Os primeiros dragões que apareceram na cidade muito sofreram com o atraso dos nossos cost costum umes es.. Rec eceb eber eram am prec precár ário ioss en ensi sina name ment ntos os e a sua sua form formaç ação ão mora morall fico ficou u irremediavelmente comprometida pelas absurdas discussões surgidas com a chegada deles no lugar. lugar. Poucos souberam compreende-los e a ignorância geral fe com que! antes de iniciada a sua educação! nos perd"ssemos em contradit#rias suposições sobre o pa$s e raça a que poderiam pertencer. % controv&rsia inicial foi desencadeada pelo vigário. 'onvencido de que eles! apesar da apar"ncia d#cil e meiga! não passavam de enviados do dem(nio! não me permitiu educalos. Ordenou que fossem encerrados numa casa velha! previamente e)orcismada! onde ningu&m poderia penetrar. %o se arrepender de seu erro! a pol"mica *á se alastrara e o velho gramático negava-lhe a qualidade dos dragões! +coisa asiática! de importação europ&ia,. m leitor de *ornais! com vagas id&ias cient$ficas e um curso ginasial feito pelo meio! falava em monstros antediluvianos. O povo benia-se! mencionando mulassem-cabeça lobisomens. %penas as crianças! que brincavam furtivamente com os h#spedes! sabiam que os novos companheiros eram simples dragões. ntretanto! elas não foram ouvidas. O cansaço e o tempo venceram a teimosia de muitos. /esmo mantendo suas convicções! evitavam abordar o assunto. 0entro em breve! por&m! retomariam o tema. 1erviu de prete)to uma sugestão do aproveitamento dos dragões na tração de ve$culos. % id&ia pareceu boa a todos! mas se desavieram asperamente quando se tratou da partilha dos animais. O n2mero destes era inferior aos dos pretendentes. 0ese*ando encerrar a discussão! que se avolumava sem alcançar ob*etivos práticos! o padr padre e firm firmou ou um uma a tese tese33 Os drag dragõe õess rece recebe beri riam am no nome mess na pia pia bati batism smal al e seri seriam am alfabetiados. %t& aquele instante eu agira com habilidade! evitando contribuir para e)acerbar os ânimos. se! nesse momento! faltou-me a calma! o respeito devido ao bom pároco pároco!! devo devo cul culpar par a insens insensate ate reinan reinante. te. 4rrita 4rritad$s d$ssim simo! o! e)pand e)pandii o meu desagr desagrado ado - 1ão dragões5 6ão precisam de nomes nem do batismo5 Perpl erple) e)os os com com a minh minha a atit atitud ude! e! nu nunc nca a disc discre repa pant nte e das das deci decisõ sões es acei aceita tass pela pela coletividade! o reverendo deu largas 7 humildade e abriu a mão do batismo. Retribui o gesto! resignando-me 7 e)ig"ncia de nomes. 8uando! subtra$dos ao abandono em que se
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encontravam! me foram entregues para serem educados! compreendi a e)tensão da minha responsabilidade. 6a maioria! tinham contra$do mol&stias desconhecidas e! em conseq9"ncia! diversos vieram a falecer. 0ois sobreviveram! infelimente os mais corrompidos. /elhor dotados em ast2cia que os irmãos! fugiam 7 noite! do casarão e iam se embriagar no botequim. O dono do bar se divertia vendo-os b"bados! nada cobrava pela bebida que lhes oferecia. % cena! com o decorrer dos meses! perdeu a graça e o botequineiro passou a negar-lhe álcool. Para satisfaerem o v$cio! viram-se forçados a recorrer a pequenos furtos. 6o entanto eu acreditava na possibilidade de reeducá-los e superar a descrença de todos quanto ao sucesso da minha missão. :alia-me da amiade com o delegado para retirá-los da cadeia! onde eram recolhidos por motivos sempre repetidos3 roubo! embriague! desordem. 'omo *amais tivesse ensinado a dragões! consumia a maior parte do tempo indagando pelo passado deles! fam$lia e m&todos pedag#gicos seguidos em sua terra natal. Reduido material colhi dos sucessivos interrogat#rios a que os submetia. Por terem vindo *ovens para a nossa cidade! lembravam-se confusamente de tudo! inclusive da morte da mãe! que ca$ra num precip$cio! logo ap#s a escalada da primeira montanha. Para dificultar a minha tarefa! a*untava-se 7 debilidade da mem#ria dos meus pupilos o seu constante mau-humor! proveniente das noites mal dormidas e ressacas alco#licas. O e)erc$cio continuado do magist&rio e a aus"ncia de filhos contribu$ram para que eu lhes dispensasse uma assist"ncia paternal. 0o mesmo modo! certa candura que flu$a dos seus olhos obrigava-me a revelar faltas que não perdoaria a outros disc$pulos. Odorico! o mais velho dos dragões! trou)e-me as maiores contrariedades. 0esastradamente simpático e malicioso! alvoroçava-se todo 7 presença de saias. Por causa delas! e principalmente por uma vagabundagem inata! fugia 7s aulas. %s mulheres achavam-no engraçado e houve uma que! apai)onada! largou o esposo para viver com ele. ;udo fi para destruir a ligação pecaminosa e não logrei separa-los. nfrentavam-me com uma resist"ncia surda! impenetrável. %s minhas palavras perdiam o sentido no caminho3 Odorico sorria para Raquel e esta! tranq9iliada! debruçava-se novamente sobre a nossa roupa que lavava. Pouco tempo depois! ela foi encontrada chorando perto do corpo do amante. %tribu$ram sua morte a tido fortuito! provavelmente de um caçador de má pontaria. O olhar do marido desmentia a versão. 'om o desaparecimento de Odorico! eu e minha mulher transferimos o nosso carinho para o 2ltimo dos dragões. mpenhamo-nos na sua recuperação e conseguimos! com
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algum esforço! afastá-lo da bebida. 6enhum filho talve compensasse tanto o que conseguimos com amorosa persist"ncia. %meno no trato!
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