ORTIZ, Renato. a Moderna Tradição Brasileira

May 2, 2019 | Author: Vinicius Noronha | Category: Sociology, Émile Durkheim, Frankfurt School, Theodor W. Adorno, Capitalism
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Renato Ortiz - A Moderna Tradição Brasileira...

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A MODERNA TRADIÇÃO BRASILEIRA Cultura Brasileira e Indústria Cultural Renato Ortiz Editora brasiliense CONTRA CAPA Air!a"se nor!al!ente #ue $o Brasil !udou% nos últi!os anos& Mas e! #ue sentido' ( a )artir desta )er*unta #ue Renato Ortiz reto!a a )roble!+ti,a da ,ultura brasileira- )ara a #ual as id.ias de !oderniza/0o e de !odernidade 1+ n0o !ais se a)resenta! ,o!o u! )ro1eto 2 ,o!o nos anos 34- 54 e 64 2 !as ,o!o u!a realidade #ue se i!)7e ,o!o tradi/0o& tradi/0o& Analisando Analisando a e!er*8n,ia e!er*8n,ia da indústria ,ultural ,ultural no BrasilBrasil- Ortiz re,olo,a re,olo,a te!as ,onstantes de nosso debate intele,tual- ,o!o identidade na,ional e ,ultura )o)ular- ,ontra u! no9o )ano de undo: o da ,onsolida/0o de u! ,a)italis!o na sua ase !ais a9an/ada& ;! Brasil !oderno- !as onde no9as or!as de do!ina/0o a)are,e!- e aasta! as anti*as uto)ias& RO O Brasil Brasil n0o te! tradi/ tradi/0o0o- dize! dize! uns& O Brasil Brasil n0o in*res in*ressou sou na !odernid !odernidade ade-sustenta! outros& Renato Ortiz )ensa dierente& Para ele- tradi/0o e !odernidade ,ultural !es,la!"se de !aneira !uito )e,uliar no Brasil& Brasil& E . a essa din?!i,a- #ue o tradi,ional e o !oderno se inter)enetra! e )ro!o9e! u!a es).,ie de tradi,ionaliza/0o do !oderno- #ue ele dedi,a an+lises an+lises de not+9el ar*ú,ia& A rele@0o !ais abran*ente sobre a !odalidade da ,ultura . !obilizada )ara )ensar o )ro,esso ,ultural nu!a so,iedade $#ue se transor!ou!as #ue ,ulti9a ainda a le!bran/a de u!a !oderniza/0o ,o!o )ro1eto de ,onstru/0o na,ional%& A est+ o nú,leo da #uest0o: #uest0o: a so,iedade transor!ou"se- o no9o al!e1ado 1+ se instal instalou ou de al*u!a al*u!a or!a or!a #ual' Para Para sabersaber- . )re,is )re,iso o ler o li9roli9ro- !as o no9o )ersiste )ersiste ,o!o )ro1eto& Renato Ortiz 1o*a a#ui ,o! o sentido ori*inal do ter!o tradi/0o: tradi/0o: . a#uilo #ue ,arre*a!os ,arre*a!os ,onos,o,onos,o- #ue se i!)7e ,o!o ,o!o ,ar*a e ta!b.! ,o!o ,o!o identidade& identidade& O )ro,esso )ro,esso ,ultu ultura rall bras brasil ilei eiro ro te! isso isso de ,ont ontradi radittrio rio e )ro )ro9o,a 9o,ant nte: e: sua sua !ode !odern rnid idad ade e . si!ultanea!ente )ro1eto  nossa rente- uto)ia 1a!ais realiz+9el )lena!ente- e tradi/7es s nossas ,ostas- ideolo*ia ideolo*ia do a1uste tenden,ial ao )resente sob o )eso do )assado& Nisso tudo i,a ,o!o )roble!a n0o resol9ido )ela so,iedade brasileira a di!ens0o de ru)tura #ue se asso,ia asso,ia ao no9ono9o- ao !odern !oderno& o& O te!a da ru)tur ru)tura a nun,a )lena!e )lena!ente nte realiza realizada da !as ta!b.! n0o inteira!ente inteira!ente rustrada )er,orre o te@to de )onta a )onto& Da o ,ar+ter ,ar+ter 9i9o+*il- insti*ante deste li9ro #ue se l8 ,o! )razer& Esse 1o9e! antro)lo*o )olit.,ni,o e )ol*rao sabe estar atento s ,oisas e sabe )ens+"las ,o! ,lareza& Sabe- )rin,i)al!ente- #ue o ra,io,nio ,laro ,laro n0o )re,isa ser linear e ,Fato- e #ue o res)eito  ,o!)le@idade das ,oisas n0o obri*a nin*u.! a ser obs,uro e enrolado& enrolado& >ale a )ena ,onerir ,onerir&& E- lido este este li9ro- 9ale 9ale a )ena i,ar i,ar atento ao ao #ue o autor autor 9enFa a nos a)resentar sobre outro a,Fado seu- es).,ie de ,ontra)artida  $!oderna tradi/0o%- #ue . a no/0o do $interna,ional")o)ular%& Gabriel CoFn Co)Hri*Ft  bH Renato Ortiz- JK NenFu!a NenFu!a )arte desta )ubli,a/0o )ubli,a/0o )ode ser *ra9ada*ra9ada- ar!azenada ar!azenada e! siste!as siste!as eletrni,os eletrni,os-oto,o)iada- re)roduzida )or !eios !e,?ni,os ou outros #uais#uer se! autoriza/0o )r.9ia da editora& ISBN 5"JJ"4463" Pri!eira edi/0o- JK 5 edi/0o- JKK3 J rei!)ress0o- JKK5 Re9is0o& Ca!en T& S& Costa e Lú,io Q& Mes#uita Ca)a: o0o Ba)tista da Costa A*uiar EDITORA BRASILIENSE SA&

Ar& Mar#u8s de S0o >i,ente- JJ 4J JK"K4 " S0o Paulo " SP Qone 4JJ6J"66" Qa@ 6J"43 Qiliada  ABDR Undi,e Introdu/0o  PRIMEIRA PARTE O silen,io J Cultura e so,iedade  Me!ria e so,iedade: so,iedade: os anos 34 e 54  SEG;NDA PARTE O !er,ado de bens si!bli,os JJ O )o)ular e o na,ional na,ional J3K Do )o)ular"na,ional ao interna,ional")o)ular' J In,on,lus0o 4 Biblio*raia J Para oana- #ue entrara no s.,ulo VVI na or/a da idade P+*  Introdu/0o O #ue )retendo neste li9ro . reto!ar o debate da #uest0o ,ultural no Brasil& Neste sentido ele re,olo,a u!a s.rie de te!as sobre os #uais 1+ 9inFa trabalFando- e #ue )art )arti, i,ul ular ar!e !ent nte e )ro, )ro,ur urei ei trat tratar ar e! Cult Cultur ura a Bras Brasile ileir ira a e Iden Identi tida dade de Na,i Na,ion onal& al& Por. Por.!!,ont ,ontra rari ria! a!en ente te s !inF !inFas as )reo )reo,u ,u)a )a/7 /7es es ante anteri rior oreses- o #ue #ue !e inte intere resso ssou u a*or a*ora a oi oi ,o!)reender a )roble!+ti,a da ,ultura na atual so,iedade brasileira& Creio #ue todos te!o te!oss Fo1e Fo1e ,ons ,ons,i ,i8n 8n,i ,ia a de #ue #ue o $Bra $Brasil sil !udo !udou% u%&& Esta Esta air! air!a/ a/0o 0o-- #ue #ue en,o en,ont ntra ra!os !os re,orrente!ente no n9el do senso ,o!u!- nos ,olo,a- )or.!- al*uns desaios& Co!o entender esse )ro,esso de !udan/a' Wuais s0o seus tra/os estruturais' Qora! essas )er*untas #ue !e norteara! na es,rita deste no9o li9ro& A dis,uss0o sobre a ,ultura se!)re oi entre ns u!a or!a de se to!ar ,ons,i8n,ia de nosso destino- o #ue ez ,o! #ue ela esti9esse inti!a!ente asso,iada  te!+ti,a do na,ional e do )o)ular& Qoi dentro dess desses es )ar? )ar?!et !etros ros #ue #ue lor lores, es,era era! ! as di9ers di9ersas as )osi )osi/7 /7es es sobr sobre e noss nossa a $iden $identi tida dade de na,ional%& Co!o i,a! essas #uest7es diante de u!a !oderna so,iedade brasileira #ue se i!)7e ,o!o u!a realidade e n0o !ais ,o!o u! )ro1eto de ,onstru/0o na,ional' Pare,eu"!e #ue essas inda*a/7es )oderia! ser en,a!inFadas se to!+sse!os ,o!o )onto de )artida u! es" P+*  tudo sobre a e!er*8n,ia da indústria ,ultural no Brasil& Isto )or#ue a ,onsolida/0o de u! !er,ado ,ultural so!ente se d+ entre ns a )artir de !eados dos anos 64- o #ue nos )er!ite ,o!)arar duas situa/7es- u!a- relati9a s d.,adas de 34 e de 54- outra- reerente ao inal de 64 e in,io dos anos 4& Creio #ue . )oss9el alar!os- neste ,aso- de duas ordens so,iais dieren,iadas- e ao ,ontra)"las- ,a)tar!os al*u!as es)e,ii,idades da atualidade& A indústria da ,ultura )ode- desta or!a- ser to!ada ,o!o u! io ,ondutor )ara )ara se ,o!) ,o!)re reend ender er toda toda u!a u!a )rob )roble le!+ !+ti ti,a ,a ,ult ,ultur ural al&& Qrut Qruto o do desen desen9o 9ol9 l9i!e i!ent nto o do ,a)italis!o e da industrializa/0o re,ente- ela a)onta )ara u! ti)o de so,iedade #ue outros )ases ,onFe,era! e! !o!entos anteriores& Crei Creio o #ue #ue a abor aborda da*e *e! ! #ue #ue )ro) )ro)on onFo Fo-- )elo )elo ato ato de ser ser Fist Fistr ri, i,aa- nos nos d+ a )ossibilidade de 9isualizar!os !elFor a di!ens0o das !udan/as estruturais #ue o,orrera! nesses últi!os anos& Ela e9ita- ainda- u!a 9is0o e@,lusi9a!ente ,on1untural )or e@e!)lodas an+lises )olti,as e e,on!i,as #ue re#Xente!ente en,ontra!os nos 1ornais- #ue 98 a so,iedade brasileira ,o!o #ue ,onstante!e ,onstante!ente nte e! ,rise- es#ue,endo"se es#ue,endo"se #ue o )ro,esso )ro,esso

de i!)lanta/0o do ,a)italis!o na )erieria )ossui u!a ,on,retude e u!a Fistria& De u!a ,erta or!a- o #ue estou )ro)ondo- ao re"9isitar nosso )assado re,ente- . $a,ertar o rel*io% da dis,uss0o ,ultural ,o! u! itiner+rio intele,tual #ue- ao desen9ol9er a te!+ti,a do na,ional e do )o)ular- tinFa e! 9istas u!a so,iedade a ser ainda ,onstruda- e n0o u!a realidade ,a)italista #ue a !eu 9er tende Fo1e a se ,onstituir nu!a $tradi/0o%& Da o )r)rio )r)rio no!e deste deste li9ro li9ro #ue )ro,ur )ro,ura a le9anta le9antarr al*uns al*uns )roble! )roble!as as ,olo,a ,olo,ados dos )or essa !oderna tradi/0o brasileira& ( i!)ortante ,Fa!ar a aten/0o do leitor #ue- na ,o!)osi/0o desse li9ro- trabalFei ,o! ontes 9ariadas o #ue )ode ser obser9ado nas notas de ). de )+*ina& ;tilizei desde dado dadoss esta estat tst sti, i,os os at. at. de)o de)oi! i!en ento toss )ess )essoa oais isYY isto isto . ,lar ,laroo- se! se! se ree reeri rirr a te@t te@tos os dier dieren en,i ,iad ados os ,o!o ,o!o teses teses de !est !estra rado do-- li9ro li9ross- )e#u )e#uen enos os arti arti*o *oss- o #ue #ue !e )er! )er!it itiu iu elaborar u!a 9is0o !ais *lobal do )ro,esso de i!)lanta/0o das indústrias ,ulturais no Brasil& TenFo ,ons,i8n,ia- )o" P+* K r.!- #ue a Fetero*eneidade deste !aterial ,olo,a u!a s.rie de )roble!as !etodol*i,os& O)tei- no entanto- e! trabalFar o te!a ,o!o u! ensaio- onde )udesse-  luz do !aterial e@istente- analisar u!a )roble!+ti,a #ue 1+ !e interessa9a desde trabalFos anteriores& Gostaria ainda de a*rade,er a al*u!as ontes inan,iadoras #ue !e au@iliara! a desen9ol9er esse estudo& Cito no ,aso a QINEP e o CNP# )elo a)oio dado a u!a s.rie de )es#uisas e!)ri,as #ue 9enFo realizando sobre a tele9is0o& Mas desta,aria a#ui a QAPESP,u1a a1uda oi unda!ental )ara !i!- e! )arti,ular ao !e ,onerir u!a bolsa de )s" doutora!ento no e@terior- o #ue 9eio enri#ue,er e! !uito !inFa ,o!)reens0o deste Brasil ,onte!)or?neo& S0o Paulo- J4 de sete!bro de JK Renato Ortiz P+* JJ PRIMEIRA PARTE $Pela $Pela estr estrad ada a de roda roda*e *e! ! da 9ia 9ia l+,t l+,teaea- os auto auto! !9ei 9eiss dos dos )lan )lanet etas as ,orr ,orria ia! ! 9erti*inosa!ente& Bela- o Cordeiro do Zoda,o- )erse*uido )ela ;rsa Maior- toda dentada de astros& As estrelas to,a! o 1azz"band de luz- rit!ando a dan/a Far!ni,a das eseras& O ,.u )are,e u! i!enso ,artaz el.tri,o- #ue Deus arru!ou no alto- )ara azer o eterno re,la!o de sua oni)ot8n,ia e da sua *lria&% Menotti del Pi,,Fia- Arte Moderna- J5 de e9ereiro JK $O trabalFo da *era/0o *era/0o uturista oi ,i,l)i,o& ,i,l)i,o& A,ertar o rel*io i!).rio da literatura literatura na,ional& Realizada esta eta)a o )roble!a . outro& Ser re*ional e )uro e! sua .)o,a&% Os[ald de Andrade- Pau"Brasil- J de !ar/o JK3 P+* J O sil8n,io A dis,uss0o da ,ultura )o)ular e da ,ultura brasileira ,onstitui u!a tradi/0o entre ns& Co! isso isso #uero #uero dize dizerr #ue #ue ela ela !ani !anies esta ta u! tra/ tra/o o ,ons ,onsta tant ntee- eu diria diria ,ons ,onsti titu tuint intee- de u! itiner+rio intele,tual ,oleti9o& N0o . di,il ,o!)reender o )or#u8 da rele9?n,ia deste debateY na 9erdade- . atra9.s dele #ue se ,oni*ura! as ,ontradi/7es e o entendi!ento da or!a/0o da na,ionalidade na )erieria&J& >er Renato Ortiz- Cultura Brasileira e Identidade Na,ional- S0o Paulo- Brasiliense- JK5Y Carlos GuilFer!e Mota- A Ideolo*ia da Cultura Brasileira- S0o Paulo- er ns J e 3- de 1aneiro e  1ulFo de JK6K- res)e,ti9a!ente- e n 3- de !aio de JK4&& An+lises ra*!entadas- !uitas 9ezes de )ou,a )roundidade- e #ue se ressente! da aus8n,ia de u!a rele@0o teri,a !ais a)roundada sobre o te!a& E ta!b.! neste )erodo #ue a So,iolo*ia se 9olta )ara o estudo de al*u!as !aniesta/7es da indústria ,ultural e a)are,e! teses de !estrado sobre a teleno9ela- a otono9ela e os )ro*ra!as de auditrio&& An*elu,,ia =abert- $A Qotono9ela: Qor!a e Conteúdo% JKY S.r*io Mi,eli- $A noite da MadrinFa% JKY Snia Mi,eli- $I!ita/0o da >ida: Pes#uisa E@)loratria sobre a Teleno9ela no Brasil% JK& Teses deendidas na QQCL- ;SP&& Se nos 9oltar!os )ara re9istas ,riti,as de ,ar+ter !ais abran*ente- )er,ebe!os #ue . so!ente no inal dos anos 64 #ue se desen9ol9e u! !aior interesse )ela te!+ti,a da so,iedade de !assa& O leitor #ue ti9er a ,uriosidade de ,onsultar )ubli,a/7es ,o!o AnFe!bi JK54"JK6- Re9ista Brasiliense JK55"JK6- Re9ista Ci9iliza/0o Brasileira JK65"JK6- Te!)o Brasileiro JK6"JK6- dii,il!ente en,ontrar+ te!atizada a )roble!+ti,a da ,ultura de !assa& Na 9erdade- se a,o!)anFar!os a dis,uss0o ,ultural atra9.s dessas )ubli,a/7es obser9a!os #ue o deno!inador ,o!u!- o #ue !ar,a e d+ o to! dos arti*os- . a #uest0o na,ional& N0o estou air!ando ,o! isso #ue n0o Fa9ia or*anis!os #ue n0o se )reo,u)a9a! ,o! o assuntoY basta olFar!os )ara os r*0os de )ubli,idade- da tele9is0o e dos e!)res+rios )ara en,ontrar!os u!a arta literatura es)e,ializada sobre o te!a& Trata!"se- no entanto- de )ontos de 9ista 9in,ulados a institui/7es #ue )os" P+* J5 sue! u! interesse i!ediato no !er,ado- !as #ue n0o se ,onstitue! e! ob1eto de rele@0o )ara os ,rti,os e ,ientistas so,iais& A Re9ista Brasiliense . u! bo! e@e!)lo: e! todo o seu te!)o de e@ist8n,ia n0o )ubli,ou u! úni,o arti*o sobre !eios de ,o!uni,a/0o ou indústria ,ultural& AnFe!bi- e! seu nú!ero de 1aneiro de JK56- insere e! seu ndi,e de assuntos a rubri,a $r+dio e t9 e! 4 dias%- ,oluna de ,o!ent+rios se!elFante a outras,o!o teatro- !úsi,a e ,ine!a& Ela .- no entanto- u!a si!)les ,rni,a ,u1a leitura nos instrui !ais sobre o )re,on,eito dos intele,tuais e! rela/0o ao r+dio e  tele9is0o do #ue )ro)ria!ente en,a!inFa a dis,uss0o sobre a ,ultura nu!a so,iedade de !assa& ( so!ente e! JK66 #ue 9a!os en,ontrar u! )ri!eiro arti*o de Qerreira Gullar sobre a est.ti,a na so,iedade de !assa& Se*uindo as rele@7es da Es,ola de Qran\urt- o autor bus,a a!)liar o #uadro de ,o!)reens0o da )roble!+ti,a ,ultural entre ns& A Re9ista de Ci9iliza/0o Brasileira )ubli,a ainda- e! JK6- u! arti*o de Adorno e outro de Ben1a!in- traduzidos )or Qernando Pei@oto e Carlos N.lson CoutinFo- e a Te!)o Brasileiro u! nú!ero es)e,ial sobre Co!uni,a/0o e Cultura de Massa&3&  Su*esti9a!ente- . atra9.s da Es,ola de Qran\urt #ue a dis,uss0o sobre a so,iedade e a ,ultura de !assa se ini,ia nessas re9istas- ,o!o se nesse !o!ento de ,onsolida/0o da indústria ,ultural no Brasil al*uns intele,tuais sentisse! a ne,essidade de bus,ar outras teorias )ara entender !elFor a no9a realidade brasileira& N0o obstante- o ei@o do debate )er!ane,e ainda a #uest0o na,ional- sendo #ue a ela se a*re*a a*ora- no inal dos anos 64- u!a no9a di!ens0o: a luta ,ontra o autoritaris!o& E be! )oss9el #ue este dado es)e,i,o da 9ida )olti,a brasileira tenFa e! )arte ,ontribudo )ara #ue os

Qerreira Gullar- $Proble!as Est.ti,os na So,iedade de Massa%- Re9ista Ci9iliza/0o Brasileirans 5 e 6 !ar/o de JK66- n  !aio de JK66- n  1ulFo de JK66& Adorno- $Moda se!  Te!)o%- Re9ista Ci9iliza/0o Brasileira- n J- !ar/o]abril de JK6Y Ben1a!in- $A Obra de Arte na ()o,a de sua Re)rodu/0o%- Re9ista Ci9iliza/0o Brasileira- ns JK e 4- !aio]a*osto de JK6& O nú!ero de Te!)o Brasileiro . or*anizado )or >a!ireF CFa,on& Sobre os ran\urtianos- ,onsultar Carlos N.lson CoutinFo- $A Es,ola de Qran\urt e a Cultura Brasileira%- Presen/a- n & JK6& P+* J6 intele,tuais n0o )er,ebesse! ,o! ,lareza a ,onsolida/0o de u!a ,ultura de !er,ado #ue se realiza9a sob seus ).s& Nu! !o!ento de luta )olti,a ,o!o esse- dii,il!ente os teri,os da Es,ola de Qran\urt )oderia! en,ontrar u!a ades0o- !es!o e! ter!os analti,os- )ara dia*nosti,ar a )roble!+ti,a brasileira& Co!o ade#uar a id.ia de u!a $,ons,i8n,ia unidi!ensional% ou o )essi!is!o de Adorno a u!a realidade de ,ensura #ue atin*ia e! ,Feio os !eios de ,o!uni,a/0o e a so,iedade ,o!o u! todo' ( sinto!+ti,o )er,eber!os #ue . nos anos 4 #ue o instru!ental *ra!s,iano se )o)ulariza ,o!o su)orte )ara as an+lises sobre a ,ultura no Brasil& Suas id.ias sobre *uerra de )osi/7es- !as sobretudo sua ,on,e)/0o do Estado ,o!o ,a!)o de luta ideol*i,a- )er!itia! aos intele,tuais se auto,on,ebere! ,o!o a*entes )olti,os no e!bate ,ontra o autoritaris!o& Onde o )essi!is!o ran\urtiano e,Fa9a as )ortas- as an+lises *ra!s,ianas dei@a9a!"nas abertas& Ineliz!ente- )or.!- seus es,ritos s0o ,onFe,idos no Brasil nu! !o!ento deter!inado da e@)ans0o do ,a)italis!o entre nsY se )or u! lado eles s0o úteis na luta ,ontra a ditadura- )or outro o!ite! toda u!a di!ens0o da ,ultura )o)ular de !assa- te!a #ue u*ia  )reo,u)a/0o do )r)rio Gra!s,i- na !edida e! #ue ele n0o 9i9eu esta ase do ,a)italis!o ,ultural& Nesse sentido eu air!aria #ue a )resen/a do Estado autorit+rio $des9iou% e! boa )arte a an+lise dos ,rti,os da ,ultura do #ue se )assa9a estrutural!ente na so,iedade brasileira& ( si*nii,ati9o #ue u!a reuni0o i!)ortante ,o!o o Ci,lo de Debates Casa Grande- realizado e! JK5- no Rio de aneiro- tenFa ,o!o ,on,lus0o de seus trabalFos #ue 9i9a!os na#uele !o!ento dois ti)os de ,er,ea!ento: o da ,ensura e o da desna,ionaliza/0o&5&Ci,lo de Debates Casa Grande- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK5& Es#ue,e"se- desta or!a- a )resen/a de u!a realidade s,io"e,on!i,a- #ue a !eu 9er reestrutura na d.,ada de 4 os )ar?!etros do )anora!a ,ultural: a ,onsolida/0o de u! !er,ado de bens ,ulturais& Se . 9erdade #ue o,orre este sil8n,io e! rela/0o ao ad9ento de u!a ,ultura )o)ular de !assa no Brasil- . ne,ess+rio dizer #ue ele ,orres)onde a u!a realidade so,iol*i,a P+* J es)e,i,a- )ois- ,o!o 9ere!os nos )r@i!os ,a)tulos- o!os ,onFe,er re,ente!ente a real e!er*8n,ia de u!a indústria ,ultural& O )ensa!ento so,iol*i,o a,o!)anFa os )roble!as ,olo,ados )ela so,iedade ,o!o u! todo& Cabe le!brar #ue o estudo dos !eios de ,o!uni,a/0o se desen9ol9era! e! outros )ases de or!a dieren,iada no te!)o& Se os Estados ;nidos ,onFe,e! u!a rele@0o sobre a te!+ti,a ainda na d.,ada de 4- na Euro)a . so!ente no )s"*uerra #ue 9ai se ,on,retizar u!a s.rie de an+lises sobre a )roble!+ti,a e! #uest0o&6& Sobre o estudo dos !eios de ,o!uni,a/0o nos Estados ;nidos e na Euro)a- 9er Mi*uel de Mora*as S)a& Teorias de la Co!uni,a,in- Bar,elona- Gusta9o Gili- JK5&& N0o basta- )or.!- a)ontar!os )ara essas ,ausas so,iais !ais a!)las #ue $retardara!% a rele@0o sobre a ,ultura de !er,ado entre nsY . )re,iso entender a es)e,ii,idade da dis,uss0o sobre ,ultura nu! )as ,o!o o Brasil- )ois s assi! )odere!os ,o!)reender ,o! ,lareza as i!)li,a/7es #ue !ar,a! o debate e e! #ue !edida ele se !odii,a ,o! o ad9ento das indústrias ,ulturais& Qlorestan Qernandes- e! seu li9ro sobre A Re9olu/0o Bur*uesa no Brasil- air!a #ue nas so,iedades de)endentes de ori*e! ,olonial o ,a)italis!o . introduzido antes da ,onstitui/0o da orde! so,ial ,o!)etiti9a&& Qlorestan Qernandes- A Resolu/0o Bur*uesa no Brasil- Rio de aneiro- ZaFar- JK5& Sua an+lise ,a!inFa e! se*uida )ara a ,ara,teriza/0o da bur*uesia na,ional- #ue ele retrata ,o!o )ortadora de !oderado es)rito !odernizadori!)lanta u!a de!o,ra,ia restrita #ue n0o estende o direito de ,idadania a toda a

)o)ula/0o- e )or i! utiliza a transor!a/0o ,a)italista )ara reor/ar seus interesses esta!entais& Dito de outra or!a- a bur*uesia n0o )ossui na )erieria o )a)el ,i9ilizador #ue dese!)enFou na Euro)a& Gostaria de reter da an+lise de Qlorestan a id.ia de anterioridade- isto .- da deasa*e! entre n9eis P+* J so,iol*i,os #ue na Fistria do ,a)italis!o o,idental o,orrera! ,on,o!itante!ente& MinFa )er*unta .- )ortanto- a se*uinte: e! #ue !edida esta ,ondi/0o Fistri,a !ar,a a #uest0o ,ultural entre ns' Se nos le!brar!os dos )ri!eiros )ar+*raos do te@to de ^alter Ben1a!in sobre a obra de arte e a sua re)rodu/0o t.,ni,a- obser9a!os #ue seu )onto de )artida . o in9erso do nosso&&^alter Ben1a!in- $A Obra de Arte na ()o,a de suas  T.,ni,as de Re)rodu/0o%- in Ben1a!in- =aber!as& =or\Fei!er- Adorno- S0o Paulo- Ed& Abril- JK5&& Para Ben1a!in trata9a"se de ,o!)reender as transor!a/7es da $su)erestrutura% #ue- ,onsidera9a ele- teria! se !aniestado de !odo !ais lento do #ue a $inra"estrutura%& O #ue lFe interessa9a era ,a)tar o )ro,esso de !er,antiliza/0o e de re)rodu/0o da obra de arte nu! !o!ento )osterior ao desen9ol9i!ento do ,a)italis!o- tal ,o!o ele Fa9ia sido des,rito )or Mar@& Podera!os tal9ez #uestionar a tese de Ben1a!in ,ontra)ondo a id.ia de #ue na Euro)a o desen9ol9i!ento da esera ,ultural n0o . )osterior ao ,res,i!ento das or/as )roduti9as- !as si!ult?neoY )or.!- o #ue . i!)ortante reter da sua ar*u!enta/0o s0o os )ontos #ue ela ressalta e nos )er!ite! entender !elFor nossa es)e,ii,idade& Por isso ,reio #ue seria es,lare,edor esbo/ar e! linFas *erais ,o!o se d0o as !udan/as estruturais no ,a!)o da ,ultura euro).ia ,o! a e!er*8n,ia do ,a)italis!o&  Tere!os- assi!- u! )ar?!etro de reer8n,ia analti,a #ue )oder+ ser útil )ara tra/ar o #uadro brasileiro& Os trabalFos sobre a 9ida intele,tual euro).ia no s.,ulo VIV t8! reiterada!ente ,Fa!ado a aten/0o )ara dois ti)os de !udan/as e! rela/0o ao an,ien r.*i!e: a autono!iza/0o de deter!inadas eseras arte- literatura e o sur*i!ento de u! )lo de )rodu/0o orientado )ara a !er,antiliza/0o da ,ultura& S0o transor!a/7es )roundas #ue ,orres)onde! ao ad9ento da orde! bur*uesa- #ue traz ,o! ela o desen9ol9i!ento de u! !er,ado de bens ,ulturais e no interior da #ual ,ertas ati9idades se ,onstitue! e! di!ens7es es)e,i,as da so,iedade& RaH!ond ^illia!s ,a)ta P+* JK be! o nas,i!ento desta orde! industrial #uando ,onsidera a !udan/a se!?nti,a #ue se !aniesta e! )ala9ras ,o!o arte e ,ultura&K& RaH!ond ^illia!s- Culture and So,ietHNo9a Ior#ue- Colu!bia ;ni9ersitH Press& JK&& $Arte%- #ue at. ent0o si*nii,a9a Fabilidade- no sentido *en.ri,o da ati9idade do artes0o- se restrin*e a*ora  #ualii,a/0o de u! *ru)o es)e,ial de in,lina/0o- a artsti,a- li*ada  no/0o de i!a*ina/0o e ,riati9idade& Na In*laterra- )or e@e!)lo- u! no9o 9o,+bulo . en,ontrado )ara e@)ri!ir o  1ul*a!ento sobre a arte: est.ti,a& A )ala9ra $,ultura%- #ue se en,ontra9a asso,iada ao ,res,i!ento natural das ,oisas da a*ri",ultura- )assa a en,errar u!a ,onota/0o #ue se es*ota nela !es!a- e se a)li,a a u!a di!ens0o )arti,ular da 9ida so,ial- se1a en#uanto !odo de 9ida ,ulti9ado- se1a ,o!o estado !ental do desen9ol9i!ento de u!a so,iedade& Mudan/as na lin*ua*e! #ue ,erta!ente denota! a ne,essidade de se bus,ar )or no9as or!ula/7es #ue !elFor e@)resse! a realidade e! !o9i!ento& ;! e@e!)lo de autono!iza/0o )ode ser en,ontrado na Fistria da literatura no s.,ulo VIV- !o!ento e! #ue ela deiniti9a!ente se ,onstitui e! entidade se)arada de outros ,ondi,ionantes so,iais- a )onto de o es,ritor se )er,eber ,o!o ser #ue entra e! ,ontato ,o! u!a $esera su)erior%- sa,ralizada- distante das ,oisas do !undo&  To!e!os ,o!o reer8n,ia a an+lise de Sartre&J4& >er Sartre- L_Idiot de la Qa!ille- ParisGalli!ard- JK- e Wu_est ,e #ue la Ltt.rature'- Paris- Galli!ard- JK3&& Ele nos !ostra #ue o es,ritor do s.,ulo V>II esta9a li*ado ao )oder reli*ioso e !on+r#ui,o e res)ondia  de!anda de u!a elite e! rela/0o  #ual seu trabalFo esta9a ine@trin,a9el!ente 9in,ulado& No s.,ulo V>III- ,o! o sur*i!ento de u!a ,lasse as,endente- a bur*uesia- o literato te! duas es,olFas: )er!ane,er ao lado das or/as aristo,r+ti,as ou se 1untar ao !o9i!ento de reno9a/0o da so,iedade& Sartre ,onsidera os en,i,lo)edistas ,o!o literatos #ue ,ontribue!- atra9.s da es,rita- )ara a libera/0o do Fo!e! uni9ersal e abstrato- e #ue-

)ortanto- a*e! en#uanto $intele,tuais or*?ni,os% da bur*uesia re9olu,ion+ria& E! rela/0o ao s.,ulo P+* 4 anterior te!os u!a in9ers0o no )a)el )olti,o dese!)enFado )elo es,ritorY n0o obstantesubsiste nos dois ,asos a de)end8n,ia da literatura  ideolo*ia& No entanto- u!a ru)tura ir+ o,orrerY Sartre 9ai situ+"la e! torno de J54- no !o!ento e! #ue $a literatura se se)ara da ideolo*ia reli*iosa e se re,usa a ser9ir a ideolo*ia bur*uesa& Ela se ,olo,a)ortanto- ,o!o inde)endente )or )rin,)io a toda es).,ie de ideolo*ia& Deste ato ela *uarda seu as)e,to abstrato de )ura ne*ati9idade%&JJ& Sartre- Wu_est ,e #ue la Litt.rature'- o)& ,it&- )& J63& Sua inter)reta/0o de Qlaubert es,lare,e be! esta atitude de re,usa& Desde #ue a bur*uesia to!a o )oder )olti,o- se ,onsolidando ,o!o ,lasse do!inante- ela de!anda do es,ritor n0o !ais u!a obra liter+ria- !as u! ser9i/o ideol*i,o& Es)re!ido entre o )ro,esso de !er,antiliza/0o #ue o ,er,a- a literatura de olFeti!- e es,re9er )ara le*iti!ar a orde! bur*uesa- Qlaubert bus,a a sada na $arte )ela arte%- ou se1a- no ,a!)o es)e,i,o da literatura& Os intele,tuais se 98e!- assi!- ,ortados da ,lasse da #ual at. ent0o eles era! os )orta"9ozes- e bus,a! na )r+ti,a liter+ria u! outro ,a!inFo& A autono!ia da literatura s )ode- )ortanto- se ,on,retizar atra9.s da re,usa e! se es,re9er )ara u! )úbli,o bur*u8s e u!a )lat.ia de !assa& E ne,ess+rio )ubli,ar )ara n0o ser lido- ou !elFor- $o Artista so!ente a,eita ser lido )or outros artistas% J& Sartre- L `Idiot de la Qa!ille- o)& ,it&- )& KK&&Para diri!ir )oss9eis dú9idas . bo! risar #ue dizer #ue a literatura se se)ara da ideolo*ia n0o . a !es!a ,oisa #ue air!ar #ue ela se torna a"ideol*i,aY o interessante da an+lise de Sartre . nos !ostrar #ue a )artir de u! deter!inado !o!ento a literatura- ao re,usar o deter!inante )olti,o- se ,onstitui ,o!o u!a )r+ti,a es)e,ii,a& E9idente!ente isto n0o se d+ so!ente )elas ,ausas )olti,as a)ontadasY os so,ilo*os t8! ,Fa!ado a aten/0o )ara !odii,a/7es de ,ar+ter !ais estruturais #ue )er!itira! ao es,ritor se desta,ar ,o!o )rodutor inde)endente&J& RaH!ond ^illia!s- TFe Lon* Re9olution- Conne,ti,ut- Green[ood Press- JK5Y Le9in S,Fu\in*- TFe So,iolo*H o Litera,H Taste- Londres- Routled*e and e*an Paul- JK66&& ;!a delas . a P+* J e@)ans0o do )úbli,o #ue redi!ensiona a rela/0o es,ritor"leitor e #ue lFe )er!ite es,a)ar do siste!a de )atrona*e!- transor!ando"o e! )roissional #ue )ode 9i9er do seu trabalFo& A es,rita ,o!o )roiss0o instaura u!a ,li9a*e! entre o es,ritor e o )úbli,o e)aralela!ente- a9ore,e a e!er*8n,ia de inst?n,ias de ,onsa*ra/0o da obra liter+riare*idas )elas nor!as do ,a!)o artsti,o& Este )ro,esso de autono!iza/0o i!)li,a a ,oni*ura/0o de u! es)a/o institu,ionalizado- ,o! re*ras )r)rias- ,u1a rei9indi,a/0o )rin,i)al . de orde! est.ti,a& Isto si*nii,a #ue a le*iti!idade da es,rita )assa a ser deinida )elos )ares- ou se1a- )or a#ueles #ue es,olFe! a ati9idade liter+ria ,o!o sua o,u)a/0o& Neste sentido- a literatura se dieren,ia tanto das de!andas ideol*i,as reli*iosa ou )olti,a #uanto de outras ordens literatura de !assa e se ,ara,teriza ,o!o u!a esera de $)rodu/0o restrita% e! o)osi/0o a u!a esera da *rande )rodu/0o- onde )re9ale,e a lei e,on!i,a e! res)osta  de!anda do )úbli,o&J3& Retorno a#ui a distin/0o )ro)osta )or Bourdieu e! $O Mer,ado de Bens Si!bli,o%- in E,ono!ia das Tro,as Si!bli,as- S0o Paulo- Pers)e,ti9a- JK&& Cabe le!brar #ue este !o9i!ento de autono!iza/0o n0o se restrin*e  literatura!as se estende a outras eseras ,o!o a arte e as ,i8n,ias& Ben1a!in !ostra #ue . no ,urso dos s.,ulos V>III e VIV #ue a arte ad#uire u!a inde)end8n,ia da #ual n0o desruta9a at. ent0o& Ao )erder o seu 9alor de ,ulto- #ue a a!arra9a a u!a un/0o orna!ental e reli*iosaela )ode se ,onstituir e! es)a/o autno!o re*ido )or re*ras )r)rias& E dentro deste ,onte@to #ue autores ,o!o Adorno 9aloriza! as obras da bur*uesia #ue- ao ro!)er ,o! as a!arras da so,iedade tradi,ional- abre! a )ers)e,ti9a de se ,onstruir u!a ,ultura des9in,ulada das e@i*8n,ias !ateriais i!ediatas& =or\Fei!er dir+ #ue no )assado $a arte esta9a asso,iada ,o! outras di!ens7es da 9ida so,ial& As artes )l+sti,as- e! )arti,ular- se de9ota9a!  )rodu/0o de ob1etos )ara o uso di+rio- tanto se,ular #uanto reli*ioso& Por.!no )erodo !oderno- es,ultura e )intura se distan,ia! da ,idade e das ne,essidades da ,onstru/0oY

P+*  durante o !es!o )ro,esso Fistri,o- o senti!ento est.ti,o ad#uiriu u! status inde)endente- se)arado do !edo- terror- e@uber?n,ia- )rest*io- ,onorto%&J5& =or\Fei!er- $Art and Mass Culture%- Studies in PFiloso)FH and So,ial S,ien,es- No9a Ior#ue- JK3J& )& KJ&& Mar,use- )or e@e!)lo- ir+ des,re9er este )ro,esso de autono!ia da esera artsti,a ,o!o u!a air!a/0o da Cultura )ro)ria!ente dita- o #ue )ossibilita a ,ria/0o de 9alores uni9ersais #ue trans,ende! as e@i*8n,ias !orais- e,on!i,as e )olti,as s #uais ela esta9a sub!etida& Ele o)7e $,ultura%  $,i9iliza/0o%- reser9ando ao )ri!eiro ter!o u!a ,o!)reens0o relati9a aos 9alores es)irituais- en#uanto o se*undo se reduziria ao lado !aterial da 9ida das so,iedades& Desta or!a se )ode dizer #ue $a ,ultura air!ati9a )arti,ular!ente a Arte . )r)ria  .)o,a bur*uesa #ue no ,urso do seu desen9ol9i!ento a ,onduziu a desta,ar da ,i9iliza/0o o !undo es)iritual e !oral en#uanto ele!entos de u! do!nio de 9alores inde)endentes%&J6& Mar,use- $Rele@ion sur le Cara,tre Air!ati de la Culture%- in Culture et So,i.t.- Paris- Minuit- JK4- )& JJ4&& Portanto- autono!iza/0o #ue si*nii,a distan,ia!ento- se)ara/0o- ru)tura ,o! a de)end8n,ia e@terna- #ue dita9a no )assado os destinos do trabalFo artsti,o& ConFe,e!os a an+lise dos ran\urtianos #ue !ostra! ,o!o esta autono!ia- #ue eles )ensa! ,o!o o es)a/o da liberdade- . )ou,o a )ou,o in9adida )ela ra,ionalidade da so,iedade industrial& O #ue i!)orta sublinFar . #ue se trata de u! !o9i!ento id8nti,o ao da literaturaY ao se se)arar das or/as so,iais !ais a!)las- a esera da arte se es)e,ializa e se ,onina nos li!ites deinidos )ela )reo,u)a/0o artsti,a& Eu diria #ue o !es!o o,orre ,o! as ,i8n,ias Fu!anas& At. !eados do s.,ulo VIV- a ,i8n,ia da so,iedade esta9a !es,lada ,o! i!)li,a/7es de orde! )olti,a- reli*iosa e e@isten,ial& Basta le!brar!os de u! autor ,o!o Qourier- #ue se interessa9a tanto )elos )roble!as so,iais- )elo a!or e )elas ,o!unidades ut)i,asY ou Au*uste Conte- #ue a)s ter!inar de es,re9er seu siste!a ilosi,o en,erra sua ,arreira intele,tual )ara se dedi,ar  )r+ti,a da reli*i0o da Pa*  Fu!anidade& ;!a atitude ,lara!ente distinta ser+ a de Dur\Fei! 1+ no inal do s.,uloY ele bus,a ro!)er ,o! a ideolo*ia e a literatura- e te! ,o!o ob1eti9o undar u! ,a!)o es)e,i,o de ,onFe,i!ento: a So,iolo*ia& Para isso . ne,ess+rio #ue o )ensa!ento so,iol*i,o sur1a ,o!o sui *eneris- desta,ado das outras inst?n,ias da so,iedade #ue )or9entura deti9esse! u! dis,urso sobre o so,ial& Toda a e!)resa dur\Fei!iana se ,ara,teriza )ela bus,a desta es)e,ii,idade da So,iolo*ia- o #ue 9ai ,ontra)"la s realiza/7es dos )ensadores )olti,os- reli*iosos- e at. !es!o a autores ,o!o S)en,er e Conte- ,onsiderados )or Dur\Fei! !ais ,o!o ilsoos so,iais do #ue ,o!o so,ilo*os- na !edida e! #ue eles se dei@a! sub!eter s e@i*8n,ias e@ternas ao ,a!)o da ,i8n,ia&J& >er Dur\Fei!- $Curso de Ci8n,ia So,ial: Li/0o de Abertura% e $A So,iolo*ia e! Qran/a no S.,ulo VIV%- in A Ci8n,ia So,ial e a A/0o- S0o Paulo- DIQEL- JK4&& N0o . )or a,aso #ue Dur\Fei! #ualii,a o seu te!)o ,o!o a .)o,a das es)e,ializa/7es- o #ue ne,essaria!ente i!)li,a a or!a/0o de u! ,or)o de )es#uisadores #ualii,ados L_Ann.e So,iolo*i#ue& O sur*i!ento do ,a!)o a,ad8!i,o se az e! )aralelo  elabora/0o de u! no9o ,di*o- as re*ras do !.todo so,iol*i,o- #ue de9e! re*er dora9ante o 1ul*a!ento intele,tual entre os )ares- a)re,ia/7es #ue estar0o ,oninadas nos li!ites desta no9a institui/0o- a uni9ersidade !oderna& A se*unda transor!a/0o a #ue nos reeri!os diz res)eito  e!er*8n,ia e  e@)ans0o de u! !er,ado ,onsu!idor 9in,ulado a u!a estrat.*ia #ue se ,ara,teriza ,ada 9ez !ais ,o!o de !assa& A indústria do li9ro e a i!)rensa se benei,ia! da re9olu/0o industrial e )ode! ao lon*o do s.,ulo VIV atin*ir u! desen9ol9i!ento se! )re,edentes& S0o 9+rias as ,ausas #ue i!)ulsiona! o ,onsu!o da leitura- diundindo"a entre a !assa da )o)ula/0o: ad9ento de u!a no9a te,nolo*ia #ue )ode baratear a )rodu/0o- a,ilidade de ,ir,ula/0o ,o! a e@)ans0o das 9ias de ,o!uni,a/0o )arti,ular!ente a 9ia .rrea!elForia do n9el de 9ida da )o)ula/0o- a,esso *eneralizado  es,ola& Os dados )ara a P+* 3

Qran/a nos d0o u! bo! retrato desta situa/0o&J& Consultar CFristo)Fe CFarle$L_E@)ansion et la Crise dela Produ,tion Litt.raire%- A,tes de la Re,Fer,Fe en S,ien,es So,iales- n 3- 1ulFo de JK5Y Pris,ilia Clar\- $TFe Be*innin*s o Mass Culture in Qran,e: A,tion and Rea,tion%& So,ial Resear,F- 35 - JK: u! li9ro #ue )ro,ura analisar as transor!a/7es ,ulturais no s.,ulo VIV- n0o s e! rela/0o  i!)rensa- !as ta!b.! no #ue diz res)eito ao ,onsu!o !oda- )or e@e!)lo- . o de Mauri,e Crubellier- =istoire Culturelle dela Qran,e- Paris- Ar!and Collin- JK3&& O ndi,e de alabetiza/0o- #ue era e! torno de 4c no an,ien r.*i!e- sobe )ara 64c e! J64 )ara atin*ir K4c e! JK4& A )rodu/0o !.dia anual de li9ros no s.,ulo anterior era e! torno de 644 a 44 ttulosY e! J54 ela )assa )ara 65 e e! JK )ara J33K& Pode"se obser9ar u!a ,res,ente )o)ularidade das no9elas- *8nero liter+rio #ue su)lanta o )rest*io artsti,o da )oesia& Entre J54 e JK ora! )roduzidas so!ente 5 no9elas )or ano- !.dia #ue sobe )ara J entre J34 e J5 e 65 entre J6 e JK4& Os 544 )eridi,os )ubli,ados e! Paris e! J64 98e! seu nú!ero au!entado )ara dois !il e! JK4& Se e! J6 todos os 1ornais )arisienses totaliza9a! u!a tira*e! de 4 !il ,)ias- e! JKK s Le Petit Parisien esta9a i!)ri!indo 5 !il e@e!)lares& Na In*laterra as !udan/as ,a!inFa! na !es!a dire/0o&JK& >er Ri,Fard Alti,\- TFe En*lisF Co!!on Reader: a So,ial =istorH o Mass Readin* Publi,& J44" J K44- CFi,a*o- ;ni9ersitH o CFi,a*o Press& JK5Y RaH!ond ^illia!s- TFe Lon* Re9olutionConne,ti,ut- Green[ood Press- JK5&& E! J3J o nú!ero de )essoas alabetizadas 1+ atin*e 5KcY e! JK44 ele . de Kc& No in,io do s.,ulo o ,o!.r,io do li9ro se en,ontra9a be! atr+s da !aioria das outras indústrias in*lesasY )er!ane,ia a )r+ti,a de )ubli,a/0o de li9ros ,aros ,o! u!a edi/0o de 54 ,)ias& E@,e),ional!ente- no9elas ,o!o as de sir ^alter S,ott ti9era! u!a edi/0o de seis !il ,)ias& + e! J6 al*uns li9ros de Di,\ens )ossua! u!a tira*e! ini,ial de 34 !il e@e!)laresY o li9ro de Le[is Carroll- Ali,e no Pas das Mara9ilFas- ,Fe*ou a 9ender J54 !il ,)ias entre J65 e JK& Os 1ornais di+rios- #ue na 9irada do s.,ulo tira9a! al*uns !ilFares de e@e!)lares- ,onFe,e! u! ,res,i!ento or!id+9el& O DailH Tele*ra)F- e! J64- atin*e u!a ,ir,ula/0o de J3J !il e@e!)lares)assando e! J4 )ara 44 !il e e! JK4 )ara 44 !il& P+* 5 O s.,ulo VIV se ,ara,teriza- )ortanto- )ela e!er*8n,ia de duas eseras distintas: u!a de ,ir,ula/0o restrita- 9in,ulada  literatura e s artes- outra de ,ir,ula/0o a!)liadade ,ar+ter ,o!er,ial& O )úbli,o se en,ontra- desta or!a- ,indido e! duas )artes: de u! lado- u!a !inoria de es)e,ialistas- de outro- u!a !assa de ,onsu!idores& Esta o)osi/0o n0o dei@a de ,olo,ar e! ,onlito os atores desses dois ,a!)os so,iais& Por isso 9a!os en,ontrar entre os artistas- os es,ritores- as 9an*uardas- as )ri!eiras ,rti,as e! rela/0o  ,Fa!ada ,ultura das !assas& Por e@e!)lo: na In*laterra- os es,ritos de MattFe[ Arnold sobre ,ulturaY na Qran/a- as )ol8!i,as de Saint Beu9e ,ontra a literatura industrial& Creiono entanto- inde)endente da ideolo*ia )roessada- )ro*ressista ou ,onser9adora- #ue a ,rti,a se unda!enta nu! anta*onis!o so,ial!ente de!ar,ado& Se o uni9erso artsti,o en,ontra seu es)a/o se autono!izando- ele se 98 e! se*uida ,ondenado aos li!ites #ue a so,iedade lFe i!)7e- sorendo i!ediata!ente a ,on,orr8n,ia de u!a )rodu/0o de !er,ado #ue )ossui u! al,an,e ,ultural be! !ais a!)lo& Dentro desse ,onte@to o es,ritor de!onstra sua insatisa/0o ,o! o )úbli,o #uando n0o a,eita a ,ota/0o do !er,ado ,o!o ele!ento de !edida do 9alor est.ti,o da sua obra& E 9erdade #ue !uitas 9ezes este )osi,iona!ento dos literatos se ar+ se*undo u!a ideolo*ia elitista- e! no!e do $belo% e da $su)erioridade da arte% ,ondena"se a !edio,ridade da !assa- !as- ,o!o obser9a RaH!ond ^illia!s- este dis,urso )ossui ta!b.! u!a ,onse#X8n,ia )ositi9a na !edida e! #ue se i!)7e ,o!o ,rti,a da industrializa/0o- a,eita ,o!o u! 9alor e! si )or a#ueles #ue a9ore,e! o )lo da )rodu/0o e! !assa& Se ,o!)arar!os o #uadro ,ultural brasileiro ,o! o euro)eu- obser9a!os #ue n0o se  1ustii,a u!a ntida dieren,ia/0o entre u! )lo de )rodu/0o restrita e outro de )rodu/0o a!)liada& As raz7es so,iol*i,as )ara #ue isso a,onte/a s0o ortes& De9ido  ra*ilidade do ,a)italis!o e@istente- Qlorestan Qernandes o #ualii,a de $di,il%- u!a di!ens0o do !er,ado de bens si!bli,os n0o ,onse*ue se e@)ressar )lena!ente& Isso si*nii,a u!a ra,a di9is0o do tra" P+* 6

balFo intele,tual e u!a ,onus0o de ronteiras entre as di9ersas +reas ,ulturais& O ,aso da literatura . e@e!)lar& Antnio C?ndido ,onsidera #ue desde o s.,ulo anterior ela en,erra dentro de si dois outros dis,ursos- o )olti,o e o do estudo da so,iedadeY nesse sentido ela se ,onstitui no en!eno ,entral da 9ida do es)rito- ,ondensando ilosoia e ,i8n,ias Fu!anas& ;!a ru)tura se anun,ia ,o! Os Sert7es- de Eu,lides da CunFa- te@to #ue bus,a ro!)er o ,r,ulo entre literatura e in9esti*a/0o ,ienti,a& Co! o Modernis!o)or.!- F+ u! rea1uste s ,ondi/7es so,iais e ideol*i,as anterioresY )or isso- Antnio C?ndido des,re9e os anos 4 e 4 ,o!o u! )erodo no #ual se assiste a u! *rande esor/o )ara se ,onstruir u!a literatura uni9ersal!ente 9+lida- !as #ue se ,ara,teriza sobretudo )ela $Far!oniosa ,on9i98n,ia e tro,a de ser9i/os entre literatura e estudos so,iais%& 4& Antnio C?ndido- Literatura e So,iedade& S0o Paulo- Cia& Ed& Na,ional- JK5- )& J3&& ()ortanto- so!ente na d.,ada de 34 #ue a literatura se e!an,i)a das ,i8n,ias so,iais e da ideolo*ia& Nesse )onto o,orre u! distan,ia!ento entre a )reo,u)a/0o est.ti,a e a )reo,u)a/0o )olti,o"so,ial- a ati9idade liter+ria dei@a de se ,onstituir ,o!o sin,r.ti,a- a $literatura 9olta"se )ara si !es!a- es)e,ii,ando"se e assu!indo ,oni*ura/0o )ro)ria!ente est.ti,a%&J& Ide!&& Se nos re!eter!os  an+lise de Sartre- 9e!os #ue as !udan/as estruturais )ara as #uais ele a)onta9a so!ente se ,on,retiza! tardia!ente entre ns- a literatura se deinindo !ais )ela su)er)osi/0o de un/7es do #ue )ela sua autono!ia& ;!a de,orr8n,ia desse )ro,esso ,u!ulati9o de un/7es . a ra,a es)e,ializa/0o dos setores de )rodu/0o ,ultural& N.lson ^erne,\ Sodr. ,Fa!a a aten/0o )ara o ato de #ue at. a d.,ada de 4 literatura e 1ornalis!o se ,onundia!- a )onto de os di+rios sere! es,ritos ,o! u!a $lin*ua*e! e!)olada%- inade#uada )ara a 9ei,ula/0o das not,ias&& N.lson ^erne,\ Sodr.- A =istria da I!)rensa no Brasil- Rio de aneiroCi9iliza/0o Brasileira- JK66&& P+*  Co!o a uni9ersidade !oderna . u! )roduto re,ente da Fistria brasileira ;SP  JK3Y Qa,uldade Na,ional de Qilosoia- R  JKK- te!os- nesse ,aso- u! en!eno se!elFante ao 1ornalis!o e  literatura& ( so!ente nos anos 34 #ue se desen9ol9e no Brasil u!a Ci8n,ia So,ial autno!a& A insist8n,ia dos es,ritos de Qlorestan Qernandes sobre a ne,essidade de se ,riar u! )adr0o ,ienti,o )ara a So,iolo*ia e@)ressa- na 9erdade- urna 9ontade de dieren,ia/0o do dis,urso a,ad8!i,o da ala ideol*i,a& Sua )ol8!i,a ,o! Guerreiro Ra!os ilustra be! esse )ro,esso de dieren,ia/0o das eseras da ,ultura&& >er Qlorestan Qernandes- $O Padr0o de TrabalFo Cienti,o dos So,ilo*os Brasileiros%- in A So,iolo*ia no Brasil- Petr)olis- >ozes- JKY Guerreiro Ra!os- Introdu/0o  A Redu/0o So,iol*i,a-  ed&- Rio de aneiro- Te!)o Brasileiro- JK65&& En#uanto Guerreiro Ra!os deende a e@ist8n,ia de u!a So,iolo*ia A)li,ada- instru!ental!ente en*a1ada no desen9ol9i!ento da so,iedade na,ional- Qlorestan Qernandes se 9olta )ara a ,onstru/0o de u!a ,i8n,ia #ue tenFa ,o!o reer8n,ia o )adr0o de ,onFe,i!ento so,iol*i,o interna,ional& Co! isso esta9a se ro!)endo ,o! o )assado ba,Fareles,o das a,uldades de Direito #ue usa9a! a So,iolo*ia ,o!o saber ensasti,o- !as se trata ta!b.! de u!a ru)tura ,o! o )resente- an+lo*a  #ue Sartre a)onta9a )ara a literatura- #ue de!anda9a das Ci8n,ias So,iais u! ser9i/o ideol*i,o& A So,iolo*ia- )arti,ular!ente e! S0o Paulo ;SP e Es,ola de So,iolo*ia e Polti,a- ao se deinir ,o! u!a esera de bens restritos!ar,ada )or u!a $ideolo*ia a,ad8!i,a%- se aasta do destino #ue o )ensa!ento so,iol*i,o te9e no Rio de aneiro ,o! u!a es,ola )oliti,a!ente en*a1ada ,o!o o ISEB& ()ortanto- nos anos 34 #ue ela se torna )ro)ria!ente ,ienti,a- saber ra,ional #ue se 9olta )ara a inter)reta/0o e a )es#uisa da so,iedade- distan,iando"se da or!a ensasti,a #ue a Fa9ia ,ara,terizado no )assado- e das de!andas )olti,as #ue lFe era! e@i*idas )elo )resente& 3& >er O,t+9io Ianni or*&- $Qlorestan Qernandes e a Qor!a/0o da So,iolo*ia Brasileira%- in Qlorestan- S0o Paulo- an*uarda&K&>er Ql+9io Sil9a- O Teleteatro Paulista na D.,ada de 54 e 64S0o Paulo- IDART- JKJ&& Os )r)rios es,ritores e diretores de teatro ta!b.! 90o en,ontrar es)a/o nesta tele9is0o #ue ainda n0o se transor!ou )lena!ente e! indústria ,ultural Grande Teatro Tu)i& Os ,rti,os teatrais da .)o,a )er,ebe! ,o! ,lareza este destino ,on1untural do teatro no Brasil- onde- ,ontraria!ente aos )ases ,entrais- a dra!atur*ia do )al,o se asso,ia a u!a te,nolo*ia de !assa: a tele9is0o& Esta ,ara,tersti,a da situa/0o brasileira- u! tr?nsito entre eseras re*idas )or l*i,as dierentes- )ossui a !eu 9er u!a du)la ,onse#X8n,ia& ;!a .- se! dú9ida- )ositi9aY ela abre u! es)a/o de ,ria/0o #ue e! al*uns )erodos ser+ a)ro9eitado )or deter!inados *ru)os ,ulturais& Outrade ,ar+ter !ais restriti9o- )ois os intele,tuais )assa! a atuar dentro da de)end8n,ia da l*i,a ,o!er,ial- e )or azer )arte do siste!a e!)resarial- t8! dii,uldade e! ,onstruir u!a 9is0o ,rti,a e! rela/0o ao ti)o de ,ultura #ue )roduze!& Pode!os reto!ar neste )onto a ar*u!enta/0o sobre a anterioridade do ,a)italis!o ,o! a #ual abri!os nossa rele@0o& Qoi Roberto S,F[arz- ao analisar as id.ias do liberalis!o euro)eu ,o!o $ora do lu*ar% no )erodo es,ra9ista P+* 4 brasileiro- #ue! a9an/ou !ais a rele@0o sobre esta )e,uliaridade da Fistria da ,ultura na )erieria&4&Roberto S,F[arz- Ao >en,edor as Batatas- S0o Paulo- Duas Cidades- JK&& De !aneira bastante ar*uta ele des,re9e a ,ondi/0o de des,entraliza/0o- de en9iesa!ento- #ue #ualii,a a situa/0o brasileira& ( ,laro #ue de u! deter!inado )onto de

9ista as id.ias est0o $se!)re no lu*ar%- isto .- elas )ressu)7e! a e@ist8n,ia de *ru)os ,on,retos #ue as ,arre*a! e as utiliza!& Mas o su*esti9o na aborda*e! de S,F[arz . a 8nase neste Fiato entre inten/0o e realiza/0o- o #ue i!)li,a a ade#ua/0o do liberalis!o aos interesses dos *ru)os do!inantes en#uanto ideolo*ia )arti,ular ele ser9e ,o!o orna!ento de ,i9iliza/0o- !as n0o )ossui or/a Fistri,a )ara transor!ar or*ani,a!ente a so,iedade ,o!o u! todo e si!ultanea!ente na sua inade#ua/0o- )ois ,o!o )rin,)io Fu!ansti,o n0o se a)li,a aos unda!entos da so,iedade es,ra9ista& Por#ue o ide+rio liberal ,Fe*a antes do desen9ol9i!ento das or/as s,io"e,on!i,as #ue o ori*inara! no ,onte@to euro)eu- ele se en,ontra na )osi/0o esdrú@ula de e@istir se! se realizar& Se !e reiro a esta e@,entri,idade ,ara,tersti,a da so,iedade brasileira . )or#ue )enso #ue este ele!ento ter+ u! )eso i!)ortante no en,a!inFa!ento da dis,uss0o da ,ultura entre ns e- ,onse#Xente!ente- na a9alia/0o da a!)litude e da inlu8n,ia da )r)ria ,ultura )o)ular de !assa&  To!ada nu! )ri!eiro sentido- #ue eu ,Fa!aria de restrito- ela des+*ua nu! as)e,to 1+ bastante dis,utido )ela tradi/0o intele,tual: o da ,ultura orna!ental& Dentro desse es)rito- o liberalis!o estaria $ora do lu*ar% )or ,ausa da )resen/a da es,ra9id0o #ue o des#ualii,a de i!ediato& Sua orna!entalidade a)onta )ara u!a alsidade- a 9ontade da ,lasse do!inante de se )er,eber en#uanto )arte da Fu!anidade o,idental a9an/adaY a doutrina liberal se transor!a assi! e! 9alor ostentatrio- o #ue e! )rin,)io asse*uraria o )erten,i!ento da bur*uesia na,ional aos ideais de ,i9iliza/0o e a,o!odaria na ,ons,i8n,ia da ,lasse do!inante o atraso brasileiro e! rela/0o aos )ases ,entrais& Creio #ue o P+* J !es!o )ode ser ar*u!entado e! rela/0o ao ,on,eito de !oderno na so,iedade brasileira& Is!ail Va9ier- #uando estuda o ,ine!a na d.,ada de 4- !ostra #ue a e@)ress0o $arte ,ine!ato*r+i,a% est+ li*ada a u!a as)ira/0o de se !aniestar u! es)rito a9an/ado atra9.s do uso de e@)ress7es !odernas& $Arte e indústria era! duas )ala9ras s.rias,ultuadas )or a#ueles #ue dese1a9a! azer )arte da elite ilustrada- or*ulFosa do seu ,ontraste rente  i*nor?n,ia da !aioria& A ,olo,a/0o do ,ine!a sob estas eti#uetas n0o dei@a9a de ser ,on9eniente )ara os )rati,antes da ,ultura orna!ental: re9eren,iadores da tradi/0o ,l+ssi,a- de9otos de beletris!o ,o!o or!a de ele*?n,ia e distin/0o so,ialas,inados )elos ,ostu!es ,i9ilizados- tinFa! nos aus),ios da arte e no !odelo industrial de *rande en9er*adura u!a or!a de tornar !ais ,ultos e res)ons+9eis seus )ronun,ia!entos sobre o ,ine!a% &J&Is!ail Va9ier- S.ti!a Arte& ;! Culto Moderno- S0o Paulo- Pers)e,ti9a- JK- )& J3& A )assa*e! reor/a nossa di*ress0o anterior- onde )ro,ur+9a!os !ostrar o i!bri,a!ento entre o setor artsti,o e o !er,ado- !as o #ue nos interessa reter dela- no !o!ento- . a deasa*e! entre esta !oderniza/0o a)arente e a realidade #ue salta aos olFos- #uando se obser9a a ine@ist8n,ia de ,ondi/7es !ateriais #ue )er!ita! o sur*i!ento de u!a il!o*raia brasileira& Para u!a re9ista ,o!o Cine"Arte- #ue a,redita9a #ue $o )ro*resso do )ais se !edia )elo nú!ero de seus ,ine!as%- diante da ine@e#Xibilidade desta )ro)osta- s lFe resta9a u!a )osi/0o !oralista e )eda**i,a na #ual a re)eti/0o do le!a $9a!os le9ar o ,ine!a a s.rio% era u!a or!a ,o!)ensatria de se ,onse*uir o #ue n0o se )odia obter ,on,reta!ente& ;! e@e!)lo an+lo*o )ode ser en,ontrado no !o9i!ento de !oderniza/0o da ,idade do Rio de aneiro na 9irada do s.,ulo& Ni,olau Se9,en\o des,re9e de !aneira sens9el esta inser/0o ,o!)ulsria do Brasil no es)rito da Belle ()o#ue&&Ni,olau Se9,en\o- Literatura ,o!o Miss0o- S0o Paulo- Brasiliense- JK5&& A re!odela/0o urbana da ,idade- a 9aloriza/0o do ,Fi#ue eu" P+*  ro)eu Art Nou9eau- o renesi ,o! #ue se 9i9e a a*ita/0o dos no9os te!)os- o ad9ento da eletri,idade nas ,asas e nas ruas- s0o transor!a/7es 9i9idas sob o si*no do !oderno )or u!a $bur*uesia ,ario,a #ue se ada)ta ao seu no9o e#ui)a!ento urbano- abandonando as 9arandas e os sal7es ,oloniais )ara e@)andir a sua so,iabilidade )elas no9as a9enidas)ra/as- )al+,ios e 1ardins%& Contrastando ,o! esse retrato de oti!is!o te!os a )resen/a das a9elas- o !edo do i!)aludis!o- o )eso de u!a Feran/a ,olonial )au).rri!a #ue in9ade o ,en+rio !inando esta i!a*e! t0o ,uidadosa!ente ,onstruda& E! a!bos os ,asos- o do ,ine!a e o da urbaniza/0o do Rio de aneiro- a id.ia de !oderno se asso,ia a

9alores ,o!o )ro*resso e ,i9iliza/0oY ela .- sobretudo- u!a re)resenta/0o #ue arti,ula o subdesen9ol9i!ento da situa/0o brasileira a u!a 9ontade de re,onFe,i!ento #ue as ,lasses do!inantes ressente!& Da o ato de essa atitude estar inti!a!ente rela,ionada a u!a )reo,u)a/0o de undo- $o #ue diria! os estran*eiros de ns%- o #ue relete n0o so!ente u!a de)end8n,ia aos 9alores euro)eus- !as re9ela o esor/o de se es,ul)ir u! retrato do Brasil ,ondizente ,o! o i!a*in+rio ,i9ilizado& ;! si*nii,ado !ais a!)lo da e@terioridade das id.ias .- no entanto- a#uele #ue se reere  inade#ua/0o de deter!inadas ,on,e)/7es e! rela/0o  totalidade da so,iedade& O )roble!a a*ora n0o . tanto o da orna!enta/0o- da alsidade da a,Fada e! ,ontraste ,o! a dureza da realidade- !as o da sua anterioridade& Nesse sentido eu diria #ue a no/0o de !odernidade est+ $ora do lu*ar% na !edida e! #ue o Modernis!o o,orre no Brasil se! !oderniza/0o& N0o . )or a,aso #ue os ,rti,os liter+rios t8! air!ado #ue o Modernis!o da d.,ada de 4 $ante,i)a% !udan/as #ue ir0o se ,on,retizar so!ente nos anos )osteriores& Ante,i)a/0o #ue denun,ia este Fiato- a inade#ua/0o de ,ertos ,on,eitos aos te!)os e! #ue s0o enun,iados- N0o se trata- )or.!- de u!a )re9is0o- de u!a *enialidade i!anente ao Fo!e! de arteY o des,o!)asso . u! ele!ento da so,iedade brasileira )eri.ri,a- o #ue nos le9a a inda*ar o #ue dieren,ia nosso Modernis!o dos outros& MarsFall Ber!an ,onsidera esta )er*unta #uando )ro" P+*  ,ura ,o!)arar o Modernis!o dos )ases desen9ol9idos ,o! o dos subdesen9ol9idos& &MarsFall Ber!an- Tudo #ue . Slido Des!an,Fa no Ar- S0o Paulo& Co!)anFia das Letras- JK6&& Reto!ando dois autores e duas ,idades- Baudelaire e Dostoie9s\i- Paris e S0o Petersbur*o- ele bus,a a)reender ,o!o esses es,ritores entende! a !odernidade do s.,ulo VIV& Nu! )lo te!os o Modernis!o das na/7es desen9ol9idas #ue se ,onstri ,o! o !aterial direta!ente deri9ado da !oderniza/0o )olti,a e e,on!i,a #ue ,onFe,e u! )as ,o!o a Qran/a& Paris- das *randes reor!as urbanas de =auss!an- da )resen/a da indústria- da rede erro9i+ria- da !ultid0o #ue se deslo,a )elas ruas- do sur*i!ento e da dius0o dos *rands"!a*asins redeinindo a !oda e !odii,ando o F+bito de se 9estir& Wuando Baudelaire es,re9e sobre essa so,iedade #ue o en9ol9e ele . )e*o entre dois !o9i!entos ,ontraditrios& Por u! lado- o )oder e a ri#ueza a,u!ulados )or u!a bur*uesia #ue Mar@ des,re9e ,o!o re9olu,ion+ria- e #ue real!ente transor!a o destino Fistri,o dos Fo!ens ao desen9ol9er as or/as )roduti9as nu! n9el at. ent0o des,onFe,ido& Este ato- sua )oesia e seus es,ritos n0o dei@a! de e@)ressar- o #ue e@)li,a sua atra/0o e as,nio )ela !odernidade dos te!)os e! #ue 9i9e- e seu re,onFe,i!ento  ,lasse so,ial #ue a ,onstruiu& Baudelaire dedi,a sua a)resenta/0o do $Salon de J36% ao bur*u8s- a seu es)rito e!)reendedor #ue )ro!o9e o )ro*resso da e,ono!ia e das artes& Bur*u8s- #ue . 9isto ,o!o )ro!otor e in,enti9ador de u!a ,ultura #ue se de!o,ratiza& Ri#ueza !aterial e ri#ueza ,ultural s0o- desta or!a- ,onsideradas e! )aralelo nu!a so,iedade #ue se e@)ande e se transor!a& Mas e@iste u!a outra a,e da !oeda& As !es!as or/as #ue liberta!- a)risiona!& O !undo bur*u8s traz ,onsi*o no9as or!as de )oder e de do!ina/0o- ele en,erra a sua )r)ria barb+rie& Este tra/o Baudelaire n0o dei@ar+ es,a)ar #uando analisa a rela/0o entre a oto*raia e a arte& Ele dir+: $A )oesia e o )ro*resso s0o dois a!bi,iosos #ue se odeia! de u! dio instinti9oY #uando eles se en,ontra! nu! !es!o ,a!inFo . )re,iso P+* 3 #ue u! d8 )assa*e! )ara o outro%&3&O leitor )ode ,o!)arar o arti*o #ue ,ita!os$Le Publi, Moderne et la PFoto*ra)Fie%- )& K4- ,o! $Salon J36: au@ Bour*eois%- in Baudelaire- E,rits EstF.ti#ues- Paris- ;nion G.n.rale des Editions- JK6&& Co!)arada ,o! sua )osi/0o anterior- a ode ao bur*u8s- a )assa*e! )oderia ser entendida ,o!o u!a a!bi*Xidade do )oeta& Creio- no entanto- #ue ela e@)ri!e u!a ,ontradi/0o so,ial !ais a!)la& Baudelaire assu!e radi,al!ente a )ostura de 9i9er o seu te!)o- e neste sentido ele de9e )rezar as ,on#uistas trazidas )ela so,iedade industrial& Mas- ao az8"lo- ele )er,ebe na )r)ria so,iedade #ue *era esta no9a orde! a )resen/a do ,aos& Por isso seu Modernis!o- )or ser Ferdeiro da !odernidade- ad#uire u!a di!ens0o ,rti,a& No ,aso da Rússia te!os u! outro )anora!a: o do subdesen9ol9i!ento& N0o obstante- o lo,al es,olFido )or Ber!an . S0o Petersbur*o- ,idade #ue . ,onFe,ida )ela

literatura russa ,o!o )lo !oderno #ue se o)7e  tradi,ional Mos,ou- e #ue sore no inal do s.,ulo VIV u!a !oderniza/0o relati9a& Pro*resso ,onstrudo )elas or/as ,onser9adoras+9idas )ela últi!a !oda o,idental- e #ue tenta! dar brilFo  dura realidade lo,al& Co! res)eito a esse Modernis!o do subdesen9ol9i!ento MarsFall Ber!an dir+ #ue ele $. or/ado de se ,onstruir sobre antasia e sonFos de !odernidade%& Wuero reter da ,ita/0o a id.ia de $sonFo% e de $antasia%- e )ro)or #ue ela n0o #uer ne,essaria!ente dizer a,Fadao #ue nos re!eteria de 9olta  dis,uss0o sobre a ,ultura orna!ental- !as #ue )ode ser lida ,o!o as)ira/0o- dese1o de !oderniza/0o& ( esta 9ontade #ue se ante,i)a- #ue- a !eu 9ernos )ases de )erieria se en,ontra li*ada estreita!ente  ,onstru/0o da identidade na,ional& Eduardo ardi!- #uando estuda o Modernis!o brasileiro- ,onsidera #ue ele )ode ser di9idido e! duas ases&5&Eduardo ardi!- A Brasilidade Modernista& Rio de aneiro- GraalJK&& Na )ri!eira- #ue 9ai de JKJ a JK3- os )arti,i)antes s0o !ar,ados )or u!a )reo,u)a/0o e!inente!ente est.ti,aY eles tenta! ro!)er ,o! o )assadis!o e absor9er as ,on#uistas das 9an*uardas euro).ias& No se*undo )erodoP+* 5 o,orre u!a reorienta/0o- e eles se 9olta! )ara a elabora/0o de u! )ro1eto de ,ultura !ais a!)lo& A #uest0o da brasilidade se transor!a assi! no ,entro da aten/0o dos es,ritores e 9ai *erar 9+rios !aniestos ,o!o Pau"Brasil- Antro)o+*i,o- Anta& Ao Brasil real,onte!)or?neo- os !odernistas ,ontra)7e! u!a as)ira/0o- u!a $antasia% #ue a)onta )ara a !oderniza/0o da so,iedade ,o!o u! todo& As )ers)e,ti9as- . ,laro- ser0o orientadas )oliti,a!ente se*undo os *ru)os e as ra/7es #ue ,o!)7e! o !o9i!ento- !ais  es#uerda ,o! Os[ald de Andrade-  direita ,o! Plnio Sal*ado& O #ue i!)orta- no entanto- . )er,eber #ue )or tr+s dessas ,ontradi/7es e@iste u! terreno ,o!u! #uando se air!a #ue s sere!os !odernos se or!os na,ionais& Estabele,e"se- dessa !aneira- u!a )onte entre u!a 9ontade de !odernidade e a ,onstru/0o da identidade na,ional& O Modernis!o . u!a id.ia ora do lu*ar #ue se e@)ressa ,o!o )ro1eto& Creio #ue a id.ia do Modernis!o ,o!o )ro1eto )ode ser to!ado ,o!o u! )aradi*!a )ara se )ensar a rela/0o entre ,ultura e !oderniza/0o na so,iedade brasileira& N0o . )or a,aso #ue Roland Corbisier dizia #ue antes da Se!ana de  o #ue tnFa!os era u!a )r." Fistria no Brasil& Ante,i)ando al*u!as or!ula/7es o !o9i!ento ,ondensa e! si u!a !aneira de se rela,ionar ,o! a so,iedade #ue- a !eu 9er- se ,onsolida e! toda u!a ,orrente de )ensa!ento- !es!o #uando e@)ressa )or *ru)os ideolo*i,a!ente di9ersii,ados& O Modernis!o"!eta en,ontra"se na ar#uitetura de Nie!eHer- no teatro de Guarnieri- no desen9ol9i!ento do ISEB- na id.ia de 9an*uarda ,onstruti9a )ro1etada )elos )oetas ,on,retistas& A resson?n,ia de u! ar#uiteto ,o!o Le Corbusier . si*nii,ati9a& Sua ra,ionalidade ar#uitetni,a en,ontra na )erieria ,ondi/7es !ais ade#uadas )ara se realizar do #ue nos )ases ,entrais onde ela oi ,on,ebida& Qinan,iada )elo Estado- ela ,onta no Brasil ,o! u!a so!a de re,ursos e u!a a,ilidade de !o9i!enta/0o #ue n0o dis)7e o e!)reendi!ento )ri9ado na Euro)a- e sobretudo ,o! u!a $!entalidade ,ultural% #ue )er,ebe o !oderno ,o!o 9ontade de ,onstru/0o na,ional& As linFas *eo!.tri,as de Braslia $le9a!% a ,i9iliza/0o )ara o )lanalto ,entral P+* 6 nu! ato ,i9ilizador #ue in9erte a rela/0o entre su)erestrutura e inra"estrutura& Esta 9ontade de ,onstru/0o na,ional )ode ser a9aliada #uando se ,onsidera o desen9ol9i!entis!o dos anos 54Y ao se air!ar #ue $se! ideolo*ia do desen9ol9i!ento n0o F+ desen9ol9i!ento%- o #ue se est+ reiterando . a anterioridade do )ro1eto de !oderniza/0o e! rela/0o ao subdesen9ol9i!ento da so,iedade& Por isso os isebianos 90o ,ontra)or a esta*na/0o da so,iedade tradi,ional ao )ro1eto de industrializa/0o& Podera!os ,itar ainda u! outro e@e!)lo- o do !o9i!ento ,o!unista& Na !edida e! #ue a an+lise do )artido ,onsidera ne,ess+ria a )assa*e! do )r.",a)italis!o )ara u! ,a)italis!o #ue n0o e@iste $de ato%- ou se1a- na sua )lenitude- te!"se #ue !oderniza/0o e desen9ol9i!ento se identii,a! ,o!o ele!entos de u!a identidade #ue se )retende ,onstruir& Dentro deste ,onte@to- o )ensa!ento ,rti,o na )erieria o)7e o tradi,ional ao !oderno de u!a or!a #ue !uitas 9ezes tende a reii,+"lo& A ne,essidade de se su)erar o subdesen9ol9i!ento esti!ula u!a dualidade da raz0o #ue )ri9ile*ia o )lo da !oderniza/0o& N0o tenFo dú9idas

de #ue Fistori,a!ente esta or!a de e#ua,ionar os )roble!as dese!)enFou no )assado u! )a)el )ro*ressistaY a luta )ela ,onstru/0o na,ional )ode se ,ontra)or s or/as oli*+r#ui,as e ,onser9adoras e ao i!)erialis!o interna,ional& Pa*ou"se- )or.!- u! )re/o: o de ter!os !er*ulFado nu!a 9is0o a,rti,a do !undo !oderno& Penso #ue . 1usta!ente este a,riti,is!o #ue nos dieren,ia do Modernis!o euro)eu& No Brasil- sinto!ati,a!ente- os ,rti,os da !odernidade se!)re ora! os intele,tuais tradi,ionais& Tal9ez o e@e!)lo !ais si*nii,ati9o de todos se1a os es,ritos de Gilberto QreHre& Sua insist8n,ia e! retratar u!a Fistria brasileira a )artir da ,asa"*rande n0o re9ela so!ente u!a atitude senForial- ela )ossui ainda u!a di!ens0o !ais a!)la #uando se o)7e  orde! industrial #ue se i!)lanta no Brasil na d.,ada de 4& Por isso n0o . di,il reen,ontrar e! sua obra a )olaridade entre o tradi,ional e o !oderno- s #ue neste ,aso inter)retada en#uanto 9aloriza/0o da orde! oli*+r#ui,a& E su*esti9o o ,ontraste #ue se ,onstri entre S0o Paulo e o Nordeste& S0o P+*  Paulo . $lo,o!oti9a%- $,idade%- e o )aulista . $bur*u8s%- $industrial%- te! *osto )elo trabalFo e )elas realiza/7es t.,ni,as e e,on!i,as& O Nordeste . $terra%- $,a!)o%- seus Fabitantes s0o telúri,os e tradi,ionais e )or isso re)resenta! o ti)o brasileiro )or e@,el8n,ia& Es)re!ida entre o )ensa!ento ,onser9ador e a #uest0o na,ional- tal ,o!o ela Fa9ia sido )osta- a !oderniza/0o oi assu!ida ,o!o u! 9alor e! si- se! ser #uestionada& A aus8n,ia de u!a dis,uss0o sobre a ,ultura de !assa no Brasil relete- a !eu 9er- este #uadro so,ial !ais a!)lo& ;!a 9ez #ue a !er,antiliza/0o da ,ultura . )ensada sob o si*no da !oderniza/0o na,ional- o ter!o $indústria ,ultural% . 9isto de !aneira restriti9a& Co!o )ara esse ti)o de )ensa!ento a industrializa/0o . ne,ess+ria )ara a ,on,retiza/0o da na,ionalidade brasileira- n0o F+ )or #ue n0o estender este ra,io,nio )ara a esera da ,ultura& O sil8n,io a #ue 9nFa!os nos reerindo ,ede lu*ar a u!a ala #ue arti,ula !oderniza/0o e indústria ,ulturalY en,obrindo os )roble!as #ue a ra,ionalidade ,a)italista #ue Fo1e . u! ato e n0o u! )ro1eto )assa a e@)ri!ir& P+*  Cultura e so,iedade Creio #ue . so!ente na d.,ada de 34 #ue se )ode ,onsiderar seria!ente a )resen/a de u!a s.rie de ati9idades 9in,uladas a u!a ,ultura )o)ular de !assa no Brasil& Claro- . se!)re )oss9el re,uar!os no )assado e en,ontrar!os e@e!)los #ue atesta! a e@ist8n,ia dos $!eios% de ,o!uni,a/0o& A i!)rensa 1+ Fa9ia ,onsa*rado desde o in,io do s.,ulo or!as ,o!o os 1ornais di+rios- as re9istas ilustradas- as Fistrias e! #uadrinFos& Mas n0o . a realidade ,on,reta dos !odos ,o!uni,ati9os #ue institui u!a ,ultura de !er,ado- . ne,ess+rio #ue toda a so,iedade se reestruture )ara #ue eles ad#uira! u! no9o si*nii,ado e u!a a!)litude so,ial& Se a)onta!os os anos 34 ,o!o o in,io de u!a $so,iedade de !assa% no Brasil . )or#ue se ,onsolida neste !o!ento o #ue os so,ilo*os deno!inara! de so,iedade urbano"industrial& N0o nos ,abe reto!ar as an+lises 1+ realizadas sobre este te!a- !as . i!)ortante le!brar #ue a so,iedade brasileira)arti,ular!ente a)s a Se*unda Guerra Mundial- se !oderniza e! dierentes setores& A 9elFa so,iolo*ia do desen9ol9i!ento ,ostu!a9a des,re9er essas !udan/as sublinFando en!enos ,o!o o ,res,i!ento da industrializa/0o e da urbaniza/0o- a transor!a/0o do siste!a de estratii,a/0o so,ial ,o! a e@)ans0o da ,lasse o)er+ria e das ,a!adas !.diaso ad9ento da buro" P+* K ,ra,ia e das no9as or!as de ,ontrole *eren,ial- o au!ento )o)ula,ional- o desen9ol9i!ento do setor ter,i+rio e! detri!ento do setor a*r+rio&J&>er Costa PintoSo,iolo*ia e Desen9ol9i!ento- Rio de aneiro- Ci9iliza/0o Brasileira- JK&& ( dentro desse ,onte@to !ais a!)lo #ue s0o redeinidos os anti*os !eios i!)rensa- r+dio e ,ine!a e dire,ionadas as t.,ni,as ,o!o a tele9is0o e o !ar\etin*& Sabe!os #ue . nas *randes ,idades #ue lores,e este !undo !odernoY a #uest0o #ue se ,olo,a . ,onFe,er!os ,o!o ele se estrutura- e e! #ue !edida deter!ina )ar?!etros no9os )ara a )roble!+ti,a da

,ultura& Por isso se az ne,ess+rio entender ,o!o se arti,ula! no )erodo os di9ersos ra!os de )rodu/0o e de dius0o de !assa& Desde JK o r+dio Fa9ia sido introduzido no BrasilY n0o obstante- at. JK5 ele se or*aniza9a basi,a!ente e! ter!os n0o",o!er,iais- as e!issoras se ,onstituindo e! so,iedades e ,lubes ,u1as )ro*ra!a/7es era! sobretudo de ,unFo erudito e ltero"!usi,al& &Maria E& Bona9ita Qederi,o- =istria da Co!uni,a/0o& R+dio e T> no Brasil- Petr)olis>ozes- JK&& E@istia! )ou,os a)arelFos- era! de *alena- e o ou9inte tinFa #ue )a*ar u!a ta@a de ,ontribui/0o )ara o Estado )elo uso das ondas& A d.,ada de 4 . ainda u!a ase de e@)eri!enta/0o do no9o 9e,ulo e a radious0o se en,ontra9a !uito !ais a!)arada no talento e na )ersonalidade de al*uns indi9duos do #ue nu!a or*aniza/0o de ti)o e!)resarial& O es)a/o de irradia/0o soria ,ontnuas interru)/7es e n0o Fa9ia u!a )ro*ra!a/0o #ue ,obrisse inteira!ente os For+rios diurnos e noturnos& Durante toda a d.,ada sur*e! a)enas JK e!issoras e! todo o )ais- e seu raio de a/0o- de9ido  alta de a)arelFa!ento ade#uado- se reduzia aos li!ites das ,idades onde o)era9a!& Esta situa/0o ,o!e/a a se transor!ar ,o! a introdu/0o dos r+dios de 9+l9ula na d.,ada de 4- o #ue 9e! baratear os ,ustos de )rodu/0o dos a)arelFos e )ossibilitar sua dius0o 1unto a u! )úbli,o ou9inte !ais a!)lo& E! JK o,orre u!a !udan/a na le*isla/0o- #ue )assa a )er!itir a )ubli,idade no r+dio- i@ando"a no in,io e! J4c da )ro*ra!a/0o di+ria& As e!issoras )odia! a*ora ,ontar P+* 34 ,o! u!a onte de inan,ia!ento ,onstante e estruturar sua )ro*ra!a/0o e! bases !ais duradouras& E9idente!ente isto iria !odii,ar o ,ar+ter do r+dio- #ue se torna ,ada 9ez !ais u! 9e,ulo ,o!er,ial- a )onto de al*uns anun,iantes se transor!are! e! 9erdadeiros )rodutores de )ro*ra!as- ,o!o no ,aso da Standart Pro)a*anda e da Col*ate Pal!oli9e- #ue ,ontrata9a! atores- es,ritores e tradutores de radiono9elas& Co! a le*isla/0o de JK5- #ue au!entou o )er,entual )er!itido de )ubli,idade )ara 4c- esta di!ens0o ,o!er,ial se a,entua- ,on,retizando a e@)ans0o de u!a ,ultura )o)ular de !assa #ue en,ontra no !eio radioni,o u! a!biente )ro),io )ara se desen9ol9er& O #uadro abai@o !ostra o ,res,i!ento do nú!ero de e!issoras )ara o territrio brasileiro- e nos d+ u!a id.ia da i!)lanta/0o do siste!a radioni,o no )as&&Al*uns As)e,tos da >ida Cultural Brasileira- Rio de aneiro- MEC- JK5 e JK53&& Ano 2 N de e!issoras JK33: J46 JK35: JJJ JK36: J6 JK3: J JK3:  JK3K: 5 JK54: 44 Co! o r+dio sur*e! es)et+,ulos ,o!o os )ro*ra!as de auditrios- !úsi,as 9ariadas e es)e,ial!ente a radiono9ela- introduzida no Brasil e! JK3J& Esta últi!a lo*o se ,onstitui no )roduto t)i,o do siste!a radioni,o da .)o,aY entre JK3 e JK35- a R+dio Na,ional ,Fe*ou a )roduzir JJ6 no9elas nu! total de K5 ,a)tulos&3&>er Luiz Saroldi e Snia >& Moreira- R+dio Na,ional: o Brasil e! Sintonia- Rio de aneiro- Q;NARTE- JK3Y Zenilda Belli$Radiono9ela: An+lise Co!)arati9a da Radiodius0o na D.,ada de 34 atra9.s de Re*istros de Audi8n,ia e! S& Paulo%- tese de !estrado- ECA- ;SP- JK4&& A )o)ularidade deste no9o *8nero dra!+ti,o )ode ser ,onstatada #uando se analisa- )or e@e!)lo- o *r+i,o dos )ro*ra!as )reeridos& E!bora os dados se reira! so!ente  ,idade do Rio de aneiro- e se restrin1a! ao ano de JK3- eles n0o dei@a! de ser si*nii,ati9os&5& Geraldo O& Leite- $A Ne,essidade de u!a E,olo*ia de Mdia% )arte J& Briein*- n - 1unFo de JK- )& 5&& P+* 3J Gr+i,o: a 9aria/0o . de 4  54- ,o! inter9alos de 5 e! 5 Preer8n,ia )or *8neros Rio de aneiro JK3

No9elas: 35 Mús& 9ariadas: J =u!oris!o: 4 Noti,i+rio: J Outros: inerior a J4 ( ainda nas d.,adas de 34 e 54 #ue o ,ine!a se torna de ato u! be! de ,onsu!oe! )arti,ular ,o! a )resen/a dos il!es a!eri,anos- #ue no )s"*uerra do!ina! o !er,ado ,ine!ato*r+i,o& Este n0o . u! ato #ue di*a res)eito e@,lusi9a!ente  so,iedade brasileira- ele . !ais *en.ri,o- e se insere na !udan/a da )olti,a e@)ortadora de il!es a!eri,anos- #ue se torna !ais a*ressi9a& Co!o obser9a TFo!as Guba,\- durante os anos 4- o !er,ado e@terior n0o !ere,ia das e!)resas de =ollH[ood u!a aten/0o )arti,ular- e a indústria ,ine!ato*r+i,a a!eri,ana era )autada )ela de!anda do !er,ado interno& O estudo ;sabel sobre a P+* 3 )enetra/0o dos il!es a!eri,anos na A!.ri,a Latina ,onir!a este dado relati9o ao )ou,o interesse #ue os )rodutores dedi,a9a! ao !er,ado latino"a!eri,ano& Por.!- ,o! a ,rise de )ubli,o nos ,ine!as a!eri,anos- a indústria do il!e se 9olta )ara o !er,ado !undial)ro,urando ,ontrabalan/ar no e@terior Euro)a e A!.ri,a Latina as )erdas #ue 9inFa sorendo&6&>er TFo!as Guba,\- La Industria International del Cine- Madri- Qunda!entosJK6& ;! estudo na !es!a linFa . o de Pro\o)- $O Pa)el da So,iolo*ia do Qil!e no Mono)lio Interna,ional% in Pro\o) Cole/0o Grandes Cientistas So,iais- Ciro Mar,ondes or*&- S0o Paulo- Ati,a- JK6& Sobre a A!.ri,a Latina- 9er Gais\a ;sabel- TFe =i*F Noon o A!eri,an Qil!s in Latin A!eri,a- Ann Arbor Mi,Fi*an- ;MI Resear,F Press- JK& Se ti9er!os e! ,onta #ue a d.,ada de 34 se ,ara,teriza ainda )or u!a a)ro@i!a/0o entre ^asFin*ton e a A!.ri,a Latina atra9.s de sua $)olti,a de boa 9izinFan/a%- )er,ebe!os #ue o desen9ol9i!ento do ,ine!a se az entre nos estreita!ente 9in,ulado s ne,essidades- )olti,as dos Estados ;nidos- e e,on!i,as dos *randes distribuidores de il!es no !er,ado !undial& Mas- !es!o e! ter!os na,ionais- . este o !o!ento e! #ue se tenta ,onstituir u!a ,ine!ato*raia brasileira& E! JK3J . ,riada a Atl?ntida- #ue )assa a )roduzir u!a !.dia de tr8s ,Fan,Fadas )or ano- e e! JK3K a >era Cruz- #ue )retendia e@)lorar u! )lo ,ine!ato*r+i,o e! S0o Paulo&&Sobre as ,Fan,Fadas- ,onsultar Mi*uel CFaia- $O Tost0o Qurado%- tese de !estrado- QQLC=- ;SP- JK4Y sobre a i!)lanta/0o de u! )lo ,ine!ato*r+i,o )aulista- 9er Maria Rita Gal90o- Bur*uesia e Cine!a: o Caso >era Cruz- Rio de aneiro- Ci9iliza/0o Brasileira- JKJ&& Para se )er,eber ,o!o o )anora!a da )rodu/0o ,ine!ato*r+i,a esta9a se !odii,ando- basta le!brar!os #ue entre JK5 e JK3K tinFa! sido )roduzidos e! S0o Paulo so!ente seis il!es& A ,ria/0o desses no9os ,entros de )rodu/0o te! ,onse#X8n,ia direta no !er,ado ,ine!ato*r+i,o na,ionalY entre JK5J e JK55 ora! realizados  il!es e! !.dia )or ano&& Al*uns As)e,tos da >ida Cultural Brasileira- Rio de aneiro- MEC- JK56& O !es!o )ode ser dito do !er,ado de )ubli,a/7es- #ue se a!)lia ,o! o au!ento do nú!ero de 1ornais- re9istas e li9ros& S0o 9+rios os indi,adores #ue de!onstra! o P+* 3 ,res,i!ento deste setor: tira*e!- i!)orta/0o de )a)el- e- a )artir de JK3- i!)lanta/0o de *ru)os na,ionais labin na )rodu/0o de )a)el& ;! e@e!)lo . a tira*e! da re9ista Cruzeiro- #ue e! JK3 . de 44 !il e@e!)lares- atin*indo- #uatro anos de)ois- o nú!ero de 554 !il&K&At. JK36 n0o e@istia nenFu! )eridi,o 1ornal ou re9ista ,o! u!a tira*e! !aior do #ue 44 !il e@e!)lares& Consultar tabela i!)rensa )eridi,a JK33"JK3K- in Al*uns As)e,tos da >ida Cultural Brasileira- Rio de aneiro- MEC- JK5- )& && Paralela!ente ao su,esso das radiono9elas sur*e! as re9istas de otono9elas Grande =otel- JK5JY Ca)ri,Fo- JK5 #ue- no )rin,)io- 9ei,ula9a! estrias idealizadas )ela !atriz italiana&J4&>er An*elu,,ia =abert- $A Qotono9ela: Qor!a e Conteúdo%- tese de !estradoQQLC=- ;SP- JK&& O setor li9reiro ta!b.! ,onFe,e- desde !eados dos anos 4- u!a e@)ans0o ,onsider+9el&JJ&Sobre o ,res,i!ento da indústria do li9ro- ,onsultar Lauren,e =alle[ell& o)& ,it&& As ,iras indi,a! u!a ta@a de ,res,i!ento de 36-6c entre JK6 e JK33-

e de Jc entre JK33 e JK3& Au!enta ainda o 9olu!e de li9ros editados- #ue entre JK e JK54 ,res,e e! 44cY obser9a"se ta!b.! a !ulti)li,a/0o das ,asas editoras- #ue 98e! o seu nú!ero )rati,a!ente dobrado entre JK6 e JK3& Esta!os- )ortanto- distante dos anos 4- !o!ento e! #ue Monteiro Lobato bus,a9a i!)ulsionar o do!nio da edi/0o se*undo os !oldes de u!a !entalidade *eren,ial ,a)italista- !as 9ia sua a/0o ,ondi,ionada aos li!ites da )r)ria or!a/0o e,on!i,a e so,ial do )as& Se Lobato a*iu $)re!atura!ente% isto se de9eu ao ato de ele ter se ante,i)ado s ,ondi/7es de !er,ado #ue so!ente se ,on,retizara! !ais tarde na so,iedade brasileira&J&>er Ali,e osFiHa!aMonteiro Lobato: Intele,tual- E!)res+rio- Editor& S0o Paulo- T& A& Wueiroz- JK&& Nos anos 54 se !ulti)li,a! os e!)reendi!entos ,ulturais de ,unFo !ais e!)resarial& Pri!eiro ,o! a introdu/0o da tele9is0o na ,idade de S0o Paulo JK54se*uindo sua e@)ans0o )ara outros lo,ais: Rio de aneiro JK5J- Belo =orizonte JK55Porto Ale*re JK5K& Pode!os obser9ar u! dina!is!o ,res,ente na +rea )ubli,it+ria #uetendo se i!)lantado no Brasil atra9.s das !ultina,ionais na P+* 33 d.,ada de 4- 9ai se ,onsolidar real!ente ,o! o desen9ol9i!ento do ,o!.r,io lo1ista- do a,esso ao ,redi+rio- da ,o!er,ializa/0o dos i!9eis& Neste )erodo s0o or!adas as )ri!eiras entidades )roissionais- Asso,ia/0o Brasileira de A*8n,ia de Pro)a*anda JK5e lan/adas re9istas es)e,ializadas ,o!o Pro)a*anda JK56& Ri,ardo Ra!os- ao re,onstruir a Fistria da )ro)a*anda no Brasil- obser9a #ue as t.,ni,as de )ubli,idade se ante,i)ara! s ne,essidades do !er,ado&J&Ri,ardo Ra!os- =istria da Pro)a*anda no Brasil- ECA;SP- JK&& Co! a introdu/0o das !ultina,ionais  GM- BaHer- Col*ate Pal!oli9e- Qord  sur*e! as a*8n,ias #ue ad!inistra! as ,ontas dessas *randes ,o!)anFias TFo!)sonStandard Pro)a*anda- M,Cann"Eri\son- Intera!eri,ana& Por.!- . ne,ess+rio es)erar )elo ,res,i!ento do !er,ado e )ela transor!a/0o de u! !eio ,o!o o r+dio )ara #ue real!ente as $id.ias% se a1uste!  realidade& E dentro deste #uadro #ue a)are,e! os s)ots- os )ro*ra!as asso,iados s !ar,as- os 1in*les& Nas d.,adas de 34 e 54 o setor )ubli,it+rio se desen9ol9e e! estreita rela/0o ,o! as !atrizes a!eri,anas- #ue traze! ,o! elas as t.,ni,as de 9enda dos )rodutos& Sur*e! e!)reendi!entos ,o!o a edi/0o brasileira de Sele/7es- ,o! suas )+*inas de anún,io- e os )ro*ra!as da Intera!eri,an Aairs- #ue inlue! direta!ente no ti)o de !aterial le9ado ao ar )elas r+dios brasileiras Re)rter Esso& Essa inti!a rela/0o entre o r+dio e as !ultina,ionais )ode ser a9aliada #uando se ,onsidera es)e,ii,a!ente u! )roduto )o)ular da .)o,a: as radiono9elas&  Tendo sido idealizada nos Estados ;nidos- a soa)"o)era sur*e na d.,ada de 4 e se diunde nas r+dios a!eri,anas&J3&>er Robert Allen- S)ea\in* o Soa) O)eras- Carolina do Norte- ;ni9ersitH o NortF Carolina Press- JK5&& Con,ebida ori*inal!ente ,o!o 9e,ulo de )ro)a*anda das $+bri,as de sab0o%- ela 9isa9a au!entar o 9olu!e de 9endas de )rodutos de li!)eza e toalete- ,o!)rado )rin,i)al!ente )elas !ulFeres& Co! a e@)ans0o das e!)resas a!eri,anas na A!.ri,a Latina Col*ate- Le9er bus,ou"se a,li!atar a a!eri,an" soa) ao interesse olFetines,o das !ulFeres latino"a!eri,anas& Nas,e! assi! as P+* 35 radiono9elas- #ue )ri!eira!ente lores,e! e! Cuba sob o )atro,nio dos )rodutores de sab0o e deter*ente- e s0o e! se*uida e@)ortadas )ara o resto do ,ontinente ,o!o t.,ni,a de 9enda e ,o!er,ializa/0o de )rodutos&J5&>er Reinaldo Gon/al9es- s.rie de arti*os sobre a radiono9ela )ubli,ados e! Re9olu,in H Cultura- =a9ana- deze!bro de JK5 a a*osto de JK6&& N0o obstante- a)esar do dina!is!o da so,iedade brasileira no )s"*uerra)er,ebe!os #ue ele se insere no interior de ronteiras be! deli!itadas& Ed*ar Carone obser9a #u8 o relatrio da Miss0o Co\e- #ue 9isita o Brasil e! JK3- dizia #ue 9i9a!os $u! est+*io )ri!iti9o de industrializa/0o%&J6&Ed*ar Carone- O Estado No9o: JK"JK35S0o Paulo- DIQEL- JK6- )& 5K&& N0o . )or a,aso #ue os e,ono!istas ,Fa!a! esta ase de $industrializa/0o restrin*ida%- isto .- o !o9i!ento de e@)ans0o do ,a)italis!o se realiza so!ente e! deter!inados setores- n0o se estendendo )ara a totalidade da so,iedade& E! ter!os ,ulturais te!os #ue o )ro,esso de !er,antiliza/0o da ,ultura ser+ atenuado )ela i!)ossibilidade de desen9ol9i!ento e,on!i,o !ais *eneralizado& Dito de outra or!a- a

$indústria ,ultural% e a ,ultura )o)ular de !assa e!er*ente se ,ara,teriza! !ais )ela sua in,i)i8n,ia do #ue )ela sua a!)litude& >+rios dados ,onir!a! nosso )onto de 9ista& Se . )oss9el alar!os- a )artir de !eados dos anos 4- de u! !er,ado de li9ros no Brasil- n0o resta dú9ida de #ue se trata de u! !er,ado d.bil- ,u1a )enetra/0o 1unto  )o)ula/0o . )e#uena n0o )ode!os es#ue,er o alto ndi,e de analabetis!o- e #ue n0o ,onse*ue transor!ar- na linFa das !udan/as so,iol*i,as #ue Fa9ia! o,orrido na Euro)ao es,ritor e! u! )roissional& Co!o sublinFa!os no ,a)tulo anterior- o #ue deine o literato brasileiro . basi,a!ente a sua atua/0o ,o!o un,ion+rio do Estado- )osi/0o #ue lFe )er!ite sobre9i9er e en,ontrar te!)o )ara se dedi,ar  es,rita&J&Sobre a rela/0o entre os es,ritores e o Estado- 9er S.r*io Mi,eli- Intele,tuais e Classe Diri*ente no Brasil- S0o Paulo- DIQEL- JKK&& Os nú!eros s0o ,laros a res)eito da e9o" P+* 36 lu/0o do !er,ado de li9ros )ara u!a ,idade ,o!o S0o Paulo J&Ol!)io de Souza Andrade- O Li9ro Brasileiro& JK4"JKJ- Rio de aneiro- Ed& Paralelo- JK3& !ilF7es de e@e!)lares& Ano: " E@e!)lares: JK3: J&63&444 JK34: &JJ6&44 JK36: 5&654&K5 JK56: 5K&4K&6J Produ/0o #ue no !elFor dos ,asos )ode ser ,onsiderada ,o!o !odesta e #ue durante u!a d.,ada JK36"JK56 se !ant.! no !es!o )ata!ar& Entre JK3 e JK5 o nú!ero de editoras e! todo o )as ,ai de 4 )ara J33- atin*indo u! n9el inerior ao de JK6&JK&>er Lauren,e =alle[ell- o)& ,it&- )& 34&& Co!o a)onta! os estudiosos- s0o 9+rias as raz7es )ara #ue isso a,onte/a: a i!)orta/0o subsidiada do )a)el se a)li,a9a so!ente aos 1ornais e n0o aos li9ros- os i!)ostos alande*+rios e a ta@a do dlar azia! ,o! #ue se tornasse !ais barato i!)ortar li9ros do #ue )a)el )ara i!)ri!i"los no Brasil& De #ual#uer or!a- trata"se de ind,ios ,on,retos da i!)ossibilidade de u! real ,res,i!ento da indústria do li9ro& O !es!o ra,io,nio )ode ser estendido a outras +reas ,ulturais& No ,aso do ,ine!a- a)esar dos esor/os e! se ,riar u! )lo de )rodu/0o na,ional- o resultado n0o . dos !elFores- ,o! a al8n,ia da >era Cruz e! JK53- ou a derro,ada de ,o!)anFias !enores ,o!o a Maristela- o #ue de!onstra a in,a)a,idade do il!e brasileiro de se i!)or no !er,ado&4&Sobre a Maristela- 9er Ar?nio Catani& $A So!bra da Outra%- tese de !estrado- QQLC=- ;SP- JK&& O )r)rio ,ine!a a!eri,ano- #ue ,erta!ente era Fe*e!ni,o en,ontra9a dii,uldades de se e@)andir 1unto a u! )úbli,o de !assa& Os dados estatsti,os )ara JK55 !ostra! #ue da totalidade dos ,ine!as e@istentes no )as !ais da !etade o)era9a irre*ular!ente- n0o sendo- )ortanto- e@ibidos diaria!ente os il!es durante a se!ana&J&Al*uns As)e,tos da >ida Cultural Brasileira- Rio de aneiro- MECJK56&& Mes!o o r+dio- #ue era ,erta!ente o !eio de ,o!uni,a/0o !ais )o)ular entre ns- en,ontra9a )roble!as de e@)ans0o de9ido ao subde" P+* 3 sen9ol9i!ento da so,iedade brasileira& E! JK5 o Brasil )ossua dois !ilF7es e #uinFentos !il a)arelFos- nú!ero #ue sobe )ara #uatro !ilF7es e 44 !il re,e)tores e! JK6& Por.!,onsiderando"se a )o)ula/0o total te!"se- )ara JK6- u!a raz0o de 6-6 a)arelFos )ara ,ada J44 Fabitantes- o #ue ,olo,a9a o Brasil no J lu*ar dos )ases da A!.ri,a Latina& &o0o Ba)tista Bor*es Pereira- Cor- Proiss0o e Mobilidade: o Ne*ro e o R+dio e! S0o Paulo- S0o Paulo- Pioneira- JK6- )& 5K&& uarez Brand0o Lo)es obser9a #ue nos anos 34 e 54 a teia de ,o!uni,a/0o )or r+dio era bastante ra,a e! *rande )arte do territrio na,ional- e dela era e@,luda u! nú!ero ,onsider+9el da )o)ula/0o&&uarez Brand0o Lo)es- Desen9ol9i!ento e Mudan/a So,ial- S0o Paulo- Cia& Ed& Na,ional- JK6& )& J4&& O #uadro ,ultural )ara o #ual esta!os ,Fa!ando a aten/0o )ode ser ilustrado )elo desen9ol9i!ento da tele9is0o- #ue- a)esar de ter sido i!)lantada e! JK54- ,onser9ou durante toda a d.,ada u!a estrutura )ou,o ,o!)at9el ,o! a l*i,a ,o!er,ial&3&>er S.r*io Ca)arelli- Tele9is0o e Ca)italis!o no Brasil- Porto Ale*re- LPM- JK&& E@istia!

so!ente al*uns ,anais e a )rodu/0o e a distribui/0o tele9isi9a resu!ida ao ei@o Rio"S0o Paulo )ossua u! ,ar+ter !ar,ada!ente re*ional& N0o Fa9ia u! siste!a de redes- os )roble!as t.,ni,os era! ,onsider+9eis- e o 9ideotei)e- introduzido e! JK5K  o #ue )er!itiu u!a e@)ans0o li!itada da teledius0o )ara al*u!as ,a)itais  s ,o!e/a a ser utilizado !ais tarde& A )rodu/0o da )ri!eira teleno9ela #ue usa esse ti)o de t.,ni,a data de JK6& De9ido ao bai@o )oder a#uisiti9o de *rande )arte da )o)ula/0o Fa9ia u! dii,uldade real e! se ,o!er,ializar os a)arelFos de tele9is0o- #ue no in,io era! i!)ortados- e so!ente a )artir de JK5K ,o!e/a! a ser abri,ados e! !aior nú!ero no Brasil& Pode"se ter u!a id.ia da )re,ariedade da indústria tele9isi9a na,ional #uando se sabe #ue e! JK53 sua ,a)a,idade de )rodu/0o se resu!ia a J !il a)arelFos&5&=u*o S,Flesi[*er- En,i,lo).dia da Indústria Brasileira-  ed&- S0o Paulo- IEPE- JK53&& A e9olu/0o do nú!ero de a)arelFos e! uso . si*nii,ati9a: JK5J  544Y P+* 3 JK55  J3J&444Y JK5K  33&444& 6&Qonte ABINEE& Para se ter u!a a9alia/0o da )o)ula/0o ,oberta de9e!os ainda ,onsiderar a )ou,a re*ularidade do F+bito de se assistir tele9is0o& Os dados de audi8n,ia- e!bora insui,ientes- indi,a! )ara JK53 u! nú!ero de a)arelFos desli*ados #ue atin*e de 54c a K4c nas ,idades de S0o Paulo e Rio de aneiroY e! JK5K- no Rio de aneiro- so!ente c da ,Fa!ada ,lasse C 9ia tele9is0o- ,ontra res)e,ti9a!ente 65c e c das ,lasses B e A& &L& Eduardo Car9alFo e Sil9a- $Estrat.*ia E!)resarial e Estrutura Or*aniza,ional das E!issoras das T>s Brasileiras%- tese de !estrado- QG>- JK&& Outro dado #ue !ostra o li!ite do siste!a tele9isi9o ,o!o ele!ento de )ro!o/0o ,o!er,ial . o in9esti!ento )ubli,it+rio nos dierentes !eios de ,o!uni,a/0o& E! JK5 as 9erbas a)li,adas na tele9is0o atin*e! a)ro@i!ada!ente c,ontra c no r+dio e 33c nos 1ornais- o #ue !ostra #ue as a*8n,ias de )ubli,idade )reeria! os !eios !ais $tradi,ionais% )ara anun,iar seus )rodutos&&Geraldo Leite- $A Ne,essidade de u!a E,olo*ia da Mdia% - o)& ,it&- )& 3K&& Seria di,il a)li,ar  so,iedade brasileira deste )erodo o ,on,eito de indústria ,ultural introduzido )or Adorno e =or\Fei!er& E9idente!ente as e!)resas ,ulturais e@istentes bus,a9a! e@)andir suas bases !ateriais- !as os obst+,ulos #ue se inter)unFa! ao desen9ol9i!ento do ,a)italis!o brasileiro ,olo,a9a! li!ites ,on,retos )ara o ,res,i!ento de u!a ,ultura )o)ular de !assa& Qalta9a! a elas u! tra/o ,ara,tersti,o das indústrias da ,ultura- o ,ar+ter inte*rador& A an+lise ran\urtiana re)ousa nu!a ilosoia da Fistria #ue )ressu)7e #ue os indi9duos no ,a)italis!o a9an/ado se en,ontra! ato!izados no !er,ado e- desta or!a- )ode! ser $a*ru)ados% e! torno de deter!inadas institui/7es&K&Sobre a an+lise ran\urtiana da indústria ,ultural- 9er Renato Ortiz- $A Es,ola de Qran\urt e a Wuest0o Cultural - Re9ista Brasileira de Ci8n,ias So,iais ANPOCS- 9ol& J- n J- 1unFo de JK6&& Por#ue a indústria ,ultural inte*ra as )essoas a )artir do alto ela . autorit+ria- i!)ondo u!a or!a de do!ina/0o #ue as $sintoniza% a u! ,entro ao #ual elas es" P+* 3K taria! $li*adas%& Por.!- a )adroniza/0o )ro!o9ida )or e atra9.s dos )rodutos ,ulturais s . )oss9el )or#ue re)ousa nu! ,on1unto de !udan/as so,iais #ue estende! as ronteiras da ra,ionalidade ,a)italista )ara a so,iedade ,o!o u! todo& Na 9erdade- todo o ra,io,nio de Adorno e Mar,use )ro,ura !ostrar #ue na so,iedade !oderna os es)a/os indi9idualizados s0o in9adidos )or esta ra,ionalidade e inte*rados nu! !es!o siste!a& A so,iedade industrial )ode ser ent0o ,onsiderada ,o!o u! es)a/o inte*rador das )artes dieren,iadas e des,rita )elo ,on,eito de $solidariedade !e,?ni,a% #ue Dur\Fei! Fa9ia a)li,ado s so,iedades )ri!iti9as& Este ,ar+ter inte*rador da so,iedade de !assa n0o oi ressaltado uni,a!ente )elos ran\urtianos- ele est+ )resente na dis,uss0o #ue 9+rios autores izera! sobre a ,ultura de !assa& Ed[ard SFils dir+ #ue a so,iedade de !assa traz a )o)ula/0o de $ora% )ara $dentro% da so,iedade& $O ,entro da so,iedade  as institui/7es ,entrais e os 9alores ,entrais #ue *uia! e le*iti!a! essas institui/7es  estende suas ronteiras& A !aior )arte da )o)ula/0o a !assa a*ora se rela,iona de !aneira !ais estreita ,o! o ,entro do #ue no ,aso das so,iedades anteriores ou na ase ini,ial da so,iedade !oderna& Nas so,iedades anteriores u!a )arte substan,ial da )o)ula/0o- re#Xente!ente a !aioria- nas,ia e )er!ane,ia )ara se!)re ,o!o

outsiders&%4&Ed[ard SFils Mass So,ietH and its Culture%& in Nor!an a,obs or*&& Culture or Millions'& Boston- Bea,on Press& JK6- )& J&& A id.ia de u! ,entro onde se a*ru)a! as institui/7es le*ti!as .- )ortanto- unda!ental )ara #ue se )ossa alar de u!a so,iedade de !assa no interior da #ual o)era! as indústrias da ,ultura& Penso #ue no ,aso brasileiro . 1usta!ente este ele!ento #ue se en,ontra debilitado )elo ato- #ue SFils a)onta- de 9i9er!os u!a $ase ini,ial da so,iedade !oderna%& A)esar de todo o )ro,esso de ,entraliza/0o ini,iado )ela Re9olu/0o de 4- e ortale,ido )elo Estado No9o- a so,iedade brasileira- no )erodo e! #ue a ,onsidera!os- . ainda orte!ente !ar,ada )elo lo,alis!o& Os ,ientistas )olti,os P+* 54 !ostra! #ue 4 n0o si*nii,ou u!a ru)tura radi,al da orde! so,ialY o *o9erno de >ar*as n0o erradi,ou as elites oli*+r#ui,as- !as redi!ensionou a balan/a do )oder )olti,o& Nesse sentido a re9olu/0o . u! dado i!)ortante na or!a/0o do Estado na,ional- u!a 9ez #ue abre es)a/o )ara u! )ro1eto )olti,o e atribui  elite do!inante oli*+r#ui,a e !oderna u! )a)el unda!ental no en,a!inFa!ento das )ro)ostas #ue se bus,a9a i!)le!entar& Este )ro,esso de unii,a/0o )olti,a- )or.!- dii,il!ente )oderia ser ,onundido ,o! u!a inte*ra/0o ,ultural nos !oldes de u!a so,iedade de !assa& N0o #ue n0o e@ista da )arte do Estado u!a 9ontade de unii,a/0o na +rea da ,ulturaY as !edidas de Ca)ane!a na esera edu,a,ional 9isa9a! 1usta!ente este resultado&J&Si!on S,F[arz!an et all Te!)os de Ca)ane!a- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK3&& A ideolo*ia da edu,a/0o !oral e ,9i,a 9ei,ulada nas es,olas tinFa ,o!o )ressu)osto a ne,essidade de se ,onstruir a na,ionalidade atra9.s da ati9idade )eda**i,a& Mas essas !edidas n0o diere! e! !uito da#uelas adotadas )elos estados euro)eus no inal do s.,ulo VIV- #ue )ro,ura9a!- atra9.s da es,ola )ri!+ria- inte*rar os #ue se en,ontra9a! distante do $,entro% da orde! bur*uesa& ;! e@e!)lo . a atua/0o do )roessor )ri!+rio na Qran/a- #ue sob a Ter,eira Re)úbli,a a*ia ,o!o elo de li*a/0o entre as autoridades )olti,as e a !assa ,a!)onesa !ar*inalizada do siste!a so,ial ran,8s&&>er Eu*en ^eber- Peasants into Qren,F!enStanord- Stanord ;ni9ersitH Press- JK6- e Mauri,e A*ulFon- La R.)ubli#ue au >illa*eParis- JK4&& Mas esse esor/o de inte*ra/0o n0o de9e ser ,onundido ,o! a realidade de u!a so,iedade de !assa- a #ual te! ,o!o )ressu)osto a )resen/a do Estado na,ional& Co!o Fa9a!os a)ontado anterior!ente- no Brasil a ,onstru/0o da na,ionalidade . ainda u! )ro1eto dos anos 4 a 54- e n0o . )or a,aso #ue nesse )erodo a #uest0o na,ional se i!)7e ,o! toda a sua or/a& Pro)ostas dieren,iadas ,o!o o Estado No9o ou o ISEB )artia! do )rin,)io de #ue era ne,ess+rio edii,ar u!a realidade #ue ainda n0o Fa9ia se ,on,retizado entre ns& O Estado seria o P+* 5J es)a/o no interior do #ual se realizaria a inte*ra/0o das )artes na na/0o& Creio #ue este . u! as)e,to #ue ,ontribui )ara o sil8n,io ao #ual Fa9a!os reerido sobre a dis,uss0o da ,ultura )o)ular de !assa entre ns& Co!o a indústria ,ultural . in,i)iente- toda dis,uss0o sobre a inte*ra/0o na,ional se ,on,entra no Estado- #ue e! )rin,)io deteria o )oder e a 9ontade )olti,a )ara a transor!a/0o da so,iedade brasileira& Os intele,tuais- ao se 9oltare! )ara o Estado- se1a )ara ortale,8"lo ,o!o o izera! durante >ar*as- se1a )ara ,riti,+"lo- ,o!o os isebianos- o re,onFe,e! ,o!o o es)a/o )ri9ile*iado )or onde )assa a #uest0o ,ultural& Pode!os es,lare,er !elFor o )roble!a da inte*ra/0o #ue esta!os dis,utindo se ,onsiderar!os a rela/0o entre o Estado No9o e os !eios de ,o!uni,a/0o de !assa& Te! sido ressaltado )or di9ersos autores o ,ar+ter autorit+rio estadono9ista- e sua )ro)osta de utiliza/0o de or!as de a/0o )olti,a orientada )ara *al9anizar o *rande )úbli,o& ( dentro dessa )ers)e,ti9a #ue Ca)ane!a idealiza u! de)arta!ento de )ro)a*anda ,o! o ob1eti9o de $atin*ir a todas as ,a!adas )o)ulares%- instru!ento #ue de9eria $ser u! a)arelFo 9i9az de *rande al,an,e- dotado de orte )oder de irradia/0o e iniltra/0o- tendo )or un/0o o es,lare,i!ento- o )re)aro- a orienta/0o- a edii,a/0o nu!a )ala9ra- a ,ultura de !assas%& &Ca)ane!a- in Te!)os de Ca)ane!a- o)& ,it&- )& && Ins)irado nu!a ideolo*ia de ,unFo as,ista- esta )ro)osta se !aterializa e! JKK no DIP- #ue bus,ou intererir direta!ente nos !eios de *rande al,an,e ,o!o o ,ine!a e o r+dio& A id.ia de Ca)ane!a )ara o ,ine!a era de transor!+"lo- de $si!)les !eio de di9ers0o%- e! a)arelFo

)eda**i,o& A !es!a )reo,u)a/0o orienta9a as !etas do Estado e! rela/0o  radiodius0o- setor ,onsiderado ,o!o ,Fa9e na )ro!o/0o da edu,a/0o e na trans!iss0o da )ala9ra oi,ial& As an+lises dos do,u!entos e dos teste!unFos da .)o,a !ostra! ,o! ,lareza a ori*e! e os ob1eti9os desta ideolo*ia- !as- ,uriosa!ente- elas n0o e@)li,a! a ti!idez do *o9erno >ar*as ao )ro,urar i!)le!entar esta )olti,a e! rela/0o aos !eios de ,o!uni,a/0o de !assa& No ,ine!a- )or e@e!)lo- o Estado se re,usa9a a P+* 5 ,onstruir u!a indústria ,ine!ato*r+i,a na,ional- e tudo o #ue se ez oi a)enas a ,ria/0o de u! Instituto Na,ional do Cine!a Edu,ati9o- ,u1a e@)ress0o 1unto  )o)ula/0o era nula& Parado@al!ente- no !o!ento e! #ue ele reunia or/as )ara ,ontrolar as e!issoras e i!)lantar u! siste!a na,ional de radiodius0o- assiste"se a u! ,res,i!ento do r+dio ,o!er,ial& Co!o entender esse des,o!)asso' O Estado No9o- e! seu )ro1eto de or*aniza/0o )olti,a e ,ultural- se!)re ,ontou ,o! u! *ru)o de intele,tuais #ue bus,ara! unda!entar e desen9ol9er u!a ideolo*ia #ue se destinasse a diundir u!a ,on,e)/0o de !undo )ara o ,on1unto da so,iedade& Mni,a Pi!enta >elloso- ao trabalFar a ,oni*ura/0o do ,a!)o intele,tual da .)o,a- )ro)7e u!a distin/0o #ue !e )are,e su*esti9a&3&Mni,a Pi!enta >elloso- $Cultura e Poder Polti,o: u!a Coni*ura/0o do Ca!)o Intele,tual%- in Lú,ia Li))i et alii- Estado No9o: Ideolo*ia e Poder- Rio de aneiro- ZaFar- JK&& Analisando o dis,urso )roduzido durante o Estado No9o- ela reto!a u!a )ro)osta de Gra!s,i- e )ro,ura estabele,er u!a dieren,ia/0o entre os $*randes intele,tuais% #ue trabalFa! e! torno da re9ista Cultura Polti,a e os $intele,tuais !.dios% a*ru)ados e! Ci8n,ia Polti,a& Os )ri!eiros seria! os res)ons+9eis )ela ,ria/0o de u!a ,on,e)/0o de !undo- os se*undos atuaria! !ais ,o!o di9ul*adores de u!a ideolo*ia elaborada e reinada )or outros& O #ue diz Cultura e Polti,a- )orta"9oz oi,ial do DIP- sobre u! !eio de !assa ,o!o o r+dio' E9idente!ente- dentro do ra,io,nio de !aior ,ontrole sobre os !eios de ,o!uni,a/0o- a re9ista os ,onsidera ,o!o u! $ser9i/o de interesse na,ional%Y a radiodius0o . )ensada e! ter!os estrat.*i,os- e )ara se *arantir a inalidade $edu,adora% do 9e,ulo ele de9e ser ,oordenado e dis,i)linado )elo )oder ,entral& Por.!- se . 9erdade #ue o dis,urso estadono9ista air!a #ue . $)re1udi,ial a radiodius0o li9re%- ele n0o dei@a de ,onte!)lar o )lo o)osto ao ,onsiderar #ue $. ,edo )ara a radiodius0o e@,lusi9a!ente oi,ial%&5&a!os des,obrir a*ora raz7es e,on!i,as #ue i!)ede! o Estado de assu!ir os *astos ,o! u!a o)era/0o #ue de9eria )ossuir u!a en9er*adura na,ional& Tal9ez )ud.sse!os a,res,entar ainda !oti9os de orde! )olti,a)ois o *o9erno de Getúlio- a)esar de sua tend8n,ia ,entralizadora- tinFa #ue ,o!)or ,o! as or/as so,iais e@istentes neste ,aso- o ,a)ital )ri9ado- #ue )ossua interesses ,on,retos no setor da radiodius0o& N0o dei@a de ser su*esti9o obser9ar #ue a )r)ria R+dio Na,ional- en,a!)ada )elo *o9erno >ar*as e! JK34- )rati,a!ente un,iona9a nos !oldes de u!a e!)resa )ri9ada& Seus )ro*ra!as !úsi,a )o)ular- radioteatro- )ro*ra!as de auditrio e! nada diere! dos outros le9ados ao ar )elas e!issoras )ri9adas&&>er L& Saroldi e Snia Moreira& R+dio Na,ional&&&- o)& ,it&& Se . 9erdade #ue o Estado utiliza e ,ontrola a Na,ional atra9.s de sua su)erintend8n,ia- #uando se olFa a )er,enta*e! da )ro*ra!a/0o dedi,ada aos ,Fa!ados $)ro*ra!as ,ulturais% obser9a"se #ue eles n0o ultra)assa! 3-5c& Por outro lado- entre JK34 e JK36- o atura!ento da e!issora- *ra/as  )ubli,idade- . !ulti)li,ado )or sete& Ao #ue tudo indi,a- a a,o!oda/0o dos interesses

)ri9ados e estatais se realiza no seio de u!a !es!a institui/0o se! #ue o,orra !aiores )roble!as& De #ual#uer or!a- o sonFo do Estado totalit+rio de P+* 53 ,onstruir u! siste!a radioni,o e! n9el na,ional se desaz diante da i!)ossibilidade !aterial de realiz+"lo& Isso si*nii,a #ue a radiodius0o brasileira n0o ad#uire a or!a de rede- o #ue a9ore,e o desen9ol9i!ento da radioonia lo,al& O #ue a,onte,ia era #ue al*u!as e!issoras !ais )otentes se li!ita9a! a irradiar seus )ro*ra!as a )artir de sua base *eo*r+i,a- !as elas n0o se ,onstitua! e! ,entro inte*rador da di9ersidade na,ional& Si!)les!ente )odia! ser ,a)tadas de a,ordo ,o! o )adr0o da re,e)/0o e! ,ada lu*ar& ;! e@e!)lo su*esti9o . o da R+dio Na,ional- #ue )rati,a!ente n0o era ou9ida na ,idade de S0o Paulo- onde o)era9a! a R+dio Re,ord e a Diusora nu!a re#X8n,ia de ondas #ue blo#uea9a sua )enetra/0o&&>er $O R+dio Paulista no Centen+rio de Ro#uette Pinto%- Centro Cultural S0o Paulo- Se,retaria Muni,i)al de Cultura- JK3&& Os estudos !ostra! #ue e! S0o Paulo- nas d.,adas de 4- 34 e 54- o r+dio tinFa ,ara,tersti,as !ar,ada!ente lo,ais- e se )auta9a se*undo u! )adr0o re*ional& Os anun,iantes ,onFe,ia! be! este lado )arti,ular da r+dio )aulista- o #ue azia- )or e@e!)lo- ,o! #ue as radiono9elas de su,esso a)resentadas no Rio de aneiro )or u!a deter!inada e!issora osse! rea)resentadas ,o! u! outro elen,o e )or u!a outra e!issora e! S0o Paulo& A e@)lora/0o ,o!er,ial dos !er,ados se azia- )ortanto- re*ional!ente- altando ao r+dio brasileiro da .)o,a esta di!ens0o inte*radora ,ara,tersti,a das indústrias da ,ultura& Pode!os ,a)tar esta )arti,ularidade da so,iedade brasileira dos anos 34 e 54- a in,i)i8n,ia de u!a indústria ,ultural e de u! !er,ado de bens si!bli,os- atra9.s de u!a outra di!ens0o- o desen9ol9i!ento da ra,ionalidade ,a)italista e da !entalidade *eren,ial& O te!a 1+ oi bastante trabalFado )ela So,iolo*ia- desde autores ,o!o ^eber#uando se )ro,urou entender o es)rito bur*u8s e a ra,ionaliza/0o das ati9idades no interior de u!a e,ono!ia or*anizada uni,a!ente ,o! 9istas  )rodu/0o de bens de tro,a& E dentro dessa )ers)e,ti9a #ue So!bart a)reende as $9irtudes bur*uesas% a ra,ionaliza/0o da ,onduta e o es)rito de e,ono!ia do Fo!e! ,a)italista dos s.,ulos V>II e P+* 55 V>III& K&^erner So!bart- Le Bour*eois- Paris- PaHot- JK66&& As teses de ^eber sobre o es)rito ,a)italista e a .ti,a )rotestante sublinFa! 1usta!ente esta di!ens0o do as,etis!o se,ular- #ue arti,ula a ,on,e)/0o reli*iosa  )r+ti,a !etdi,a e ra,ionalY seus estudos sobre a buro,ra,ia a)onta! )ara a !es!a dire/0o- a *est0o ra,ionalizada dos bens reli*iosos e )olti,os& Co! o ,res,ente desen9ol9i!ento da so,iedade industrial se ,onsolida! e se e@)ande! as e!)resas- #ue )assa! a *erir suas ati9idades a )artir de u!a estrat.*ia de ,+l,ulo #ue bus,a !a@i!izar os *anFos a sere! atin*idos& Os ran\urtianos 90o estender essa an+lise do $desen,adea!ento do !undo% )ara a esera da ,ultura- es)a/o #ue e! )rin,)io es,a)aria- no in,io da so,iedade bur*uesa- deste )ro,esso de ra,ionaliza/0o da so,iedade& Nesse sentido- a indústria ,ultural nas so,iedades de !assa seria o )rolon*a!ento das t.,ni,as utilizadas na indústria abril- o #ue #uer dizer #ue ela seria re*ida )elas !es!as nor!as e ob1eti9os: a 9enda de )rodutos& O es)rito ,a)italista e ra,ional )enetra dessa or!a a esera ,ultural e or*aniza a )rodu/0o nos !es!os !oldes e!)resariais das indústrias& ;! e@e!)lo dessa ra,ionaliza/0o . o estudo de Adorno sobre a indústria da !úsi,a )o)ular nos Estados ;nidos- onde ele !ostra ,o!o o Fit )arade . abri,ado a )artir dos ob1eti9os de !a@i!iza/0o dos lu,ros da e!)resaY 34&Adorno- $Sobre a Músi,a Po)ular%- in Gabriel CoFn or*&- Adorno- S0o Paulo- era Cruz e desen9ol9er !eu )ensa!ento de or!a !ais a!)la& 6&Maria Rita Gal90o- Bur*uesia e Cine!a: o Caso >era Cruz- o)& ,it&& O #ue . interessante no estudo de Maria Rita Gal90o P+* 66 . #ue ela )ro,ura ,o!)reender a e!er*8n,ia do ,ine!a )aulista ,o!o u!a !aniesta/0o da bur*uesia na esera da ,ultura& Isto a le9a a ,onsiderar as d.,adas de 34 e 54 ,o!o u! !o!ento de eer9es,8n,ia ,ultural da ,idade de S0o Paulo e! #ue se !ulti)li,a! as realiza/7es de ,unFo ,ultural- ,o!o a unda/0o do Museu de Arte de S0o Paulo JK3- do Museu de Arte Moderna JK3- do Teatro Brasileiro de Co!.dia JK3- da Bienal JK5J& Co!o a autora obser9a- n0o se trata )ro)ria!ente de u! !o9i!ento de ,ultura- !as de !aniesta/7es ,onte!)or?neas #ue ne,essita! ser e@)li,adas& Nesse sentido ela a)onta )ara o ato de #ue o sur*i!ento do ,ine!a ,orres)onde ao industrialis!o da bur*uesia#ue n0o !ais se a)ia nos )rin,)ios aristo,r+ti,os de ,ultura- ne! nos !oldes de u! !e,enato bene!.rito- !as se trata de u!a a/0o ti)i,a!ente bur*uesa de u!a ,lasse sui,iente!ente ri,a )ara dis)ender *randes so!as de dinFeiro& A ,o!)anFia ,ine!ato*r+i,a >era Cruz a)are,e- desta or!a- ,o!o o sonFo de u!a bur*uesia #ue bus,a no do!nio da ,ultura a sua air!a/0o& Ela se ,ontra)7e a u! ti)o de ,ine!a )o)ular- a ,Fan,Fada- 9isto ,o!o ,arente de ,ultura& $h sensibilidade bur*uesa- re)u*na9a na ,Fan,Fada a#uilo #ue ela tinFa de !ais a)arente: a )rodu/0o r+)ida e des,uidadaal*uns ,!i,os ,areteiros- o Fu!or ,Fulo- a i!)ro9isa/0o- a )obreza de ,eno*raia e da indu!ent+ria- todas as de,orr8n,ias do bai@o or/a!ento& O #ue re)eliaunda!ental!ente- era a ,Fan,Fada en#uanto ti)o de es)et+,ulo- e@ata!ente ,o!o teatro li*eiro da .)o,a e !uito )are,ida ,o! ele&% A )ers)e,ti9a da autora .- )ortanto-

se!elFante  ,orrente de )ensa!ento #ue )er,ebe- )or e@e!)lo- o Teatro Brasileiro de Co!.dia ,o!o air!a/0o do es)rito bur*u8s- e bus,a na ,ultura le*ti!a ran,esa a sua air!a/0o&6&Sobre os !o9i!entos teatrais #ue se ,ontra)7e! ,ultural e )oliti,a!ente ao  TBC- 9er Ed.l,io Mosta/o- Teatro e Polti,a: Arena- Oi,ina e O)ini0o- S0o Paulo- Pro)osta Ed&- JK&& E ,onFe,ida a ,rti,a de Antnio C?ndido a esta 9is0o da autora&63&Antnio C?ndido$Qeitos da Bur*uesia%- in Teresina- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK4&& Para ele os 9alores air!ados )elo TBC e )ela P+* 6 >era Cruz n0o s0o si!)les!ente bur*ueses- !as uni9ersais- e ad#uire! u!a di!ens0o #ue e@tra)ola sua ,lasse de ori*e!& Antnio C?ndido 98 as !aniesta/7es ,ulturais da .)o,a ,o!o u!a tend8n,ia #ue )ela sua din?!i,a tendia a ser de ,ultura tout ,ourtY neste sentido- a ;ni9ersidade de S0o Paulo- o TBC e a >era Cruz seria! e@)ress0o da ,ulturase! #ualii,ati9os& A ,rti,a )ossui u! !.rito- ela e9ita u!a ,onus0o a)ressada entre ,ultura bur*uesa e ,ultura do!inante se! ad1eti9os& Ao re,u)erar a id.ia de uni9ersalidade- o autor en@er*a al.! da estrutura de ,lasses e )ode ,onsiderar a e@ist8n,ia e o 9alor de u!a ,ultura #ue Mar,use ,Fa!a9a de air!ati9a& Ela n0o dei@a)or.!- de ser )roble!+ti,a& Pri!eiro )or#ue os $eitos da bur*uesia% brasileira dii,il!ente )oderia! ser ,o!)arados  euro).ia na !edida e! #ue ela e@er,e u! )a)el dieren,iado na )erieria& Wuando se olFa a ,lasse do!inante )aulista dos anos 4 e 34 i,a di,il n0o le!brar!os das ,rni,as de L.9H"Strauss #ue ala! do $!inueto so,iol*i,o% do *r0" inis!o lo,al- onde ,ada u! . es)e,ialista e! u! ra!o da ati9idade ,ultural- e todos dan/a! )ara or#uestrar e! ,on1unto a !úsi,a da distin/0o so,ial&65&>er L.9H"Strauss Tristes Tr)i,os- S0o Paulo- AnFe!bi- JK5& Basta le!brar!os #ue a )e/a de ean Co,teau #ue inau*ura o TBC oi en,enada e! ran,8s- ou #ue os ,ursos da ;SP era! !inistrados na nossa lan*ue !aternnelle- )ara realizar!os #ue o *rau de uni9ersalidade da bur*uesia )aulista esta9a ainda bastante )reso s 9eleidades do )ro9in,ianis!o lo,al- e n0o s a )reo,u)a/7es de ,ar+ter uni9ersais& Se*undo os e@e!)los trabalFados- TBC e >era Cruz dii,il!ente )oderia! ser ,onsiderados uni,a!ente ,o!o !aniesta/7es de u!a ,ultura uni9ersal- no sentido #ue Antnio C?ndido a ,onsidera& O estudo !ono*r+i,o de Alberto Gusi\ sobre o TBC !ostra de !aneira ,on9in,ente #ue a *rande ,ontribui/0o dada )or Qran,o Za!)ari oi a de ter or*anizado o teatro e! bases e!)resariais&66&Alberto Gusi\ TBC: Crni,a de u! SonFo- S0o Paulo- Pers)e,ti9a- JK6&& Co!o ,olo,a o autor- $o alardeado dese!)enFo ,ultural da ,o!)anFia bus,a u!a a,o" P+* 6 !oda/0o di,il ,o! as ne,essidades de bilFeteria%&6&Ide!&)& 3K&& A ,ada )e/a $,ultural% o TBC se 9ia na ne,essidade de en,enar u!a s.rie de $)e/as de bilFeteria% )ara )oder !anter a e!)resa e! un,iona!ento& Por outro lado- #uando se olFa a lista de il!es )roduzidos )ela ,o!)anFia Mazzaro)i- )or e@e!)lo- dii,il!ente )odera!os ,ara,terizar a >era Cruz ,o!o )rodutora de u!a ,ultura $bur*uesa%- se1a do )onto de 9ista ,rti,o ,o!o o az Maria Rita Gal90o- se1a ,o!o ,ultura uni9ersal ,o!o o #uer Antnio C?ndido& Creio #ue )ara entender!os as )ro)ostas desta bur*uesia de9e!os eno,ar a #uest0o sob u! outro ?n*uloY desta or!a )odere!os es,a)ar da )olariza/0o entre ,ultura bur*uesa e ,ultura )o)ular"na,ional #ue te! ,ara,terizado o debate intele,tual entre ns& A ,ria/0o da >era Cruz e! JK3K n0o . so!ente ,onte!)or?nea de !aniesta/7es ,ulturais da +rea erudita #ue o,orre! e! S0o Paulo- !as ta!b.! de realiza/7es do !es!o *8nero #ue se )assa! no Rio de aneiro- ,o!o a ,ria/0o do Museu de Arte Conte!)or?nea& Massobretudo- esta ,onte!)oraneidade ,orres)onde a !udan/as i!)ortantes na esera da ,ultura )o)ular de !assa& JK3: J En,ontro dos E!)res+rios do Li9roY JK3K: i@a/0o de nor!as")adr0o )ara o un,iona!ento das a*8n,ias de )ubli,idadeY JK54: ,ria/0o da T>  Tu)iY JK5J: introdu/0o da otono9ela no Brasil- !udan/a no de,reto sobre )ro)a*anda no r+dio- ,ria/0o da )ri!eira es,ola de )ro)a*anda C+s)er LberoY JK5: ,ria/0o da T> PaulistaY JK5: ,ria/0o da T> Re,ord- lan/a!ento da re9ista Man,Fete& N0o se trata)or.!- de u! !o9i!ento isolado do #ue se ,on,retiza na esera erudita& Os !es!os e!)res+rios est0o na ori*e! dessas ati9idades- o #ue az ,o! #ue  )reo,u)a/0o ,o! a !odernidade 9isual nas artes )l+sti,as e no teatro se a/a a,o!)anFar u!a !odernidade

9isual dos !eios de !assa& CFateaubriand . o undador do MASP e )ro)riet+rio de u!a *rande rede de 1ornais- r+dio e tele9is0o& Co!o obser9a os. Carlos Durand- ele . ,elebrado na +rea da )ubli,idade )or ser $o )ri!eiro dono de P+* 6K  1ornal a ,riar u! De)arta!ento de Pro)a*anda%&6&os. Carlos Durand- $Arte- Pri9il.*io e Distin/0o%- tese de doutora!ento- QQLC=- ;SP- JK5- )& J&& Matarazzo se )reo,u)a ,o! a ,ria/0o do Museu de Arte Moderna e a Bienal- ao !es!o te!)o #ue in9este- 1unto ,o! Qran,o Za!)ari- na >era Cruz& E!)reendedores !enores- ,o!o a a!lia Rud+- unda! a Maristela Cia& Cine!ato*r+i,a e in9este! ,ultural!ente e! )e/as )ara o Teatro RoHal& $No Rio de aneiro- Nio!ar Muniz Sodr.- do *ru)o )ro)riet+rio de O Correio da ManF0este9e entre os undadores do Museu de Arte Moderna lo,al& Adol)Fo Blo,F ,o!)rou !uita )intura- es,ultura e ta)e/aria de artista na,ional )ara as sedes da Man,Fete- 9olta e !eia ob1eto de re)orta*ens ilustradas& Roberto MarinFo e al*uns )arentes en,o!endara! )ro1etos de ,asas urbanas e de ,a!)o a Lú,io Costa&%6K&Ide!- )& && N0o se trata- )oisde !era ,onte!)oraneidade- !as de u!a inter)enetra/0o de eseras )ara a #ual 1+ Fa9a!os ,Fa!ado a aten/0o no ,a)tulo anterior& E@iste! interesses ,on,retos dos e!)res+rios- ,ulturais e e,on!i,os- )ara atuare! ,on1unta!ente nas duas +reas& $O a)oio a !useus e a ,ursos li*ados  !oderna o)era/0o de u! )ar#ue editorial- tais ,o!o )ubli,idade e desenFo industrial- artes *r+i,as e es)e,ialidades ,on*8neres ta!b.! )ode ser 9isto ,o!o in9esti!ento na or!a/0o de !0o"de"obra )ara e!)resas 1ornalsti,as e! ran,o )ro,esso de ,a)italiza/0o e de reno9a/0o te,nol*i,a- e! u!a ,on1untura e! #ue n0o era razo+9el es)erar das uni9ersidades )úbli,as a instala/0o de es)e,ialidades t0o ora de sua e@)eri8n,ia&%4&Ide!- )& J&& Na 9erdade- o MASP atuou n0o so!ente na +rea erudita- !as )ro!o9ia o ensino siste!+ti,o de ,ursos de )ro)a*anda- desenFo industrial,o!uni,a/0o 9isual- laboratrio oto*r+i,o& A !es!a )ro)osta oi tentada )elo Museu de Arte Moderna no Rio de aneiro&J&9er Qrederi,o Morais- $DesenFo Industrial e Ideolo*ia%in Arte Brasileira =o1e- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK&& Dentro deste #uadro- a dis,uss0o #ue Fa9a!os le9antado to!a u! outro si*nii,ado& A >era Cruz . ruto do P+* 4 industrialis!o da bur*uesia )aulista- !as )ara e@)ressar seu in9esti!ento nu!a no9a indústria ,ultural e n0o nu!a ,ultura bur*uesa ,u1a reer8n,ia seria a *rande arte do s.,ulo )assado& O #ue os e!)res+rios ,ine!ato*r+i,os )retendia! era ,onstruir u!a indústria ,ine!ato*r+i,a brasileira nos !oldes do ,ine!a a!eri,ano& O !ito do ,ine!a industrial re)ousa9a na id.ia de *randes realiza/7es- or/a!entos !aiores- estúdios !odernos- te,nolo*ia- e#ui)es )er!anentes de t.,ni,os- atores de )ri!eira *randeza& Para tanto ele to!a ,o!o !odelo as ,o!)anFias a!eri,anas- e n0o . )or a,aso #ue a >era Cruz as)ira a ser u!a es).,ie de =ollH[ood da )erieria& >ista sob este )ris!a- a o)osi/0o entre >era Cruz],Fan,Fada n0o ,orres)onde a u!a ,ontra)osi/0o entre ,ultura bur*uesa],ultura )o)ular& Trata"se- na 9erdade- de )rodu/7es #ue )erten,e! ao !es!o )lo- !as orientadas )ara )úbli,os dierentes& A Atl?ntida- ao se es)e,ializar nas ,Fan,Fadasdes,obre u!a or!a e a estrutura de seus il!es . bastante re)etiti9a de e@)lorar o !er,ado brasileiro 9oltando"se #uase #ue e@,lusi9a!ente )ara u! )úbli,o !ais )o)ular& Para isso ela se 98 obri*ada a se a)oiar na tradi/0o )o)ular do teatro li*eiro e nos no!es ,onFe,idos do !ass !edia da .)o,a- or!ados )elos dolos do r+dio& Sua base de a/0o se ,onor!a e! e@)lorar a !itolo*ia do $,ast !ilion+rio da R+dio Na,ional%- a 9ida dos artistas e Fu!oristas #ue en,ontra! na Re9ista do R+dio u!a inst?n,ia de ,onsa*ra/0o !enor& Mas n0o . )or#ue os ,onteúdos dos il!es )roduzidos se1a! !ais )o)ulares #ue ne,essaria!ente eles se ,ontra)7e! a u!a ,ultura bur*uesa- #ue se#uer e@iste no Brasil& Bus,a9a"se- na 9erdade- ele9ar o )adr0o de #ualidade do ,ine!a brasileiro #ue #ueria se industrializar e a)ro@i!+"lo ao !+@i!o do estilo ,l+ssi,o de =ollH[ood& O #ue ,ara,teriza a estrat.*ia da >era Cruz . #ue ela al!e1a atin*ir o )úbli,o da ,lasse !.dia urbana- )or isso sua reer8n,ia . a ,ultura a!eri,ana e n0o a bur*uesia euro).ia& Ao se )roduzir u! ,ine!a !ais soisti,ado n0o se est+ to!ando ,o!o )ar?!etro o il!e de autor- )or e@e!)lo o neo" realis!o italiano- !as u!a dra!atur*ia #ue se assenta na ,on#uista te,nol*i,a e na )rodu/0o industrial de ,ar+ter e!)resarial&

P+* J N0o se )ode es#ue,er #ue os anos 34 !ar,a! u!a !udan/a na orienta/0o dos !odelos estran*eiros entre ns& Os )adr7es euro)eus 90o ,eder lu*ar aos 9alores a!eri,anos- trans!itidos )ela )ubli,idade- ,ine!a e )elos li9ros e! ln*ua in*lesa #ue ,o!e/a! a su)erar e! nú!ero as )ubli,a/7es de ori*e! ran,esa& Publi,a/7es ,o!o a Re9ista da Se!ana- #ue se )auta9a )or u!a li*a/0o tradi,ional ,o! o !undo lusada e euro)eu- 90o aos )ou,os substituir o interesse )elos destinos da a!lia real austra,a- a )rin,esa Guise- o ,asa!ento de Anne na In*laterra- )elas estrelas de =ollH[ood&&9er Cl+udio de Ci,,o- =ollH[ood na Cultura Brasileira- S0o Paulo- Ed& Con99io- JKK&& Os )adr7es de orienta/0o 9i*entes s0o- )ortanto- os do !undo do star sHste! e do a!eri,an broad,astin*& Nas r+dios- este . o )erodo e! #ue a !úsi,a a!eri,ana se e@)ande- e se ,onsolida u!a or!a de se to,ar $boa !úsi,a%- a or#uestral- #ue se ,onstitui tendo )or !odelo os ,on1untos a!eri,anos- dos #uais Glenn Miller oi tal9ez a e@)ress0o !ais be! a,abada& O #ue sur)reende o obser9ador- )or.!- . #ue essas transor!a/7es n0o s0o )er,ebidas ,o!o !aniesta/7es de u!a ,ultura de !er,ado- )rin,i)al!ente #uando se to!a e! ,onsidera/0o u!a +rea ,o!o o ,ine!a- na #ual o a)uro te,nol*i,o e os altos in9esti!entos s0o ne,ess+rios )ara a realiza/0o ,onse#Xente dos )r)rios il!es& Cabe le!brar #ue a >era Cruz un,ionou ,o!o reer8n,ia )ara todo u! *ru)o de ,rti,os da d.,ada de 54- !ar,ado )or u!a 9is0o industrialista do ,ine!a- e #ue se o)unFa a u!a )ers)e,ti9a de ,ine!a na,ional de autor- re)resentada na i*ura- )or e@e!)lo- de Ale@ >ianH& Co!o !ostra os. M+rio Ortiz Ra!os- este *ru)o de )aulistas- nos anos 64- ser+ o res)ons+9el )ela )olti,a do Instituto Na,ional do Cine!a- #ue ir+ )ri9ile*iar a or!a/0o de u! ,ine!a de entreteni!ento e! detri!ento de u!a or!a !ais artsti,a ,o!o o Cine!a No9o&&os. M+rio Ortiz Ra!os- Cine!a- Estado e Lutas Culturais- Rio de aneiro- Paz e  Terra- JK&& Creio #ue neste )onto de9e!os dar raz0o a Antnio C?ndido #uando ele ala da ,onstru/0o da ,ultura $nos ter" P+*  !os #ue era )oss9el na .)o,a%& As !aniesta/7es do industrialis!o )aulista 98! substituir o *r0"inis!o dos anos 4 e 4 e o lu@o de u!a oli*ar#uia in,ulta& Dentro desse #uadro te! i!)ort?n,ia !enor o ato de o TBC ser u!a ,o!)anFia de ,ar+ter e!)resarial- de )ri9ile*iar )e/as de bilFeteria- isto .- tradi,ional!ente ,onsa*radas- #uelas de ,unFo !ais ,rti,os& Nu! )as e! #ue o teatro se estrutura9a ainda e! ter!os a!adores- 9aloriza"se o ato de se azer teatro& O !es!o )ode ser dito do ,ine!a& Diante da )obreza da realidade ,ine!ato*r+i,a brasileira- a >era Cruz des)onta ,o!o air!a/0o da ,ultura na,ional #ue bus,a se estruturar e! ter!os industriais& Se le9ar!os e! ,onsidera/0o- nesse ,onte@to- a )resen/a ati9a dos e!)res+rios no ,a!)o da ,ultura artsti,a e da ,ultura de !er,ado)er,ebe!os #ue a inter)enetra/0o entre a esera de )rodu/0o restrita e a a!)liada . nu! )as subdesen9ol9ido ,o!o o Brasil u!a ne,essidade Fistri,a& Nesse ,aso- o tr?nsito entre o $erudito% e os !eios de !assa transere )ara esse últi!o u! ,a)ital si!bli,o #ue adere  ,ultura )o)ular de !assa #ue . )roduzida& ;! e@e!)lo t)i,o . o )a)el #ue o teatro e o teleteatro dese!)enFa! na i!)lanta/0o da tele9is0o brasileira na d.,ada de 54& N0o dei@a de ser irni,o obser9ar #ue )ara di9ersos autores a Fistria da tele9is0o brasileira ,o!o !eio de !assa se1a ,onsiderada nos anos 54 ,o!o $elitista%& Trata"se de u! rtulo #ue 9a!os en,ontrar #uase #ue obri*atoria!ente nos estudos sobre o ad9ento da tele9is0o no Brasil- se1a! es,ritos )or a,ad8!i,os ou )or 1ornalistas #ue se o,u)ara! do assunto&3&9er- )or e@e!)lo- nú!ero es)e,ial de Briein*& o)& ,it&- e & Sil9eira Raul- $O Desen9ol9i!ento da Tele9is0o no Brasil%- O Estado de S& Paulo- Su)le!ento Centen+rio- n 34- 3&J4&JK5&& No9a!ente 9a!os reen,ontrar a#ui a o)osi/0o entre elite])o)ular #ue Fa9a!os ,onsiderado no ,aso do ,ine!a& Al*uns autores ,o!o os. Ra!os TinFor0o ,Fe*a! a air!ar #ue neste )erodo $o )o9o est+ ora do ar%Y5&os. Ra!os TinFor0oMusi,a Po)ular  do Gra!oone ao R+dio e T>- S0o Paulo- Cultura- )ro)osta atra9.s da #ual CFateaubriand )retendia $edu,ar e di9ertir% a )o)ula/0o )aulista&&Sobre a T> Cultura- 9er Laurindo Leal QilFo- $A Cultura da T>%- tese de !estrado- P;C"SP- JK6&& Mas isso si*nii,a ta!b.! #ue a audi8n,ia n0o . to!ada ,o!o o ,rit.rio e@,lusi9o )ara a a9alia/0o dos )ro*ra!as a)resentados& N0o dei@a de ser i!)ortante le!brar #ue a teleno9ela . le9ada ao ar duas a tr8s 9ezes )or se!anaen#uanto #ue o teleteatro . #uinzenalY !es!o #ue ela se1a ,onsiderada ,o!o u! *8nero !enor- os ndi,es de audi8n,ia #ue se dis)7e! )ara o )erodo a,usa! u! )úbli,o iel )ara essa or!a de narrati9a&K&>er Elisa >er,esi de Albu#uer#ue- Audi8n,ia da Teleno9ela: u!a Pers)e,ti9a =istri,a- S0o Paulo- IDART- s&d&& Se le9ar!os e! ,onsidera/0o #ue entre os )ro*ra!as !ais 9istos i*ura! os !usi,ais e outros do ti)o $O C.u . o Li!ite%)er,ebe!os #ue a #uest0o do )rest*io )assa )or outros ,anais #ue n0o s0o ne,essaria!ente os da )o)ularidade dos )ro*ra!as& N0o de9e!os- )or.!- ser in*8nuos e a,reditar #ue e@istia u!a )olti,a deliberada da e!)resa 9isando a realiza/0o de u! )ro1eto ,ultural )ara a )o)ula" P+* 6 /0o& O ,onFe,i!ento #ue )ossu!os Fo1e !ostra #ue a d.,ada de 54 oi !ar,ada )or u!a s.rie de i!)ro9isa/7es e de e@)eri!enta/0o na +rea da )ro*ra!a/0o #ue ainda bus,a9a sua estrutura deiniti9a& De,orre desta ase de e@)eri8n,ias a )ossibilidade de ,ontar!os ,o! )ro*ra!as e 9is7es dieren,iadas no seio da !es!a institui/0o& Nu!a so,iedade de !assa in,i)iente- a tele9is0o o)era- )ortanto- ,o! duas l*i,as- u!a ,ultural- outra de !er,ado- !as ,o!o esta últi!a n0o )ode ainda ,onsa*rar a l*i,a ,o!er,ial ,o!o )re9ale,ente- ,abe ao uni9erso da ,Fa!ada alta ,ultura dese!)enFar u! )a)el i!)ortante na deini/0o dos ,rit.rios de distin/0o so,ial& P+*  Me!ria e so,iedade: os anos 34 e 54 >i!os no ,a)tulo anterior ,o!o se ,on,retiza na )erieria a in,i)i8n,ia de u!a so,iedade de ,onsu!o& Penso #ue . )oss9el reto!ar o #uadro delineado- e a)round+"lodando"lFe a*ora u!a densidade interna- ,arre*ada )elas )ai@7es- ilus7es e sonFos da#ueles #ue 9i9en,iara! a .)o,a& Se o )es#uisador #uiser enrentar o )erodo ,oberto )elos anos 34 e 54 ele )ode ,ontar ,o! u!a s.rie de teste!unFos #ue retrata! o a!biente- e de u!a ,erta or!a re,u)erar a !e!ria desta so,iedade& >+rios ar#ui9os 1ornais e re9istas ,ont8! u! a,er9o ri,o de entre9istas #ue des,re9e! a )r+ti,a dos )roissionais do r+dio- do teatro e da tele9is0o&J&O !aterial utilizado neste ,a)tulo ,o!)reende u!a s.rie de teste!unFos ,oletados )or institui/7es ,o!o o IDART- e! S0o Paulo- e a Q;NARTE- no Rio de aneiro&& No ,aso do ,ine!a- essas estrias de 9ida 1+ se en,ontra! ,o!)iladas- e os trabalFos de Maria Rita Gal90o s0o i!)ortantes&&>er Maria Rita Gal90o- Crni,a do Cine!a Paulistano- e Bur*uesia e Cine!a: o Caso >era Cruz- o)& ,it&& E@iste! ainda te@tos sobre o r+dio- es,ritos a)ressada!ente- !as ,o! )ai@0o- )or radialistas #ue dei@ara! 9est*ios de suas e@)eri8n,ias e e!)reendi!entos )essoais- e #ue- a !eu 9er- s0o si*nii,ati9os e! ter!os so" P+*  ,iais&&( o ,aso de li9ros ,o!o os de Renato Mur,e- Bastidores do R+dio- Rio de aneiroI!a*o- JK6Y Saint"Clair Lo)es- Radiodius0o JK"JK- Rio de aneiro- ABERT- JKY M+rio Qerraz Sa!)aio- =istria do Rdio e da Tele9is0o no Brasil e no Mundo- Rio de aneiroA,Fia!.- JK3&& Gostaria de utilizar este !aterial- #ue te! sido dei@ado e! se*undo

)lano )elos )es#uisadores- retirar dele u! retrato a)ro@i!ado- e desta or!a ,o!)le!entar o )anora!a #ue 9nFa!os esbo/ando&  TrabalFar ,o! teste!unFos n0o dei@a de ser )roble!+ti,o& Os Fistoriadores e os antro)lo*os sabe! be! disso& A le!bran/a diz res)eito ao )assado- e #uando ela . ,ontada- sabe!os #ue a !e!ria se atualiza se!)re a )artir de u! )onto do )resente& Os relatos de 9ida est0o se!)re ,onta!inados )elas 9i98n,ias )osteriores ao ato relatado- e 98! ,arre*ados de u! si*nii,ado- de u!a a9alia/0o #ue se az tendo ,o!o ,entro o !o!ento da re!e!oriza/0o& O )roble!a n0o . no9o- 9+rios autores 1+ o enrentara!,o!o =alb[a,Fs e! seus ensaios ,l+ssi,os sobre a !e!ria ,oleti9a&3&Mauri,e =alb[a,Fs- La M.!oire Colle,ti9e- Paris- P;Q- JK6&& O )resente a*e ,o!o u! iltro e sele,iona )eda/os de le!bran/as re,u)erando"as do es#ue,i!ento& Ao trabalFar!os os teste!unFos dos atores so,iais das eseras ,ulturais- e9idente!ente 9a!os nos de)arar ,o! )roble!as an+lo*os& O )assado . des,rito !uitas 9ezes e! ter!os ro!?nti,os- ,o!o se os indi9duos 9i9esse! u! te!)o +ureo no #ual tudo era )er!itido& As le!bran/as 98! ,arre*adas de u!a nostal*ia #ue ,o!)ro!ete u!a a9alia/0o a)ro@i!ada do )erodo& Claro- n0o se )ode dei@ar de le9ar e! ,onsidera/0o #ue os teste!unFos trabalFados ora! ditados $Fo1e%Y o )assado se reere- )ortanto- a u! !o!ento da 1u9entude das )essoas- o #ue de al*u!a or!a as le9a a )er,eb8"lo ,o!o al*o idli,o& Pode!os dizer o !es!o de u!a tend8n,ia #ue- a !eu 9er- est+ li*ada ao ato de estar!os lidando ,o! u!a +rea onde a indi9idualidade . 9alorizada ao !+@i!o& Trata"se de artistas- ou- no ,aso da )ubli,idadede e!)reendedores- o #ue az ,o! #ue se su)erdi!ensione as realiza/7es da )ri!eira )essoa do sin*ular& As estrias de 9ida !uitas 9ezes eti,Fiza! a P+* K or/a do $eu%- ,o!o se o indi9duo osse de ato o de!iur*o dos a,onte,i!entos #ue o ,ir,unda!& Por e@e!)lo- o e*o est+ se!)re 9in,ulado a ati9idades ,onsideradas ,o!o )ioneiras- nu! esor/o de 9alorizar e dieren,iar a#uele #ue realiza deter!inada a/0o ou e!)reendi!ento& O $)ri!eiro >T%- a $)ri!eira no9ela%- o $)ri!eiro bei1o na tele9is0o%- o $)ri!eiro )ro*ra!a de auditrio%- o $)ri!eiro 1in*le%- a $)ri!eira )ubli,idade e! il!es%$as no9as e@)eri8n,ias e! dra!atur*ia%- o $in,io da )ro)a*anda !oderna%- s0o rases #ue se asso,ia! se!)re  indi9idualidade das )essoas- e #ue t8! )or ob1eti9o real/ar a sua ,riati9idade ou o seu dina!is!o& Tudo se )assa ,o!o se os atores so,iais )ro,urasse! undar a ori*e! de ,ertas t.,ni,as ou e@)eri8n,ias na 9i98n,ia e@,lusi9a de sua e@ist8n,ia& Do )onto de 9ista Fistri,o- isto n0o dei@a de trazer )roble!as- )ois indi9duos dierentes rei9indi,a! a )aternidade das !es!as ,oisasY ,aberia ao Fistoriador- ,o! dados )aralelosresol9er as ,ontradi/7es en,ontradas nos de)oi!entos ,onsiderados& Por.!- . ne,ess+rio dizer #ue n0o . tanto a 9era,idade dos atos #ue nos interessa! de i!ediato& A utiliza/0o dos relatos de 9ida . si*nii,ati9a na !edida e! #ue eles adensa! a ,o!)reens0o do )erodo- re9elando"nos u!a at!osera #ue dii,il!ente )oderia ser ,a)tada a )artir de u!a !a,ro)ers)e,ti9a da so,iedade& Penso #ue a ideolo*ia da nostal*ia #ue )er)assa os 9+rios te@tos- assi! ,o!o o e@a*ero no uso da )ri!eira )essoa do sin*ular- e!bora !uitas 9ezes ,ontribua )ara nos aastar!os do ato Fistri,o- e! outras nos abre a )ossibilidade de e@)lorar u!a 9ertente ri,a #ue nos )er!ite a9an/ar na dire/0o de desenFar!os !elFor os tra/os rele9antes )ara nossa ar*u!enta/0o& Nesse sentido- os teste!unFos n0o nos ser9ir0o tanto )ara atestar!os o #ue real!ente o,orreu- !as ,o!o des,ri/7es #ue retrata! u! a!biente #ue en,erra nele !es!o ele!entos re9eladores da so,iedade *lobal& >e1a!os al*uns deles5&De)oi!entos de M+r,ia Real IDART: Fistria da teleno9elaY Sarita ,a!)os IDART  R+dio o9e! Pan: Fistria do r+dioY ^ilton Qran,o Q;NARTE: )es#uisa sobre tele9is0o&& P+* 4 $;! dia eu esta9a andando na rua 3 de Maio- eu !e le!bro- era do!in*o- e eu tinFa ido  !atin8- e )arei e@tasiada- #uase #ue estarre,ida diante de u!a i*ura in,onund9el& Diante de u! rosto #ue a *ente 98 u!a 9ez e n0o es#ue,e !ais: era a Bibi Qerreira& Ela esta9a ao lado de u!a senFora idosa& A eu )arei e alei: a senFora . a dona Bibi Qerreira' Ela disse: sou& Eu alei: eu #ueria tanto ser artista& A a senFora ao lado dela#ue era u!a artista )ortu*uesa !ara9ilFosa- riu ,o! ela- olFou )ara a Bibi e disse: be!-

bonita ela .& A Bibi !e disse: olFa- eu tenFo u!a atriz na ,o!)anFia #ue 9ai sair- se 9o,8 #uiser azer u! teste 9o,8 )ode ir ao teatro a*ora&% $Eu era un,ion+ria )úbli,a- trabalFa9a no Instituto de Cri!inolo*ia do Estado de S0o Paulo e tinFa u!a 9ontade lou,a de trabalFar e! r+dio& Adora9a as no9elas- e u! dia- eu tinFa u! )ri!o lon*e- #ue Fo1e at. trabalFa e! no9elas de tele9is0o- #ue !e )er*untou: 9o,8 #uer ,onFe,er o Ot+9io Mendes' Eu alei: . ,laro& Eu ui a)resentada ao Ot+9io e ele disse: ale u! )ou,o a#ui no !i,roone& A sua 9oz n0o . bonita !as te! !uita )ersonalidade- eu a,Fo #ue 9o,8 est+ a)ro9ada&% $Eu 9i! do interior& Nas,i no Estado do Rio de aneiro- ui ,riado na ro/a- sa !enino de ,asa& Qui ,Fe*ar e! Taubat. e! JK3J- 3- eu era *arotinFo ainda& Qui assistir u! )ro*ra!a na esta/0o de r+dio e a,Fei ,urioso- en*ra/ado- e a,Fei #ue )odia azer a#uilo #ue esta9a sendo eito& Era u! )ro*ra!a de auditrio& Pro,urei o Fo!e! l+- na .)o,a eu a,Fa9a #ue era o dono- alei ,o! ele- #ue a,Fou en*ra/ado a#uele *arotinFo dizendo #ue sabia azer a#uilo& E@)eri!entou- e eu i#uei azendo& Isto oi na r+dio Diusora de  Taubat.&% A leitura dessas estrias de 9ida nos su*ere! u!a )ri!eira id.ia: a de a,aso& ;! en,ontro ortuito ,o! u!a atriz de reno!e- u!a 9oz ,o! )ersonalidade #ue )reen,Fe os #uesitos de lo,u/0o no r+dio- u! !enino auda,ioso #ue sai do interior e ,Fe*a  ,idade& Esta id.ia de a,identali" P+* J dade )enetra os inú!eros de)oi!entos da#ueles #ue inte*rara! o r+dio e a tele9is0o nos anos 34 e 54& >a!os se!)re en,ontrar u! a!i*o- u!a o,asi0o ortuita na #ual as as)ira/7es indi9iduais t8! a o)ortunidade de se realizare!& Basta- )or.!- deslo,ar!os o ei@o do relato indi9idual )ara o ,oleti9o e )er,eber!os ,o!o a id.ia de a,aso se enra#ue,e& Os testes era! u!a or!a eeti9a de re,ruta!ento de )essoal e se inseria! dentro de u!a )olti,a e@)ressa )ela e!)resa- n0o )ela a,identalidade do !o!ento& Ali+su! dos e@e!)los a)onta )ara a e@ist8n,ia de outros !e,anis!os #ue au@ilia! o a,aso a un,ionar- ,o!o este )ri!o lon*e- #ue abre as )ortas do su,esso a u! )arente talentoso& O teste!unFo de ^alter Clar\ .- neste ,aso- re9elador6&A >ida de ^alter Clar\- ,ole/0o Gente de Su,esso- Rio de aneiro- Ed& Rio Cultura- s&d&- ))&  e 4&& $Eu ui )ara a R+dio  Ta!oio ,o!o se,ret+rio do Luiz Wuirino& Ma!0e )ediu esse e!)re*o ao Wuirino #ue era a!i*o da ,asa- a)ro9eitando a#uela Inti!idade #ue a*lutina9a )aulistas #ue 9i9ia! no Rio e #ue se re#Xenta9a!& Nesse rol de a!i*os- in,lusi9e- tinFa !uita *ente de r+dio- )or#ue era ,o!u! #ue o )essoal do !eio e! S0o Paulo 9iesse trabalFar no Rio- #ue era u!a es).,ie de Me,a do setor%& E ele a,res,enta: $A o)ortunidade de trabalFar na T> ta!b.! 9eio )or inter!.dio de !inFa !0e- #ue era a!i*a do P.ri,les do A!aral- #ue trabalFara !uito na Intera!eri,ana- !as ta!b.! tinFa sido ,Fa!ado )ara a tele9is0o%& ;!a a1uda ,onsider+9el #ue transor!a a ,ontin*8n,ia e! destino& Seria in*8nuo )ensar!os #ue as e!)resas de ,ultura trabalFasse! se! nenFu!a l*i,a no re,ruta!ento de seu )essoal- ainal elas o)era9a! se*undo ob1eti9os #ue e! )rin,)io de9eria! ser atin*idos& Por outro lado . in,uo i!a*inar!os u!a so,iedade se! estratii,a/0o so,ial- onde os !e,anis!os de inte*ra/0o )res,indiria! das rela/7es de ,lasse- ou no ,aso )re,iso da so,iedade brasileira- do a)adrinFa!ento& o0o Batista Bor*es Pereira obser9a #ue este ti)o de )r+ti,a- na 9erdade- estrutura o )r)rio re,ruta!ento de no9os 9alores )elo siste!a radioni,o& $O a)a" P+*  drinFa!ento da ,arreira . u! 9alor )ositi9o #ue deine as rela/7es entre os radialistas& A )r+ti,a n0o . a)enas a,eita ou tolerada- !as in,lusi9e esti!ulada- e dela se benei,ia! )adrinFo e a)adrinFado& O )ri!eiro- n0o s nos bastidores- !as e! )ro*ra!as irradiadosn0o )erde o)ortunidade )ara ,ontar )úbli,a e no!inal!ente os artistas #ue ,o!e/ara! a ,arreira atra9.s de seu a)oio& O a)adrinFado se transor!a desta !aneira e! )lo atrati9o de u! siste!a de lealdade do #ual )arti,i)a! todos os #ue ora! benei,iados& De outro lado- o a)adrinFado te! interesse e! ter seu no!e li*ado a u! )roissional de )rest*io&

Isto .- o ato de Fa9er sido `des,oberto_ )or u! e@)eri!entado `re9elador de talentos_ reeren,ia as suas reais #ualidades%&&& Batista Bor*es Pereira- o)& ,it&- ))& "&& Estaria! os teste!unFos e#ui9o,ados' E9idente!ente a )er*unta en,erra e! si u!a arti!anFa& As le!bran/as nun,a s0o alsas ne! 9erdadeiras- elas si!)les!ente ,onta! o )assado atra9.s dos olFos da#uele #ue o 9i9en,iou& A id.ia de a,aso #ue . su*erida )ela leitura desses teste!unFos e@)ri!e u!a 9is0o sub1eti9a da#uele #ue )arti,i)ou do e9ento- !as- ,reio- ela )ode ser ob1eti9a!ente inter)retada se a substituir!os )ela no/0o de !obilidade& Na 9erdade- o #ue os relatos des,re9e! ,o!o ortuito s0o as o,asi7es e as o)ortunidades ,o! as #uais os indi9duos se deronta!!ostrando #ue a so,iedade do )erodo . ,ara,terizada )or u!a )lasti,idade #ue )er!ite u!a *rande !obilidade dos atores so,iais& >+rios de)oi!entos a)onta! )ara esta dire/0o& &De)oi!entos de Paulo Gra,indo IDART  R+dio o9e! Pan: Fistria do r+dioY =eloisa Castellar IDART: Fistria da teleno9elaY Qernando Balleroni IDART: Fistria da teleno9elaY  os. Castellar IDART: Fistria do r+dio e Fistria da teleno9ela&& $A ,oisa a,onte,eu assi!& >indo do Norte- eu )ro,urei u!a !aneira de estudar teatro)or#ue n0o tinFa es,olas- n0o tinFa a,uldades- n0o tinFa )roessores de teatro na#uela .)o,a& TinFa a)enas diretores de ,o!)anFias& Eu )ro,urei o Gin+sti,o Portu*u8s- #ue era u! *ru)o de a!adores- !uito a!oso- e neste *ru)o eu ,o!e,ei a treinar teatro& P+*  Mas ,o! !uita sorte- )or#ue 1+ na ter,eira )e/a o Odu9aldo >iana !e 9iu e )er*untou se eu n0o #ueria entrar )ara o teatro )roissional- #uando estreei ,o! Dul,ina Odilon& Da entrei )ara o Pro,)io Qerreira e i#uei deiniti9a!ente no teatro& O Ola9o de Barros- #ue era diretor de teatro e resol9eu azer r+dio- le9ar o teatro )ara o r+dio- !e ,Fa!ou )ara ir )ara a R+dio Tu)i- e ,o!e/a!os a ler no !i,roone as *randes )e/as #ue 9inFa! azendo su,esso no teatro&% $Eu ,o!e,ei )ri!eiro e! )ubli,idade& A Standart era a úni,a e!)resa de )ro)a*anda #ue tinFa u! de)arta!ento de r+dio un,ionando- e eu ent0o !e entusias!ei !uito )elo r+dio& Gosta9a !uito- e ui )ara o r+dio )or a,idente& Qaltou u! es,ritor- u! redator na estr.ia do )ro*ra!a da El9ira Rios- e! JK3- na r+dio Cultura& A situa/0o esta9a )reta- e eu 1+ esta9a ,is!ada F+ !uito te!)o de es,re9er )ara o r+dio& A ,o!o #uebra *alFo eles !e dera! o )ro*ra!a& $Eu ui )ara a Tu)i e! 53& Qui )ara es,re9er no9ela sertane1a #ue eu 1+ es,re9ia na R+dio Cultura desde 36- de 36 a 53& A,idental!ente entrei nu! )ro*ra!a de tele9is0o #ue oi o Qal,0o Ne*ro&% $No )rin,)io eu trabalFei na Para!ount Qil!es& Do ,ine!a )assei )ara a radiono9ela )or#ue era u!a o)ortunidade- o)ortunidade de e!)re*o& Eu nun,a tinFa ou9ido u!a no9ela- !as o ato . #ue eu trabalFa9a nessa ,o!)anFia a!eri,ana de il!es- e )ara *anFar u! )ou#uinFo !ais )assei da )ubli,idade #ue era a#uilo de #ue eu *osta9a )ara a )ro*ra!a/0o& Me dissera! #ue Fa9ia u!a a*8n,ia de )ro)a*anda )ro,urando u! redatore l+ ui eu& Mas a GessH resol9eu azer u!a ,on,orr8n,ia !uito orte )ara a Col*ate Pal!oli9e- e l+ ui eu azer u! teatro da saudade- o Teatro E9o,a/0o GessH& Qi#uei nesta luta da GessH ,o! a Col*ate uns seis !eses !ais ou !enos& De)ois disso ui trabalFar e! )ro)a*anda& >eio ent0o a tele9is0o& Eu 1+ esta9a no r+dio F+ bastante te!)o ao sur*ir a PRQ"- a Tele9is0o Tu)i Diusora&% P+* 3 Mobilidade #ue nu! )ri!eiro !o!ento )ode ser )ensada ,o!o tr+e*o entre +reas dieren,iadas- !as- eu diria- ains& A rela/0o entre r+dio e )ubli,idade . or*?ni,a& Co!o 9i!os- o siste!a radioni,o se ,on,retiza atra9.s do )ro,esso de ,o!er,ializa/0o& Por isso o ,a!)o do r+dio te! nas a*8n,ias de )ubli,idade- #ue ,ontrola9a! as 9erbas dos anún,ios- u! dos seus )los de estrutura/0o& ( isto #ue e@)li,a o tr?nsito- e! du)lo sentido- entre essas duas inst?n,ias& o0o Batista Bor*es Pereira !ostra #ue . re#Xente en,ontrar!os- nos !eios )ubli,it+rios- radialistas ou e@"radialistas&K&>er o0o Batista

Bor*es Pereira- Cor- Proiss0o e Mobilidade&&&- o)& ,it&& O in9erso n0o . so!ente 9erdadeiro!as ne,ess+rio& Rela,iona!ento #ue n0o se restrin*ia si!)les!ente  esera ,o!er,ial!as se estendia !uitas 9ezes  )r)ria )ro*ra!a/0o& As le!bran/as de os. Castellar e de =eloisa Castellar nos re9ela!- )or e@e!)lo- a )resen/a deste !isterioso a!eri,ano- !ister Penn- #ue teria 9indo de Cuba )ara ad!inistrar a ,onta de )ubli,idade da Col*ate Pal!oli9e& Patro,inador inteli*ente e brin,alF0o- $!uitas 9ezes 1o*ando ,o! seus )r)rios ,a)ri,Fos- ,o! suas brin,adeiras& A )onto de ter assistido a u! il!e de BettH Da9is- e ter ,is!ado #ue de9a!os )la*iar o il!e& Eu disse: !r& Penn- . a ,oisa !ais +,il do !undo& ( ir at. a editora >e,,Fi )ara a #ual eu 1+ Fa9ia traduzido 9+rios li9ros e )edir autoriza/0o& A editora >e,,Fi tinFa )ubli,ado o li9ro- n0o seria t0o !al& Ele disse: n0o& Eu #uero u! )l+*io& Se . baseado e! tal li9ro- dei@a de ser )l+*io%&J4&De)oi!ento de os. Castellar IDART: Fistria da teleno9ela&& Mister Penn- #ue 1unto ,o! sua e#ui)e re#Xenta9a o ,F+ das ,in,o no Ma))in- onde- se*undo =eloisa Castellar- se de,idia! sobre as no9elas e os )ro*ra!as Fu!orsti,os #ue de9eria! ser le9ados ao ar& A,aso' Certa!ente #ue n0o& O #ue as le!bran/as re9ela! . o intrin,a!ento entre as or/as )ubli,it+rias na,ionais e interna,ionais- #ue n0o s0o !eras abstra/7es- !as i!)erati9os #ue se ,on,retiza! atra9.s de atores so,iais- )essoas de ,arne e osso& A reer8n,ia a Cuba ta!b.! n0o . ,asual& Basta re,ordar!os #ue at. a d.,ada P+* 5 de 54 este )as tinFa u!a )osi/0o )ri9ile*iada na A!.ri,a Latina- e !es!o no !undo- no #ue diz res)eito a seu siste!a de radiodius0o& + e! JK Cuba . o #uarto )as- de)ois dos Estados ;nidos- Canad+ e ;ni0o So9i.ti,a- ,o! o !aior nú!ero de esta/7es de r+dio& Co!o obser9a Os,ar Luiz Lo)es- $esta a!)la rede de radiodius0o )roduziu o desen9ol9i!ento de u! )essoal artsti,o e t.,ni,o es)e,ializado #ue saiu ,o! re#X8n,ia de Cuba )ara o,u)ar )osi/7es desta,adas na radiodius0o de #uase todos os )ases da A!.ri,a Fis)?ni,a- e introduzira! ou a!)liara! os estilos artsti,os e !.todos de trabalFodando  radiodius0o latina- tanto na arte #uanto e! seu as)e,to )ubli,it+rio e ,o!er,ialu!a re,onFe,ida inlu8n,ia das nor!as ,riadas e! =a9ana%&JJ&Os,ar Luiz Lo)es- La Radio en Cuba- =a9ana- Ed& Letras ,ubanas- JK5& )& K3&& Inlu8n,ia artsti,a- #ue se ar+ sentir na dra!atur*ia radioni,a latino"a!eri,ana ,o! as e@)orta/7es dos te@tos das no9elas ,ubanas Cuba 9endia li9retos de radiono9elas )ara toda a A!.ri,a Latina& Inlu8n,ia )ubli,it+ria- u!a 9ez #ue . o )ri!eiro )ais da A!.ri,a Latina onde as *randes e!)resas a!eri,anas ,o!o Col*ate e Pal!oli9e- Pro,ter and Ga!ble- a)li,a! seus !.todos de inan,ia!ento do r+dio e de 9endas de seus )rodutos& Era u!a es).,ie de laboratrio )ara os norte"a!eri,anos- a )onto de deter!inados )rodutos no9os- ,o!o os deter*entestere! sido testados a- )ara s de)ois in9adire! o !er,ado !undial&J&>er ReHnaldo Gon/al9es- o)& ,it&& Portanto- tr+i,o de )essoal artsti,o- !as ta!b.! de t.,ni,os es)e,ializados- #ue 9ia1a! )or suas ,o!)anFias )ela A!.ri,a Latina- ,o!o esse !ister Penn- ,o! suas idiossin,rasias e *oza/7es- #ue dei@adas ao lu@o da re!e!oriza/0o )essoal sur*e ,o!o u!a i*ura inslita e in,onsistente& Mas n0o . so!ente este lado interna,ional #ue se e@)ressa nas estrias de 9ida& Wuando se obser9a o tra1eto de 9+rios )roissionais dos !eios de ,o!uni,a/0o- da!os ,onta da intensidade ,o! #ue se realiza9a a ,orrente entre a esera da )rodu/0o radioni,a"tele9isi9a e os !eios )ubli,i" P+* 6 t+rios& ^alter Clar\ ini,ia sua ,arreira ,o!o es,ritor de r+dio- trabalFa na a*8n,ia Intera!eri,ana e s de)ois se deslo,a )ara a T> Rio- onde se transor!a e! diretor de 9endas& Boni trabalFa9a na )arte de ,ria/0o da Lintas- este9e na T> Rio e na R+dio Bandeirantes antes de se i@ar na Rede Globo de Tele9is0o&J&>er A >ida de ^alter Clar\o)& ,it&& O itiner+rio de u!a )essoa ,o!o Ar#ui!edes Messina . re9elador: ,antor- ator de r+dio"teatro- *al0 de radiono9ela- ,o!)ositor de !úsi,a de ,arna9al- ter!ina sua ,arreira ,o!o )ubli,it+rio- es)e,ializando"se e! 1in*les&J3&De)oi!ento de Ar#ui!edes Messina IDART: !úsi,a )ubli,it+ria de S0o Paulo&& Os e@e!)los )oderia! ser !ulti)li,ados& Eles ,erta!ente e@)ressa! u!a 9i98n,ia úni,a- )essoal- !as a tra!a dessas le!bran/as a)onta )ara este tra/o so,ial !ais a!)lo- o da !obilidade entre as +reas da )ubli,idade e da )rodu/0o ,ultural&

Mobilidade entre setores ,ulturais- )ois tanto o r+dio #uanto a tele9is0o t8! #ue bus,ar !0o"de"obra nos es)a/os ,ulturais so,ial!ente dis)on9eis& Neste ,aso- o teatro a)are,e ,o!o u! )lo )ri9ile*iado- na !edida #ue e! )rin,)io teria a!iliarizado al*uns $)roissionais% ,o! as t.,ni,as de dra!atur*ia& Di*o e! )rin,)io- )ois ,ronolo*i,a!ente o teatro )roissionalizante s sur*e na d.,ada de 34- o #ue az ,o! #ue no in,io o re,ruta!ento se realize- ,o!o su*ere o teste!unFo de Paulo Gra,indo- ta!b.! 1unto ao teatro a!ador& O ator de teatro- assi! ,o!o os diretores de ,o!)anFias- traze! ainda u!a ba*a*e! ,ultural )re,+ria- !as su)erior  !.dia dos Fo!ens de r+dio- #ue lFes )er!ite desen9ol9er )ro*ra!as ,ultural!ente !ais a!bi,iosos ,o!o os r+dios"teatros& Este ,a)ital ,ultural )ode ser ainda $,ontrabandeado% de outras +reas- eu diria de or!a !ais )re,isa- de ,ertas )reo,u)a/7es #ue deter!inados *ru)os tinFa! e! rela/0o aos bens ,ulturais ,onotados ,o!o le*ti!os e !odernos& E o ,aso de 1o9ens #ue se interessa9a! )elo ,ine!a- ,o!o Castellar- !as #ue n0o tinFa! a o)ortunidade ,on,reta de se deslo,are! )ara esta ati9idade- u!a 9ez #ue a )ossibilidade de se tornar ,ineasta P+*  era in9i+9el- e se en,ontra9a so,ial!ente restrin*ida& Pessoas ,o!o ^alter Durst e Cassiano Gabus Mendes trabalFara! e! )ro*ra!as ,o!o o Cine!a e! Casa- il!e eliniano se! i!a*ens- #ue trans!itia )elo r+dio a dra!ati,idade do #ue era e@ibido nas telas& + na d.,ada de 34 . )oss9el )er,eber no r+dio u!a ntida dieren,ia/0o de le*iti!idade ,ultural& O r+dio"teatro e o ,ine!a alado se a)ro@i!a! do )lo da !odernidade !ais ,ulta- i,ando os sFo[s de auditrio e os )ro*ra!as Fu!orsti,os no se*undo )lano& O )r)rio Durst nos ,onta ,o!o este ,a)ital ,ultural lFe oi i!)ortante )ara seu in*resso na tele9is0o& $Wuando 9eio a tele9is0o- eu es)e,ial!ente tinFa u! ,on,eito de u! )rodutor assi! )ra rente- ino9ador& E o Cassiano ta!b.! era u! )rodutor !oderno& Ent0o o!os )ro,urados )elo Der!i9al Costa Li!a& No )ri!eiro dia da tele9is0o eu ui ,on9idado a azer u! )ro*ra!a e o Cassiano a 1+ era o assistente do diretor !aior%& J5&De)oi!ento de ^alter Durst IDART: Fistria da teleno9ela&& Qlu@o entre setores- do r+dio )ara a tele9is0o- #ue !ostra #ue a e@)eri8n,ia de u!a +rea de9e ser deslo,ada )ara enrentar as e@i*8n,ias das no9as te,nolo*ias- !as #ue )are,e obede,er a ,ertas ,li9a*ens #ue Fa9ia! sido anterior!ente *estadas& O teleteatro en,ontrar+ e! Durst u! de seus idealizadores !ais s.rios e ,o!)etentes& + Castellar sorer+ u!a des9aloriza/0o de seu ,a)ital ini,ial& Radi,ando"se no )erodo do r+dio 1unto  radiono9ela latino"a!eri,ana- ele ,ontinuar+ este trabalFo na tele9is0o ,o! as teleno9elas& O teste!unFo de Manoel Carlos su*ere de or!a bastante a*uda esta ru)tura #ue e@iste entre linFas de atua/0o ,ultural& $A tele9is0o brasileira oi basi,a!ente eita )elo )essoal do r+dio- dierente da tele9is0o ran,esa- in*lesa- italiana e !es!o da a!eri,ana- #ue oi eita )elo )essoal do ,ine!a e do teatro& Todos os es,ritores- atores- diretores de )ro*ra!as radioni,os ora! re)resentar e diri*ir )ro*ra!as de tele9is0o& At. Fo1e a tele9is0o te! !uita ,oisa ,o! o r+dio- e sua or!a/0o se de9e !uito ao )essoal do r+dio& N0o . #ue eu a,Fe esse )essoal !edo,re!as )rin,i)al!ente na#uela .)o,a eles tinFa! P+*  !uito !enos or!a/0o do #ue o )essoal do teatro ou de ,ine!a- e isso ,riou no ,o!e/o u!a tele9is0o at. u! )ou,o !edo,re&%J6&De)oi!ento de Manoel Carlos Q;NARTE&& Pre,on,eito' Certa!ente- !as #ue re9ela u! tra/o so,ial da or!a/0o dos )r)rios !eios de ,o!uni,a/0o na so,iedade brasileira& Essa !obilidade intensa entre setores si*nii,a- na 9erdade- u!a realiza/0o in,o!)leta das es)e,ializa/7es& ( ,laro #ue o ad9ento dos !edia i!)li,ou u!a di9is0o de trabalFo !ais a,entuada- sur*e! os )ro*ra!adores- os redatores- os a)resentadores- os diretores ,o!er,iais- et,& Maria El9ira Qederi,o obser9a ,o! raz0o #ue o )ro,esso de $)roissionaliza/0o% o,orre sobretudo 1unto s *randes e!)resas de r+dio a!)aradas )elas 9erbas )ubli,it+rias&J&Maria El9ira Qederi,o- o)& ,it&- )& 6&& Mas . sinto!+ti,o #ue a autora use as)as ao se reerir aos )roissionais desta .)o,aY ela indi,a #ue al*o )er!ane,ia ainda in,o!)leto& O teste!unFo de Raul Duarte sobre o r+dio no inal da d.,ada de 4 e in,io de 34 . su*esti9o& $A ,o!e/ou a a)are,er u! elen,o be! !ais dilatado e a )roiss0o de ,antor- de )ro*ra!ador- de 1ornalista- eni!- do )roissional do r+dio& Por e@e!)lo& Anti*a!ente- o lo,utor dizia assi!: 9ai )arti,i)ar do )ro*ra!a desta

noite a ulana de tal- #ue . da so,iedade de S0o Paulo e #ue )resta seu ,on,urso *ra,iosa!ente& Ent0o n0o era u!a )roissional- ia l+ )r+ se e@ibir ou ent0o )ara a1udar o r+dio& ( o #ue de)ois ns ,o!e/a!os a re)udiar& N0o- a#ui n0o . lu*ar de a!ador&%J&De)oi!ento de Raul Duarte IDART: Fistria do r+dio&& N0o resta dú9ida #ue ,o!)arado aos anos 4 e 4 F+ u!a )ro*ress0o da di9is0o do trabalFo- !as . re9elador #ue Raul Duarte ale e! $)roissionais do r+dio%- o #ue se o)7e aos #ue est0o ora deles!as n0o es)e,ii,a as un/7es no interior do )r)rio siste!a radioni,o& Wuando ,onsidera!os ,ada setor e! )arti,ular- ou a rela/0o entre eles- obser9a!os #ue a !obilidade interna e e@terna ,orres)onde na realidade a u!a in,i)i8n,ia das es)e,ialidades& As un/7es s0o dieren,iadas- !as s0o a,u!uladas )elos !es!os indi9duos- o #ue !ostra #ue as )roiss7es n0o es" P+* K t0o ainda ,ristalizadas en#uanto ,a)a,idades es)e,i,as 9in,uladas a u!a úni,a )essoa& A ,arreira desses $)roissionais% . re9eladora& anete Clair oi lo,utora- r+dio"atrizada)tadora de te@tos- es,ritora de radiono9ela& ^alde!ar Si*lione: lo,utor- r+dio"atordiretor ,o!er,ial e artsti,o da R+dio S0o Paulo- Fo!e! de )ubli,idade& Qausto Ma,edo trabalFa9a na )arte ,o!er,ial e ,anta9a- era or*anizador da )arte artsti,a da R+dio E@,elsior- e da9a ,onta do noti,i+rio sobre ture& Maur,io Ga!a- #ue trabalFa9a na R+dio  Tu)i- nos ,onta #ue $n0o Fa9ia ne! setor de 1ornalis!o& N0o Fa9ia s,ri)ts- n0o Fa9ia diretor de r+dio- nada disso& O setor de 1ornal era !uito )re,+rio& E no !eu setor- na )arte )olti,a- eu ,olFia as inor!a/7es e eu )r)rio redi*ia- a)resenta9a%& JK&De)oi!ento de Maur,io Ga!a IDART: Fistria do r+dio&& A,ú!ulo de un/7es #ue nor!al!ente se asso,ia9a a u!a sobre,ar*a de trabalFo& ^alter Durst e I9ani Ribeiro ,Fe*a9a! a ter duas no9elas no ar ao !es!o te!)oY o ,ast de atores de tele9is0o atua9a ta!b.! no r+dio"teatro e nas radiono9elas& Pa).is dieren,iados s0o )reen,Fidos si!ultanea!ente )elo !es!o indi9duo- ,o!o )or e@e!)lo o de ada)tador de te@tos- ou autor- e de dire/0o& E o ,aso de Dionsio de Aze9edo e! teleno9elas ,o!o $;! Lu*ar ao Sol%- $Sus)eita%- $O >ento Le9ou%Y de Geraldo >ietri e! $A fni,a >erdade%- $A Ponte de ^aterloo%& O !ni!o #ue se )ode dizer de u! ada)tador]diretor ,o!o Ciro Bassini- #ue realizou $Anos de Ternura%- $Anos de Tor!enta%$A Cidadela%- . #ue se trata de u! $es)e,ialista% e! A& & Cronin& N0o #ue essas un/7es e! )rin,)io n0o )udesse! ser realizadas ,on1unta!ente- !as o #ue ,Fa!a a aten/0o- e os relatos sublinFa!- . o e@,esso de trabalFo- o #ue !ostra #ue de al*u!a !aneira a sobre)osi/0o das ati9idades esta9a 9in,ulada  debilidade das e!)resas e  ne,essidade de se realizar o ser9i/o de #ual#uer 1eito& Co!o air!a Dionsio de Aze9edo- o diretor de teatro era res)ons+9el )elo i*urino- )elo ,en+rio- $)or tudo%& N0o . )or a,aso #ue os teste!unFos s0o un?ni!es e! #ualii,ar as ,ondi/7es de trabalFo ,o!o ).ssi!as& Dir+ =eloisa Cas" P+* KJ tellar: $>o,8 s alta9a 9arrer a e!issora& Tudo o #ue eles )odia! )r no ,ontrato eles )unFa!& Ent0o n0o es,a)a9a nada& Era ensaiador- era )rodutor- tudo- tudo& E at. e@er,er ,ar*o de un/7es artsti,as se a e!issora #uisesse- se! re,eber dinFeiro nenFu!%& 4&De)oi!ento de =eloisa Castellar IDART: Fistria da teleno9ela& & S0o re,orrentes as #uei@as e! rela/0o  !+ re!unera/0o- e os relatos de 9ida re9ela!- in,lusi9edeter!inadas or!as de ,ontrata/0o #ue est0o !ais )r@i!as da Feran/a )atriar,alista da so,iedade brasileira do #ue das ne,essidades do !er,ado& ( o ,aso do ,Fa!ado $a,ordo de ,a9alFeiros% entre os donos das e!issoras- )a,to atra9.s do #ual eles se ,o!)ro!etia! a n0o e!)re*ar un,ion+rios #ue trabalFasse! )ara o seu $,on,orrente%& Este !e,anis!o dis,i)lina9a o !er,ado e )ossibilita9a ao e!)re*ador u! !aior ,ontrole do siste!a de ,ast- u!a 9ez #ue os artistas tinFa! dii,uldades e! se deinire! ,o!o $9endedores de sua or/a de trabalFo%& As 9o,a/7es tinFa! ainda- de u!a ,erta !aneira- #ue ser a1ustadas s ne,essidades reais das e!)resas& O teste!unFo de u! radialista n0o dei@a de ser Fu!orado e! rela/0o a esta in9ers0o de )rioridades entre )roissionaliza/0o e ob1eti9os da e!)resa& $Eu #ueria alar ,o! 9o,8- Cozzi- )r+ 9er se tinFa u!a o)ortunidade )ra eu ,antar& Cantar- Sil9ino'  Tire isso da ,abe/aY 9o,8 9ai ser . Fu!orista no Rio de aneiro& Eu !e oendi ,o! a#uilo&

Eu tinFa a di!ens0o e@ata de #ue eu era u! ,antor& Mas- Cozzi- 9o,8 a,Fa #ue eu sou Fu!orista' (- Sil9ino- essas 9ozes #ue 9o,8 az- essas ,oisas #ue 9o,8 te! 1eito )ra ,ontar- o )o9o ,ario,a 9ai adorar isso& Eu *aranto #ue se 9o,8 #uiser ser Fu!orista- eu 1+ te dou Fo1e u! ,ontrato de u! ano ,o! a R+dio Na,ional&% J&De)oi!ento de Sil9ino Neto- in R+dio Na,ional: o Brasil e! Sintonia- o)& ,it& )& JK&& Mas n0o . so!ente na +rea do r+dio e da tele9is0o #ue 9a!os en,ontrar esta in,i)i8n,ia da )roissionaliza/0o& O teste!unFo de E!il QarFat a)onta )ara o !es!o )roble!a& $N0o ui le9ado  )ro)a*anda )elo as,nio #ue esta )roiss0o )udesse ter e@er,ido sobre !i!- !es!o )or#ue P+* KJ na o,asi0o eu i*nora9a total!ente o #ue era u!a a*8n,ia de )ro)a*anda& Ali+s- n0o . u!a i*nor?n,ia t0o es,andalosa assi!- )or#ue na .)o,a- JK3J- ainda esta9a tudo e! ter!os de nebulosa i!)ro9isa/0o e a!adoris!o no setor )ubli,it+rio no Brasil& Qui ter a u!a a*8n,ia ,Fa!ada M,CannEri\son- de ,u1a e@ist8n,ia n0o tinFa nenFu!a no/0o- le9ado )or u! a!i*o- a #ue! u! ter,eiro a!i*o soli,itara #ue lFe indi,asse u! ,a!arada #ue ti9esse u!a reda/0o razo+9el- )ara ser testado&%&De)oi!ento de E!il QarFat- in =istria da Pro)a*anda no Brasil- o)& ,it&- )& 5&& >a!os en,ontrar u! #uadro id8nti,o no ,ine!a& $Qui ,ontratada )ara trabalFar na >era Cruz assi! #ue ,Fe*ou o Os[ald =aenri,Fter& Os t.,ni,os ora! ,Fe*ando aos )ou,os- e n0o Fa9ia nenFu! !ontador lo*o no in,io&  Ta!b.! n0o #ueria! ,ontratar nenFu! da#ui& Eles a,Fa9a! #ue o )essoal do ,ine!a brasileiro da#uela .)o,a trabalFa9a !uito !al- os t.,ni,os era! ).ssi!os- n0o #ueria! #ue trou@esse! os seus !aus F+bitos )ara a >era Cruz& Mas =aenri,Fter #ueria ,o!e/ar lo*o se! !ais )erda de te!)o& Se n0o te! u! !ontador n0o az !al- disse ele- !e d8e! u! a1udante #ual#uer )ara #ue eu )ossa azer o trabalFo& Ent0o eu ui trabalFar ,o! ele& >e1a 9o,8 #ue absurdo: eu #ue nun,a tinFa 9isto de )erto u! rolo de il!e- ser a assistente de u! dos !aiores !ontadores do !undo- )re!iado ,o! o Os,ar& Mas na >era Cruz as ,oisas era! assi! !es!o- tudo !uito )re,+rio- i!)ro9isado&% &De)oi!ento de Lú,ia Pereira de Al!eida- in Bur*uesia e Cine!a: o Caso >era Cruz- o)& ,it&- )& K3&& Pre,ariedade& A )ala9ra re,orrente!ente . utilizada e! todos os relatos- e )ontua os teste!unFos de atores- diretores- )ubli,it+rios- ,ineastas- t.,ni,os& E ,o!o se toda u!a .)o,a )udesse ser resu!ida a ela& Nu! )ri!eiro sentido )re,+rio se 9in,ula a esta in,i)i8n,ia das es)e,ializa/7es- o #ue az ,o! #ue 9+rias le!bran/as )asse! a ,on,eber o )erodo ,o!o a!adorsti,o- n0o )roissional& Mas a no/0o de )re,ariedade . !ais abran*ente- seria interessante e@)lor+"la !elFor& ;! e@e!)lo sinto!+ti,o P+* K diz res)eito  i!)lanta/0o da tele9is0o& Dir+ Mois.s ^elt!an #ue $a tele9is0o brasileira nas,eu sob o si*no da i!)ro9isa/0o& Lo*o a)s a T> Tu)i- sur*iu no Rio a T> Rio- !ais )re,+ria e i!)ro9isada- se isso . )oss9el- do #ue a T> Tu)i& A Rio oi u!a esta/0o #ue tinFa tudo )ara n0o dar ,erto& O )r.dio n0o era dela& O )r.dio era do Correio da ManF0& O e#ui)a!ento era o e#ui)a!ento 1+ usado )ela T> Re,ord- re,ondi,ionado e !andado )ara ,+& Tudo usado- tudo ,aindo aos )eda/os& O ,anal n0o era dela- era da R+dio Mau+- #ue era u!a entidade *o9erna!ental #ue arrenda9a o ,anal )ara a T> Rio%&3&De)oi!ento de Mois.s ^elt!an Q;NARTE& O de)oi!ento de Durst n0o dei@a de ser irni,o e re9elador& $Eu tenFo u!a teoria )arti,ular& Eu a,Fo #ue o ato da tele9is0o ter sido inau*urada ,o!  os. Mo1i,a- e )atro,inado )or u!a *oiabada- n0o . s u! s!bolo- !as u! dado Fistri,o& >o,8 9e1a be!:ora! es,olFer o os. Mo1i,a- !e@i,ano #ue se tornou a!oso e! =ollH[ood- ,antor #ue de re)ente n0o ,anta9a !ais- u! es)ada,Fi!- u! latin"lo9er- #ue inal!ente se tornou )adre& Patro,inado )or u!a *oiabada- #ue )or sua 9ez era )roduto de u!a a!lia nordestina- se n0o !e en*ano do Ser*i)e& A +bri,a eles instalara! e! Perna!bu,o& Os do,es era! t0o bons #ue eles enri#ue,era!&%5&De)oi!ento de ^alter Durst IDART: Fistria da teleno9ela& Mas- ,uriosa!ente- Durst ,on,lui #ue o sonFo de u!a ,erta bur*uesia estaria re)resentado no e9ento )ela abri,a de *oiabada& Boutade' ;!a +bri,a de *oiabada- u! rei !e@i,ano- a 9ontade )ioneira de CFateaubriand& Ele!entos inslitos #ue dii,il!ente undaria! a !odernidade da so,iedade brasileira& Pre,ariedade #ue se en,ontra9a asso,iada s dii,uldades te,nol*i,as e !ateriais de u!a $indústria ,ultural% no Brasil: 6&De)oi!entos de S.r*io =in*st- in Bur*uesia e

Cine!a- o)& ,it&- )& J5KY os. Castellar IDART: Fistria da teleno9elaY M+r,ia Real IDART: Fistria da teleno9elaY Ben1a!in Catan Fistria da teleno9ela e do teleteatro&& $Na#uele te!)o- ,o!o o il!e era !enos sens9el do #ue Fo1e- a ilu!ina/0o era u! dra!a& Ainda !ais no siste!a de P+* K ilu!ina/0o dos in*leses& Era a#uela ilu!ina/0o ,uidadssi!a #ue eles de!ora9a! Foras )ara azer- en#uanto todo !undo i,a9a  es)era& As ,a!inFadas era! eitas ,o! dollies )or#ue na#uela .)o,a ainda n0o tinFa zoo!Y os atores ine@)erientes tinFa! #ue andar e! ,i!a da !ar,a- e nu!a 9elo,idade tal #ue a ,?!era )udesse a,o!)anFar se! sair de o,o- e se! sair da !ar,a/0o de luz& Outro dra!a era! os doses& Todo !undo ,ontradoi,a9a ,o! ,ara de t+bua& ;! diretor e@)eriente tira u! dose na !onta*e! a )artir de u! !o9i!ento #ue ,onduz ao doseY os diretores da >era Cruz n0o- )unFa! a *ente de ,ara )ra ,?!ara- se! a !enor )re)ara/0o #ue te desse u! i!)ulso a )artir do #ual an,orar a tua )resen/a- e dizia!- 9ai- a*ora ala&% $Ns n0o tnFa!os ,ondi/7es de nada e! !at.ria de e@terna& Tudo o #ue aza!os na #uest0o da teleno9ela- era entre #uatro )aredes& Rarissi!a!ente ns us+9a!os il!es& Nu!a .)o,a #ue n0o Fa9ia 9ideo ta)e- tnFa!os #ue i!)ro9isar no ,en+rio&% $>o,8 ensaia9a a se!ana inteira& Da- no dia e! #ue ia o ,a)tulo- 9o,8 ia lo*o ,edo )ra esta/0o& >o,8 ,Fe*a9a assi! ,o! 9inte ,abides& SenFora era u!a )e/a de .)o,a& In,lusi9e eu usei )ra ,asar Aur.lia Ca!ar*o o !eu 9estido de noi9a& Eu ,Fe*a9a ,o! os ,abides- ,o! os sa)atos- ,o! tudo- )or#ue nin*u.! da9a nada&% $Eu le!bro de ter eito A Da!a das Ca!.lias& Se! ta)es- !ilFares de ,en+riosballets- da )or diante& A atriz #ue azia era a >ida Al9ez- e Fa9ia !udan/a de rou)a- isso . ine9it+9el& CFe*ou o !o!ento- esta9a ,orrendo o te!)o e a >ida oi )ara u! outro ,en+rio en#uanto ,orria u!a outra ,ena& S #ue #uando ter!inou a ,ena- e tinFa #ue 9oltar )ra >ida- si!)les!ente os alinetes n0o esta9a! un,ionando ,erto- ela n0o esta9a )ronta- e ns ti9e!os #ue i,ar sobre u!a *rande ,a!.lia durante )elo !enos uns dez !inutos- u!a ,a!.lia i!ensa- es)erando #ue a atriz )udesse 9oltar a se ,olo,ar'% P+* K3 A leitura desses relatos )ode !uitas 9ezes nos induzir a i!a*inar u!a .)o,a e! #ue $nada un,iona9a%- u!a ase !ar,ada )elo ,aos& Seria bo! nos des9en,ilFar!os dessa i!a*e! si!)lista- !as se! )erder!os a ri#ueza de inter)reta/0o #ue os teste!unFos su*ere!& N.lson ^erne,\ Sodr. dizia #ue desde a d.,ada de 4 a i!)rensa brasileira )assou a un,ionar ,o!o u!a $e!)resa !al estruturada%- !as se!)re ,o!o e!)resa& &N.lson ^erne,\ Sodr.- A =istria da I!)rensa no Brasil- o)& ,it&- )& 34K&& Creio #ue esta tens0o entre o $!al estruturado% !as $se!)re u!a e!)resa% nos re!ete  dis,uss0o anterior onde sublinFa!os a e@ist8n,ia de u! Fiato entre os ob1eti9os e!)resariais e a in,a)a,idade de eles se realizare! )lena!ente& A id.ia de )re,ariedade e@)ri!e esta la,una& O lado ob1eti9o da so,iedade nos indi,a a realidade ,on,reta das e!)resas de ,ultura: a*8n,ias de )ubli,idade- r+dio- 1ornal- tele9is0o- ,ine!aY dados #ue a)onta! )ara a e!er*8n,ia de u!a so,iedade urbano"industrial e #ue introduze!- nos anos 34- u! *rau dieren,iado de !oderniza/0o& Mas as dii,uldades inan,eiras- te,nol*i,as e !ateriais i!)7e! u!a resist8n,ia ao desen9ol9i!ento desse !undo !oderno& M+rio Qerraz Sa!)aio obser9a #ue o uso do *ra9ador !a*n.ti,o no r+dio so!ente sur*iu no inal da d.,ada de 34 e ,o!e/o da de 54& $Antes disso a úni,a *ra9a/0o usada nas e!issoras era a de dis,os ono*r+i,os- lar*a!ente ser9idos )ara ,o!)or )ro*ra!as de irradia/0o a)enas ,o! dis,osY a )rodu/0o na,ional dos !es!os n0o oere,ia os ri,os re)ertrios dis)on9eis no !er,ado )resente!ente& As esta/7es de r+dio )ossua! ,asts artsti,os )ara ,o!)or audi/7es ao 9i9o- )elo !enos nu!a ter/a )arte dos For+rios de irradia/0o&%&M+rio Qerras Sa!)aio- =istria do R+dio e da Tele9is0o no Brasil e no Mundo- o)& ,it&- )& J56&& Pode"se dizer o !es!o da tele9is0o- !as ,abe neste )onto u!a ,o!)ara/0o ,o! o )anora!a nos Estados ;nidosY ela . es,lare,edora&K&>er Muriel Cantor- Pri!e Ti!e

 Tele9ision& Content and Control- Be9erlH =ills- Sa*e Publi,ations- JK4Y sobre o ,ine!a- 9er  TFo!as Guba,\- o)& ,it& Do !es!o autor )ode ser en,ontrada u!a inter)reta/0o !ais re,ente das rela/7es entre =ollH[ood e a indústria da tele9is0o e! $Tele9ision and =ollH[ood E,ono!i, Relations in tFe JK4_s%- ournal o Broad,astin*- Qall JK6- 9ol& 4- n 3&& Nos Estados ;nidos- entre JK35 P+* K5 e JK54- toda a dra!atur*ia tele9isi9a era )roduzida ao 9i9o e! No9a Ior#ue& Por.!- 1+ no )rin,)io da d.,ada- obser9a"se u! deslo,a!ento da )rodu/0o )ara a ,osta Oeste& =ollH[ood- #ue no in,io se ,olo,ara ,ontra as *randes redes- aos )ou,os !uda sua estrat.*ia- e )assa a 9ender 9elFos il!es )ara a tele9is0o- e alu*ar seus estúdios )ara il!a*ens& O #ue se en,ontra )or tr+s desta !udan/a de )los de )rodu/0o s0o interesses 9ariados- !as no ,aso ,oin,identes- dos abri,antes de il!es de ,elulose e dos e!)res+rios do ,ine!a& Esses dois setores t8! o interesse de !anter a )rodu/0o l!i,a nu! )ata!ar ele9ado- e se )osi,iona! de i!ediato ,ontraria!ente  e@)ans0o da indústria tele9isi9a- #ue 98 no 9ideotei)e u!a alternati9a )ara seu ,res,i!ento autno!o& Ironi,a!ente- a a,usa/0o de !ono)lio #ue Fa9ia )esado na d.,ada de 4 ,ontra os ,on*lo!erados de ,ine!a . a*ora re9ertida ,ontra a tele9is0o& Da !es!a or!a #ue os )rodutores inde)endentes in9estira! ,ontra os studio sHste!s #ue !ono)oliza9a! o setor ,ine!ato*r+i,o- =ollH[ood ,riti,a a ,on,entra/0o da )rodu/0o de il!es )ara tele9is0o #ue se en,ontra e@,lusi9a!ente nas !0os das *randes redes& As leis a!eri,anas antitruste obri*a! desta or!a as redes a di9ersii,are! sua )rodu/0oY =ollH[ood- ,o! seus estúdios- e#ui)a!entos e tradi/0o- a)are,e ,o!o u!a solu/0o natural& No ,aso brasileiro n0o )ossua!os u! )ar#ue ,ine!ato*r+i,o desen9ol9ido- ou tra/os de u!a indústria aut,tone de il!es de ,elulose& Os il!es tinFa! #ue ser i!)ortados- o #ue en,are,ia a )rodu/0o& Por isso eles s ,o!e/a! a ser utilizados tardia!ente na tele9is0o- !es!o assi! seu uso era restrito a ,ertos )ro*ra!as 1ornalsti,os& At. !es!o na +rea )ubli,it+ria#ue )ossua !aiores re,ursos- os il!es sur*e! so!ente no inal da d.,adaY durante os anos 54 o #ue !ar,a a )ubli,idade . a *arota")ro)a*anda& Na aus8n,ia do 9ideotei)e- isto si*nii,a9a #ue a tele9is0o tinFa #ue un,ionar ao 9i9o& E@istia! ainda )roble!as relati9os  )r)ria utiliza/0o da te,nolo*ia i!)or" P+* K6 tada& O teste!unFo de u! t.,ni,o diz #ue $no ,o!e/o u!a ,?!ara )esa9a 4 #uilos- n0o tinFa zoo!- e )re,isa9a de tr8s )essoas )ara !ane1+"la%& Li!ita/7es #ue- so!adas s outras- dii,ulta9a! o a)ri!ora!ento da #ualidade e i!)ossibilita9a! a il!a*e! de ,enas e@teriores- ,o!o re,la!a9a o teste!unFo de os. Castellar& Os de)oi!entos de M+r,ia Real e de Ben1a!in Catan t8! u! ,ar+ter anedti,o& Eles ,onta! as )eri).,ias de u!a atriz #ue )ro,ura ,ontornar os )roble!as de i*urino de u!a $e!)resa !al estruturada%- as i!)ro9isa/7es de u! diretor de teatro se! re,ursos t.,ni,os #ue se 98 na )osi/0o de $in9entar% no ,en+rio& Tais e@e!)los )oderia! ser !ulti)li,ados& Na +rea da )ubli,idade se tornara! ,onFe,idas as *aes das *arotas" )ro)a*anda& Roberto Duailibi rele!bra u! e)isdio: $a *arota")ro)a*anda ala9a do so+" ,a!a Probel- #ue a,il!ente transor!a seu so+ e! ,a!a e 9i,e"9ersa& Wuando ela oi de!onstrar o )roduto- o so+ a,abou e!)errando e n0o se transor!ou e! ,a!a& A *arota or/ou- or/ou- at. #ue a)are,eu u! bo!beiro )ara a1ud+"la%&4&De)oi!ento de Roberto Duailibi- in $Trinta Anos de Tele9is0o%- Briein*- o)& ,it&- )& J4&& Mas )or #ue )restar!os aten/0o a esses ,asos inslitos' Eu diria )or#ue eles s0o re)etiti9os- a)are,e! re#Xente!ente nos de)oi!entos- e se es)alFa! )elos di9ersos setores ,ulturais: r+diotele9is0o- ,ine!a- )ubli,idade& E@iste se!)re u!a situa/0o ana,rni,a- )r@i!a da arsa#ue e@i*e dos )ersona*ens en9ol9idos u!a i!)ro9isa/0o& ( ,laro- todo ato anedti,o . u! reor/o da indi9idualidade da#uele #ue )arti,i)ou da ,ena ,o!o teste!unFa o,ular& Ao 9i9en,iar u!a situa/0o deter!inada- o indi9duo #ue rele!bra trans!ite u!a a!iliaridade ,o! a Fistria #ue dii,il!ente )oderia ser e@)ressa )or al*u.! #ue lFe osse e@terior& E ,o!o se ele nos dissesse: eu $esta9a l+%- $9i ,o! !eus )r)rios olFos% ,o!o as ,oisas se )assa9a!& No entanto- se dei@ar!os de lado este ele!ento de 9aloriza/0o )essoal- ,reio #ue . )oss9el a)ro@i!ar essas $*aes% do #uadro #ue 9nFa!os ,onsiderando& No undo a ta@a ele9ada de ana,ronis!o )ode ser ,o!)reendida #uan"

P+* K do ,ontra)osta  )re,ariedade te,nol*i,a- inan,eira e e!)resarial #ue sublinFa!os& Ela . u! !o!ento )arti,ular da so,iedade onde as $alFas% s0o tantas #ue dii,il!ente )odera!os e@)li,+"las ,o!o u! ato o,asional& =+ u!a ne,essidade do a,aso& Nessa ase de )ioneiris!o- onde as ,oisas ainda est0o )or ,onstruir- a ini,iati9a indi9idual . unda!ental- ela . )arte inte*rante das estruturas #ue $un,iona! !al%& A i!)ro9isa/0o . nesse sentido u!a e@i*8n,ia da .)o,a& As anedotas denota! essa in,on*ru8n,ia entre $ter #ue un,ionar% e $un,ionar be!%- tornando ,!i,a a tens0o entre duas or/as #ue e! )rin,)io de9eria! azer )arte da !es!a unidade& Se )ode!os dizer #ue a id.ia de )re,ariedade ,ara,teriza a .)o,a- n0o dei@a de ser 9erdade #ue ela en,erra e! si u!a ,ontradi/0o& A i!)ro9isa/0o )ode ser ,onsiderada )elo lado das dii,uldades !ateriais e e,on!i,as- !as ela )ossui u!a outra di!ens0o- a da ,riati9idade& O ad9ento de no9as or!as de )rodu/0o e de dius0o ,ultural de!anda! dos Fo!ens #ue 9i9e! o )erodo u!a i!a*ina/0o #ue 9enFa su)rir n0o s as alFas #ue a)onta!os- ,o!o ta!b.! )reen,Fer esse no9o es)a/o #ue e!er*e ,o! as t.,ni,as de ,o!uni,a/0o e de )rodu/0o industrial& No ,aso do r+dio- )or e@e!)lo- oi ne,ess+ria toda u!a transor!a/0o da lin*ua*e! radioni,a- #ue at. os anos 4 e !eados de 4 se a)oia9a nu!a or!a de alar !ar,ada )ela di!ens0o ltero"!usi,al das e!)resas& Nesse sentido- os radialistas ti9era! #ue ro!)er ,o! esse )assado i!ediato e $in9entar% u! outro estilo- dierente da $r!ula solene e a!arrada% das r+dios edu,adoras& os. Castellar nos ,onta #ue Odu9aldo >iana oi u! dos )ri!eiros na dra!atur*ia a !udar o sota#ue )ortu*u8s- #ue era ,onsiderado o ,Fi#ue na#uele te!)o& $Sota#ue #ue 9eio do teatro- desde o te!)o de Leo)oldo Qres- desde o o0o Caetano&%J&De)oi!ento de os. Castellar IDART: Fistria do r+dio&& Da !es!a or!a- o ad9ento da tele9is0o de!anda9a dos anti*os Fo!ens do r+dio u!a ,riati9idade #ue n0o en,ontra9a nor!as estabele,idas #ue )udesse! un,ionar ,o!o *uia& A)esar de n0o e@istir u! or!ato de tele9is0o- os )roissionais re9e" P+* K la9a! u!a 9ontade *rande de n0o re)etir neste no9o 9e,ulo as r!ulas 1+ testadas no r+dio o #ue ne! se!)re era )oss9el& =a9ia u!a )reo,u)a/0o e! introduzir a 9oz bran,a e! o)osi/0o s inle@7es da 9oz do r+dio"teatro- e! se )roduzir u!a i!a*e! $se! ,ontra/7es !us,ulares% e! ,ontra)osi/0o ao !odelo do teatro& Isso si*nii,a #ue o trabalFo realizado- a)esar de todas as dii,uldades- era 9i9ido )elos )arti,i)antes de u!a !aneira intensa& >+rios teste!unFos sublinFa! esse lado ,riati9o e en9ol9ente da .)o,a: &De)oi!entos de >ida Al9es- Gianran,es,o Guarnieri- ^alter Durst IDART: Fistria da teleno9ela&& $T> de >an*uarda- T> de Co!.dia- essas ,oisas era! *randes teatros& Me le!bro- s )ra ,itar a Da!a das Ca!.lias- #ue eu ti9e #ue de,orar- eu a,Fo e! tr8s dias- tal9ez #uatro#uinFentas alas& Ent0o era u! trabalFo estaante- )roundo- u! trabalFo de ,o!uni,a/0o total: o ,a!era!an- a *ente- o assistente de estúdio- tinFa #ue estar 1unto& Ent0o a#uilo tudo era !uito ,ondensado& A*ora- se al*u! detalFe n0o sai a ,ontento- e era b9io #ue !uitas 9ezes n0o saa- as ,oisas a,onte,ia! )or#ue ns .ra!os todos- ns .ra!os todos ,iosos de azer!os tele9is0o )ela )ri!eira 9ez&% $Eu tenFo sorte de ter eito tele9is0o ao 9i9o- #ue oi u!a es,ola e@traordin+ria- )or#ue ,o! #ual#uer )ie ou )roble!a o es)et+,ulo tinFa #ue ,ontinuar& Co! isto e@istia u!a inte*ra/0o do ator ,o! os t.,ni,os- os ,?!eras- o diretor de T>& Estabele,ia"se u! di+lo*o entre o ,a!era!an e o ator- u! ,o!)reendia o outro se! )ala9ras- tal o e!)enFo no trabalFo& Na#uela .)o,a- no inal do es)et+,ulo- ,o! )roble!as ou se! )roble!as- todos da9a! urras- azia! ,o!ent+rios de todas as se#X8n,ias- todos inte*rados- ao ,ontr+rio de Fo1e onde tudo . real!ente !uito rio& Na#ueles anos a tele9is0o era real!ente u! trabalFo de e#ui)e- de ,on1unto- e e! ,ondi/7es n0o in9e1+9eis- )ela t.,ni,a ainda ini,ial&% P+* KK

$Eu a,Fo #ue o ,ine!a oi real!ente !inFa )ai@0o& Ent0o eu ui !e or!ando no r+dio- e sur*iu u! )ro*ra!a #ue !ira,ulosa!ente 1untou tudo isso sono)lastia e ,ine!aj& Era u! )ro*ra!a ,Fa!ado Cine!a e! Casa- eito e ,riado )elo )r)rio Ot+9io Gabus Mendes& Wuando ele )assou )ara u!a outra r+dio- i,ou sendo eito )ela I9ani Ribeiro- e de)ois ,aiu nas !inFas !0os& Era )re,isa!ente a ,)ia de u! il!e )elo r+dio& Lou,ura- n.' >o,8 98era u! il!e reduzido a sons- u! ,ine!a )ra ,e*o- e! últi!a an+lise& A*ora eu !o/oenlou#ue,ido- a)ai@onado )elo so!- !e as,inei )ela id.ia- e azia a#uilo ,o! u! anatis!o assi!- sabe'- e le9a9a a#uilo a s.rio !es!o- *osta9a da#uilo&% Criati9idade #ue de!anda9a de u!a )essoa ,o!o Durst a ida re#Xente ao ,ine!a )ara ,o)iar- durante a )ro1e/0o- os di+lo*os #ue seria! transor!ados e! sons& Criati9idade #ue e@i*ia dos atores u!a dedi,a/0o )essoal #ue ,ontrasta ,o! o a,ú!ulo de trabalFo- a !+ re!unera/0o e as ,ondi/7es !ateriais e@istentes& Cassiano Gabus Mendesao se reerir s e@)eri8n,ias da .)o,a- air!a #ue $a tele9is0o era e! si u! laboratrio- e ao !es!o te!)o u! brin#uedo- e a#ueles )roissionais de r+dio- a,ostu!ados a lidar e do!inar o so!- atira9a!"se ,o!o ,rian/as  !a#uinaria de i!a*ensY !uitas 9ezes- de)ois da )ro*ra!a/0o estar en,errada- atra9essa9a! a noite e! e@er,,ios- )ois #uelas Foras tardias )odia! brin,ar  9ontade- e nin*u.! a,Fa9a rui!%&&De)oi!ento de Cassiano Gabus Mendes- in O Teleteatro Paulista&&&- o)& ,it&- )&J&& O #uadro e9o,ati9o . ,erta!ente ro!?nti,o- !as ele n0o dei@a de e@)ri!ir u!a a,eta da realidade- a id.ia de *ratuidade #ue e@istia e! rela/0o ao trabalFo realizado& O de)oi!ento de >ida Al9es reor/a essa di!ens0o #uando estabele,e u!a distin/0o entre o te!)o da rotina- ne,ess+rio )ara a realiza/0o de #ual#uer ati9idade- e u! te!)o $estaante% !as )roundo& Te!)o denso#ue ,on*re*a9a as )essoas nu!a ati9idade a)ai@onada- realizada na )re,ariedade das ,ondi/7es da .)o,a& Por isso a atriz- #uando ,o!)ara a .)o,a aos dias atuaisP+* J44 diz #ue $al*u!a ,oisa se )erdeu no ,a!inFo%& Co!o Guarnieri- #ue )er,ebe u!a dieren/a entre u! te!)o $#uente% e outro $rio%& $=o1e . dierente& O )ro*resso da t.,ni,a ez o trabalFo !uito !ais i!)essoal- !ais industrial& Wuanto !elForo e#ui)a!ento- !ais rio . o ,on99io&%3&De)oi!ento de Guarnieri IDART: Fistria da teleno9ela&& N0o dei@a de ser sinto!+ti,o en,ontrar!os nos de)oi!entos esta rela/0o entre i!)essoaliza/0o e t.,ni,a& Os )roissionais do r+dio- #uando se reere! ao a!biente de trabalFo da .)o,a- o #ualii,a! ,o!o $*ostoso%- $,riati9o%- e! ,ontra)osi/0o  no9a te,nolo*ia #ue sur*e na d.,ada de 54- a tele9is0o& O ,ontraste . an+lo*o- u!a 9ez #ue a tele9is0o . 9ista ,o!o al*o !ais $!e,?ni,o%- $rio%- atribuindo"se ao r+dio deter!inadas #ualidades ,o!o a i!a*.ti,a- #ue e! )rin,)io n0o se restrin*iria aos )roissionais- !as se estenderia ao ou9inte #ue tinFa a liberdade de i!a*inar os )ersona*ens a )artir das 9ozes #ue ou9ia& No ,aso da tele9is0o- a o)osi/0o #uente e rio se a)li,a s duas ases distintas: antes e de)ois do 9ideotei)e& O teste!unFo de Geraldo >ietri- #uando se az na Tu)i a )ri!eira e@)eri8n,ia de utiliza/0o dessa no9a t.,ni,a- . su*esti9o: $A#ui ter!ina a tele9is0o brasileira& E! )ri!eiro lu*ar o ator n0o )re,isa !ais ter talento )ara inter)retar)ode ser abri,ado& Na .)o,a era )re,iso u!a Laura Cardoso )ara azer u! teatro de duas Foras ao 9i9o& =o1e #ual#uer oana da Sil9a #ue ,onsi*a dizer bo!"dia . u!a estrela& O 9ideotei)e oi )ara a tele9is0o brasileira u! *rande !al irre)ar+9el& A,Fei )a9oroso a#uele in9ento !aldito&%5&De)oi!ento de Geraldo >ietri- in O Teleteatro Paulista- o)& ,it&- ))& 36" 3&& ( ,laro #ue esta o)osi/0o entre >T e ao 9i9o n0o se sustenta- a n0o ser na base de u!a ar*u!enta/0o ideol*i,a& Zul!ira Ta9ares te! raz0o #uando ,riti,a esta tend8n,ia entre os ,ineastas- #ue atribui !uitas 9ezes  il!a*e! ao 9i9o u!a ,a)a,idade !sti,a de ,a)tar o real&6&>er Zul!ira Ta9ares- Cir,unst?n,ia e Crti,a: >deo e Cine!a no BrasilJK4- !i!eo&& O 9ideotei)e- )ela sua rieza e ,a)a,idade te,nol*i,a- introduziria u!a deor!a/0o do P+* J4J real- #ue e! )rin,)io seria des,rito na sua ess8n,ia #uando trabalFado $ao 9i9o%- na sua es)ontaneidade& Sabe!os #ue az )ou,o sentido bus,ar!os as e@)li,a/7es da i!)essoalidade das rela/7es entre os Fo!ens- no ti)o de te,nolo*ia e!)re*ada& No entanto- o #ue os relatos su*ere!- !es!o #uando e#ui9o,ados no dia*nsti,o- . #ue- de

ato- toda u!a or!a de se rela,ionar ,o! a )rodu/0o ,ultural se transor!ou& O es)a/o da ,riati9idade- #ue e! últi!a inst?n,ia de)endia da )re,ariedade do !o!ento- . substitudo )or no9as e@i*8n,ias #ue- ,o!o 9ere!os- s0o a*ora atributos de u!a so,iedade industrial #ue dei@a de lado a sua in,i)i8n,ia&& kkk O te!a da ,riati9idade te! ,Fa!ado a aten/0o de 9+rios so,ilo*os e ,rti,os& No ,aso da !úsi,a brasileira- os. Mi*uel ^isni\ obser9a #ue ela or!a u! siste!a aberto $#ue )assa )or 9erdadeiros saltos )roduti9os- 9erdadeiras snteses ,rti,as- 9erdadeiras re,i,la*ens: s0o !o!entos e! #ue al*uns autores- isto .- al*uns artistas- indi9idual!ente e e! *ru)o- re)ensa! a e,ono!ia do siste!a%&&os. Mi*uel ^isni\- O Minuto e o Mil8nio ou Por Qa9or- Proessor- u!a D.,ada de Cada 9ez%- in Anos 4  Músi,a Po)ular- Rio de  aneiro- Euro)a- JK4- )& J5&& E o autor a)onta al*u!as e@)ress7es dessa ,riati9idade !usi,al- a bossa no9a e o tro)i,alis!o& Wuais s0o- )or.!- as ,ondi/7es so,iais #ue )ossibilita! esses $saltos )roduti9os%- ou seria! eles !era de,orr8n,ia da ins)ira/0o artsti,a' A )er*unta . su*esti9a- ela nos )er!ite 9oltar!os s )reo,u)a/7es le9antadas neste ,a)tulo& O Fistoriador da ,ultura #ue u! dia ti9er a o)ortunidade de se debru/ar sobre o )erodo #ue 9ai de JK35 a JK63 de,idida!ente n0o dei@ar+ de notar #ue se trata de u! !o!ento de *rande eer9es,8n,ia e de ,riati9idade ,ultural& ( ,o!o se u!a ase da Fistria ,on,entrasse u!a so!a 9ariada de e@)ress7es ,ulturais& Paulo E!ilio Salles Go!es )er,ebe ,o! ,lareza- #uando analisa o Cine!a No9o- #ue P+* J4 ele $. )arte de u!a ,orrente !ais lar*a e )rounda #ue se e@)ri!iu i*ual!ente atra9.s da !úsi,a- do teatro- das Ci8n,ias So,iais e da literatura& Essa ,orrente  ,o!)osta de es)ritos ,Fe*ados a u!a lu!inosa !aturidade e enri#ue,ida )ela e@)los0o ininterru)ta de  1o9ens talentos  oi )or sua 9ez a e@)ress0o ,ultural !ais re#uintada de u! a!)lssi!o en!eno Fistri,o na,ional%&&Paulo E!ilio Salles Go!es- Cine!a: Tra1etria no Subdesen9ol9i!ento- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK4- )& && O Brasil desses anos real!ente 9i9e u! )ro,esso de reno9a/0o ,ultural& ;! ,ientista )olti,o lo*o obser9aria #ue este inter9alo de te!)o ,orres)onde a u! dos )ou,os )erodos de!o,r+ti,os 9i9idos )ela so,iedade brasileira& Ele ,erta!ente teria raz0o- e )odera!os a,res,entar #ue entre JK63 e JK6 o tro)i,alis!o . u!a !aniesta/0o tardia- a)esar do *ol)e !ilitar- o es)a/o de liberdade de e@)ress0o ,ontinuou a 9i*orar )or u! te!)o a !ais- u!a 9ez #ue o Estado autorit+rio- no in,io- se 9oltou )ara a re)ress0o dos sindi,atos e das or/as )olti,as #ue lFes era! ad9ersas- s de)ois . #ue o AI"5 estendeu suas )resas sobre a esera ,ultural& A e@)li,a/0o e! si az sentido- !as seria ela sui,iente' Penso #ue n0o& As !aniesta/7es desses no9os atos na so,iedade brasileira s0o tantas #ue . )re,iso )ro,urar!os )or raz7es !ais estruturais )ara entend8"las& ;! )ri!eiro ator a se ,onsiderar . a or!a/0o de u! )úbli,o- #ue se! se transor!ar e! !assa deine so,iolo*i,a!ente o )oten,ial de e@)ans0o de ati9idades ,o!o o teatro- o ,ine!a- a !úsi,a- e at. !es!o a tele9is0o& >i!os ,o!o o teleteatrodiri*ido )ara u! )úbli,o restrito- )de ins,re9er no seio do siste!a tele9isi9o u!a l*i,a estranFa  da ,o!er,ializa/0o )ura e si!)les& No ,aso do TBC- . i!)ortante sublinFar #ue ele sur*e nu! !o!ento #ue )roissional!ente se )ode )roduzir )e/as teatrais )ara u!a audi8n,ia es)e,ii,a- !as ,onsider+9el- or!ada )elas ,a!adas urbanas !.dias& Alberto Gusi\- #uando reto!a o teatro a!ador da d.,ada de 4 e !eados da de 34- ,olo,a ,lara!ente essa #uest0o& Citando o teste!unFo de Gusta9o Dria- ele des,re9e o #uadro dos )roble!as da .)o,a& $=+" P+* J4 9ia dois )ontos a ,onsiderar: )ri!eiro- a ,on#uista da )lat.ia )e#ueno"bur*uesa #ue n0o re#Xenta9a Fabitual!ente o teatro )or#ue o #ue lFe era oere,ido n0o ,orres)ondia aos seus a)elos- o #ue a,onte,ia ,o! os elen,os ran,eses- italianos ou )ortu*ueses #ue )or a#ui )assa9a!& Se*undo- e ,o!o de,orr8n,ia desse )ri!eiro- torna9a"se i!)erioso oere,er te@tos de !elFor #ualidade do #ue os #ue era! *eral!ente

a)resentados&%K&Cita/0o in TBC: Crni,a de u! SonFo- o)& ,it&- )& && A ,on#uista de u!a )lat.ia . unda!ental )ara #ue o teatro )ossa se estabele,er ,o!o $e!)resa% de arteY o  TBC dar+ u! )asso i!)ortante nesta dire/0o& N0o . )or a,aso #ue a dis,uss0o entre artistas e intele,tuais li*ados ao !eio teatral *ira e! torno da #uest0o do )úbli,o& Guarnieri- )or e@e!)lo- ,riti,a os 9alores bur*ueses do TBC- rei9indi,a u! teatro )o)ularsonFa e! atin*ir as *randes !assas- !as re,onFe,e a i!)ossibilidade disso no ,onte@to e! #ue 9i9e& Por isso ele dir+ #ue $na )resente ,on1untura teatro )ara o )o9o . u!a uto)ia% no sentido ne*ati9o do ter!o& Boal ta!b.! distin*ue a Fistria do teatro brasileiro e! tr8s ases: o teatro alienado- o teatro aut8nti,o- o teatro )o)ular&34&>er Gianran,es,o Guarnieri- $O Teatro ,o!o E@)ress0o da Realidade Na,ional%- e Au*usto Boal- $Tentati9a de An+lise do Desen9ol9i!ento do Teatro Brasileiro%- in Arte e! Re9istan 6- JKJ& O )ri!eiro en,ontra no TBC o seu !odelo !ais be! a,abado- a)resentando )e/as $alienadas%- #ue n0o dis,utia! a realidade na,ional )ara u!a audi8n,ia bur*uesaY o se*undo te! o Arena ,o!o reer8n,ia- e se ,onor!a ,o! u! )úbli,o $,lasse !.dia%& Caberia  últi!a or!a teatral en,ontrar 1unto s !assas u!a no9a or!a de e@)ress0oY este . o ,a!inFo )or onde se*uir+ )osterior!ente o CPC da ;NE& Inde)endente!ente da ar*u!enta/0o )olti,a a)resentada- a #uest0o do )úbli,o . ,entral& ;!a )lat.ia #ue de9e res)onder aos a)elos- se1a da ostenta/0o bur*uesa- do na,ionalis!o ,lasse !.dia- ou do re9olu,ionaris!o das ,lasses )o)ulares& Este )úbli,o o)er+rio- . ,laro- nun,a se ,onstitui so,iolo*i,a!ente- !as n0o resta dú9ida #ue- !es!o en,errado e! seus li!ites- as ,a!adas !.dias )os" P+* J43 sibilitara! u! substrato )ara o lores,i!ento da )r)ria arte teatral no Brasil& O #ue 9ale )ara o teatro- ,reio se a)li,a a outras +reas& Roberto S,F[arz- des,re9endo a eer9es,8n,ia dos anos 64- ,ara,teriza i!)ressionisti,a!ente esse )úbli,o or!ado )or estudantesartistas- 1ornalistas- ar#uitetos- so,ilo*os- e,ono!istas- )arte do ,lero- e de es#uerda$nu!eroso a )onto de or!ar u! bo! !er,ado #ue )roduz )ara ,onsu!o )r)rio%& 3J&Roberto S,F[arz- $Cultura e Polti,a- JK63"JK6K%- in O Pai de Qa!lia- Rio de 1aneiroPaz e Terra- JK- )& 6&& As )rodu/7es ,ulturais en,ontra!- )ortanto- no )erodo ,onsiderado u! )úbli,o urbano #ue n0o e@istia anterior!ente- or!ado )elas ,a!adas !ais es,olarizadas da so,iedade e@e!)lo: os uni9ersit+rios& Mas . ne,ess+rio ir !ais lon*e- a)roundar!os a #uest0o& Gostaria )ara isso de reto!ar a dis,uss0o sobre o Modernis!o& PerrH Anderson- reerindo"se a esse !o9i!entosu*ere u!a inter)reta/0o interessante )ara a e!er*8n,ia desse ,on1unto de )r+ti,as e doutrinas no ,onte@to euro)eu& Ele )er,ebe o sur*i!ento dessa !odernidade asso,iada a tr8s ,oordenadas no ,a!)o so,ial& A )ri!eira diz res)eito a u! )assado ,l+ssi,oalta!ente or!alizado nas artes 9isuais e institu,ionalizado )elo Estado& Este )assado ,u!)riria u!a du)la un/0o: ele . onte de tradi/0o artsti,a e reer8n,ia obri*atria )ara os ,rti,os do a,ade!i,is!o oi,ial& $O a,ade!i,is!o orne,eu u! ,on1unto ,rti,o de 9alores ,ulturais ,ontra os #uais )odia! !edir"se as or!as insur*entes de arte- !as ta!b.! e! ter!os dos #uais elas )odia! arti,ular"se )ar,ial!ente a si !es!as&%3&PerrH Anderson- $Modernidade e Re9olu/0o%- No9os Estudos CEBRAP- n J3- e9ereiro de JK6- )& && A se*unda ,oordenada est+ 9in,ulada s ino9a/7es te,nol*i,as #ue ,onFe,e a so,iedade euro).ia neste )erodo  teleonia- oto*raia- tel.*rao- auto!9el- a9i0o !as #ue se en,ontra! ainda restritas a u! )e#ueno *ru)o da so,iedade& At. JKJ3- essas transor!a/7es n0o atin*e! a !assa da )o)ula/0o- e a )r)ria so,iedade n0o se ,oni*ura ainda ,o!o de ,onsu!o& Ao ter,eiro ele!ento PerrH Anderson P+* J45 deno!ina $)ro@i!idade i!a*inati9a da re9olu/0o so,ial%- ou se1a- e@istiria $no ar% u!a es)eran/a de transor!a/0o )olti,a #ue Fabita9a dierentes setores so,iais& Por isso o autor )ode air!ar #ue $o !odernis!o euro)eu nos )ri!eiros anos deste s.,ulo lores,eu no es)a/o situado entre u! )assado ,l+ssi,o ainda utiliz+9el- u! )resente t.,ni,o ainda indeter!inado e u! uturo )olti,o ainda i!)re9is9el%&3&Ide!-)& K&& Gostaria de )artir desta su*est0o e en,a!inFar a rele@0o #ue 9inFa desen9ol9endo& O )assado ,l+ssi,o ns n0o )ossua!os& No Brasil- ,o!o 9i!os- e@istiu u!a ,orres)ond8n,ia Fistri,a entre o desen9ol9i!ento de u!a ,ultura de !er,ado in,i)iente e

a autono!iza/0o de u!a esera de ,ultura uni9ersal& Dois a,onte,i!entos si!boliza! be! essa si!ultaneidade: a unda/0o do Teatro Brasileiro de Co!.dia e o ad9ento da tele9is0oe9entos #ue se se*ue! no ,urto es)a/o de dois anos& Qoi este en!eno #ue )er!itiu u! $li9re tr?nsito%- u!a a)ro@i!a/0o de *ru)os ins)irados )elas 9an*uardas artsti,as- ,o!o os ,on,retistas- aos !o9i!entos de !úsi,a )o)ular- bossa no9a e tro)i,alis!o&33&Sobre a rela/0o entre o ,on,retis!o- a bossa no9a e )rin,i)al!ente tro)i,alis!o- 9er Lú,ia Santaella- Con9er*8n,ias- S0o Paulo- Nobel- JK6&& O e@e!)lo da bossa no9a . sin*ular& Ela ,erta!ente in,or)ora u!a s.rie de ele!entos #ue dize! res)eito  ra,ionalidade da so,iedade e ao !er,ado- desde o 1azz- interna,ional!ente i!)ort+9el- at. )e#uenas !udan/as na a)resenta/0o *r+i,a dos dis,os& úlio Meda*lia obser9a #ue a bossa no9a . res)ons+9el )or esta transor!a/0o das ,a)as dos LPs- #ue se torna! *rai,a!ente !ais !odernos- isto .- ada)tados ao *osto das ,a!adas !.dias urbanas es,olarizadas& Este )ro,esso de ra,ionaliza/0o se estende at. !es!o aos no!es dos no9os LPs: $Sa!ba No9a Can/0o%- $No9as Estruturas%- $E9olu/0o%- $Es#ue!a 63%- $Mo9i!ento 65%& No!es ,on,isos#ue le!bra! a e,ono!ia de lin*ua*e! das a*8n,ias )ubli,it+riasY !as Meda*lia ta!b.! ,Fa!a a aten/0o )ara o ato de #ue- ao lado desse !o9i!ento de ra,ionaliza/0o se!?nti,a- en,ontra!os e@)ress7es #ue re9ela! o es)rito de P+* J46 reno9a/0o e 9an*uarda: $A9an/o%- $Re9olu/0o%- $I!)a,to%- $>an*uarda%&35&úlio Meda*lia- $Balan/o da Bossa"No9a%- in Au*usto de Ca!)os or*&- Balan/o de Bossa e Outras Bossas- S0o Paulo- Pers)e,ti9a- JK- )& K&& ( ,o!)reens9el o interesse #ue os !úsi,os eruditos t8! )ela bossa no9a- eles 9aloriza! esse !o9i!ento !usi,al na !edida e! #ue est+ li*ado a u! esor/o de )es#uisa sonora !ais soisti,ado #ue ro!)e ,o! os )adr7es do )assado- )ro)ondo u! no9o rit!o- u!a no9a or!a de arran1o- u!a outra !aneira de ,antar- u! $,anto alado% #ue se distan,ia do $d do )eito%& Por isso eles a ,o!)ara!  !úsi,a de ,?!ara& Brasil Ro,Fa Brito diz #ue $a bossa no9a a)resenta 9+rios )ontos de ,ontato ,o! a !úsi,a erudita de 9an*uarda )s"[eberiana- e- de u! !odo *eral- ,o! o Con,retis!o nas artes%&36&Brasil Ro,Fa Brito- $Bossa"No9a%- in Balan/o da Bossa- o)& ,it&- )& & Ponto de interse,/0o entre eseras de ordens dierentes- a bossa no9a se e@)ri!e ,o!o u! )roduto $)o)ular"erudito%- !aniestando u! no9o ti)o de !usi,alidade urbana& O )resente t.,ni,o ainda indeter!inado- ns o )ossua!os e! de!asia& Este )onto i,ou ,laro e! nossa dis,uss0o sobre a )re,ariedade da indústria ,ultural e a in,i)i8n,ia da so,iedade de ,onsu!o& In,i)i8n,ia #ue )er!ite aos *ru)os talentosos se e@)ressare! in,lusi9e no interior dos ,Fa!ados $!eios de ,o!uni,a/0o%& As no9as te,nolo*ias- r+diotele9is0o- ,ine!a- dis,o- abrira! )ers)e,ti9as )ara e@)eri8n,ias as !ais di9ersas )oss9eis& O e@)eri!entalis!o )ossua duas a,es: u!a ne*ati9a- reerente s dii,uldades )ro)ria!ente t.,ni,as dos )roissionaisY outra )ositi9a- relati9a  bus,a de solu/7es no9ass 9ezes en*enFosas- )ara se ,ontornar os )roble!as enrentados& Penso #ue o ,ine!a no9o desruta dessa $abertura )re,+ria% #ue a so,iedade brasileira oere,e no )erodo #ue a esta!os ,onsiderando& Qruto do desen9ol9i!ento te,nol*i,o do ,ine!a no in,io da d.,ada de 64- Ferdeiro das e@)eri8n,ias ,ine!ato*r+i,as dos anos anteriores- o ,ine!a no9o se e@)ressa esteti,a!ente ,o!o u!a )r+ti,a de autor #ue se ,ontra)7e ao )ro,esso de industrializa/0o ,ine!ato*r+i,a& P+* J4 Sua luta ,ontra o Instituto Na,ional do Cine!a- ,riado e! JK66- n0o . si!)les!ente ideol*i,a- ela se sustenta ta!b.! sobre u!a )ers)e,ti9a #ue ,olide ,o! a id.ia de u!a arte industrial 9oltada )ara o ,onsu!o& En#uanto os re)resentantes do Instituto Na,ional do Cine!a- res)ons+9eis )or u!a )olti,a estatal de industrializa/0o do ,ine!a- )er,ebe! o il!e ,o!o u! )roduto de ,onsu!o- os ,ine!a"no9istas o ,on,ebe! ,o!o !at.ria de rele@0o est.ti,a e )olti,a- ins)irando"se nu! !o9i!ento ,o!o a nou9elle 9a*ue& Glauber Ro,Fa . u! ,rti,o do $,ine!a di*esti9o%- a,il!ente assi!il+9el )elo ,onsu!idor- da !es!a or!a #ue os ,ineastas #ue se ,ontra)7e!  $,Fanta*e! do )úbli,o a #ual#uer )re/o%&3&>er Glauber Ro,Fa- $;!a Est.ti,a da Qo!e%- e $Maniesto Luz  A/0o%- in Arte e Re9ista- n J- JKK&&

Mas ,o!o entender as ,ondi/7es so,iais #ue )er!ite! o sur*i!ento de u! ,ine!a ,riati9o ,o!o este' A an+lise #ue Pro\o) elabora do neo"realis!o italiano . es,lare,edora& Ele !ostra #ue a ,onsolida/0o deste !o9i!ento )ossua os se*uintes )ressu)ostos: $E! )ri!eiro lu*ar- u! *ru)o de artistas #ue Fa9ia se or!ado ainda durante o as,is!o no Centro S)eri!entale e era! orientados a u!a ,riti,a so,ialY a,res,ido a isto- a)s JK35u! ,li!a )olti,o #ue )or u! !o!ento e@,lua a ,ensura ,ine!ato*r+i,a )or )arte do Estado& O ator estrutural !ais i!)ortante #ue a9ore,eu )arti,ular!ente o sur*i!ento do neo"realis!o era- entretanto- a estrutura )oli)olista da indústria ,ine!ato*r+i,a: a indústria italiana era- entre JK3K e JK54- relati9a!ente ra,a e diluda e! u!a s.rie de )e#uenos )rodutores& Isto si*nii,a #ue a indústria ,ine!ato*r+i,a ,o!o u! todo era )ou,o or*anizada )ara- no ,a!inFo de u!a auto"or*aniza/0o- atribuir"se a auto,ensura#ue i!)usesse os interesses de toda u!a indústria ,ine!ato*r+i,a aos neo"realistas so,ial ,rti,os e artisti,a!ente inde)endentes%&3&Dieter Pro\o)- $O Pa)el da So,iolo*ia do Qil!e no Mono)lio Interna,ional%- in Ciro Mar,ondes- o)& ,it&- )& 3K&& Dei@e!os de lado a di!ens0o ,rti,a e )olti,a- ela ser+ abordada lo*o e! se*uida& Do )onto de 9ista es" P+* J4 trutural )enso #ue as ,ondi/7es #ue enrenta o ,ine!a brasileiro no inal da d.,ada de 54 e in,io dos anos 64 s0o se!elFantes s do ,ine!a italiano& De9ido  in,i)i8n,ia da indústria ,ine!ato*r+i,a- . )oss9el u!a )ala9ra de orde! t0o ut)i,a e artesanal ,o!o $u!a ,?!ara na !0o e u!a id.ia na ,abe/a%& Esse ti)o de )ers)e,ti9a ,orre ora dos trilFos de u!a indústria de ,ine!a #ue ,on,ebe a )rodu/0o ,o!o u! )ro,esso industrial& E ne,ess+rio dizer- ainda- #ue o ,ine!a no9o- )or ,ausa da )r)ria )re,ariedade da indústria ,ine!ato*r+i,a- n0o en,ontra u! ,on,orrente  altura- )odendo es,a)ar assi! das )ress7es #ue o Estado lFe i!)7e& A )olti,a ,ine!ato*r+i,a brasileira est+ no seu in,io #uando se i!)lanta o Instituto Na,ional do Cine!aY ela se ,on,retizar+ real!ente nos anos 4- ,o! a a!)lia/0o da EMBRAQILME& Os realizadores en,ontra!- )ortanto- u! es)a/o aberto )ara desen9ol9er seu )ro1eto artsti,o& Mais tarde- #uando a or*aniza/0o ,ine!ato*r+i,a brasileira se estrutura deiniti9a!ente- #uest0o rele9ante sobretudo )ara os inan,ia!entos- . #ue as tentati9as desse *ru)o dei@ar0o de e@istir- os ,ineastas sendo ato!izados se*undo o ,a)ital est.ti,o #ue a,u!ulara! ao lon*o de suas tra1etrias indi9iduaisResta"nos u! últi!o )onto- o da $)ro@i!idade i!a*inati9a da re9olu/0o so,ial%- Eu traduziria esta air!a/0o de PerrH Anderson ,o!o eer9es,8n,ia )olti,a- #ue abria no Forizonte a )ers)e,ti9a de !udan/as substan,iais da so,iedade brasileira- !es!o #uando rei9indi,adas )or *ru)os ideolo*i,a!ente anta*ni,os& O )erodo #ue ,onsidera!os . !ar,ado )or toda u!a uto)ia na,ionalista #ue bus,a ,on,retizar a sada de u!a so,iedade subdesen9ol9ida de sua situa/0o de esta*na/0o& A ,ria/0o do ISEB oi tal9ez o )onto !ais si*nii,ati9o deste ti)o de e@)ress0o da #uest0o na,ional- e ir+ inluen,iar direta!ente o debate e a )rodu/0o ,ultural&3K&Sobre a inlu8n,ia do ISEB nos !o9i!entos ,ulturais- 9er Renato Ortiz- Cultura Brasileira e Identidade Na,ional- o)& ,it& Ainda sobre o ISEB- 9er: Caio Na9arro Toledo- ISEB& Q+bri,a de Ideolo*ias- S0o Paulo- anilda Pai9a- Paulo QreHre e o Na,ionalis!o Desen9ol9i!entista Rio de aneiro- Ci9iliza/0o Brasileira- JK4&& Mas se reto!ar!os a nossa id.ia do Modernis!o P+* J4K ,o!o )ro1eto- 9ere!os #ue at. !es!o e! setores dieren,iados- #ue se de*ladia!- a )resen/a da #uest0o na,ional . unda!ental )ara se e#ua,ionar u!a )ers)e,ti9a #ue 9iabilize a ,ria/0o de u! uturo& Muitas 9ezes- a dis,uss0o entre os )oetas ,on,retistas e os setores ditos na,ionalistas . a)resentada ,o!o se os )ri!eiros osse! real!ente os ,rti,os da #uest0o na,ional- abra/ando a ,ausa da interna,ionaliza/0o& Es#ue,e"se- )or.!#ue a )r)ria id.ia de $9an*uarda ,onstruti9a e )lanii,ada% en,erra e! si a no/0o de )ro1eto- no sentido de )lanii,a/0o #ue ante,ede todo u! !o9i!ento ,ulturalY ,o!o este Plano Piloto da Poesia de D.,io Pi*natari- #ue nos le!bra tanto as e@i*8n,ias da .)o,a- a ,onstru/0o de Braslia e seu Plano Piloto& O )r)rio =aroldo de Ca!)os- ins)irando"se no ,on,eito de redu/0o so,iol*i,a de Guerreiro Ra!os- )ro)7e u! $na,ionalis!o ,rti,o% no ,a!)o da arte- onde seria )oss9el reinter)retar- nu!a situa/0o na,ional- o dado t.,ni,o e

a inor!a/0o uni9ersal& 54&=aroldo de Ca!)os- $A Poesia Con,reta e a Realidade Na,ional%- Arte e! Re9ista- n J- o)& ,it&& Se dei@ar!os !o!entanea!ente de lado as dieren/as #ue o)7e! os *ru)os #ue se deronta!- o #ue ,erta!ente daria u! !a*ni,o estudo do ,a!)o intele,tualdistan,iando"se do ,alor da Fora e das in,lina/7es ideol*i,as- )ode!os )er,eber #ue a #uest0o na,ional nela en,erra toda u!a *a!a de ilus7es e de es)eran/as& Ilus7es #ue Fabita! at. !es!o os seus ad9ers+rios- ,o!o esses tro)i,alistas #ue dizia! #ue as en*rena*ens da indústria da tele9is0o )oderia ser !udada a )artir de dentro&5J&Sobre o  Tro)i,alis!o- 9er Celso Qa9areto- Tro)i,+lia Ale*oria Ale*ria- S0o Paulo- airs- JKK&& Ou u! ,rti,o ,o!o Roberto S,F[arz- #ue air!a9a na d.,ada de 64 #ue o )as tinFa i,ado $inteli*ente%&5&Roberto S,F[arz- $Polti,a e Cultura%- o)& ,it&& Mas ilus0o nu! du)lo sentido& Pri!eiro- en#uanto e#u9o,o- in,a)a,idade de se ,o!)reender as transor!a/7es !ais )roundas #ue 9inFa! o,orrendo na so,iedade& Por.!- ilus0o #ue )ossua bases so,iais ob1eti9as- e se enraiza9a na uto)ia de u! destino )olti,o ainda i!)re9is9el& ( i!)oss9el ,o!)reender!os a P+* JJ4 d.,ada de 54 e )arte da de 64 se! le9ar!os e! ,onsidera/0o este senti!ento de es)eran/a e a )rounda ,on9i,/0o de seus )arti,i)antes de estare! 9i9endo u! !o!ento )arti,ular da Fistria brasileira& A re,orrente utiliza/0o do ad1eti9o $no9o% trai todo o es)rito de u!a .)o,a: bossa no9a- ,ine!a no9o- teatro no9o- ar#uitetura no9a- !úsi,a no9a- se! alar!os da an+lise isebiana ,al,ada na o)osi/0o entre a 9elFa e a no9a so,iedade& A !o9i!enta/0o )olti,a- !es!o #uando identii,ada ,o!o )o)ulistai!)re*na9a o ar- i!)edindo- )or u! lado- aos atores so,iais )er,ebere! #ue sob seus ).s se ,onstrua u!a tradi/0o !oderna- !as- )or outro- lFes abria o)ortunidades at. ent0o des,onFe,idas& N0o dei@a de ser si*nii,ati9o a)ontar #ue 9+rias das )rodu/7es ,ulturais do )erodo se izera! e! torno de !o9i!entos- e n0o e@,lusi9a!ente no ?!bito da esera )ri9ada do artista& Bossa no9a- teatro Arena- tro)i,alis!o- ,ine!a no9o- CPC da ;NE- era! tend8n,ias #ue ,on*re*a9a! *ru)os de )rodutores ,ulturais ani!ados- se n0o )or u!a ideolo*ia de transor!a/0o do !undo- )elo !enos de es)eran/a )or !udan/a& Neste sentido )ode!os dizer #ue ,ultura e )olti,a ,a!inFa9a! 1untas- nas suas realiza/7es e nos seus e#u9o,os& P+* JJJ SEG;NDA PARTE $BabH- bHe- bHe Eu a,Fo #ue 9ou desli*ar As i,Fas 1+ 90o ter!inar BHe- BHe- Brasil A últi!a i,Fa ,aiu Mas a li*a/0o t+ no i!% CFi,o Buar#ue P+* JJ O !er,ado de bens si!bli,os Se os anos 34 e 54 )ode! ser ,onsiderados ,o!o !o!entos de in,i)i8n,ia de u!a so,iedade de ,onsu!o- as d.,adas de 64 e 4 se deine! )ela ,onsolida/0o de u! !er,ado de bens ,ulturais& E@iste- . ,laro- u! desen9ol9i!ento dieren,iado dos di9ersos setores ao lon*o desse )erodo& A tele9is0o se ,on,retiza ,o!o 9e,ulo de !assa e! !eados de 64- en#uanto o ,ine!a na,ional so!ente se estrutura ,o!o indústria nos anos 4& O !es!o )ode ser dito de outras eseras da ,ultura )o)ular de !assa: indústria do dis,o- editorial- )ubli,idade- et,& No entanto- se )ode!os distin*uir u! )asso dieren,iado de ,res,i!ento desses setores- n0o resta dú9ida #ue sua e9olu/0o ,onstante se 9in,ula a raz7es de undo- e se asso,ia a transor!a/7es estruturais )or #ue )assa a so,iedade brasileira& Creio #ue . )oss9el a)reender!os essas !udan/as se to!ar!os ,o!o )onto

)ara rele@0o o *ol)e !ilitar de 63&J&Reto!o neste )onto !inFa ar*u!enta/0o desen9ol9ida no ,a)tulo $Estado Autorit+rio e Cultura%- in Cultura Brasileira e Identidade Na,ional& o)& ,it&& O ad9ento do Estado !ilitar )ossui na 9erdade u! du)lo si*nii,ado: )or u! lado se deine )or sua di!ens0o )olti,aY )or outro- a)onta )ara transor!a/7es !ais )roundas #ue se reali" P+* JJ3 za! no n9el da e,ono!ia& O as)e,to )olti,o . e9idente: re)ress0o- ,ensura- )ris7ese@lios& O #ue . !enos enatizado- )or.!- e #ue nos interessa direta!ente- . #ue o Estado !ilitar a)rounda !edidas e,on!i,as to!adas no *o9erno us,elino- s #uais os e,ono!istas se reere! ,o!o a se*unda re9olu/0o industrial% no Brasil& Certa!ente os !ilitares n0o in9enta! o ,a)italis!o- !as 63 . u! !o!ento de reor*aniza/0o da e,ono!ia brasileira #ue ,ada 9ez !ais se insere no )ro,esso de interna,ionaliza/0o do ,a)italY o Estado autorit+rio )er!ite ,onsolidar no Brasil o $,a)italis!o tardio%& E! ter!os ,ulturais essa reorienta/0o e,on!i,a traz ,onse#X8n,ias i!ediatas- )ois- )aralela!ente ao ,res,i!ento do )ar#ue industrial e do !er,ado interno de bens !ateriais- ortale,e"se o )ar#ue industrial de )rodu/0o de ,ultura e o !er,ado de bens ,ulturais& E9idente!ente a e@)ans0o das ati9idades ,ulturais se az asso,iada a u! ,ontrole estrito das !aniesta/7es #ue se ,ontra)7e! ao )ensa!ento autorit+rio& Neste )onto e@iste u!a dieren/a entre o desen9ol9i!ento de u! !er,ado de bens !ateriais e u! !er,ado de bens ,ulturais& O últi!o en9ol9e u!a di!ens0o si!bli,a #ue a)onta )ara )roble!as ideol*i,os- e@)ressa! u!a as)ira/0o- u! ele!ento )olti,o e!butido no )r)rio )roduto 9ei,ulado& Por isso- o Estado de9e tratar de or!a dieren,iada esta +reaonde a ,ultura )ode e@)ressar 9alores e dis)osi/7es ,ontr+rias  9ontade )olti,a dos #ue est0o no )oder& Mas . ne,ess+rio entender #ue a ,ensura )ossui duas a,es: u!a re)ressi9a- outra dis,i)linadora& A )ri!eira diz n0o- . )ura!ente ne*ati9aY a outra . !ais ,o!)le@a- air!a e in,enti9a u! deter!inado ti)o de orienta/0o& Durante o )erodo JK63" JK4- a ,ensura n0o se deine e@,lusi9a!ente )elo 9eto a todo e #ual#uer )roduto ,ulturalY ela a*e ,o!o re)ress0o seleti9a #ue i!)ossibilita a e!er*8n,ia de u! deter!inado )ensa!ento ou obra artsti,a& S0o ,ensuradas as )e/as teatrais- os il!es- os li9ros- !as n0o o teatro- o ,ine!a ou a indústria editorial& O ato ,ensor atin*e a es)e,ii,idade da obra!as n0o a *eneralidade da sua )rodu/0o& O !o9i!ento ,ultural )s"63 se ,ara,teriza )or duas 9ertentes #ue n0o s0o e@,ludentes: )or u! lado se deine )ela re)ress0o P+* JJ5 ideol*i,a e )olti,aY )or outro- . u! !o!ento da Fistria brasileira onde !ais s0o )roduzidos e diundidos os bens ,ulturais& Isto se de9e ao ato de ser o )r)rio Estado autorit+rio o )ro!otor do desen9ol9i!ento ,a)italista na sua or!a !ais a9an/ada& Seria i!)ortante a)roundar!os !ais a #uest0o da ,ensura& Wual#uer )essoa #ue se interesse )ela Fistria ,ultural brasileira deste )erodo te! #ue enrent+"la& O i!)ortante)or.!- . di!ensionar seus eeitos- e n0o ,onundir sua atua/0o t)i,a #ue . real e ,onsiderare!os )osterior"!ente no ,a)tulo 6 e a di!ens0o estrutural do !er,ado de bens ,ulturais& To!e!os ,o!o base de ra,io,nio a Ideolo*ia da Se*uran/a Na,ional- #ue ,onstitui o unda!ento do )ensa!ento !ilitar e! rela/0o  so,iedade& Resu!ida!ente se )ode dizer #ue essa ideolo*ia ,on,ebe o Estado ,o!o u!a entidade )olti,a #ue det.! o !ono)lio da ,oer/0o- isto .- a a,uldade de i!)or- in,lusi9e )elo e!)re*o da or/a- as nor!as de ,onduta a sere! obede,idas )or todos& Trata"se ta!b.! de u! Estado #ue . )er,ebido ,o!o o ,entro ne9r+l*i,o de todas as ati9idades so,iais rele9antes e! ter!os )olti,os- dai urna )reo,u)a/0o ,onstante ,o! a #uest0o da $inte*ra/0o na,ional%& ;!a 9ez #ue a so,iedade . or!ada )or )artes dieren,iadas- . ne,ess+rio )ensar u!a inst?n,ia #ue inte*re- a )artir de u! ,entro- a di9ersidade so,ial& De u!a ,erta or!a- o #ue a Ideolo*ia da Se*uran/a Na,ional se )ro)7e . substituir o )a)el #ue as reli*i7es dese!)enFa9a! nas $so,iedades tradi,ionais%& Nessas so,iedades- o uni9erso reli*ioso solda9a or*ani,a!ente os dierentes n9eis so,iais- *erando u!a solidariedade or*?ni,a entre as )artes- asse*urando a realiza/0o de deter!inados ob1eti9os& N0o . )or a,aso#uando le!os os do,u!entos dos !ilitares- #ue toda sua a)resenta/0o *ira e! torno de id.ias ,o!o solidariedade no sentido dur\Fei!iano de ,oes0o so,ial e $ob1eti9os na,ionais%- isto .- as !etas a sere! atin*idas& Pro,ura"se *arantir a inte*ridade da na/0o

na base de u! dis,urso re)ressi9o #ue eli!ina as disun/7es- isto .- as )r+ti,as dissidentes- or*anizando"as e! torno de ob1eti9os )ressu)ostos ,o!o ,o!uns e dese1ados )or todos& No entanto- ,o!o obser9a ose)F Co!blinP+* JJ6 esse Estado de Se*uran/a Na,ional n0o det8! a)enas o )oder de re)ress0o- !as se interessa ta!b.! e! desen9ol9er ,ertas ati9idades- desde #ue sub!etidas  raz0o de Estado&&>er ose)F Co!blin- A Ideolo*ia da Se*uran/a Na,ional- Rio de aneiroCi9iliza/0o Brasileira- JK4&& Re,onFe,e"se- )ortanto- #ue a ,ultura en9ol9e u!a rela/0o de )oder- #ue )ode ser !al.i,o #uando nas !0os de dissidentes- !as ben.i,o #uando ,ir,uns,rito ao )oder autorit+rio& Per,ebe"se- )ois- ,lara!ente a i!)ort?n,ia de se atuar  1unto s eseras ,ulturais& Ser+ )or isso in,enti9ada a ,ria/0o de no9as institui/7es- assi! ,o!o se ini,iar+ todo u! )ro,esso de *esta/0o de u!a )olti,a de ,ultura& Basta le!brar!os #ue s0o 9+rias as entidades #ue sur*e! no )erodo  ConselFo Qederal de Cultura- Instituto Na,ional do Cine!a- EMBRAQILME- Q;NARTE- Pr"Me!ria- et,& Re,onFe,e"se ainda a i!)ort?n,ia dos !eios de ,o!uni,a/0o de !assa- sua ,a)a,idade de diundir id.ias- de se ,o!uni,ar direta!ente ,o! as !assas- e- sobretudo- a )ossibilidade #ue t8! e! ,riar estados e!o,ionais ,oleti9os& Co! rela/0o a esses !eios- u! !anual !ilitar se )ronun,ia de !aneira ine#u9o,a: $be! utilizados )elas elites ,onstituir"se"0o e! ator !uito i!)ortante )ara o a)ri!ora!ento dos ,o!)onentes da E@)ress0o Polti,aY utilizados tenden,iosa!ente )ode! *erar e in,re!entar in,onor!is!o%&&Manual B+si,o da Es,ola Su)erior de Guerra- De)arta!ento de Estudos MB"5- ESG- JK5- )& JJ&& O Estado de9e- )ortanto- ser re)ressor e in,enti9ador das ati9idades ,ulturais& Se ,o!)arar!os a ditadura !ilitar ao Estado No9o )ode!os a)reender al*u!as analo*ias e dieren/as #ue es,lare,e! o )a)el do Estado e! rela/0o  ,ultura& Nas duas o,asi7es-  e 63- o #ue deine sua )olti,a . u!a 9is0o autorit+ria #ue se desdobra no )lano da ,ultura )ela ,ensura e )elo in,enti9o de deter!inadas a/7es ,ulturais& Da !es!a or!a #ue o *o9erno !ilitar desen9ol9e ati9idades na esera ,ultural- >ar*as ,ria u!a s.rie de institui/7es ,o!o o Instituto Na,ional do Li9ro- o Instituto Na,ional do Cine!a Edu,ati9o!useus- bibliote,as- al.! de P+* JJ sua atua/0o de,isi9a na +rea do ensino& Ao lado dessa )l8iade de )ro!o/7es o bra/o re)ressor do DIP n0o dei@a de se !aniestar& Tal9ez )ud.sse!os dizer #ue o Estado !ilitar te! u!a atua/0o !ais abran*ente- u!a 9ez #ue a )olti,a ,ultural de Ca)ane!a tinFa li!ites i!)ostos )elo )r)rio desen9ol9i!ento da so,iedade brasileira& Por.!- o #ue dieren,ia esses dois !o!entos . #ue e! 63 o re*i!e !ilitar se insere dentro de u! #uadro e,on!i,o distinto& A rela/0o #ue se estabele,e- )ortanto- entre ele e os *ru)os e!)resariais . dierente- eu diria- !ais or*?ni,a- )ois so!ente a )artir da d.,ada de 64 esses *ru)os )ode! se assu!ir ,o!o )ortadores de u! ,a)italis!o #ue aos )ou,os se des)rende de sua in,i)i8n,ia& Os ,ientistas )olti,os t8! insistido #ue o *ol)e n0o . si!)les!ente u!a !aniesta/0o !ilitar- ele e@)ressa autoritaria!ente u!a 9ia de desen9ol9i!ento do ,a)italis!o no Brasil& Esta air!a/0o- #ue no n9el da teoria )olti,a . banal- se desdobra no )lano Fistri,o de or!a ,on,reta& O li9ro de Rene Dreiuss !ostra detalFada!ente ,o!o os interesses dos !ilitares e dos e!)res+rios brasileiros se arti,ula! )ara a derrubada do re*i!e de Goulart&3&Rene Dreiuss- JK63: A Con#uista do Estado- A/0o Polti,a- Poder e Gol)e de Estado- Petr)olis- >ozes- JKJ&& Os e!)res+rios da esera ,ultural )are,e! n0o es,a)ar  re*ra& =alle[el obser9a #ue entre o *ru)o de li9reiros #ue inan,iara! as ati9idades do IPES est0o a AGIR- Globo- os!os- LTBMonterreH- Na,ional- os. OlH!)io- >e,,Fi- Cruzeiro- Sarai9a- GRD&5&Lauren,e =alle[el- O Li9ro no Brasil- o)& ,it&- )& 36&& Se le!brar!os #ue a )artir de JK66 . dado u! in,enti9o real  abri,a/0o de )a)el- e a,ilitada a i!)orta/0o de no9os !a#uin+rios )ara a edi/0o)er,ebe!os #ue e@iste ,lara!ente u!a *a!a de interesses ,o!uns entre o Estado autorit+rio e o setor e!)resarial do li9ro& Tal9ez o !elFor e@e!)lo da ,olabora/0o entre o re*i!e !ilitar e a e@)ans0o dos *ru)os )ri9ados se1a o da tele9is0o&6&>er S.r*io Mattos$O I!)a,to da Re9olu/0o de 63 no Desen9ol9i!ento da Tele9is0o%- Cadernos INTERCOMano J- n - !ar/o de JKY sobre as ino9a/7es te,nol*i,as na +rea da tele,o!uni,a/0o9er $Tele,o!uni,a/7es: D.,adas de Proundas Modii,a/7es%- Con1untura E,on!i,a- 9ol&

3- n J- 1aneiro de JK4&& E! JK65 . ,riada a EMBRATEL- #ue ini,ia toda u!a )olti,a !odernizadora )ara as tele,o!uni,a/7es& P+* JJ Neste !es!o ano o Brasil se asso,ia ao siste!a interna,ional de sat.lites INTELSAT- e e! JK6 . ,riado u! Minist.rio de Co!uni,a/7es& Te! in,io a ,onstru/0o de u! siste!a de !i,roondas- #ue ser+ inau*urado e! JK6 a )arte relati9a  A!aznia . ,o!)letada e! 4- )er!itindo a interli*a/0o de todo o territrio na,ional& Isto si*nii,a #ue as dii,uldades te,nol*i,as das #uais )ade,ia a tele9is0o na d.,ada de 54 )ode! a*ora ser resol9idas& O siste!a de redes- ,ondi/0o essen,ial )ara o un,iona!ento da indústria ,ultural- )ressu)unFa u! su)orte te,nol*i,o #ue no Brasil- ,ontraria!ente dos Estados ;nidos- . resultado de u! in9esti!ento do Estado& N0o dei@a de ser ,urioso obser9ar #ue o 3ue le*iti!a a a/0o dos !ilitares no ,a!)o da tele,o!uni,a/0o . a )r)ria ideolo*ia da Se*uran/a Na,ional& A id.ia da $inte*ra/0o na,ional% . ,entral )ara a realiza/0o desta ideolo*ia #ue i!)ulsiona os !ilitares a )ro!o9er toda u!a transor!a/0o na esera das ,o!uni,a/7es& Por.!- ,o!o si!ultanea!ente este Estado atua e )ri9ile*ia a +rea e,on!i,a- os rutos deste in9esti!ento ser0o ,olFidos )elos *ru)os e!)resariais tele9isi9os& N0o se )ode es#ue,er #ue a no/0o de inte*ra/0o estabele,e u!a )onte entre os interesses dos e!)res+rios e dos !ilitares- !uito e!bora ela se1a inter)retada )elos industriais e! ter!os dieren,iados& A!bos os setores 98e! 9anta*ens e! inte*rar o territrio na,ional- !as en#uanto os !ilitares )ro)7e! a unii,a/0o )olti,a das ,ons,i8n,ias- os e!)res+rios sublinFa! o lado da inte*ra/0o do !er,ado& O dis,urso dos *randes e!)reendedores da ,o!uni,a/0o asso,ia se!)re a inte*ra/0o na,ional ao desen9ol9i!ento do !er,ado& Co!o air!a Mauro Salles e! sua )alestra na Es,ola Su)erior de Guerra: $O )ro*ra!a brasileiro n0o a,eita a )aralisa/0o do ,res,i!ento& Ao ,ontr+rio- )arti!os )ara ,riar ri#uezas #ue a*ora nos )er!ite! "or*anizar u! II Plano Na,ional de Desen9ol9i!ento e! #ue a )ala9ra Inte*ra/0o- ,o! seu sentido so,ial e e,on!i,o- )assa a ter u! sentido !aior& O II PND 9ai dar as *randes linFas )ara P+* JJK u!a e@)ans0o ainda !ais a,elerada do ,onsu!o de !assa- do desen9ol9i!ento do !er,ado interno%&&Mauro Saltes- Coneren,ia Es,ola Su)erior de Guerra- 3&K&JK3- )& 6& Na !es!a linFa- 9er ^alter Clar\- $T>: >e,ulo de Inte*ra/0o Na,ional%- )alestra na Es,ola Su)erior de Guerra- J5&K&JK5- in Mer,ado Global- ns J]J- ano - K&J4&JK5&& Colo,ada nesses ter!os- a #uest0o da ,ensura )ode ser !elFor ,o!)reendida& Os interesses *lobais dos e!)res+rios da ,ultura e do Estado s0o os !es!os- !as to)i,a!ente eles )ode! dierir& Co!o a ideolo*ia da Se*uran/a Na,ional . $!oralista% e a dos e!)res+rios- !er,adol*i,a- o ato re)ressor 9ai in,idir sobre a es)e,ii,idade do )roduto& De9e!os- . ,laro- entender !oralista no sentido a!)lo- de ,ostu!es- !as ta!b.! )olti,o& Mas se ti9er!os e! ,onta #ue a indústria ,ultural o)era se*undo u! )adr0o de des)olitiza/0o dos ,onteúdos- te!os nesse n9el- sen0o u!a ,oin,id8n,ia de )ers)e,ti9a- )elo !enos u!a ,on,ord?n,ia& O ,onlito se instaura #uando o,orre o trata!ento de ,ada )roduto )ela ,ensura- o #ue )er!ite #ue a #uest0o de undo- a liberdade de e@)ress0o- ,eda lu*ar a u! outro ti)o de rei9indi,a/0o& ;! do,u!ento da Asso,ia/0o de E!)res+rios de Teatro JK- di9ul*ado no au*e da a/0o re)ressi9a- . si*nii,ati9o& Ele diz: $N0o nos ,abe analisar neste do,u!ento os eeitos do e@,essi9o ri*or da Censura sobre a )er!anente e le*ti!a as)ira/0o de liberdade de e@)ress0o- )ara #ue os artistas e intele,tuais or!ule!- de !aneira ,ada 9ez !ais nte*ra- sua 9is0o )essoal da te!+ti,a #ue aborda! e! seu trabalFo& Neste do,u!ento- o )roble!a da Censura est+ sendo 9entilado )or#ue sua a/0o e@,essi9a!ente ri*orosa . u! ato dos atores ,on1unturais #ue )re1udi,a! a sobre9i98n,ia e,on!i,a da e!)resa teatral%&&Cita/0o in  T?nia Pa,Fe,o- $O Teatro e o Poder%- in Anos 4  Teatro& Rio de aneiro- Ed& Euro)a- JKK)& K&& O !es!o ti)o de ,rti,a . eito )elos e!)res+rios do ,ine!a no I Con*resso da Indústria Cine!ato*r+i,a Brasileira JK& O #ue eles )ro)7e! . u!a reor!ula/0o dos ,rit.rios da ,ensura $le9ando"se e! ,onta a .)o,a atual- o desen9ol9i!ento da ,ultura)oisj os ,?nones r*idos de anti*a!ente n0o )oder0o )re9ale,er atual!ente &&& nossa

P+* J4 ,ensura n0o a,o!)anFa a e9olu/0o dos ,ostu!es%&K&$I Con*resso da Indústria Cine!ato*r+i,a%- Qil!e e Cultura- n - no9e!bro]deze!bro de JK- )& J3&& A ,rti,a se deslo,a- desta !aneira- do )lo )olti,o )ara o e,on!i,o& Ela . $e@,essi9a!ente ri*orosa%- ou $n0o a,o!)anFa a e9olu/0o dos ,ostu!es%- o #ue si*nii,a #ue sua atua/0o traz )re1uzos !ateriais )ara o lado e!)resarial& T?nia Pa,Fe,o te! raz0o #uando air!a #ue o ob1eti9o dos e!)res+rios teatrais . su*erir u! )a,to ,o! o )oder- )ro,urando desta or!a *arantir o inan,ia!ento das obras teatrais )elo Estado& Este ti)o de estrat.*ia n0o se li!ita- )or.!- a u!a esera alta!ente de)endente de 9erbas estatais ,o!o o teatro ou o ,ine!a- ela . !ais *eral& Wuando a T> Globo e a T> Tu)i assina! u! )roto,olo de auto,ensura e! JK- )ro,urando ,ontrolar o ,onteúdo de suas )ro*ra!a/7es- o #ue essas e!issoras est0o azendo . ,ir,uns,re9er a 9ontade de se ,on#uistar o !er,ado a #ual#uer )re/o- a,eitando"se ,u!)rir os ,o!)ro!issos ad#uiridos anterior!ente 1unto ao Estado !ilitar&J4&Sobre o )a,to entre T> Globo e Tu)i- e a ,ensura aos )ro*ra!as )o)ulares,os 9er Snia Mi,eli- $I!ita/0o da 9ida: Pes#uisa E@)loratria sobre a Teleno9ela%- tese de !estrado- QQLC=- ;SP- JK&& Se elas ,orta! ou redi!ensiona! deter!inados )ro*ra!as )o)ulares,os CFa,rinFa- Der,i Gon/al9es- et,& . )or#ue . ne,ess+rio *arantir o )a,to ,o! os !ilitares- #ue 98e! esse ti)o de es)et+,ulo ,o!o $de*radante% )ara a or!a/0o do Fo!e! brasileiro deinido se*undo a ideolo*ia da Se*uran/a Na,ional& A ,ontradi/0o entre ,ultura e ,ensura n0o se e@)ressa- )ois- e! ter!os estruturais- !as o,asionais- t+ti,os- )or isso . )oss9el deslo,ar a #uest0o )ara o )lano e,on!i,o& A ,oner8n,ia de Mauro Salles#ue Fa9a!os ,itado anterior!ente- . su*esti9a #uando air!a #ue $. de u!a i!)rensa li9re e,ono!i,a!ente- ,o! sua sobre9i98n,ia *arantida )ela re,eita de u!a )ubli,idade  1ul*ada e! bases t.,ni,as- #ue se de9e es)erar u!a i!)rensa li9re e! ter!os )olti,os& ( ,erto #ue esta!os todos ainda a bra/os ,o! )roble!as da ,ensura& Mas ta!b.! . ,erto #ue os ,ensores s0o )assa*eiros e a ,ensura n0o se institu,ionali" P+* JJ zar+ e n0o F+ nenFu! sinal oi,ial ou oi,ioso de #ue 9a!os !ar,Far na dire/0o in9ersa do )ro*resso%&JJ&Mauro Salles- o)& ,it&- )& K&& Se ti9er!os e! !ente #ue a ,onstitui/0o de u! siste!a de ,o!uni,a/7es e,ono!i,a!ente orte- de)endente da )ubli,idade- )assa no ,aso brasileiro ne,essaria!ente )elo Estado- )ode!os a9an/ar no terreno de nossa dis,uss0o& A e9olu/0o do !er,ado de )ro)a*anda no Brasil est+ inti!a!ente asso,iada ao Estado- #ue . u! dos )rin,i)ais anun,iantes& O *o9erno- atra9.s de suas a*8n,ias- det.! u! )oder de $,ensura e,on!i,a%- )ois ele . u!a das or/as #ue ,o!)7e! o !er,ado&J&Sobre o )a)el do *o9erno ,o!o anun,iante- 9er Mar,o A& Rodri*ues Dias- $Polti,a de Co!uni,a/0o no Brasil%- in or*e ^ertFei! or*&- Meios de Co!uni,a/0o& Realidade e Mito- S0o Paulo- Cia& Ed& Na,ional- JKK&& N0o F+- )ortanto- u! ,onlito aberto entre desen9ol9i!ento e,on!i,o e ,ensura& E9idente!ente os e!)res+rios t8! )re1uzos ,o! as )e/as- li9ros)ro*ra!as- il!es ,ensurados- !as eles t8! ,ons,i8n,ia #ue . o Estado re)ressor #ue unda!enta suas ati9idades& A ,ensura $e@,essi9a% . ,erta!ente u! in,!odo )ara o ,res,i!ento da indústria ,ultural- !as este . o )re/o a ser )a*o )elo ato de ser o )lo !ilitar o in,enti9ador do )r)rio desen9ol9i!ento brasileiro& O #ue ,ara,teriza a situa/0o ,ultural nos anos 64 e 4 . o 9olu!e e a di!ens0o do !er,ado de bens ,ulturais& Se at. a d.,ada de 54 as )rodu/7es era! restritas- e atin*ia! u! nú!ero reduzido de )essoas- Fo1e elas tende! a ser ,ada 9ez !ais dieren,iadas e ,obre! u!a !assa ,onsu!idora& Durante o )erodo #ue esta!os ,onsiderando- o,orre u!a or!id+9el e@)ans0o- a n9el de )rodu/0o- de distribui/0o e de ,onsu!o da ,ulturaY . nesta ase #ue se ,onsolida! os *randes ,on*lo!erados #ue ,ontrola! os !eios de ,o!uni,a/0o e da ,ultura )o)ular de !assa& Os dados- #uais#uer #ue se1a! eles,onir!a! o ,res,i!ento dessa tend8n,ia& To!e!os ,o!o e@e!)lo a e9olu/0o da )rodu/0o de li9ros entre JK66 e JK4 e! !ilF7es de e@e!)lares&J&Lauren,e =alle[elo)& ,it& )& 5J4& Os dados sobre o setor li9reiro )ro98! da !es!a onte&& P+* J Ano: " E@e!)lares: JK66: 3-6

JK3: JKJ- JK6: JJ-5 JK: J4- JK4: 35-3 Mes!o se le9ar!os e! ,onsidera/0o o ndi,e de analabetis!o #ue ,ontinua alto na so,iedade brasileira- e a distor/0o do desen9ol9i!ento #ue ,on,entra a ri#ueza nas re*i7es do sul do )as- dii,il!ente )odera!os e#ui)arar este #uadro aos nú!eros das d.,adas anteriores& Na 9erdade- o setor li9reiro se benei,ia de toda u!a )olti,a i!)le!entada )elo *o9erno #ue )ro,ura esti!ular a )rodu/0o de )a)el e reduzir o seu ,usto& E! JK6KJc do )a)el )ara li9ros era abri,ado no Brasil& O *o9erno ,riou ainda e! JK66 o GEIPAGr*0o #ue i!)le!enta u!a )olti,a )ara a indústria *r+i,a- a9ore,endo a i!)orta/0o de no9as !a#uinarias )ara a i!)ress0o& =alle[el obser9a #ue isso au!entou ,onsidera9el!ente a ,a)a,idade de )rodu/0o da indústria& Os dados !ostra! ,lara!ente u!a e9olu/0o ,onstante e a,elerada da i!)ress0o e! o"set- e! detri!ento de outras or!as ,o!o a ti)o*raia e a roto*ra9ura& E! JK64 a )rodu/0o brasileira de )a)el o"set )ara li9ros era de c do total- e! JK ela sobe )ara 5c& Mas n0o . so!ente o setor li9reiro #ue se benei,ia da )olti,a *o9erna!entalY a indústria editorial- na sua totalidade)ode se !odernizar ,o! a i!)orta/0o de no9os !a#uin+rios& Isto se relete n0o s no a)ri!ora!ento da #ualidade do i!)resso- ,o!o no 9olu!e da )rodu/0o #ue en,ontra u! !er,ado re,e)ti9o& Considere!os- )or e@e!)lo- o ,res,i!ento do !er,ado de re9istas e! !ilF7es de e@e!)lares&J3&TFo!as Souto Corr8a- $Mer,ado de Re9istas- Onde Esta!os )ara Onde >a!os%- Anu+rio Brasileiro de Pro)a*anda- ]K& Obs&: o ano de JK5 . u!a )ro1e/0o&& Ano: " E@e!)lares: JK64: J43 JK65: JK JK4: JK JK5: 4 JK5: 544 Se to!ar!os JK65 ,o!o reer8n,ia- te!os #ue e! 9inte anos o !er,ado )rati,a!ente #uadru)li,ou- sendo #ue P+* J no !es!o es)a/o de te!)o a )o)ula/0o a)ro@i!ada!ente dobrou& Mas n0o . so!ente a #uantidade #ue ,ara,teriza esse !er,ado e!er*ente& O setor de )ubli,a/0o te!"se di9ersii,ado ,ada 9ez !ais ,o! o sur*i!ento de )úbli,os es)e,ializados #ue ,onso!e! )rodutos direta!ente )roduzidos )ara eles& O ,aso e@e!)lar . o da Editora Abril- #ue Fo1e do!ina o !er,ado de re9istas& Qundada e! JK54 )or >i,tor Ci9ita- ela ini,ia sua )rodu/0o ,o!)rando o direito de )ubli,ar o Pato Donald no Brasil& Entre JK54 e JK5K ela edita  ttulosY entre JK64 e JK6K este nú!ero sobe )ara Y no )erodo de JK4 a JKK atin*e JJ ttulos&J5&>er E)o).ia Editorial: u!a =istria de Inor!a/0o e Cultura- Ed& Abril- abril de JK&& Se obser9ar!os suas )ubli,a/7es ao lon*o desses anos- )er,ebe!os #ue n0o . so!ente o 9olu!e #ue au!enta- !as ta!b.! a di9ersidade do #ue . editado& Na d.,ada de 54 a Editora Abril )rati,a!ente se sustenta atra9.s de suas otono9elas Ca)ri,Fo- >o,8Ilus0o- Noturno e o Pato Donald& Nos anos 64 sur*e! re9istas !ais es)e,ializadas:  Trans)ortes Modernos )ara E@e,uti9os- M+#uinas e Metais- Wuatro Rodas- Claudia& S0o lan/ados ainda os as,,ulos- #ue ,obre! u! )úbli,o de *osto 9ariado- os 1o9ens Curso Intensi9o de Madureza- os uni9ersit+rios Pensadores- os ,uriosos ConFe,er& A d.,ada de 4 ,onsolida e e@)ande este )ro,esso de di9ersii,a/0o& Multi)li,a!"se os ttulos inantis CebolinFa- LuluzinFa- Piu"Piu- En,i,lo).dia DisneH- et,&& A )ubli,a/0o de o Pato Donald#ue e! JK54 era de  !il e@e!)lares- . a*ora ultra)assada )elos 4 ttulos inantis- #ue totaliza! u!a tira*e! de K4 !ilF7es de e@e!)lares JK6& Para a Editora Abril- o *osto e!inino na d.,ada de 54 . sobretudo !ar,ado )elo lado senti!entalY ela edita )rin,i)al!ente otono9elas& Mais tarde . lan/ada Mane#ui!- re9ista es)e,ializada e! !oda& A )artir dos anos 64 a e!)resa bus,a atin*ir o )úbli,o e!inino setorizando sua

)rodu/0o: otono9elas linFa 1+ inau*urada anterior!ente- ,ostura A*ulFa de Ouro,ozinFa Qorno e Qo*0o- Bo! A)etite- !oda Mane#ui!- de,ora/0o Casa Claudiaassuntos *erais Claudia& O !es!o o,orre ,o! o P+* J3 )úbli,o !as,ulino: auto!9eis Wuatro Rodas- ,Foer de ,a!inF0o O Carreteiro- se@o PlaHboH- !oto,i,leta Moto- utebol Pla,ar- na9e*a/0o Es)ortes N+uti,os- e,ono!ia e ne*,ios E@a!e& A editora )ro,ura- desta or!a- ,obrir o interesse dos leitores )oten,iaisda ,a!ada do!inante aos setores !.dios e a ran1a su)erior da ,lasse trabalFadora- #ue e! boa )arte . e@,luda do siste!a de ensino a)s a ,on,lus0o dos estudos )ri!+rios& Para esta ,a!ada- os as,,ulos ,u!)re! u!a un/0o did+ti,a- dis,orrendo sobre a Fistria dos Fo!ens- a ,i8n,ia- e as artes& At. !es!o )ara o ,ine!a na,ional- )elo ti)o de )rodu/0o #ue de!anda u!a *rande so!a de in9esti!ento- o #uadro atual- a)esar das dii,uldades- . radi,al!ente distinto dos anos 54& Co! a ,ria/0o do Instituto Na,ional do Cine!a- e! JK66- e )osterior!ente da EMBRAQILME- a )rodu/0o ,ine!ato*r+i,a ,onFe,e se! dú9ida u! !o!ento de e@)ans0o& No )erodo de JK5 a JK66- a )rodu/0o de lon*a"!etra*e! atin*ia u!a !.dia de  il!es )or anoY nos anos JK6"JK6K- #uando o INC ,o!e/a a atuar- ela )assa )ara 54 il!es&J6&>er Al,ino Tei@eira de Meio- Le*isla/0o do Cine!a Brasileiro- Rio de aneiroEMBRAQILME- JK&& Co! o sur*i!ento da EMBRAQILME- a )olti,a do Estado se torna !ais a*ressi9a- au!entando as !edidas de )rote/0o do !er,ado- e dando u! !aior in,enti9o  )rodu/0o& E! JK5 s0o )roduzidos K il!es- e e! JK4 J4 )el,ulas&J&$Cine!a Brasileiro: E9olu/0o e Dese!)enFo%- S0o Paulo- Pes#uisa 5- Qunda/0o a)0o- JK5- )& 35&& N0o de9e!os- )or.!- nos entusias!ar !uito ,o! a #ualidade desta indústria brasileiraY a !aior )arte dos il!es s0o )orno*r+i,os ou )orno,Fan,Fadas& E! JKK eles totaliza9a! a)enas c da )rodu/0o- !as e! JK3- ,o! o ,res,i!ento do !er,ado- ,Fe*a! a ,o!)or Jc do #ue . )roduzido&J&ornal da Tela- MEC- EMBRAQILME- !ar/o de JK6- )& && N0o . so!ente o ,ine!a brasileiro #ue se e@)ande& Muitas 9ezes u!a o)osi/0o !uito r*ida entre o na,ional e o estran*eiro- #ue . se! dú9ida real e i!)ortante no ,a!)o ,ine!ato*r+i,o- nos i!)ede de )er,eber #ue . o )r)rio P+* J5 F+bito de ir ao ,ine!a #ue se ,onsolida no )erodo #ue esta!os ,onsiderando& Na d.,ada de 4 a e9olu/0o do nú!ero de es)e,tadores . a se*uinte: e! JKJ- 4 !ilF7esY atin*e e! JK6 u! )i,o de 54 !ilF7esY e ,ai e! JK4 )ara J63 !ilF7es&JK&$Cine!a Brasileiro: E9olu/0o e Dese!)enFo%- o)& ,it&- )& J3&& Muitas 9ezes esses dados s0o ,onsiderados e@,lusi9a!ente ,o!o e@)ress0o do de,lnio do ,ine!a e! ,ontra)osi/0o a outras or!as de lazer- e! )arti,ular a tele9is0o& Isto .- se! dú9ida- 9erdadeiro& Por.!- se introduzir!os u!a di!ens0o Fistri,a e! nossa an+lise- e to!ando"se al*uns dados de outros )ases- . )oss9el en,a!inFar nossa rele@0o )ara u!a outra dire/0o& Considere!os- )or e@e!)lo- a e9olu/0o do nú!ero de es)e,tadores e! outros )ases e! !ilF7es: 4&Ide!- )& JJ3& Sobre o de,lnio da re#X8n,ia ao ,ine!a- 9er Ren. Bonoell- Le Cine!a E@)loit.- ParisSeuil- JK&&  Tabela: Pases ] N de es)e,tadores MelFor ano ] N de es)e,tadores JK4 ] De,lnio e! c do !elFor ano at. JK4& E;A ] 3344 JK36 ] J ] K In*laterra ] J34 JK3K ] JK ] 6 Ale!anFa O,& ] J JK56 ] J6 ] 4  a)0o ] JJ JK5 ] 3 ]  Qran/a ] 3JJ JK5 ] J ] 55 It+lia ] JK JK55 ] 556 ]  ;!a )ri!eira ,on,lus0o- 1+ ,onFe,ida de todos- se i!)7e: a #ueda da re#X8n,ia ao ,ine!a . u! en!eno !undial& S0o 9+rias as raz7es #ue ,on,orre! )ara isso: o )re/o das entradas- o e,Fa!ento dos ,ine!as de bairro- sua ,on,entra/0o nos ,entros urbanos e!

zonas ser9idas )or u!a !aior estrutura de lazer- ,o!o restaurantes- sFo))in* ,enters- e- . ,laro- a ,on,orr8n,ia de outros !eios- ,o!o a tele9is0o ,o!er,ial- a ,abo- e o 9ideo,assete- al.! de or!as alternati9as de lazer- ,o!o o turis!o- os )asseios- o auto!9el& Co!o entender a e9olu/0o do ,ine!a no Brasil- ,olo,ando"o no ,onte@to interna,ional' O *r+i,o abai@o . su*esti9o& P+* J6  Tabela: o nú!ero de salas 9ai de 4  544- ,o! inter9alo de 544& uliano- ,o!o . *r+i,on0o te! ,o!o dar os dados )re,isos E9olu/0o do nú!ero de ,ine!as JK3: e! torno de 3K4 JK3K: e! torno de 5J4 JK5J: e! torno de 54 JK5: e! torno de 54 JK55: e! torno de 54 JK5: e! torno de 54 JK5K: e! torno de 54 JK6J: e! torno de 54 JK6: e! torno de 54 JK65: e! torno de 54 JK6: e! torno de 54 JK6K: e! torno de J54 JKJ: e! torno de 44 JK: e! torno de 44 JK5: e! torno de 54 JK: e! torno de J44 JKK: e! torno de K44 JKJ: e! torno de 54 JK: e! torno de 444 Se to!ar!os a ,ur9a de e9olu/0o do nú!ero de salas ,o!o ,orrelata  re#X8n,iaobser9a!os #ue . entre JK5 e JK6 #ue se atin*e u! )i,o de es)e,tadores& Isto si*nii,a #ue o )ro,esso de e@)ans0o do )úbli,o- #ue oi 9ariado nos di9ersos )ases- atin*indo u! !+@i!o e! JK36 nos Estados ;nidos- JK55 na It+lia- JK5 na Qran/a- s o,orre no Brasil e! !eados da d.,ada de 4& Co!o o )r)rio *r+i,o su*ere- durante a d.,ada de 54 e !etade da de 64- o nú!ero de salas de ,ine!a )er!ane,e )rati,a!ente o !es!oY a or!a/0o de u! 9erdadeiro !er,ado de ,onsu!o de il!es se d+ so!ente e! JK6,onse*uindo se !anter nu! )ata!ar !ais ele9ado )elo !enos at. JKK& A )artir da- o ,ine!a se e#ui)ara s dii,uldades #ue o !er,ado de il!es P+* J 9inFa enrentando !undial!ente desde os anos 34 e 54& O ,a)italis!o tardio $retarda% os )roble!as de ,rise #ue so!ente ira!os enrentar anos de)ois& De u!a situa/0o de in,i)i8n,ia )assa!os )or u! !o!ento de e@)ans0o )ara ent0o $a,ertar!os o rel*io%,o!o tal9ez dissesse Os[ald de Andrade- ,o! o #uadro interna,ional&  Ta!b.! o !er,ado ono*r+i,o- #ue at. JK4 ,onFe,ia u! ,res,i!ento 9e*etati9oa )artir deste !o!ento $deu sua arran,ada )ara u! 9erdadeiro e si*nii,ati9o desen9ol9i!ento%&J&$O Mer,ado de Dis,os no Brasil%- Mer,ado Global- n 3- ano 3&3&JK- )& 4&& Isto se de9eu e! *rande )arte s inú!eras a,ilidades #ue o ,o!.r,io )assou a a)resentar )ara a a#uisi/0o de eletrodo!.sti,os& Co!o o !er,ado de ono*ra!as se desen9ol9e e! un/0o do !er,ado de a)arelFos de re)rodu/0o sonora- . i!)ortante obser9ar!os a e9olu/0o das 9endas industriais de a)arelFos eletrni,os do!.sti,os& Entre JK6 e JK4- a 9enda de to,a"dis,os ,res,e e! Jc&&Qonte ABINEE&& Isto e@)li,a )or #ue o atura!ento das e!)resas ono*r+i,as ,res,e entre JK4 e JK6 e! J5c& &$Dis,o e! S0o Paulo%- Pes#uisa 6- IDART- JK4&& O !er,ado ono*r+i,o )ode ainda ser

a9aliado #uando ,onsidera!os a 9enda de dis,os na d.,ada de 4 e! !ilFares de unidades:3&Qonte: Asso,ia/0o Brasileira de Produtores de Dis,os&& Wuadro: Ano 2 LPs 2 Co!)a,to si!)les 2 Co!)a,to du)lo 2 Qitas  2 JJ&44 2 K&K44 2 &544 2 J&444  2 J5&444 2 J4&J44 2 &44 2 J&K44 3 2 J6&444 2 &44 2 &544 2 &44 5 2 J6&K44 2 &J44 2 5&444 2 &K44 6 2 3&444 2 J4&44 2 &J44 2 6&44 K 2 K&5 2 J&6J 2 5&K 2 &3J O #uadro !ostra u!a di9ersii,a/0o do ,onsu!o ,o! a introdu/0o de )rodutos $re,entes% e! ter!os de !assa- ,o!o as itas ,assetes- #ue ao lon*o da d.,ada )assa! a P+* J inte*rar o F+bito dos ,onsu!idores& Isto se de9e substan,ial!ente a u!a *eneraliza/0o do uso do ,assete nos auto!9eis e nos !o!entos de lazer ora de ,asa& Mas o #ue os nú!eros indi,a! .- sobretudo- o au!ento do 9olu!e de 9endas- #ue no )erodo ,res,e de 5 !ilF7es )ara 66 !ilF7es de dis,os ,o!er,ializados anual!ente- O LP- #ue oi introduzido e! JK3- !as at. a d.,ada de 64 era ainda ,onsiderado u! )roduto ,aro- ,ada 9ez !ais . ,ara,terizado ,o!o u! ele!ento de ,onsu!o- in,lusi9e das ,lasses !ais bai@as& O !er,ado de dis,os n0o o)era so!ente ,o! a estrat.*ia de dieren,ia/0o dos *ostos se*undo as ,lasses so,iais& Ele des,obriu u!a or!a de )enetrar 1unto s ,a!adas !ais bai@as- desen9ol9endo os $+lbuns ,o!)ilados%- dis,os ou itas ,assetes reunindo u!a sele/0o de !úsi,as de dierentes *ra9adoras& A So! Li9re- 9in,ulada  Rede Globo de  Tele9is0o- se es)e,ializou no ra!o das !úsi,as de no9ela- deslo,ando do !er,ado in,lusi9e as !ultina,ionais& Ini,iando suas ati9idades e! JK4 ,o! o ,o!)ilado da trilFa sonora da no9ela O Caona- 1+ e! JK6 se torna lder do !er,ado ono*r+i,o- e e! JK det.! 5c do seu atura!ento& Penso #ue o #ue !elFor ,ara,teriza o ad9ento e a ,onsolida/0o da indústria ,ultural no Brasil . o desen9ol9i!ento da tele9is0o& >i!os ,o!o nos anos 54 o ,ir,uito tele9isi9o era )redo!inante!ente lo,al- enrentando )roble!as t.,ni,os ,onsider+9eis& Co! o in9esti!ento do Estado na +rea da tele,o!uni,a/0o- os *ru)os )ri9ados ti9era! )ela )ri!eira 9ez a o)ortunidade de ,on,retizare! seus ob1eti9os de inte*ra/0o do !er,ado& Co!o dir+ u! e@e,uti9o: $A tele9is0o- )or sua si!)les e@ist8n,ia- )restou u! *rande ser9i/o  e,ono!ia brasileira: inte*rou os ,onsu!idores- )oten,iais ou n0o- nu!a e,ono!ia de !er,ado%&5&Ar,e- $Tele9is0o: Ano 5]J4 de Con#uistas de Co!er,ializa/0o%o)& ,it&- )& 66&& Para isso oi ne,ess+rio u! in,re!ento na )rodu/0o de a)arelFos- na sua distribui/0o- e a !elForia das ,ondi/7es t.,ni,as& Co!o o 9ideotei)e- a trans!iss0o e! ,ores- a edi/0o eletrni,a- este últi!o )onto )ode ser *arantido& Wuanto  )rodu/0o P+* JK de a)arelFos- 1+ e! JK4 ela era de 64 !il unidades- 9olu!e #ue ,ontrasta radi,al!ente ,o! o da d.,ada anterior- e #ue eli!ina a ne,essidade de i!)orta/0o& A i!)lanta/0o da tele9is0o ,o!o !eio de !assa )ode ser a9aliada #uando e@a!ina!os a e9olu/0o do nú!ero de a)arelFos e! uso:6&Geraldo Leite- $A Ne,essidade de u!a E,olo*ia da Mdia%o)& ,it&- )& 66& Gr+i,o:E9olu/0o do total de a)arelFos PBC e! uso no )as Ano: Nú!ero 54:  55: J4 64: 64 65: &4 4: 3&KJ

5: J4&J5 4: JK&64 P+* J4 Esses dados )ode! ser !elFor ,o!)reendidos #uando ,o!)ara!os a e9olu/0o de nú!ero de do!i,lios ,o! tele9is0o& E! JK4 e@istia! 3 !ilF7es 5K !il do!i,lios ,o! a)arelFos de tele9is0o- o #ue si*nii,a #ue 56c da )o)ula/0o era atin*ida )elo 9e,uloY e! JK este nú!ero )assa )ara J5 !ilF7es 55 !il- o #ue ,orres)onde a c do total de do!i,lios e@istentes&&>er Mer,ado Brasileiro de Co!uni,a/0o- Braslia- Presid8n,ia da Re)úbli,a- Se,retaria de I!)rensa e Di9ul*a/0o- JK- )& & Consultar ta!b.! Briein*$Os Trinta Anos da Tele9is0o%- o)& ,it& Por outro lado- ,o!o !ostra! al*uns estudos de !er,ado- o F+bito de assistir tele9is0o se ,onsolida deiniti9a!ente- e se disse!ina )or todas as ,lasses so,iais&&>er Mdia e Mer,ado- S0o Paulo- Lintas- JK3& >+rios estudos sobre a )enetra/0o da tele9is0o 1unto s dierentes ,lasses e )úbli,os ,onsu!idores )ode! ser en,ontrados- )ara a d.,ada de 4- na re9ista Mer,ado Global- #ue era )ubli,ada )ela Rede Globo de Tele9is0o&& =erbert S,Filler- nu! de seus arti*os- obser9a #ue a ,o!uni,a/0o se*ue o ,a)ital- e #ue o ,a)ital se rela,iona intrinse,a!ente ,o! a )ubli,idade- Na 9erdade- seria i!)oss9el ,onsiderar!os o ad9ento de u!a indústria ,ultural se! le9ar!os e! ,onta o a9an/o da )ubli,idadeY e! *rande )arte- . atra9.s dela #ue todo o ,o!)le@o de ,o!uni,a/0o se !ant.!- O ,aso brasileiro n0o o*e  re*ra& Basta olFar!os ,o!o e9olui o in9esti!ento e! )ro)a*anda neste )erodo e! !ilF7es de ,ruzeiros: K&Qonte: $A Tele9is0o Brasileira%Mer,ado Global- ns J]- ano - JJ&J&JK6- )& 4& O dado de JK6 oi retirado de Roberto A!aral >ieira- $Aliena/0o e Co!uni,a/0o: o Caso Brasileiro%- in Co!uni,a/0o de Massa: o I!)asse Brasileiro- Rio de aneiro- Qorense- JK- )& J44&& Ano 2 Total in9estido 2 c sobre o PNB JK63 2 J5 2 4-4 JK66 2 334 2 4-K5 JK6 2 K64 2 J-44 JK4 2 J&34 2 J-45 JK 2 &364 2 J-5 JK3 2 6&44 2 J-K JK6 2 J&644 2 J- P+* JJ Pode"se obser9ar #ue a )artir de JK6 o total de in9esti!ento d+ u! salto )ara atin*ir n9eis at. ent0o des,onFe,idos& Maria Ar!inda Arruda- #uando analisa o desen9ol9i!ento da )ubli,idade brasileira entre JK4 e JK3- !ostra #ue essas ta@as de ,res,i!ento n0o o,orre! e! nenFu! outro )ais- !es!o os !ais a9an/ados- o #ue )er!ite #ue e! JK o Brasil su)ere )ases ,o!o It+lia- =olanda e Austr+lia- )ara se ,onstituir e! JK3 o s.ti!o !er,ado de )ro)a*anda do !undo&4&Maria Ar!inda Arruda- $A E!bala*e! do Siste!a%- tese de !estrado- QQLC=& ;SP- JK&& Se entre JK5 e JK53 o !er,ado de a*8n,ias )ubli,it+rias )er!ane,e inalterado s e! JK53 . ,riada u!a a*8n,ia i!)ortante- a Leo Burnett- o #uadro !uda radi,al!ente nos anos 64 ,o! o sur*i!ento da !aioria de a*8n,ias #ue Fo1e atua! no !er,ado: Es#uire- er Ri,ardo Ra!os- o)& ,it&- e L& E& Car9alFo e Sil9a- o)& ,it&& O desen9ol9i!ento das ati9idades )roissionais li*adas  )ro)a*anda 1+ 9inFa se realizando desde a d.,ada de 54- ,o! a ,ria/0o da )ri!eira es,ola de )ro)a*anda- a C+s)er Lbero JK5J- e a unda/0o da Asso,ia/0o Brasileira de A*8n,ias de Pro)a*anda& Mas . nos anos 64 #ue ele se intensii,a- a )roiss0o de )ubli,it+rio *anFa a uni9ersidade e te! o seu re,onFe,i!ento e! n9el su)erior& S0o ,riadas as es,olas de ,o!uni,a/0o: ECA JK66C P+* J JK6J- Ma9ibel JK63Y I)se! JK65- Gallu) JK6- De!anda JK6- Si!onsen JK6I)a)e JK6- Audi"T> JK6- Ser,in JK6- Nielsen JK6K- LPM JK6K& Se nas d.,adas de 34 e 54 alta9a s e!issoras de r+dio e de tele9is0o o tra/o inte*rador )ara ,ara,teriz+"las ,o!o u!a indústria ,ultural- te!os a*ora u!a transor!a/0o& O ,aso da tele9is0o . e9idente- u!a 9ez #ue o Estado )ossibilita a trans!iss0o e! rede a )artir de JK6K& Mas ta!b.! o r+dio a,o!)anFa as !udan/as !ais *erais da so,iedade- )ressionado sobretudo )ela di!inui/0o do in9esti!ento e! )ro)a*anda& O #uadro do )er,entual de )arti,i)a/0o dos 9e,ulos de ,o!uni,a/0o no in9esti!ento )ubli,it+rio . ,laro: &Qonte: Meio e Mensa*e! e Gru)o Mdia&& Wuadro: Ano " T> " Re9ista JK6 " 3- " -J JK " 36-J " J6- JK " 6J- " J-K

" " " "

R+dio " ornal " Outros -6 " J-J " 6-5 K-3 " J- " 6-3 -4 " J3- " -

A ase de ouro do r+dio )de e@istir )or#ue este 9e,ulo ,on,entra9a a !assa de in9esti!ento )ubli,it+rio dis)on9el na .)o,a& Co! o deslo,a!ento da 9erba )ubli,it+ria )ara a tele9is0o- sua e@)lora/0o ,o!er,ial te9e #ue le9ar e! ,onta no9os atores de !er,ado- ,a!inFando )ara a es)e,ializa/0o das e!issoras e a or!a/0o de redes& Este )ro,esso de es)e,ializa/0o n0o . e@,lusi9o do r+dio- ele atende u!a i!)osi/0o !ais *eral da indústria ,ultural #ue te! ne,essidade de res)onder  de!anda de u! !er,ado onde e@iste! ai@as e,on!i,as dieren,iadas a sere! e@)loradas& As e!)resas radioni,as )ro,ura!- desta or!a- oere,er u!a )ro*ra!a/0o unii,ada- e es)e,i,a )ara u! deter!inado ti)o de )úbli,o- dando assi! !aiores o)/7es )ara o anun,iante& Trata"se)ortanto- de u! siste!a #ue trabalFa asso,iado s an+lises de audi8n,ia- )ois elas s0o as úni,as *arantias- )ara o ,liente- #ue a e!issora real!ente atin*e deter!inada ,a!ada ou )úbli,o& Por.!- ,o!o o P+* J !er,ado . restrito- sore u!a ,on,orr8n,ia ,errada da tele9is0o- u!a no9a tend8n,ia se esbo/a )ara a !a@i!iza/0o dos lu,ros: a or!a/0o de redes& Gisela Ortri[ano obser9a #ue essas redes na,ionais- #ue inte*ra! e!issoras re*ionais- trans!ite! u!a )ro*ra!a/0o unii,ada )ara os !ais di9ersos )ontos do )as& $ O ob1eti9o )rin,i)al dessa no9a tend8n,ia est+ li*ado uni,a!ente a atores e,on!i,os: ortale,er o r+dio ,o!o alternati9a )ubli,it+ria- )ro,urando obter !aior lu,rati9idade ,o! !enor in9esti!ento& As e!issoras #ue aze! )arte de u!a rede re,ebe!- ao !es!o te!)o- )ro*ra!a/0o e )atro,inador&%&Gisela Ortri[ano- A Inor!a/0o no R+dio- o)& ,it&- )& J& =+ duas !aneiras dessas redes o)erare!& A )ri!eira atra9.s das )rodutoras radioni,asY a Studio Qree e a LC trabalFa! direta!ente ,o! as a*8n,ias e os anun,iantes- )ossibilitando ao ,liente ,onFe,er de ante!0o a )ro*ra!a/0o na #ual seu anún,io ser+ inserido& A LC desen9ol9eu u!&ti)o de )ro*ra!a/0o inte*rada- ,o! !úsi,a ,ara,tersti,a- 9inFetas- al.!. ,laro- da *ra9a/0o dos ,o!er,iais& Este !aterial . en9iado )ara as $re*ionais% onde ser+ 9ei,ulado& $Para atender os )edidos !usi,ais- ora! ,riados )ersona*ens ,o! 9ozes !as,ulinas e e!ininas- #ue atende! )elo !es!o no!e e! todas as lo,alidades& A )ro*ra!a/0o na,ional reser9a es)a/os )ara a )resta/0o de ser9i/os e as entradas )ubli,it+rias lo,ais&%3&Ide!- ))& J"&& A se*unda or!a . a das e!issoras e! rede*eral!ente )ro)riedade de u! úni,o ,on,ession+rio& S0o 9+rios os e@e!)los: o Siste!a Globo de R+dio- or!ado )or J e!issoras AM e ,in,o QM- #ue atua nos estados de S0o Paulo- Minas Gerais- Rio de aneiro- Perna!bu,o- Rio Grande do Sul e BaFiaY a  Transa!.ri,a- ,o!)osta )or  e!issoras atin*indo os estados de S0o Paulo- Rio de aneiro

Perna!bu,o- Paran+- BaFia- MinFas Gerais- Ser*i)e- Par+- Santa Catarina- MaranF0oParaba- Mato Grosso e Braslia& Podera!os ainda ,itar outros e@e!)los- ,o!o a Rede& Ca)ital de Co!uni,a/0o- a Rede Brasil Sul de Co!uni,a/0o- a Rede Man,Fete de R+dio& O es)a/o de irradia/0o tende a se a!)liar- !as o )úbli,o atin*ido n0o . P+* J3 !ais ,ara,terizado ,o!o lo,al- ele se inte*ra dentro do !er,ado na,ional ,onsu!idor& Esta no9a ase de desen9ol9i!ento do r+dio n0o se es#ue,e in,lusi9e de absor9er u! tra/o deinidor da indústria ,ultural se*undo Adorno e =or\Fei!er: a )adroniza/0o& N0o s os )ro*ra!as s0o )adronizados- !as a )ubli,idade e at. !es!o as 9ozes dos a)resentadores& Dentro deste #uadro- a )r)ria ,on,e)/0o de ati9idade *eren,ial se !odii,a& >+rios so,ilo*os t8! insistido #ue a !oderniza/0o da so,iedade brasileira i!)li,ou a !udan/a da !entalidade e!)resarial- se1a no setor industrial- ,o!o estudou Qernando =enri#ue Cardoso- se1a na +rea 9in,ulada ao Estado& Lú,io o[ari,\ !ostra #ue a id.ia de )lane1a!ento e,on!i,o so!ente se siste!atiza ,o! o )lano de !etas de us,elino ubits,Fe\Y O,t+9io Ianni ,onsidera #ue . a )artir do *ol)e !ilitar #ue o )lane1a!ento ad#uire u!a di!ens0o indi9idualizada- ,onerindo  )olti,a *o9erna!ental u!a es)e,ii,idade #ue ela n0o )ossua at. ent0o&5&Lú,io o[ari,\- $Estrat.*ias do Plane1a!ento So,ial no Brasil%- Cadernos do CEBRAP- - JK6Y O,t+9io Ianni- Estado e Plane1a!ento no Brasil- Rio de aneiro Ci9iliza/0o Brasileira- JKK&& A indústria ,ultural n0o es,a)a a este )ro,esso de transor!a/0oY os ,a)it0es de indústria dos anos anteriores de9e! ,eder lu*ar ao !ana*er& O es)rito e!)reendedor"a9entureiro de CFateaubriand ,ara,teriza toda u!a .)o,a- !as ele . inade#uado #uando se a)li,a ao ,a)italis!o a9an/ado& Nos anos 64 e 4- os *randes e!)reendedores do setor ,ultural s0o outros& =o!ens #ue ad!inistra! ,on*lo!erados en*lobando di9ersos setores e!)resariais- desde a +rea da indústria ,ultural  indústria )ro)ria!ente dita& Ci9ita: Editora Abril- Distribuidora Na,ional de Publi,a/7es- Centrais de Esto,a*e! Qri*orii,ada- Wuatro Rodas =ot.is- Wuatro Rodas E!)reendi!entos Tursti,os& Roberto MarinFo: T> Globo- Siste!a Globo de R+dioRio Gr+i,a- >ASGLO )ro!o/0o de es)et+,ulos- Tel,o!- Galeria Arte Global- Qunda/0o Roberto MarinFo& Qrias e Caldeira: QolFa da ManF0 S& A&- I!)ress- Cia& LitFo*r+i,a  g)iran*a- flti!a =ora- Not,ias Po)ulares- Qunda/0o P+* J5 C+s)er Libero& Contraria!ente ao es)rito ,a)italista [eberiano- #ue se unda!enta9a no indi9duo- tra/o ,orres)ondente ao in,io do ,a)italis!o- os no9os )ro)riet+rios s0o Fo!ens de or*aniza/0o- e de u!a ,erta or!a se )erde! na i!)essoalidade dos $i!).rios% #ue ,onstrura!& Eles de9e! ,ontrabalan/ar sua 9ontade indi9idual e sub!et8"la  ra,ionalidade da )r)ria e!)resa #ue en*endrara!& A Fistria das or*aniza/7es #ue ,onstrura! n0o ,oin,ide !ais ,o! a Fistria indi9idual do seu undadorY ela se a)ia e se sustenta no esor/o de inú!eros )roissionais- al*uns !ais ,onFe,idos- outros anni!os- #ue re)roduze! e re,ria! a ra,ionalidade da e!)resa no seu dia"a"dia& A esse res)eito- a ala de ^alter Clar\ . si*nii,ati9a& Co!)arando dois ti)os de e!)res+rios- Pi)a A!aral- da anti*a T> Rio- e Roberto MarinFo- ele dir+: $A,Fo #ue o su1eito #ue te9e a id.ia !ais *randiosa de T> no Brasil oi o Pi)a A!aral- u! )ersona*e! in,r9el- ,o! 9is0o !ais *i*antes,a do 9e,ulo do #ue o )r)rio CFateaubriand& A)rendi !uito ,o! ele- !as seu *rande deeito . #ue n0o ,onia9a e! nin*u.!- ne! no )r)rio ilFo- n0o dele*a9a nada%& 6&A >ida de ^alter Clar\- o)& ,it&- ))& 3J"3&& E! rela/0o a Roberto MarinFo: $O su,esso da T> Globo te! a 9er ,o! o ato do Roberto MarinFo ter entre*ue a T> )ara #ue o ^alter Clar\- o oe ^alla,F- o Boni- o os. ;lisses Ar,e e o os. Ot+9io Castro Ne9es- a izesse!%&Ide!- ))& 3"3K&& Pi)a A!aral ainda ret.! os tra/os da indi9idualidade as,.ti,a #ue ,on,ebe o ator so,ial ,o!o de!iur*o de #ual#uer ti)o de e!)reendi!ento& Mas ele n0o $dele*a nada%- isto .- i!)ede #ue se or!e u!a e#ui)e de ,olaboradores essen,iais )ara o un,iona!ento da or*aniza/0o& Roberto MarinFo ,o!)reende !elFor os no9os te!)os- e se ,onor!a ao anoni!ato de sua )r)ria ,ria/0o& Resta! a esses no9os e!)reendedores )r8!ios de ,onsola/0o )ara #ue se1a! re,onFe,idos so,ial!ente na sua indi9idualidade- as ,o!endas- as bio*raias en,o!endadas- a )ro!o/0o das

P+* J6 artes- ati9idades #ue traze! )rest*io !as #ue s0o 9i9idas ,o!o sub)roduto de suas tareas ,o!er,iais&&;! e@e!)lo t)i,o deste ti)o de estrat.*ia . $bio*raia% en,o!endada de >i,tor Ci9ita- #ue te! )or ob1eti9o enalte,er as obras de sua )essoa& >er Luiz Qernando Mer,adante- >i,tor Ci9ita- S0o Paulo- No9a Cultural- JK& Ou ainda )ro!o/7es de institui/7es ,o!o a Qunda/0o Roberto MarinFo&& Pode"se )er,eber ,o! ,lareza a !udan/a do etos e!)resarial #uando se to!a o e@e!)lo da tele9is0o& Neste sentido- a T> E@,elsior- undada e! JK64- d+ u! )ri!eiro )asso no )ro,esso de ra,ionaliza/0o& O de)oi!ento de E@,elsior era o *ru)o Si!onsen- e o sonFo deles era azer a ITT no Brasil& Eles . #ue tinFa! !ontado u!a rede )ara a tele9is0o Tu)i na inau*ura/0o de BrasliaY izera! u!a trans!iss0o si!ult?nea da inau*ura/0o& Ent0o o Si!onsen sentiu #ue )odia azer u!a rede e do!inar a tele9is0o- eles tinFa! u!a 9is0o e!)resarial%& K&De)oi!ento de E@,elsior- S0o PauloIDART- !i!eo&- e Al,ir Costa- E@,elsior: Destrui/0o de u! I!).rio- o)& ,it&& A )ro*ra!a/0o )assa a*ora a obede,er deter!inados For+rios- n0o se atrasa !ais- ela . Forizontal)ro*ra!as di+rios ,o!o as P+* J teleno9elas- e 9erti,al- se#X8n,ia de )ro*ra!as- bus,ando i@ar o teles)e,tador nu! úni,o ,anal& A e!)resa in9enta seu )r)rio lo*oti)o e )assa a )ro!o9er a si !es!a& Desen9ol9e" se ta!b.! a ra,ionaliza/0o do te!)o dos ,o!er,iais& A E@,elsior . a )ri!eira e!issora de tele9is0o a ,on,eber u!a identidade entre te!)o e es)a/o ,o!er,ial& Os )ro*ra!as tende! a*ora a n0o ser !ais 9endidos ao )atro,inador- )ara se transor!are! e! 9e,ulo do )roduto a ser anun,iado- e! te!)o ,o!er,ializ+9el ,o!)rado )elo ,liente& Da !es!a or!a #ue o anun,iante ,o!)ra9a o es)a/o no 1ornal- ele )odia ad#uirir u! $es)a/o de te!)o% no 9deo )ara 9ei,ular sua !ensa*e! )ubli,it+ria& Te!)o se! ,onteúdo- 9azioabstrato- )ortanto !ensur+9el e ,o!er,ializ+9el& A T> Globo a)rounda essas !udan/as& No in,io- ,o!o obser9a Maria Rita eFl- ela . diri*ida )or )essoas do !eio artsti,o e 1ornalsti,o- !as lo*o F+ u!a !odii,a/0o no #uadro da dire/0o&3&Maria Rita eFl- Rele@0o )ara u!a =istria da T> Globo- Rio de  aneiro- Q;NARTE- JK&& Os no9os ad!inistradores s0o e@e,uti9os )ro9enientes das +reas de !ar\etin* e )lane1a!ento: $A,aba9a a ase e! #ue os 9ales era! ,on,edidos )elo )ro)riet+rio da e!issora- #ue ta!b.! ne*o,ia9a ,a,F8 e assina9a ,Fe#ue& ;! a!eri,ano #ue durante !uitos anos Fa9ia ,uidado da +rea ad!inistrati9a- oe ^alla,F- oi ,ontratado )ara *erir a +rea ad!inistrati9a da Globo- i!)lantando u! siste!a !ais e!)resarial de *est0o& ;! Fo!e! de 9endas- bastante ,ale1ado )elo !er,ado- os. ;lisses Ar,e- i,ou res)ons+9el )ela +rea de 9endas& No !es!o n9el Fier+r#ui,o #ue o da ad!inistra/0o e o da )rodu/0o e da )ro*ra!a/0o- seria ,ontratado al*u! te!)o de)ois o Boni& Co!o re*ente dessas tr8s +reas i,a9a ^alter Clar\- ,o! a 9is0o de Fo!e! de !ar\etin* #ue era%&3&Re9ista Briein*- $Trinta Anos de Tele9is0o%- o)& ,it&& Esta des,ri/0o da re9ista Briein* . entusiasta- ela )reza os 9alores da ra,ionalidade desses Fo!ens"e!)resa- !as)ara al.! do seu to! ideol*i,o- ela a)onta )ara transor!a/7es )roundas )or #ue )assa o siste!a tele9isi9o #uando ad!inis" P+* J

trado )or ele!entos #ue se distan,ia! do anti*o )adr0o de e!)res+rio& Dotada de u!a !entalidade e!)resarial- a Globo )ro,ura )lane1ar suas ati9idades a lon*o )razo- rein9este o lu,ro sobre si !es!a- e a)resenta no9idades at. !es!o no uso do te!)o dos ,o!er,iais& $A Globo introduziu o siste!a rotati9o- )adronizou o )re/o do te!)o ,o!er,ializ+9el- e )assou a ne*o,iar a)enas ,o! )a,otes de For+rios- isto .- #ue! #uisesse anun,iar no For+rio nobre era obri*ado a ,olo,ar )ro)a*anda e! outros For+rios&%33&Cita/0o in Maria Rita eFl- o)& ,it&- )& && T.,ni,a #ue )er!itiu  e!issora inan,iar os For+rios !enos ,on,orridos e ,riar no teles)e,tador W F+bito de sintonizar u! úni,o ,anal&  Ta!b.! na +rea 1ornalsti,a se )ode obser9ar o a9an/o desta ra,ionalidade& A QolFa de S& Paulo . u! bo! e@e!)lo disso&35&>er Carlos GuilFer!e Mota e Maria =elena Ca)elato- =istria da QolFa de S& Paulo-o)& ,it&& Sua ori*e! re!onta a JKJ- #uando oi undada ,o!o QolFa da Noite& Nas,e ,o!o u! e!)reendi!ento a9entureiro- arris,adosendo 9endida e! JKJ- e tendo seu no!e alterado )ara E!)resa QolFa da ManF0 Ltda& Durante esse )erodo- o 1ornal . re)resentante da oli*ar#uia e assu!e u!a )osi/0o !ar,ada!ente a*rarista& E! JK35- ela tro,a no9a!ente de !0os- e os. Nabantino assu!e sua dire/0o& =o!e! din?!i,o e ino9ador- ele seria- se*undo Carlos GuilFer!e Mota e Maria =elena Ca)elato- o t)i,o [eberiano ,al9inista- #ue transor!a seu trabalFo e! $!iss0o%- al.!- . ,laro- de ser !ar,ado )ela id.ia de ei,+,ia #ue ,ara,teriza o es)rito )ioneiro ,a)italista& Sob Nabantino a e!)resa ,onFe,e u!a s.rie de reor!as #ue a,entua! o seu lado !oderno& A no9a sede . ,onstruda- ,ria"se a I!)ress- )e#uena indústria *r+i,a 9isando abaste,er interna!ente o 1ornal- e e! JK3 sur*e u! Pro*ra!a de A/0o )ara as QolFas- ,o! o ob1eti9o de transor!+"la nu!a e!)resa rent+9el& Gisela Goldenstein obser9a #ue u! dos itens deste no9o )lano era ,laro& Dizia: $a e!)resa- )ela sua ati9idade 1ornalsti,a- n0o te! outras ontes de re,eita #ue n0o se1a! as assinaturas9endas a9ulsas e )ubli" P+* JK ,idade- )elos )re/os ,onstantes das res)e,ti9as tabelas%&36&Gisela Goldenstein- $QolFas ao >ento: Contribui/0o ao Estudo da Indústria Cultural no Brasil%- tese de doutora!entoQQLC=- ;SP- JK6&& ;!a tentati9a- )ortanto- de se )ensar o 1ornal ,o!o 9e,ulo- !dia do #ue de9e ser anun,iado& Ao lado da QolFa de S& Paulo- Nabantino tenta e@)andir seu )ro1eto ,riando dois outros 1ornais- !atutino e 9es)ertino QolFa da ManF0 e QolFa da Tarde&  Ta!b.! . desta ase a )reo,u)a/0o de se introduzir no9as nor!as na reda/0o)ro,urando torn+"la !ais )roduti9a e ei,iente& Para esti!ular a )rodu/0o- oi institudo u! )r8!io )or $,enti!etra*e! de ,oluna%Y #ue! es,re9esse !ais- *anFaria u!a ,o!)ensa/0o salarial e@tra& O,orre ainda- ,o!o e! outros 1ornais- u!a i!)ortante ra,ionaliza/0o do trabalFo 1ornalsti,o: a introdu/0o do deadline& Co!o dizia Sa!uel ^ainer- $antes a reda/0o trabalFa9a os te@tos at. i,ar bons- e isso o,orria a noite inteira nos )ri!eiros te!)os do 1ornal%&3&Entre9ista de Sa!uel ^ainer a Gisela Goldenstein- o)& ,it&- )& JJ4&& No entanto- todas essas !edidas esbarra9a! nas dii,uldades da )re,ariedade da .)o,a& Al*u!as delas )udera! se ,on,retizar- outras n0o& De9ido a )roble!as de i!)orta/0o- toda a tentati9a de !oderniza/0o do )ar#ue *r+i,o e industrial se des!orona& Gisela Goldenstein !ostra #ue $a )artir de JK56- o )ar#ue *r+i,o das QolFas ,o!e/ou a ,onstituir"se e! u! )onto de estran*ula!ento )ara e!)resa- n0o dando ,onta de )ro9er e! te!)o F+bil a eitura dos 1ornais%&3&Ide!- )&J& Sua an+lise detalFada da )roduti9idade da I!)ress de!onstra #ue a ir!a se torna ,ada 9ez !ais )roble!+ti,a e dei,it+ria& O !es!o )ode ser dito e! rela/0o  )olti,a de di9ersii,a/0o do )rodutoY e! JK6- Nabantino desiste de ter tr8s edi/7es- !antendo so!ente u!a ,o! o ttulo de QolFa de S& Paulo& Mes!o as transor!a/7es #ue o,orre! na reda/0o tinFa! li!ites ,on,retos& Cada se!ana Fa9ia u!a reuni0o de toda a reda/0o- onde os 1ornalistas e@)unFa! seus )roble!as- e a )r)ria ati9idade 1ornalsti,a era dis,utida #uando ,ole*as ,Fe*a9a! de 9ia*e! ao ter!inare! a elabora/0o de deter!inadas !at.rias& Essas reuni7es un" P+* J34 ,iona9a! ,o!o ,ontra)eso ao )ro,esso de ra,ionaliza/0o- u!a 9ez #ue o $trabalFo e! !i*alFas% dos redatores )odia ser 1untado neste es)a/o se,retado )ela )r)ria e!)resa&

E! JK6- a QolFa . ad#uirida )elo *ru)o Qrias"Caldeira- e )assa ao lon*o dos anos )or u!a reestrutura/0o )rounda& De in,io u!a reor!a te,nol*i,a- e,on!i,a e ,o!er,ial- !edidas ,o!)at9eis )ara u!a e!)resa #ue a*ora seria )arte de todo u! ,on*lo!erado& De)ois !udan/as substan,iais no )ro,esso !es!o do trabalFo 1ornalsti,o& ;! no9o Manual de Reda/0o oi elaborado- )ro,urando )lane1ar !elFor as ati9idades e Fo!o*eneizar o !.todo de )rodu/0o do 1ornal& Co! a auto!a/0o do 1ornal- a ,o!)osi/0o dos arti*os se tornou !ais +*il e )re,isa- i!)ri!indo u!a 9elo,idade !ais r+)ida na abri,a/0o do )roduto& Co!o obser9a u! dos t.,ni,os: $o siste!a QolFas de ter!inais 9eio trazer 9elo,idade e autenti,idade !aior s inor!a/7es- u!a 9ez #ue nos )er!itiu eli!inar eta)as no )ro,esso industrial *r+i,o%&3K&>er Re*ina Qesta- $Os Co!)utadores Re9olu,iona! a QolFa de S& Paulo e o ornalis!o Brasileiro%- Instituto )ara A!.ri,a LatinaS0o Paulo- JK6- ))& J33&& ( di,il )er,eber a rela/0o entre autenti,idade da not,ia e 9elo,idade da i!)ress0o- !as i,a ,laro #ue a ado/0o do no9o siste!a reduziu o te!)o de )rodu/0o industrial- di!inuindo os ,ustos e au!entando a a*ilidade do )ro,esso& Este ti)o de te,nolo*ia oere,e ainda 9anta*ens ,o!er,iais: $nos bal,7es de anún,io onde 1+ est0o instalados os ter!inais- o anun,iante )ode ter u!a 9is0o e@ata da sua )ubli,idade ,lassii,ada )or se/7es e orde! alab.ti,a- azendo o a1uste na Fora- se dese1ar& O siste!a orne,e 9+rias )ossibilidades de )re/o das inser/7es e atura i!ediata%&54&Ide!- )& J&& N0o . sur)reendente #ue dentro desses )ar?!etros a ilosoia da e!)resa se !odii,aY nesse sentido a ala de u! e@e,uti9o . es,lare,edora& $Te!os ,o!batido a id.ia de #ue o  1ornalis!o te! u!a !iss0o a ,u!)rir- no sentido !ais )olti,o")artid+rio ou ro!?nti,o!eio !sti,o- #ue e@iste e! torno disso: a !iss0o da i!)rensa& A *ente )ro,ura 9er a i!)rensa ,o!o u! ser9i/o )úbli,o P+* J3J )restado )or )arti,ulares- da a *ente estar se!)re )ro,urando saber onde est+ o interesse do leitor e 9a!os satisazer esse interesse  )or#ue a *ente #uer azer u! 1ornalis!o !ais e@ato- !ais a*udo- !ais a*ressi9o- a *ente #uer 9ender !ais 1ornal- subir sua ,ir,ula/0o%& 5J&Entre9ista de Ot+9io Qrias QilFo- editor",Fee- a Gisela Goldenstein- o)& ,it&- )& J55&& Se le!brar!os #ue a id.ia de !iss0o en,erra u!a di!ens0o reli*iosa- )ode!os dizer ,o! Ma@ ^eber #ue assisti!os a realiza/0o de u! e@e!)lo ,laro de se,ulariza/0o- de desen,anta!ento do !undo& A $!iss0o% . substituda )elo ,+l,ulo- o lado $e@atid0o% bus,ando eli!inar os ele!entos $)olti,o% e $ro!?nti,o% #ue insiste! e! desaiar as nor!as da )rodu/0o industrializada& O )ro,esso de ra,ionaliza/0o da so,iedade i!)li,a ta!b.! nu! no9o ti)o de rela,iona!ento entre a e!)resa e o e!)re*ado& O anti*o $a,ordo de ,a9alFeiros%- #ue e@istia no r+dio e na tele9is0o- tinFa #ue ser #uebrado ,o!o u!a e@i*8n,ia dos no9os te!)os& No ,aso da tele9is0o- isto o,orre ,o! a entrada da T> E@,elsior no !er,ado& O de)oi!ento de ^alter Si!onsen Neto . su*esti9o: $Na#uela .)o,a- isso e! 5K- )or aFa9ia u!a ,oisa odiosa #ue era o ,Fa!ado ,on98nio entre as esta/7es- ou se1a- u! deter!inado artista ou ele!ento #ue trabalFasse nu!a esta/0o e osse dis)ensado dela )or al*u! !oti9o- n0o era ,ontratado )or outra esta/0o& Eu !e le!bro #ue o )ri!eiro ,aso desses #ue o,orreu ,o!i*o 1+ na dire/0o da esta/0o- oi u! ,aso ,o! o Sil9io Caldas& Na .)o,a ele tinFa u! )ro*ra!a de !uito su,esso na Re,ord- !as ele bri*ou n0o sei )or #uesaiu- e eu o ,ontratei& O Ed!undo Monteiro- #ue era diretor *eral da Tu)i e! S0o Paulo )ediu a !eu )ai #ue iz.sse!os u!a reuni0o ,o! ele- e ,Fe*ou in,lusi9e a a!ea/ar !eu )ai& Esse oi o )ri!eiro )asso )ara a #uebra do ,Fa!ado ,on98nio%&5&De)oi!ento de ^alter Si!onsen Neto Q;NARTE&& Do )onto de 9ista sub1eti9o- essa atitude tal9ez )udesse ser inter)retada ,o!o a ,o!)reens0o de u! e!)res+rio e! rela/0o s dii,uldades )elas #uais )assa9a! os artistas& A )ers)e,ti9a so,iol*i,a nos orienta P+* J3 )ara u!a outra dire/0o& As transor!a/7es s,io"e,on!i,as #ue sore a so,iedade brasileira re)er,ute! direta!ente in,lusi9e nas or!as de ,ontrato- liberando"as do )eso de u!a tradi/0o !ais )ersonalizada& Wuando a T> E@,elsior- e! JK6- !uda a orienta/0o de sua )olti,a- bus,ando atin*ir u!a audi8n,ia !aior- ela se 98 na ne,essidade de ro!)er ,ertos la/os do )assado- bus,ando nas e!issoras ,on,orrentes os talentos #ue n0o )ossua& Al,ir Costa obser9a #ue nu! s dia ela ,ontratou dezenas de artistas da T> Rio-

oere,endo o dobro dos sal+rios- e es9aziando o )oten,ial de ,o!)eti/0o da ir!a ,on,orrente&5&Al,ir Costa- E@,elsior&&& - o)& ,it&& Deslealdade' Tal9ez- !as o #ue i!)orta )er,eber . #ue as no9as or/as e! 1o*o se torna9a! !ais i!)essoalizadas- e- ,o!o u!a e!)resa real!ente ,a)italista- a e!issora )assa a a)li,ar seus )rin,)ios !er,adol*i,os& Paralela!ente a essas !udan/as nas rela/7es de trabalFo- assisti!os as e!)resas redi!ensionare! !elFor a utiliza/0o de seu )essoal- )ro,urando retirar disso u!a )roduti9idade !aior& At. !es!o e! rela/0o ao uso dos atores o,orre u!a !udan/a de estilo& $A ,anal K E@,elsior 1+ ,o!)reendia- ao ,ontr+rio das outras esta/7es- #ue #uando u! ator est+ azendo su,esso 1unto ao )úbli,o- sua )resen/a no 9deo )re,isa ser )lane1ada )ara #ue o )úbli,o n0o i#ue saturado& Assi!- os atores re)resenta9a!  ou 3 !eses e! u!a teleno9ela e des,ansa9a!  !eses ou at. !ais )ara entrar e! outra teleno9ela&%53&Ed*ar A!orin- =istria da T> E@,elsior- o)& ,it&- )& J3&& Plane1a!ento da e@)osi/0o da aura- ele!ento unda!ental )ara o un,iona!ento do siste!a de dolos do !ass !edia& ;!a aura dierente da dese1ada )or Ben1a!in- !ais se a)ro@i!ando de u!a estrat.*ia )ara )ro9o,ar no ,onsu!idor a ilus0o de uni,idade da $obra de arte%& A ,ontra)artida desse )ro,esso de ra,ionaliza/0o e!)resarial . a )roissionaliza/0o ,res,ente& Co! a es)e,ializa/0o da )rodu/0o se intensii,a o !o9i!ento de di9is0o das tareas: ,en*raos- i*urinistas- ,abelereiros- )es#uisadores- roteiristas- ot*raosredatores& Basta olFar!os a P+* J3 di9is0o de trabalFo de u!a a*8n,ia de )ro)a*anda- #ue . si!)les )or ,ausa de seu ta!anFo- )ara )er,eber ,o!o este !o9i!ento de se*!enta/0o se a,entua&55&>er Zilda no)lo,F- Ideolo*ia do Publi,it+rio- Rio de aneiro- A,Fia!.- JK4&& De)arta!ento de ,ria/0o- subdi9idido e! reda/0o e arte- ,abendo ao redator deinir ttulos e es,re9er te@tosen#uanto #ue o diretor de arte se o,u)a da 9isualiza/0o- dos leiautes& De)arta!ento de Atendi!ento- #ue eetua o ,ontato ,o! o ,liente- inter)reta suas ne,essidades- e traz a ele as su*est7es da a*8n,ia& De)arta!ento de !dia- res)ons+9el )ela deini/0o do )úbli,o" al9o se*undo os ,rit.rios e,on!i,os& De)arta!ento de Pes#uisa- onde se ,oleta! inor!a/7es sobre o )úbli,o e os !er,ados& Di9is0o de trabalFo #ue se ,o!)le@iza #uando a e!)resa . !aior- ,o!o a tele9is0o- en9ol9endo- al.! do setor da )rodu/0o- artistasdiretores- es,ritores- editores- sono)lastas- et,& Esse !o9i!ento de ra,ionaliza/0o n0o se e@)ressa so!ente )ela es)e,ializa/0o- !as deter!inadas )roiss7es- essen,iais )ara o un,iona!ento da indústria ,ultural- ,onFe,e! neste )erodo u! ,res,i!ento substan,ial& O ,aso dos ot*raos . su*esti9o- sobretudo se ,o!)arar!os a e9olu/0o desta )roiss0o ,o! os Estados ;nidos& DeQleur e Ball"Ro\ea,F !ostra! #ue o desen9ol9i!ento da )roiss0o de ot*rao oi essen,ial )ara a ,onstitui/0o de u!a indústria ,ine!ato*r+i,a a!eri,ana&56&DeQleur H Ball"Ro,\ea,F- Teorias de la Co!uni,a,in de Masas- Bar,elonaPaids- JK- )& 6&& Entre J4 e JK4 o nú!ero desses )roissionais )assa de KK44 )ara K444& No ,aso brasileiro- te!os u!a e9olu/0o se!elFante- !as ,o! datas tro,adas& E! JK54 e@istia! KJ ot*raos- nú!ero #ue )assa )ara J&K e! JK64- 5&35 e! JK4 e 3&5K e! JK4&5&Dados in os. Carlos Durand- Arte- Pri9il.*io e Distin/0o- o)& ,it&- )& K&& A insui,i8n,ia de )roissionais na d.,ada de 54 ,orres)onde  )re,ariedade da indústria da ,ultura nessa .)o,a& So!ente na d.,ada de 4 9a!os al,an/ar os ndi,es a!eri,anos da d.,ada de 4- )ara su)er+"los e! 4& A ,o!)ara/0o ,o! os Estados ;nidos . su*esti9a )or#ue . na d.,ada de 4 #ue P+* J33 real!ente se instaura nesse )as u!a 9erdadeira industria da ,ultura& N0o estou ,o! isso su*erindo #ue a Fistria da ,ultura na )erieria de9a re)etir o destino #ue te9e nos )ases ,entrais in,lusi9e )or#ue essa Fistria . distinta na Euro)a- !as a)ontar )ara o ato de #ue deter!inadas !udan/as estruturais le9a! ne,essaria!ente a ,ertos en!enos #ue !e )are,e! ser interna,ionais& A ,onstitui/0o de u!a so,iedade de ,onsu!o nos Estados ;nidos dos anos 4 te! tra/os se!elFantes s !udan/as #ue se ,onsolida! no Brasil anos de)ois& A i!)lanta/0o de u!a indústria ,ultural !odii,a o )adr0o de rela,iona!ento ,o! a ,ultura- u!a 9ez #ue deiniti9a!ente ela )assa a ser ,on,ebida ,o!o u! in9esti!ento ,o!er,ial& o )ro,esso de industrializa/0o da tele9is0o- e )arti,ular!ente o )a)el #ue nele

dese!)enFa a teleno9ela- . es,lare,edor& Co! a introdu/0o do 9ideotei)e- no9os *8neros )udera! ser rein9entados& ( o ,aso da teleno9ela di+ria- narrati9a #ue dii,il!ente )oderia ser ,onstruda dentro de u! es#ue!a de il!a*e! ao 9i9o- de!andando toda u!a estrutura de Produ/0o #ue ade#uasse sua realiza/0o ao )ro,esso de e@ibi/0o das i!a*ens& A abri,a/0o da teleno9ela ne,essita de u!a estrutura e!)resarial slida- !aiores in9esti!entos ini,iais- i!)li,a nu!a a,entuada di9is0o de trabalFo- nu! rit!o intenso de )rodu/0o& As e!)resas- ao es,olFere! este *8nero ,o!o ,arro",Fee da indústria tele9isi9a- de u!a ,erta or!a se 98e! na Posi/0o de se reor!ulare! Para )roduzi"lo& Lan/ada e@)eri!ental!ente e! JK6- a no9ela se torna lo*o u! su,esso- o #ue se !aniesta ,lara!ente e! JK63- ,o! O Direito de Nas,er& Ao lon*o da d.,ada de 64 este ti)o de narrati9a se ,onsolida deiniti9a!ente 1unto ao )úbli,o ,onsu!idor& Entre JK6 e JK6K s0o le9adas ao ar JK5 no9elas&5&Os dados relati9os  teleno9ela s0o )ro9enientes de u!a )es#uisa ,oordenada )or !i! sobre $A Produ/0o industrial da No9ela%& TrabalFo e! anda!ento- Pro*ra!a de Ps"Gradua/0o e! Ci8n,ias So,iais- P;C"SP&& Se e! JK6 so!ente tr8s no9elas ora! e@ibidas- este nú!ero sobe )ara 6 e! JK63- atin*indo u! )i,o de 3 e! JK65& Todos os ,anais e@istentes lan/a! !0o dessa no9a estrat.*ia )ara ,on#uistar o !er,ado- in,lusi9e a T> Cultura& P+* J35 ( interessante obser9ar #ue no Brasil a teleno9ela oi es,olFida ,o!o o )roduto )or e@,el8n,ia da ati9idade tele9isi9a& Contraria!ente aos Estados ;nidos- onde a soa)"o)era se*uiu na tele9is0o o es#ue!a do r+dio- se diri*indo a u! )úbli,o e!inino durante o For+rio da tarde- a no9ela se transor!ou entre ns nu! )roduto )ri!e"ti!e- e )ara ela ,on9er*ira! todas as aten/7es de !elForia do )adr0o de #ualidade e dos in9esti!entos& O interesse ,o!er,ial #ue e@istia e! rela/0o s radiono9elas no Brasil se transere)ortanto- )ara as teleno9elas- as ir!as )reerindo u! ti)o de in9esti!ento se*uro )ara atin*ir u! )úbli,o de !assa& No in,io- al*u!as !ultina,ionais ,o!o Col*ate Pal!oli9e e GessH Le9er )ro,urara! re)etir o es#ue!a #ue !antinFa! no r+dio- )roduzindo )aralela!ente s e!issoras al*u!as no9elas- ,ontratando autores e ada)tadores de te@tos latino"a!eri,anos& Mas esta no9a ase de industrializa/0o era in,o!)at9el ,o! a des,entraliza/0o- o #ue ez ,o! #ue as e!issoras se tornasse! as úni,as ,entrais *eradoras de )ro*ra!as& N0o dei@a de ser i!)ortante sublinFar #ue a )o)ularidade da no9ela- e )or ,onse*uinte sua e@)lora/0o ,o!er,ial- 9ai redi!ensionar a l*i,a da )rodu/0o das e!)resas- i!)li,ando no desa)are,i!ento de *8neros dra!+ti,os #ue !ar,ara! a d.,ada de 54& Reiro"!e e! )arti,ular ao teleteatro e ao teatro na tele9is0oe@ibi/7es #ue se 9olta9a! )ara te@tos ,l+ssi,os- ada)ta/7es de il!es- )e/as de autores na,ionais- e #ue atua9a! e! ,o!)asso ,o! o !o9i!ento teatral& E! JK6- !o!ento de e@)eri!enta/0o da )ri!eira no9ela di+ria- a E@,elsior a,aba ,o! dois )ro*ra!as ,ulturais Teatro K e Teatro 6& Se JK63 . o ano de O Direito de Nas,er- e@ibido )ela T> Tu)i- ele ta!b.! !ar,a o i! do Grande Teatro Tu)i- ,onsiderado at. ent0o ,o!o o s!bolo dos Di+rios Asso,iados& E! JK6 a Tu)i tira do ar o T> >an*uarda- en,errando deiniti9a!ente o ,i,lo do teleteatro- e inau*urando"se a era da Fe*e!onia da teleno9ela- )roduto de !assa #ue ,analiza toda a dra!atur*ia tele9isi9a brasileira& O e@e!)lo da teleno9ela nos re!ete  dis,uss0o do rela,iona!ento entre as eseras de )rodu/0o de bens restritos e a de bens a!)liados- #ue Fa9a!os abordado anterior" P+* J36 !ente& Nor!al!ente esse debate te! sido traduzido na literatura sobre ,o!uni,a/0o de !assa ,o!o u!a o)osi/0o entre ,ultura de !assa e ,ultura de elite& O se!in+rio diri*ido )or Lazerseld- e! JK5K- or*anizado )elo Ta!i!ent Institut e a re9ista Daedalus- ilustra be! ,o!o se di9ide! as o)ini7es dos intele,tuais e dos es)e,ialistas #uando trata! da #uest0o&5K&>er Nor!an a,obs or*&- Culture or Millions- o)& ,it& Sobre o !es!o debateGeor*es Qried!an- $Culture )our les Millions%- in Ces Mer9eilleu@ Instru!ents- ParisDenoel- JKK&& No ,aso da es,ola de Qran\urt- ,reio #ue e! linFas *erais suas id.ias s0o ,onFe,idas& Nu!a so,iedade de ,onsu!o a ,ultura se torna !er,adoria- se1a )ara a#uele #ue a abri,a ou a ,onso!e& Na !edida e! #ue a so,iedade a9an/ada . ,ara,terizada )ela re*ress0o da audi/0o- isto .- )ela in,a)a,idade de re,onFe,er o no9o- )rodutores e ,onsu!idores aria! )arte de u! !es!o )lo- reor/ando o siste!a de do!ina/0o

ra,ional&64&S0o 9+rios os es,ritos sobre a ,ultura ,o!o !er,adoria& Se*uindo esta tradi/0o te!os- no ,aso da i!)rensa- Ciro Mar,ondes QilFo- O Ca)ital da Noti,ia- S0o Paulo- er B& =o!an- $On tFe De9elo)!ent o a Materialist TFeorH o Mass Co!!uni,ation in ^est Ger!anH%- in Media- Culture and So,ietH- n es)e,ial Alter tFe Qran\urt S,Fool- 9ol& 5- n J- aneiro de JK5&& N0o #uero !e alon*ar neste te@to sobre as #uest7es teri,as- s0o 9+rias as ,rti,as #ue )odera!os le9antarY )essoal!ente )enso #ue a )ers)e,ti9a ran\urtiana #ue 98 a ideolo*ia e@,lusi9a!ente ,o!o t.,ni,a- o #ue si*nii,a assi!ilar a ,ultura  !er,adoria- te! o !.rito de ,Fa!ar a aten/0o )ara ,ertos )roble!as- !as nos i!)ede de ,o!)reender!os outros& Eu diria #ue a ,ultura- !es!o #uando industrializada- n0o . nun,a inteira!ente !er,adoria- ela en,erra u! $9alor de uso% #ue . intrnse,o  sua !aniesta/0o& =+ u!a dieren/a entre u! sabonete e u!a )era de sab0o& O )ri!eiro e se!)re o !es!o- e sua a,eita/0o no !er,ado de)ende in,lusi9e desta $eternidade% #ue *arante ao ,onsu!idor a #ualidade de u! )adr0o& A se*unda )ossui u!a uni,idade- )or !ais #ue se1a u! )roduto )adronizado& Por isso )reiro a )ostura de Ed*ar Morin #uando air!a #ue $a indústria P+* J3 ,ultural de9e ,onstante!ente su)lantar u!a ,ontradi/0o unda!ental entre suas estruturas buro,ratizadas")adronizadas e a ori*inalidade do )roduto #ue ela orne,e& Seu un,iona!ento se unda!enta nesses dois antit.ti,os: buro,ra,ia"in9en/0o- )adr0o" indi9idualidade%&6J&Ed*ar Morin- L_Es)rit du Te!)s- Paris- Grasset- JK6- )& && Sua an+lise sobre as estrelas de ,ine!a . neste sentido e@e!)lar- ele as a)reende ,o!o !er,adoria e ,o!o !ito&6&Ed*ar Morin- Les Stars- Paris- Seuil- JK&& Por.!- seria in*8nuo des,artar )ura e si!)les!ente a an+lise ran\urtiana- )ois a 8nase na #uest0o da ra,ionalidade nos )er!ite ,a)tar !udan/as estruturais na or!a de or*aniza/0o e de distribui/0o da ,ultura na so,iedade !oderna& Essa transor!a/0o n0o se reduz- no entanto-  sua natureza e,on!i,a- o #ue si*nii,a dizer #ue a ,ultura n0o . si!)les!ente !er,adoria- ela ne,essita ainda se i!)or ,o!o le*ti!a& A ,ultura )o)ular de !assa . )roduto da so,iedade !oderna- !as a l*i,a da indústria ,ultural . ta!b.! u! )ro,esso de Fe*e!onia& Co! isso entende!os #ue a an+lise da )roble!+ti,a ,ultural de9e le9ar e! ,onta o !o9i!ento !ais a!)lo da so,iedade- e- ao !es!o te!)o- )er,eber a ,ultura ,o!o u! es)a/o de luta e de distin/0o so,ial& Penso #ue o ad9ento da so,iedade industrial nos ,olo,ou rente a u!a or/a #ue tende a ser Fe*e!ni,a no ,a!)o da ,ultura& No ,aso brasileiro )er,ebe!os essa tend8n,ia #uando ,o!)ara!os os anos 34 e 54 ao desen9ol9i!ento da indústria ,ultural na d.,ada de 4& A rela/0o de inter,?!bio e ,u!)li,idade #ue Fa9ia entre a esera de )rodu/0o restrita e a a!)liada . re9ertida& O e@e!)lo do sur*i!ento da teleno9ela e! detri!ento do teleteatro . su*esti9o& Ele a)onta )ara o ato de #ue o es)a/o de ,riati9idade na indústria ,ultural de9e estar ,ir,uns,rito a li!ites be! deter!inados& N0o #uero dizer ,o! isso #ue a ,riati9idade n0o )ossa se e@)ressar !ais- #ue ela desa)are,e diante da )roduti9idade do siste!a- !as ,Fa!ar a aten/0o )ara o ato de #ue sua !aniesta/0o se torna ,ada 9ez !ais di,il- en,ontra !enos es)a/o- e est+ a*ora subordinada  P+* J3 l*i,a ,o!er,ial&6&A rela/0o entre teatro e tele9is0o e@)ri!e be! ,o!o se estrutura atual!ente a tens0o entre essas eseras ,ulturais distintas& A ,onsolida/0o da tele9is0o ,o!o indústria reor*aniza a l*i,a do ,a!)o teatral na !edida e! #ue ela ,onstitui o *rande !er,ado )ara os atores& Isto si*nii,a #ue as )e/as- )ara dar bilFeteria- tende! a utilizar roteiristas- e )rin,i)al!ente artistas ,onsa*rados )elo *rande )úbli,o de )reer8n,ia os #ue atuara! nas teleno9elas& N0o se trata si!)les!ente de u! ,onlito entre +reas dieren,iadas- . o )r)rio #uadro da )rodu/0o teatral #ue se !odii,a- azendo ,o! #ue o teatro se torne ,ada 9ez !ais de)endente da )rodu/0o tele9isi9a& ;! arti*o interessante sobre este te!a . o de gan Mi,Fals\i- $Teatro  Pro*resso ou Retro,essos%;nB- =u!anidades- ano I>- n J- e9ereiro]abril de JK&& ;tilizando u!a e@)ress0o de Qou,ault- eu diria #ue a indústria ,ultural a*e ,o!o u!a institui/0o dis,i)linadora enri1e,endo a ,ultura& Se nos anos )assados era )oss9el u! tr?nsito entre as +reas

$eruditas% e de !assa nos !oldes ,o!o a analisa!os anterior!ente- isto se de9ia  )r)ria in,i)i8n,ia da so,iedade de ,onsu!o brasileiraY a distin/0o so,ial ,onerida )ela ,ultura $artsti,a% ,u!)ria u! )a)el su)leti9o no subdesen9ol9i!ento da esera de bens a!)liados& Morin te! raz0o #uando diz #ue a indústria ,ultural te! ne,essidade da in9en/0o- !as . ne,ess+rio ,o!)letar o )ensa!ento e air!ar #ue a rela/0o entre os dois )los antit.ti,os n0o . dial.ti,a- ,o!o al*u!as 9ezes ele su*ereY e@iste u! )ro,esso de subordina/0o entre eles& O ad9ento de u!a so,iedade !oderna reestrutura a rela/0o entre a esera de bens restritos e a de bens a!)liados- a l*i,a ,o!er,ial sendo a*ora do!inante- e deter!inando o es)a/o a ser ,onerido s outras or!as de !aniesta/0o ,ultural&63&A d.,ada de 64 n0o ,orres)onde so!ente ao ad9ento das indústrias da ,ultura no Brasil& Durante esse )erodo se ,onstitui ta!b.! u! !er,ado de artes )l+sti,as #ue at. ent0o ine@istia entre ns& >er os. Carlos Durand- o)& ,it&& P+* J3K O )o)ular e o na,ional Wuando nos de)ara!os ,o! a literatura sobre a so,iedade de ,onsu!oreiterada!ente en,ontra!os u!a dis,uss0o sobre a des)olitiza/0o da so,iedade& Nu! )ri!eiro n9el- o te!a nos re!ete ao )roble!a da inte*ra/0o dos !e!bros da so,iedade no ,a)italis!o a9an/ado- e se reere ao )ro,esso de $des)olitiza/0o das !assas%& >+rios autores- oriundos de tradi/7es teri,as distintas- t8! a)ontado )ara este lado da #uest0o& Cito- )or e@e!)lo- Da9id Ries!an- #ue n0o )artilFa inteira!ente das ,rti,as #ue se aze!  ,ultura de !assaY #ue no seu li9ro ,l+ssi,o- A Multid0o Solit+ria- !ostra ,o!o ele!entos dessa ,ultura un,iona! ,o!o u! !eio de a1ustar os indi9duos  so,iedade&J&Da9id Ries!an- A Multid0o Solit+rio- S0o Paulo- Pers)e,ti9a- JKJ&& Ou o trabalFo de Leo Lo[entFal sobre as bio*raias dos dolos )o)ulares&&Leo Lo[entFal- $TFe Bio*ra)Fi,al QasFion% e $TFe Triu!)F o Mass Idols%- in Lirerature and Mass Culture& No9a erseH Transa,tion Boo\s& JK3&& Lo[entFal as ,onsidera ,o!o estrias e@e!)lares #ue tende! a diundir 1unto ao )úbli,o u! ti)o ideal de ,o!)orta!ento a ser al,an/ado& Sua an+lise do *8nero indi,a #ue nos Estados ;nidos- entre JK44 e JK34- F+ u!a !udan/a no )adr0o do Feri bio*raado& No in,io do s.,ulo-as )ubli,a/7es )ri9ile*ia! a 9ida P+* J54 dos )olti,os e dos *randes Fo!ens de ne*,io& O Feri e@altado era o Fo!e! de a/0o#ue o autor ,Fa!a de $dolo de )rodu/0o%- na !edida e! #ue ele retira9a sua ener*ia e le*iti!idade da esera da 9ida )roduti9a& A )artir de !eados da d.,ada de 4 esse ti)o de i*ura se transor!a& Pou,o a )ou,o o Fo!e!"a/0o ,ede lu*ar aos dolos de entreteni!ento es)ortistas- artistas- et,& #ue esti!ula! no leitor n0o !ais u!a tend8n,ia  realiza/0o de u!a 9ontade- )olti,a ou e!)resarial- !as o ,onor!is!o s nor!as da so,iedade& Passa"se- )ortanto- de u!a ase na #ual a a/0o era ,onsiderada ,o!o o,o ,entral na orienta/0o dos ,o!)orta!entos )ara u!a outra e! #ue se )ri9ile*ia a )assi9idade& ;!a )osi/0o !ais e@tre!ada . ,erta!ente a de Adorno- #uando des,re9e a so,iedade de !assas ,o!o u! es)a/o onde )rati,a!ente n0o !ais e@iste! ,onlitos- u!a 9ez #ue a luta de ,lasses dei@a de e@istir e a )r)ria )ossibilidade de aliena/0o se torna i!)oss9el& So,iedade !ar,ada )ela unidi!ensionalidade das ,ons,i8n,ias- o #ue reor/a a inte*ra/0o da orde! so,ial e eli!ina a e@)ress0o dos anta*onis!os&&;!a )ers)e,ti9a distinta #ue a)onta- no entanto- )ara o !es!o )roble!a . a an+lise se!iol*i,a #ue BartFes az sobre os !itos da so,iedade !oderna auto!9el- il!es- brin#uedos- et,&& O autor !ostra #ue $o !ito te! )or tarea undar u!a inten/0o Fistri,a e! natureza- e! eternidade& As ,oisas nele )erde! a le!bran/a de sua abri,a/0o& O !ito . u!a )ala9ra des)olitizada%- in Mitolo*ias- S0o Paulo- DIQEL- JK5&& Nu! se*undo n9el- )or.!- #ue e9idente!ente est+ rela,ionado ,o! o )ri!eiro!as n0o se ,onunde ,o! ele- o )ro,esso de des)olitiza/0o se 9in,ula  )r)ria l*i,a da indústria da ,ultura& Creio #ue neste )onto o estudo de =aber!as sobre o es)a/o )úbli,o )ode ser to!ado ,o!o )aradi*!+ti,o& Sua ar*u!enta/0o- #ue ,onsidera dois !o!entos Fistri,os distintos da e9olu/0o do #ue ele deno!ina de $es)a/o )úbli,o%- nos interessa )arti,ular!ente& =aber!as des,re9e o ad9ento da ,ultura bur*uesa ,o!o u! !o!ento

e! #ue o Fo!e! bur*u8s se,reta u!a esera )úbli,a de dis,uss0o- #ue ele #ualii,a de e!inente!ente )olti,a& Na sua luta ,ontra o )oder aristo,r+ti,o- a no9a P+* J5J ,lasse e!er*ente se 9ia na ne,essidade de en*endrar u! es)a/o onde )udesse se e@)ri!ir )olti,a e ,ultural!ente- o #ue a le9ou a 9alorizar u!a ,on,e)/0o do indi9iduo en#uanto Fo!e! uni9ersal& Nesse sentido- $a ,ultura bur*uesa n0o era )ura e si!)les!ente u!a ideolo*ia& Na !edida e! #ue o uso #ue as )essoas )ri9adas azia! de sua raz0o nos sal7es- ,lubes e so,iedades de leituras n0o esta9a sub!etido ao ,ir,uito da )rodu/0o e do ,onsu!o- ne! s )ress7es das ne,essidades 9itaisY na !edida e! #ue- )elo ,ontr+rio- este uso da raz0o )ossua u! sentido *re*o de inde)end8n,ia e! rela/0o aos i!)erati9os da sobre9i98n,ia- u! ,ar+ter `)olti,o_- at. !es!o na sua e@)ress0o si!)les!ente liter+ria- )ode ser elaborada esta id.ia #ue- !ais tarde- oi reduzida a u!a ideolo*ia: a id.ia de Fu!anidade%&3&=aber!as- L_Es)a,e Publi,& Paris- PaHot- JK- )& J6&& =aber!as re,onFe,e- )ortanto- #ue o indi9duo do s.,ulo V>III e )arte do s.,ulo VIV . $bur*u8s% e $Fo!e!%- o #ue si*nii,a #ue a no/0o de Fu!anidade ,arre*a ,onsi*o u!a id.ia de liberta/0o #ue n0o se 9in,ula e@,lusi9a!ente a u!a ,lasse so,ial deter!inada& Sua an+lise dos lu*ares so,iais- ,o!o os sal7es- os ,lubes liter+rios- !ostra #ue a ,ultura #ue a se e@)ressa9a )ossua u!a di!ens0o #ue era si!ultanea!ente ,ultural e )olti,a& Para =aber!as- a transor!a/0o da ,ultura e! ,onsu!o se a,entua so!ente e! !eados do s.,ulo VIV- #uando a esera )úbli,a bur*uesa )erde o seu ,ar+ter )olti,o- n0o tanto )or ,ausa do au!ento da sua a!)litude )assa a en9ol9er u! !aior nú!ero de )essoas- !as sobretudo )elo ato de #ue o #ue . )roduzido se unda!enta a*ora e! u! outro ,rit.rio: a de!anda do !er,ado& Nesse sentido o ad9ento da i!)rensa ,o!er,ial- #ue substitui e! *rande )arte a i!)rensa )olti,a dos anos anteriores- inan,iada )ela )ubli,idade e 9oltada )ara o !er,ado- !ar,a a e!er*8n,ia de u!a eta)a #ue tende a se deinir ,o!o u! )ro,esso de des)olitiza/0o& $Se no in,io- no seio da i!)rensa di+ria #ue obede,ia a i!)erati9os essen,ial!ente )olti,os- a reor*aniza/0o de ,ertas e!)resas nu!a base e@,lusi9a!ente ,o" P+* J5 !er,ial so!ente re)resenta9a ainda u!a si!)les )ossibilidade de in9esti!ento rent+9elela se torna !uito ra)ida!ente u!a ne,essidade )ara todos os editores& O desen9ol9i!ento e o a)erei/oa!ento da inra"estrutura t.,ni,a e or*aniza,ional le9ou a u! au!ento do ,a)ital da e!)resaY o ris,o ,o!er,ial au!entou e- ,onse#uente!ente- a )olti,a da e!)resa oi sub!etida aos i!)erati9os de sua estrat.*ia ,o!er,ial&%5&Ide!&& Passa"se de u! 1ornalis!o )olti,o )ara u! 1ornalis!o e!)resarial& A )ers)e,ti9a de =aber!as )ossui u!a di!ens0o Fistri,a- e ,a)ta o !o!ento de transor!a/0o da )r)ria ,on,e)/0o do #ue . a ,ultura& Penso #ue no ,aso brasileiro o !es!o ti)o de l*i,a se !aniesta na !edida e! #ue ela . estrutural  )r)ria indústria ,ultural& + Fa9a!os obser9ado ,o!o o 1ornalis!o )assa9a da id.ia de $!iss0o% )ara a de $atendi!ento das ne,essidades do )úbli,o%- o #ue i!)li,a9a nu! )ro,esso de des)olitiza/0o da ,on,e)/0o de ,o!o se azer u! 1ornal& Mas a su)re!a,ia da l*i,a ,o!er,ial tende in,lusi9e a ,onsiderar de or!a neutralizadora #uest7es de ,unFo )olti,o& ( o ,aso dos diri*entes das e!)resas #uando se )osi,iona! e! rela/0o a u!a #uest0o ,o!o a ,ensura& Dir+ u! e@e,uti9o da QolFa de S& Paulo: $A,Fo #ue a ,ensura de)re,ia a !er,adoria 1ornalsti,a& ( !ais ou !enos ,o!o abri,ar su,o de to!ate #ue n0o )ossa ter *osto de to!ateY tenFo a i!)ress0o #ue isso iria reduzir o !er,ado do su,o de to!ate& ( u! e@e!)lo *rosseiro- !as i!a*ino no #ue se )ossa es)e,ular u! )ou,o nessa dire/0o: de)re,iar o 9alor da !er,adoria 1ornalsti,a e- )ortanto- )oder e9entual!ente si*nii,ar al*u! ti)o de redu/0o ou n0o no ,res,i!ento do !er,ado 1ornalsti,o- se ,onrontado ,o! o #ue ele )oderia ter ,res,ido e! u! a!biente de liberdade )olti,a&%6&De)oi!ento de Ot+9io Qrias QilFo- in Gisela Goldenstein- o)& ,it&- )& J56&& Baseada na id.ia de 9enda e de ei,i8n,ia- a ideolo*ia dos diri*entes da indústria ,ultural tende a aastar #ual#uer )roble!+ti,a #ue interira na ra,ionalidade da e!)resa& Co!o air!a u! intele,tual da Rede P+* J5

Glob Globo o de Tele9 Tele9is is0o 0o-- ao azer azer o bala balan/ n/o o das das ,on# ,on#uis uista tass de ,o!e ,o!er, r,ia ializ liza/ a/0o 0o da e!)resa: $( u! ato #ue a !dia se tornou !enos )olti,a e ,entrada a*ora na ei,i8n,ia& Isto a Rede Globo )ro)or,ionou ao !er,ado: )ro,ura a Globo #ue! )re,isa de resultados e res)ostas ,o!er,iais%& &Ar,e- $Tele9is0o: Ano 5]J4 de Con#uistas de Co!er,ializa/0o%o)& ,it&- )& 6&& Se no Brasil o ad9ento da indústria ,ultural i!)li,ou a 9aloriza/0o dos i!)erati9os de orde! e,on!i,a na esera da ,ultura- n0o . !enos 9erdade #ue o ,aso brasileiro )ossui u!a )arti,ularidade e! rela/0o ao #ue se )assou e! outros )ases& Entre ns . o Estado !ilitar #ue! )ro!o9e o ,a)italis!o na sua ase !ais a9an/ada& E! #ue !edida este tra/o re,olo,a a te!+ti,a da des)olitiza/0o #ue 9nFa!os ,onsiderando' Para en,a!inFar !eu ra,io,nio- *ostaria de ,onsiderar dois e@e!)los- o da flti!a =ora e o da T> E@,elsior&  Trata!"se de duas e!)resas #ue se !oderniza!- !as #ue n0o ,onse*ue! se desen9ol9er ,o!o $indústria% no #uadro )olti,o )s"63& >i!o >i!oss nos nos ,a) ,a)tu tulo loss ante anteri rior ores es ,o!o ,o!o tant tanto o a E@,e E@,els lsio iorr ,o!o ,o!o a flti flti!a !a =ora =ora introduzira! u!a s.rie de t.,ni,as !odernas na *est0o e na ,on,e)/0o do )roduto #ue 9ei,ula9a!& N0o obstante- o #ue ,Fa!a a aten/0o . #ue a!bas ti9era! o !es!o destino: a runa& A flti!a =ora tinFa sido ,riada e! JK5J )or Sa!uel ^ainer ,o! a inalidade de deend deender er os interes interesses ses *etulis *etulistas tas&& &&>er >er Gisela Gisela Golden Goldenste steinin- Do ornal ornalis!o is!o Polti, Polti,o o  Indústria Cultural& o)& ,it&& ,it&& O 1ornal .- )ortanto)ortanto- ,on,ebido ,o!o )orta"9oz )orta"9oz do )o)ulis!o da .)o, .)o,aa- e toda toda a sua sua tran trans sor or!a/ !a/0o 0o te,n te,nol ol* *i, i,aa- assi! assi! ,o!o ,o!o sua sua !ode !odern rniz iza/ a/0o 0o-- se estrutura! a )artir deste i!)erati9o de orde! )olti,a #ue o unda!enta& Por ,ausa de sua suas )osi )osi//7es7es- a flti flti!a !a =ora =ora ser+ ser+ ,o!b ,o!bat atid ida a )or )or seus seus ad9er d9ers+ s+ri rios os-- a ;DN ;DN e as !ult !ultin ina, a,io iona nais is #ue #ue do!in do!ina9 a9a! a! o !er, !er,ad ado o da )ubl )ubli, i,id idad ade& e& Por Por esse esse !oti !oti9o 9o-- a 9ida 9ida e,on!i,a do 1ornal oi di,il durante toda a d.,ada de 54- e e! JK5 ele esta9a  beira da al8n,iaY so!ente a )artir desta data- ,o! o *o9erno us,elino- #uando a bri*a )olti,a se a,al!a- . #ue o 1ornal P+* J53 ,onse*ue re,ursos e se re,u)era& Por.!- o )erodo de estabilidade . ,urto- )ois o *ol)e de 63 9ai eli!in+"lo de ,ena& O itiner+rio da T> E@,elsior . se!elFante& Res)ons+9el )ela introdu/0o de u!a s.rie de !edidas !odernizadoras na tele9is0o- ela oi undada e! JK64 )elo )elo *ru) *ru)o o Si!o Si!ons nsen en-- s 9.s)e 9.s)era rass das das elei elei/7 /7es es )res )resid iden en,i ,iai ais& s& Lo*o Lo*o no in, in,io io de seu un,iona!ento a e!)resa te! )roble!as- )ois Fa9ia a)oiado o !are,Fal Lott- ,andidato )erdedor )erdedor das elei/7es& elei/7es& Qorte!ente Qorte!ente na,ionalistana,ionalista- o *ru)o ,on,ession+ri ,on,ession+rio o se ,olo,a ,olo,a lo*o e! se*uida ao lado de an*o- !as ,o! o *ol)e a e!issora . in9adida )elos !ilitares- al.! de re,eber re,eber u!a aten/0o aten/0o es)e,ial da ,ensura- #ue a trata de !aneira !ais ri*orosa do #ue as outras e!)resas& As )ress7es ,ontra a a!lia Si!onsen n0o tarda! a a)are,er& Co!o os )ro)riet+rios era! li*ados  e@)orta/0o de ,a. e aos *ru)os interna,ionais in*leses- nu! !o!ento de rearti,ula/0o da e,ono!ia brasileira #ue )ri9ile*ia9a os ,on*lo!erados norte" a!eri,anos- o Estado a)ro9eita o in#u.rito aberto na .)o,a de Goulart #ue os a,usa9a de des9io de 9erbas )erten,entes ao Instituto Brasileiro do Ca.& O )ro,esso ter!ina ,o! o se#X se#Xest estro ro dos dos bens bens dos dos )ro) )ro)ri riet et+r +rio ioss Pana Panair ir-- ,olo ,olo,a ,and ndo o a tele tele9is 9is0o 0o nu!a nu!a situa situa/0 /0o o e,on!i,a )re,+ria& Posto #ue o *o9erno n0o te! interesse e! #ue a e!issora se torne inteira!ente autno!a- ,o!o )ar,ela da d9ida ele ,onis,a )arte das a/7es )ara a ;ni0o& Isso si*nii,a #ue a )artir de JK65 a E@,elsior n0o )odia !ais ,ontar ,o! a ,obertura e,on! e,on!i,a i,a #ue )ossua )ossua anterio anterior!e r!ente nteYY a e!isso e!issora ra 9i9e u! )erod )erodo o de instab instabilid ilidade ade-!ar,ada )or 9+rias ,rises trabalFistas- e e! JK6K 98 sua ,on,ess0o ,assada )elo *o9erno& Co!o de,larou )osterior!ente ^alla,e Si!onsen Neto- o e!)reendi!ento $era 9i+9el e,ono!i,a!ente !as in9i+9el )oliti,a!ente%&K&De)oi!ento de ^alla,e Si!onsen Neto Q;NARTE&& Gisela Goldenstein Goldenstein obser9a #ue a flti!a flti!a =ora te9e as t.,ni,as t.,ni,as da indústria ,ultural,ultural!as n0o a sua l*i,a& Pode!os dizer o !es!o da I> E@,elsior& O lado )olti,o- 9in,ulado aos setores derrotados )elo *ol)e- i!)edira! #ue P+* J55 essas e!)resas !odernas )udesse! se desen9ol9er dentro do no9o #uadro das or/as )olti,as& O #ue si*nii,a #ue a 9ertente asso,iada aos !ilitares ,ontou ,o! a liberdade ne,ess+ria )ara realizar seus )ro1etos ,ulturais& O ,aso da T> Globo ,ontrasta ,o! o da

E@,elsi E@,elsior& or& Suas Suas ati9id ati9idade adess ini,ia ini,iais is ta!b.! ta!b.! ora! ora! dii,u dii,ulto ltosas sas de9ido de9ido  9in,ula 9in,ula/0o /0o da e!)resa ao ,on*lo!erado Ti!e"Lie- o #ue 9iola9a ,lara!ente as leis na,ionais relati9as  ,o!uni,a/0o&J4&Sobre a asso,ia/0o da Globo ao *ru)o Ti!e"Lie- e o )ro,esso !o9ido )ela CPI do Con*resso- 9er Daniel =erz- A =istria Se,reta da Rede Globo- Porto Ale*re T,F8& JK&& Roberto MarinFo- da !es!a or!a #ue Si!onsen no ,aso do ,a.- enrentou u!a ,errada ,a!)anFa das ,o!iss7es )arla!entares de in#u.rito #ue in9esti*ara! a intro!iss0o dos interesses a!eri,anos nos !eios de ,o!uni,a/0o brasileiros& Por.!- os ,ont ,ontat atos os da T> Glob Globo o 1unt 1unto o  +rea +rea !ilit !ilitar ar era! era! ort orteses- e ela )de se bene benei, i,ia iarr da ,o!)la,8n,ia do re*i!e #ue n0o Fesitou e! a9ore,8"la& A Globo )de- desta or!aestabe estabele, le,er er u!a alian/ alian/a a ,o! o Estado Estado autorit autorit+ri +rioo- )ossibi )ossibilita litando ndo #ue os ob1eti ob1eti9os 9os de $inte*ra/0o na,ional% )udesse! ser ,on,retizados no do!nio do siste!a tele9isi9o& Dizer #ue a ,onsolida/0o da indústria ,ultural se d+ nu! !o!ento de re)olitiza/0o da esera do a)arelFo de Estado si*nii,a air!ar #ue o )ro,esso de des)olitiza/0o #ue est+9a!os ,onsiderando- e@,lusi9a!ente a n9el de !er,ado- se benei,ia de u! reor/o )olti,o& Co! eeito- o Estado autorit+rio te! interesse e! eli!inar os setores #ue )ossa! lFe oere,er al*u!a resist8n,iaY nesse sentido a re)ress0o aos )artidos )olti,os- aos !o9i!entos so,iais-  liberdade de e@)ress0o- ,ontribui )ara #ue se1a! des!anteladas as or!as ,rti,as de e@)ress0o ,ultural& Wuando se analisa o )erodo relati9o  ditadura !ilitar- o #ue ,Fa!a a aten/0o no #ue diz res)eito  re)ress0o ,ultural n0o . tanto a e@ist8n,ia da ,ensura- #ue de u!a or!a se en,ontra asso,iada  e@ist8n,ia e! si do a)arelFo de Estado- !as a sua e@tens0o& Ela n0o se ,onstitui a)enas de )ro)osi/7es !ais *erais- a)ro9adas )ela le*alidade de e@,e/0o e es)elFada na Constitui/0o- na Lei de I!)rensa- nas re*ula!enta/7es #ue P+* J56 ,ontro ,ontrola! la! o teatro teatro-- ,ine!a ,ine!a-- tele9i tele9is0o s0o-- r+dior+dio- et,& et,& E@iste E@iste! ! ainda ainda inú!era inú!erass or!as or!as de )ress0o- diretas e indiretas- #ue no ,a!)o do 1ornalis!o- )or e@e!)lo- atin*e! +reas diere dieren,i n,iada adass- )roibi )roibindo ndo a )ubli, )ubli,a/0 a/0o o de inor! inor!a/7 a/7es es de ,unFo ,unFo )olti )olti,o,o- !oral!oral- e at. !es!o !es!o not,ia not,iass lo,ais lo,ais-- 1ul*ad 1ul*adas as ,o!o ,o!o )oten, )oten,ial! ial!ent ente e desabon desabonado adoras ras da i!a*e! i!a*e! de tran#Xilidade ,ulti9ada )elos !ilitares& Mas esse trabalFo de denún,ia e de ,atalo*a/0o dos atos de re)ress0o 1+ oi realizado )or 9+rios estudiosos- )or isso *ostaria de ,onsiderar a )roble )roble!+t !+ti,a i,a 9ista 9ista de u! outro outro ?n*ulo ?n*ulo&JJ &JJ&So &Sobre bre a le*isla le*isla/0o /0o re)res re)ressi9a si9a-- 9er Reinal Reinaldo do Santos- >ade Me,u! da Co!uni,a/0o- Rio de aneiro- Ed& TrabalFistas- JK6Y ou ainda Paolo Mar,oni- A Censura Polti,a na I!)rensa Brasileira: JK6"JK- S0o Paulo- GlobalJK4Y T?nia Pa,Fe,o- $O Teatro e o Poder%- o)& ,it&& Penso #ue . )oss9el ,a)tar!os o #uadro relati9o ao e!bate entre ,ensura e ,ultura se ,onsiderar!os- ao lado da re)ress0o s liberdades de e@)ress0o- ,ertas or!as de ,o!) ,o!)or orta ta!e !ent nto o #ue #ue sur* sur*e! e! dura durant nte e o )ero )erodo do auto autorit rit+r +rio io&& Para Para isso isso . i!)or i!)orta tant nte e reto reto!a !ar! r!os os al*u al*u!a !ass an+l an+lise isess e ,rt ,rti, i,as as #ue #ue )ro, )ro,ur urar ara! a! a)ree a)reend nder er as atit atitud udes es dos dos indi9duos nu! ,otidiano #ue reletiria os i!)asses de u!a ,ultura !ar,ada )ela 9iol8n,ia e )ela ,ensura& O ensaio sobre autoritaris!o e ,ultura de Lu,iano Martins .- neste sentidointeres interessan santeY teY nele nele o autor autor bus,a bus,a entend entender er as !anies !aniesta/ ta/7es 7es ,ultur ,ulturais ais e!er*en e!er*entes tes na so,iedade brasileira ,o!o u!a res)osta  situa/0o de re)ress0o&J&Lu,iano Martins- $A Gera/0o AI"5%- Ensaios de O)ini0o- sete!bro de JKK&& Lu,iano Martins to!a ,o!o ob1eto u! *ru)o de 1o9ens )erten,entes a u!a ,lasse !.dia !ais es,olarizados- ,o! a,esso  uni9ersidade- #ue ele deno!ina de $*era/0o AI"5%- e #ue a )artir de JK6 )ro!o9e! e 9aloriza! as ,orrentes de ,ontra,ultura& Dentro desse uni9erso ele )ro,ura dete,tar u! ,on1unto de 9alores e ,o!)orta!entos- )r+ti,as #ue seria! 9i9idas ,o!o u!a re,eita de liberta/0o )essoal no #uadro *lobal de re)ress0o da so,iedade brasileira& Dito de outra or!a- tenta"se ,o!)reender o sur*i!ento de 9alores si!ilares aos da ,ontra,ultura nos )ases ,entrais- s #ue a*ora P+* J5 a1us a1usta tado doss a u!a u!a so,i so,ied edad ade e )eri )eri.r .ri, i,a& a& No ,on1 ,on1un unto to dess dessas as )r+t )r+ti, i,as as-- ele ele ,ons ,onside idera ra )arti,ular!ente tr8s delas: o uso da dro*a- a desarti,ula/0o do dis,urso e o !odis!o da )si,an+lise& A dro*a . 9ista ,o!o u! instru!ento de e9as0o do !undo- u!a or!a de es,a)is!o& es,a)is!o& O )ro,esso )ro,esso de desarti,ula desarti,ula/0o /0o do dis,ursodis,urso- o autor )ode )er,eb8"lo no uso #ue esta *era/0o AI"5 az das )ala9ras- e! )arti,ular analisando os no9os ter!os da *ria

 1u9enil- #ue e! )rin,)io i!)li,aria! u!a alta de )re,is0o- u!a indeter!ina/0o #ue se o)or o)oria ia a #ual #ual#u #uer er ti)o ti)o de ,onF ,onFe, e,i! i!en ento to !ais !ais ,on, ,on,eit eitua ual& l& Por Por i!i!- o $!od $!odis is!o !o%% da )si,an+lise diz res)eito  e@)ans0o deste ti)o de tera)ia 1unto a setores ,ulti9ados da ,lasse !.dia- e@)ans0o #ue n0o ,orres)onderia tanto  e@ist8n,ia de u!a neurose de ori*e! estrita!ente indi9idual- !as e@)ressaria u!a ansiedade aut8nti,a- n0o"neurti,aindu induzid zida a )or )or toda toda u!a u!a ,on1u ,on1unt ntur ura a so,i so,ial al es)e es)e, ,i, i,a& a& Esses Esses ele!e ele!ent ntos os or!a or!aria ria! ! u! ,on1unto de 9alores )ara a orienta/0o da 9ida- !as de9ido a sua des)olitiza/0o- ,o!)oria! u! anti anti)r )ro1 o1et eto o de liber libera/ a/0o 0o na !edi !edida da e! #ue #ue seria seria $u!a $u!a e@)res e@)ress0 s0o o da alie aliena na/0 /0o o )roduzida )elo )r)rio autoritaris!o%&J&Ide!- )&3& A rele@0o #ue Gilberto >as,on,elos az sobre a !úsi,a )o)ular brasileira- e!bora o,alize u! ob1eto distinto- a)onta )ara esses !es!os tra/os re9elados& ( be! 9erdade #ue o )onto de )artida deste autor . bastante dieren,iado do anterior& Sua ,rti,a ao )o)ulis!o dos !o9i!entos ,ulturais da d.,ada de 64- sua 9aloriza/0o da Tro)i,+lia- e )or ,onse*uinte da 9ertente ale*ri,a inau*urada )or Os[ald de Andrade- o ilia a u!a tradi/0o de )ensa!ento #ue se aasta desta 9is0o u! tanto r*ida dentro da #ual se en#uadra a an+lise de Lu,iano Martins& Mas .  1usta!ente essa di9ersidade de )ontos de 9ista #ue . es,lare,edora- )ois se s e os autores se unda! unda!ent enta! a! e! ,ate*o ,ate*oria riass teri, teri,as as distint distintasas- a ar*u!e ar*u!enta nta/0o /0o des9en des9enda da ele!ent ele!entos os an+lo*os- o #ue su*ere #ue u! deter!inado ti)o de ,o!)orta!ento . al*o !ais *eral dentro desta ,on1untura )olti,a& To!ando ,o!o reer8n,ia o )erodo de JK6K a JK3!o!ento e! #ue 9i,e1a P+* J5 u!a $,ultura da de)ress0o%- ele )ro,ura ,o!)reender ,o!o a )artir de JK6- a)s u!a e@)los0 e@)los0o o de uto)ia uto)ia )olti )olti,a,a- na #ual #ual a es#uerd es#uerda a )ossua )ossua a Fe*e!o Fe*e!onia nia do !o9i!en !o9i!ento to ,ultural- se instaura u! ,li!a de ,onor!is!o e de )assi9idade& $Cultura de de)ress0o ,o! 9aria/7es no irra,ionalis!o- no !isti,is!o- no es,a)is!o- e sob o si*no da a!ea/a- eis os tra/os essen,iais #ue a,o!)anFa! al*uns setores da )rodu/0o ,ultural brasileira a )artir de JK6K& Suas ,ara,tersti,as a)resenta! es)antosa ,on9er*8n,ia ideol*i,a: enterra"se arbitraria!ente a no/0o de !i!ese ,o! base nu!a ,on,e)/0o reii,ada da lin*ua*e!de,lara"se es)úria ou ,areta a esera do )olti,o e- atra9.s de u! ar*u!ento e#ui9o,ado do )eri*o da re,u)era/0o 9ia indústria ,ultural ou )elo establisF!ent- az"se a )roiss0o de . do sil8n,io teri,o- isto .- a re,usa a)olo*.ti,a do dis,urso ,on,e)tualizado sobre a )rodu/0o artsti,a- sobretudo a !usi,al& Isto tudo !es,lado a u! ,ulto !odernoso do nonsen nonsensese- a u! re)údi re)údio o  )ontil )ontilFa/ Fa/0o 0o ra,ion ra,ional al do dis,ur dis,urso& so&%J3 %J3&Gil &Gilbert berto o >as,on >as,on,el ,elososMúsi,a Po)ular: de OlFo na Qresta- Rio de aneiro- Graal- JK- ))& 66"6&& Portanto- 8nase no su1eito $alienado%- #ue bus,a na dro*a- no !isti,is!o ou na )si,an+lise- a or!a de e@)ressar sua indi9idualidadeY desarti,ula/0o do dis,urso- reii,a/0o da lin*ua*e!- o #ue e#ui9al e#ui9aleria eria a u!a des9al des9aloriz oriza/0 a/0o o do ,onFe, ,onFe,i!e i!ento nto ra,ion ra,ionalY alY re,usa re,usa e! se en,ara en,ararr o ele!ento )olti,o& N0o dei@a de ser interessante obser9ar #ue o dia*nsti,o ,orres)onde ao #ue 9+rios autore autoress aze! aze! sobre sobre a !odern !odernida idade de nas so,ieda so,iedades des a9an/a a9an/adas das&& Basta Basta le!bra le!brar!o r!oss do debate debate sobre sobre !odern !odernis! is!o o e )s"!o )s"!odern dernis! is!oo- #ue ,onside ,onsidera ra a e!er*8n e!er*8n,ia ,ia de or!as or!as so,iais ,o!o a ,ontra,ultura- o !isti,is!o dos 1o9ens- os !o9i!entos e,ol*i,os #ue $ro!anti,a!ente% 9aloriza! a natureza- a ra*!enta/0o do indi9duo na so,iedade de ,onsu!o- ,o!o e@)ress0o da $irra,ionalidade% das so,iedades !odernas&J5&>er Arte e! Re9ista- es)e,ial sobre Ps"Modernis!o- n - JKY 9+rios ensaios in =al Qoster or*&- TFe Anti"AestFeti,: EssaHs on Post!odern Culture- ^asFin*ton- BaH Press- JK5- e Ri,Fard Bernstein or*&- =aber!as and ModernitH- Ca!brid*e- Massa,Fusetts- JK5&& N0o )re" P+* J5K tendo nesse te@to a)roundar sobre a te!+ti,a da ,ontra,ultura nas so,iedades a9an/adas!uito !uito !enos !enos sobre sobre a dis,us dis,uss0o s0o do )s"!od )s"!odern ernis!o is!oYY ,reio ,reio #ue . sui,ie sui,iente nte sublin sublinFar Far !inF !inFas as dú9i dú9ida dass e! rela rela/0 /0o o a esta esta )ers )ers)e )e,t ,ti9 i9a a #ue #ue a)re a)reen ende de esse essess !o9i !o9i!e !ent ntos os e@,lusi9a!ente ,o!o sinais de irra,ionalis!o- ou de es,a)is!o& Identii,o"!e !ais ,o! a )ostura #ue- !es!o a)ontando )ara os li!ites #ue )ossue! os !o9i!entos 1u9enis dos anos 64- neles des,obre u!a tend8n,ia ati9a de se ,ontra)or  so,iedade te,nol*i,a& J6&Sobre a ,ontra,ultura- 9er TFeodore Rosza\- TFe Ma\in* o a Counter Culture- No9a Ior#ueIor#ue- An,For Boo\sBoo\s- JK6K&& De #ual#uer #ual#uer or!a- este n0o !e )are,e )are,e ser o )onto ,entral

)ara a dis,uss0o #ue esta!os realizando no !o!ento- na se#X8n,ia de !inFa ar*u!enta/0oY o rele9ante . real/ar o ato de #ue u! !es!o ,on1unto de !aniesta/7es . ,o!)reendido de !aneira dieren,iada )or autores de ,ontinentes distintos- O #ue os estudiosos estran*eiros 98e! ,o!o de,orrente da e@)ans0o da )r)ria ra,ionalidade da so,iedade se1a )ara 9aloriz+"los- se1a )ara ,ontest+"los- os ,rti,os brasileiros atribue!  su)erestrutura )olti,a do #uadro na,ional& O est+*io de ra,ionaliza/0o da so,iedade- e )or ,onse*uinte do ,o!)orta!ento indi9idual- . )er,ebido ,o!o ,onse#X8n,ia da e@ist8n,ia do Estado autorit+rio& Dentro dessa )ers)e,ti9a- a )er*unta #ue se ,olo,a . a se*uinte: ,o!o entender essa dis,re)?n,ia' Qor!aria o Brasil u! #uadro  )arte- a )onto de bus,ar!os a e@)li,a/0o de u! en!eno #ue se! dú9ida )are,e ser interna,ional- nu!a esera ,o!)leta!ente distinta da#uela en,ontrada nas so,iedades a9an/adas' Penso #ue esta ,ontradi/0o )ode ser resol9ida #uando 9olta!os  es)e,ii,idade deste ,a)italis!o brasileiro )ro!o9ido )elas or/as re)ressi9as& Entre ns o Estado . o a*ente da !oderniza/0o- o #ue si*nii,a #ue )or u! lado ele . )ro)ulsor de u!a no9a orde! so,ial)or outro- . )ro!otor de u! $desen,anta!ento du)lo do !undo%- na !edida e! #ue sua ra,ionalidade in,or)ora u!a di!ens0o ,oer,iti9a& A n9el estrutural ela a,o!)anFa o )ro,esso de transor!a/0o da so,iedade ,o!o u! todoY a n9el da esera )olti,a- ela e@)ressa o lado P+* J64 autorit+rio do re*i!e !ilitar& Tal9ez )ud.sse!os dizer #ue no ,aso brasileiro Fou9e u!a ,on1un/0o de or/as #ue se ,on,entrara! nu! deter!inado )erodo- a9ore,endo o a1usta!ento a,elerado dos indi9duos s no9as nor!as de or*aniza/0o da so,iedade& A rela/0o entre ,ultura e )olti,a nos re!ete ainda a u!a dis,uss0o ,l+ssi,a sobre o )o)ular e o na,ional no Brasil& MinFa tese . de #ue o ad9ento de u!a ,ultura )o)ular de !assa i!)li,a a redeini/0o desses ,on,eitos- e nos )r)rios )ar?!etros da dis,uss0o ,ultural& No entanto- antes de entrar!os es)e,ii,a!ente no te!a- . ne,ess+rio reeren,iar as )osi/7es e! torno das #uais Fistori,a!ente esse debate e9oluiu& Pode"se dizer #ue at. re,ente!ente e@istira! entre ns duas *randes tradi/7es #ue )ro,ura9a! )ensar a )roble!+ti,a do na,ional")o)ular& A )ri!eira- !ais anti*a- se li*a aos estudos e s )reo,u)a/7es ol,lri,as- e te! in,io ,o! Sil9io Ro!ero e Celso Ma*alF0es- e! ins do s.,ulo )assado& Po)ular si*nii,a tradi,ional- e se identii,a ,o! as !aniesta/7es ,ulturais das ,lasses )o)ulares- #ue e! )rin,)io )reser9aria! u!a ,ultura $!ilenar%ro!anti,a!ente idealizada )elos ol,loristas& Dentro dessa )ers)e,ti9a- o )o)ular . 9isto ,o!o ob1eto #ue de9e ser ,onser9ado e! !useus- li9ros e ,asas de ,ultura- ali!entando o saber nost+l*i,o dos intele,tuais tradi,ionais& Mas a e!er*8n,ia do )ensa!ento ol,lri,o no Brasil est+- ,o!o na Euro)a- ta!b.! asso,iada  #uest0o na,ional- u!a 9ez #ue as tradi/7es )o)ulares en,arna! u!a deter!inada 9is0o do #ue seria o es)rito de u! )o9o& Peter Bur\e obser9a #ue a des,oberta da ,ultura )o)ular )elos intele,tuais euro)eus se d+ )reeren,ial!ente nos )ases )eri.ri,os da Euro)a- )ois In*laterra e Qran/a- ,entros do !undo !oderno at. !eados do s.,ulo VIV- se en,ontra9a! relati9a!ente ausentes do !o9i!ento ro!?nti,o #ue se 9olta )ara o estudo das tradi/7es )o)ulares&J&Peter Bur\e- Po)ular Culture in EarlH Modern Euro)e- No9a Ior#ue- ;ni9ersitH Press- JK& Sobre o ,on,eito de ,ultura )o)ular na Euro)a- 9er Renato Ortiz- `Cultura Po)ular: Ro!anti,os e Qol,loristas%- Te@to - Pro*ra!a de Ps"Gradua/0o e! Ci8n,ias So,iais- P;C"SP- JK5&& Na P+* J6J 9erdade- o estudo do ol,lore se desen9ol9e e! )ases ,o!o Ale!anFa- It+lia- Portu*alEs)anFa- lu*ares onde a #uest0o da ,onstru/0o na,ional te! #ue ser enrentada no )lano !aterial e si!bli,o& Na Ale!anFa o interesse )ela ,ultura )o)ular e@iste )or#ue o #ue est+ e! )auta . a )roble!+ti,a na,ionalY seu estudo . u!a or!a de se identii,ar ,o!o ale!0o- isto .- de se ,onstruir u!a na,ionalidade #ue n0o e@iste ainda e! sua totalidade!as #ue se )retende ,onsolidar ,o!o realidade Fistri,a& O !es!o )ode ser dito e! rela/0o  It+lia- onde a reunii,a/0o durante o Ressur*i!ento ,olo,a o ol,lore ,o!o ele!ento da ,ons,i8n,ia na,ional&J&N0o . )or a,aso #ue u! autor ,o!o Gra!s,idierente!ente dos !ar@istas dos )ases !ais industrializados- te! #ue le9ar e! ,onsidera/0o a #uest0o do ol,lore&& No ,aso do Brasil- o in,io dos estudos ol,lri,os

ta!b.! . !ar,ado )elo !es!o ti)o de )reo,u)a/0o& Sl9io Ro!ero te! ,o!o ob1eti9o unda!enta unda!entall estabele,er estabele,er o terreno terreno da na,ionalidade na,ionalidade brasileirabrasileira- e seus trabalFos trabalFos se 9olta! )ara o ,ruza!ento do ne*ro- do bran,o e do ndio- na bus,a de u!a identidade na,ional& JK&>er Sl9io Ro!eroRo!ero- Estudos Estudos sobre a Poesia Po)ular Po)ular no Brasil- Petr)olisPetr)olis- >ozes- JK- e =istria da Literatura Brasileira- Rio de aneiro- os. OlH!)io- s&d&& Nesse sentido se )ode dizer #ue a ,ultura )o)ular . u! ele!ento si!bli,o #ue )er!ite aos intele,tuais to!are! ,ons,i8n,ia e e@)ressare! a situa/0o )eri.ri,a da ,ondi/0o do )as e! #ue se en,ontra!& Mes!o no interior de u! úni,o )as- essa rela/0o entre ,entro 9ersus )erieria )are,e se !anies !aniestar tar&& Teil Teilo o Bra*aBra*a- #uando #uando ,onside ,onsidera ra o desen9 desen9ol9i ol9i!en !ento to do ol,lo ol,lore re brasile brasileiro iro-obser9a #ue $a 9italidade da tradi/0o )o.ti,a des)ertou o interesse dos ,rti,os lon*e da ,a)ital- no MaranF0o- onde o !alo*rado Celso Ma*alF0es ,o!e/ou a sua ,olFeita de ro!an,es- e! Ser*i)e- terra natal de Sl9io Ro!ero- #ue ,ontinuou e! Perna!bu,o as suas )es#uisas )es#uisas durante o ,urso a,ad8!i,oa,ad8!i,o- e no Rio Grande Grande do Sul onde Carlos oseritz ,oli*iu os ,antos lri,os%&4&Teil lri,os%&4&Teilo o Bra*aBra*a- $Sobre a Poesia Po)ular no Brasil%Brasil%- introdu/0o introdu/0o ao li9ro de Sl9io Ro!ero- Cantos Po)ulares no Brasil- Lisboa- s&d&- )& VI>&& Na 9erdade- o estudo da ,ultura )o)ular . u!a or!a de !aniesta/0o da ,ons,i8n,ia re" P+* J6 *ion *ional al #uan #uando do ela se o)7e o)7e ao Esta Estado do ,ent ,entra raliz lizad ador or&& N0o N0o . ,asua ,asuall #ue #ue os ol, ol,lo loris rista tass )redo! )redo!ina inante nte!en !ente te se ,on,en ,on,entra tra! ! e! re*i7e re*i7ess )eri. )eri.ri, ri,as as ,o!o ,o!o o Nordes Nordestete- e #ue o ol,lore se institu,ionalize no Brasil na d.,ada de 4& Penso #ue- no !o!ento e! #ue a elite lo,al )erde o )oder no )ro,esso de unii,a/0o na,ional- te!"se o lores,i!ento do estudo da ,ultura )o)ularY u! autor ,o!o Gilberto QreHre )oderia tal9ez ser to!ado ,o!o re)res re)resent entant ante e )aradi )aradi*!+ *!+ti, ti,o o dessa dessa ,lasse ,lasse #ue )ro,ur )ro,ura a ree#ui ree#uilibr librar ar seu ,a)ita ,a)itall )olti )olti,o ,o atra9.s da te!+ti,a do re*ional& ;!a outra tradi/0o- !ais )olitizada- a)are,e na ,ena Fistri,a e! !eados dos anos 54- e 9e! !ar,ada )elo ,li!a de eer9es,8n,ia da .)o,a& Ela ter+- no entanto- 9+rios !atizes ideol*i,os: ser+ reor!ista )ara o ISEB- !ar@ista )ara os Centros Po)ulares de Cultura- ,atli,a de es#uerda )ara o !o9i!ento de alabetiza/0o e o Mo9i!ento de Cultura Po)ular no Nordeste& E@iste- )or.!- u! ele!ento #ue as unii,a: a tni,a )olti,a& Gra/as  reinter)reta/0o do )r)rio ,on,eito de ,ultura realizado )elos intele,tuais isebianos- )ode" se ro!)er ,o! a )ers)e,ti9a tradi,ionalista e ,onser9adora #ue )er,ebia a ,ultura )o)ular uni,a!ente do )onto de 9ista ol,lri,o& A ,ultura se transor!a- desta or!a- e! a/0o )olti,a 1unto s ,lasses subalternas& O !.todo Paulo Qreire . u! bo! e@e!)lo dissoY o #ue se )retendia ,o! ele era resol9er u!a edu,a/0o )o)ular #ue orientasse a so,iedade brasileira na dire/0o de u! )ro1eto alternati9o ao 9i*ente na#uele !o!ento& O !es!o )ode!os dizer do teatro e do ,ine!a realizados nesse )erodo- #ue se a)ro@i!a9a! e! !uito  literatura en*a1ada de Sartre& N0o dizia o !aniesto do ,ine!a no9o #ue a est.ti,a da o!e- te!atizando te!atizando o subdesen9ol9 subdesen9ol9i!ento i!ento brasileirobrasileiro- daria ao es)e,tador es)e,tador a ,ons,i8n,ia ,ons,i8n,ia de sua )r)ria !is.ria' O #ue se bus,a9a- )ois- atra9.s da ,ultura )o)ular- era le9ar s ,las ,lasses ses )o)u )o)ula lares res u!a u!a ,ons ,ons,i ,i8n 8n,i ,ia a ,rt ,rti, i,a a dos dos )rob )roble le!a !ass so,i so,iai ais& s& Mo9i Mo9i!en !ento to #ue #ue ,a!inFa9a ao lado da #uest0o na,ional- )ois- de a,ordo ,o! o )ensa!ento do!inante- a $aut8nti,a% ,ultura brasileira se e@)ri!iria na sua rela/0o ,o! )o9o"na/0o& N0o 9e! ao ,aso ,aso dis, dis,ut utir ir!o !oss a*or a*ora a os des, des,a! a!inF inFos os dessa dessa )ers )ers)e, )e,ti ti9a 9a-- ou #uest #uestio iona narr a id.ia id.ia de autenti,idade ou P+* J6 inautenti,idade de u!a identidade #ue sabe!os ser ruto da ,onstru/0o ideol*i,a de *ru)os )olti,os #ue se enrenta!& + ti9e!os a o)ortunidade de abordar esse te!a e! outr outros os es,r es,rit itos os& &J&> J&>er er Cult Cultur ura a Bras Brasile ileira ira e Iden Identi tida dade de Na,i Na,ion onal al-- o)& o)& ,it& ,it&& & O #ue #ue nos nos interessa no !o!ento . ,o!)reender e! #ue !edida o ad9ento de u!a indústria ,ultural 9e! !odii,ar o )anora!a dessa dis,uss0o& N0o resta dú9ida #ue essas 9is7es a)resentadas aze! )arte da Fistria intele,tual e )olti,a brasileiras- nesse sentido elas )er!ane,e! )resentes ainda Fo1e nos debates e na i!)le! i!)le!ent enta/0 a/0o o de deter! deter!inad inadas as a/7es a/7es ,ultur ,ulturais& ais& A )ers)e, )ers)e,ti9a ti9a ol,lor ol,lorist ista a sobre9 sobre9i9ei9esobretudo- nas re*i7es )eri.ri,as do )as- onde o,orre u!a si!biose entre o )o)ular tradi,ional e as )olti,as de ,ultura realizadas )elas se,retarias e ,onselFos !uni,i)ais e estaduais& Ela se en,ontra ainda asso,iada a u!a ideolo*ia das a*8n,ias *o9erna!entais-

)ara as #uais o ar*u!ento da tradi/0o . unda!ental na orienta/0o de ati9idades #ue se 9olt 9olta! a! )ara )ara a )res )reser er9a 9a/0 /0o o da $!e! $!e!r ria ia%%- dos dos !use !useus us-- das das est estas as )o)u )o)ula lare ress e do artesanato ol,lri,o& Esse ti)o de ar*u!enta/0o le*iti!a a a/0o do Estado nessas +reasdesen9ol9endo u!a )ro)osta #ue e! )rin,)io re,u)eraria a !e!ria e a identidade na,ional ,ristalizada no te!)o& A 9ertente !ais )olitizada se !aniesta 1unto a di9ersos setores de al*uns )artidos de es#uerda- ou ainda e! ,ertas )olti,as da I*re1a- onde )redo!ina u!a ideolo*ia da $o)/0o )elos )obres%& Esta )ers)e,ti9a- . ,laro- 9e! a*ora reorientada reorientada )oliti,a!ente)oliti,a!ente- ,ont.! u!a ,riti,a ,riti,a e@austi9a e@austi9a ao )o)ulis!o )o)ulis!o e ao 9an*uardis!o 9an*uardis!o #ue !ar,a9a os !o9i!entos ,ulturais anteriores- e no ,aso das ,o!unidades de base inte*ra ele!entos no9os trazidos )ela Teolo*ia da Liberta/0o&&>er- )or e@e!)lo- Ed& >alle e & Wueiroz or*&- A Cultura do Po9o& S0o Paulo- Cortez- JKKY Marilena CFauiConor!is!o Conor!is!o e Resist8n,iaResist8n,ia- S0o Paulo- BrasilienseBrasiliense- JK6Y Polti,a Cultural Pro)osta Pro)osta de u! Gru)o de Intele,tuais do Partido dos TrabalFadores- Porto Ale*re- Mer,ado Aberto- JK3& Sobre o debate do )o)ular nos !eios ,atli,os- 9er e! )arti,ular a leitura #ue os setores da Teolo*ia da Liberta/0o aze! da )r)ria Fistria da I*re1a: E& =oornaert- R& Azzi- & 9an der Gri1)- B& Brod- =istria da I*re1a no Brasil- to!o - Petr)olis- >ozes- JK&& N0o obstante- )enso #ue a ,on,e)/0o Fe*e!ni,a do #ue . )o)ular- e!bora enrente no P+* J63 ,a!)o ,a!)o da deini deini/7e /7ess le*ti le*ti!as !as a#uelas a#uelas le*ada le*adass )ela )ela Fistri Fistriaa- tende tende a se !odii, !odii,ar& ar& A e!er*8n,ia da indústria ,ultural e de u! !er,ado de bens si!bli,os or*aniza o #uadro ,ultural e! no9as bases e d+  no/0o u!a outra abran*8n,ia& Tanto o )onto de 9ista ol, ol,lo loris rista ta ,o!o ,o!o o outr outro o )er, )er,eb ebe! e! a #ues #uest0 t0o o )o)u )o)ula larr e do na,i na,ion onal al e! ter! ter!os os #ue #ue a)onta!- se1a )ara a ,onser9a/0o da orde! tradi,ional- se1a )ara a transor!a/0o da situa/0o )resente& No ,aso da !oderna so,iedade brasileira- )o)ular se re9este de u! outr outro o si*n si*ni ii, i,ad adoo- e se iden identi tii i,a ,a ao #ue #ue . !ais !ais ,ons ,onsu! u!id idoo- )ode )odend ndo" o"se se in,l in,lus usi9 i9e e estabele,er u!a Fierar#uia de )o)ularidade entre di9ersos )rodutos oertados no !er,ado& ;! dis,o- u!a no9ela- u!a )e/a de teatro- ser0o ,onsiderados )o)ulares so!ente no ,aso de atin*ire! u! *rande )úbli,o& Nesse sentido se )ode dizer #ue a l*i,a !er,adol*i,a des)olitiza a dis,uss0o- )ois se a,eita o ,onsu!o ,o!o ,ate*oria últi!a )ara se !edir a rele9? rele9?n,i n,ia a dos )rodut )rodutos os ,ultu ,ulturai rais& s& Eu diria diria #ue esta esta tend8n tend8n,ia ,ia se a,entu a,entua a #uando #uando se )er,ebe #ue o !er,ado e@i*e do )rodutor u!a )ostura !ais )roissional& A rela/0o entre ,ultura e )olti,a se e@)ressa9a ,o!o ,o!)le!entaridade nos anos 54 e at. !eados de 64)or#ue 9i9a!os u! ,li!a de uto)ia )olti,a no interior de u!a so,iedade de !er,ado in,i)iente& Os *ru)os ,ulturais )odia!- desta or!a- asso,iar o azer ,ultura ao azer )ol )olti ti,a ,a&& Co! Co! o *ol) *ol)e e !ilit ilitar ar e o a9an a9an//o da so,i so,ied eda ade de ,onsu onsu!o !o o,or o,orre re u! desen9ol9i!e desen9ol9i!ento nto e u!a es)e,ializa/0o es)e,ializa/0o do !er,ado!er,ado- os )rodutores )rodutores ,ulturais se en,ontra! en,ontra! ato!izados- e )ara se e@)ressar en#uanto tal de9e! se )roissionalizar& Isto n0o si*nii,a #ue eles n0o !ais ir0o se )osi,ionar )oliti,a!ente& S #ue dora9ante se a,entua u!a di,oto!ia entre trabalFo ,ultural e e@)ress0o )olti,a& En#uanto ,idad0os- ,o!o o resto da )o)ula/0o- eles )oder0o )arti,i)ar das !aniesta/7es )olti,asY en#uanto )roissionais- eles de9e! se ,ontentar ,o! as ati9idades #ue e@er,e! nas indústrias de ,ultura ou nas a*8n,ias *o9erna!entais& Co! a ,onsolida/0 ,onsolida/0o o de u! !er,ado de bens ,ulturais,ulturais- ta!b.! a no/0o no/0o de na,ional se transor!a& >i!os #ue a ,onsolida/0o da tele9is0o no Brasil se asso,ia9a  id.ia de P+* J65 seu desen9ol9i!ento ,o!o 9e,ulo de inte*ra/0o na,ionalY 9in,ula9a"se- desta or!a- a )ro)osta de ,onstru/0o da !oderna so,iedade ao ,res,i!ento e  unii,a/0o dos !er,ados lo,ais& A indústria ,ultural ad#uire- )ortanto- a )ossibilidade de e#ua,ionar u!a identidade na,ional- !as reinter)retando"a e! ter!os !er,adol*i,osY a id.ia de $na/0o inte*rada% )assa a re)resentar a interli*a/0o dos ,onsu!idores )oten,iais es)alFados )elo territrio na,i na,ion onal al&& Nesse Nesse senti sentido do se )ode )ode air! air!ar ar #ue #ue o na,i na,ion onal al se ident identi ii, i,a a ao !er,a !er,ado doYY  ,orres)ond8 ,orres)ond8n,ia n,ia #ue se azia anterior!ent anterior!entee- ,ultura ,ultura na,ional")o na,ional")o)ular)ular- substitui"se substitui"se u!a outra- ,ultura !er,ado",onsu!o& Pode!os obser9ar ,o!o se desdobra este !o9i!ento e esta ideolo*ia #uando analisa!os- )or e@e!)lo- a e@)ans0o da tele9is0o- e! )arti,ular da Rede Globo- 1unto aos !er,ados re*ionais& A estrat.*ia de i!)lanta/0o da Globo no Rio Grande do Sul- no inal da d.,ada de 4- isto .- a)s a ,onsolida/0o de sua rede na,ional- .

si*nii,ati si*nii,ati9a& 9a& Os Fo!ens de !ar\etin* da e!)resa e!)resa )er,ebe! )er,ebe! #ue este estado . o ter,eiro !er,ado !er,ado de ,onsu!o ,onsu!o do Brasil- o #ue ,olo,a a ne,essidade ne,essidade de se elaborar elaborar u!a )olti,a )olti,a de sua e@)lora e@)lora/0o /0o&& O interio interiorr *aú,Fo *aú,Fo a)resen a)resenta9 ta9aa- no entant entantoo- al*u!a al*u!ass dii,u dii,ulda ldades des&& A )ri!eira- de orde! ,ultural- u!a *rande di9ersidade de F+bitos e de *ostos #ue aze! )arte de toda u!a Fistria da )o)ula/0o re*ional& A se*unda- de ,ar+ter e!)resarial: a e@ist8n,ia de e!issoras lo,ais T>s Ca@ias"Tuiuti"I!e!bu"Santa Maria"Ere@i!";ru*uaiana" Ba*."Gaú,Fa #ue se desen9ol9era! na ase anterior  da $inte*ra/0o na,ional%& Isto ,olo,a9a )ara a Rede Globo u! )roble!a ,ultural e )olti,o na e@)lora/0o desses no9os !er,ados& A solu/0o en,ontrada oi a de se or!ar $u! siste!a Re*ional- atra9.s dos )rin,i)ais )los e,on!i,os do Estado- adi,ionando e! sua )ro*ra!a/0o u! to#ue lo,al  !assa de inor!a/0o trans!itida%&&$Rio Grande do Sul: u! Mer,ado Total a Passos Lar*os%& Mer,ado Global- ano I>& N 3- !ar/o]abril de JK- )& 5&& Co!o obser9a Maria Rita Rita eFl eFl-- $a )ro* )ro*ra ra!a/ !a/0o 0o da rede rede re*io re*iona nall . )rio )riori rita tari ria! a!en ente te a #ue #ue a Rede Rede Glob Globo o trans!ite )ara todo o )as- 3&Maria Rita eFl- o)& ,it&- )& 66& restando s e!issoras a *era/0o de )ou" P+* J66 ,os ,os )ro* )ro*ra ra!as !as )rod )roduz uzido idoss lo,al lo,al!en !ente te&& No enta entant ntoo- o #ue #ue ,Fa! ,Fa!a a a aten aten/0 /0o o . #ue #ue a e@)ans0o da rede na,ional se az atra9.s da 9aloriza/0o do re*ional& O $to#ue lo,al% d+ u! ,olo ,olori rido do ol, ol,l lri, ri,oo- #uan #uando do se a)ro a)ro)r )ria ia dos dos $,os $,ostu tu!e !ess *aú, *aú,Fo Fos% s% #ue #ue e! )rin )rin, ,)i )io o ,onsti ,onstitui tuiria ria! ! a ident identidad idade e re*ion re*ional& al& ;! arti*o arti*o de Mer,ad Mer,ado o Global Global . su*esti su*esti9o 9o a esse esse res)eitoY nele se air!a #ue $a i!)lanta/0o da Rede Re*ional de Tele9is0o oi u!a or!a de i!)edir #ue o Fo!e! do ,a!)o i,asse alienado do !eio e! #ue 9i9e- )roduzindo"se lo,al!ente )ro*ra!as #ue abordasse! te!as sobre a 9ida da ,o!unidade")lo%&5&In Mer,ado Global- o)& ,it&- )& 5&& O )r)rio ,on,eito ,on,eito de aliena/0oaliena/0o- essen,ial )ara a dis,uss0o da identidade nos anos 64- . re,u)erado- !as in9ertendo"se o )roble!a- u!a 9ez #ue a liberdade do su1eito alienado se en,ontraria resol9ida no ?!bito do !er,ado lo,al& Dizer #ue a indústria ,ultural se a)ro)ria dos 9alores lo,ais .- na 9erdade- ,onsiderar #ue na luta )ela deini/0o do #ue . le*iti!a!ente re*ional te!os a*ora a entrada de u!a no9a or/a& Rube Ruben n Oli9e Oli9en n !ost !ostra ra #ue #ue no Rio Rio Gran Grande de do SulSul- at. at. re,e re,ent nte! e!ent entee- a abri abri,a ,a/0 /0o o da iden identtidad idade e *aú, *aú,Fa Fa era era )rat )rati, i,a! a!en ente te !ono !ono) )li lio o das das ,orr ,orren ente tess trad tradi, i,io iona nali list stas as-)arti, )arti,ula ular!e r!ente nte do Mo9i!en Mo9i!ento to Tradi, Tradi,ion ionalis alista ta Gaú,Fo Gaú,Fo-- ,u1a ,u1a inalida inalidade de . )ro!o9 )ro!o9er er e )reser9ar os tra/os *enunos da re*i0o& Mo9i!ento #ue realiza di9ersas ati9idades- ,o!o Se!ana Qarrou)ilFa- bailes tradi,ionais- )e/as teatrais- )ossui u! instituto de ol,loreal.! de ,o!bater as inlu8n,ias 1ul*adas $neastas% )ara o ,ar+ter *aú,Fo& Por.!- dentro do #uad #uadro ro de !uda !udan/ n/as as s,i s,io"e o"e,o ,on n!i !i,a ,ass )or )or #ue #ue )assa )assa o esta estado do-- $o Mo9i! Mo9i!en ento to  Tradi,ionalista Gaú,Fo n0o ,onse*ue ,ontrolar todas as e@)ress7es ,ulturais do Rio Grande do Sul- ne! disse!inar Fe*e!oni,a!ente sua ideolo*ia& Os te!)os s0o outros e ser *aú,Fo *aú,Fo dei@ou de ser e@,lusi9idade e@,lusi9idade dos Centros de Tradi/7es Tradi/7es Gaú,Fas%&6&Ruben Gaú,Fas%&6&Ruben Oli9en$A Qabri,a/0o do Gaú,Fo%- Cadernos do CER;- s.rie II- n J- !aio de JK5&& No ,aso da i!)lanta/0o da rede na,ional de tele9is0o- te!os a*ora u! ,o!)li,ador- u!a 9ez #ue o 9e,uloP+* J6 ,o!o a*ente da !odernidade- 9ai ,on,orrer ,o! as i!a*ens )roduzidas )ela ,ons,i8n,ia re*ion re*ional& al& O no9o no9o Ser lo,al lo,al so!ent so!ente e e@iste e@iste #uando #uando 9in,ulad 9in,ulado o  realida realidade de do !er,ad !er,ado o na,ional& Este )ro,esso de a)ro)ria/0o das identidades )ode ser ta!b.! obser9ado no ,aso de Minas Gerais& Ronaldo NoronFa e Qran,is,o a,ob !ostra! #ue- 9en,ida a ase de ,onsol ,onsolida ida/0o /0o na,ion na,ional al da tele9is tele9is0o 0o brasile brasileira ira-- sur*e sur*e a ne,ess ne,essida idade de de se e@)lor e@)lorar ar os !er,ad !er,ados os re*ion re*ional! al!ent ente& e& Dentro Dentro deste deste #uadro #uadro . i!)ort i!)ortant ante e )ara )ara #ue o re*ion re*ional al se1a res*atado a )artir do olFar e das id.ias do ,entro& A )ro)osta #ue a Rede Globo a)li,ou e! Minas Gerais oi de substituir a 9elFa id.ia de !ineiridade- !ar,ada )or u!a deini/0o )ro9in,iana e )aro#uial- )or u!a $no9a !ineiridade ,onstruda a )artir dos restos da anti*a identidade- Fo1e in9i+9el e irreal e! a,e das transor!a/7es so,iais #ue Minas Gerais e@)eri!entou nas últi!as d.,adas- !asj sob a inlu8n,ia do !oderno- do ,os!o)olitis!o e da !assii,a/0o so,ial%&&Ronaldo NoronFa- Qran,is,o a,ob- $O i!a*in+rio Tele9isi9o ou a re"Cria/0o de u!a identidade Mineira%- K En,ontro da ANPOCS- Gru)o So,iolo*ia da Cultura Brasileira- S0o Paulo- er ainda Ser*ei Eisenstein- La Qor!a del Cine- M.@i,o- Si*lo VVI- JK&& Essa id.ia de ,onstru/0o da rea" P+* J lidade- de sua ilus0o- . #ue )er!ite a u! autor ,o!o Eisenstein )ro,urar inter)ret+"la teori,a!ente- trans!itindo )ara o es)e,tador u! ,onFe,i!ento rele@i9o sobre a realidade )ro1etada& Co!o air!a Bazin- o En,oura/ado Pote!\in re9olu,ionou o ,ine!a n0o tanto )or sua !ensa*e! )olti,a- !as )or#ue o $realis!o% dos il!es so9i.ti,os da .)o,a se !ostra9a !ais est.ti,o do #ue os !elFores trabalFos dos artistas do e@)ressionis!o ale!0o& Eu diria #ue esse ti)o de )ers)e,ti9a- #ue trabalFa a )luralidade de a)resenta/7es de u! !es!o ob1eto- se ,ontra)7e ao $realis!o rele@o% 3&Reto!o a e@)ress0o de Pro\o)- o)& ,it& da indústria ,ultural- o #ual e! )rin,)io )ro,ura ,onsa*rar u!a úni,a 9ers0o da realidade- eli!inando #ual#uer tentati9a de rele@0o sobre ela& Os il!es do neo" realis!o italiano )ro)unFa! u!a leitura so,ial #ue ne,essaria!ente i!)li,a9a o distan,ia!ento do es)e,tador e! rela/0o  sua )osi/0o atual& O real !ostrado na tela deslo,a9a a aten/0o do )úbli,o- ,olo,ando"o na situa/0o in,!oda de ter ou n0o #ue to!ar )artido e n0o si!)les!ente *ostar ou des*ostar sobre o #ue lFe era )ro)osto& O realis!o rele@o- ao ,ontr+rio- reor/a as de!andas sub1a,entes s e@i*8n,ias do es)e,tador- ele $,ola%  realidade 1+ )ree@istente& ( a alta de dist?n,ia #ue lFe retira o ,ar+ter rele@i9o& N0o obstante- se )ode!os estabele,er u!a ronteira teori,a!ente ntida entre esses dois *8neros de realis!o- n0o dei@a de ser 9erdade #ue e! 9+rios ,asos ,on,retos essa se)ara/0o se dilui- o,orrendo u!a )assa*e! entre os )los& ;! e@e!)lo . a in9en/0o da otono9ela- #ue sur*e ,o!o u! sub)roduto do neo"realis!o italiano& Cino DelDu,a . )rodutor de il!es e )ro,ura introduzir atra9.s da oto*raia u! ele!ento de ,otidiano  1unto  narrati9a das estrias ilustradas )ara !ulFeres& Claro- )ode"se se!)re ar*u!entar #ue ,o! isso o,orre u! redi!ensiona!ento das )reo,u)a/7es ,rti,as do neo"realis!o#ue bus,a9a u!a rele@0o sobre a Fu!anidade dos ti)os #ue des,re9ia- e n0o

si!)les!ente ilustrar ,o! dados da realidade u!a estria de a!or& Mas n0o dei@a de ser interessante obser9ar #ue P+* J3 Fistori,a!ente e@iste u!a ,orrela/0o entre duas or!as de )roduzir a realidade- #ue e! )rin,)io de9eria! ser ,onsideradas ,o!o dia!etral!ente o)ostas& Mas n0o . so!ente no ,aso da It+lia #ue isto se )assa& Ri,Fard Pells- #uando analisa a Fistria da ,ultura radi,al nos Estados ;nidos- a)onta )ara o !es!o en!eno& Os intele,tuais de es#uerda- #ue sara! do ^or\er_s TFeater )ara =ollH[ood- )artilFa9a! e! *rande !edida das !es!as )reo,u)a/7es da indústria ,ultural& Ao ,onsiderare!- na tradi/0o da no9ela realista )ara trabalFadores- ,o!o ,ara,tersti,as unda!entais de u!a )e/a de teatro- a sua si!)li,idade- a )re)ara/0o !ni!a dos di+lo*os e das situa/7es- a i! de #ue os o)ri!idos )udesse! entender !ais a,il!ente o enredo- e se identii,are! ,o! a realidade- de u!a ,erta or!a eles esta9a! reto!ando- #uerendo ou n0o- u!a boa )arte das )re!issas da ,ultura )o)ular de !assa& $Desta or!a- desde o in,io- o ,a!inFo entre a ;nion S#uare e =ollH[ood esta9a )a9i!entado de u!a !aneira relati9a!ente +,il%&5&Ri,Fard PellsRadi,al >isions A!eri,an Drea!s: Culture and So,ial TFou*Ft in tFe De)ression gearsConne,ti,ut& ^esleHan ;ni9ersitH Press- JK3- )& 53&& O #ue eeti9a!ente o,orreu- ,o! 9+rios ,ineastas a!eri,anos de es#uerda #ue- re1eitando os il!es $est.ti,os% Sternber*GriitF- et,&- bus,ara! na indústria do ,ine!a !a@i!izar os eeitos do real- na ilus0o de estare! trans!itindo ao es)e,tador u!a ,ons,i8n,ia ,rti,a do !undo& Se . )oss9el a)ontar nos )ases euro)eus e nos Estados ;nidos u!a ,onus0o de ronteiras entre o realis!o da indústria ,ultural e os !o9i!entos ,rti,os- !uito e!bora teori,a!ente )ro,eda a distin/0o entre u! realis!o rele@o e outro rele@i9o- eu diria #ue no ,aso brasileiro esta inter)enetra/0o de do!nios se d+ de !aneira !ais a,entuada& Entre ns- a dis,uss0o sobre o realis!o )assa )or u! )roble!a anterior- o da ,onstru/0o de u!a $realidade% brasileiraY a #uest0o na,ional ,olo,a u! ele!ento #ue redi!ensiona o debate #ue est+9a!os ,onsiderando& S0o 9+rios os e@e!)los #ue )ode! ser ,onsiderados& >e1a!os o ,aso da P+* J5 otono9ela&6&>er An*elu,,ia =abert- o)& ,it&& Da !es!a or!a #ue na It+lia- este *8nero de narrati9a 9isa u! )úbli,o e!inino urbano- )ro,urando a)reend8"lo dentro de u! !undo !oderno #ue di*a res)eito  sua realidade ,otidiana& An*elu,,ia =abert obser9a #ue esse !o9i!ento de $!oderniza/0o 9ai ser realizado na dire/0o de u!a a)ro@i!a/0o da .)o,a ,onte!)or?nea e de a!bientes urbanos- al.! de introduzir u!a lin*ua*e! !ais ,olo#uial%&&Ide!- )& && S0o ainda esti!ulados no9os ti)os de )r+ti,as e de ,ren/as#ue se ,ontra)7e! s $su)ersti/7es% do )assadoY os Fors,o)os- a leitura de !0os- a *raolo*ia- os testes de )si,olo*ia- s0o or!as ,ientiizadas de ,onFe,i!ento e de a/0o no !undo- !ais ade#uadas aos te!)os& Dessa or!a- a )es#uisa- isto .- o a9an/o te,nol*i,oe a )si,olo*ia- #ue )res,re9e ,onselFos unda!entados na autoridade ,ienti,a- s0o ,olo,ados  dis)osi/0o do leitor& Por.!- este !o9i!ento de a)ro@i!a/0o do leitor- no ,aso brasileiro- te! u! ele!ento adi,ional& Co!o as otono9elas s0o i!)ortadas- a bus,a da realidade )assa )or u! )ro,esso de na,ionaliza/0o do te@to- das te!+ti,as- e da )r)ria estrutura da lin*ua*e!& No in,io- re9istas ,o!o Grande =otel e Ca)ri,Fo )rati,a!ente ,o)ia9a! as estrias ad#uiridas 1unto  !atriz italiana- !as a ne,essidade de se ,on#uistar u! )úbli,o na,ional lo*o i!)li,ou e! !udan/as substan,iais& Pri!eiro a n9el da )r)ria sele/0o dos te@tos a sere! traduzidos& Contraria!ente ao *osto )o)ular euro)eu- #ue ,ulti9a as estrias de aristo,ratas e )lebeus- Feran/a do anti*o ro!an,e de olFeti!)ri9ile*ia"se os )ersona*ens urbanos ,o!o os industriais- os Fo!ens de ne*,io- os !e!bros das )roiss7es liberais& Se*undo- substitui"se a na,ionalidade estran*eira do te@to !atriz )ela na,ionalidade brasileira- a,entuando"se o ,ar+ter lo,al do Feri& h !edida #ue as a*8n,ias )rodutoras de otono9ela se desen9ol9e!- este )ro,esso se a,elera- e os dolos dos !eios de ,o!uni,a/0o- #ue no in,io dos anos 54 esta9a! ora do i!a*in+rio otono9elsti,o- )assa! a inte*r+"lo& N0o dei@a de ser interessante obser9ar #ue e! JK5#uan" P+* J6

do sur*e S.ti!o C.u- ela nas,e a)oiada no !undo do r+dio e da tele9is0o na,ional& Seus editores t8! ,ons,i8n,ia deste ,ar+ter brasileiro #ue #uere! )ro!o9er e- al*uns anos !ais tarde- azendo u! balan/o do su,esso da re9ista- es,re9e! e! editorial: $Wuando F+ al*uns anos nos lan/a!os na a9entura de )roduzir otono9elas brasileiras- ,o! artistas brasileiros- e! a!bientes brasileiros- se*undo ar*u!entos de autores brasileiros- n0o altou #ue! du9idasse do nosso 8@ito& Ainal- )ara #ue )roduzir no Brasil o #ue )ode!os i!)ortar )ronto do estran*eiro- )er*unta9a! os des,rentes& =o1e- . ,o! or*ulFo #ue )ode!os )ro,la!ar- )ela a,eita/0o ,ada 9ez !aior de nossa re9ista- a 9itria desta nossa )olti,a de 9aloriza/0o do #ue . brasileiro%&&Ide!- )& 5&& Essa )ro*ress0o e! rela/0o ao na,ional ta!b.! )ode ser obser9ada ao lon*o da Fistria da tele9is0o no Brasil& No in,io dos anos 54- sua ,onsolida/0o se unda!enta9a na 9ontade )ioneira de al*uns e!)res+riosY )or isso o 9e,ulo ser+ ,riti,ado )or !uitos ,o!o alienado- isto .- ,o!o ora da $realidade% brasileira& O ,aso do teleteatro . e@e!)lar& At. o inal da d.,ada ele )rati,a!ente era !odelado )ela literatura e )ela dra!atur*ia interna,ional& Co!o obser9a Ql+9io Porto e Sil9a- $)redo!ina9a! os te@tos estran*eiros!uitos deles e! raz0o do su,esso obtido e! 9ers7es ,ine!ato*r+i,as- ,u1os roteiros ,edidos )elas distribuidoras- era! ada)tados )ara a tele9is0o& Este )redo!nio de te@tos estran*eiros e ,ine!ato*r+i,os- . e@)li,ado se*undo al*uns )rodutores )ela inlu8n,ia direta do ,ine!a na .)o,a e )elas dii,uldades e! retratar u!a realidade brasileira%& K&Ql+9io Porto e Sil9a- O Teleteatro Paulista nas D.,adas de 54 e 64- o)& ,it&- )& 4&& Dii,uldades reais- #ue se enraiza9a! na )re,ariedade te,nol*i,a- e!)resarial e )roissional do )erodo& ( so!ente no in,io dos anos 64- a)ro9eitando"se as ino9a/7es dra!atúr*i,as introduzidas )elo teatro- #ue autores ,o!o Odu9aldo >iana QilFo- Os!an Lins- Plnio Mar,os- >in,ius de Morais- ou ada)ta/7es de li9ros de Antnio Callado e or*e A!ado )assa! a ser inte*rados ,o! re*ularidade na )ro*ra!a/0o& O P+* J ,li!a na,ionalista da T> E@,elsior a9ore,e no in,io u!a s.rie de )ro*ra!a/7es #ue 9aloriza! o es,ritor e a realidade na,ionalY )or e@e!)lo- a )ro)osta do Teatro 6- #ue 9isa9a ,o!bater as te!+ti,as estran*eiras- e )ro,ura9a se a)ro@i!ar do ,otidianoa)resentando no 9deo $*ente #ue )udesse ser 9ista na rua !es!o%& 34&De)oi!ento de ^alter Durst in O Teleteatro Paulista- o)& ,it& )& 4&& ;! autor ,o!o ^alter Durst- #ue diri*e essa e@)eri8n,ia teatral durante seu ,urto )erodo de e@ist8n,ia- #uando se 98 obri*ado- )or raz7es e,on!i,as- a )assar da )rodu/0o do teleteatro )ara a teleno9ela)ondera a res)eito do $)re,on,eito% #ue os intele,tuais tinFa! e! rela/0o a esse *8nero: $Por #ue essa ,oisa ,ontra a no9ela' Por#ue a no9ela esta9a ,o!e/ando na#uele !o!ento e esta9a re)etindo o )ro,esso anterior& Ela era )ura!ente alienada- total!ente alienada& Ela tinFa a,abado de nas,er e! 6- assi! ,o!o u!a ,oisa de todo dia- ,o! essa obsess0o #ue a no9ela te!- e trans)lantada da Ar*entina& Isso e@)li,a nosso nariz er*uido- dizendo)u@a 9ida- e! n0o azer no9ela& Ns #ue 1+ tnFa!os ,on#uistado- sado da aliena/0o )ara ,Fe*ar nu!a realidade brasileira- e de re)ente- 9oltou tudo )ra tr+s%&3J&De)oi!ento de ^alter Durst IDART: Fistria da teleno9ela&& O de)oi!ento . interessante& Ele )ressu)7e dois !o!entos& ;! )ri!eiro- de aliena/0o- isto .- a ase estran*eira do teleteatro #ue . su)erada- u! se*undo- de reto!ada da di!ens0o alienadora- a*ora dentro de u! outro ti)o de narrati9a& N0o resta dú9ida #ue o desen9ol9i!ento da teleno9ela nos anos 64 de al*u!a or!a re)ete o #ue o,orre ,o! o teleteatro na d.,ada de 54- se to!ar!os ,o!o )ar?!etro- . ,laro- a autoria dos te@tos en,enados& De ato- ,o! o sur*i!ento de sua )ro*ra!a/0o di+ria- trans)lanta" se )ara o Brasil a r!ula 1+ testada e! outros )ases latino"a!eri,anos- )ri9ile*iando"se os $dra!alF7es% es,ritos e! Cuba- M.@i,o e Ar*entina& Pode"se air!ar #ue entre JK63 e JK6 e@iste u! )adr0o a ser se*uido- o !elodra!a- #ue un,iona ,o!o reer8n,ia in,lusi9e )ara autores brasileiros ,o!o I9ani Ribeiro e anete Clair- #ue 1+ )ossua! e@)eri8n,ia e! es,re9er radiono9elas dentro da !es!a linFa& ( so!ente P+* J no inal da d.,ada #ue os es,ritores na,ionais ,o!e/a! a se ,onsa*rar ,o!o roteiristas de teleno9elas- !as- sinto!ati,a!ente- 1usta!ente no !o!ento e! #ue a dis,uss0o sobre o realis!o ressur*e no ,a!)o da tele9is0o& Daniel QilFo se reere a esta !udan/a da

se*uinte !aneira: $&&& oi #uando dei@ei de i!itar a Fistria estran*eira e ,o!e,ei a azer a brasileira& Wuando dei@ei de i!itar a )roble!+ti,a de u! toureiro e ,o!e,ei a azer a Fistria de u! 1o*ador de utebol& O nosso *?n*ster . o MineirinFo& E esse ti)o de ,oisa nos trou@e n0o s #ualidade- !as trou@e ta!b.! 9erdade& E assi! a,Fo #ue trou@e ,ultura )ara a no9ela& A tele9is0o de9e ser u! es)elFo #ue !ostre a 9erdade e! #ue 9o,8 9i9e& Ent0o a tele9is0o . a sua realidade%&3&Entre9ista ,o! Daniel QilFo- O)ini0o-  de a*osto"  de sete!bro- JK- )& J&& Realis!o #ue )ode ser elaborado so!ente nos anos 4#uando a tele9is0o brasileira ad#uire u!a #ualidade e!)resarial e te,nol*i,a)ossibilitada )ela il!a*e! de ,enas e@ternas- edi/0o eletrni,a- a,o!)anFa!ento !inu,ioso das ,enas- )es#uisas- o #ue )er!ite u!a a)ro@i!a/0o ,on9in,ente do !undo do teles)e,tador& A ala de Daniel QilFo . )aradi*!+ti,a& Ela !ar,a u!a reorienta/0o das no9elas de tele9is0o ,onsa*rando u! estilo realista #ue ,ontrasta ,o! o )adr0o do !elodra!a& Instaura"se- a )artir de ent0o- u!a di9is0o entre no9elas ,onsideradas $boas% e a#uelas )er,ebidas ,o!o $alienadas%- na linFa do 9elFo olFeti! do s.,ulo )assado& O teste!unFo de or*e Andrade . e@e!)lar: $Eu a,Fo #ue a teleno9ela est+ or!ando u!a dra!atur*ia tele9isi9a no Brasil& Eu !e reiro- . ,laro- #uelas #ue tenta! ,ontar al*u!a ,oisa de nossa realidade- ,olo,ando os )roble!as brasileiros& N0o !e reiro s #ue est0o )resas ao Ibo)e- )rendendo o )úbli,o ,o! ,Fa97es ,ostu!eiros e de!ais besteiras& Eu !e reiro s no9elas ,o!o Gabriela- do Durst- ou as do Dias Go!es- #ue se!)re ,onta! al*u!a ,oisa #ue real!ente interessa ao )o9o brasileiro& E ,laro #ue e@iste! as no9elas alienantes e alienadoras- subliter+rias e burras- !as essas !es!as eu n0o ,onto%& 3&De)oi!ento de or*e de Andrade IDART: Fistria da teleno9ela&& Ta!b.! u!a ,rti,a da tele9is0o ,o!o =elena Sil9eira- )artilFa deste )onto de 9is" P+* JK ta- to!ando )artido das no9elas $se! aliena/0o%- $en*a1adas na realidade%- #ue ela ,uidadosa!ente dieren,ia dos !elodra!as- es,ritos )reeren,ial!ente )or autores ,o!o  anete Clair e I9ani Ribeiro- e #ue a)ela! )ara $o sonFo- a antasia e a irrealidade% )ara ,a)tar o )úbli,o& Preo,u)ada e! desen9ol9er sua ar*u!enta/0o- =elena Sil9eira a)resenta u! ar*u!ento #ue lFe )are,e irreut+9el: $O real d+ !ais bilFeteria do #ue a antasia% & 33&De)oi!ento de =elena Sil9eiraIDART: Fistria da teleno9ela&& Dito de outra or!a- as no9elas realistas se ade#ua! !elFor  de!anda do $)o9o% no !er,ado& A ,ontra)osi/0o #ue os intele,tuais aze! entre a no9ela realista e o !elodra!a )ode ser entendida de 9+rias !aneiras& ;!a )ri!eira re9ela a e@ist8n,ia de u!a tens0o no ,a!)o dos )rodutores da tele9is0o- e !ostra u!a dis)uta entre )osi/7es #ue 9aloriza! de or!a dieren,iada o *8nero e! #uest0o& Na luta )ela le*iti!idade do #ue 9iria a ser a or!a ,orreta de se azer no9ela- o )lo do realis!o se identii,a s de!andas da so,iedade e se distan,ia do )assado- das 9elFas r!ulas Ferdadas da tradi/0o& Os no9os intele,tuais s0o !ais !odernos #ue os anteriores& Por.!- o ,onronto a)onta )ara !udan/as de ,ar+ter estrutural #ue !e )are,e! an+lo*as s #ue o,orrera! ,o! o ,ine!a !undial na d.,ada de 4& Co!o Fa9ia obser9ado Morin- a e@i*8n,ia de u!a narrati9a !ais realista te! a 9er ,o! a ,onsolida/0o da indústria ,ultural #ue se 98 na ne,essidade de atender a de!anda de u! )úbli,o dieren,iado& O !elodra!a tinFa o in,on9eniente de estar restrito a u!a te!+ti,a e!inina- estran*eiraY )ortanto- distante do interesse de )lat.ias es)e,ializadas ,o!o os Fo!ens ou os 1o9ens& Por isso- da !es!a or!a #ue os il!es )s"4 ,o!e/a! a !isturar *8neros dierentes na !es!a )ro1e/0o- a no9ela )assa a retratar u!a #uantidade de subte!as ,o! a)elos es)e,i,os )ara os )úbli,os"al9o #ue se #uer ,on#uistar !istura de )ersona*ens- te!+ti,as )ara 1o9ens- Fo!ens- !ulFeres)essoas de idade- et,&& ( esta e@i*8n,ia do !er,ado #ue asse*ura ao realis!o u!a $!aior bilFeteria% do #ue as estrias antasiosas do )assado& P+* J4 No entanto- o #ue ,Fa!a a aten/0o no dis,urso #ue 1ustii,a esse no9o ti)o de )rodu/0o . #ue as raz7es de !er,ado se en,ontra! en,obertas- le*iti!adas )or u!a )ers)e,ti9a su)eri,ial!ente )olti,a e na,ionalista& Polti,a- )or#ue !uitos intele,tuais da tele9is0o- )ro9enientes dos !o9i!entos ,ulturais dos anos 54 e 64- ,arre*a! ,o! eles a !es!a ideolo*ia sobre o $)o9o alienado%- s #ue a*ora a)li,ado a u! ,onte@to inteira!ente deslo,ado& Dias Go!es- resu!indo sua tra1etria- dir+: $Qa/o )arte de u!a

*era/0o de dra!atur*os #ue le9antou entre os anos 54 e 64 a bandeira #ui@otes,a de u! teatro )olti,o e )o)ular& Esse teatro esbarrou nu!a ,ontradi/0o b+si,a: era u! teatro diri*ido a u!a )lat.ia )o)ular- !as 9isto uni,a!ente )or u!a )lat.ia de elite& De re)ente a tele9is0o !e oere,eu essa )lat.ia )o)ular%&35&Entre9ista ,o! Dias Go!es- O)ini0o- 6 de e9ereiro"3 de !ar/o- JK- )& JK&& A n9el da ideolo*ia )roessada- tudo se )assa ,o!o se a tele9is0o osse n0o s o )rolon*a!ento das )ers)e,ti9as ut)i,as #ue norteara! a )rodu/0o ,ultural das d.,adas anteriores- !as ainda o lo,us )ri9ile*iado de u! trabalFo )olti,o 9oltado )ara as !assas& Na,ionalista- na !edida e! #ue a )ro)osta de ,onstru/0o de u!a lin*ua*e!- de u!a dra!atur*ia brasileira- en,ontra na tele9is0o u! es)a/o )ara se realizar& A ala de Guarnieri .- nesse sentido- ilustrati9a: $Eu a,Fo #ue . na tele9is0o #ue o ator a)rendeu a inter)retar dentro dos )adr7es de atua/0o brasileiros- i!itando o Fo!e!- brasileiro- a realidade brasileira- )ela #ual ns tanto luta!os no teatro de ArenaOi,ina- et,& Ou se1a- dei@ar a i!)osta/0o do teatro estran*eiro e 9i9er !ais a nossa realidade de inter)reta/0o& Eu 9e1o isso Fo1e na tele9is0o- e era o #ue ns )re*+9a!os e! 55 e 66& No teatro da#uela .)o,a o ator n0o )odia dar as ,ostas ao )úbli,o- n0o )odia se ,o/ar- n0o )odia ter ,ertas naturalidades #ue ora! #uebradas )ela tele9is0o& Eu 9e1o a tele9is0o ,o!o u! lu*ar de inter)reta/0o naturalista- ,o!o u! ,erto rela@- se! tens7esdentro do !ais real )oss9el%&36&De)oi!ento de Gianran,es,o Guarnieri IDART: Fistria da teleno9ela&& N0o . di,il a)ontar!os )ara 9+" P+* JJ rias ,ontradi/7es no dis,urso de Guarnieri ou de Dias Go!es- basta ,o!)ar+"los ,o! as )osi/7es #ue os autores deendera! no )assado- ou ,o! a euoria dos !o9i!entos ,ulturais dos anos 54]64- !es!o na sua 9ertente !ais )o)ulista&3&>er- )or e@e!)loentre9ista ,o! Guarnieri- in En,ontros ,o! a Ci9iliza/0o Brasileira- n J- 1ulFo de JK&& Seria in*enuidade a,reditar #ue a ideolo*ia do na,ional")o)ular se e@)ri!e )olti,a e ,ultural!ente no interior da indústria ,ultural& O i!)ortante- )or.!- . entender!os ,o!o a ,ontradi/0o . resol9ida )elos autores& A )ro)osta do na,ional")o)ular- #uando enun,iada no ,onte@to da ,ultura )o)ular de !assa- ,onser9a ,ate*orias teri,as do )assado #ue ad#uire! a*ora u!a un/0o 1ustii,adora do un,iona!ento da indústria ,ultural& Se le9ar!os a s.rio sua )ers)e,ti9a- te!os #ue a,eitar a id.ia de #ue a ,ultura se $desalienou% na !edida e! #ue o Ser na,ional se realizou& Mas . ta!b.! )oss9el u!a inter)reta/0o )aralela a essa& A no/0o de ideolo*ia )ressu)7e a e@ist8n,ia de u! uni9erso autno!o- se)arado da realidade& E esta ,ontradi/0o #ue )er!ite ,ontra)or!os realidade e ilus0o- no sentido de alsa ,ons,i8n,ia& Co!o n0o F+ dú9idas sobre a ,onsolida/0o de u!a indústria da ,ultura de ,ar+ter na,ional- a,eitar!os #ue a realidade da so,iedade se1a id8nti,a  )ro)osta do realis!o na,ional")o)ular si*nii,a ad!itir #ue a identidade brasileira se eeti9ou& Dentro desse ra,io,nio n0o Fa9eria !ais o)osi/0o entre o #ue se )ro)unFa realizar e o #ue se al,an/ou- e a )r)ria no/0o de aliena/0o dei@aria de azer sentido& O #ue os intele,tuais do na,ional")o)ular n0o )er,ebera! . #ue eles s0o )resas de u! dis,urso #ue se a)li,a9a a u!a outra ,on1untura da Fistria brasileira- e s0o)ortanto- in,a)azes de entender #ue a aus8n,ia da ,ontradi/0o os i!)ede in,lusi9e de to!ar ,riti,a!ente ,ons,i8n,ia da so,iedade !oderna e! #ue 9i9e!& P+* J Do )o)ular"na,ional ao interna,ional")o)ular' Wuando no inal do s.,ulo )assado Sl9io Ro!ero )ro,ura9a ,o!)reender o $atraso do )o9o brasileiro%- de u!a ,erta or!a ele esta9a inau*urando toda u!a ,orrente de )ensa!ento #ue bus,a9a entender a #uest0o da identidade na,ional na sua alteridade ,o! o e@terior& ( ,laro- sua inter)reta/0o do Brasil se unda!enta9a na ideolo*ia da .)o,a- )ara a #ual o ,on,eito de ra/a e de ,li!a era! essen,iais& O Fo!e! brasileiro seria o )roduto da a,li!ata/0o da ra/a euro).ia no solo brasileiro- de sua !is,i*ena/0o ,o! as ra/as $!enos e9oludas%- o ne*ro e o ndio& Mas a ,on,lus0o de seus estudos- *uardadas essas li!ita/7es- #ue s0o ,onsider+9eis- era ,lara: $O Brasil n0o de9e ser ,)ia da anti*a !etr)ole%&J&Sl9io Ro!ero- =istria da Literatura Brasileira- o)& ,it& )& J& ;!a ,rti,a re,ente sobre a no/0o de ,)ia )ode ser en,ontrada e! Roberto S,F[arz- Na,ional )or Subtra/0o- in Tradi/0o e Contradi/0o& Rio de aneiro- ZaFar]Q;NARTE- JK&& Essa id.ia de

,)ia te! orientado inú!eros debates sobre a )roble!+ti,a da ,ultura brasileira& ( dentro dessa )ers)e,ti9a #ue Eu,lides da CunFa ,onsidera9a- )or e@e!)lo- a su)erioridade do !esti/o do interior e! rela/0o ao do litoral- u!a 9ez #ue este últi!o- )or ,ausa do +,il ,ontato ,o! o ,olonizador- estaria !ais in" P+* J luen,iado )or ele- a9ore,endo assi! o )ro,esso de i!ita/0o de sua ,ultura de ori*e!& Sabe!os Fo1e #ue a dis,uss0o sobre a $autenti,idade% do na,ional- e )ortanto da identidade- . na 9erdade u!a ,onstru/0o si!bli,a- u!a reer8n,ia e! rela/0o  #ual se dis,ute! di9ersos )roble!as& Na 9erdade n0o e@iste u!a úni,a identidade- !as u!a Fistria da $ideolo*ia da ,ultura brasileira%- #ue 9aria ao lon*o dos anos e se*undo os interesses )olti,os dos *ru)os #ue a elabora!& As ,ate*orias do )ensa!ento isebiano est0o ,erta!ente distantes da#uelas utilizadas )elos )ensadores do s.,ulo VIV- !as elas ,onte!)la! a !es!a in#uieta/0o- a bus,a de u! destino na,ional& Corbisier dir+- )or e@e!)lo- #ue $assi! ,o!o no )lano e,on!i,o- a ,olnia e@)orta !at.ria")ri!a- e i!)orta )roduto a,abado- no )lano ,ultural- a ,olnia . !aterial etno*r+i,o #ue 9i9e da i!)orta/0o do )roduto ,ultural abri,ado no e@terior& I!)ortar o )roduto a,abado . i!)ortar o Ser- a or!a #ue en,arna e relete a ,os!o9is0o da#ueles #ue a )roduzira!& Ao i!)ortar o ,adilla,- o ,Fi,letes- a Co,a"Cola e o ,ine!a- n0o i!)orta!os a)enas ob1etos e !er,adorias- !as ta!b.! todo u! ,o!)le@o de 9alores e de ,ondutas #ue se a,Fa! i!)li,ados nesses )rodutos%&&Roland Corbisier- Qor!a/0o e Proble!a da Cultura Brasileira- Rio de aneiro- ISEB- JK5- )& 6K&& Cita/0o )aradi*!+ti,a- #ue se tornou senso ,o!u! e #ue )ode ser en,ontrada entre os inú!eros autores #ue tratara! da #uest0o& N0o !e interessa tanto- no !o!ento- ,riti,ar esta 9is0o do na,ional- !as sublinFar a e@ist8n,ia deste $itiner+rio intele,tual ,oleti9o%- #ue i!)li,a nu!a obsess0oe9idente!ente ,o! unda!ento so,ial- e! se ,riar u!a i!a*e! na ,ontra)osi/0o ,o! o outro& A bus,a de u!a identidade na,ional se insere na tra!a da Fistria brasileira na sua rela/0o ,o! o !undo e@terior& Sl9io Ro!ero tinFa ,laro essa di!ens0o #uando air!a9a #ue $todo )roble!a Fistri,o e liter+rio F+ de ter no Brasil duas a,es )rin,i)ais: u!a *eral e outra )arti,ular- u!a inluen,iada )elo !o!ento euro)eu e outra )elo !eio na,ionalu!a #ue de9e atender ao #ue 9ai )elo *ran" P+* J3 de !undo- e outra #ue de9e 9erii,ar o #ue )ode ser a)li,ado ao nosso )ais%&&Sl9io Ro!ero- o)& ,it&- )& 35&& Na 9erdade- as or!as de se ,on,eber esse rela,iona!ento ,o! $o #ue 9ai )elo *rande !undo% 9ariara!: ,)ia- ,olonialis!o ,ultural- i!)erialis!ode)end8n,ia& Mas a !oti9a/0o de base )er!ane,eu- a i!)ort?n,ia de se ,o!)reender a so,iedade brasileira na sua es)e,ii,idade e na sua alteridade& N0o se de9e )ensar #ue essa ne,essidade de se ,onstruir u!a identidade se1a e@,lusi9a ao BrasilY ela .- na 9erdade- u!a i!)osi/0o estrutural aos )ases #ue o,u)a! u!a )osi/0o )eri.ri,a dentro da or*aniza/0o !undial das na/7es& Manuel Boni!- #uando es,re9ia na 9irada do s.,ulo- ,o!)reendia #ue a situa/0o brasileira s azia sentido #uando inte*rada dentro dos $!ales da A!.ri,a Latina%& Sua teoria do )arasitis!o ,olonial- )or !ais in,on*ruente #ue nos )are/a Fo1e- era u!a tentati9a de ,o!)reender o )ro,esso de e@)lora/0o das ,olnias es)anFolas e )ortu*uesas&3&Manuel Boni!- A!.ri,a Latina: Males de Ori*e!- Rio de aneiro- Editora S& A& A Noite- s&d&& Essa i!)ort?n,ia e! se dia*nosti,ar e e! rea*ir ao atraso dos )ases )eri.ri,os se desdobra e! 9+rios )lanos& E,on!i,oonde a no/0o de desen9ol9i!ento se torna ,entral )ara os e,ono!istas da CEPAL- #ue bus,a! u!a $ori*inalidade da ,)ia% nas teorias #ue )roduze!&5&>er Qernando =enri#ue Cardoso- As Id.ias e Seu Lu*ar: Ensaios sobre as Teorias do Desen9ol9i!ento- Petr)olis>ozes- JK4&& Polti,o- )ois ,o!o obser9a O,t+9io Ianni- $toda re9olu/0o latino"a!eri,ana do s.,ulo VIV a)resenta u! tra/o antii!)erialista& A re9olu/0o )ode ser bur*uesa ou )o)ular- o tra/o )ode ser d.bil ou a!b*uo& E! todos os ,asos est+ )resente o antii!)erialis!o& Desde a re9olu/0o !e@i,ana- ini,iada e! JKJ4- at. a sal9adorenFa- #ue se a,Fa e! !ar,Fa- todas a)resenta! este tra/o%&6&O,t+9io Ianni- Classe e Na/0oPetr)olis- >ozes- JK6&& Cultural- !ar,ando a )rodu/0o de !o9i!entos artsti,os ,o!o o dos !uralistas !e@i,anos- os !odernistas brasileiros- o realis!o !+*i,o- ou o arielis!o

#ue o)unFa o $*8nio da ra/a latina%  inlu8n,ia estran*eira& Co!o !ostra !uito be! ean Qran,o- todos esses P+* J5 !o9i!entos se asso,ia! de al*u!a or!a a u!a $identidade na,ional ainda e! )ro,esso de deini/0o%&&ean Qran,o- TFe Modern Culture o Latin A!eri,a- Middlese@- In*laterraPen*uin Boo\s- JK6&& Da !es!a or!a #ue nos reeri!os a u!a Fistria da identidade brasileira- ,reio #ue . )oss9el alar!os de u!a Fistria da identidade latino"a!eri,ana#ue ,erta!ente re9elaria n0o so!ente os !o!entos de luta ,ontra as )ot8n,ias estran*eiras- !as ta!b.! os dile!as e os i!)asses #ue ronda! a #uest0o na,ional& Desde a a!bi*Xidade #ue ,ara,teriza a dis,uss0o sobre ,lasse 9ersus na/0o- at. a e#u9o,os #ue le9ara! !uitos es,ritores a )ensar o ,ontinente Fis)?ni,o")ortu*u8s ,o!o u! blo,o indieren,iado- es#ue,endo"se #ue o )r)rio ,on,eito de $latinidade% da A!.ri,a Latina oi ,unFado )elos ran,eses e! !eados do s.,ulo )assado- no !o!ento e! #ue Na)ole0o III )ro,ura9a eri*ir a Fe*e!onia dos )o9os latinos sob a bandeira do i!).rio ran,8s&&Sobre a no/0o de latinidade da A!.ri,a Latina- 9er GuH Martinire- L_In9ention d_un Con,e)t O).ratoire: la Latinit. de l_A!.ri#ue%- in As)e,ts de la Coo).ration Qran,o" Br.silienne- Grenoble- P;Q"Grenoble- JK&& Dii,il!ente a literatura sobre a indústria ,ultural e os !eios de ,o!uni,a/0o de !assa )oderia u*ir deste #uadro !ais a!)lo- #ue ,o!)reende a #uest0o ,ultural ,o!o u! ,onronto entre o na,ional e o estran*eiro& Se . )oss9el dis,ernir u! tra/o !ar,ante nos estudos realizados sobre o te!a- este ,erta!ente diz res)eito  de)end8n,ia ,ultural& Os !eios de ,o!uni,a/0o a)are,e!- desta or!a- ,o!o u! )ro,esso de do!ina/0o #ue reor/a a )osi/0o dos )ases ,entrais& Dentro desses estudos- . )oss9el des,obrir duas 9ertentes& ;!a )ri!eira- #ue )ri9ile*ia a an+lise dos ,on*lo!erados transna,ionais #ue o)era! a )artir dos )ases ,entrais- !ostrando ,o!o a n9el !undial o )ro,esso de ,o!uni,a/0o . unilateral e se distribui se*undo interesses )olti,os e e,on!i,os& O li9ro de =erbert S,Filler sobre o i!).rio norte"a!eri,ano na +rea das tele,o!uni,a/7es .- neste sentido- )ioneiro&K&=erbert S,Filler- Mass Co!!uni,ations and A!eri,an E!)ire- BostonBea,on Press- JK6K&& Ele !ostra ,o!o o !ono)lio na esera da inor!a/0o est+ 9in,ulado a interesses ,o!er,iais P+* J6 e !ilitares dos Estados ;nidos- unda!entos #ue ser9e! de base )ara sua e@)ans0o no resto do !undo& A an+lise de g& Eudes sobre o e@)ansionis!o ,ultural dos Estados ;nidos a n9el !undial . ta!b.! interessante na !edida e! #ue des9enda as raz7es de Estado #ue orienta! a )olti,a a!eri,ana&J4&g& Eudes- La Coloniza,in de las Con,ien,ias- Bar,elonaGusta9o Gili- JK3&& Dentro da !es!a linFa )ode!os a)ontar os trabalFos realizados )or  Ta)io >aris e Nordestren*- #ue no in,io da d.,ada de 4 )udera! )ela )ri!eira 9ez- a )artir de u! le9anta!ento #uantitati9o- estudar o lu@o de )ro*ra!as de tele9is0o e! es,ala !undial&JJ&Ta)io >aris e & Nordenstren*- $Tele9ision Trai,: a One"^aH Street'%Re)orts and Pa)ers on Mass Co!!uni,ation& N 4- Paris- ;NESCO- JK3& >er ainda Ar!and e Mi,Fle Mattelart- Cultura ,ontra De!o,ra,ia'- S0o Paulo- Brasiliense- JK&& O resultado da )es#uisa !ostrou de !aneira ine#u9o,a #ue a id.ia de u! $li9re lu@o de inor!a/0o%- #ue orienta9a as )re!issas da ;NESCO- era na 9erdade u!a ideolo*ia #ue de ato es,ondia u!a realidade de dese#uilbrio !undial- na #ual os )ases )eri.ri,os a)are,ia! ,o!o !eros ,onsu!idores de )ro*ra!as realizados e! )ou,os ,entros Estados ;nidos- In*laterra- e e! !enor es,ala Qran/a e Ale!anFa& Estudos !ais re,entes t8! ,ontribudo )ara o ,onFe,i!ento da atua/0o das !ultina,ionais dos audio9isuais- assi! ,o!o da distribui/0o !undial de arti*os ,ulturais- ,o!o il!es- )ro*ra!as de tele9is0o e dis,os&J&>er P& Qli,FH- Las Multina,ionales del Audio9isual- Bar,elona- Gusta9o GiliJK&& Esses trabalFos n0o 9isa! direta!ente a A!.ri,a Latina- !as s0o i!)ortantes na !edida e! #ue nos )er!ite! ter u!a 9is0o interna,ional da )roble!+ti,a ,ultural- al.! de te,ere! u!a ,rti,a ,onsistente ao )ro,esso de !ono)lio e de !ani)ula/0o #ue os )ases ,entrais- e as transna,ionais- e@er,e! no 1o*o de interesses interna,ionais& A se*unda 9ertente o,aliza )arti,ular!ente o i!)a,to do i!)erialis!o ,ultural na A!.ri,a Latina- e )ro,ura entender ,o!o os !eios de ,o!uni,a/0o e9olue! nu!a situa/0o de de)end8n,ia& S0o estudos #ue t8! se )reo,u)ado

P+* J desde a or*aniza/0o e,on!i,a e )olti,a das !ultina,ionais da ,ultura at. os as)e,tos de do!ina/0o ideol*i,a 9ei,ulados no interior do )r)rio )roduto ,ultural- ,o!o no ,aso das re9istas e! #uadrinFos $i!)ortadas% dos )ases ,entrais&J&>er Ariel Dor!an e Ar!and Mattelart- Para Ler o Pato Donald- Rio de aneiro& Paz e Terra- JK4&& =+ 9+rios trabalFos bastante re)resentati9os desta tend8n,ia- #ue se desdobra e! estudos !ais lo,ais ,o!o os de Luiz Ra!iro Beltr+n e ElizabetF Qo@ de Cardona- #uando analisa! as inlu8n,ias norte"a!eri,anas na tele9is0o ,olo!biana&J3&Luiz Beltr+n e ElizabetF Qo@ de Cardona- Co!uni,a/0o Do!inada: os Estados ;nidos e os Meios de Co!uni,a/0o da A!.ri,a Latina- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK&& Dentro desse #uadro teri,o- ora! eitos 9+rios estudos no Brasil ,o!o- )or e@e!)lo- a tentati9a de S.r*io Ca)arelli- unda!entada na teoria da de)end8n,ia- de se ,o!)reender a rela/0o entre ,a)italis!o e tele9is0o&J5&S.r*io Ca)arelli& Tele9is0o e Ca)italis!o no Brasil& o)& ,it& na !es!a linFa- os. Mar#ues de Melo& $A Tele9is0o ,o!o Instru!ento do Neo,olonialis!o: E9id8n,ias do Caso Brasileiro%- in Alredo Bosi or*&- Cultura Brasileira- S0o Paulo- er Q& ^eort- `Nota sobre a Teoria da De)end8n,ia: Teoria de Classe ou Ideolo*ia Na,ional'- Estudos CEBRAP- n J- JKJ& Pers)e,ti9a na #ual os ,onlitos so,iais ad#uire! u!a ,olora/0o *lobalizante diluindo os anta*onis!os de ,lasse- #ue se en,ontra! subsu!idos a ,ate*orias !ais *en.ri,as ,o!o $autono!ia na,ional%& Na 9erdade- o #uestiona!ento de ^eort reto!a a tradi/0o #ue )ro,ura dis,utir a #uest0o na,ional na sua rela/0o ,o! as ,lasses so,iais& O te!a . ,l+ssi,o- 1+ tendo sido abordado )or auts\H- Otto Bauer- Lenin- Rosa de Lu@e!bur*o- Qranz Qanon&J&A literatura sobre a #uest0o na,ional . i!ensa- 9er Leo)oldo Mar!ora or*&- La Interna,ional H el Proble!a Na,ional&  9ols&- M.@i,o- Cuadernas Pasado H Presente- JKY Ma@i!e Rodinson- Sobre la Cuestion Na,ional- Bar,elona- Ana*ra!a- JK5&& Nos )ases do Ter,eiro Mundo)arti,ular!ente na A!.ri,a Latina- onde o )ro,esso de ,onstru/0o na,ional se!)re este9e nas !0os da ,lasse do!inante- lores,eu u!a 9is0o #ue no li!ite tendia a eli!inar as ,ontradi/7es so,iais& N0o . )or a,aso #ue a ,rti,a  teoria da de)end8n,ia . an+lo*a  #ue 9+rios autores izera!- )or e@e!)lo- ao )ensa!ento do ISEB- )ara o #ual a o)osi/0o unda!ental da so,iedade se resu!ia ao anta*onis!o entre na/0o e antina/0o&JK&Sobre a

rela/0o ,lasse]na/0o no )ensa!ento isebiano- ,onsultar Caio Na9arro de Toledo- O ISEB: Q+bri,a de Ideolo*ias- o)& ,it&& P+* JK ;!a outra ,rti,a- #ue nos interessa )arti,ular!ente- deri9a da )r)ria dii,uldade e! se inter)retar o desen9ol9i!ento do ,a)italis!o nas so,iedades )eri.ri,as& Qernando =enri#ue Cardoso a)onta- entre os de)endentistas- )ara a )resen/a de duas linFas de )ensa!ento: $E@iste! os #ue ,r8e! #ue o ,a)italis!o de)endente baseia"se na su)ere@)lora/0o do trabalFo- . in,a)az de a!)liar o !er,ado interno- *era in,essante dese!)re*o e !ar*inalidade e a)resenta tend8n,ia  esta*na/0oY e@iste! os #ue )ensa! #ue- )elo !enos e! al*uns )ases da )erieria- a )enetra/0o do ,a)ital industrial"inan,eiro a,elera a )rodu/0o da !ais"9alia relati9a- intensii,a as or/as )roduti9as e- se *era dese!)re*o nas ases de ,ontra/0o e,on!i,a- absor9e !0o"de"obra nos ,i,los e@)ansi9os- )roduzindo- neste as)e,to- u! eeito si!ilar ao do ,a)italis!o nas e,ono!ias a9an/adas%&4&Qernando =enri#ue Cardoso- $O Consu!o da Teoria da De)end8n,ia nos Estados ;nidos%- in As Id.ias e seu Lu*ar- o)& ,it&- )& J45Y 9er ainda do !es!o autor- Notas sobre Estado e De)end8n,ia%- Cadernos CEBRAP- n JJ- JK5&& Se*undo o autor- a )ri!eira tend8n,ia 9in,ula a de)end8n,ia  re)rodu/0o do subdesen9ol9i!ento- en#uanto #ue a outra 9islu!bra a )ossibilidade de desen9ol9i!ento dentro do #uadro de de)end8n,ia& Os trabalFos sobre a de)end8n,ia ,ultural )are,e! a9ore,er o )ri!eiro ti)o de inter)reta/0o& Muitos deles ,Fe*a! a ter u!a 9is0o t0o si!)lista do )roble!a #ue se torna i!)oss9el entender o ad9ento do ,a)italis!o e da so,iedade !oderna na )erieria- a n0o ser ,onsiderando"os ,o!o ele!entos e@*enos i!)ostos )elas or/as interna,ionais& A ttulo de e@e!)lo- ,ito u! desses inú!eros te@tos #ue tratara! o )roble!a- a !eu 9er de !aneira a)ressada: $A Fi)tese ,entral de nosso trabalFo . #ue a r+dio ,o!o u! ante,edente- e de)ois a tele9is0o ,o!o u!a ,ontinuidade- i!)lanta!"se e e@)ande!"se no Brasil- )or !eio de !e,anis!os de !ani)ula/0o e do!ina/0o ,olonialista- atra9.s de u! ,o!)le@o siste!a e,on!i,o e ideol*i,o or*anizado )or )ases do!inantes- e! es)e,ial os Estados ;nidos%&J&Carlos Rodolo A!.ndola er Bob TFo!as- ^alt DisneH: an A!eri,an Ori*inal- No9a Ior#ue- Po,\et Boo\s- JK6&& Coordenado )or Nelson Ro,\eeller- esta a*8n,ia ,onse*ue do De)arta!ento do Tesouro u! de,reto liberando as ,o!)anFias a!eri,anas do i!)osto relati9o ao ,usto da )ubli,idade trans!itida )elos )ases latino" a!eri,anos- desde- . ,laro- #ue a,eitasse! )assar )ela CIAA&&>er g& Eudes- La Coloniza,in de las Con,ien,ias- o)& ,it&& Esses re,ursos- ,ontrolados )elo *o9erno ederalera! distribudos seleti9a!ente entre os !eios de ,o!uni,a/0o $,oni+9eis%- es)alFados )elo ,ontinente& Co! o t.r!ino da Se*unda Guerra Mundial- o e@)ansionis!o a!eri,ano se torna !ais a*ressi9o- na !edida e! #ue o )ais assu!e u!a )osi/0o de lideran/a a n9el interna,ional& Nas dierentes +reas ,ulturais- li9ros- dis,os- )ubli,idade- il!es- obser9a"se u! ,res,i!ento not+9el do )redo!nio a!eri,ano&&As i!)orta/7es de li9ros )ro9enientes dos Estados ;nidos )assa! de: JKJ4  -3cY JKK  -cY JK63  5-6c do total de !aterial i!)ortado& >er =alle[ell- o)& ,it&- ))& 344"34J&& Qen!enos #ue ,ontraria!ente  )olti,a ran,esa- #ue se ,ontenta9a ,o! as $,oisas es)irituais%- se estende )ara a esera )olti,a e e,on!i,a& No ,onte@to da A!.ri,a Latina- o Brasil n0o se dieren,ia9a dos outros )ases- onde a interer8n,ia norte"a!eri,ana se azia sentir se! !aiores nuan/as& Est+ be! do,u!entada toda essa Fistria de a*ress0o  )ro1eto Ca!elot- CPI do IBAD Instituto Brasileiro )ara A/0o De!o,r+ti,a- !ultina,ionais- *ol)e de 63  des9endando as 9+rias or!as utilizadas )ara se *arantir e a!)liar u! )ro,esso de Fe*e!onia&K&>er Moniz Bandeira- O Go9erno o0o Goulart- Rio de aneiro- Ci9iliza/0o Brasileira- JK&& Ao se )assar- )or.!- da ase in,i)iente )ara a da ,onsolida/0o do !er,ado- obser9a" se u! )ro*ressi9o !o!ento de autono!iza/0o na esera da ,ultura brasileira& ( ,laro P+* JK3 #ue o rit!o e a e@tens0o desse !o9i!ento n0o . id8nti,o )ara todas as +reas- !as trata" se de u!a tend8n,ia #ue se reor/a e abran*e di9ersos setores da indústria ,ultural& E!bora n0o se )ossa dizer #ue no ,aso do ,ine!a as dii,uldades de i!)lanta/0o do il!e brasileiro tenFa! sido su)eradas- a ,on,orr8n,ia do il!e estran*eiro . realY n0o . !enos 9erdade #ue a d.,ada de 4 assiste a u! ,res,i!ento substan,ial da ,ine!ato*raia na,ional& E! JKJ- os il!es brasileiros o,u)a9a! so!ente J-Kc do !er,ado- nú!ero #ue sobe )ara 5c e! JK&4&Dados da EMBRAQILME& ;!a a9alia/0o do ,ine!a brasileiro na d.,ada de 4 )ode ser en,ontrada e! os. M+rio Ortiz Ra!os- $Os Dias de =o1e: Anos 4]4%- in =istria do Cine!a Brasileiro no )relo&& Os dados )ara os dierentes ra!os da )rodu/0o ,ultural ,onir!a! essa tend8n,ia& A )ro)or/0o de li9ros de autores na,ionais no ,on1unto da )rodu/0o editorial )assou de 53-c- e! JK- )ara 4-Jc- e! JKJY a de dis,os e ,assetes de !úsi,a )o)ular brasileira )assou de 6c- e! JK- )ara 6K-5c- e! JK4- en#uanto #ue a !úsi,a interna,ional bai@ou de 5-3c )ara -KcJ&S.r*io Mi,eli- $Entre no Ar e! Belndia%- Cadernos IQC=- ;NICAMP- outubro de JK3&& No ,aso da indústria do dis,o . interessante sublinFar ainda u! re,uo das !ultina,ionais diante do a9an/o de no9as *ra9adoras no !er,ado brasileiro& Mas !es!o no ,aso da )resen/a dessas !ultina,ionais- n0o se de9e )erder de 9ista #ue as *randes e!)resas transna,ionais o)era! na +rea do dis,o de or!a dieren,iada e! rela/0o  indústria interna,ional dos il!es ou da tele9is0o& ;! autor !ar@ista- ,o!o Patri,e Qli,FHsu*esti9a!ente as ,onsidera ,o!o $!ultina,ionais dis,retas%- isto )or#ue elas atua! na )erieria atra9.s de iliais ,u1a un/0o . )roduzir dis,os ,o! os ,antores lo,ais& Ele obser9a #ue ,ontraria!ente ao ,ine!a- #ue 9e! !ar,ado )ela sua )rodu/0o de ori*e! ,en+riosidio!a- atores- $a ati9idade !usi,al te! u! orte ,o!)onente na,ional& Nos )ases latino" a!eri,anos )rin,i)al!ente- )rati,a!ente a totalidade da 9enda de dis,os de 9ariedades se realiza ,o! ,antores lo,ais%&&P& Qli,FH& o)& ,it&- )& JK&& Pro,esso #ue ,erta!ente 9aloriza o ele!ento na,ional a ser ,olo,ado no !er,ado- !ui" P+* JK5 to e!bora ele se1a )roduzido e ,o!er,ializado )elas !ultina,ionais&

;!a !aneira de a9aliar!os a i!)ort?n,ia da indústria ,ultural na,ional . ,onsiderar!os al*u!as de suas ati9idades $de )onta%- inserindo"as no ,onte@to interna,ional& Nesse sentido o e@e!)lo da )ubli,idade . interessante- u!a 9ez #ue se trata de u! ra!o ,u1a un/0o )rin,i)al . esti!ular o F+bito de ,onsu!o nas so,iedades ,a)italistas !odernas& =erbert S,Filler obser9a #ue a e@)ans0o das +bri,as norte" a!eri,anas no e@terior e@)li,a! e! *rande !edida a )ro1e/0o da )ubli,idade a!eri,ana no !undo&&=& S,Filler- $La Co!uni,a,in Si*ue al Ca)ital%- in La Tele9ision: entre Ser9i,io Públi,o H Ne*o,io- o)& ,it&& Essas +bri,as- ao se deslo,are! )ara ora dos Estados ;nidos- da9a! suas ,ontas s a*8n,ias norte"a!eri,anas- o #ue )ou,o a )ou,o i!)li,ou o do!nio da +rea )ubli,it+ria& N0o . di,il )er,eber ,o!o os in9esti!entos na esera da )ro)a*anda e9olura! ao lon*o dos anos& Al*uns estudos !ostra! #ue entre JKJ5 e JK5K Fa9ia! 54 iliais de a*8n,ias a!eri,anas es)alFadas no !undoY entre JK64 e JKJ este nú!ero sobe )ara J4- o #ue si*nii,a #ue o )ro,esso de e@)ans0o .- sobretudo- u! en!eno dos anos 64& Deste #uadro se )ode tirar al*u!as i!)li,a/7es i!)ortantes: )ri!eiro- ele a)onta )ara u! ,res,i!ento dos *astos de )ubli,idade ora dos Estados ;nidosY se*undo- indi,a u! !ono)lio )or )arte dos a!eri,anos do !er,ado interna,ional de )ro)a*anda& Co!o o )r)rio S,Filler obser9a- $e! JK6- as dez a*8n,ias !ais i!)ortantes dos Estados ;nidos de,larara! as se*uintes )er,enta*ens de suas ,ontas estran*eiras no 9olu!e total de seus ne*,ios: ^& TFo!)son- 5-cY goun*  Rubi,a! International- -3cY O*il9H  MatFer International- 5J-5cY M,Cann"Eri\son- 6cY Leo Burnett- JcY Ted Bates  Co&- 5-5cY Co!)ton Ad9erstisin*- 6-KcY SSC  B- 6K-5c& >inte anos antes- e! JK55- uni,a!ente ^& TFo!)son- goun*  Rubi,an e M,Cann"Eri\son tinFa! o)era/7es interna,ionais i!)ortantes #ue as,endia! res)e,ti9a!ente a 3-Kc e 4c%&3&Ide!- )&5&& A )enetra" P+* JK6 /0o dessas e!)resas a n9el !undial ,onir!a o !ono)lio a!eri,anoY e! JK5- $e! ,ada )as da Euro)a- a)ro@i!ada!ente a !etade das dez a*8n,ias ,o! !aior 9olu!e de ne*,ios )erten,e! aos Estados ;nidos%&5&Ide!- )& 5K&& O #ue le9ou al*uns es)e,ialistas a ,onsiderare! a )ubli,idade interna,ional ,o!o #uase e@,lusi9a!ente u!a indústria norte"a!eri,ana& E9idente!ente- a )resen/a dessas *randes ir!as nos )ases )eri.ri,os . be! !ais a,entuada& Qred Qe1es !ostra ,o!o na A!.ri,a Latina se d+ a i!)lanta/0o das !ultina,ionais da )ubli,idade- o #ue en9ol9e #uest7es desde o ,onsu!o induzido de deter!inados bens )elas ,a!adas )o)ulares- o ,onronto ,o! as e@)ress7es ,ulturais lo,ais- at. o ,ontrole dos r*0os de ,o!uni,a/0o&6&Qred Qe1es- $TFe Gro[tF o Multinational Ad9ertisin* A*en,ies in Latin A!eri,a%- ournal o Co!!uni,ation- autu!n JK4&& Qato #ue se a*ra9a #uando se sabe #ue- ,o!)arati9a!ente- $os )ases da A!.ri,a Latina s0o os #ue !ais trans!ite! e! r+dio e tele9is0o )ro)a*anda no !undo%&&;! estudo e! n9el interna,ional do lu@o de )ubli,idade no !undo )ode ser en,ontrado e! GraFan Murdo,\ e Norenee anus- $Mass Co!!uni,ation and Ad9ertisin* IndustrH%- Re)orts on Mass Co!!uni,ation- n K- Paris- ;NESCO- JK5& Sobre a rela/0o entre )ubli,idade e !ultina,ionais- 9er ainda Norenee anus- $Ad9ertisin* and tFe Mass Media: Transnational Lin\ bet[een Produ,tion and Consu!)tion%- Media- Culture and So,ietH- 9ol& - JKJ&& N0o obstante- a )osi/0o brasileira no ,onte@to !undial n0o dei@a de ser sin*ular& =a!id Mo[lana- e! sua an+lise sobre a i!)ort?n,ia das a*8n,ias !ultina,ionais de )ro)a*anda- or*anizou u!a tabela ,o! os dez !aiores !er,ados- rela,ionando"os ,o! o $*rau de inlu8n,ia% #ue as a*8n,ias interna,ionais )ossue! nos !er,ados lo,ais& Os dados s0o es,lare,edores:&=a!id Mo[lana- Global Inor!ation and ^orld Co!!uni,ation- No9a Ior#ue- Lon*!an- JK6& )& 6& O ,+l,ulo oi eito le9ando"se e! ,onsidera/0o as !aiores a*8n,ias de ,ada )as- inserindo"as no ,onte@to interna,ional&& J& Estados ;nidos  64c & a)0o  c & In*laterra  36c 3& Ale!anFa  5Jc 5& Qran/a  4c 6& Austr+lia  6c & Brasil  c

& Canad+  3c K& It+lia  3Jc J4& =olanda  3c E9idente!ente- a ta@a ele9ada de $inlu8n,ia estran" P+* JK *eira% )ara os Estados ;nidos de,orre da o)/0o do autor )or ,ontabilizar as transna,ionais ,o!o $n0o"na,ionais%Y sendo a !aioria delas de ori*e! a!eri,ana- sua inlu8n,ia no !er,ado interno do )as . ,onsider+9el si,& Mas a tabela !ostra ,o!o o Brasil- s.ti!o !er,ado !undial- sore o !enor $*rau de inlu8n,ia% das a*8n,ias interna,ionais e@,eto- . ,laro- os Estados ;nidos& Essas inor!a/7es )ode! sur)reender- !as se e@)li,a! )ela )r)ria Fistria da )ubli,idade brasileira& Na 9erdade- a ,Fe*ada das *randes a*8n,ias de )ubli,idade no Brasil data! da d.,ada de 4  TFo!)son JK4- Standard Pro)a*anda JK- M,Cann"Eri\son JK5- Intera!eri,ana JKY dos *ru)os interna,ionais i!)ortantes- so!ente a Leo Burnett sur*e nos anos 54& Essas *randes ,o!)anFias do!ina! o !er,ado )ubli,it+rio at. os anos 64& usta!ente no !o!ento e! #ue o,orre a e@)ans0o dessas *randes ir!as a n9el !undial- no Brasil se ,onsolida u! !o9i!ento in9erso- o da air!a/0o das e!)resas na,ionais& De ato- os anos 4 ,onFe,e! u! ,res,i!ento ,onsider+9el da )ubli,idade- a )onto de al*uns Fo!ens de ne*,ios ,onsiderare! o )erodo ,o!o a $d.,ada da !dia%& O in9esti!ento e! )ro)a*anda- #ue e! JK6K ,Fe*a9a a 4 !ilF7es de dlares- ,res,e- e! JKK- )ara J-5 bilF0o- sete 9ezes o 9olu!e do ano base&K&Ri,ardo Ra!os- Do Re,la!e  Co!uni,a/0o- S0o Paulo- Atual Ed& JK5- ))& KK"J44&& No entanto- boa )arte deste au!ento a9ore,e as ir!as brasileiras& O #uadro das J5 !aiores re,eitas de )ubli,idade e! JK indi,a #ue so!ente #uatro delas s0o !ultina,ionais M,Cann"Eri\son- TFo!)son- Standard- Lintas- en#uanto #ue as tr8s )ri!eiras- MPM- Al,?ntara Ma,Fado e Salles]Intera!eri,ana s0o de ,a)itais na,ionais& 34&Qonte: Mer,ado Brasileiro de Co!uni,a/0o& o)& ,it&& Isto n0o #uer dizer #ue as !ultina,ionais dei@e! de o)erar no territrio brasileiroY u!a leitura deste ti)o seria )ura in*enuidade& Mas #ue ao lado das ,ontas do *o9erno e das )araestatais- dadas s e!)resas na,ionais- os *randes in9esti!entos das transna,ionais se re)arte! entre a*8n,ias brasileiras e estran*eiras& De #ual#uer or!a- o )redo" P+* JK !nio das ir!as de )ubli,idade na,ionais . u! ato #ue re9erte o #uadro dos anos anteriores& A an+lise da tele9is0o brasileira . ta!b.! interessante- )rin,i)al!ente #uando situa!os sua e9olu/0o no ,onte@to do !er,ado interna,ional& N0o resta dú9ida #ue o siste!a tele9isi9o !undial o)era se*undo a l*i,a das *randes ,o!)anFias transna,ionais #ue ,ontrola! a indústria da !dia- os !er,ados estran*eiros- o,u)ando u!a )osi/0o do!inante #ue lFes )er!ite ditar in,lusi9e o )re/o do )roduto a ser ,o!er,ializado&  TFo!as Guba,\ e Ta)io >aris !ostra! de or!a ,on9in,ente #ue o !er,ado interna,ional tele9isi9o . basi,a!ente ,o!)osto )or indústrias an*lo"a!eri,anas #ue e@)orta! )ara o !undo todo&3J&T& Guba,\ e Ta)io >aris- $Transnational Co!!uni,ation and Cultural Industries%- Re)ort and Pa)ers on Mass Co!!uni,ation- n K- Paris- ;NESCO- JK&& Do )onto de 9ista ,o!er,ial . ine*+9el a Fe*e!onia dos Estados ;nidos- #ue assiste! a u!a )ro*ress0o i!)ortante de suas 9endas no estran*eiro- ,res,endo de ;SS 5 !ilF7es- e! JK64- )ara ;S J44 !ilF7es- e! JK4- e estabilizando"se ao lon*o da d.,ada& ( i!)ortante obser9ar #ue dois ter/os das 9endas da )ro*ra!a/0o a!eri,ana se diri*e! )ara !er,ados !ais ri,os- ,o!o Canad+- Austr+lia- a)0o e Reino ;nido& O #ue su*ere #ue basi,a!ente o lu@o de )ro*ra!as se ,on,entra nos )ases desen9ol9idos- )ois a se lo,aliza! o !aior nú!ero de a)arelFos e as !aiores audi8n,ias& Guba,\ e >aris ,onsidera! #ue $do )onto de 9ista dos ne*,ios- al*u.! )oderia ar*u!entar #ue os )ases `e! desen9ol9i!ento t8! )ou,a i!)ort?n,ia e,on!i,a )ara o ,o!.r,io !undial da indústria tele9isi9a- )or #ue a *rande arre,ada/0o 9e! das +reas !ais desen9ol9idas& Por.!- isto seria u! #uadro in,o!)leto do en!eno& Nos ne*,ios da tele9is0o !undial- o estudo do lado ,ultural da distribui/0o interna,ional dos )ro*ra!as de tele9is0o !ostra #ue . i!)ortante- nos )ases

e! desen9ol9i!ento- a #uantidade de )ro*ra!as"Foras i!)ortados- i!)ortante )or ,ausa do i!)a,to ,ultural- so,ial e )olti,o do !aterial i!)ortado%&3&Ide!- ))& K"J4&& P+* JKK N0o se trata- )ois- de !era #uest0o e,on!i,aY )or tr+s desta se es,onde toda u!a )roble!+ti,a ideol*i,a e ,ultural #ue se ,olo,a )rin,i)al!ente nos )ases de)endentes& Por e@e!)lo- o estudo realizado )ela ;NESCO e! JK- sobre o lu@o da )ro*ra!a/0o !undial- re9ela a )re)onder?n,ia dos Estados ;nidos- )rin,i)al!ente no #ue diz res)eito  A!.ri,a Latina- #ue . ,onsiderada ,o!o $zona de inlu8n,ia norte"a!eri,ana%- e na #ual a )ro)or/0o de )ro*ra!as i!)ortados ,Fe*a a atin*ir 3c e! deter!inados )ases& Ta)io >aris- ,o! no9os dados- re)etiu a )es#uisa dez anos de)ois- e ,Fe*a  ,on,lus0o #ue $u!a ,o!)ara/0o dos dados de JK ,o! os de JK indi,a #ue- e! es,ala !undial- n0o Fou9e !udan/as substan,iais na )ro)or/0o dos )ro*ra!as i!)ortados%&3&Ta)io >aris- $TFe International Qlo[ o Tele9ision Pro*ra!s%- ournal o Co!!uni,ation- 9ol& 3- n J- JK3- )& J35& ;!a 9ers0o !ais ,o!)leta deste estudo se en,ontra e! Re)orts and Pa)ers on Mass Co!!una,ation- n J44- Paris- ;NESCO- JK5&& Os *randes ,entros )rodutores ,ontinua! a ser os !es!os- o #ue i!)li,a u! dese#uilbrio a,entuado e! rela/0o  )erieria& A )er*unta #ue nos interessa . si!)les: #ual a )osi/0o do Brasil dentro deste ,onte@to' E! #ue )onto da )erieria ele se situa' As inor!a/7es relati9as  distribui/0o das dez !aiores audi8n,ias !undiais da tele9is0o s0o interessantes:33&Ta)io >aris$International Qlo[ o Tele9ision Pro*ra!s%- Re)orts and Pa)ers on Mass Co!!uni,ationo)& ,it&- )& JK&& Wuadro: Pas " c Total !undial JK4 " c Total !undial JK4 J& Estados ;nidos " 4- " K-5 & ;RSS " J- " J- & a)0o " - " 5-K 3& Ale!anFa Qederal " 6-J " 3- 5& Reino ;nido " 5-K " - 6& Qran/a " 3-4 " - & It+lia " -5 " -  & Brasil " -6 " -J  K& Canad+ " -6 " - J4& Ale!anFa Oriental " J-6 "  JJ& Es)anFa "  " -4 P+* 44 Qi,a ,lara a )osi/0o do!inante dos Estados ;nidos no #uadro interna,ional& Mas ,Fa!a a aten/0o- n0o s o Brasil- )assar- na d.,ada de 4- do oita9o )ara o s.ti!o lu*ar no ran\in* !undial- ,o!o ta!b.! o ato de #ue as dieren/as entre as audi8n,ias de )ases ,o!o Brasil- Qran/a- Ale!anFa e Reino ;nido se torna! si*nii,ati9a!ente !enores& Isso i!)li,a se )ensar o !er,ado brasileiro de tele9is0o ,o!o )ossuindo u!a di!ens0o interna,ional& Por isso . i!)ortante sublinFar #ue sua e@)lora/0o . eita e! *rande )arte )elas indústrias ,ulturais na,ionais- o #ue ,erta!ente ,ontraria a )ers)e,ti9a na,ionalista #ue 98 a tele9is0o brasileira e@,lusi9a!ente sob o ?n*ulo da de)end8n,ia ,ultural& ( 9erdade #ue durante u! ,erto )erodo da Fistria da tele9is0o brasileira a )resen/a da )rodu/0o estran*eira . ,onsider+9el& N0o tanto no seu in,io- entre JK54 e JK55- ase e! #ue os interesses a!eri,anos se li!ita9a!  9enda de te,nolo*ia- e #ue o )r)rio !er,ado interno de tele9is0o nos Estados ;nidos se en,ontra9a e! e@)ans0o& A )artir de !eados dos anos 54- #uando a indústria a!eri,ana ,o!e/a a e@)ortar as s.ries )roduzidas e! =ollH[ood- diante da ra*ilidade te,nol*i,a e inan,eira das e!)resas brasileiras- torna"se !ais rent+9el )ara elas i!)ortar )ro*ra!as do #ue )roduzi"los a#ui& Wuando se obser9a os dados sobre a )er,enta*e! de )ro*ra!as i!)ortados no total das Foras e!itidas )ara u! estado ,o!o S0o Paulo nos anos 64- )ode"se )er,eber a i!)ort?n,ia da )ro*ra!a/0o estran*eira:35&ose)F StraubFaar- $TFe Transor!ation o Cultural De)enden,e: TFe De,line o A!eri,an Inluen,e on Brazilian Tele9ision IndustrH%- PFD- TFe Qlet,Fer S,Fool o La[ and Di)lo!a,H- ^is,onsin ;ni9ersitH- JK- )& 3&&

Wuadro: Ano " E@,elsior " Re,ord " JK6 " 3Jc " 6c " 4c JK65 " 4c " 3c " 5Kc JK6 " 3c " 3c " c JK6K " 5c " 3c " c

Tu)i " Globo "  "  " 5Kc " 33c

P+* 4J Os )rodutos estran*eiros- es)e,ial!ente os $enlatados%- )ro)i,ia9a! s *randes redes u!a or!a !ais barata de or*anizar a sua )ro*ra!a/0o& Por.!- )aralela!ente a este #uadro de de)end8n,ia- e@iste u! !o9i!ento #ue se esbo/a- in,enti9ando a )rodu/0o industrial de )ro*ra!as na,ionais& A ,o!)ara/0o da e9olu/0o da teleno9ela ,o! as s.ries a!eri,anas !ostra ,o!o na d.,ada de 4 a no9ela se ,onsolida ,o!o o )rin,i)al 9e,ulo da indústria tele9isi9a Foras"audi8n,ia do total da )ro*ra!a/0o do Estado de S0o Paulo: 36&& StraubFaar- $TFe De9elo)!ent o tFe Teleno9ela as tFe Pre"E!inent Qor! o Po)ular Culture in Brazil%- Studies in Latin A!eri,an Po)ular Culture- 9ol& J- JK- )& J33& Obs&: a so!atria n0o d+ J44c )or#ue oi e@,ludo do #uadro o restante da )ro*ra!a/0o  il!es- sFo[s de auditrio- 1ornalis!o- et,& O interesse e! se ,o!)arar a no9ela s s.ries reside no ato de #ue as )ri!eiras ,onstitue! o )roduto ,o!er,ial industrial !ais be! a,abado da tele9is0o brasileira- en#uanto os $enlatados% ,o!)7e! o t)i,o !aterial )ri!e ti!e )roduzido )ela tele9is0o a!eri,ana e distribudo e! todo o !undo&& Wuadro:  Teleno9ela " S.ries i!)ortadas JK6 " c " 5c JK65 " Jc " 3c JK6 " Jc " J5c JK6K " Jc " J6c JKJ " Jc " JJc JK " c " 3c JK5 " 4c " Kc JK " c " Jc E! JK65 as s.ries atin*e! u! )i,o- e ,Fe*a! a ,o!)or 3c da )ro*ra!a/0o das e!issoras )aulistas& A teleno9ela ,o!e/a ti!ida!ente- c e! JK6- !o!ento e! #ue ensaia9a os seus )assos di+riosY !as e! JK6K ela 1+ su)era #ual#uer ti)o de )ro*ra!a/0o estran*eira& N0o se )ode es#ue,er #ue aos dados re9elados )ela tabela a,i!a te! #ue ser ,onsiderado ainda o ato de a teleno9ela ser le9ada ao ar durante o For+rio nobreatin*indo- )ortanto- u! )úbli,o be! !ais a!)lo #ue os $enlatados%& O ,res,i!ento da )ro*ra!a/0o na,ional n0o se restrin*e- )or.!- s e!issoras de S0o Paulo ou a u! úni,o )roduto ,o!o a no9ela& Durante os anos 4 s0o in,enti9adas outras ati9idades- ,o!o o  1ornalis!o- o es)orte e- no inal da d.,ada- as s.ries na,ionais& Se- na totalidade da )ro*ra!a/0o irradiada no Brasil- a )er,enta*e! de )ro*ra!as estran*eiros *ira9a- e! JK- e! torno de 64c- este nú!ero di!inui e! JK P+* 4 )ara 4c&3&Dados in L9ia Antola e E9erett Ro*ers- Tele9ision Qlo[s in Latin A!eri,a%Co!!uni,ation Resear,F- 9ol& JJ- n - abril de JK3Y e Ta)io >aris- international Qlo[ o  Tele9ision Pro*ra!s% -o)& ,it&& No entanto- ,onsiderando"se a )ro*ra!a/0o 9ei,ulada durante o For+rio nobre- este ndi,e ,ai )ara cY o #ue ,olo,a o Brasil ao lado de )ases ,o!o Qran/a- It+lia- Reino ;nido]BBC- #ue no !es!o For+rio trans!ite!- res)e,ti9a!enteJc- JKc e Jc de )ro*ra!as i!)ortados- e o distan,ia de outros ,o!o M.@i,o 33c e >enezuela 3 c& 3&Ta)io >aris- ide!&& Portanto- u!a indústria ,ultural de di!ens7es na,ional e interna,ional: s.ti!o !er,ado !undial de tele9is0o e )ubli,idade- se@to na )rodu/0o de dis,os& Ele!entos#uando asso,iados a outros  o Brasil . a oita9a e,ono!ia !undial - atesta! u!a !udan/a de sua )osi/0o no ,onte@to interna,ional& Co!o ,a)tar este #uadro de

transor!a/0o' Para ,ara,teriz+"lo- *ostaria de reto!ar al*u!as id.ias #ue Qernand Braudel desen9ol9e #uando es,re9e sobre o $te!)o do !undo%- te@to no #ual ele nos !ostra a 9in,ula/0o do ,a)italis!o a u!a Fistria *eral dos )o9os&3K&Qernand Braudel- La Din+!i,a del Ca)italis!o- M.@i,o- Qondo de Cultura E,on!i,a- JK6&& Braudel distin*ue entre a no/0o de e,ono!ia !undial e e,ono!ia"!undo- entendendo esta últi!a ,o!o a e,ono!ia de u!a s )or/0o do )laneta- na !edida e! #ue ela ,onstituiria u! todo e,on!i,o& Por e@e!)lo- a e,ono!ia do Mediterr?neo durante os s.,ulos VIII"V>- #ue or!a9a u!a totalidade ,o! u!a l*i,a )r)ria- e se estendia )or u! territrio deter!inado& Nesse sentido- o !undo- )elo !enos at. o s.,ulo V>I- esta9a di9idido e! zonas e,on!i,as dieren,iadas- e! e,ono!ias"!undo #ue ,oe@istia!& Por.!- ,o! o a9an/o do ,a)italis!o- essas e,ono!ias se inter)enetra!- F+ u!a e@)ans0o das ronteiras- elas se torna! !undiais e ,onstitue! u! úni,o siste!aY no dizer de ^allersteinu! [orld sHste!&54&I!!anuel ^allerstein- TFe Modern ^orld SHste!-  9ols& No9a Ior#ueA,ade!i, Press- JK6 e JK4&& Braudel des,re9e ainda as ,ara,tersti,as dessa e,ono!ia" !undo se*undo u!a tr" P+* 4 )li,e realidade: a ela o,u)a u! es)a/o *eo*r+i,o deter!inadoY b se or*aniza se!)re a )artir de u! ,entro- u!a ,idade")lo do!inanteY , se di9ide e! zonas su,essi9as- isto .as re*i7es #ue se a*ru)a! e! torno dos ,entros se subdi9ide! e! +reas inter!edi+rias e zonas !ar*inais& O es)a/o *eo*r+i,o deste [orld sHste!- #ue se e@)ande ao lon*o da Fistria do ,a)italis!o  *randes des,obertas !arti!as- !er,antilis!o- re9olu/0o industrial  . Fo1e o )laneta& Mas- durante os s.,ulos #ue se es,oara!- e@istira! 9+rios ,entros- substitudos *radati9a!ente )or outros- ,edendo lu*ar a no9os )los desta e,ono!ia !undial: >eneza e G8no9a- no s.,ulo VI>Y Madri- na .)o,a dos des,obri!entosY A!sterd0- ,a)ital inan,eira do ,o!.r,io !arti!oY Londres- ruto da re9olu/0o industrialY inal!ente No9a Ior#ue- a)s a ,rise de JKK& Co!entando esse )anora!a da Fistria !undial- Braudel air!a: $Os )ases ri,os e )ases )obres ne! se!)re ora! os !es!osY a roda *irou& Mas no #ue diz res)eito s suas leis- o !undo n0o !udou: se*ue sendo distribudo estrutural!ente entre )ri9ile*iados e des)ri9ile*iados%&5J&Qernand Braudel- o)& ,it&- )& 6&& No ,aso brasileiro- eu diria #ue o *iro da roda deu 9+rias 9oltas& Seria in*8nuosen0o ilusrio- i!a*inar!os #ue o ,entro da or*aniza/0o da e,ono!ia !undial se transerisse )ara o =e!is.rio Sul& Co!o ta!b.! seria in,uo i!a*inar!os a e@ist8n,ia de u! !undo ideal- se! tens7es ou aronta!entos entre )ases ,entrais e na/7es )eri.ri,as& Dentro desse #uadro- a #uest0o da de)end8n,ia e do dese#uilbrio interna,ional se i!)7e& Mas n0o F+ dú9idas #ue o estatuto do Brasil- ,o!o $+rea !ar*inal%- se transor!ou& ;!a i!a*e! #ue a)reende essa !udan/a . a de $,on,erto das na/7es%& Pode!os i!a*inar o !undo ,o!o u!a or#uestra- na #ual ,ada )as o,u)a u!a )osi/0o es)e,ii,a dentro do ,en+rio da !úsi,a interna,ional& E9idente!ente u!a or#uestra Fierar#uizadadistin*uindo entre os instru!entos nobres e outros !enos )resti*iados& Eu diria #ue o Brasil )assa do )lo ol,lri,o na !elFor das Fi)teses ele P+* 43 re)resenta9a o )a)el de u! )er,ussionista talentoso )ara u!a )osi/0o razo+9el dentro do *ru)o dos 9iolinos& Certa!ente n0o o )ri!eiro- se#uer o se*undo ou ter,eiro- !as se*ura!ente u! instru!ento ,o! so! distinto do #ue e!itia no )assado& Nos anos 34- a !dia interna,ional )ro1eta9a u!a identidade brasileira #ue se en,ontra ,ondensada- )or e@e!)lo- nu! $dolo% ,o!o Car!e! Miranda& Co!o era )er,ebido esse ele!ento de brasilidade no ,onte@to !undial' ;! !anual- lan/ado )ela a*8n,ia de )ubli,idade #ue $e@)lora% a atriz durante sua )er!an8n,ia e! =ollH[ood- su*ere as se*uintes ,at,F )Frases )ara $9end8"la% 1unto ao )úbli,o a!eri,ano: $E@ti,a"e@,itante& >e! a u!a bo!ba de ,alor& Car!e! Miranda: )i!enta e te!)ero& Bo!bardeio a9orito da A!.ri,a& O te!)ero da 9ida- a irresist9el estrela trrida%& Ou ainda: $A t.,ni,a de Car!e! Miranda )ara 9ender u!a ,an/0o . t0o !odulada #ue az a )ele arre)iar )ela e@,ita/0o *erada )or sua )resen/a- o brilFo de seus olFos e a sinuosa #ualidade #ue ela in1eta na sua dan/a ,asual%&5&E@)loitation Manual- Mana*e!ent ^illia! Morris A*en,H- Los An*elesCalirnia- s& d&- !i!eo&- in Museu Car!e! Miranda- Rio de aneiro&& Trrida- sensual!ali,iosa- se! es#ue,er!os das rutas tro)i,ais e da 9esti!enta de $baiana%& ;! Brasil

re,onFe,ido )elo seu lado ol,lri,o- re)resentado )or instru!entos !usi,ais ,o!o o beri!bau e o )andeiro- i!ortalizados )or ^alt DisneH e! seu $Saludos A!i*os%- ao lado do asado ar*entino- do so!brero !e@i,ano- do )on,Fo andino& Mas a onda latina e! =ollH[ood dura )ou,o& O !usi,al oi u! *8nero esti!ulado e@,lusi9a"!ente )elo )erodo da *uerra- e tinFa u!a un/0o )olti,a  $estreitar os la/os% dos Estados ;nidos ,o! os )o9os do Ter,eiro Mundo - e e,on!i,a  abrir no9os !er,ados )ara o il!e a!eri,ano #ue n0o tinFa ,ondi/7es de se i!)or na Euro)a& Car!e! Miranda n0o oi $e@)ortada%,o!o in*enua!ente a,redita9a! nossas re9istas de r+dio da .)o,aY ela . u!a des,oberta das *randes ,o!)anFias ,ine!ato*r+i,as #ue reorienta! sua )rodu/0o- realizando !usi,ais )ara a A!.ri,a Latina- ou il!es ,o!o uarez- a)re" P+* 45 sentado e! sess0o de *ala )ara o )residente da Re)úbli,a no M.@i,o&5&O lo,utor C.sar Ladeira- da R+dio MaHrin\ >ei*a- assi! des,re9e a ida de Car!e! Miranda aos Estados ;nidos: $Contratada direta!ente- se! nenFu! e!)enFo )arti,ular de #ue! #uer #ue se1aa)enas )elo 9alor )essoal- )elo 9alor indis,ut9el de sua arte in,o!)ar+9el- Car!e! Miranda 9ai le9ar a !úsi,a do Brasil- e! sua e@)ress0o !ais en,antadora )ara a Broad[aH  9ai dar seu no!e- )ara ale*ria nossa- ardendo nu! in,8ndio ,olorido de anún,ios lu!inosos da ilFa de ManFattan%& Cita/0o in os. Ra!os TinFor0o- O Sa!ba A*ora >aiY a Qarsa da Musi,a Po)ular no E@terior- Rio de aneiro- CM Ed&- JK6K- )& 5&& Por.!- inda a *uerra- o a)elo da sensualidade latina de,lina diante do irresist9el !er,ado euro)eu #ue se abre )ara os )rodutos a!eri,anos& ;! )o)ular !usi,al da Broad[aH saúda esses no9os te!)os- re9elando o $,ansa/o do )úbli,o% ,o! os te!as latinos: $SoutF A!eri,a ta\e [aH&  Ta\e ba,\ tFe rFu!ba- tFe !a!bo- and sa!ba& =er ba,\ de Car!e! Mirandal [as a,\in* ro! all tFat sFa\in*%&53&Allen ^oll- TFe =ollH[ood Musi,al Goes to ^ar- CFi,a*o- Nelson =all& JK- )& JJ4& Ainda sobre os !usi,ais- 9er TFo!as AHle[ortF- =istorH o Mo9ie Musi,als- No9a Ior#ue- Bison Boo\- JK3& `>+ e!bora A!.ri,a do Sul& Le9e de 9olta a ru!ba- o !a!bo e o sa!ba& Suas ,ostas de Car!e! Miranda 1+ est0o doendo de tanto ,Fa,oalFar&%& A ,onsolida/0o de u!a so,iedade !oderna no Brasil reorienta essa i!a*e! na !edida e! #ue a ,ultura brasileira )assa a inte*rar o !er,ado a1ustada a*ora aos )adr7es interna,ionais& A )enetra/0o de u! )roduto ,o!o a teleno9ela na A!.ri,a Latina- e e! 9+rios )ases da Euro)a- a)onta )ara u!a outra dire/0o- a de )assar!os da deesa do na,ional")o)ular )ara a e@)orta/0o do $interna,ional")o)ular%& Se le!brar!os #ue os e,ono!istas ,onsidera! )or interna,ionaliza/0o o )ro,esso de ade#ua/0o de nor!as de )rodu/0o a n9el da )rodu/0o interna,ional- )er,ebe!os #ue a $#ualidade% dos )ro*ra!as realizados no Brasil- )ara se $ele9ar%- te! #ue to!ar ,o!o reer8n,ia o *osto do!inante do !ass !edia interna,ional& A tele9is0o brasileira- ,ontraria!ente a Car!e! Miranda- #ue en,ontra9a sua raz0o de ser no e@otis!o- luta )ela ,on,orr8n,ia no !er,ado !undial& 55&Muriel Cantor- nu! arti*o sobre o !er,ado a!eri,ano interna,ional de tele9is0oobser9a #ue os e!)res+rios a!eri,anos a)onta! o a)0o e o Brasil $,o!o *randes !er,ados onde eles ora! es)ri!idos )elas )rodu/7es lo,ais& Eles ta!b.! est0o )reo,u)ados ,o! a ,on,orr8n,ia #ue u! )as ,o!o o Brasil est+ azendo na Euro)a- onde a T> Globo ,o!e/a a en,ontrar ,o!)radores )ara seus )ro*ra!as na Es)anFa- It+liaPortu*al- e re,ente!ente na Polnia%& In $A!eri,an Tele9ision in tFe Interna,ional Mar\et%Co!!uni,ation Resear,F- 9ol& J- n - 1ulFo de JK6& )& 5J&& Nessa dis)uta a,irrada 9a!os nos P+* 46 a)resentar ,o!o )ortadores de u! outro ti)o de identidade- #ue na 9erdade n0o . t0o distinta assi! das dos nossos ,on,orrentes- na !edida e! #ue elas s0o inter,a!bi+9eis& No entanto- dentro desse no9o )anora!a- a dis,uss0o sobre o na,ional ad#uire u!a outra ei/0o& At. ent0o- ela se ,onina9a aos li!ites internos da na/0o brasileira- se1a na sua 9ers0o tradi,ional- se1a na or!a isebianaY Fo1e ela se transor!a e! ideolo*ia #ue 1ustii,a a a/0o dos *ru)os e!)resariais no !er,ado !undial& Tal9ez )or isso n0o F+ *randes dieren/as entre o dis,urso de 9enda da teleno9ela e a ar*u!enta/0o dos ,o!er,iantes de ar!a!entos no e@terior o Brasil . o #uinto )rodutor !undial- u!a 9ez #ue a!bos s0o 9istos e@,lusi9a!ente ,o!o )rodutos na,ionais& Eu diria- )or.!- #ue esse ato !ar,a u!a eta)a da so,iedade brasileira onde se torna i!)oss9el retornar!os  anti*a o)osi/0o

,olonizador],olonizado ,o! a #ual est+9a!os Fabituados a o)erar- a !enos- . ,laro- #ue #ueira!os ,onundir a id.ia de realiza/0o da liberdade ,o! as or!as de do!ina/0o da so,iedade industrial $na,ional%& P+* 4 In,on,lus0o Nor!al!ente- #uando ala!os de tradi/0o nos reeri!os s ,oisas )assadas)reser9adas ao lon*o da !e!ria e na )r+ti,a das )essoas& I!ediata!ente nos 98! ao )ensa!ento )ala9ras ,o!o ol,lore- )atri!nio- ,o!o se essas e@)ress7es ,onser9asse! os !ar,os de u! te!)o anti*o #ue se estende at. o )resente& Tradi/0o e )assado se identii,a! e )are,e! e@,luir radi,al!ente o no9o& Pou,as 9ezes )ensa!os ,o!o tradi,ional u! ,on1unto de institui/7es e de 9alores #ue- !es!o sendo )rodutos de u!a Fistria re,ente- se i!)7e! a ns ,o!o u!a !oderna tradi/0o- u! !odo de ser& Tradi/0o en#uanto nor!a- e!bora te!)erada )ela i!a*e! de !o9i!ento e de ra)idez& Penso #ue Fo1e 9i9e!os no Brasil a ilus0o de #ue o !oderno . o no9o- o #ue torna di,il entender #ue as transor!a/7es ,ulturais #ue o,orrera! entre ns )ossue! u!a irre9ersibilidade #ue az ,o! #ue as no9as *era/7es 1+ tenFa! sido edu,adas no interior dessa $!odernidade%& Por isso o te!a da indústria ,ultural se en,ontra naturalizado nas dis,uss7es sobre ,ulturaato #ue !uitas 9ezes ,ontraria a 9i98n,ia dos )r)rios debatedores #ue- e! !uitos ,asoss 9iera! e@)eri!ent+"la nu!a ase tardia de suas 9idas& Qala"se e! ,ultura de !er,ado ,o!o se ela se!)re ti9esse e@istido- ao !es!o te!)o e! #ue a ela se ,onere o atributo do !oderno& Di*o 4 !oderno en#uanto 9alor- #ualidade& Mas n0o . s e! rela/0o  +rea da ,o!uni,a/0o #ue isso se d+& Os )olti,os ta!b.! 9aloriza! a id.ia de u! $)artido !oderno% e!bora se! #ualii,+"lo- da !es!a or!a #ue as re9istas de assuntos *erais ,ulti9a! a !odernidade das t.,ni,as- dos F+bitos- eni! de u! !odo de 9ida #ue e! )rin,)io en,erraria u! 9alor e! si- na !edida e! #ue dieriria do $atraso% do )assado& Mas o #ue si*nii,a rei9indi,ar o $!oderno% nu!a so,iedade #ue se transor!ou- !as #ue ,ulti9a ainda a le!bran/a da !oderniza/0o ,o!o )ro1eto de ,onstru/0o na,ional' A )er*unta . interessante e nos re!ete  dis,uss0o ,o! a #ual ini,ia!os este li9ro& O,t+9io Paz- e! seu li9ro Os QilFos do Barro- nos d+ al*u!as )istas )ara en,a!inFar!os nossa rele@0o&J&O,t+9io Paz- Os QilFos do Barro- Rio de aneiro- No9a Qronteira- JK3&& Ele diz #ue o $!oderno . u!a tradi/0o%- !as u!a tradi/0o eita de ru)turas- onde ,ada ato . se!)re o in,io de u!a outra eta)a& Neste sentido o !odernoen#uanto !odernidade- . a ne*a/0o do )assado e a air!a/0o de al*o substan,ial!ente dierente: $a !odernidade nun,a . ela !es!a- . se!)re outra%& O #ue e9idente!ente a distin*ue do no9o- da últi!a !oda- #ue si!)les!ente adi,iona al*o #ue n0o e@istia ainda no )anora!a ,ultural- !as n0o air!a u!a abertura- u! )or9ir& Por isso o ,on,eito de !odernidade . )ol8!i,o- ,riti,o- ele ,oni*ura u!a $re9olta do uturo & Co!o ,olo,a =enri Leeb9re- $a !ai8uti,a da !odernidade n0o un,iona se! u! ,erto uto)is!o%&&=enri Leeb9re Introdu/0o  Modernidade- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK6K- )& 55&& Neste sentido eu diria #ue a !odernidade . ine9ita9el!ente u! $)ro1eto ina,abado% e n0o ,o!o #uer =aber!as- u! )ro1eto $ainda% ina,abado&&>er =aber!as- $Modernidade >ersus Ps" Modernidade%- Arte e! Re9ista- n - a*osto de JK& No !es!o nú!ero- arti*os de Andreas =uHssen e Peter Bur*er- #ue debate! e ,riti,a! a )ers)e,ti9a de =aber!as&& Ela est+ e! ,ontradi/0o ,o! a situa/0o ,on,reta na #ual se eri*e- !as #ue ao !es!o te!)o se ,ontra)7e& Penso #ue- no Brasil- este lado e@)losi9o- de ru)tura- nun,a se ,olo,ou da !es!a or!a #ue nos )a" P+* 4K ses euro)eus- )or#ue a id.ia #ue do!inou nossa i!a*ina/0o se!)re se asso,iou  ne,essidade ,on,reta de se ,onstruir u!a !oderna so,iedade brasileira& Modernis!o!odernidade e !oderniza/0o s0o )ara ns ter!os inter,a!bi+9eis- )ois dize! res)eito a u!a situa/0o #ue ainda n0o Fa9ia se realizado de ato& No entanto- esse $!odernis!o%

)ossui u!a Fistria- e se no in,io do s.,ulo ainda . u!a $id.ia ora do lu*ar%- ao lon*o dos anos ele se a1usta  so,iedade #ue se desen9ol9e&  Tal9ez )ud.sse!os ,a)tar !elFor essa !udan/a utilizando as ,ate*orias de $ideolo*ia% e de $uto)ia% #ue MannFei! trabalFou&3&& MannFei!- Ideolo*ia e ;to)ia- Rio de aneiro& ZaFar- JK&& MannFei! ,onsidera tanto a ideolo*ia ,o!o a uto)ia ,o!o id.ias situa,ional!ente trans,endentes- isto .- #ue 1a!ais ,onse*ue! de ato a realiza/0o de seus ,onteúdos )retendidos& Mas as uto)ias n0o s0o ideolo*ias na !edida e! #ue ,onse*ue! se ,ontra)or e transor!ar a realidade Fistri,a e! u!a outra realidade& $;! estado de es)rito . ut)i,o #uando est+ e! in,on*ru8n,ia ,o! o estado de realidade dentro do #ual o,orre&%5&Ide!- )& J6&& + a ideolo*ia se a1usta !elFor  realidade e! #uest0o- !es!o #ue n0o ,oin,ida ,o! ela e tenFa #ue se i!)or ,o!o Fe*e!ni,a- )ara ,ontrolar os es)a/os #ue sae! ora do seu ,a!)o de deini/0o& Eu diria #ue o Modernis!o ,o!o )ro1eto en,erra9a u! ele!ento de uto)ia u!a 9ez #ue ele era in,on*ruente ,o! a so,iedade brasileira #ue ainda bus,a9a seus ,a!inFos& Pro1eto- identidade- s0o no/7es #ue se a)ro@i!a! e delineia! u! itiner+rio ,oleti9o- u!a ilus0o& N0o . )or a,aso #ue os anos 34 e 54 s0o eer9es,entes- eles se desenrola! nu!a at!osera #ue ante,i)a u!a outra orde! so,ial& Por.!- ,o! o desen9ol9i!ento da )r)ria so,iedade- o #ue se )ro)unFa realizar de ato se instaura !es!o *uardada a inade#ua/0o #ue MannFei! su*ere e@istir entre realidade e ideolo*ia- o #ue si*nii,a #ue o )ro1eto se torna u!a ideolo*ia- #ue a*ora )ro,ura reor/ar a orde! estabele,ida& Moderno ,o!o tradi/0o- !as n0o ,o!o ,olo,a9a O,t+9io Paz- en#uanto tradi/0o da ru)turaY os sinais P+* J4 da $!odernidade% brasileira indi,a! #ue real!ente $so!os%- e #ue )or isso n0o !ais de9e!os nos rebelar na dire/0o de u! outro uturo& A !odernidade brasileira .- neste sentido- a,rti,a& Os e,ono!istas *eral!ente dize! #ue a Fistria brasileira . a Fistria do ,a)italis!o- !as de u! deter!inado ,a)italis!o& Co! isso eles entende! a es)e,ii,idade do ,a)italis!o na )erieria- #ue ,erta!ente te9e u! destino dierente do #ue nos )ases ,entrais& ( ,urioso )er,eber ,o!o essa di!ens0o da 9ida e,on!i,a brasileira se relete no )lano ,ultural& >ianinFa- azendo u!a ,rti,a da ,ultura brasileira- air!a: $A ,ultura ,a)italista do Brasil n0o . ,a)italista- )ortanto n0o . brasileira%&6&>ianinFa- $A Cultura Pro)riet+ria e a Cultura Desa)ro)riada%- in Teatro Tele9is0o Polti,a- S0o Paulo- BrasilienseJK& Sua ala reto!a a id.ia do des,o!)asso da realiza/0o de u!a so,iedade !oderna no Brasil e! rela/0o aos )ases euro)eus ou aos Estados ;nidos& Seria- )ortanto- no )ro,esso de ,onstitui/0o de nossa identidade #ue ,onstruira!os u!a $aut8nti,a% ,ultura na,ional& Mas >ianinFa se es#ue,e #ue o !o9i!ento de !oderniza/0o da so,iedade brasileira az ,o! #ue o na,ional e o ,a)italis!o se1a! )los #ue se inte*ra! e se inter)enetra!& A $aut8nti,a% ,ultura brasileira- ,a)italista e !oderna- #ue se ,oni*ura ,lara!ente ,o! a e!er*8n,ia da indústria ,ultural- . ruto da ase !ais a9an/ada do ,a)italis!o brasileiro ,on,lus0o #ue ,erta!ente seria ,ontr+ria a seus )rin,)ios& N0o dei@a de ser interessante obser9ar #ue esse !es!o ti)o de )ensa!ento se e@)ressa no n9el do senso ,o!u! atra9.s da id.ia de $,a)italis!o sel9a*e!%& A es)e,ii,idade brasileira residiria nesta #ualidade de $sel9a*eria% #ue a dieren,iaria dos outros ti)os de ,a)italis!os& Conesso #ue a !et+ora se!)re !e )are,eu u! )ou,o deslo,ada- )ois- se real!ente a le9+sse!os a s.rio- tera!os #ue i!a*inar a e@ist8n,ia de u! ,a)italis!o se! ,ontradi/7es e in1usti/as- o #ue de ato n0o o,orreu- ou o,orrein,lusi9e na Euro)a& Na 9erdade- es#ue,e!os ,o! re#X8n,ia #ue o P+* JJ 9elFo ,a)italis!o oi ,onstrudo ,o! base na dis,i)lina or/ada do trabalFo- na desu!aniza/0o do trabalFador rural #ue ,Fe*a9a  ,idade- a )onto de as ,lasses do!inantes )er,ebere! as ,lasses trabalFadoras ,o!o u! *ru)o de $sel9a*ens% )eri*osos- 1usta!ente )elo ato de n0o estare! ainda inte*rados )lena!ente na so,iedade #ue os e@)lora9a& Mas os antro)lo*os sabe! #ue as ,ate*orias ind*enas de )ensa!ento ,ont8! u! ele!ento de ,lassii,a/0o #ue . si*nii,ati9o no ?!bito da so,iedade e! #ue lores,e!& Tal9ez osse )oss9el- le9ando a*ora a s.rio o senso ,o!u!- dizer #ue a ase do ,a)italis!o sel9a*e! este1a ,Fe*ando ao seu inal- #ue ele se do!esti,a o #ue n0o

si*nii,a #ue dei@aria de lado seu ,ar+ter es)oliador& Claro- isto n0o ,oni*ura ainda a realidade do todo da so,iedade brasileira- !as- ,reio- trata"se de u!a tend8n,ia orte #ue )ro,ura!os a)reender ao ,onsiderar!os a )roble!+ti,a ,ultural& TenFo ,ons,i8n,ia #ue a no9a orde! so,ial n0o se e@)ressa ,o!o Fe*e!ni,a- #ue ela en,erra ele!entos anteriores e di9ersii,ados- !as n0o tenFo dú9idas #ue Fo1e ela . u! $ato so,ial% e n0o !ais si!)les!ente u!a 9ontade- u!a as)ira/0o& A !oderniza/0o da so,iedade brasileirasua no9a )osi/0o no ,on,erto das na/7es- s0o ind,ios de #ue ela )assou )or u! ritual de ini,ia/0o !es!o se in,o!)leto #ue ,onsa*ra u!a outra orde!- n0o reli*iosa ,o!o Fabitual!ente en,ontra!os na literatura antro)ol*i,a #ue trata dos rituais- !as se,ularra,ionalizada& Rito de )assa*e! #ue )res,inde das 9elFas r!ulas de ,onsa*ra/0odis)ensando a +*ua ,o!o ele!ento si!bli,o- )reerindo a t.,ni,a- a ener*ia at!i,a- o ar!a!ento- o !er,ado- ,o!o tra/os de sua no9a )ersonalidade& Nesse ,aso . su*esti9o reto!ar!os a distin/0o #ue Ro*er Bastide estabele,e entre o $sa*rado sel9a*e!% e o $sa*rado do!esti,ado%&&>er Ro*er Bastide- Le Sa,r. Sau9a*e- Paris- PaHot- JK5&& O )ri!eiro seria u! ti)o de !aniesta/0o so,ial e@)losi9a- eer9es,ente- di,il )ortanto de ser ,analizado e ,ontido& O se" P+* J *undo re)resentaria a orde! da institui/0o- u!a 9ez #ue ,ontrolaria o ele!ento $ut)i,o% no interior de sua rbita de ra,ionalidade& Podera!os- ent0o- air!ar #ue a a)ro@i!a/0o de u! $,a)italis!o do!esti,ado% institu,ionaliza- ,olo,a li!ites s ilus7es de u! $)assado sel9a*e!% #ue nele en,erra9a a eer9es,8n,ia de toda u!a so,iedade e! bus,a de seu destino& A #uest0o . saber se ,Fe*a!os a u! )onto inal da Fistria- ou se . so!ente a*ora #ue se abre )ara ns a )ossibilidade da es,olFa entre ,i9iliza/0o ou barb+rieY isto- . ,laro- se outros )ro1etos sur*ire!- a*ora ,rti,os e ,ontra)ostos  tradi/0o $no9a% e! #ue 9i9e!os& P+* J Biblio*raia J& Biblio*raia Geral Adorno- T&- Teoria Est.ti,a- Lisboa- Martins Qontes- JK&  mmmm $Moda se! Te!)o%- Re9ista Ci9iliza/0o Brasileira- ns JK]4- !aio] A*osto de JK6& Anderson- PerrH- $Modernidade e Re9olu/0o%- No9os Estudos CEBRAP- n J3- JK6& BartFes- Roland- Mitolo*ias- S0o Paulo- DIQEL- JK5& Bastide- Ro*er- Le Sa,r. Sau9a*e- Paris- PaHot- JK5& Baudelaire- E,rits EstF.ti#ues- Paris- ;nion G.n.rale des Editions- JK6& Ben1a!in- ^alter- $A Obra de Arte na .)o,a de suas T.,ni,as de Re)rodu/0o%- in Ben1a!inAdorno- =or\Fei!er- =aber!as- Ed& Abril- JK5& Ber!an- MarsFall- Tudo #ue . Slido Des!an,Fa no Ar- S0o Paulo- Co!)anFia das LetrasJK6& Bernstein- Ri,Fard or*&- =aber!as and ModernitH- Ca!brid*e- Massa,Fusetts- JK5& Bourdieu- P&- La Distin,tion- Paris- Minuit- JK4& Braudel- Qernand- La Din?!i,a del Ca)italis!o- M.@i,o- Qondo de Cultura E,on!i,a- JK6& CoFn- Gabriel or*&- Adorno- S0o Paulo- ozes- JK4&  mmmm- $Notas sobre Estado e De)end8n,ia%- Cadernos CEBRAP- n JJ- JK5& Cardoso- Irene- A ;ni9ersidade da Co!unF0o Paulista- S0o Paulo- Cortez- JK& Carone- Ed*ar- O Estado No9o: JK"JK35- S0o Paulo- DIQEL- JK6& CFaui- Marilena- Conor!is!o e Resist8n,ia- S0o Paulo- Brasiliense- JK6&

CFaui- M&Y C?ndido- A& et alii- Polti,a Cultural- Porto Ale*re- Mer,ado Aberto- JK3& Ci,lo de Debates Casa Grande- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK5& Co!blin- ose)F- A Ideolo*ia da Se*uran/a Na,ional- Rio de aneiro- Ci9iliza/0o BrasileiraJK4& Corbisier- Roland- Qor!a/0o e Proble!a da Cultura Brasileira- Rio de aneiro- ISEB- JK5K& CoutinFo- Carlos N.lson- $A Es,ola de Qran\urt e a Cultura Brasileira%- Presen/a- S0o Paulon -JK6& Dreiuss- Rene- JK63: A Con#uista do Estado: A/0o Polti,a- Poder e Gol)e de EstadoPetr)olis- >ozes- JKJ& Durand- & Carlos- $Arte- Pri9il.*io e Distin/0o%- tese de doutora!ento- QQLC=- ;SP- JK5& Qa9areto- Celso- Tro)i,+lia Ale*oria Ale*ria- S0o Paulo- airs- JKK& Qernandes- Qlorestan- A Re9olu/0o Bur*uesa no Brasil- Rio de aneiro- ZaFar- JK5&  mmmm - $O Padr0o do TrabalFo Cienti,o dos So,ilo*os Brasileiros%- in A So,iolo*ia no BrasilPetr)olis- >ozes- JK& Guarnieri- Gianran,es,o- $O Teatro ,o!o E@)ress0o da Realidade Na,ional%- Arte e! Re9ista- n 6- JKJ& Gullar- Qerreira- $Proble!as Est.ti,os na So,iedade de Massa%- Re9ista Ci9iliza/0o Brasileira- ns 5]6- !ar/o de JK66Y n - !aio de JK66Y n - 1ulFo de JK66& Gusi\- Alberto- TBC: Crni,a de u! SonFo- S0o Paulo- Pers)e,ti9a- JK6& o[ari,\- Lu,io- $Estrat.*ias do Plane1a!ento So,ial no Brasil%- Cadernos do CEBRAP- n JK6& Ianni- O,t+9io- $Qlorestan Qernandes e a Qor!a/0o da So,iolo*ia Brasileira%- in QlorestanS0o Paulo- ozes- JK6&  ardi!- Eduardo- A Brasilidade Modernista- Rio de aneiro- Graal- JK& L.9H"Strauss- C&- Tristes Tr)i,os- S0o Paulo- AnFe!bi- JK5& Lo)es- uarez Brand0o- Desen9ol9i!ento e Mudan/a So,ial- S0o Paulo- Cia& Ed& Na,ionalJK6& Ma,Fado Neto- A& L&- Estrutura So,ial da Re)úbli,a das Letras: So,iolo*ia da >ida Intele,tual Brasileira J4"JK4- S0o Paulo- Gri1albo- JK& $Maniesto Luz  A/0o%- Arte e! Re9ista- n J- JKK& P+* J6 Manual B+si,o da Es,ola Su)erior de Guerra- De)arta!ento de Estudos MB"5- ESG- JK5& Martins- Lu,iano- $A Gera/0o AI"5%- Ensaios de O)ini0o- sete!bro de JKK& Mi,eli- S.r*ioCondi,ionantes da =istria das Ci8n,ias So,iais: JK4"J K63- S0o Paulo- IDESP- JK!i!eo&  mmmm- Intele,tuais e Classe Diri*ente no Brasil- S0o Paulo- DIQEL- JKK& Morais- Qrederi,o- $DesenFo Industrial e Ideolo*ia%- in Arte Brasileira =o1e- Rio de aneiroPaz e Terra- JK& Mosta/o- Ed.l,io- Teatro e Polti,a: Arena- Oi,ina e O)ini0o- S0o Paulo- Pro)osta Ed&- JK& Mota- Carlos GuilFer!e- Ideolo*ia da Cultura Brasileira- S0o Paulo- alle- E& or*&- A Cultura do Po9o- S0o Paulo- Cortez- JKK& Ra!os- Guerreiro- A Redu/0o So,iol*i,a- Rio de aneiro- Te!)o Brasileiro- JK65& Rio- o0o do- Mo!ento Liter+rio- Rio de aneiro- Garnier- s&d& Ro,Fa- Glauber- $;!a Est.ti,a da Qo!e%- Arte e! Re9ista- n J- JKK& Ro!ero- Sl9io- Estudos sobre a Poesia Po)ular no Brasil- Petr)olis- >ozes- JK&

 mmmm- =istria da Literatura Brasileira- Rio de aneiro- os. OlH!)io- s&d&  mmmm- Cantos Po)ulares no Brasil- Lisboa- s&d& Salles Go!es- Paulo E!ilio- Cine!a: Tra1etria no Subdesen9ol9i!ento- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK4& Santaella- Lú,ia- Con9er*8n,ias- S0o Paulo- Nobel- JK6& S,F[arz- Roberto- Ao >en,edor as Batatas- S0o Paulo- Duas Cidades- JK&  mmmm- O Pai de Qa!lia- Rio de aneiro- Paze Terra- JK&  mmmm- $Na,ional )or Subtra/0o%- in Tradi/0o e Contradi/0o- Rio de aneiro- ZaFar]Q;NARTEJK& S,F[arz!an- Si!on et alii- Te!)os de Ca)ane!a- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK3& Se9,en\o- Ni,olau- Literatura ,o!o Miss0o- S0o Paulo- Brasiliense- JK5& >as,on,elos- Gilberto- Músi,a Po)ular: de OlFo na Qresta- Rio de aneiro- Graal- JK& >eloso- Mni,a Pi!enta- $Cultura e Poder Polti,o: u!a Coni*ura/0o do Ca!)o Intele,tual%- in Lú,ia Li))i or*&- Estado No9o: Ideolo*ia e Poder- Rio de aneiro- ZaFarJK& >iana QilFo- Odu9aldo- Teatro- Tele9is0o- Polti,a- S0o Paulo- Brasiliense- JK& ^eort- Qran,is,o- $Nota sobre a Teoria da De)end8n,ia: Teoria de Classe ou Ideolo*ia Na,ional'%- Estudos CEBRAP- n J- JKJ& P+* J ^isni\- os. Mi*uel- $O Minuto e o Mil8nio ou Por Qa9or- Proessor- ;!a D.,ada de Cada >ez%- in Anos 4  Músi,a Po)ular- Rio de aneiro- Euro)a- JK4& & Meios de Co!uni,a/0o- Indústria Cultural: $A Tele9is0o Brasileira%- Mer,ado Global- ano - ns J]- JK6& A!orin- Ed*ar- =istria da T> E@,elsior- S0o Paulo- IDARI- s&d&- !i!eo& A!orin- Ed*ar e Sil9a- Q& Porto- A =istria da Teleno9ela: JK54"JK6- S0o Paulo- IDART- s&d& Andrade- OlH!)io de Souza- O Li9ro Brasileiro: JK4"JKJ- Rio de aneiro- Ed& ParaleloJK3& Arruda- Maria Ar!inda- $A E!bala*e! do Siste!a%- tese de !estrado- QQLC=- ;SP- JK& A9e!dla ozes- JKJ& Caldas- ^aldenir- A,orde na Aurora- S0o Paulo- Cia& Ed& Na,ional- JKK& Ca)arelli- S.r*io- Tele9is0o e Ca)italis!o no Brasil- Porto Ale*re- LPM- JK& Car9alFo e Sil9a- L& Eduardo- $Estrat.*ia E!)resarial e Estrutura Or*aniza,ional das E!issoras das T>s Brasileiras%- tese de !estrado- QG>"SP- JK& Catani- Ar?nio- $A So!bra da Outra%- tese de !estrado- QQLC=- ;SP- JK& Centro Cultural S0o Paulo- $O R+dio Paulista no Centen+rio de Ro#uete Pinto%- S0o Paulo- Se,retaria Muni,i)al de Cultura- JK3& CFaia- Mi*uel- $O Tost0o Qurado%- tese de !estrado- QQLC=- ;SP- JK4& $Cine!a Brasileiro: E9olu/0o e Dese!)enFo%- S0o Paulo- Qunda/0o a)0o- Pes#uisas- JK5& Clar\- ^alter- $T>: >e,ulo de Inte*ra/0o Na,ional%- )alestra na Es,ola Su)erior de Guerra J5&K& JK5- Mer,ado Global- ano - ns J]J- JK5& Correa- TFo!as Souto- $Mer,ado de Re9istas- Onde Esta!os )ara Onde >a!os%- Anu+rio Brasileiro de Pro)a*anda- ]K& Costa- Al,ir- T> Rio:  Anos no Ar- Rio de aneiro- Q;NARTE- s&d& DaFl- Gusta9o- $Mer,ado . Cultura%- Cultura- Braslia- n 3- 1aneiro]!ar/o de JK& De Ci,,o- Cl+udio- =ollH[ood na Cultura Brasileira- S0o Paulo- Ed& Con99io- JKK& Del Qiorentino- T& A)are,ida- $A Produ/0o e o Consu!o da Prosa de Qi,/0o e! S0o Paulo: JK44"JK%- tese de !estrado- QQLC=- ;SP- JK6& $Dis,o e! S0o Paulo%- S0o Paulo- IDART- Pes#uisa 6- JK4&

$E)o).ia Editorial: u!a =istria de Inor!a/0o e Cultura%- S0o Paulo- Abril- JK& Qederi,o- M& E& Bona9ita- =istria da Co!uni,a/0o: R+dio e T> no Brasil- Petr)olis- >ozesJK& Qesta- Re*ina- $Os Co!)utadores Re9olu,iona! a QolFa de S& Paulo%- S0o Paulo& Instituto )ara A!.ri,a Latina- JK6- !i!eo& P+* J Gal90o- Maria Rita- Bur*uesia e Cine!a: o Caso >era Cruz- Rio de aneiro- Ci9iliza/0o Brasileira- JKJ& Goldeder- Mina!- Por Tr+s das Ondas da R+dio Na,ional- Rio de aneiro- Paz e Terra- JKJ& Goldenstein- Gisela- $Do ornalis!o Polti,o  Indústria Cultural%- tese de !estrado- QQLC=;SP- JK&  mmmm- $QolFas ao >ento: Contribui/0o )ara o Estudo da Indústria Cultural no Brasil%- tese de doutorado- QQLC=- ;SP- JK6& =abert- An*elu,,ia- $A Qotono9ela: Qor!a e Conteúdo%- tese de !estrado- QQLC=- ;SPJK )ubli,ado )ela >ozes& =alle[ell- Lauren,e- O Li9ro no Brasil- S0o Paulo- T& A& Wueiroz]ED;SP- JK5& =erz- Daniel- A =istria Se,reta da Rede Globo- Porto Ale*re- T,F8- JK&  ornal da Tela- Braslia- MEC- EMBRAQILME- !ar/o de JK6& eFl- Maria Rita- Rele@0o )ara ;!a =istria da T> Globo- Rio de aneiro- Q;NARTE- JK!i!eo& no)lo,F- Zilda- Ideolo*ia do Publi,it+rio- Rio de aneiro- A,Fia!.- JK4& osFiHa!a- Ali,e- Monteiro Lobato: Intele,tual- E!)res+rio& Editor- S0o Paulo- T& A& WueirozJK& Leal QilFo- Laurindo- $A Cultura da T>%- tese de !estrado- P;C"SP- S0o Paulo- JK6& Leite- Geraldo O&- $A Ne,essidade de u!a E,olo*ia da Mdia%- Briein*- n - 1unFo de JK& Lo)es- Saint"Clair- Radiodius0o JK"JK- Rio de aneiro- ABERT- JK& Mar,oni- Paolo- A Censura Polti,a na I!)rensa Brasileira: J K6"JK- S0o Paulo- GlobalJK4& Mar#ues de Melo- os.- $A Tele9is0o ,o!o Instru!ento do Neo,olonialis!o: E9id8n,ias do Caso Brasileiro%- in Alredo Bosi or*&- Cultura Brasileira- S0o Paulo- ida: Pes#uisa E@)loratria sobre a Teleno9ela no Brasil%- tese de !estrado- QQLC=- ;SP- JK& Moreira- Snia e Saroldi- Luis- R+dio Na,ional: o Brasil e! Sintonia- Rio de aneiroQ;NARTE- JK3& Mota- C& GuilFer!e e Ca)elato- M& =elena- =istria da QolFa de S& Paulo- S0o PauloI!)ress- JK4& Mur,e- Renato- Bastidores do R+dio- Rio de aneiro- I!a*o- JK6& NoronFa- Ronaldo e a,ob- Q&- $O I!a*in+rio Tele9isi9o ou a re"Cria/0o de u!a Identidade Mineira%- K En,ontro ANPOCS- - n 3!ar/o]abril de JK& Sal*ado- ade Me,u! da Co!uni,a/0o- Rio de aneiro- Ed& TrabalFistas- JK6& Se*uin des =ans- Andr.& Le Br.sil: Presse et =istoire JK4"JK5- Paris- L_=a!arttan- JK5& Sil9a- Ql+9io Porto- O Teleteatro Paulista na D.,ada de 54 e 64& S0o Paulo- Idart- JKJ& Sil9eira- D.,io- $Coluna de R+dio%- Cultura e Polti,a%- ano J- n J- !ar/o de JK3J& Si!7es- Ini!+- T> Tu)i- Rio de aneiro- Q;NARTE s&d& Sodr.- Muniz- A Co!uni,a/0o do Grotes,o- Petr)olis- >ozes- JKJ&  mmmm- $O Mer,ado de Bens Culturais%- in S.r*io Mi,eli or*&- Estado e Cultura- S0o PauloDIQEL- JK&  mmmm- O Mono)lio da Qala: Qun/0o e Lin*ua*e! da Tele9is0o no Brasil- Petr)olis- >ozesJK3& Sodr.- Nelson ^erne,\- A =istria da I!)rensa no Brasil- Rio de aneiro- Ci9iliza/0o Brasileira- JK66& StraubFaar- ose)F- $TFe Transor!ation o Cultural De)enden,e: tFe De,line o A!eri,an Inluen,e on Brazilian Tele9ision IndustrH%- PFD- TFe Qlet,Fer S,Fool o La[ and Di)lo!a,H- ^is,onsin ;ni9ersitH- JK&  mmmm- $TFe De9elo)!ent o Teleno9ela as tFe Pre"E!inent Qor! o Po)ular Culture in Brazil%- Studies in Latin A!eri,an Po)ular Culture- 9ol& J- JK&  Ta9ares- Zul!ira- Cir,unst?n,ia e Crti,a: >deo e Cine!a no Brasil- JK4- !i!eo&  Tei@eira de Melo- Al,ino- Le*isla/0o do Cine!a Brasileiro- Rio de aneiro- EMBRAQILMEJK& $Tele,o!uni,a/7es: D.,ada de Proundas Modii,a/7es%- Con1untura E,on!i,a- 9ol& 3- n J- 1aneiro de JK4& $Tele9is0o: Ano 5]J4 de Con#uistas de Co!er,ializa/0o%& Anu+rio Brasileiro de Pro)a*anda 5]6&  TinFor0o- & Ra!os- Músi,a Po)ular: do Gra!oone ao R+dio e  T>- S0o Paulo- er,esi de Albu#uer#ue& Elisa- Audi8n,ia da Teleno9ela: u!a Pers)e,ti9a =istri,a- S0o Paulo- IDART- s&d& Va9ier- Is!ail- S.ti!a Arte: u! Culto Moderno- S0o Paulo- Pers)e,ti9a- JK& ^ertFein- or*e or*&- Meios de Co!uni,a/0o: Realidade e Mito- S0o Paulo& Cia Ed& Na,ional- JKK& P+* 4 III& Biblio*raia da Euro)a& Estados ;nidos& A!.ri,a Latina J& Reer8n,ias *erais: A*ulFon- Mauri,e- La Re)ubli#ue au >ila*e- Paris- JK4& Alti,\- Ri,Fard- TFe En*lisF Co!!on Reader: a So,ial =istorH o Mass Readin* Publi, J44" JK44- CFi,a*o- ;ni9ersitH o CFi,a*o Press- JK5& Bur\e- Peter- Po)ular Culture in EarlH Modero Euro)e& No9a Ior#ue- ;ni9ersitH Press- JK& CFarle- CFristo)Fe- $L_E@)ansion et la Crise de la Produ,tion Litt.raire%- A,tes de la Re,Fer,Fe en S,ien,es So,ales- n 3- 1ulFo de JK5& Clar\- Pris,illa- $TFe Be*innin* o Mass Culture in Qran,e%- So,ial Resear,F& 35& JK& Crubellier- Mauri,e- =istoire Culturelle de la Qran,e- Paris- Ar!and Collin- JK3& Qran,o- ean- TFe Modern Culture o Latin A!eri,a- Middlese@- In*laterra- Pen*uin Boo\sJK6& Martinire- GuH- As)e,ts de la Coo).ration Qran,o"Br.silienne- Grenoble- P;Q- JK& Ortiz- Renato- $Cultura Po)ular: Ro!?nti,os e Qol,loristas%- Te@tos - Pro*ra!a de Ps" Gradua/0o e! Ci8n,ias So,iais- P;C"SP- JK5&

Pells- Ri,Fard- Radi,al >isions A!eri,an Drea!s: Culture and So,ial TFou*Ft in tFe De)ression gears- Conne,ti,ut- ^esleHan ;ni9ersitH Press- JK3& ^eber- Eu*en- Peasants into Qren,F!en- Stanord- Stanord ;ni9ersitH Press- JK6& & Meios de Co!uni,a/0o- Indústria Cultural: Allen- Robert- S)ea\in* o Soa) O)eras- Carolina do Norte- ;ni9ersitH o NortF Carolina Press- JK5& Allen- ^oll- TFe =ollH[ood Musi,al Goes to ^ar- CFi,a*o- Nelson =all- JK& Antola- L& e Ro*ers- E&- $Tele9ision Qlo[ in Latin A!eri,a%- Co!!uni,ation Resear,F- 9ol& JJ- n - abril de JK3& AHle[ortF- TFo!as- =istorH o Mo9ie Musi,als- No9a Ior#ue- Bison Boo\- JK3& Barno[- Eri\- Tube o PlentH: tFe E9olution o A!eri,an Tele9ision- No9a Ior#ue- O@ord ;ni9ersitH Press- JK& Bazin- Andr.- ^Fat is Cine!a'- Ber\eleH- ;ni9ersitH o Caliornia Press- JKJ& Beltr+n- L& e Qo@ de Cardona- E&- Co!uni,a/0o Do!inada: os Estados ;nidos e os Meios de Co!uni,a/0o da A!.ri,a Latina- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK& Bonnel- Ren.- Le Cine!a E@)loit.- Paris- Seuil- JK& Cantor- Muriel- Pri!e Ti!e Tele9ision: Content and Control- Be9erlH =ills- Sa*e Publi,ationsJK4&  mmmm- $A!eri,an Tele9ision in tFe International Mar\et%- Co!!uni,ation Resear,F- 9ol& Jn J- 1ulFo de JK6& De Qleur H Ball Ro,\ea,F- Teorias de la Co!uni,a,in de Masas- Bar,elona- Paids- JK& Dor!an- A& e Mattelart- A&- Para Ler o Pato Donald- Rio de aneiro- Paz e Terra- JK4& P+* J Eisenstein- Ser*ei- La Qor!a del Cine- M.@i,o- Si*lo VVI- JK& Eudes- g&- La Coloniza,in de las Con,ien,ias- Bar,elona- Gusta9o Gili- JK3& Qe1es- Qred- $TFe Gro[tF o Multinational Ad9ertisin* A*en,ies in Latin A!eri,a%- ournal o Co!!uni,ation- autu!n JK4& Qernandes- Q+ti!a- Las Medios de Diusin Masi9a en Me@i,o- M.@i,o- uan Pablos- JK5& Qli,FH- Paul- Las Multina,ionales deI Audio9isual- Bar,elona- Gusta9o Gili- JK& Gar,ia Can,lini- Nestor- $Cultura Transna,ional H Culturas Po)ulares en Me@i,o%- Cuadernos =is)anoa!eri,anos- n 3J- !aio de JK6& Gon/al9es- Reinaldo- S.rie- de arti*os )ubli,ados e! Re9olu,in H Cultura- =a9ana- de deze!bro de JK5 a a*osto de JK6& Guba,\- TFo!as- La Industria Interna,ional del Cine- Madri- Qunda!entos- JK6&  mmmm- $Tele9ision and =ollH[ood E,ono!i, Relations in tFe JK4_s%- ournal o Broad,astin*Qall JK6- 9ol& 4- n 3& Guba,\& T& e >aris- T&- $Transnational Co!!uni,ation and Cultural Industries%- Re)orts and Pa)ers on Mass Co!!uni,ation- n K- Paris- ;NESCO- JK5& =o!an- B&- $On tFe De9elo)!ent o Materialist TFeorH o Mass Co!!uni,ation in ^est Ger!anH%- Media Culture and So,ietH- 9ol& J5- n J- aneiro de JK5& =uet- A&- Ion- &- Lebl8bre- A& e Peron- R&- Ca)italis!e et Industries CulturellesY GrenobleP;Q- JK& Lus Lo)es- Os,ar- La Radio en Cuba- =a9ana- Ed& Letras Cubanas- JK5& Mi#uel- Pierre- =istoire de la Radio et de la Tele9ision- Paris- Librairie A,ad.!i#ue PerrinJK3& Mora*as S)a- Mi*uel de- Teorias de la Co!uni,a,in- Bar,elona- Gusta9o Gili- JK5& Mo[lana- =a!id- Global Inor!ation and ^orld Co!!uni,ation- No9a Ior#ue- Lon*!anJK6& Murdo,\- G& e Norenne- &- $Mass Co!!uni,ation and Ad9ertisin* IndustrH%- Re)orts and Pa)ers on Mass Co!!uni,ation- n K- Paris- ;NESCO- JK5& Norenne- anus- $Ad9ertisin* and tFe Mass Media: Transnational Lin\ bet[een Produ,tion and Consu!)tion%- Media Culture and So,ietH- 9ol& - JKJ& Read- ^& =&- A!eri,a_s Mass Media Mer,Fant- Balti!ore- oFns =o)\ins ;ni9ersitH PressJK6&

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