Os Rituais Cabalísticos

January 26, 2019 | Author: Reikiana Anabela | Category: Liberty, Kabbalah, God, Morality, Universe
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Os rituais Cabalísticos Cabalísticos

(Palestra de 15/10/1998) As próx próxim imas as pale palest stra rass esta estarã rãoo fala faland ndoo do coti cotidi dian anoo do cabali cabalist sta, a, ou seja seja,, o que que é a vida vida do cabalista e quais são as interpretações que a Tradição dá a deter determi minad nados os fenô fenôm menos enos do diaa diaadi dia! a! " uma uma forma de tra#er a realidade da tradição para o mundo  palpável! $as aulas, a %ente aprende a filosofia, filosofia, a técnica, a usar o potencial dos nomes sa%rados, das meditações, das letras sa%radas do alfabeto &ebraico, e durante durante as palestras, palestras, aprender aprenderem emos os como como interpret interpretar  ar  determinados fenômenos do diaadia ' lu# da Tradição, e princ principa ipalm lmen ente, te, dos dos texto textoss anti%o anti%oss e sa%rad sa%rados os da Trad Tradiç ição ão!! (e &ouv ouver al%u al%um ma ques questã tãoo que que ten& ten&aa acontecido durante a semana, ou em nossa vida, no mundo ou na nossa sociedade, qualquer coisa, traremos  para a palestra e a usaremos como temática para ela! (obre (obre um assunto assunto atual, faremos faremos uma interpre interpretação tação cabal)stica, procurando transformar num ensinamento!  Hoje falaremos sobre o cotidiano, a vida, os hábitos e os rituais principais existentes dentro da tradição! *uitos alunos não sabem quais são os rituais

 básicos da tradição! An Antes tes disso, vale a pena dissertarmos um pouco sobre o si%nificado do ritual dentro da tradição! +u já ouvi muitas pessoas falarem,  por a) a fora, +u não %osto de ritual, isso não me serve, eu quero um camin&o espiritual que não me impon&a rituais!!!- $a verdade, a vida sem ritual não é exist.ncia espiritual/ não só a tradição cabal)stica como dive divers rsas as tradiçõ tradições es nos nos falam falam sobre sobre isso! isso! 0 ritual ritual é fundamental/ fundamental/ nós até já falamos sobre isso em palestras anteri anterior ores es,, mas mas eu volto volto a afirm afirmar, ar, o ritual ritual é al%o al%o fundamental para a vida! *esmo para a vida moderna, contempor1nea! 2or dois motivos3 primeiro motivos3 primeiro , porque a  função do ritual é fazê-lo lembrar , sempre! 4embrar se primeiro de sua condição de criatura, e isso é uma %rande vacina- para o e%o! A %ente sai da prepot.ncia, prepot.ncia, sempre nos submetemos a acreditar em al%o que seja maior do que nós, e isso é muito raro &oje em dia, as  pessoas de uma forma %eral, não consideram consideram que existe al%o além de sua própria vontade3 é por isso que elas não respeitam leis, a velocidade no tr1nsito, pois não  pensam que possa possa existir al%o maior do que elas, nem a lei, lei, nem nem o bom bomsen senso so nem nem 5e 5eus us!! Assim ssim,, quan quando do tra#emos o ritual para nossa vida, estamos tra#endo a  presença de de al%o maior! maior! A segunda coisa  segunda coisa importante em relação ao ritual toda vez vez que que faze fazemo moss um ritua ritual, l, esta estamo moss é que que, toda admitindo que existe uma linuaem sarada dentro de n!s, que existe um conjunto de s)mbolos, códi%os e

ima%ens que, no diaadia, não conse%uimos acessar  faci facilm lmeente! nte! (e não não usar usarm mos essa essa lin% lin%ua ua%%em, em, o inconsciente se sobrecarre%a e, de al%uma forma, isso será será desp desper erto to de um meio eio até até viol violen ento to,, ou seja seja,, acabaremos desencadeando essa ener%ia primária dentro

de nós através de uma neurose, através de viol.ncia, de crises, enfim, de diversos fenômenos caracter)sticos do mundo undo moder oderno no devi devido do ' falta falta de espa espaço ço dess dessaa lin%ua%em primitiva c&amada ritual! Assim, todas ve# que c&e%amos em casa e acendemos uma vela, um incenso, fa#emos uma oração em um idioma estran&o, estamos diante de coisas que não são freq6entes, que não são comuns ao nosso diaadia3 poucas pessoas atualmente acendem velas, a não ser quando falta lu#7 8uando o fa#emos e damos a isso uma poesia, um si%n si%nif ific icad ado, o, um sent sentid idoo espi espiri ritu tual al,, esta estam mos nos nos comunicando com o inconsciente, e di#endo a ele que se manifeste, que apareça neste instante! +le aparecerá de qualquer jeito, mesmo que não o façamos! 2orém, ele 's ve#es aparecerá na forma de viol.ncia, de loucura, de al%uma forma3 não podemos abafar o inconsciente! +ssa é uma forma de l&e dar espaço! 9m terceiro %ran %rande de motiv otivo, o, um prin princ) c)pi pioo fundamental, é de criar um padrão ético para o ser  humano! O ritual é sempre uma limitação! limitação ! 2ara fa#er  um ritual, temos que interromper interromper tudo, parar, para fa#er  o ritual! + &oje em dia, parar para fa#er um ritual é um sacrif)cio, pois isso é exatamente o que a sociedade nos di#, o que o mundo nos di#3 $ão pare7 $ão perca tempo tempo com com essa essa bob boba% a%em em,, com com essa essa beste besteira ira,, faça faça al%uma coisa que l&e d. din&eiro7 8ue l&e d. retorno, que que seja seja produt produtiv ivo!o!- + qua quand ndoo entram entramos os em uma uma tradição, ela nos di#3 pare seu tempo para fa#er isso, ou seja, crie dentro de sua vida diária, comum, um tempo alternativo, espiritual, d. espaço ao nascimento de um tempo tempo espiri espiritua tuall em sua exist exist.n .ncia cia!! 0 ritual ritual tem a finalidade de lembrar ao ser &umano a respeito da noção de :em :em e de *al! *al! A %rand %randee ferr ferram amen enta ta cont contra ra o materialismo é exatamente a ética e a noção de moral! 0 que o materialismo racionalista nos di#; 8ue somos apen apenas as um ser ser qu)m qu)mic ico, o, e toda todass noss nossas as atitu atitude dess e reaç reaçõe õess se base baseia iam m fund fundam amen enta talm lmen ente te em noss nossaa qu)mica! (omos um conjunto de células, e qu)mica que  justificam todas as nossas atitudes/ qualquer reação &umana, para o racionalista, estão calcadas na qu)mica or%1nica! 0ra, mas os %ases do universo, as células, os átomos não possuem ética, não possuem moral3 então, se admiti admitimo moss que que o univ univers ersoo baseia baseias see apenas apenas em qu)mica, em %ases, em átomos, pensarmos sobre moral seria al%o estA A?0$T+?>50! *as, a partir do momento que 5eus disse >sto é proibido-, se Adam passasse e pensasse A&, estou com uma vontade de comer, mas não vou comer porque é proibido-, isso é liberdade3 liberdade de escol&a! 0u então se Adam passasse e pensasse A&,  proibido nada, vou comer assim mesmo-, isto também é liberdade! Assim, no momento em que temos limites, temos liberdade! As pessoas ima%inam a liberdade como fa#er o que desejam na &ora que desejam, mas isto não é liberdade! A liberdade é quando, no momento em que sabemos que al%o não pode ser feito, escol&emos fa#er  ou não fa#er3 neste instante nasce a liberdade! + o ritual é essa idéia da cerca, do limite! " uma força @essa força que c&amamos de egrégora, de tradição, que di# toda Ea  feira ' noite voc. acende duas velas, as velas do (&abat-! (e um dia voc. acende as velas, o fará porque é livre para escol&er e fa#er, e o mesmo se escol&er não acender! A%ora, se voc. não está nem a) para as velas, não &á liberdade nisso! (e não temos rituais, &ábitos, fronteiras, limites em nossa vida, não temos liberdade3 somos escravos absolutos dos nossos impulsos reativos! A liberdade também é sinônimo e con&ecimento, e é por  isso que a ?abala& é uma tradição de con&ecimento! $o entanto, a ?abala& divide esse con&ecimento3 ela afirma que con&ecer já é uma %rande coisa, já é &abitar uma esfera superior! &as não podemos parar em conhecer" e sim seguir até entender e sa!er ! +ntender já é aplicar! 2ara aquela pessoa que não tem a menor paci.ncia para entender o si%nificado das velas de (&abat, ela não  precisa fa#er um curso de ?abala&, precisa somente acender as velas! >sso já é o suficiente3 primeiro ela acende, depois ela irá entender, e depois saber, que já é um estado mais elevado!  'iste outro mais ele$ado ainda %ue é re$elar ! A árvore que até a%ora c&amamos de árvore proibida é a Frvore do ?on&ecimento do :em e do *al, do que é certo e o que é errado, o que é  permitido e o que não é permitido! 2or que o cabalista coloca rituais em sua vida; +le fa# coisas que existem &á mil&ares de anos, para lembrar de sua função no mundo, que ele não é onipotente e que existe e sempre existirá al%o acima dele3 a famosa vacina- para o e%o! + ele sempre estará fa#endo a opção pela escol&a, pela liberdade! $o momento em que temos ritual em nossa vida, temos liberdade de escol&a!

Os Rituais Cabalísticos

+sse sentido de fa#er parte, de inte%rarse a al%uma coisa é fundamental3 é mais importante até mesmo que 5eus! >sto é um dos fatos mais interessantes da Torah3 estava lá nosso ami%o Adam, no "den, e ele tin&a tudo3 as aves do céu, os peixes do mar, as feras selva%ens, as plantas e tin&a 5eus! + de repente, 5eus vira para ele e di#3 $ão é bom que estejas só-! *as como só; +le tin&a todo o universo e 5eus ao seu lado, e até 5eus considerava que ele estava so#in&o3 pois ter  5eus falando com voc., o universo a seus pés, ter tudo, não é absolutamente nada se voc. está só, se não ten&a o outro! +sse outro com quem compartil&ar pode ser um &omem ou uma mul&er, a e%ré%ora, a comunidade, a sociedade, o pa)s, a cultura, enfim, o próximo, o semel&ante, este é um conceito muito vasto, mas é fundamental! Também o ritual tem essa finalidade, de apresentar a voc. essa possibilidade de encontrar o semel&ante, aquele que fa# exatamente o que voc. fa#, aquele que baseia sua exist.ncia em princ)pios semel&antes aos seus princ)pios! " em se perceber  fa#endo parte de um propósito maior, coletivo! A idéia do ritual também é essa3 quando um cabalista fa# um ritual, ele tem a plena consci.ncia de que mil&ares de outros cabalistas espal&ados pelo mundo estão fa#endo a mesma coisa que ele! + isso dá uma %rande se%urança,  pois voc. não se sente só, isolado, perdido no universo! +, também, sua ener%ia não fica so#in&a! Ao estudar  ?abala&, não devemos pensar no detal&e imediato de locali#ação, e sim que fa#emos parte de uma tradição que existe &á mil&ares de anos sobre a Terra! " al%o muito maior! Assim, passamos a nos sentir mais fortes e mais semel&antes, passamos a nos sentir ima%em e semel&ança de 5eus! $os dias de &oje, é muito valioso res%atar esse conceito, pois estamos sempre sendo empurrados a nos sentirmos menores, cada ve# mais impotentes diante do mundo, diante das coisas! Todos os dias, nos são apresentadas possibilidades de impot.ncia, de fracasso! 2odemos trabal&ar feito loucos para comprar aquele carro, o carro dos nossos son&os, e então li%amos a TB e vemos que já lançaram um mais moderno!!! 4embremos do ?omplexo do comercial de mar%arina-3 no comercial de mar%arina, é tudo perfeito3 todos acordam bonitos e saudáveis, o cac&orro não late de man&ã e o fil&o prepara o café da man&ã!!! 0 conceito de %rande#a se modifica3 o conceito de valor se modifica, aquilo que até então era considerado al%o de extremo valor passa a não ser mais al%o de extremo valor! A nossa refer.ncia de valor, de  prosperidade, de reali#ação pessoal se torna outra, totalmente diferente! $ão que voc. vá morrer de fome3 obviamente ela será perfeitamente viável no mundo moderno, uma tradição só serve se for perfeitamente adequada ao mundo em que se vive, se ela trouxer uma consci.ncia, e não uma alienação, dessa realidade! 2orém, essa consci.ncia da realidade terá que se modificar a partir de uma modificação de valores interiores, e só conse%uimos isso através de um camin&o espiritual! Bolto a afirmar que nin%uém conse%ue isso

so#in&o! +ssa coisa de eu ten&o o meu camin&o- não funciona3 ou se assume um compromisso com al%o que existe e que possa nos dar inclusive uma visão de fora, ou estaremos tapeando o e%o3 ele será um e%o reli%ioso, mas continuará a ser um e%o! Boc. não pode ter o seu 5eus-/ isto pode ser  uma decepção, mas é uma realidade3 necessitamos de al%o exterior a nós, um mestre, uma tradição, o que está escrito, a &istória, porque se não tivermos isso, não teremos al%o externo para indicar um padrão de consci.ncia errado sobre o qual podemos calcar muitas coisas em nossas vidas! *uito do que consideramos verdade, diante de uma escola, uma tradição ou filosofia, é poss)vel que nos di%am que aquilo não é verdade! =alemos, então, sobre os rituais3 eles se dividem em diários, semanais, mensais e anuais! 9m cabalista fa# tr.s rituais diariamente3 o primeiro é feito pela man&ã e é muito simples, pois os rituais da ?abala& são sempre muito simples, apesar de muitos! 2ela man&ã, recomendase a leitura do (almo 2essoal-3 a Tradição nos di# que o (almo 2essoal é calculado somandose H ' idade em que estamos, até o próximo aniversário!  $esse dia, passamos ao salmo se%uinte! $ós sempre lemos um salmo ' frente da nossa data de nascimento,  pois ele irá conter exatamente o que precisamos cumprir  nesse tempo de idade! Até completar o próximo aniversário, temos que reali#ar tudo aquilo que está no salmo desse ano! 5uas coisas estão por trás disso3 a  primeira é se conscienti#ar da fase da vida em que nos encontramos @al%uns salmos são muito pesados, mas estão relacionados a uma fase provavelmente muito  pesada também! Temos %ue compreender %ue um  salmo não é uma oração, é um tema, uma temática sobre a qual devemos refletir3 ele só firma o que aconteceu ou o que está para acontecer!   uma narrati$a histrica3 pode ser de esperança, de amor, de .xtase, de %uerra, de dor, de perda, enfim, pode ter  vários temas! " al%o que aconteceu em um per)odo &istórico e tem a mesma freq6.ncia ener%ética do ano  pelo qual se está passando! Bale a pena refletir, nesse ano de vida, sobre o tema, pois assim nos preparamos  para os desafios da vida, pois os salmos são cantos de combate, de %uerra, e a exist.ncia nada mais é do que um processo de %uerra! $ão podemos fu%ir disso! +m se%undo lu%ar, é uma forma de sempre visar  al%o ' frente, pois quando fa#emos, por exemplo, IJ anos e H dia, já estamos no IH o ano! Assim, na verdade  já estamos vivendo os IH anos! + por que de man&ã cedo; 2orque é um bom momento para refletir sobre nossa missão, na vida, durante o ano corrente! As  pessoas t.m o &ábito de, quando fa#em orações, de fa#.las ' noite3 %eralmente, se voc. fe# um monte de  besteiras durante o dia, voc. perdão e dorme tranq6ilo!!! A mel&or oração é aquela que fa#emos de man&ã, pois  já lembramos de man&ã, já vestimos- aquela força! +sse é o ritual da man&ã! I

Os Rituais Cabalísticos

@+xistem tr.s salmos de fortalecimento pessoal3 o KH, o GI e o HHL! 0 ritual a fa#er cedo pela man&ã é bem simples3 ao acordar, a primeira coisa a fa#er é lavar as mãos,  pois quando son&amos, nossa ener%ia se desprende do corpo, va%ando por camin&os, por planos, e se%undo a Tradição, as ener%ias ne%ativas que podemos ter  encontrado se depositam nas un&as! 8uando vamos a al%um lu%ar, mesmo que não pe%uemos em nada, se &ouverem ener%ias ne%ativas elas se depositarão nas mãos! Assim, a primeira coisa a fa#er ao acordar é lavar  as mãos! As un&as, de uma forma %eral, são por onde captamos e emitimos ener%ia! Assim, lavamos e secamos as mãos, pe%amos nosso livro de salmos e lemos o salmo pessoal! 0 se%undo ritual, %eralmente recomendado somente aos alunos que estão em uma academia de ?abala&, é a oração do  *nah +echoah! +ssa é uma oração muito anti%a da ?abala&, é a mais importante da Tradição, sendo um pedido de aux)lio ' e%ré%ora! Ceralmente, é feita 's HL3JJ! 0 ?ristianismo pe%ou isso do Muda)smo3 é a &ora da re$oada dos an#os" a hora em %ue os ,- an#os do cinturão da Terra" como são chamados" circulam o planeta .s 1800! +sse é um  per)odo má%ico, muito forte, e devese aproveitar! " o &orário que não é nem dia nem noite3 não é preciso ficar  nessa paranóia de ol&ar para o reló%io, até mesmo  porque os anti%os não tin&am reló%io! " naquele &orário em que não é nem dia nem noite, em que a ener%ia masculina solar e a ener%ia feminina lunar estão entrelaçadas! $o momento desse entrelace, di#emos o  *nah +echoah! 0 terceiro ritual diário é o ritual antes de dormir! + a), temos uma opção3 ou lemos o salmo da academia de ?abala& freq6entada, que é falado toda semana e que tem a ver com a ener%ia sendo passada a nós, ou lemos um cap)tulo da Tora& @2entateuco! +sses são os rituais diários! 0s rituais semanais também são muito importantes, existindo tr.s rituais semanais3 o ha!at , que é a celebração da passa%em de Ea  feira para o sábado! $o juda)smo, &á um certo ri%or, pois existe um &orário exato do crep
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