera e de vossa indigência, conseguindo um êxito completo em todos os seus empreendimentos de prudência, sabedoria e virtude, para empreender esta grande e imensa obra, na qual empreguei sessenta anos de minha existência trabalhados noite e dia para chegar ao ápice de meus desejos e para o bem da humanidade. Faça, portanto, o que vos digo.

CAPÍTULO II Passai um quarto inteiro da Lua, começando em quarto crescente, sem freqüentar mulheres, donzelas nem casadas, a fim de não cairdes nas impurezas; Não comeis vós mais que duas vezes ao dia, isto é, todas as vinte e quatro horas de tal quarto de Lua, cujas comidas poderão efetuar-se ao meio dia e a meia noite, o ideal é às sete da manhã e às sete da noite, fazendo, antes da comida, a seguinte oração.

Oração Eu te imploro, ó Grande e Poderoso Adonai! Dono de todos os espíritos! Eu te imploro, ó Elohim! Eu te imploro, ó Jeová! Ó Grande Adonai! Eu te dou a minha alma, meu coração, minhas entranhas, minhas mãos, meus pés, meus suspiros e todo o meu ser. Ó Grande Adonai! Dignai-vos a ser-me favorável. Amém. 7

 

 

Comeis em seguida e não tirais a roupa para dormir, cuidando de dormir o mínimo possível, enquanto durar o quarto da Lua. Deveis pensar continuamente em vosso empreendimento e fundar vossa esperança na infinita bondade do poderoso Adonai. O segundo dia do quarto crescente, ides vós mesmos na casa de um boticário para comprar uma pedra Hematita* que levareis sempre consigo  consigo   para o que possa oferecer-se, advertindo que desde momentos que vós tiverdes dedicado a empreender a obra, o Espírito que quereis sujeitar e reduzir a vossa obediência, tratai de causar desgosto por meio do medo, para os fazerem desistir de vossa empresa, acreditando, dessa maneira, escapar dos laços que começastes a tenderlhes. Advirto-vos que em vossas conjurações que não podeis ser mais que um ou três, compreendido o Evocador , que é o que há de falar aos espíritos, tendo na mão a vara fulminante. O lugar onde fareis as conjurações procurai que seja bem solitário, a fim de que o Evocador  não   não seja interrompido, comprareis para o efeito um cabrito negro virgem, que enfeitareis com um grinalda de verbena, presa ao pescoço com um cinto verde. Levando-lhe em seguida ao lugar da aparição. Ali, com o braço direito nu até o ombro, armado de uma faca de aço puro e tendo uma fogueira acesa, recitareis com firmeza e esperança a oferendas seguintes:

Primeira Oferenda: Eu te ofereço, Ó Grande Adonai, Elohim, Ariel e Jeová! Esta vítima em honra e glória de tua superioridade sobre todos os espíritos: Condescende-te, pois, a recebê-la agradavelmente. Amém. Degolareis em seguida a vítima, despojareis de sua pele e jogareis o resto na fogueira, reduzindo-o às cinzas. Pegá-la-eis e jogá-la-eis para cima, fazendo a seguinte oferenda:

 Segunda Oferenda É pela honra, glória e poder de teu nome, ó Poderoso Adonai! Elohim, Ariele Jeová, que derramei o sangue dessa inocente vítima; condescenda, ó Grande e Poderoso Adonai, para recebê-la agradavelmente. Amém. Enquanto a vítima arder e se consumir, podeis alegrar-vos em honra de Adonai, Elohim, Ariel e Jeová, cuidando bem de conservar a pele do cabrito virgem, para formar com ela o círculo cabalístico, no meio do qual deveis colocar-vos no dia de vossa grande empresa.

CAPÍTULO III Que contém a verdadeira composição da vara misteriosa ou fulminante. fulminante . 8

 

 

Na véspera do dia do grande empreendimento, ireis buscar uma vara de aveleira silvestre que não tenha dado fruto, e cuja forma seja precisamente igual a 06)  deve ter dezenove polegadas e meio de comprimento e seu esta imagem  imagem  (fig. 06)  extremo superior deve terminar em uma bifurcação.

Fig. 06 Quando encontrardes uma, conforme o vosso intento, só olhareis, não sois permitido tocá-la, esperando para cortá-la no dia seguinte, dia da conjuração dos espíritos, executando a operação a operação precisamente ao sair do Sol. Para isso começareis a retirar todas as folhas da vara, pequenos ramos que a cobrem, cortando-a com a mesma faca que usastes para degolar o cabrito virgem, que deverá conter, ainda, o sangue daquela vítima, pronunciando a seguinte invocação:

Invocação Grande e Poderoso Adonai, Elohim, Ariel e Jeová! Eu te suplico que me favoreças dando a esta vara que estou cortando o poder e a virtude da de Jacob, de Moisés e de Josué. Eu te recomendo também, ó Poderoso Adonai, Elohim, Ariel e Jeová, de colocar nela toda a força de Sansão, a cólera de Emanuel e os raios de Zariatnatmik, que vingará as injúrias dos mortais no dia do juízo. Amém! Ao concluir estas grandes e terríveis palavras, pronunciadas tendo sempre o olhar fixo para o leste, concluireis também de cortar tal vara e a levareis a vossa casa. Procurai em seguida um pedaço de madeira, que dareis uma forma igual às duas pontas da bifurcação da vara. Levareis em seguida na casa de um ferreiro, para que com a lâmina da mesma faca que degolastes o cabrito, faça uma ponteira a cada uma das pontas, cuidando para que estejam bem pontiagudas. Quando estiverem feitas, as colocareis vós mesmos nos extremos da vara verdadeira, buscareis depois uma pedra e imã, esquentareis, esfregando com ela os extremos de aço da vara. Enquanto executais essa operação, pronunciareis a seguinte invocação:

Invocação Pelo poder do grande Adonai, Elohim, Ariel e Jeová, te mando, ó misteriosa vara, que atraias até ti tudo o que me seja grato. Mando-te também, pelo poder do 9

 

 

grande Adonai e pela incompatibilidade do fogo e da água, que separes todas as matérias, seja da classe que forem, assim como foi no dia da criação do universo. Amém. Em seguida, alegrai-vos em honra e glória do grande Adonai, estando bem persuadidos de que possuis, desde aquele momento, o maior tesouro de inteligência. Ao dia seguinte, pela noite, pegareis a vara misteriosa, a pele do cabrito, a pedra hematita, duas coroas de verbena, dois castiçais novos e duas velas de cera virgem, os que, necessariamente, tenham sido feitos e benditos por uma donzela. Providenciareis, igualmente, um elo de corrente, duas pedras de fazer faísca novas e um pouco de pavio para ascender o fogo; também deveis proporcionar meia garrafa de espírito de vinho, cânfora e incenso, e quatro pregos que tenham servido no caixão de uma criança. Quando tiverdes o dito, deslocareis ao lugar destinado para a grande obra, praticando exatamente o que a continuação expressa, formando o círculo cabalístico tal como se demonstra na figura abaixo.

Fig. 03

CAPÍTULO IV Do círculo cabalístico, Sua Demonstração. Formareis um círculo com a pele do cabrito. Tal como o descreve a figura, nele colocareis os quatro pregos indicados. a pedra hematita um triângulo no meio do círculo, cujo extremo Com superior esteja para odescrevereis leste. Traçareis 10

 

 

no oval (A), lugar que têm que ocupar o Evocador, os dois pequenos círculos (a b), aonde se colocaram as testemunhas, se houver; também traçareis a linha (X), que será o caminho que se tem que seguir para sair do círculo e dirigir-se ao tesouro que o Espírito vos descobrirá. Ao pé do triângulo poreis o sagrado nome de Jesus (J.H.S), a fim que os espíritos não possam ofender-vos pelas costas. Em seguida, o Evocador fará entrar seus companheiros (se houver) no círculo, colocando-se ele em seu posto, cuidando de não assustar-se por mais ruídos que ouça. Colocará em seguida dois castiçais com suas coroas de verbena, uma direita e outro a esquerda do triângulo, procurando que tudo esteja conforme a figura. Praticado o dito, passará a acender as luzes e logo, em um braseiro novo, acenderá o mesmo Evocador, carvão de lenha de salgueiro, que tenha sido queimada aquele mesmo mês, colocará nele uma parte do espírito de vinho, incenso e cânfora, reservando o resto para alimentar o fogo enquanto dure a grande operação. Executado o prescrito, se pronunciará a seguinte invocação:

Invocação Grande e poderoso Adonai! Eu te apresento este incenso como o mais puro, o mesmo deste carvão que é produto da madeira mais nova. Ó Poderoso Adonai, Elohim, Ariel e Jeová! Eu te ofereço com toda a alma e todo o coração. Condescenda-te, pois, a recebê-los com agrado. Amém. Atendei vós que não podeis levar metal algum, senão ouro ou prata em moedas, das quais lançareis uma ao Espírito, envolta de papel branco, quando se apresente diante do círculo, para que não possa ofender-vos. Enquanto que o Espírito se abaixar para reconhecer a moeda, direis as orações seguintes, procurando atribuí-las de valor, de fortaleza e prudência. Tende entendido que só o Evocador é permitido falar, guardando os demais o mais puro silêncio, ainda que sejam interrogados ou ameaçados pelo Espírito.

Primeira Oração Ó Deus Santo e Forte! Pai, Filho e Espírito Santo em um só Deus verdadeiro! Eu te adoro com o mais profundo respeito, eu me ponho abaixo de sua proteção com a mais viva confiança, meu benfeitor, meu amparo e meu único soberano infinito entre todas as coisas, meus desejos não são outros de pertencer-te por toda a eternidade. Amém.

 Segunda Oração Ó Deus Todo Poderoso! Que criou o homem para ser sempre feliz, que criou tudo para o seu bem estar e disse: “Tudo estará sujeito ao homem”. Seja-me, pois,

favorável e não permita que os espíritos rebeldes possuam os tesouros que foram

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destinados aos mortais. Dá-me, ó Deus Supremo, o poder para dispor de todos eles por meio das poderosas e terríveis palavras da Clavícula: Sarquiel, Caraniel, Amael, Tariescorat, Husael, Turiel, Maltiel, Penac, Raphael, Carniel, Famiel, Burcat, Anael, Saditel, Uslael, Betaabath, Umabel, Gabriel, Yanael, Micael, Sabakai, Adonai, Elohim, Jeová, Agla, Tetragrammaton, sejam-me favoráveis. Amém. Adicione em seguida um pouco de espírito de vinho, incenso e cânfora no braseiro, fazendo a seguinte oferenda:

Oferenda Ofereço-te esse incenso como o mais puro que se pode encontrar. Ó Grande   Adonai, Elohim, Ariel e Jeová! Condescenda-te, pois, aceita-los com agrado. Ó Poderoso Adonai! Condescenda-te ser-me favorável e faça-me sair bem deste grande empreendimento. Amém.

Primeira Apelação a Lúcifer IMPERADOR Lúcifer, príncipe dos espíritos rebeldes, eu te rogo de deixes tua morada em qualquer parte que a tenhas para vir falar comigo. Eu te mando e te conjuro por parte de Deus Todo Poderoso, Pai Filho e Espírito Santo, compareças diante de mim sem despregar nenhum mau odor e responda em alta e inteligível voz ao que te perguntarei, do contrário, obrigar-te-ei a fazer pelo poder do grande Adonai, Elohim, Ariel, Jeová, Agla, Mathom e demais espíritos superiores teus, que te forçarão a satisfazer-me, ao teu pesar.

Venite, Venite Submiritillor LUCÍFUGO, ou serás duramente atormentado pelo poder dessa fulminante vara. In vara. In súbito.

 Segunda Apelação Imperador Lúcifer! Eu te conjuro de parte de Deus e pelo poder de Emmanuel, seu único e verdadeiro filho, e por seu precioso sangue derramado em resgate dos homens, dos quais tinhas já entre cadeias. Eu te mando que deixes sua morada em qualquer parte que a tenhas, para vir falar comigo em clara e inteligível voz, jurando-te que não te dou mais que um quarto de hora para efetuá-lo. Em caso de não poder vir, envie teu mensageiro Astaroth, em figura humana, sem fazer ruídos ou despregar nenhum mau odor, pois, ao contrário, castigarei tudo desobediência por meio da terrível vara fulminante, perseguindo-te até o mais profundo do abismo com as poderosas palavras da Clavícula: Adonai, Elohim, Ariel, Jeová, Agla, Mathom, Almouzin, Arios, Pythona, Magots, Silphae, Cabost, Salamandrae, Gnomus, Terraee, Coelis, Godens, Acqua. In súbito.

 Advertência 12

 

 

Se antes de ler a terceira apelação, o espírito não comparece, coloque fogo nos dois extremos de aço da vara, quando fizéreis isso, não assusteis vós com os gritos que ouvir, pois é quando todos os espíritos se movem e aparecem. Enquanto durar o ruído, deveis ler a terceira apelação.

Terceira Apelação Lúcifer, terceira mandoAdonai, por parte de Deus Deus filho e Imperador Deus Espírito Santo,pela e pelo podervez doteGrande Elohim, Arielpai, e Jeová, que compareças diante de mim dentro de um minuto, ou me envies teu mensageiro Astaroth, obrigando-te que deixes tua morada em qualquer parte que a tenhas, do contrário, vou atormentar-te novamente, da mesma maneira que os demais de sua raça, pelo poder dessa vara e do Grande Adonai, Elohim, Ariel e Jeová. Se o Espírito não comparecer depois dessa terceira apelação, aplique de novo a vara ao fogo, pronunciando a última apelação.

Última e Grande Apelação Te conjuro, ó Espírito Rebelde, que compareças nesse instante diante de mim, mando-te pelo poder dessa vara e de Adonai, Elohim, Ariel, Jeová, Agla, Tetragrammaton, Oarios, Almouzin, Arios, Memrot, Xarios, Pithona, Magots, Cabost, Silphae, Salamandrae, Gnomus, Terrae, Coelis, Tabots, Godens, Acqua, Gingua, Janua, Etituamus, Zariatnatmik e pelo poder de Die Vimmel. Quando tiver recitado essa apelação duas vezes, é certo que o espírito comparecerá. 

DA APELAÇÃO DO ESPÍRITO Lucífugo Rofocale: Aqui me tens, o que queres de mim? Por que perturbas meu repouso? Deixe de atormentar-me com esta terrível vara. Evocador: Se tivesses comparecido logo, não teria te atormentado. Penses, pois, que se não me conceder o que vou pedir-te, te atormentarei duramente. Lucífugo: Não me detenhas por muito tempo. Não me atormentes mais. Diga-me logo o que desejas. Evocador: Eu te mando que venhas a falar-me comigo todas as noites da semana e duas vezes em cada uma delas, seja à mim ou aos que tenham nosso pacto firmado de próprio punho, deixando-te a faculdade de eleger as horas que te acomodarem, em caso de não ser conveniente as que eu assinalo na seguinte proposta, a saber: Na Segunda-Feira, as nove e à meia noite. Na Terça-Feira, as dez e a uma. 13

 

 

Na Quarta-Feira, as onze e às duas. Na Quinta-Feira, as oito e às duas. Na Sexta-Feira, as sete e às doze. No Sábado, as nove e às onze. A mais te mando que me entregues o tesouro mais rico e próximo, prometendo-te em recompensa a primeira moeda (seja de ouro ou prata) que em cada primeiro mês recorra. Lucífugo: Não posso conceder-te o que me pedes nessas condições, nem em nenhuma outra, se não me prometes de entregar-te a mim daqui a sete anos, para que eu possa fazer o que me apetecer de teu corpo e alma. Ao ouvir isto, colocareis de novo os extremos da vara ao fogo, lendo em seguida as mesmas palavras da Clavícula até que o Espírito se submeta aos vossos desejos. Resposta Favorável do Espírito Lucífugo: Não me atormentes mais, pois prometo fazer tudo o que desejas, duas horas de cada uma das noites da semana, as quais vão aqui indicadas, a saber: Na Segunda-Feira, as dez e às doze Na Terça- Feira, as onze e à uma Na Quarta-Feira, as doze e às duas Na Quinta-Feira, as oito e às onze Na Sexta-Feira, às nove e às doze No Sábado, às dez e à uma. Aprovo também teu pacto, concedendo-lhe minha verdadeira assinatura sobre esse pergaminho virgem, para que a adiciones à pele dele e para que te sirvas ela sempre e quando convenha, submetendo-me também a comparecer ante ti sempre que seja chamado, com tal que tenhas o pacto aberto, que te tenhas purificado, que tenha a terrível vara nas mãos e que tenhas composto o círculo cabalístico, pronunciando a palavra Rofocale, prometendo-te de comparecer e tratar amigavelmente, seja contigo ou com os que estiverem fornecidos do pacto que eu firmei, sempre e quando seja chamado, inteiramente, a primeira vez que me necessitarem. Eu me obrigo também a entregar-me o tesouro que me pedes com tal que guardes segredo para sempre, que sejas caridoso com os pobres, e que me dês uma moeda de ouro ao primeiro dia de cada mês. Se faltares ao pacto, serás meu para sempre. Lucífugo Rofocale. 14

 

 

Evocador: Concordo com tua proposta. (O Evocador, o mago evocador, entrega a Lucífugo um pedaço de pergaminho virgem firmado previamente com vosso próprio sangue.)

Ordem do Espírito Agora, siga-me e vem a reconhecer o tesouro. Então o Evocador, armado com sua vara fulminante e a pedra de hematita, sairá do círculo pelo ponto X em que está assinalado o caminho do tesouro, que é a porta do grande Adonai, e seguirá o Espírito; as testemunhas, se houver, não sairão de maneira alguma do círculo, permanecerão firmes e animados, mesmo que ouçam ruídos e vejam visões. O Espírito acompanhará então o Evocador até a entrada do tesouro. Pode ser que então se apresente ao Evocador um terrível mastim negro, armado com uma colar brilhante como o sol, com o intuito de impedir-lhe a entrada, este será um Gnomo que o Evocador submeterá facilmente apenas apresentando a ponta da vara. O Gnomo caminhará então até o tesouro e o Evocador o seguirá. Ao chegar a ele, ficará assombrado de ver ali ao dono que havia escondido, que quererá atirar-se em cima, mas lhe será impossível de se aproximar. O Evocador estará também provido de um pedaço de pergaminho virgem em que estará escrito a grande conjuração da Clavícula, o colocará sobre o tesouro, do qual recorrerá uma moeda de testemunho tomada da posse, pondo no lugar dessa moeda, outra de seu bolso, que morderá antes. Retira-se depois, caminhando atrás ou a reculas, levando consigo tudo o que for possível. O resto do tesouro não poderá perdê-lo, pelas precauções que tomastes anteriormente. Ao retirar-se procurará sobre tudo não voltar à cabeça, por mais barulho que ouças, pois que então lhe aparecerá que todas as montanhas do mundo lhe caem em cima, por conseqüência, é necessário armar-se de destemor e serenidade. Se fizerdes exatamente o que eu digo, o Espírito vos guiará até a entrada do círculo. Então o Evocador recitará a seguinte despedida.

Despedida do Espírito Pelo presente, ó Príncipe Luciferus! Estou satisfeito de tua conduta. Deixo-te em inteira liberdade e repouso, permitindo-te que te retires aonde melhor te acomodes, sem fazer nenhum ruído, nem desprender nenhum mau odor. Pensa bem em teu contrato, pois se faltas a ele no mais mínimo, podes estar bem seguro 15

 

 

que te atormentarei duramente pela virtude da vara fulminante e pelo poder do grande Adonai, Elohim, Ariel e Jeová. Amém.

 Ação de Graças Ó Deus Todo Poderoso, Tu que criastes tudo para a utilidade do homem! Eu te dou as mais humildes graças por tua bondade, por ter-me preenchido de favores nesta noite, concedendo-me tudo que desejava. Agora, mais que nunca, Deus meu, é quando conheço a verdade de tuas grandes promessas, pois dissestes: “Buscai, e encontrareis, Chamai, e vos abrirão.” Deus meu, dissestes também: “Consolai aos pobre”. Eu te prometo, pois, em presença do grande Adonai, Eloim, Ariel e Jeová, de

ser caridoso com eles, repartindo-lhes tudo o que me seja dado do que adquiri pelo poder daquelas quatro divindades. Amém.

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SEGUNDA PARTE Que contém o SANCTUM REGNUM DA CLAVÍCULA O verdadeiro modo de formular os pactos, com a explicação dos poderes e talentos de todos os espíritos superiores e também o modo de fazer-los comparecer  peça força da Grande Clavícula, que lhes obriga a obedecer e submeter-se ao que se deseja. O verdadeiro modo de fazer pacto com os espíritos sem comprometer-se –  O verdadeiro Sanctum Regnum da grande Clavícula chamada Pacta conventa demonoram, da que tanto se fala, é um dos pontos mais necessários para a inteligência dos que querendo fazer um pacto com o Espírito, carecem dos meios necessários para procurar-se a vara fulminante e formar o círculo cabalístico que foi dito na primeira parte deste livro; portanto, não poderá lograr seus desejos se deixar de executar o que em seguida se explica. Encontrarão aqui o modo de fazer os pactos com quaisquer dos espíritos que se indicam, seja para adquirir um tesouro, para fazer-se amar de todas as mulheres, rendendo-as inteiramente aos seus desejos, para descobrir os segredos mais impenetráveis das cortes, gabinetes e casas particulares, para fazer trabalhar ao Espírito durante a noite nas obras que desejar, para fazer cair neve, granizo ou tempestade no lugar que se queira, para abrir toda classe de fechaduras, para que o que passa o interior das casas, para fazer-se invisível e invulnerável, para conhecer as qualidades e virtudes de todos os metais, minerais e vegetais, e de todos os animais, puros e impuros, e por fim, para conseguir fazer coisas tão surpreendentes, não há homem que não ficará assombrado ao ver que por meio de um pacto feito com alguns espíritos, podem-se descobrir os segredos da natureza, ocultos aos olhos de todos. Por meio da Clavícula de Salomão, foi-se descobe rto “o modo de fazer os pactos”. Esse sábio rei se serviu dela para adquirir imensas riquezas, para

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desfrutar múltiplas mulheres e para exercer um poder de domínio sobre todos os seres da terra. Começamos descrevendo os nomes dos principais Espíritos, seu poder e atribuição respectivas, e depois explicaremos o “Pactum Doemonorum” o modo de

formular um pacto com o Espírito que se deseja. Na continuação, damos a conhecer os nomes e assinaturas dos Principais espíritos infernais:

Vêm depois os espírito “superiores”, mas subordinados aos três que

antecedem. Seus símbolos e caracteres são os seis seguintes.

Os seis grandes espíritos, que acabamos de nomear, dirigem todo o poder infernal dos demais Espíritos. Têm abaixo de seu mando outros dezoito espíritos subordinados: 1.Bael 7.Buer 13.Lovay 2.Agares 8.Gusoin 14.Valefar 3. Marbas 9.Botis 15.Forahu 4.Pruslas 10.Bathym 16.Ayperus 5.Aamón 11.Pursan 17. Nuberus 6.Barbatos 12.Abigar 18.Glasiabolus

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Lucífugo tem às suas ordens: Bael, Agares e Barbas. Satanakia tem às suas ordens: Pruslas, Aamón e Barbatos. Agaliaretph tem às suas ordens: Buer, Gusoin e Botis. Fleurety tem às suas ordens: Bathym, Pursan e Abigar. Sargatanas tem às suas ordens: Lovay, Valefar e Forahu. Nebirus tem às suas ordens: Ayperus, Nuberus, Glasiabolus. Em toda a corte infernal não há mais que um Demônio-Fêmea, que se chama, segundo alguns, Scheva, mas outros demonólogos dizem que seu verdadeiro nome é Pititis. No exército infernal desempenha garçonete e concubina. A este gênio só se invoca nos casos de perfídia, amor mentiroso, vaidade, fraude e roubo. Aqui está sua verdadeira face e sua assinatura diabólica.

Ademais dos Espíritos mencionados, há legiões de ínfima categoria, dos quais não é necessário falar, pois todos estão subordinados aos precedentes e não devemos nos servir deles. Quando os espíritos superiores os fazem trabalhar, os tratam como escravos, portanto, fazendo um pacto com qualquer dos seis principais espíritos, nada vos importa que vos sirva este ou aquele demônio, porém, sempre que fizerdes um pacto, pedi ao espírito que se não vos servir ele mesmo, que vos faça servir um dos três principais subordinados. A fim de que os que querem fazer pactos com os espíritos possam ir bem guiados na eleição daquele que querem que lhes sirvam, explicaremos as ciências, artes, talentos e poderes que o grande Lúcifer confiou a cada um deles. Lúcifugo Rofocale, primeiro ministro infernal, tem o poder sobre todas as riquezas e tesouros do mundo, têm às suas ordens milhares de espíritos. Satanakia, grande general, tem o poder de submeter a vossos desejos todas as mulheres do mundo que vos apetece. Este mana em uma grande legião de espíritos. 19

 

 

Agaliaretph, capitão general, seus poderes se estendem até descobrir os mais impenetráveis segredos das cortes e gabinetes e desenvolver os mistérios mais intrínsecos. Manda a segunda legião de espíritos. Fleurety, tenente general, tem o poder de fazer qualquer classe de trabalho que se deseja, durante a noite; fazer nevar, chover granizo, chover e formar horríveis tempestades, aonde melhor for para vós. Um corpo muito considerável de espíritos está às suas ordens. Sagatanas, brigadeiro, tem o poder de fazer-vos invisíveis, transportar-vos aonde é desejado, abrir todo tipo de fechadura e fazer-vos ver o que se passa no interior das casas. Este tem às suas ordens inumeráveis brigadas de espíritos. Nebirus, marechal e campo e inspetor general, tem o poder de dar mal a quem é desejado, de ensinar-vos todas as qualidades e animais puros e impuros, o mesmo que a arte de adivinhar o porvir, pois é um dos melhores necromânticos do inferno, ele vai em todas as partes e é o inspetor de toda a milícia infernal. Os espíritos que estão às suas ordens são inumeráveis.

 Advertência  –  Quando quereis fazer pacto com algum dos Espíritos principais que acabamos de nomear, pegai uma faca nova,e cortai com ela, na véspera do dia assinalado para a operação, uma vara de aveleira silvestre que não tenha dado fruto, e que seja semelhante à vara fulminante descrita na primeira parte, cuidando para executar a operação precisamente ao sair do sol. Tendo feito isso, procurai vós a pedra hematita e as duas velas benditas, escolhendo para a conjuração um lugar aonde ninguém possa incomodar-vos, como um quarto bem afastado ou as ruínas e um antigo castelo, pois assim pode pedir ao espírito transladar os tesouros que pedireis. Provido do dito, traçareis um círculo e um triângulo com a pedra de hematita, que seja semelhante ao assinalado na figura 03 (este só na primeira de vossas conjurações); logo colocareis as velas benditas tal como o explicado, não se esquecendo de escrever o S.N de Jesus ao pé dele, a fim que não possa prejudicarvos o Espírito. Coloca-vos em seguida no lugar do Evocador com a vara fulminante na mão, tendo também escrita a grande apelação, a demanda que se quer fazer ao espírito, o pacto e a despedida, tal qual se verá pronto. Depois de praticado exatamente tudo o que foi dito anteriormente, pronunciareis a apelação seguinte, com ânimo sereno e com a esperança de sair triunfante. 20

 

 

Grande Apelação aos Espíritos com os quais se quer pactuar. Imperador Lúcifer: amo de todos os espíritos rebeldes, te rogo que me sejas favorável na apelação que faço ao teu Grande Ministro Lucífugo Rofocale, com quem desejo pactuar; a ti também, príncipe Belzebuth, te rogo, protejas o meu empreendimento. Ó Duque Astaroth! Seja-me propício e faça que nesta noite o Grande Lucífugo aparece à mim em forma humana, sem despregar nenhum mau odor e que me conceda, por meio do pacto que lhe apresentarei, todas as riquezas que eu necessitarei. Ó Grande Lucífugo! Rogo-te, deixes sua morada para vir falar comigo; do contrário te obrigarei a fazer-lo pelo poder de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Obedeça-me prontamente, ou vou te atormentar duramente com as terríveis palavras da Clavícula de Salomão, por meio da qual este sábio rei obrigava aos espíritos rebeldes a admitir seus pactos, portanto, comparece ao momento, ou teu tormento será terrível pelas fulminantes palavras da Clavícula:  Agion, Tetragrammaton, vaycheon, stimulum ezpares Tetragrammaton, ryoram irion esytion existion eryona onera rasim moym massias soter, Emanuel, Sabaoth,  Adonai, te adoro, te invoco. Podeis estar bem seguro que ao acabar de ler tais palavras, o Espírito comparecerá.

Primeira Aparição do Espírito Aqui me tens, que queres de mim? Porque perturbas meu sossego? Responda.

Demanda ao Espírito Chamei-te para pactuar contigo, a fim de que me enriqueças rapidamente, do contrário te atormentarei com as terríveis palavras da Clavícula.

Resposta do Espírito Não posso conceder o que me pedes, senão com uma condição de que te entregarás a mim para sempre ao término de vinte anos, para dispor de teu corpo e alma a meu prazer. Em seguida daí o pacto a ele, que deve estar escrito a punho próprio em um pedaço muito grande de pergaminho virgem, e assines com seu sangue. O pacto deve estar concebido nos seguintes termos:

Pacto com o Espírito 21

 

 

Eu prometo ao Grande Lúcifer de recompensar-lhe no término de vinte anos, de todos os tesouros que me der. Em fé do qual, assino o presente pacto com meu próprio sangue.

Resposta Ainda não posso conceder-lhe o que pedes. Então para forçar o espírito a obedecer-vos, lereis pela segunda vez a grande apelação com as terríveis palavras da Clavícula, até que o espírito compareça pela segunda vez.

 Segunda Aparição do Espírito Porque continuas a atormentar-me? Deixa-me em paz. Eu te darei o tesouro mais próximo, com a condição de que me consagrarás uma moeda dele, na primeira segunda-feira de cada mês, e de que não me chamarás mais que uma vez por semana, a saber: desde as dez da noite até as duas da madrugada. Pegue o pacto, pois já está assinado, se faltar no mais mínimo em nosso contrato, serás meu dentro de vinte anos.

Resposta ao Espírito Conformo-me de tua proposta, com condição de que o tesouro que me entregarás será o mais rico e o mais próximo que possa ser encontrado, porque quero levá-lo comigo em seguida.

Resposta do Espírito Siga-me e apodera-te do tesouro que vou te dar. Seguireis o Espírito, passando, para sair do círculo, pelo caminho assinalado ao efeito no triângulo, mostrando serenidade, por mais coisas espantosas que vereis e escutareis. Ao chegar ao tesouro, colocareis o pacto sobre ele, o tocareis com a ponta da vara. Depois tomareis do mesmo tesouro tudo o que desejares, retirando-os em seguida, sem voltar a cabeça jamais, até chegar no centro do triângulo, no que colocareis o tesouro capturado. Efetuado isso, despedireis do Espírito com a conjuração que se segue.

Despedida ao Espírito

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Pelo presente, ó Grande Lucífugo! Fico satisfeito de ti, pelo mesmo te deixo em repouso, permitindo-te que te retires aonde melhor de apareça, sem fazer ruído algum, nem deixar nenhum mau odor. Lembre-se também da obrigação que contraístes do meu contrato, porque se faltas a ele, no mais mínimo detalhe, podes estar seguro que te atormentarei continuamente com as grandes e poderosas palavras da Clavícula do grande rei Salomão, mediante as quais se obriga aos espírito rebeldes a obedecer no ato.

Oração ao Todo Poderoso em ação de Graças Deus Todo Poderoso, Pai Celestial, que criou todas as coisas para o serviço e utilidade dos homens, te dou as mais humildes graças de haver permitido por um afeto de tua grande bondade, que sem risco nenhum há podido fazer pacto com um de teus espíritos rebeldes, submetendo-o em um todo a minha vontade. Te dou graças, Deus Todo Poderoso, dos favores que condescendeu a conceder-me. É agora, ó grande Deus! Que conheci mais do que nunca a sua força e poder de sua promessas, quando nos disse: Buscai e Encontrareis, Chamai e os abrirão. E como nos mandou socorrer aos pobres, condescenda-me ó Grande Deus! Inspirar-me sentimentos de caridade, e faça que possa a virtude em obra tão santa, uma grande parte dos bens que a Divina Providência condescendeu-me a me conceder. Faça, ó Deus Meu! Que desfruta com tranqüilidade das muitas riquezas que possuo, não permita que nenhum espírito rebelde me incomode na alegria dos preciosos tesouros que acabas de colocar em minhas mãos. Inspira-me também os sentimentos necessários para poder-me livrar das unhas do demônio e de todos os espíritos malignos. Ponho-me, ó Grande Deus Pai, Filho e Espírito Santo, abaixo de ta santa proteção! Amém.

Oração para guardar-se dos Espíritos malignos Ó Pai Todo Poderoso! Ó Mãe, a mais terna das mães! Ó Filho, a flor de todos os filhos. Ó Forma de todas as formas! Alma, espírito, harmonia e número de todas as coisas, Conservai-nos, Protegei-nos, Acompanhai-nos e Sede-os propícios. Amém

Composição da tinta com a qual se escrevem os pactos Os pactos não podem de nenhum modo ser escritos com tinta comum, senão com a que em seguida se expressa. Cada vez que se pactua com um espírito, deverá usar-se dessa tinta nova. O modo de fazer-la é o seguinte: Coloca-se em uma vasilha de barro nova e envernizada água de rio, colocam-se nela os seguintes pós: 10 onças de caroços de azeitona queimadas e pulverizadas 10 onças de entranhas, queimadas e pulverizadas 23

 

 

1 onça de ossos de um gato, também queimados e pulverizados 3 onças de caparrosa 2 íd de alumínio 3 íd. de goma-arábica Quando tiver colocado estes ingredientes na vasilha, coloque ao fogo, que tem que ser de lenha de samambaia, cortada na noite de São João e ramos de videira silvestre, cortados na lua cheia. Quando tudo estiver fervido, em meia hora, a tinta estará feita.

Modo de fazer a tinta para anotar os itens que se pega dos tesouros, e  para pedir novas somas a Lucífugo Pega-se caroços de pêssego inteiros, coloque ao fogo, reduzindo os a carvão; quando estiverem bem queimados, retire, triture e mescle com igual quantidade de fumaça de impressão, adiciona-se duas partes de entranhas amassadas, uma de verdete e quatro de gomas pulverizadas e peneiradas, põe-se tudo isso dentro de um recipiente novo, que se encherá de água de rio até cobrir de quatro dedos os ingredientes expressos. Faz-se ferver como a anterior, a tinta estará pronta.

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TERCEIRA PARTE Que contém SEGREDOS DO RITUAL NECROMÂNTICO Composição da pedra filosofal e da arte de fazer ouro Pegue uma vasilha de barro nova bem envernizada e ponha dentro uma libra de cobre de roseta e meio azumbre (2.06 L) de ácido clorídrico, faça ferver por meia hora. Adicione logo três onças de verdete e deixe ferver por mais uma hora. Em seguida coloque duas onças e meia de arsênico, deixe fervendo outra hora, e adicione a isto três onças se casca de carvalho bem pulverizada que deverá ferver mais meia hora. Logo adicione um bote  bote regular de água de rosas, que se terá que fazer hematita, ferver pordeixando doze minutos, por último mescle o dito, três onças de pó de pedra ferveretudo junto até que acom composição esteja boa. Para conhecer quando está no ponto, deverá colocar um prego dentro, e se ficar bem resistente estará boa, do contrário deixe ferver por mais tempo. O licor que surgirá pode servir para quatro vezes mais. Com tal se adquira uma libra e meia de ouro finíssimo.

Para ganhar todas as vezes que jogar na loteria* Antes de dormir, rezará três vezes a oração que se segue, depois do qual a colocareis debaixo da orelha, escrita em um pergaminho virgem, sobre o qual se há dito uma missa de Espírito Santo, o gênio de vosso planeta vos revelará em sonhas a hora que deveis pegar o bilhete. *Recomendamos ao leitor a obra e Roberto Salzmann, entitulado O Livro da Sorte, que ensina a arte de ganhar na loteria e em todos os jogos de azar, sem recorrer à magia nem à orações. Oração. –  Domini Jesu-Christe, que dixisti ego sum via, veritas et vit, ecce enim vitatem dilexisti, incerta ET occulta sapientiae tuae manifestati mihi adhuc quae revelet in hac nocte sicut ita revelatum fuit parbulis solis, incognita et ventura unacque alias me doceas, ut possim omnia cognoscere, si et si sit; ita monstra mihi mortem vivo Bono et gratam vvel pomarium, quandam ren gratam; ornatum sin autemomni ministra mihipulcrhum ignem ardentem, el aquarumautcurrentem, vel 25

 

 

aliam quameum que rem que Domino placeant, et vel Angeli Ariel, Rubiel et factores ab opus istud obtinendum quod cupio scire, videre, cognoscere et prae videre per ilum Deum qui venturos est judicare vivos et mortuos, et saeculum por ignem. Amén. Reza-se em seguida três Pai-nossos e três Ave-marias para as almas do purgatório.

Para falar com os Espíritos na Véspera de São João Batista Às onze em ponto da noite da véspera de São João Batista, ireis a um bosque bem afastado e vos colocareis ao pé de uma samambaia e recitareis o seguinte: Deus meu, eu te rogo que permitas aos Espíritos aos quais desejo falar, que compareçam aqui meia noite. Às quinze para meia noite recitareis nove vezes consecutivas as cinco palavras que seguem:  Ariel e Micael, Alfa e Ômega, Tetragrammaton Tetragrammaton,, em seguida comparecerá o Espírito.

Para fazer-se invisível Pegue um gato preto e compre um pote novo, um espelho, uma corrente, uma pedra hematita, pavio, carvão e um prato de porcelana fina. Quando tiverdes o dito, ide a um lugar afastado e perto de uma fonte, com cuja água enchereis o pote à meia noite em ponto. Em seguida ateareis fogo, colocareis o pote nela e colocareis o gato dentro, tendo tapado com a mão esquerda e a vista fixa nele, sem mover por mais ruídos que escutareis. Quando estiver fervido por um período de 24 horas, colocareis tudo que estiver no recipiente no prato, depois atirai a carne por cima do ombro esquerdo dizendo as palavras que se seguem:  Acipe quod tibido,et nihil amplius. Logo colocando-vos diante do espelho, pegareis os ossos do gato, um por um, e apertareis-os nos dentes do lado esquerdo, até que encontrareis um que no momento da operação, não vos vereis no espelho, este será o bom. Todos os que não serviram, atireis também pelo ombro esquerdo, pronunciando as mesmas palavras. Quando for encontrado o verdadeiro, retira-o para trás, dizendo: Pater in manus tuas comendo spiritum meum. Amén. 26

 

 

Para fazer uma liga que levando-a consigo se andam sete léguas por hora Compre-se um lobo que sua idade não chegue a um ano, o qual deverá degolar com uma faca nova, à hora de Marte, pronunciando estas palavras: Adhuma palavras:  Adhuma lis adoz ambulavit in fortitudine cibiillius. Desosse em seguida e corte o couro em tiras de uma polegada de largura. Escreve em cada um das tiras as mesmas palavras que foram pronunciadas ao degolá-lo. Advertindo que a primeira letra tem que estar escrita com seu próprio sangue, a segunda com a do lobo, a terceira com a vossa, etc.; seguindo a mesma ordem até a última. Quando estiver escrito e seco, forre a tira com tecido branco e coloque aos extremos duas fitas de cor violeta para amarrá-la ao redor da perna debaixo do joelho. Procura-se, sobretudo. que nenhuma mulher a veja e particularmente sendo donzela. Para passar um rio deverá remover, pois se molhar perderia quase toda a sua virtude. Este segredo foi retirado do livro intitulado “A Magia dos Hebreus”, pelo

doutor Juan Antonio da Figueira. Edição do ano 1650.

Para enfeitiçar as armas de fogo É preciso levar sobre o coração o talismã de Marte, logo quando alguém quiser enfeitiçar armas de fogo: Deus habeat partem et uscio a Demone, e quando o portador da arma aponta-se diga-se cruzando ao mesmo tempo a perna esquerda sobre a direita: Non tradus Dominum nostrum Jesus Christum. Amén.  Amén.   E o tiro não sairá. Também serve o mesmo feitiço para as armas brancas, pois é tão poderoso o efeito que causam estas palavras, acompanhadas do talismã, que, se alguém se encontre ameaçado de ser ferido por outro, pronunciando-as. Ficará este com o braço levantado, sem poder baixar mesmo que faça muito esforço.

Modo de fazer a Vara Divinatória No momento de sair do Sol pegue com a mão esquerda uma vara de aveleira silvestre que não tenha dado fruto. Na mão direita terás uma faca nova, com a qual cortarás, lançando apenas três golpes e dizendo: Eu te pego em nome de Eloim,  Aratrhon, Adonai e Semiphoras, a fim de que tenhas as virtudes da vara e Moisés e de  Jacob e me descubras o que desejo saber.

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Quando quiseres que a vara revele algo, deverá dar voltas, pois a terás nas mãos segurando pelos extremos, pronunciando o seguinte: Eu te mando, em nome de Eloim, Aratrhon, Adonai e Semiphoras, revelar-me tal coisa (o que se quer saber) Para fazer as moças e viúvas, verem durante a noite, o marido que terão As que desejam fazer esta prova tomarão uma rama de álamo branco, a qual atarão sua metade com fita branca e colocarão debaixo do travesseiro, ao deitar untarão as têmporas com um pouco de sangue de poupa, pronunciando a seguinte oração:   Kirios clementissime, qui Abraham servot uo dedisti uxorem; Saram et oração:  filioejus obedientissimo, per admirabilem signum, indicasti Rebecam uxorem; indica mihi ancillae tuae, quem sim nuptura virum, per ministerium tuorum spirituum Balideth, Abumalit. Amén. Ao dia seguinte, ao despertar-se, procurarão recordar do viram em sonhos durante a noite, se não tiveram nenhuma aparição de homem. Repetirão a operação nas noites das três sextas-feiras seguintes, e se nestas to pouco tiverem aparições de homem durante o sono, podem estar certas que não se casarão nunca. As viúvas poder fazer esta prova da mesma forma que as donzelas, com a única diferença que deverão dormir ao revés, isto é, colocando a almofada nos pés da cama.

Para fazer os moços e os viúvos, ver em sonho, a esposa que terão Pegaram coral bem pulverizado e pedra de imã igualmente reduzida a pó, que desfazerão em sangue de pomba branca, formarão um pouco de pasta, que envolveram em um pedaço de tafetá azul, e colocarão no pescoço com uma fita da mesma cor, deitando-se com ele, e ao deitar-se, colocarão debaixo do travesseiro uma raminha de mirto, pronunciando a oração anteriormente dita, substituindo as palavras: ancillae tuae quem sim nuptura virum, pelas seguintes: servo tuo quams im nuptares uxorem. No demais farão como o método anterior. Este último segredo foi retirado da obra intitulado “Os Encantos Mágicos” o

célebre mago Arbatel. Edição do ano de 1666.

Para ter fortuna em toda a classe de jogo Pegai um enguia, morta por falta de água, e a bílis de um touro morto pelos cachorros. Colocai a bílis e a pela da enguia, com um pouco de sangue de abutre, amarre os dois extremos de dita pele com um pedaço de laço de carrasco, faça-o secar em um forno, aquecido com samambaias, cortada na véspera de São João, depois formarás com isso um bracelete, na qual escreverás com teu próprio sangue, servindo-te para isso uma pluma de corvo, as seguintes letras: H V T Y, colocando os jogos.(*)esse bracelete ao redor de seu braço esquerdo, farás fortuna em todos 28

 

 

*Sem recorrer a coisas tão difíceis de realizar, poderás aprender o modo de ganhar em todos os jogos; para isso recomendamos a ti a obra de Franz Salzmann, intulado O Livro da Sorte.

 Segredo da vara do bom viajante No Dia de Todos os Santos, pegue uma rama de sahuco, retira o miolo que contém e enfeite sua extremidade inferior com uma ponteira de ferro, insira no interior os dois olhos de um lobo, a língua e o coração de um cão, três lagartos, três corações de andorinhas, tudo secado ao sol e pulverizado com salitre bem fino. Coloque em cima sete folhas de verbena pegas na véspera de São João, e uma pedrinha de várias cores que se pegou no ninho de uma poupa. Tape o extremo superior do bastão com raiz de bucho. Este bastão vos guardarás dos perigos e incômodos que geralm geralmente ente se apresenta nas viagens, seja por causa dos ladrões, dos cães raivosos, lobos e outras feras, das serpentes, escorpiões e demais insetos venenosos, e vos atrairá a benevolência das pessoas em cujas casas vos hospedareis.

Para que um cavalo faça em uma hora mais que outro faz em oito Na cevada do cavalo misturareis outra erva chamada satirión, em pedacinhos, untareis o alto de suas quatro patas e todo o seu ventre com gordura de cervo, e quando estiverdes montados e a ponto de marchar, faça-o voltar a cabeça ao leste e, tapando a boca e a orelha esquerda do cavalo, pronunciareis em voz baixa, por três vezes as seguintes palavras: Gaspar, Melchor, Balthasar , o cavalo começará a correr; se pendurar no pescoço do cavalos os dois dentes maiores de um lobo que mataram correndo, o cavalo nunca se cansa.

Para fazer cair um cavalo como se estivesse morto Pegue uma língua de serpente, que serpente, que cobrireis com cera virgem, introduzireis na orelha esquerda do cavalo e imediatamente cairá como se estivesse morto. Assim for retirada, levantará como se nada tivesse acontecido. Note para não deixar-la muito tempo no cavalo, para não prejudicá-lo.

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O FAMOSO SEGREDO da GALINHA PRETA Depois de minuciosas investigações, conseguimos o famoso segredo da “Galinha Preta”, as provas que realizamos para assegurar-nos que era o verdadeiro corresponderam às nossas esperanças. Aqui está: Pegue um galinha preta que ainda não botou e que seja virgem de galo, Faça de um modo que ao pegá-la, ela não grite, para isso faça as onze da noite, enquanto dorme. Dirija-se por um caminho real aonde haja uma encruzilhada, e ali, a meia noite, trace um círculo com uma varinha de cipreste, vá ao centro do círculo e corte em dois pedaços o corpo da galinha, pronunciando três vezes essas palavras: Eloim, Essaim! Frugativi et appellavi; volte,em seguida, a faze ao oriente, ajoelhe-se e recita a oração evocatória. Então se apresentará o Espírito vestido com um casaco escarlate trançado, com colete amarelo e calças verdes. Sua cabeça se parecerá com uma cabeça de cachorro, com orelhas de asno e coroado de dois chifres, suas pernas serão como as de um boi.(Veja a imagem da capa) Pedirás tuas ordens, dê-las por bem, pois não poderá negar-se a obedecerte, assim poderás fazer-se o mais rico e poderoso, e por conseqüência, o mais feliz homem dos homens.

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QUARTA PARTE Que contém OS RESPONSÓRIOS INVERSOS

Poucas pessoas ouviram falar dos “responsórios inversos”  e de seus espantosos efeitos, e muitas menos serão as que possuem o livro que dá a conhecer as terríveis maldições e as fórmulas do ritual de que vão acompanhadas. Por minha parte, manifestarei que não encontrei em livro algum a menos notícia de semelhantes responsórios*, se não fosse por uma feliz circunstância de minha vida, ignoraria, seguramente, a existência deles. Desde muito pequeno, ouvi falar dos responsórios e havia visto praticar as misteriosas cerimônias na casa de minha madrinha. Esta boa senhora havia sido educada em um colégio de freiras, em conseqüência, suas crenças eram claramente cristãs. Aqui não sei explicar essa contradição: como poderia minha madrinha dizer os responsórios sem comprometer sua alma de mulher devota? É verdade que os dizia exclusivamente a rogo de pessoas que lhe eram queridas e de muita confiança, e o fazia grátis fazia  grátis et amoré; de maneira que não via em sua conduta idéia de lucro, nem nenhum outro fim suspeito, senão o contrário, mostrava nele boa vontade e fé. Sem dúvida, não deixa de me surpreender que recitasse os responsórios tão extravagantes, como logo poderás julgar, e executar os estranhos ritos que lhe são inerentes, que também descreverei. Digamos antes para que sirvam os responsórios e os perigos que oferecem. Os “Responsórios Inversos” tem por objetivo castigar as pessoas que nos fez

algum dano ou nos tenha causado algum prejuízo injustamente. *Segundo referências, o famoso livro de bruxaria, intitulado Pactum, é o único que dá a conhecer largamente os “responsórios inversos”.  Se alguém, impulsionado pelo ódio e sem justo motivo, diz os responsórios para prejudicar alguém, seus efeitos são contrários, ou seja, que se favorece a pessoa odiada em vez de prejudicá-la, ao contrário o mal que se deseja se volta a quem solicita. 31

 

 

Isto é altamente moral e prova que a justiça divina impede aos maus de abusar de suas faculdades e poderes. Os “Responsórios Inversos’’ tem a rara virtude de castigar ao que nos faz

dano, ainda que não saibamos quem é o que se ocupa de prejudicar-nos. Por isso, os responsórios estão indicados nos casos de roubo, enfeitiçamento e calúnia, por serem seus autores, quase sempre, desconhecidos. Para fazer que se restitua um objeto roubado diga os “responsórios inversos”, e será devolvido ao seu dono, de uma maneira ou de outra, dentro de

breves dias. Se o ladrão se obstina em não devolver o roubado, sua saúde estará em perigo e uma enfermidade terrível acabará com sua vida. Para castigar ao pérfido bruxo e a bruxa maldita que se satisfazem em destruir uma casa, em fazer adoecer um indivíduo ou toda uma família, em fazer morrer o gado ou em outras maldades, os responsórios cumprem satisfatoriamente. O autor do mal correrá em seguida a desmanchar o feitiço, porque, se não o fizer, pagaria com sua vida. Os casos de calúnia e de inveja são igualmente castigados pela virtude dos responsórios. A pessoa que caluniou a outra se arrependerá disso, tão prontamente como se o tivessem dito, confessará sua abominável falta e devolverá a boa fama à pessoa que havia difamado. Se não o fizer, uma enfermidade desconhecida minaria sua existência.

Cerimonial que acompanha os Responsórios O homem ou a mulher, ao recitar os responsórios, fica em um quarto; nele não haverá mais móveis que uma mesa de pinho, esta deve estar coberta por completo por um pano negro. Na mesa se coloca dois castiçais de barro envernizados, com uma distância de três palmos um do outro. Cada castiçal terá sua vela de cera pura, de cor verde. No meio dos castiçais se coloca um copo de cristal cheio de água límpida. O dia da cerimônia deve ser uma sexta feira ao pôr do sol. O invocador estende os braços de modo que suas mãos se toquem pelas pontas dos polegares, que vão parar em cima do copo, sem tocá-lo. Enquanto recitem os responsórios, deverão estar fixos os olhos no copo de água, e se fecharão ao batizar-se, que será feito quando a cruz o indique .

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OS RESPONSÓRIOS Começam assim: Panem caelestem accipiat sit nomen Domine, invocabis.

Amén.

2. Espírito do Bem ou do Mal, seja quem for que ajuda-me. Eu te invoco! 3. Eu quero que te apresentes aqui mesmo e agora mesmo. 4. Quero que te apresentes invisível para mim e para os demais. 5. Quero que não haja ruído de nenhum tipo, nem mostres sinal algum, visível ou invisível. 6. Quero que não perturbes a paz desse lugar. 7. Quero que seja assim.

Amém.

Os sete parágrafos anteriores constituem a invocação. Esta forma é invariável em todas as petições. Logo se “dizem” os responsórios apropriados para cada caso. Estes

responsórios são muitos, mas nós conheceremos unicamente dois, por serem os mais importantes.

RESPONSÓRIO Para fazer devolver uma coisa roubada

Homem ou mulher! Lobo, serpente. Jovem ou velho! Morcego, Burro. És criatura por mim desconhecida, mas não és do Vento, nem da Água, nem do Fogo, nem da Terra. Estás perdida para sempre, criatura sem dentes, sem cabelo, sem vista, se não me devolver ipso facto que me tens roubado. Os Espíritos malignos, o remorso já se apoderara de ti. Moram em teu coração, habitam em tuas entranhas. Ai de ti, criatura desgraçada, se não devolver ao seu dono (Fulano de tal) o que lhe pertence! Ai de ti, se minha vontade e minha fé, anjos do fogo, invocam aos quatro Espíritos elementares, que escutando-me estão! Ai de ti, se sobre tua cabeça se estendam as asas de Satanás! Duvidas todavia? Vacilas? Pois caia sobre ti a fonte de meu ódio!Ahá! Ahá! Ahá! Seja! Seja! Seja! E Será! Será! Será! Agora, amanhã e uma eternidade, Eloim Adonai, Jeová. A cólera celeste começa a se manifestar. Os quatro elementos mesclando-se vão. E este responsório prontamente realizará, e ninguém, ninguém saberá. Pelos séculos dos séculos, enterrado ficará. Eloim, Adonai, Jeová Amém. 33

 

 

RESPONSÓRIO Para castigar a pessoa que nos faz algum mal seja por obra de magia ou calúnia

Homem ou mulher! Lobo, serpente. Jovem ou velho! Morcego, Burro. És criatura por mim desconhecida, mas não és do Vento, nem da Água, nem do Fogo, nem da Terra. Par pai refertur. Agora se lê a conjuração de São Cipriano: Eu não conhecia teu Nome santo e terrível, Altíssimo Senhor: mas agora sei que és Deus forte, Deus Grande, Deus Onipotente, Deus Eterno. Eu atava as nuvens e impedia cair a chuva sobre a face da terra, e a erva da terra se secava, as árvores não davam frutos, as colheitas murchavam nos campos. Eu passava por meio de um rebanho e as bestas se dispersavam e se perdiam. Eu encantava um homem, uma mulher, uma criança, só com um olhar, meu poder para o mal era muito grande, mas até agora não conheci a ciência secreta do bem, ó Grande e Poderoso Senhor! Ó Deus Onipotente e Eterno! Eu rogo que te concedas ao seu humilde servo Cipriano que todo homem e mulher que rezar devotamente minha oração se veja livre e feitiços, possessões, encantos, sortilégios e outros males da bruxaria, assim como te preserves de tempestades, furacões, raios e incêndios. Amém. Depois de ter lido atentamente o que precede, se rezará a seguinte oração:

ORAÇÃO DE SÃO CIPRIANO Anula e desvanece, Altíssimo Deus Criador Nosso , pelas orações dos anjos bons e pelos santos que te rodeiam, todos os sortilégios e amarras que foram feitas ou farão (de dia ou de noite) pelos homens infames e pelas mulheres perversas contra teu servo. E que seus inimigos e contrários sejam amaldiçoados... E que seja desenfeitiçado de qualquer malefício feito por invocação, virtudes e potências infernais, mesmo que forem feitos por figuras gravadas em ouro, prata, cobre, estanho, ferro ou chumbo, ou outro metal qualquer, por ossos de mortos, humanos ou animal de quatro patas, ou de aves noturnas, da mesma maneira se foi feito o feitiço com lã, linho, seda, algodão ou cânhamo, pertencentes de pessoa morta ou viva, sã ou doente, ou com cabelos e unhas de cristão, mouro, judeu ou herege, ou se foram enterrados em sepulturas de gigantes, ou de hebreus, ou sarracenos, ou de cristãos; e os que estão feitos na pedra, ou de madeira ou de ervas; ou na (do mar de ou do rio) ou e também malefícios feitos por livros em ou palavras, ou água em estátua, metal de cera,osou em sinais desenhados 34

 

 

pergaminhos, também os feitos em montanhas ou em vales, em fortalezas ou em castelos de mouros, em campo ou em vinhedo, em bosque ou em selva, junto a uma árvore ou embaixo de uma mata ou pedra, em cabana ou em casa de campo, na parede de uma igreja, convento ou eremitério, no alicerce ou poço de uma casa, ou em qualquer outro lugar da terra, elevado ou profundo, também os em forma de comida ou bebida, que apodrecem em águas corrompidas ou consumidos pelo fogo. Ó Deus Deus Poderoso, bom edeterrível! que desapareçam desfaçam todasSanto, as más coisas ditas e feitas Oriente Faça a Ocidente... Livrando dee todo mal e perigo, de ventos e de granizo, de chuvas e tempestades, de raios e faíscas, de fantasmas e visões, de emboscadas e traições, de adagas e facas, de tudo que é mau. Glória ao Pai, Glória ao Filho, Glória ao Espírito Santo, Amém.

SANTA CÓPIA Que foi encontrada no santo sepulcro de nosso senhor Jesus Cristo “Copia da relação que foi encontrada no   SANTO SEPULCRO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO Que tem o santo Pontífice em seu oratório e o rei Felipe IV em uma lâmina de prata. E diz que estando Santa Brígida e Santa Isabel, rainha da Hungria, depois de ter feito uma prece ao Nosso Senhor Jesus Cristo, desejosas as santas de saber sua Paixão santíssima, se lhes apareceu o Senhor e lhes disse as palavras seguintes: Sabei, minhas filhas, que os soldados que me prenderam foram duzentos e um, que me levaram preso vinte e cinco, deram-me na boca trinta socos; quando preso, soldados cento dez empurrões levantar-me, oito golpes dois na boca, centoderam-me e cinqüenta no epeito, e cinco milpara seiscentos e setenta chicoteadas me deram amarrado em uma coluna, ficaram em meu corpo cento e um feridas, e mil e seiscentos buracos mortais, cai com a Santa Cruz três vezes,e o sangue que derramei foram trezentas mil seiscentas e setenta gotas, qualquer pessoa que rezar sete ave-marias e sete pais-nosso por doze anos, cumprirá o número de gotas de sangue que derramei, lhe concedo cinco graças: A primeira, redenção de todos os seus pecados. A segunda será livre das penas do purgatório. A terceira, que se morrer antes dos doze anos, será como se tivesse cumprido. A quarta, descerei do céu para receber sua alma em meus braços, prazerosamente com seus parentes. A quinta, que os que trouxerem essa cópia consigo, serão livres do demônio e não serão mortos de má sorte. E em qualquer casa que estiver, não haverá visões diabólicas. Quatro dias antes de sua morte, descerá minha Mãe Santíssima para acompanhar-lhes e consolar-lhes. A mulher que tiver essa cópia, 35

 

 

estando em parto, dará a luz sem nenhum perigo. O que trouxer essa cópia, colocará seu nome e sobrenome, dia, mês e ano. Impressa em Roma, reimpressa em Madrid, em Havana, no México, e atualmente em Puebla, na gráfica de Juan N. Del Valle” 

CONTRA OS DEMÔNIOS Oração, conjuração e exorcismo para expulsar os maus espíritos do corpo de uma pessoa O exorcista que tiver que fazer essa obra de caridade, não deve acreditar facilmente no que digam, porque nesses endemoniados há muito engano. Para isso convém que, depois de ter ouvido aos que lhe levem ao enfermo, pergunte em segredo ao paciente o estado de sua alma e a quanto tempo padece, que acidente ocorreu e em que parte, e desta relação deduz-se que há possessão diabólica, arme-se de fé, coloque sua confiança em Deus e comece sua louvável obra com o seguinte:

ORAÇÃO ONIPOTENTE e eterno Deus, que formaste o homem a tua imagem, olhe para este servo teu, que é vítima das maldades do Espírito imundo, o antigo inimigo do Céu e da Terra. Expulse, Senhor, a força do diabo e seus artifícios fraudulentos para que fuja para longe o impuro tentador. Com o selo da Santa Cruz seja armado teu servo na alma e no corpo (se faz três cruzes no peito dizendo): Tu guardas o interior deste corpo. Tu vives nas entranhas. Tu confirmas para que se desvaneçam da alma as tentações da potência infernal. Conceda Senhor, a graça desta invocação de teu Santíssimo Nome, que o quesincero até aqui fujadeaterrorizado marche vencido, e que este seu servo, deaterrorizava, mente e firme coração, te epossa prestar a devida servidão. Amém. Dita a oração que antecede, se borrifará com água benta o corpo do possuído. Logo se fará o seguinte:

CONJURAÇÃO Te conjuro , antiga serpente, pelo Juiz dos vivos e dos mortos, pelo Supremo Criador, por aquele que tem a potência de levar-te ao inferno, te mando que sem demora te marches, com todas as suas obras e malefícios, deste servo de Deus, que açude ao peito da Igreja. Te conjuro , uma e mil vezes, não confiante em meu pouco valer, senão pela virtude do Espírito Santo, para que saias deste 36

 

 

servo de Deus, a quem o senhor Onipotente fez em sua semelhança (se borrifa três vezes água benta no corpo do possuído). Ceda em seguida, não a mim, senão ao Ministro Cristo. Te insiste o poder Daquele que te subjugou sobre o império de tua cruz . Tema o braço daquele, que conduziu as almas a luz, aterrorize-te (cruz no peito do possuído) ante o corpo do homem, obre de Deus; espanta-te (cruz na testa) ante a imagem de Cristo, seu único filho. Não resistas, nem atrases em sair deste homem, porque a Jesus lhe agradece habitar no homem, e não creias que me há depreciar, pois conheces que sou demasiado pecador. Te manda Deus Pai, te manda Deus Filho, te manda Deus Espírito Santo, te manda o Sacramento da Cruz. Assim pois, espírito maldito, vilão, rústico, besta sarnenta, porco magro, Marcha-te para sempre desta criatura. . Da honra a Deus vivo e verdadeiro, maldito diabo, cão raivoso, dragão infernal. Da honra a Jesus Cristo Nosso Senhor. Da honra ao Espírito Santo. Paráclito, distancie-se deste servo de Deus, e enquanto não saias, este sinal da Santa Cruz, que a fizemos em sua testa, seja para ti e para teus companheiros, açoitarás duramente para que sejam atormentados. . Assim Seja. Levante-se Deus e dispense seus inimigos. Que fujam da sua presença os que lhe odiaram. O Senhor seja conosco

E com seu espírito

Amém.

Logo se dá a beijar um santo Cristo ao endemoniado e logo se exorciza.

EXORCISMO Te exorcismo , espírito imundo, para que afastes, maldito, Que seja expulso em nome do Pai , do Filho e do Espírito Santo, para que não descanses, nem cesses de contínuo trabalho, até que, desfeitos todos os malefícios, enfermidades e dores, tanto da alma como do corpo, e dando sinal verdadeiro, te marches para sempre desta criatura, com todo teu acompanhamento. Assim Seja. O senhor esteja conosco

E com seu Espírito.

Amém.

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