Ogham, Oráculo Ancestral e Escrita Dos Druidas

July 13, 2019 | Author: Jonathan Gomes | Category: Druida, Natureza
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Ogham, Oráculo Ancestral e Escrita dos Druidas....

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Ogham, Oráculo Ancestral e Escrita dos Druidas O Ogham (se pronuncia "Ouam") é uma escrita "simbólica" e sagrada que serve como fonte de divinação, usado como correspondência correspondência alfabética pelos Druidas (isso com menos frequência, pois além de não ser tão prática como escrita, existem poucas evidências neste sentido) e/ou como signos, pois cada Árvore das Fedha (plural de Fid = nome dado à peça do Ogham, por exemplo: uma Fid, duas Fedha...), que corresponde a uma determinada data (dia/mês), sequencialmente, sequencialmente, distribuídas. Geralmente, feitas de troncos medianos cortados de Árvores ou em Pedras e hoje adaptadas como cartas iguais a do Tarot. O nome Ogham provém do Deus Ogmios ou Ogma (protetor da eloquência e do conhecimento), vencedor vencedor dos Tuatha de Dannan (o  povo da Deusa Deusa Celta Danú, também, também, conhecida conhecida como Dana). Acredita-se que o nome pode ter sido elaborado a partir da palavra "Mago" (ogam ao contrário), que corresponde à terceira letra do alfabeto grego e que invertido se converte em "Mag", palavra utilizada pelos iranianos para designar seus próprios sábios. Esta palavra evoca àqueles que possuem o conhecimento do Fogo e está relacionada com o poder do som, isto se relaciona com o fato do Druidismo ter sido, a princípio, uma tradição passada aos seus descendentes descendentes oralmente, pois os Celtas acreditavam que q ue era melhor "viver na morte do que morrer em vida", ou seja, conhecimento escrito era tido como palavra morta, tal como nas lápides dos cemitérios, por exemplo. Para os Druidas a tradição oral realça a fidelidade para com a tradição universal, o  poder da palavra, palavra, do verbo criador criador e das evocações evocações mágicas. mágicas. Eles, também, também, acreditavam que o conhecimento seria mais bem enraizado, se passado "artisticamente". Isso faz muito sentido, se levarmos em consideração que recordamos com muito mais facilidade da letra de uma música que se escutou há muito tempo t empo ou de uma poesia recitada por alguém, do que o que foi lido em algum livro. A mente absorve com mais facilidade o conhecimento através destes meios. Seria isto uma herança de nossos antepassados antepassados Druidas, remanescentes remanescentes em nosso "DNA ancestral"? A ciência esotérica nos ensina que cada som produzido no mundo visível, desperta um som correspondente nas esferas invisíveis e põe em ação, uma força no lado oculto da  Natureza. O Ogham é distribuído em Quatro "aicmes" de Cinco Fedha cada uma: - Aicme Beithe (derivado da palavra Beith = Árvore Bétula), - Aicme hÚatha (derivado da palavra hÚath = Árvore Pilriteiro), - Aicme Muine (derivado da palavra Muin = Planta Videira), - Aicme Ailme (derivado da palavra Ailm = Árvore Abeto).

Um "Quinto aicme adicional" chamado de Forfeda, foi elaborado no século XIII, após a descoberta de inscrições Oghâmicas em pedras verticais, concebido centenas de anos após a origem do Ogham. Alguns Druidas, mais conservadores, conservadores, não as consideram genuínas e não as incluem em suas Fedha. As primeiras inscrições Oghâmicas foram encontradas na Irlanda e Grã-Bretanha há, aproximadamente, aproximadamente, 600 A.C. A .C. Evidências arqueológicas apontam suas origens aos povos Indo-Europeus, Indo-Europeus, na Europa Oriental. Já J á as evidências botânicas, que estudam a distribuição das Árvores do alfabeto Ogham, apontam para o Vale do Rio Reno e para a região da cultura de "La Tène", considerada o berço da cultura Celta. Os símbolos das Fedha lembram galhos de Árvores, tendo uma linha traçada ("flesc") na vertical, horizontal e na transversal e tem de um a cinco traços que lhe "cortam" o centro, formando os desenhos que foram elaborados após tempos de observação e estudos do "comportamento" das Árvores e a cada uma delas atribuída. Tipo, como elas cresciam, perto do que elas cresciam, o formato de suas folhas, flores, frutos, f rutos, sementes, suas formas, seus tamanhos, suas atribuições de acordo com as estações, sua sensibilidade ou resistência à luz do dia, ao frio, ao calor... Enfim, a característica oracular designada a cada Árvore do Ogham, está bastante ligada ao seu comportamento durante sua vida.

Muitas Árvores eram usadas para confecção de armas convencionais provenientes da época como: arco e flecha, lanças, catapultas, etc. Também como barcos, palafitas (habitações pré-históricas) ou como "ancoradouros" para os barcos. A ligação dos Druidas com as Árvores se dá ao tratamento de respeito e a troca que se  praticava nos nos tempos antigos, antigos, sabendo-se que que a madeira era o seu único combustível. combustível. Também, era usada na construção de casas e a madeira, utilizada util izada com respeito e honra, compreendida compreendida como sagrada e mantedora da vida. Algumas tribos Celtas tinham suas Árvores líderes, que ficavam em pontos de grande honra, eram temidas e consultadas  pela tribo que se se comunicava com suas características características místicas. místicas.

Agora falemos do Ogham, O gham, especificamente, especificamente, como ferramenta sagrada de divinação que um dia foi utilizado pelos grandes Druidas ancestrais para prever as tempestades e as colheitas. Além, para a escrita mágica, pois se acreditava que era usada para que os Druidas se comunicassem entre eles de modo que só eles soubessem do que se tratava. Mandavam mensagens mensagens pelas águas dos rios com galhos entrelaçados, acrescentando acrescentando as letras do Ogham e deixando mensagens subliminares. Hoje, além de ser usada, principalmente, como fonte de divinação, serve como um caminho para o autoconhecimento e força interior, de modo a nos conectar com nossa ancestralidade e Inspiração, como parte da centelha divina que flui da Terra Mãe e de toda Criação.

Ogham e os Símbolos das Fedha 1. Aicme Beithe - Raça da Bétula Bétula (Beith / Birch = letra B):  está relacionada a novos começos, nascimentos e clareza, por isso também é a Árvore que representa o "primeiro" grau no Druidismo (Bardo). Conhecido como vidoeiro-branco é a árvore do  primeiro mês do "Calendário Celta", Novembro. Sorveira (Luis / Rowan = letra L):  fala sobre proteção contra encantamentos, riqueza, controle de todos os sentidos, a Árvore da Vida. Segundo mês, Dezembro. Amieiro (Fearn / Alder = letra F):  nos traz proteção oracular e orientação. Mês de Janeiro. Salgueiro (Sail / Willow = letra S):  está relacionado à "visão noturna", ritmos lunares, magia e aspectos femininos. Mês de Fevereiro. Freixo (Nion / Ash = letra N):  está ligado aos "mundos internos" e outros mundos (planos), a Árvore do Mundo, a relação do macrocosmo com o microcosmo, sintonia com a Criação e conexão com o futuro. Geralmente é usado na confecção do Bodhrán (instrumento musical de percussão também conhecido como tambor irlandês). Mês de Março. 2. Aicme hÚatha - Raça do Pilriteiro Espinheiro-Branco (hÚath / Hawthorn = letra H):  proteção, medo e  purificação. Dedicado à sátira, sua árvore também é conhecida pelo nome de Pilriteiro. Mês de Abril. Carvalho (Duir / Oak = letra D):  é tida como a Árvore Mãe para os Druidas, o Rei das Árvores. Ela representa por si só o espírito de todas as outras Árvores do mundo e também representa o "terceiro grau" dentro do Druidismo, sabendo que uma das explicações para a palavra Druida vem do médio-galês "Dewr = Carvalho e Wid = sabedoria", que poderia ser traduzido como: "aquele que possui a sabedoria do Carvalho". Acredita-se que as antigas cerimônias sagradas na idade Celta eram sob estas imensas Árvores em bosques de Carvalhos, conhecidos por eles como "Nemetons". Proteção sólida e concretizada, portal dos mistérios, perícia e força. Mês de Maio. Azevinho (Tinne / Holly = letra T):  fala sobre vitória, justiça, transformação, discernimento e conquistas; ensinando-nos a vencer sabiamente. Mês de Junho. Aveleira (Coll / Hazel = letra C):  Árvore da intuição, inspiração e suavidade, direto da fonte (origem) ou ligação ancestral. Há um conto Celta sobre as nove avelãs que foram engolidas por um salmão às margens de um rio, que foi pescado e depois levado

à corte, para ser comido pela rainha que engravidou magicamente. Esta é uma das versões de como nasceu o primeiro Druida e explica por que o salmão é tido como símbolo de sabedoria para os Celtas. Árvore do mês de Julho.

Macieira (Quert / Apple = letra Q):  é uma Árvore muito cultuada nos tempos antigos por estar ligada a Avalon (a ilha das maçãs); a maçã cortada diagonalmente revela cinco sementes, assim como uma estrela de cinco pontas, considerada um símbolo sagrado. Cada uma das pontas significando os quatro elementos da Natureza, seguido do quinto elemento que sugere ser o Espírito, ou seja, a reintegração de homem/natureza, no Ogham. Ela diz para escolher com beleza e pela  beleza, como quer que ela se apresente, sabendo que a beleza nem sempre está relacionada à estética escolha, mas sim à inspiração e o amor. Esta Fid não está vinculada a nenhum mês. 3. Aicme Muine - Raça da Vinha Videira (Muin / Vine = letra M):  é uma Fid de profecia, premonição e confiança. Deixe a intuição lhe guiar. Mês de Agosto. Hera (Gort / Ivy = letra G):  é conhecida como a Espiral do "self" (ou eu interior) e está relacionada à busca pelo "self", portanto sugere uma "viagem" interior ou conexão em busca de conhecimentos. Mês de Setembro. Junco (nGétal / Reed = ditongo Ng):  família das gramíneas, o bambu, aconselha uma ação direta, ou seja, ir direto ao ponto em relação ao assunto, ordem e harmonia. Mês de Outubro. Ameixeira Brava (Straiph / Blackthorn = ST, SS, Z):  mudança inesperada, planos alterados ou arruinados. Aceite o inevitável e prossiga. Não há mês relacionado a esta Árvore. Sabugueiro (Ruis / Elder = letra R):  é a arvora que traz o "fim no começo" ou o "começo no fim", entendendo que na espiritualidade Celta se acredita que todos os fins são novos começos, isto depende da absorção e filtragem do consulente perante as experiências vivenciadas. Ela é a Árvore dos três últimos dias do mês de outubro, o que explica o porquê dos fins e começos, pois no calendário Celta é o mês de Samhain, o fim do verão. É a "Roda Escura" do ano que inicia com a chegada do Inverno. Um novo ciclo que se inicia. 4. Aicme Ailme - Raça do Abeto Abeto (Ailm / Silver Fir = letra A): indica "longa e alta visão", no sentido de enxergar além das montanhas e colinas, por detrás do horizonte. Tentar enxergar mais longe e mais ao alto, pois se trata de uma Árvore muito alta e pode ser vista de uma longa distância. Tojo (Onn / Furze = letra O):  integração, meditação, perseverança, rapidez e fertilidade. Perceber os sinais que conspiram ao nosso favor. Urze (Úr / Heather = letra U):  ligação com o "eu interior" e a cura, tanto

física como espiritual. Germinação e intensidade.

Choupo (Eadhadh / Aspen = letra E):  ajuda de qualquer natureza, determinação, prevenção de doenças e força interior. Teixo (Iodhadh / Yew = letra I):  esta Fid representa a Árvore do "segundo grau" no Druidismo, este grau é onde o Druida se relaciona mais intimamente com seus antepassados e ancestrais. Na idade Celta, eles eram tidos como os mensageiros dos ancestrais sagrados, a voz espiritual. É também o "grau" onde se estuda o Ogham profundamente para predição do futuro. Denota durabilidade e resistência a tempos difíceis, perdas e/ou ganhos, tantos materiais como espirituais. Esta árvore possui uma característica muito interessante, pois alguns de seus galhos crescem em direção ao solo, para adentrá-lo e formar novos brotos por debaixo da Terra, estes brotos crescem por dentro do tronco que com o tempo se rompe em uma espessa mucosa, dando assim espaço ao novo tronco, que se formou dos brotos dos galhos. Talvez venha daí à ligação como Ovate, ela renasce de suas próprias raízes, assim como o Ovate se conecta aos ancestrais. 5. Forfeda - Letras Adicionais Álamo branco (Éabhadh / Coad = EA):  bosque sagrado e todo conhecimento que se encontra no passado, presente e futuro, domínio da natureza. Festival do Fogo: Imbolc. Evônimo (Ór / Gold = OI):  doçura, encanto, inteligência repentina e insight. Festival do Fogo: Beltane. Madressilva (Uillean / Elbow = UI):  um segredo escondido. Festival do Fogo: Lughnasadh. Groselha (Ifín / Iphin = IO):  traz conhecimento antigo, concentração no  passado para entender o presente e o futuro. Hamamélis (Eamhancholl / Mor = AE):  literalmente o mar, água de  proteção, que afasta as más energias e purifica. Abriga incontáveis formas de vida, de incompreensível beleza; viagem e renascimento. Festival do fogo: Samhain.

Calendário Caer Siddi Festivais do Ano

Samhain HS: 30/04 - HN: 31/10

Imbolc HS: 01/08 - HN: 01/02

Beltane HS: 31/10 - HN: 01/04

Lughnasadh HS: 01/02 - HN: 01/08

Símbolos do Ogham

FID

LETR  CORRESPONDÊNCI AE A MÊS

IRLANDÊ INGLÊS S

ÁRVORE

Beith

Birch

Bétula

Luis

Rowan

Sorveira

Fearn

Alder

Amieiro

Sail

Willow

Salgueiro

 Nion

Ash

Freixo

hÚath

Hawthorn

EspinheiroBranco

Duir 

Oak

Carvalho

D - Maio

Tinne

Holly

Azevinho

T - Junho

Coll

Hazel

Aveleira

Quert

Apple

Macieira

Muin

Vine

Videira

B Novembro LDezembro FJaneiro S-

 Novo começo e nascimento.

Sucesso, riqueza e proteção. Orientação espiritual e  proteção. Transformação, magia e

Fevereiro mistério.  N -

Destino, mudanças e

Março

conexão.

H - Abril Proteção, medo e purificação. Perícia, força e resistência. Vitória, justiça e transformação.

C, K -

Inspiração, intuição e

Julho

sabedoria.

QAvalon MAgosto

Beleza, amor e inspiração.

Profecia, desejo e força.

Gort

Ivy

Hera

nGétal

Reed

Junco/Bambu

Straiph

Blackthor  Espinheiron  Negro

GSetembro  NG Outubro Z, ST, TS, SS

Conexão e conhecimento.

Cura, limpeza e harmonia.

O inevitável.

R - Fim

Ruis

Elder

Sabugueiro

de

Meu fim é o meu começo.

Outubro

Ailm

Silver Fir

Abeto/Pinheir  A o

Onn

Furze

Tojo

O

Úr 

Heather

Urze

U

Morte, cura física e espiritual.

Eadhadh

Aspen

Choupo

E

Orientação e prevenção.

Iodhadh

Yew

Teixo

I

FORFED A

IRLANDÊS OUTRO ÁRVORE Éabhadh

Coad

Álamo  branco

Ór

Gold

Arbusto evônimo

Uillean

Elbow

Madressilva

Ifín

Pion

Groselha

Sabedoria e visão. Movimento, rapidez e fertilidade.

Conhecimento e renascimento.

LETRA CORRESPONDÊNCIA E MÊS EA Imbolc

Bosque sagrado e natureza.

OI -

Doçura, encanto e

Beltane

inteligência.

UI Lughnasadh

Um segredo escondido.

IO -

Concentração e

Portais*

discernimento.

*Portais são os Solstícios e os Equinócios.

Celebrações Lunares LUAS DO ANO CALENDÁRIO COLIGNY Lua das Águas

Janeiro

Anagantios

Lua de Brighid

Fevereiro

Ogronios

Lua dos Ventos

Março

Cutios

Lua do Falcão

Abril

Giamonios

Lua Brilhante

Maio

Simivisonnos

Lua do Cavalo

Junho

Equos

Lua da Lança

Julho

Elembiuios

Lua do Salmão

Agosto

Edrinios

Lua dos Bardos

Setembro

Cantlos

Lua do Javali

Outubro

Samonios

Lua de Morrighan Novembro

Dumannios

Lua do Gamo

Rivros

Dezembro

"Fossem meus os tecidos bordados dos céus, Ornamentados com luz dourada e prateada, Os azuis, negros e pálidos tecidos Da noite, da luz e da meia-luz, Os estenderia sob os teus pés. Mas como tenho apenas os meus sonhos, Estendê-lo-ei para que possas caminhar... Então, caminhe suavemente, Pois caminhas sobre os meus sonhos." William Butler Yeats, 1865 - 1939

Referências bibliográficas: Rituales Celtas - Alexei Kondratiev Ogham - Bellovesos Isarnos

Estudos do Ogham - Introdução O Ogham é um alfabeto oracular, de origem celta, encontrado na Irlanda e GrãBretanha. O nome das letras ogâmicas é "fid" (singular) e "feda" (plural) em irlandês antigo. No irlandês moderno são: "fiodh" e "feadha" - que são palavras traduzidas como "madeira" e "bosque". Encontram-se em grupos com séries de cinco letras cada, originalmente, e continham apenas as quatro primeiras séries. A quinta série "forfeda", tinha os primeiro cinco e depois mais seis letras de sons importados de outras línguas e que não existiam na língua irlandesa. A linha central representa o tronco de uma árvore "flesc" e os traços, os galhos. Escrito na horizontal, em manuscritos, da esquerda para a direita e na vertical, em pedras, de  baixo para cima (como se escalasse uma árvore); iniciados pelo símbolo "eite" (pena) e, quando necessário, terminados com "eite thuathail" (pena invertida). As palavras eram separadas por "spás" (espaço).

As três principais fontes de estudo do Ogham são os manuscritos irlandeses: Auraicept na n-Éces (pronuncia: aurikepet na niches), O Lebor Ogaim e o Bríatharogam. Além da  própria vivência pessoal.

"No tempo de Bres, filho de Elatha rei da Irlanda, o Ogham foi inventado por Ogma, um homem bem qualificado no discurso e na poesia e foi à partir das árvores da floresta, que os nomes foram dados às letras do Ogham. As primeiras inscrições em Ogham datam do século IV d.C. em torno do mar da Irlanda, onde as inscrições em pedra começaram a florescer a partir do século V e VI. Sua invenção pode ter uma origem mais antiga, acredita-se que as primeiras inscrições foram gravadas em madeira ou metal, sendo assim perecíveis e não sobreviveram aos tempos modernos." -  Tratado ou Trato de Ogham.

Ogham das Árvores Brasileiras O que se segue é uma proposta de alfabeto ogâmico com árvores nativas do Brasil. Percorri nas últimas semanas (Nota: este texto é de 2005.) vários tratados de botânica, analisando a flora arbórea brasileira e escolhendo, de acordo com sua importância em cada região e qualidades paisagísticas, espécimes que formariam as famílias do Ogham  brasileiro. Tive, é claro, de fazer algumas alterações relativamente ao Ogham irlandês, as quais ora submeto à apreciação de todos.  Na terceira família de consoantes, a Raça do Mate (que no Ogham irlandês corresponderia a Aicme Muine, Raça da Vinha), substituí a consoante NG (ngéadal, o  junco), pelo NH português, uma vez que o NG não teria utilidade em nosso idioma. Pelo mesmo motivo, substituí o ST (straif, o espinheiro-negro), pelo Z, o que não deve causar espécie, uma vez que o Z é uma das transliterações atribuídas a esse caractere. Em relação à letra Z, tive de representá-la pelo zimbro (junípero) que, embora não  pertença à flora nativa, está bem aclimatado no Brasil e é utilizado na medicina popular. A madeira e as bagas do zimbro em infusão, decocção ou óleo aplicam-se contra asma,  bronquite, acidez, má digestão e hidropsia, tendo também valor diurético. Os antigos tratados de magia (como o Magus, de Francis Barrett), mencionam que as bagas do zimbro, misturadas ao tomilho, compõem um incenso que provoca visões. Nas terras célticas, era plantado junto às portas para desencorajar os ladrões e acreditava-se que suas bagas secas, enfiadas num cordel, tinham a capacidade de atrair o amor. Considerando todas essas propriedades, penso que o zimbro possa ser bem recebido neste Ogham. E foi também esse o critério que me guiou ao eleger a romã (quantas vezes já a usei para aliviar uma inflamação da garganta?) para representar a letra R. Mantive a letra H, ainda que seja muda em português, unicamente porque é necessária  para compor o grupo LH. Isso unicamente porque não há, até onde sei, uma só árvore ou erva cujo nome em português comece com o som representado pelo LH. Escolhi a hortelã (menta), que também não é nativa do Brasil, para representar o H, por causa de sua difusão e amplo uso medicinal e culinário em todo o território nacional. O Q é a quaresmeira. Deve ser utilizado para registrar apenas o som que se ouve em QUA-resmeira, fre-QUEN-te e e-QUI-no, ou seja, /KW/. Para o som que se ouve em QUE ou QUÍ-mica, usa-se o C, castanheira, que soa sempre como /K/, nunca como /S/.  No ogham irlandês, as Forfeda (Letras Adicionais) representam ditongos e sons consonantais. Usei esse grupo para representar sons consonantais que são importantes em português e que não são contemplados no Beth-Luis-Nion.

Raça do Bacuri, B - bacuri L –  licuri F –  figueira-branca S –  sapucaia  N –  naiá Raça da Hortelã H –  hortelã D –  dima T –  tucumã C –  castanheira Q –  quaresmeira Raça do Mate M –  mate G –  goiaba  Nh - nhacatirão Z –  zimbro R –  romã Raça da Araucária A –  araucária O –  orabutã U –  urucum E –  embaúba I –   ipê-amarelo Letras Adicionais Ch –  chal-chal Gü –  nguaxupita J –  jacarandá P –  pitanga V –  varova 1. Raça do Bacuri B - BACURI  Nome científico: Platonia insignis Onde é encontrada: Região Amazônica e Nordeste do país, na floresta pluvial. Frequente no baixo Amazonas e Ilha do Marajó. Outros nomes: bakuri, bacuri-açu,  bacurizeiro, bacuri-grande, landirana (BA). L - LICURI  Nome científico: Syagrus coronata Onde é encontrada: Pernambuco até o sul da Bahia, na mata pluvial atlântica. Outros nomes: aricuri, uricuri, nicuri, alicuri.

F - FIGUEIRA-BRANCA  Nome científico: Ficus guaranitica Onde é encontrada: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e norte do Paraná, principalmente na floresta semidecídua da bacia do Paraná. Existem outras espécies de "ficus" denominadas popularmente de "figueira-branca", todas muito parecidas com essa. Outros nomes: figueira, figueira-brava, mata-pau, figueira-mata-pau. S - SAPUCAIA  Nome científico: Lecythis pisonis Onde é encontrada: Ceará até o Rio de Janeiro,na floresta pluvial atlântica. É  particularmente freqüente no sul da Bahia e norte do Espírito Santo. Outros nomes: castanha-sapucaia, sapucaia-vermelha, cumbuca-de-macaco, marmita-de-macaco, caçamba-do-mato.  N - NAIÁ  Nome científico: Attalea dubia Onde é encontrada: Rio de Janeiro até Santa Catarina, na floresta pluvial da encosta e da  planície atlântica. Outros nomes: indaiá, palmeira-indaiá, coqueiro-indaiá, palimito-de-chão (RJ), indaiáguaçu, inaiá, camarinha, anajá.

2. Raça da Hortelã H - HORTELÃ  Nome científico: Mentha piperita Onde é encontrada: não pertence à flora nativa. Outros nomes: menta. D - DIMA  Nome científico: Croton lanjowensis Onde é encontrada: região amazônica, principalmente, no estado da Amazônia, na mata  pluvial de terra firme. Outros nomes: dima-branca. T - TUCUMÃ  Nome científico: Astrocaryum vulgare Onde é encontrada: estado do Pará, na floresta amazônica de terra firme. Outros nomes: tucumã-do-pará. C - CASTANHEIRA  Nome científico: Bertholletia excelsa Onde é encontrada: em toda a região amazônica, incluindo os estados de Roraima, Acre e Amazônia. Outros nomes: castanha, castanha-do-pará, castanha-verdadeira, castanheiro, castanha-do-brasil, amendoeira-da-américa, castanha-mansa.

Q - QUARESMEIRA  Nome científico: Tibouchina granulosa Onde é encontrada: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, principalmente na floresta pluvial da encosta atlântica. Existe uma variedade dessa espécie que produz flores róseas. Outros nomes: flor-de-quaresma, quaresmeira-roxa, quaresma.

3. Raça do Mate M - MATE  Nome científico: Ilex paraguariensis Onde é encontrado: Mato Grosso do Sul, São Paulo até o Rio Grande do Sul nas matas de altitude (400-800m). É particularmente freqüente na mata dos pinhais dos três estados sulinos. Outros nomes: erva-mate, erveira, congonha, erva, erva-verdadeira, erva-congonha. G - GOIABA  Nome científico: Psidium guayava Onde é encontrada: Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul, na floresta pluvial atlântica. Ocorre também de maneira espontânea em quase todo o país. Outros nomes: guava, goiabeira, goiabeira-branca, goiaba-pera, goiaba-branca, goiaba-vermelha, araçá-goiaba, araçá-guaçu, guaiaba, guaiava, araçá-guaiaba.  NH - NHACATIRÃO  Nome científico: Miconia cinnamifolia Onde é encontrada: Bahia até Santa Catarina, principalmente na floresta pluvial da encosta atlântica. Outros nomes: jacatirão, jacatirão-açu, jacatirão-de-copada, carvalhovermelho, casca-de-arroz. Z - ZIMBRO  Nome científico: Juniperus communis Onde é encontrado: não pertence à flora nativa. Outros nomes: junípero. R - ROMÃ  Nome científico: Punica granatum Onde é encontrada: não pertence à flora nativa. Outros nomes: romãzeira.

4. Raça da Araucária A - ARAUCÁRIA  Nome científico: Araucaria angustifolia, Bert. Onde é encontrada: Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul em regiões de altitudes acima de 900m (no sul, acima de 500m). Outros nomes: parana-pine, curi, curiúva, pinheiro-do-paraná, pinheiro, pinho, cori, pinho-brasileiro, pinheiro-brasileiro,  pinheiro-são-josé, pinheiro-macaco, pinheiro-caiová, pinheiro-das-missões.

O - ORABUTÃ  Nome científico: Caesalpinea echinata Onde é encontrada: Ceará ao Rio de Janeiro, na floresta pluvial atlântica, sendo  particularmente freqüente no sul da Bahia e norte do Espírito Santo. Outros nomes: pau brasil, ibirapitanga, brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga, paurosado, pau-de-pernambuco. U - URUCUM  Nome científico: B. orellana Onde é encontrada: região amazônica até a Bahia, na floresta pluvial, geralmente ao longo de rios, largamente cultivada nas florestas pelos indígenas. Outros nomes: urucu, colorau, açafroa, açafroeira-da-terra. E - EMBAÚBA  Nome científico: Cecropia glazioui Onde é encontrada: encontradas na Mata Atlântica, em matas ciliares e bordas de capões. Outros nomes: umbaúba, árvore da preguiça, pau de lixa, caixeta, imbaíba, ambaíba, baibeira, torém. I - IPÊ-AMARELO  Nome científico: Tabebuia alba Onde é encontrado: Rio de Janeiro, Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, na floresta semidecídua de altitude. Outros nomes: ipê-da-serra, ipê-amarelo-da-serra, ipêmandioca, ipê-branco, ipê-tabaco, ipê-mamona.

5. Letras Adicionais CH - CHAL-CHAL  Nome científico: Allophylus edulis Onde é encontrada: região amazônica até o Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Rio de janeiro até o Rio Grande do Sul, principalmente na floresta pluvial e semidecídua. Outros nomes: vacum, vacunzeiro, chala-chala, baga-de-morcego, frutade-pombo, murta-branca, fruta-de-pavó, fruta-de-paraó, murta-vermelha. GÜ - GUAXUPITA  Nome científico: Esenbeckia grandiflora Onde é encontrada: Rio de Janeiro e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul,  principalmente na floresta latifoliada semidecídua. Outros nomes: canela-de-cutia, paude-cutia. J - JACARANDÁ  Nome científico: Jacaranda angustifolia Onde é encontrado: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo até o Paraná, principalmente na floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná. É muito semelhante à espécie exótica Jacaranda mimosaefolia (jacarandá mimoso) nativa do norte da Argentina. Outros nomes: caroba, jacarandá-de-minas, caivá, jacaranda branco, caroba-branca, pau-de-colher, pau-santo, carobeira, jacarandá-preto, mulher pobre.

P - PITANGA  Nome científico: Eugenia uniflora Onde é encontrada: Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, na floresta semidecídua do  planalto e da bacia do rio Paraná. Outros nomes: pitangueira, pitangueira-vermelha,  pitanga-roxa, pitanga-branca, pitanga-rósea, pitanga-do-mato. V - VAROVA  Nome científico: Prunus sellowii Onde é encontrada: Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul na mata pluvial atlântica e Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul nas florestas semidecíduas. Outros nomes: pessegueiro-bravo, pessegueiro-do-mato, miguel-pintado, coração-de-negro, marmelo-do-mato, coração-de-bugre, varoveira. Podem-se formar os nomes das letras com a consoante inicial mais uma só vogal, ou, no caso das vogais, apenas com o som da própria vogal, como em português. Teríamos assim: ba, li, fi, sa, na; hor, di, tu, ca, qua; ma, go, nha, zi, ro; a, o, u, e, i; cha, gua, ja,  pi, va.

Bellouesus Isarnos Assim, considera-te recepcionado, com meus votos de encontrares aqui algo que desperte teu interesse ou, na pior das hipóteses, não te entedie.

1. Bétula (Beith/Birch = B) A Bétula está relacionada a novos começos, nascimentos e clareza. É associada a limpeza, purificação e renovação. Conhecida também como Vidoeiro-branco.

Aicme Beithe: B, Beith > -,-

Bétula - A Árvore Branca da Pureza Como se diz: bé Tradução: bétula  Nome científico: Betula pendula Irlandês antigo: beithe Galês: bedwen Inglês: birch Significados básicos: começos, beleza Classe: camponês Cor: bán, "branco"

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Beithe: maise malach, "beleza da sobrancelha" Bríatharogam Con Culainn Beithe: glaisem cnis, "a da pele mais cinzenta" Bríatharogam Morainn mac Moín Beithe: féochos foltchain, "pé mirrado e cabelo fino" Comentários: Beithe, a bétula, com seu tronco esbelto, suas folhas verdes claras e sua casca prateada, representa um tipo peculiar de beleza, pálida, delicada, tremulante, rara como o cervo  branco. Como o luar, permanece fora de alcance, sempre perseguida, nunca possuída. Como primeira letra do alfabeto ogâmico, Beithe também representa novos começos, novas oportunidades e todas as coisas inocentes e jovens. Maleável e flexível, ela se curva ao vento, mas não se quebra. Sua arte é a da subsistência, ou, como se poderia dizer, a da sobrevivência. Viajar tranquilamente, com poucos desejos e abertura para aquilo que a jornada pode trazer: essa é a arte de Beithe. O Auraicept na n-Éces conta assim a origem do Ogham: "Quais são o lugar, a época, a pessoa e a causa da invenção do Ogham? Não é difícil. Seu lugar é a ilha da Irlanda, onde vivemos nós, os irlandeses. Na época de Bres, filho de Elatha, rei da Irlanda, foi ele inventado. Sua pessoa (isto é, quem o inventou) foi Ogma, filho de Delbaeth, irmão de Bres, pois Bres, Ogma e Delbaeth são ali os três filhos de Elatha, filho de Delbaeth. Eis que Ogma, um homem bem versado no discurso e na poesia, inventou o Ogham. A causa de sua invenção, como uma prova de sua engenhosidade e [para] que esse discurso pertencesse ao instruído separadamente, excluindo-se os rústicos e pastores. De onde o Ogham obteve seu nome, de acordo com o som e a matéria, quem são o pai e a mãe do Ogham, qual é a primeira letra que foi escrita pelo (isto é, com o) Ogham e por quê o "b" precede toda letra? "O Ogham, de Ogma, foi inicialmente criado com relação a seu som de acordo com a matéria. Entretanto, ogum é og-uaim, aliteração perfeita, que os poetas aplicam à poesia  por meio dele, pois pelas letras o gaélico é medido pelos poetas. O pai do Ogham é Ogma, a mãe do Ogham é a mão ou a faca de Ogma. "Isto, além do mais, é a primeira coisa que foi escrita pelo Ogham, >-,,,,-,,,-, isto é, (a  bétula) "b" foi escrito e para ocultar um aviso a Lug, filho de Ethliu, foi ele escrito a respeito de sua esposa, não fosse ela arrebatada para o País das Fadas, a saber, sete bês num ramo de bétula: tua esposa será sete vezes levada de ti para o País das Fadas ou  para um outro país, a menos que a bétula proteja-a. Por essa razão, além do mais, "b",

 bétula, toma a precedência, pois é na bétula que o Ogham foi escrito primeiramente." Em A Batalha das Árvores, o bardo Taliesin refere-se à bétula: A Bétula, apesar de sua mente elevada, Atrasou-se antes que ele (o tojo) fosse enfileirado.  Não por causa de sua covardia, Mas por causa de sua grandeza. Os cimos da Bétula cobriram-nos com folhas E transformaram-nos e mudaram nosso estado enfraquecido. Sagragnos: o Nascimento. Beithe é a bétula, é o começo, o princípio, o nascimento, aurora de um novo dia. É o vasto potencial que se projeta para diante. É a primavera com todo o trabalho que deve ser feito a fim de plantar as sementes que irão crescer no verão e garantirão a colheita. É a primeira letra na página que a inspiração e o esforço levarão à frente até que a história, o ensaio, o livro estejam terminados. É o primeiro instante em que a passagem do tempo e tudo que nele se fez irão transformar-se em história. É o toque da alvorada no despontar do dia, o chamado para acordar e aprontar-se para os afazeres diários. É o desafio para levantar-se e lutar para cumprir a promessa daquilo que pode ser. É a energia potencial esperando o direcionamento e a força de vontade que permitirão realizar tudo o que for decidido. É vida, vitalidade, vigor, saúde, frescor. É iniciação. Em certo sentido, é um aspecto da ordem cíclica das coisas. Depois do fim, ou no ponto em que tudo termina e o novo ciclo começa. O foco está no começo, mas, como em toda a natureza cíclica, o começo e o fim são, muitas vezes, o mesmo ponto. Coslogenos: nascimento, a liberação daquilo cujo tempo chegou, produção, criação. Invertida: expulsão, banimento, desembaraçar-se de algo. Coiri Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: você deve eliminar a negatividade de si mesmo, as influências inúteis e os maus pensamentos para ter um novo começo. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: concentre-se em seu desejo, a imagem do resultado buscado deve ser mantida na mente com firmeza. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: para um novo começo, visualize o  branco da bétula, que se destaca limpo de distrações e obstruções.

2. Sorveira (Luis/Rowan = L) A Sorveira simboliza sucesso, riqueza material, equilíbrio emocional e proteção. Na grande teia, nos faz perceber aquilo que realmente importa em nossas vidas.

L, Luis > -,,-

Sorveira - A Árvore da Vida Como se diz: luish Tradução: chama, labareda  Nome científico: Sorbus aucuparia Irlandês antigo: cáerthann Galês: cerdinen Inglês: rowan Significados básicos: riqueza, proteção Classe: camponês Cor: liath, "cinza"

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Luis: carae cethrae, "amiga do gado" Bríatharogam Con Culainn Luis: lúth cethrae, "sustento do gado" Bríatharogam Morainn mac Moín Luis: lí súla, "brilho do olhar" Comentários: Luis, a sorveira, também chamada "freixo-da-montanha", cresce nas encostas das montanhas, florescendo em solos pobres e de pouca espessura, enraizando-se em fendas estreitas no meio das rochas. É o emblema da ambição, determinação e sucesso, para alcançar o seu objetivo, mesmo que este seja muito elevado e a luta se mostre dura.  No Bríatharogam de Mac ind Oic, Luis chama-se "amiga do gado". Entre os irlandeses antigos, o roubo de gado era um meio de vida e a riqueza de alguém era medida pelo tamanho de seu rebanho. Quando saqueadores eram esperados, a sorveira era o local de reunião dos defensores. Luis está ligada à arte da navegação, é a protetora dos marinheiros. Se você estiver embarcando numa viagem de descoberta, partindo em busca de sua fortuna ou começando uma aventura em mares tempestuosos, faria bem em tomar Luis como sua guia. É o sinal do sucesso material, da acumulação de riquezas, da proteção do lar e da defesa contra influências perniciosas de todos os tipos. Sagragnos: a Visão. Luis é a sorveira, o abrir dos olhos, olhando atentamente o que está ao redor, percebendo as possibilidades de toda a realidade próxima. É a percepção do que está ali. É a guardiã vigilante em posição na entrada da mente, do coração. É o vigia iluminando a noite com luz de tochas. É o estado alerta que ajuda a garantir a segurança da cidade ou de si mesmo, um castelo de bem-estar para o indivíduo e para o grupo. Isso inclui não somente ficarmos atentos as nossas necessidades individuais em todos os níveis (físico, mental, emocional, espiritual), mas também às necessidades e circunstâncias da família, do grupo, da organização a que pertencemos e de outros a nossa volta que nos influenciam, que já interagem conosco ou irão fazê-lo em breve. Luis ilumina os quebra-cabeças, as perplexidades e enigmas, lançando luz sobre as  páginas do pergaminho do conhecimento da vida. É o meio que nos permite caminhar com segurança pela estrada da compreensão. É o modo de reconhecermos onde estamos e o que estava logo adiante oculto pelas sombras que ela dissipa. Coslogenos: devoção à chama sagrada, serviço a uma causa mais alta, abnegação, disciplina, dedicação. Invertida: dogma, obediência sem questionamento, ação sem reflexão. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia:

Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: você aplicará seus sentidos a si mesmo para distinguir o bom do mau, o dano do auxílio. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: você não será influenciado, enganado ou persuadido por ninguém. Mantenha sua inteligência atenta. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: sua força irá afastar qualquer coisa que ameace seu propósito e sua serenidade. Não se assuste.

3. Amieiro (Fearn/Alder = F) O Amieiro simboliza proteção oracular, a árvore encantada. O guerreiro que nos inspira em momentos de batalha e prevê o melhor caminho a seguir.

F, V - Fearn >-,,,-

O Amieiro Como se diz: fiarn Tradução: amieiro  Nome científico: Alnus glutinosa Irlandês antigo: fearn Galês: gwernen Inglês: alder Significado básico: orientação Classe: chefe Cor: flann, “vermelho-sangue”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Fern: comét lachta, "vasilha do leite" Bríatharogam Con Culainn Fern: dín cridi, "proteção do coração" Bríatharogam Morainn mac Moín Fern: airenach fían, "vanguarda de guerreiros" Comentários: Ao ser cortada, a madeira do amieiro apresenta uma forte cor vermelha e uma tintura vermelha pode ser feita com as suas folhas e casca. A sugestão de sangue, combinada à dureza da madeira, tornou-a uma escolha natural para os escudos que protegiam os antigos guerreiros irlandeses em batalha. Fearn é um emblema da proteção em todos os agitados e perigosos acontecimentos da vida. Você pode invocar seu espírito sempre que o perigo o ameaçar no corpo, na mente ou no espírito. O poder de Fern defende poetas e contadores de histórias dos demônios que habitam na imaginação, assim como o duro escudo de madeira protege o coração vulnerável do guerreiro. Fearn mostra uma ligação também com Bran, o Abençoado. Na introdução de A Batalha das Árvores, o bardo Taliesin diz: Estas são as estrofes que foram cantadas na Batalha das Árvores, ou, como outros a chamam, a Batalha de Achren, que foi por causa de uma corça branca e de um cachorro; e eles vieram do Inferno e Amaethon ap Don os trouxe. E, portanto, Amaethon ap Don e Arawn, Rei de Annwn, lutaram. E havia um homem nessa batalha, a menos que seu nome fosse conhecido, ele não poderia ser vencido; e havia uma mulher chamada Achren no outro lado e, a menos que seu nome fosse descoberto, sua hoste não poderia ser vencida. E Gwydion adivinhou o nome do homem e cantou as duas estrofes seguintes: De cascos firmes é meu corcel impelido pelas esporas; Os altos galhos do amieiro estão em teu escudo; Bran és chamado, dos ramos brilhantes. E, assim: De cascos firmes é meu corcel no dia da batalha, Os altos ramos do amieiro estão em tua mão: Bran, pelo ramo que carregas, Amaethon, o bom, prevaleceu.

 No Segundo Ramo do Mabinogion, encontramos a seguinte referência: Bendigeid Fran chegou a terra e a frota com ele pela margem do rio. - Senhor - disseram os capitães -, conheceis a natureza deste rio, que nada pode atravessá-lo e que não há ponte sobre ele? - Não há nenhuma - replicou o rei -, exceto que aquele que será o chefe, deixai-o ser uma ponte. Eu o serei. Então, foi essa declaração proferida pela primeira vez e é ainda usada como provérbio. Quando ele se deitou atravessando o rio, tábuas foram colocadas sobre ele e o exército  passou por cima. Sagragnos: o Avanço. Fearn é o amieiro, determinação, o passo corajoso para diante, o avanço audaz sobre quaisquer obstáculos que possam estar à frente. No meio da batalha, do conflito, da disputa, da competição. Este é o escudo da proteção que permite a marcha progressiva seguindo os estandartes da eqüidade, do dever, da responsabilidade em direção à vitória. Deixando o porto e enfrentando o mar desconhecido, este é o navio destemido a singrar o oceano, mesmo sob as mais ferozes tempestades, apesar de qualquer coisa que possa  jazer nas profundezas, não importando qual seja a duração da viagem. O marinheiro ousado no mar da vida regozija-se com o firme amieiro apoiando a embarcação. Outros aspectos deste caractere incluem a possibilidade de que haja perigo. Podem-se considerar circunstâncias que determinem de onde pode surgir o perigo e de que forma este pode ser afastado antes do surgimento de sérias contendas. Coslogenos: proteção, amparo, olho vigilante, necessidade de precaução. Invertida: sacrifícios pessoais em benefício de outros, pontes, ligações entre mundos ou grupos. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coir Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: fique consciente de que você e os outros são criaturas únicas. Se houver a menor possibilidade, mantenha seus olhos abertos para ver o incomum e reconhecer o que se encontra nos outros Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: você usará algo que  previamente não notou. Habilidades oraculares não são fáceis de reconhecer. A mente às vezes está relutante para lidar com a parte intuitiva Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: você oferece auxílio espiritual e  proteção numa disputa. Deixe sua intuição guiá-lo.

4. Salgueiro (Sail/Willow = S) O Salgueiro relaciona-se à visão noturna, ritmos lunares e os aspectos femininos. Ligado a sabedoria das Deusas da morte, como Morrighan, nos dá força para superar as fraquezas provocadas pelo medo.

S, Sail >-,,,,-

O Salgueiro - A Lua Como se diz: sále (engula o e para não dizer sáli) Tradução: salgueiro  Nome científico: gênero Salix, família Salicaceae, com diversas espécies Irlandês antigo: sail Galês: helygen Significados básicos: a Lua, feminilidade, morte Inglês: willow Classe: camponês Cor: sodath, “uma cor delicada” (como amarelo clar o ou marfim, por exemplo)

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Sail: lúth bech, "sustento de abelhas" Bríatharogam Con Culainn Sail: tosach mela, "princípio da doçura" Bríatharogam Morainn mac Moín Sail: lí ambi, "palidez do morto" Comentários: A ligação do salgueiro ("chorão") com a morte é antiga. Talvez o motivo seja a aparência desconsolada dos ramos abatidos e das folhas finas do salgueiro, ou porque ele cresce em lugares úmidos e sombrios, ou porque suas folhas de um verde pálido sugerem a lividez da morte. Em contraste a essas associações lúgubres, o salgueiro é também o emblema do artesanato. Seus ramos longos e flexíveis fornecem o material para muitos itens úteis e  práticos: cestos, assentos, cercados, cabanas e, até mesmo, botes. O tradicional bote irlandês chamado curragh é feito pelo estiramento de uma pele impermeável sobre uma armação de ramos de salgueiro entrelaçados. Unindo as imagens da morte e do trabalho manual, Sail torna-se um emblema de magia e mistério. É o salgueiro na margem do rio, com suas folhas no ensolarado mundo quotidiano e suas raízes no escuro e úmido mundo inferior. A misteriosa serpente marinha que vive além dos limites do mundo conhecido e o trabalho em que o adepto  parte em uma viagem para o desconhecido. O salgueiro esteve presente em A Batalha das Árvores, pois Taliesin diz: Os Salgueiros e Sorveiras chegaram tarde para o exército. Sagragnos: a Intuição. Sail é o salgueiro, a jovem esbelta, graciosa. É a visão e a imaginação intuitivas, soltas. É o sonho e a compreensão súbita do que ele significa. É a Lua que se movimenta em seus ciclos. É a cheia e a vazante das marés. É a mulher. É a vida. É a roda. É o nascimento de um ciclo psíquico, a abertura das páginas do livro do mistério. É o crescimento da vegetação. É o desenvolvimento dos aspectos meditativo e  psíquico do ser. É a harmonização conjunta. É o progresso no trabalho mágico, solitário ou com outros. É obtenção supra-racional da percepção, qualquer que seja a realidade revelada. Um aspecto deste caractere pode ser a sugestão de que é agora o tempo de dar mais atenção à intuição, incluindo-se os sonhos. Também pode ser o desejo de aprontarse, abrangendo tomar medidas práticas, estar pronto a responder à inspiração,  permitindo-se um período de criatividade artística. Como em todas as fontes de conhecimento, o equilíbrio é o melhor e é possível empregar a análise racional de quaisquer sugestões que sejam transmitidas.

Coslogenos: tristeza, mágoa, liberação da dor, torpor, deixar partir, ir embora. Invertida: afundar-se em miséria, estagnação. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: uma relação confortável com o mundo material está cheia de lições e ciclos de valores mutáveis. A mudança é necessária para o crescimento e os valores não são exceção à regra. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: para ganhar compreensão de um conceito particular, uma firme acumulação de fatos é o fundamento que traz a compreensão. Não se pode aprender tudo em uma só lição. Repetição é a chave. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: este é um período mais de calma que de ir adiante com toda a velocidade. Aprenda a brincar com a natureza cíclica das coisas.

5. Freixo (Nion/Ash = N) O Freixo está ligado aos mundos internos e outros mundos, a relação do microcosmo e do macrocosmo, conexão e sintonia com a criação, a Árvore do Mundo. É também a lança do guerreiro.

N, Nion >-,,,,,-

O Freixo As Chaves para o Futuro Como se diz: nían (não níã) Tradução: forquilha, sótão  Nome científico: Fraxinus excelsior Irlandês antigo: uinnius Galês: onnen Inglês: ash Significados básicos: ligação, a Árvore do Mundo, guerra & paz Classe: chefe Cor: necht, “uma cor clara”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc  Nion: bág ban, "orgulho de mulheres" Bríatharogam Con Culainn  Nion: bág maise, "orgulho da beleza" Bríatharogam Morainn mac Moín  Nion: costud síde, "fundação da paz" Comentários: Os ramos compridos e retos do freixo produzem uma madeira forte e maleável. Era usada pelos antigos irlandeses para o fabrico de remos, cabos de machados, teares e outras ferramentas, mas era especialmente apreciada para a confecção de lanças.  Na poesia irlandesa, a lança e o fuso da tecelã são frequentemente ligados, como os dois lados da mesma moeda: assim como o girar da roda da fortuna traz a guerra e a paz, luta e repouso, lágrimas e risos, cada um em sua estação. O fuso das tecelãs é associado ao  princípio feminino, assim como a lança o é ao masculino. Na lenda irlandesa A Batalha de Magh Tuireadh, o fuso da tecelã é chamado "a lança do lado materno".  No Ogham das artes e habilidades, Nion representa a lei - como a guerra, uma disputa entre lados opostos, com o seu próprio conjunto de armas ofensivas e defensivas. Escolha-o como emblema quando tomar parte de uma luta acirrada com qualquer oponente - no campo de batalha, no tribunal, ou nos lugares secretos do seu coração. Sagragnos: a Ponte. Nion é o freixo, a Ponte do Arco-Íris, o meio pelo qual a mente consciente sobe ao reino dos Deuses. É a chave que abre os tesouros do conhecimento oculto, a chave que dá a ignição do veículo para o que é superior, a chave que abre os  portais para o castelo dos senhores da Terra da Juventude. É a escadaria que nos permite ascender a chegar às maçãs no topo da Árvore da Vida. É como despertamos, conscientes, e nos aproximamos alertas das regiões do Outro Mundo. É a corda do alpinista que nos permite subir cada vez mais alto rumo ao pico. É o corcel alado em que montamos para voar ao brilhante céu. Pode ser o aspecto do ser que nos  proporciona uma compreensão diferente. Outra consideração é aceitarmos a compreensão humilde de nossas limitações finitas sem o sentimento de que um grau superior de capacidade foi alcançado, etc. Todos somos humanos e uma consciência modesta desse fato é um traje muito adequado para vestir. Coslogenos: evolução, mudança, adaptação, seguir o fluxo do Dán (destino). Invertida: lutar contra o destino, remar contra a maré. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia:

Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: suas ações ecoam no Cosmo como as ondulações provocadas pela pedra que foi atirada no lago. Saiba que você e o mundo estão interligados. Fique consciente do efeito de suas ações. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: seus problemas ou dúvidas não são apenas seus, outros têm as mesmas indagações. Examine a questão num contexto mais amplo e peça opiniões. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: empenhe-se para adquirir a consciência de que todas as coisas estão conectadas. Equilibre suas necessidades com as da Terra.

6. Espinheiro-Branco (hÚath/Hawthorn = H) O Espinheiro-Branco simboliza clarividência, pausa e purificação. Dedicado à sátira, essa árvore também é conhecida pelo nome de Pilriteiro, associada à energia feérica e fertilidade.

Aicme hÚatha: H, hÚath >-'-<

O Espinheiro-Branco A Cailleach Como se diz: húa Tradução: horror, medo  Nome científico: Crataegus monogyna Irlandês antigo: úath Galês: draenen wen Inglês: hawthorn (whitethorn) Significados básicos: purificação, tormento, zombaria Classe: camponês Cor: úath, “terrível” (possivelmente, cinza esverdeado como a carne apodrecendo, ou a cor de ferimentos profundos).

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc hÚath: bánad gnúise, “empalidecer de faces” Bríatharogam Con Culainn hÚath: ansam aidche, “mais difícil à noite” Bríatharogam Morainn mac Moín hÚath: condál cúan, “assembleia de matilhas” Comentários: O espinheiro forma um denso cercado de ramos retorcidos, cobertos por espinhos duros e afiados. Atravessar uma moita de espinheiros não seria uma experiência agradável. A lenda diz que um monte ou colina encimada por uma emaranhada moita de espinheiros é um lugar de encontro das Fadas, perturbe-o por sua própria conta e risco! Os perigos de hÚath não são os grandes e terríveis trovões enviados pelos Deuses  –  são os pequenos e enlouquecedores dardos infligidos pelas Fadas. Eles não matam como o corte de uma espada, mas espetam como mil espinhos. Eles o distraem, mordem-no como uma matilha de cães e o mantêm acordado à noite. Eles o levam ao limite, tentam sua paciência e envolvem-no em disputas sem sentidos com seus amigos.  Na antiga sociedade irlandesa, hÚath era associada a um tipo particular de poesia: a sátira, ou verso devotado a zombar de indivíduos ou de características individuais.  Numa sociedade guerreira, em que o orgulho era uma posse preciosa e a honra mais valorizada do que a vida, a sátira era uma arma temível. Você pode escolher hÚath como sua protetora se encontrar-se numa situação ridícula: sem dignidade, envergonhado, ou apenas parecendo um idiota. Ela o lembrará de que o senso de humor pode ser um poderoso recurso defensivo. A sátira ganha sua força do orgulho de sua vítima. Se você sorrir e não der importância, lembrando-se de que tudo vai passar, emergirá ileso de seu encontro com hÚath. Em A Batalha das Árvores, o bardo Taliesin refere-se ao espinheiro: O Espinheiro, cercado de ferrões, Com a dor em sua mão. Sagragnos: o Refúgio. H-Úath é o espinheiro-branco, é repouso, descanso, um abrigo. É a pausa para tomar fôlego depois de um esforço. É respirar enquanto se olha da sacada  para o que está embaixo. Atrás das muralhas do castelo, talvez seja possível perceber o que levou alguém para dentro. Agora é o tempo para reunir forças antes de aventurar-se outra vez no exterior. É o momento para o treinamento e a disciplina, para praticar as artes e habilidades de que precisaremos ao emergirmos novamente para nossa jornada, apesar de todas as forças que possam surgir como obstáculos no caminho. É o tempo de relaxar. Esta é a casa de descanso, o caramanchão ao fim de um dia de dura jornada. É o consolo que conforta. É o alívio dos perigos e dificuldades que foram superados.

Mesmo que você se sinta profundamente ferido, pode sentir-se agradecido por sua vida e pela oportunidade de repousar, recuperar-se e restaurar sua saúde, adquirindo o que será preciso para o restante da viagem pela vida. hÚath é o calor do fogo da lareira ao final de um dia de trabalho, de um dia de luta. Talvez os Deuses estejam conosco pela manhã. Coslogenos: fertilidade, sexualidade feminina, território, refreamento, contenção, inclusão, envolvimento. Invertida: defesa da propriedade ou da pessoa, medo, afugentar outras pessoas. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: você precisa trabalhar sua própria condição física. Para melhorar, deve alimentar-se adequadamente, não fumar e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, além do uso de drogas. Um corpo saudável  pode ser obtido com dieta e exercício. Um corpo saudável significa uma mente saudável. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: afaste de sua mente as vendas auto-impostas da ignorância e dos fatos falsos. Liberte seus pensamentos e limpe sua mente. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: por mais quente que seja o problema, a forja se aquecerá para superá-lo, criando em seu espírito forças novas e inesperadas.

7. Carvalho (Duir/Oak = D) O Carvalho é o Rei das Árvores, ele representa o espírito de todas as outras e os Druidas, no Druidismo. Proteção sólida, concretização e força. Como Mestre, nos ensina a equilibrar força com flexibilidade.

D, Duir >-''-

O Carvalho - O Rei do Carvalho Como se diz: dúr Tradução: carvalho  Nome científico: gênero Quercus, família Fagaceae, com diversas espécies Irlandês antigo: dair Galês: derwen Inglês: oak Significados básicos: perícia, força Classe: chefe Cor: dubh, “preto”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Duir: grés soír, “habilidade manual de um artífice” Bríatharogam Con Culainn Duir: slechtam soíre, “o artesanato melhor lavrado Bríatharogam Morainn mac Moín Duir: ardam dosae, “árvore mais exaltada” Comentários: O poderoso carvalho, com sua elevada altura e madeira dura, é proverbial por sua força e poder. Na tradição céltica, o carvalho é o Rei das árvores.  Na poesia e no folclore, os carvalhos são comparados a homens fortes e homens fortes, a carvalhos. Diz-se que a Távola Redonda do Rei Arthur foi feita com a madeira do carvalho. Um poema no Livro dos Direitos irlandês refere-se a um campeão como “meu forte e corajoso refúgio de bom carvalho”. David Garrick, ato r e autor teatral do séc. XVIII estava usando fontes antigas e proverbiais ao escrever: De coração de carvalho são nossos navios, de coração de carvalho são nossos homens... Lutaremos e conquistaremos muitas vezes. O carvalho é uma das árvores de vida mais longa, levando setenta anos ou mais para ficar maduro o bastante para produzir bolotas. Por essa razão, está associada à força sólida e bem desenvolvida de uma pessoa em seus anos mais vigorosos. Duir é o símbolo do artesanato mais que da arte, da habilidade mais que do gênio. Sua força é o  produto de uma longa prática e do trabalho duro. Pode parecer estranho que essa forte e firme árvore seja fortemente associada à magia. Já se disse muito que a palavra Duir é a fonte da palavra druida. Isso faz sentido quando compreendemos a magia como o domínio sobre o mundo natural, desenvolvida ao longo de um extenso e árduo aprendizado. Duir lembra-nos que qualquer habilidade difícil de obter contém um elemento de magia. Como o Caldeirão da Abundância da lenda, que aparece vazio para o covarde e o mentiroso, Duir concede suas riquezas generosamente àqueles que são dignos de recebê-las. Em A Batalha das Árvores, o bardo Taliesin refere-se ao carvalho: O carvalho, movendo-se rapidamente, Diante dele estremecem céu e terra. Um valente porteiro contra um inimigo Seu nome é considerado. Sagragnos: o Campeão. Duir é o carvalho, o campeão, o Vassalo de um grande senhor. É força, o guerreiro treinado, o membro veterano da legião de um Grande Rei. É alguém que está pronto a liderar os cavaleiros de seu senhor à batalha e capaz de demonstrar as qualidades essenciais de um cavaleiro. É alguém adornado com cortesia e com valores corteses. É generosidade, magnanimidade e hospitalidade. É coragem e liderança e as

habilidades físicas, mentais e espirituais do líder dos guerreiros. É não apenas o aguçado conhecimento da tática e da estratégia, mas também a habilidade de determinar quando é necessário alcançar os objetivos do Grande Rei através de outros meios, incluindo-se a diplomacia. É o discurso cortesão, a conversação diplomática, a audição atenta de quaisquer palavras que possam ser ditas na presença de alguém, uma intenção nobre de resolver qualquer disputa, compreensivamente e pacificamente, se possível, embora nunca abandonando as obrigações essenciais que nos foram confiadas, sempre prontos a lutar, se a isso formos chamados. Coslogenos: autoridade, liderança da frente de batalha, ouvir as necessidades da tribo, sexualidade masculina. Invertida: rigidez, força inflexível, fragilidade, indiferença aos demais. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: uma abordagem sem preconceitos alimentará as habilidades que você quer ter. Passe pela porta, somente aprenderá fazendo. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: você acumulou os frutos da sabedoria, o tempo de espalhar e dividir o que aprendeu chegou. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: você, como professor ou estudante, deve ser duro e resistente apesar da imprevisibilidade da vida, assim como o carvalho é  para o relâmpago. Forte e sábio.

8. Azevinho (Tinne/Holly = T) O Azevinho simboliza vitória, justiça, transformação, discernimento e conquistas; ensinando-nos ensinando-nos a vencer sabiamente com clareza e determinação. Está associado à energia guerreira.

T, Tinne >-'''-

O Azevinho - O Rei Sagrado Como se diz: tchínia Tradução: barra de metal, lingote  Nome científico: Ilex aquifolium aquifolium Raiz: irlandês antigo tind, “luminoso”, tend, “forte” Irlandês antigo: cuillen Galês: celynnen Inglês: holly Significados básicos: vitória, justiça, transformação tr ansformação Classe: camponês Cor: temen, “cinza escuro”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Tinne: smuir gúaile, “fogos de carvão” (ferro), “tutano de carvão” (um lingote derretido) Bríatharogam Con Culainn Tinne: trian n-airm, n-airm, “a terça parte de uma arma” (uma das três partes de uma arma, isto é, uma barra de metal ou lâmina de ferro) Bríatharogam Morainn mac Moín Tinne: trian roith, “a terça parte de uma roda” (o eixo da roda) Palavra adicional: hoje Comentários: Tinne, o azevinho, está estreitamente relacionado na tradição céltica ao número três. Sua cor é o cinza, nem branco, nem preto, mas uma terceira posição, a meio caminho entre os dois extremos. É um entre três: um no meio, a ligação na corrente, a união dos opostos, o lugar da formação. . Sempre verde, o azevinho permanece sem sofrer mudanças no curso das estações. Fica no centro da roda da carruagem, o “ponto imóvel” do mundo que gira, ao re dor do qual tudo o mais orbita. Ele próprio imóvel, é o coração do movimento. F. Scott Fitzgerald certa vez disse que o teste para uma inteligência privilegiada seria a capacidade de manter duas idéias opostas na mente, ao mesmo tempo, e ainda ser capaz de fazê-la funcionar. Talvez Fitzgerald não o soubesse, mas era sobre Tinne que estava falando. Tome-a como insígnia quando precisar manter os opostos em equilíbrio ou percorrer uma escura floresta cinzenta onde toda claridade parece sumir. Com Tinne como sua guia, poderá deixar o mundo do “ou isto, ou aquilo”, onde alternativas opostas se excluem, para o reino do “ambos”, em que o meio termo prevalece. Em A Batalha das Árvores, Taliesin refere-se ao azevinho: Azevinho, ele estava matizado de verde, ele era o heroi. Sagragnos: o Equilíbrio. Tinne é o azevinho, é equilíbrio, justiça, o Caminho do Meio, harmonia, arbitragem, retribuição, ação e reação, a luta justa, coragem, a homenagem. É o que equilibra os pratos da balança. É o Meio-Termo, o trilhar do caminho entre os extremos, mas, especialmente, é o que corrige os desequilíbrios, o que resolve os  problemas satisfatoriamente. satisfatoriamente. É a avaliação avaliação clara e perspicaz perspicaz de todos todos os fatores em um  problema, legal, legal, financeiro ou científico. científico. Em todo aspecto aspecto da vida, o cálculo cálculo refletido,  bem resolvido. Um aspecto disso é realçar uma possível exigência exigência para estar consciente consciente de que as decisões estão chegando ao plano de frente da vida e chegou o momento de  ponderar os problemas problemas e fazer escolhas escolhas informadas. Coslogenos: conflito, defesa, batalha, coragem, agressão, vitória sobre inimigos. Invertida: derramamento de sangue, fúria, explosão.

Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: desejos serão conquistados com unidade e esforço coordenado. Assegure-se de que a causa seja justa. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: assim como guerreiros treinam e tornam a treinar até que se torne instintivo o que fazem com as lanças, você também deve treinar e aprender diariamente. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: cultive uma intuição instintiva e dinâmica para responder a situações que se movem com rapidez e aceite a realidade do aqui e agora. Certifique-se de possuir a habilidade de entrar e sair de uma grande variedade de estilos de comportamento para ser capaz de responder ao meio-ambiente.

9. Aveleira (Coll/Hazel = C) A Aveleira representa intuição, inspiração, suavidade, sabedoria direto da fonte (origem) e ligação ancestral. É o símbolo do salmão e da essência profunda que revela toda a verdade.

C, Coll >-''''-<

A Aveleira O Três vezes Três Como se diz: câll (não câu ou cáu) Tradução: aveleira  Nome científico: Corylus avellana Irlandês antigo: coll Galês: collen Inglês: hazel Significados básicos: inspiração, intuição, suavidade Classe: chefe Cor: cron, “castanho”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Coll: carae blóesc, “amiga das cascas de noz” Bríatharogam Con Culainn Coll: milsem fedo, “mais doce árvore” Bríatharogam Morainn mac Moín Coll: cáiniu fedaib, “mais bela árvore” Comentários:  Nos tempos antigos, um bastão de aveleira era a insígnia de um arauto. Nos contos de Cúchulainn, um arauto é descrito como usando um broche castanho num esplêndido manto marrom e carregando um bastão polido de aveleira. Ramos de aveleira eram usados por rabdomantes para a localização de água ou tesouros enterrados. Como o arauto, Coll explica, revela e torna conhecido. Ao mesmo tempo, Coll é humilde, simples e despretensiosa. O arauto aponta para algo maior do que ele mesmo; Coll surge vestida não em cores brilhantes, mas em modesto castanho. A madeira da aveleira era usada para objetos de uso quotidiano, como cestos, estacas para plantas e grades de secagem. Coll lembra a imagem da coleta de nozes em  bosques outonais, de partir e comer as nozes doces ao redor do fogo em longos entardeceres de inverno, os sons suaves da harpa e as palavras familiares de um conto  bem conhecido. Sem dúvida, algumas tradições ligam Coll a Brighid, guardiã da lareira. Recorra a Coll para guiá-lo rumo às doçuras da vida: doces nozes, água doce, música suave, os prazeres do conhecimento e o conforto do seu próprio lar. Sagragnos: a Inspiração. Coll é a aveleira, é inspiração, é a cintilação da idéia que salta  para dentro da mente, é a fonte de que fluem a poesia e todas as artes. É a voz das Musas ressoando na mente, a qual irá traduzir-se em matéria, forma física, substância sólida, em música, canção, drama, arte, estruturas, edifícios, instrumentos científicos, deduções filosóficas, ritos e rituais religiosas, crenças e religiões, qualquer coisa surgida da inspirada mão da humanidade. É a meditação, embora não primordialmente as  premeditadas técnicas para silenciar as muitas vozes da mente, ou para aprender a concentrar-se num item em particular, simples ou complexo, como fruto da meditação, não importando quais métodos e técnicas sejam empregadas como sementes desse fruto. Coll é o aspecto da divinação que é a aurora da percepção sobre a realidade, para que  possamos trilhar nossos próprios caminhos produtivamente, saltando, correndo, andando à toa, dançando com criatividade, buscando com qualidade uma realidade inspirada. Como toda fonte de conhecimento e percepção, a inspiração pede avaliação equilibrada e consciência consciente. Coslogenos: refexão, contemplação, auto-avaliação, paz, meditação. Invertida: retorno às raízes, olhar para o passado, ir às origens.

Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: sua habilidade em poesia, divinação e meditação permite que você inspire outros a aumentarem suas capacidades nessas artes. O exemplo é o melhor professor. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: permita às reações da sua intuição trazerem idéias à superfície. Torne-se um catalisador para essas idéias. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: siga sua intuição para a fonte, você será  premiado com sabedoria e sua alma ressoará com poesia.

10. Macieira (Quert/Apple = Q) A Macieira é uma árvore muito cultuada nos tempos antigos, está ligada ao Outro Mundo, o Ramo de Prata, Manannán e Avalon, a Ilha das Maçãs. Representa a inspiração, o amor, a paixão e arrebatamento.

Q, Quert (Cert, Ceirt) >-'''''-<

A Macieira - A Árvore da Eternidade Como se diz: qüért (quert), kyert (ceirt), kert (cert) Tradução: trapo, farrapo (ceirt), arbusto (cert)  Nome científico: gênero Malus, família Rosaceae, com diversas espécies Irlandês antigo: uball, “maçã” Galês: afal, “macieira”, perth, “arbusto” Inglês: apple Significados básicos: escolha, inspiração Classe: arbusto Cor: quiar, “cor de rato” (marrom acinzentado claro)

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Quert: bríg anduini, “substância da pessoa sem valor” Bríatharogam Con Culainn Quert: dígu fethail, “andrajos” Bríatharogam Morainn mac Moín Quert: cliathar baiscill, “abrigo de um lunático” Comentários: A macieira silvestre original era uma árvore pequena com uma casca de tonalidade castanha clara. Sua fruta, amarga se comparada à maçã híbrida cultivada, era usada, sobretudo para o fabrico de cidra alcoólica –  uma possível fonte para a associação com a demência. É necessário compreender que a loucura de Quert não é uma desventurada incapacidade, mas a “divina loucura” que muitas vezes revela aos místicos ou profetas divinamente inspirados certas verdades geralmente ocultas a nossa visão. A macieira é a Árvore do Conhecimento que cresce na Ilha dos Abençoados. É a árvore da loucura, mas também da sanidade, o momento em que um lunático recobra seu juízo. Ramos de macieira, às vezes adornados com pequenos sinos, eram usados como encantamentos  para induzir estados alterados de consciência em que o vidente poderia viajar ao outro Mundo e retornar em segurança. Para aquele que viaja entre os mundos, quem poderia dizer o quê é loucura e o quê é sanidade? Quert também está associada ao amor sexual  –  talvez uma outra forma de loucura divina. Não é raro que a macieira sustente o visco, simbolizando assim o entrelaçamento dos princípios feminino e masculino. Escolha Quert se estiver procurando êxtase, inspiração, os tormentos e delícias do amor ou uma busca –  o arrebatamento da paixão em todas as suas formas. Em O Caldeirão da Poesia, texto atribuído ao druida Amhairghin Glúingeal, lê-se o seguinte: Existem então duas divisões da alegria que viram o Caldeirão da Sabedoria (para cima,  pois se diz que sua posição inicial é com a boca para baixo), isto é, a alegria divina e a alegria humana.  Na alegria humana, existem quatro divisões entre os sábios. Intimidade sexual; a alegria da saúde e da prosperidade depois dos anos difíceis do estudo do ofício bárdico; a alegria da sabedoria depois da criação harmoniosa dos poemas e a alegria do adequado frenesi poético da trituração das claras nozes das nove aveleiras na Fonte de Segais no reino dos Sídhe.

Sagragnos: a Beleza - Quert é a macieira, juventude e beleza, é amor, é vida eterna, é o encanto do mundo das Fadas, é o som delicioso da harpa tocada em Tara, é o feito nobre que os bardos cantarão para você, é a virtude não maculada, é o pulo do coração com o sorriso da amada e o brilho dos olhos de quem você ama fazendo tudo o mais fugir da mente, é o verde esplêndido da Ilha dos Abençoados, é felicidade que ocupa todo o espaço, é o coração andando com passos largos em botas de sete léguas, é a floresta verdejante sorrindo sob os tépidos raios do Sol depois da benção da chuva que dá a vida. Embora seja um momento de grande alegria, é preciso lembrar que o ciclo de vida continuará e a roda poderá girar. É preciso estar mentalmente (e de outras formas)  preparado para viver com dignidade em outras fases da vida. Coslogenos: amor, romance, ternura. Invertida: um chamado ou anseio, uma convocação, uma tendência, um convite. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: a escolha, ainda que não seja fácil, é necessária. Pare de protelar, você vai terminar sem nada ou ficando com um resultado insatisfatório de cada escolha. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: muitos caminhos para o aprendizado estão abertos para você, escolha um. Melhor ser o mestre em um do que um especialista em nenhum. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: em sua jornada, escolha um dos Oito Caminhos para completar. Os outros virão depois.

11. Videira (Muin/Vine = M) A Videira ou Trepadeira é uma Fid de profecia, desejo e força. A intuição como guia, a alegria como inspiração. O seu ensinamento é profundo.

Aicme Muine: M, Muin >-/-<

A Videira - O Primeiro Encontro Como se diz: mun Tradução: pescoço, a região superior das costas, ardil, astúcia, amor, estima  Nome científico: planta do gênero Vitis (como a videira, Vitis vinifera) e, por extensão, qualquer planta semelhante, trepadeira ou rastejante Irlandês antigo: finemhain Galês: gwinwyden Inglês: vine (refere-se à videira e a várias outras plantas semelhantes) Significados básicos: profecia Classe: chefe Cor: mbracht, “variegado” (multicolorido) Observação: a videira não é nativa da Irlanda.

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Muin: árusc n-airlig, “próverbio de matança” Bríatharogam Con Culainn Muin: conar gotha, “caminho da voz” Bríatharogam Morainn mac Moín Muin: tressam fedmae, “mais forte no esforço” Comentários:  Na tradição céltica, as trepadeiras são honradas como as mais fortes das plantas, pois  podem enlaçar outras plantas e submetê-las a sua vontade. A videira e a amoreira são muito semelhantes e ambas são utilizadas para fazer vinho e cozinhar. Para aqueles porventura familiarizados com a expressão (encontradiça em língua inglesa) clinging vine, “trepadeira pegajosa”, significando brandura e dependência femininas, uma trepadeira pode ser uma escolha estranha como planta que simboliza a força viril. Para os antigos celtas, no entanto, sua capacidade para capturar e possuir assemelhava-se à própria essência da masculinidade. No par macieira-azevinho, simbolizando a união sexual, a fecunda macieira de raízes firmes representa o princípio feminino, enquanto a envolvente trepadeira do azevinho representa o masculino. Escolha Muin quando necessitar de força, especialmente quando quiser conquistar, sobrepujar ou submeter alguma coisa. Como um boi, um exército ou a ameaçadora imagem de uma matilha de lobos armados com lanças, Muin é uma poderosa força para o bem ou para o mal. Se a escolher, use-a sabiamente. Sagragnos: a Tecedura. Muin é a videira, é a tecelagem, a paciente transformação daquilo que o passado nos deu numa vestimenta adequada para o presente e para o futuro. As idéias que pensamos, os sentimentos de nossos corações mesclam-se em  padrões que enfeitam brilhantemente nosso ser. Crescendo do chão daquilo que no  passado conhecemos, regados por todas as lágrimas que derramamos e aquecidos por todas as alegrias dos dias passados e pelos sorrisos de nossas conquistas anteriores, cresce a vinha do nosso ser. Nossa atenção cuidadosa ajudará seu crescimento vigoroso e firme e o amadurecimento dos cachos que nela brotarem, a colheita de nossas realizações, um rico presente a todos os que recebermos como convidados para saborearem a delícia da hospitalidade de nosso espírito. Coslogenos: embriaguez, in uino ueritas (“no vinho a verdade”), um segredo escapa. Invertida: caos, escuridão, discórdia, confusão. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia:

Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: relaxe. Se, num nível profundo, você sentir que deve agir de determinada maneira, a fim de lidar com um assunto, deixe que a intuição o guie. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: permita que seus sentidos se abram para acelerar o desenvolvimento interior. Aprenda a confiar neles quando estão atuando com força, ao invés de usar constantemente a razão. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: abra os aspectos superiores de sua consciência para que possam colher e reunir todos os sinais e presságios que você for capaz de compreender.

12. Hera (Gort/Ivy = G) A Hera é conhecida como a espiral do "self" ou a busca de si mesmo. Portanto, sugere uma viagem interior e a conexão interna que possibilita o autoconhecimento e a intensidade.

G. Gort >-//-<

A Hera - A Segunda Colheita Como se diz: górt Tradução: campo, jardim  Nome científico: Hedera helix Irlandês antigo: edind Galês: eiddew, “hera”, garth, “jardim” Inglês: ivy Significados básicos: trajeto, labirinto Classe: chefe Cor: gorm, “azul”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Gort: inded erc, “bom lugar para vacas” Bríatharogam Con Culainn Gort: sásad ile, “sustento de multidões” Bríatharogam Morainn mac Moín Gort: milsiu féraib, “mais doce erva” Palavras ogâmicas adicionais: Glaisem gelta, “a pastagem mais verde”, med n -ercc, “duplicata do céu” Comentários: A palavra gort significa “campo verde, jardim, uma plantação de cereais ereta”, bem como “hera” ou “madressilva”. Por isso, é associada a imagens de fecundidade e abundância: um viçoso jardim verdejante, uma abundante colheita de grãos. Imaginamos uma quente tarde de verão, as lavouras amadurecendo sob a luz do Sol, enquanto borboletas sugam o néctar e o aroma da madressilva preenche o ar. Escolha Gort como seu emblema quando desejar ligar-se aos poderes naturais de crescimento e reprodução, quer esteja cultivando um jardim, uma fazenda, uma família, ou seu próprio espírito. Mesmo que você trabalhe com o poder criador e procriativo de Gort, deve ficar consciente do lado mais escuro desse crescimento exuberante. Quando descontrolada, a fertilidade de Gort pode criar uma selva impenetrável ao invés de um luxuriante jardim, assim como a hera pode asfixiar e matar as árvores onde cresce e até mesmo abalar  prédios de tijolo e pedra. Gort deve ser um lembrete de que tudo que você traz ao mundo é sua responsabilidade. Cultive com atenção e cuidadosamente. Sagragnos: o Tambor. Gort é a hera, o tambor. Ouça atentamente seu chamado. Reflita, se houver tempo, sobre o caminho à frente. Assegure-se de que a ponte sob seus pés leva em segurança à outra margem. Esteja certo de que os demais o compreendem e de que você entende corretamente o alcance dos sentimentos deles a seu respeito e de como estes podem flutuar e mudar dependendo das circunstâncias. Batendo está o tambor,  batendo talvez estejam os cascos dos cavalos que correm atrás de você. Esteja pronto  para correr na frente, se necessário, para alcançar a fortaleza, abandonando obstáculos  passados, ou, por outro lado, para voltar-se para trás, rapidamente sacando a espada da  bainha, para enfrentar o atacante, ou, sem dúvida, até mesmo para erguer a mão em sinal de paz e dialogar abertamente para vencer a hostilidade. Soa o tambor do aviso. O guerreiro treinado e alerta, o viajante atento, responderão apropriadamente de acordo com a situação. Coslogenos: perda de inibições, derrubar artifícios ou falsidades, turbulência, abandono. Invertida: dependência, adesão, contar com outras pessoas.

Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: este não é o momento de ficar sozinho. Ligue-se a outras pessoas, apresente-se. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: reconheça que o inconsciente coletivo tem uma influência sobre você e assimile-a. Interiorize-se para aprender mais sobre o Eu. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: ingresse na mente grupal com alegria, auxilie os demais em sua jornada espiritual, assim como também eles o auxiliam. Estamos todos entrelaçados como os ramos da hera, o sucesso deles é o seu e viceversa.

13. Junco (nGétal/Reed = nG) O Junco aconselha uma ação imediata e ir direto ao ponto em relação ao assunto consultado. Assemelha-se à força do Bambu. Simboliza: ordem, limpeza e harmonia.

nG, nGétal >-///-<

O Junco - A Árvore dos Escribas Como se diz: niétal (nGétal), kétal (cétal) Tradução: matança, corte, lesão (nGétal), canto, encantamento cantado ou falado (cétal)  Nome científico: Cytisus striatus (Giesta) ou Juncus effusus (Junco) Irlandês antigo: gilcach Galês: eithin, “junco”, gwanu, “perfurar, apunhalar” Inglês: reed Classe: arbusto Significados básicos: propósito, direção, cura

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc nGétal: étiud midach, “roupagem de médicos” Bríatharogam Con Culainn nGétal: tosach n-échto, “início da matança” Bríatharogam Morainn mac Moín nGétal: lúth lego, “sustento de um médico” Comentários: nGédal está associada a duas plantas, a giesta (ou vassoureira, broom em inglês) e o  junco (ou caniço, reed em inglês), que são conhecidas por suas hastes compridas e flexíveis. Ambas são usadas para tarefas domésticas e humildes: os juncos podem ser entrelaçados em cercados, cestos e móveis, enquanto a vassoureira, como esclarece o  próprio nome, é usada para varrer. O bríatharogam associa nGédal fortemente ao tratamento de doenças. É sobretudo o símbolo do triunfo da ordem sobre a confusão. nGédal é a vassoura que varre para longe a sujeira e a desordem, os cestos e potes que garantem que tudo tenha um lugar, o cercado que marca os limites com clareza, o remédio que restaura o funcionamento apropriado do corpo. A meticulosidade pode ser vista como uma virtude pouco romântica, mas o  bríatharogam de Cúchulainn insiste que nGédal é o começo dos feitos heróicos (a matança ou batalha). Quando refletimos sobre o poder da desordem e do caos no mundo, vemos que afastar ou conter essas forças pode ser considerado uma ação heróica. nGédal fala de reparação aos danos, recuperação da saúde, colocar em ordem a casa, os negócios, toda a vida. Escolha-a como seu escudo quando estiver empenhado em qualquer trabalho de cura, restauração ou recuperação. Sagragnos: a Cura. nGédal é a giesta, saúde e cura. É banhar-se nas águas da vida, lavar o pó e a sujeira, limpar as feridas. É purificar o templo, pôr em ordem o quarto, arrumar a casa, física, mental, emocional e espiritualmente. É deixar-se afundar na relaxante água quente e esfregar-se vigorosamente. É a contemplação calma, a diligente tentativa de aprender coisas novas, o decidido esforço para compreendermos verdadeiramente tudo que foi aprendido. Colocar em ordem, arrumar, significam que podemos descobrir uma nova organização de nossas refeições, de nossos exercícios, de nossos períodos e  padrões de trabalho e descanso, da mobília em nossas casas e dos conteúdos que  preenchem nossas mentes e corações, com algum material mais velho e, talvez, menos saudável sendo descartado. Um aspecto deste caractere é a presteza para avaliar quais de nossas posses anteriormente valiosas (incluindo-se idéias e crenças) permanecem  benéficas e sãs no presente e para o futuro.

Coslogenos: investigação, viagem, férias, aventuras, cura (desbloqueio de energias estagnadas). Invertida: acumulação de forças ou recursos, movimentação de bens ou  pessoas. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: você é capaz de encontrar ordem onde os outros encontram e criam apenas o caos. Ponha a trabalhar essa valiosa habilidade. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: seus resultados são tão seguros quanto as intenções com que você começou. Mantenha em vista seu objetivo.  Não seja distraído. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: sua jornada começou, encontros inesperados e transtornos devem ser aguardados. As habilidades com que você sobrepuja esses problemas são tão valiosas quanto a própria viagem.

14. Espinheiro-Negro (Straiph/Blackthorn = Z) O Espinheiro Negro representa mudança de percepção, provações e proteção. Simboliza a força e o poder que está em você. Aceite o inevitável e prossiga!

Z (St, Ts, Ss), Straiph >-////-<

O Espinheiro-Negro - A Árvore da Punição Como se diz: stráf Tradução: enxofre  Nome científico: Prunus spinosa Irlandês antigo: draighin Galês: draenen ddu Inglês: blackthorn Significados básicos: luta, negação, sacrifício Classe: chefe Cor: sorcha, “uma cor brilhante”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Straiph: mórad rún, “aumento de segredos” Bríatharogam Con Culainn Straiph: saigid nél, “busca de nuvens” Bríatharogam Morainn mac Moín Straiph: tressam rúamnai, “vermelhão mais forte” Comentários: O espinheiro-negro é um grande arbusto que cresce em densas moitas eriçadas de afiados espinhos. Os retorcidos ramos não são uma madeira muito apropriada como combustível ou para a marcenaria, embora possam ser usados como inconfundíveis cajados ou clavas (é a madeira tradicional para o shilelagh irlandês). As bagas purpúreas  podem ser usadas no fabrico de uma forte tinta vermelha. Algumas das imagens associadas a Straiph nos bríatharogaim claramente se referem às  propriedades físicas da própria planta: sua habilidade para formar uma densa cerca e o forte corante obtido de suas bagas. Essas mesmas imagens apontam para um significado simbólico ligado à morte, especialmente à morte em batalha. A tinta vermelha, é claro, representa o sangue e o metal manchado de vermelho é a espada ou lança tingida de sangue. Há um bom elemento de sacrifício nas imagens sugeridas por Straiph. Não se trata de morte por infortúnio, ou numa briga particular, mas de uma morte sacrificial pelo bem do clã. Numa cultura guerreira, não haveria maior honra que um fim como esse. Você poderia escolher Straiph como seu emblema se estiver procurando coragem para assumir riscos e fazer sacrifícios em favor de uma pessoa, grupo, crença ou causa que considere importante. O risco que você assumir não tem de envolver o perigo de literal morte física. Você pode invocar Straiph sempre que quiser dar algo sem reservas, nada esperando em troca, sem se importar com as conseqüências. Sagragnos: o Destino. Straiph é o espinheiro-negro, o destino que somos incapazes de evitar, que não temos o poder de impedir. O que permanece sob nosso controle é a compreensão da natureza inflexível desse destino e nossa resposta a ele. Pode ser nosso o conhecimento do bem e do mal, a consciência de quando não é bom insistir num determinado curso de ação, de quando seria melhor deixarmos o barco em segurança no  porto enquanto o ciclone atravessa o mar e de quando a honra e o dever nos chamam  para fazer face a um inimigo invencível. Usualmente, nossa escolha é aceitar a mudança inevitável e continuarmos, de alguma forma, com saúde, com criatividade, com imaginação, a viver, ter sucesso, embelezar a existência dentro do novo ambiente. Entre os aspectos inevitáveis da vida podem estar a doença, o envelhecimento e a morte.

Mesmo aqui, você pode escolher viver tão bem quanto seja possível dentro das circunstâncias em que se encontrar. Muitas pessoas que envelhecem estão realizando muitas coisas que, em sua juventude, podem não ter sido possíveis. O mesmo se dá em outras circunstâncias, tais como a perda de um amor ou de um emprego. Muitas vezes, é  possível conquistar um grande êxito dentro de condições que pareciam, à primeira vista, devastadoras. Coslogenos: dor, amargura, ódio, ressentimento, ciúme, uma ferida que desfigura e envenena a alma. Invertida: ferocidade na defesa de pessoas queridas. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: mudança inesperada, planos alterados ou arruinados. Ainda que desagradável, não há escolha. Os eventos assumem o controle, levando você a um caminho que não poderá evitar. Tome coragem, os  problemas devem ser enfrentados, as decisões são inevitáveis. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: sua visão negativa, agarrada a velhos caminhos e encarando os desafios com raiva e teimosia, irá apenas tornar tudo  pior e machucá-lo mais. Aceite as mudanças e prossiga. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: compreenda que você e sua vida mudaram radicalmente. Entre renascido nesse novo período.

15. Sabugueiro (Ruis/Elder = R) O Sabugueiro representa o final de um ciclo, ele nos ensina a deixar o velho partir para trazer o novo. Suas flores facilitam o contato com as fadas, e as frutas na feitura do vinho que promove a clarividência.

R, Ruis >-/////-<

O Sabugueiro - A Deusa Tripla Como se diz: rúch Tradução: vermelho, vermelhidão  Nome científico: Sambucus nigra Irlandês antigo: trom Galês: ysgawen Inglês: elder Significados básicos: términos, renovação, penitência Classe: arbusto Cor: ruadh, “ruivo, de cabelo vermelho”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Ruis: rúamnae drech, envermelhecer das faces Bríatharogam Con Culainn Ruis: bruth fergae, brilho de raiva Bríatharogam Morainn mac Moín Ruis: tindem rucci, o rubor mais intenso Comentários:  Numa cultura guerreira como a dos antigos celtas, a honra era o mais precioso bem de uma pessoa. Vivendo em uma terra rude, pobre em bens materiais, a reputação pela coragem, lealdade e honestidade poderia ser a única propriedade valiosa. Ser desonrado, envergonhado, era a mais temível catástrofe que poderia recair sobre alguém. Em tal cultura, Ruis, o rubor da vergonha, era um símbolo extremamente poderoso. Há um episódio nos contos de Fionn mac Cumhaill em que este passa a noite diante de uma fogueira de galhos de sabugueiro, atormentado pela visão de fantasmas troçadores. Como Fionn, somos a todo momento assombrados por lembranças que nos fazem corar de vergonha. Como Fionn, devemos enfrentar esses fantasmas se desejarmos libertarnos e recuperar a honra. Isso pode implicar em defrontar-se com raiva e punição severa às mãos de alguém que prejudicamos ou ante o rigoroso julgamento de nosso próprio acusador interior. Você pode escolher Ruis como talismã se estiver lutando com os demônios da vergonha, ou como um aviso para não cometer atos pelos quais tenha de se envergonhar. Mas fique atento! Ruis é o emblema da penitência, não da vergonha. Aceitação, reconciliação, sabedoria e inteireza aguardam-no depois de passar pelos fogos do arrependimento. No Quarto Ramo do Mabinogion, Math, depois de punir Gwydion e seu irmão pela violação de Goewin, diz: - Ó homens - disse o rei -, vós obtivestes paz e tereis igualmente amizade. Sagragnos: Ruis é o sabugueiro, Vida. A neve do inverno derrete e a vida salta do solo. A roda do destino gira e torna a girar. A criança pequena caminha com uma bengala rumo ao nascimento outra vez. A vibração da descoberta, a útil invenção nova, a abençoada contribuição ao bem-estar humano adquirem outros atributos, cessam para fortificar-se e, novamente, chega a revelação. A casa em que vivemos, nossa cidade, este mesmo envelope de carne se desvanece atrás de nós ao avançarmos e a vida continua. O que é eterno é o ciclo da vida, o girar da roda, a queda das folhas do ano que passou para que, com a nova primavera, a floresta vibrante receba a vida vestida de verde e cada colheita esteja fresca e nutritiva. Coslogenos: maturidade por meio da experiência, satisfação, consumação, auxílio discreto. Invertida: passado problemático, morte sem sossego, contendas, vingança antiga.

Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: embora um aspecto de sua vida tenha chegado ao fim, outro ciclo inicia-se agora. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: mudar o velho trará criatividade, introduzirá novas idéias e pensamentos. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: conexões formam-se continuamente enquanto fases de vida e experiências repetem-se sob modos diferentes que conduzem à renovação.

16. Abeto (Ailm/Silver Fir = A) O Abeto ou Pinheiro é uma árvore muito alta e pode ser vista a longa distância. Associado também ao Olmo. Representa clareza, visão e amplitude. É a voz do vento que sussurra por entre os Pinheiros.

Aicme Ailme: A, Ailm >-+-<

Abeto - Árvore da Regeneração Como se diz: ahl-m Tradução: grito  Nome científico: Abies alba Irlandês: ghiúis Galês: ffynidwydd Inglês: silver fir Significados básicos: sabedoria e visão. Classe: arbusto Cor: alad, “malhado” (geralmente de preto e branco)

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Ailm: tosach frecrai, início de uma resposta Bríatharogam Con Culainn Ailm: tosach garmae, o início da chamada Bríatharogam Morainn mac Moín Ailm: ardam íachta, o gemido mais alto Comentários: Caine ailmi ardom-peitet Formosos são os pinheiros que fazem música para mim. Ailm é o pinheiro. Os pinheiros estão entre as árvores mais altas. Do alto de um  pinheiro, a vista é espetacular, estendendo-se de horizonte a horizonte. Ao avistar de uma altura mais elevada, é possível obter uma maior compreensão do caminho que se está viajando. Este Ogham representa a sabedoria, o sentimento de admiração e a inspiração, o vigor da amplitude. Ser capaz de ver o horizonte também pode ter seus inconvenientes, quando se há um vislumbre de um caminho acidentado pela frente ou a consciência de quão pequeno é o ser humano na escala cósmica. Ele pode ser avassalador e solitário. Simboliza o solstício de inverno. Mensagem: euforia, entusiasmo, admiração, respeito, consciência, perspectiva, visão. Invertida: medo, dominado, oprimido, desanimado, paralisia. Coslogenos: inocência, frescor, iniciação, entrada em algo novo, altas aspirações, entusiasmo. Invertida: ingenuidade, credulidade. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: nesta questão você pode ver o que está além e o que está chegando. Você tem a percepção para ver e compreender do  ponto em que se encontra. Use uma visão ampla e preveja o futuro. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: receba do passado e do  presente força e cura dos quais pode extrair percepção e sabedoria para o seu futuro. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: esteja consciente do progresso em sua  jornada espiritual.

17. Tojo (Onn/Furze = O) O Tojo simboliza fertilidade, escolha do caminho e direções. Talvez, por sua suavidade, essa árvore nos transmita paz e tranquilidade, que conspirando ao nosso favor.

O, Onn >-++-<

Tojo - Árvore da Fertilidade Como se diz: uhn Tradução: freixo  Nome científico: Ulex europaeus Irlandês: aiteann Galês: eithin Inglês: gorse/furze Significados básicos: movimento, rapidez e fertilidade. Classe: chefe Cor: odhar, “pardo”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Onn: féthem soíre “o mais suave dos artesanatos” Bríatharogam Con Culainn Onn: lúth fían “equipamento do bando de guerreiros” Bríatharogam Morainn mac Moín Onn: congnaid ech “o auxiliar dos cavalos” Comentários: Eloquência, a sabedoria ou a tolice. O conhecimento da poesia. Onn é o tojo. As suas flores amarelas estão ligadas à energia solar e ao solo fecundo. O amanhecer de um novo dia e a cura. As flores atraem as abelhas, a sua polinização é a união do masculino e feminino, a conexão com a fertilização e a sexualidade. Como todas as plantas espinhosas, também era associado à proteção. Simboliza o equinócio de  primavera. Mensagem: sexualidade, energia masculina e feminina, paixão e atração. Invertida: perigo, complicação e situações embaraçosas. Coslogenos: luxúria, paixão, puberdade, despertar do desejo, manter a esperança mesmo na adversidade. Invertida: repressão, torpor, inércia. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: sua busca terminou. Aquilo que você procura será encontrado. Prossiga rumo ao seu objetivo. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: divida o conhecimento que você reuniu, assim como as abelhas dividem o pólen e o néctar coletados do tojo. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: há uma abundância de bênçãos em sua viagem espiritual, não fique acumulando e estocando. Divida com os outros, você será recompensado.

18. Urze (Úr / Heather = U) A Urze representa a ligação com o nosso eu interior, o amor e a cura, tanto física como espiritual. É a intensidade da terra, a umidade do solo e os seus ciclos de crescimento.

U, Úr >+++<

Urze - O Orvalho Matinal Como se diz: oor Tradução: Terra, solo, argila  Nome científico: Calluna vulgaris Irlandês: fraoch Galês: grug Inglês: heather Significados básicos: morte, cura física e espiritual Classe: camponês Cor: usgdha, “cor de resina”

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Úr: sílad cland "propagação das plantas" Bríatharogam Con Culainn Úr: forbbaid ambí "mortalha de um morto" Bríatharogam Morainn mac Moín Úr: úaraib adbaib "em habitações frias" Comentários: Conhecimento da Filosofia. Reflexão sobre Germinação e Decomposição, os ciclos do solo. Úr é a Urze. O rico néctar da urze é muito apreciado pelas abelhas, dizem que o mel desta planta também era estimado pelos celtas por causa das suas propriedades curativas. Por sua vez, eles consideravam as abelhas como mensageiras dos Antigos, as quais podiam percorrer o caminho da luz do Sol para o mundo dos espíritos, de onde retornavam com sabedoria, beneficiando assim os que saboreassem do seu mel. Considerado o alimento dos Deuses. Simboliza o solstício de verão. Mensagem: frescor, união, consumação e aceitação. Invertida: ilusão, desejo, conflito e manipulação. Coslogenos: união, casamento, fusão de forças, transformação, boa sorte. Invertido: amor opressivo, perda de identidade, falta de limites. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: escute a mensagem do seu corpo. O tempo da cura é agora. Atente aos sinais. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: não se permita ficar mais tenso. Volte-se para dentro a fim de obter cura e alívio. Outras questões podem esperar. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: ligue o interior com o aspecto superior de sua consciência para curar-se e ficar inteiro, construir a base para o que virá depois.

19. Choupo (Eadhadh / Aspen = E) O Choupo é a árvore que representa determinação, prevenção de doenças e força interior. Promove a boa comunicação e quando suas folhas se agitam, facilitam a inspiração.

E, Eadhadh >++++<

Choupo - A Prevenidora da Morte Como se diz: eh-wah Tradução: Álamo  Nome científico: Populus tremula Irlandês: crann creathach Galês: aethnen Inglês: aspen/ white poplar Significados básicos: agitação, orientação e prevenção Classe: arbusto Cor: erc, "vermelho ferrugem"

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Eadhadh: commaín carat, "troca de amigos" Bríatharogam Con Culainn Eadhadh: bráthair bethi (?), "irmão da bétula" (?) Bríatharogam Morainn mac Moín Eadhadh: érgnaid fid, "árvore que discerne" Comentários: Conhecimento da Divinação. Orientação, depressão e julgamento. Eadhadh é o Choupo. A árvore do Choupo tem uma relação muito estreita com o vento. Suas folhas crescem de tal maneira que mesmo uma pequena brisa fará com que tremam, produzindo assim um farfalhar assustador. O som do vento, ao passar por entre as folhas, assemelha-se a um sussurro. O vento é considerado como o mensageiro ou a voz dos Deuses. Conta-se que os bardos e os xamãs celtas faziam adivinhações ao ouvir o ruído das folhas. A madeira da árvore do Choupo foi muitas vezes usada para se fazer escudos, pois diziam que protegia a pessoa da morte e da doença. Este Ogham está ligado à coragem e à defesa em batalhas. Simboliza o equinócio de outono. Mensagem: batalha espiritual, coragem e proteção. Invertida: medo, dúvida e agitação interior. Coslogenos: intuição, consciência, reflexão sobre a própria vida, filosofia, descanso, repouso, sensibilidade, empatia. Invertida: medo, timidez, arrependimento. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: qualquer que seja o desafio do momento enfrente. Você pode resistir e vencer com determinação. Você pode curvar-se e não quebrar. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: fortifique seus pensamentos contra as dúvidas a respeito dos imprevistos que você deve superar. Uma atitude  positiva prevalecerá. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: não ceda a pressões mundanas, o maior auxílio é seu em sua jornada ao renascimento.

20. Teixo (Iodhadh / Yew = I) O Teixo representa o conhecimento, a voz espiritual dos nossos ancestrais, a morte e o renascimento. É considerada a árvore da imortalidade, associada a Samhain. O fim e o começo de um novo ciclo.

I, Iodhadh >+++++<

Teixo - Árvore da Vida e da Morte Como se diz: ee-yoh Tradução: desconhecido, talvez Teixo  Nome científico: Taxus braccata Irlandês: iúir Galês: ywen Inglês: yew Significados básicos: resistência, conhecimento ancestral, tradição e renascimento. Classe: chefe Cor: irfind, "muito branco"

Bríatharogaim: Bríatharogam Maic ind Óc Iodhadh: caínem sen, "o mais justo dos antigos" Bríatharogam Con Culainn Iodhadh: lúth lobair (?), "energia do doente" (?) Bríatharogam Morainn mac Moín Iodhadh: sinem fedo, "árvore mais antiga" Comentários: O domínio da morte e do renascimento. O Conhecimento do Druidismo Iodhadh é o Teixo, aquela que tem vida longa e é associada à imortalidade. Quando o tronco se torna velho e oco representa a porta de entrada para o submundo ou para o Outro Mundo. Árvore forte e de grande durabilidade, era usada para fazer arcos longos, flechas e oghans pela facilidade de ser esculpida, além de ser considerada uma das mais sábias e mágicas da floresta. Os irlandeses chamavam o Teixo de caixão da vinha, pois os barris eram feitos da sua madeira e acreditava-se que suas propriedades aumentavam os dons visionários do vinho. Mensagem: vida longa, sabedoria que vem com a idade, transição, portal para o Outro Mundo. Invertida: morte, dor e estagnação. Coslogenos: morte e términos, os ancestrais, comungar com os mortos, aprender com o  passado, renascimento. Invertida: veneno, cólera, destruição extraordinária. Coirí Filidechta - Os Caldeirões da Poesia: Coire Goiriath (Caldeirão do Aquecimento), físico: algo que foi mantido por muitos anos e deve ser passado adiante. Deixe que se vá. Não serve mais para você. Coire Érmai (Caldeirão do Movimento), emocional/mental: o conhecimento de que nada dura para sempre vai trazer a tranquilidade para você neste momento. Coire Sois (Caldeirão da Sabedoria), espiritual: mudanças estão chegando para você. Você tem uma tendência de experimentar as coisas e agarrar-se. Deixe que passem e experimente apenas a mudança como uma aliada, não como uma inimiga.

Forfeda - O Quinto Aicme Apesar dessas letras adicionais não serem encontradas em nenhuma das inscrições em  pedra, o Auraicept na n-Éces os inclui em algumas das listas do Ogham, mas as ignora em outras. E conforme descreve a reconstrucionista Eryn Rowan Laurie, usar o Forfeda enriquece a nossa experiência oracular. Forfeda (“letras adicionais”, forfid no singular) –  são o grupo de feda que formam o Quinto Aicme do alfabeto ogâmico. Surgiram no período do irlandês antigo (entre 600900 d. C.), séculos depois do ápice do uso do Ogham. Acredita-se que representassem sons ausentes do alfabeto original, talvez, as seguintes letras: é(o), ó(i), ú(i), p e ch. (Bellouesus Isarnos)

Aicme na Forfed: 1. Ebad/Éabhadh, 2. Ór/Oir, 3. Uilenn/Uillean, 4. Pín/Iphín, 5. Emancholl/Eamhamcholl A seguir, o significado do Forfeda realizado por Dartagnan Ávillys d’Avalon em  parceria com o grupo de estudos Fidnemed an Síd : Ogham. Apresentamos um resumo  prático dos significados místicos encontrados a partir deste estudo e o aprofundamento meditativo de cada fid. (Rowena A. Seneween)

Forfeda: o trato mágico a ser desenvolvido 1. Ebad/Éabhadh: Mergulho na profundidade, um caminho novo, mais intenso,  primordial. Bosque sagrado. Renascimento. Flexibilidade. Caminhos. Direcionamento. Começo. Nutrição espiritual. Jornada mágica e/ou espiritual. Reconhecimento. Completude. Profecia. Mensagem Divina. Centro do Mundo. Inspiração. Sabedoria bem aplicada. Força interior. O Álamo Branco é a mudança interior e o despertar da sabedoria. É o domínio e a soberania sobre si mesmo. Indica uma nova jornada e novos caminhos que se abrem de forma segura. É o começo de uma jornada mais profunda. O álamo farfalha trazendo mensagens e sabedorias divinas, trazendo magia e inspiração. Requer busca, discernimento, espiritualização e um olhar para a essência das coisas. Está vinculado a Awen / Imbas e ao festival de Imbolc. O Álamo Branco é a condução ao centro de tudo, de onde novas revelações e caminhos surgem. *Tradução: Salmão.

2. Ór/Oir: Ouro. Fogo. Energia. Força interior. Movimento. Inteligência repentina. Ação. “Insight”. Aplicação apenas do necessário. Prosperidade no equilíbrio. Balanceamento. Inspiração posta em prática. É a árvore que se nutre da água e recebe o fogo do céu (raio). É a prosperidade realizada ao ser buscada. O Evômino é a árvore do movimento. É a roda a girar, a atuação a partir da (do escutar da) sabedoria, a confiança interior. É o moinho. Indica prosperidade, vitória nos  projetos, atuação, movimento. Requer desapego, trabalho, autoconfiança e por-se em movimento. Mas pode indicar o caos na estagnação quando a balança é desrespeitada. A  prosperidade só se atinge na busca e na vitória das provações, em constante equilíbrio (interno e externo). Está vinculado a Beltane e aos Sídhe. O Evômino é o movimento e a tomada de decisões para prosperar.

3. Uilenn/Uillean: Aparência. Colocar a tona. Questionamentos. Inquietude. Invasão. Rapidez. Espontaneidade. Trabalho. Mudança. Olhar para si. Regeneração. Encanto e sedução. Ramificação. São os laços sentimentais: a amizade, família e amor. A Madressilva é o agir no mundo, ramificar-se e prosperar, vencer as perturbações e os desafios. Requer mudanças, agilidade e espontaneidade. Ela coloca os "termos" na mesa e requer que você os enfrente com coerência. Requer alinhamento e autoconhecimento (autodomínio). É preciso seguir em frente e deixar o passado no passado. Indica cura,  purificação, renovação, mudanças, rompimento das ilusões, quebra com o passado. Mas  pode também indicar desespero, destruição, solidão quando não bem observada. Representa o alinhamento dos Três Caldeirões e o Destino. Está ligada ao Festival de Lughnasadh. A Madressilva é a regeneração e a vida nova. É o segredo e o mistério que deve ser vivido e não explicado.

4. Pín/Iphín: Lidar com o passado: aprender a resolvê-lo. Intensificação. Doçura. Leveza. Paz (pacificidade). Resolução. Digestão. Revelação do que está escondido. Ser visionário. Cuidar de si. Melhorar a imunidade. Flexibilidade. Desafio. Proteção. Compreender o passado para entender o presente e prever o futuro. Passado. Antepassados. Sucesso. Conforto espiritual. Liderança. Serenidade. A Groselha é digerir, conhecer e compreender sobre o passado e sobre si mesmo; e assim, agir com serenidade e doçura. Indica resolução, sucesso, aprendizado, conforto espiritual e doçura. Pode também indicar o azedo e estagnação. É a cura que vai de dentro para fora e de fora para dentro. Requer conhecimento sobre o passado, aprendendo com ele; dedicação e serenidade, flexibilidade, resolução, atitude e mudança. Está relacionada com a história, os Ancestrais, o Festim de Tara, a bolsa

mágica de Mananánn e a Lança de Lugh. A Groselha é o desafio da doçura.

5. Emancholl/Eamhamcholl: Vassoura de Bruxa. Aveleira de Bruxa. Sincronia. Resoluções. Confirmação. Reestabelecimento. Esclarecimento. Resposta. Cuidado. Confiança. Fluidez. Calma. Completude. Conexão com o sagrado. Mar. Viagem. Proteção. Coragem. Intensidade. Magia. Deuses. Renascimento / Recomeço. Vida nova. Compreensão. Profundidade. Amadurecimento. Decisões. Revelações. Cura. Esperança. O Hammamélis é o conectar com o sagrado a partir de dentro, nos processos de cura interior (para) e exterior. Nesse processo as verdades são reveladas e a autonomia é reestabelecida. Para acessar os Deuses é preciso que eles habitem internamente. É a viagem que se faz para renovação, transcendência e cura. Ao entrarmos profundamente em nós mesmos, nos tornamos aptos a viajar para fora. Indica sucesso, revelações, intensificação, interiorização e externalização, completude, cura espiritual e física,  proteção, magia e transcendência. Requer compreensão, fluidez, cuidado, abnegação,  profundidade, amadurecimento, coragem, confiança e tomada de decisões. É preciso ser o sagrado e deixá-lo agir estando conectado a ele, em simbiose. Entretanto, pode ser letal quando essa busca é despreparada e errônea. Está vinculado à Árvore do Mundo e aos Deuses. Representa Samhain. O Hammamélis é a transcendência do ser.

Apêndice Ogham

Uma inscrição encontrada em 1975 na Igreja de Ratass , Tralee , Condado de Kerry

Ogam ( / ɒ ɡ əm / ; Irlandês moderno [oːmˠ] ou [oːəmˠ] ; Irlandês antigo : ogam [ɔɣamˠ] ) é um alfabeto medieval adiantado usado para escrever a língua irlandesa adiantada (nas inscrições "ortodoxas" 1º a 6º séculos AD), e depois a antiga língua irlandesa (ogam escolástico , séculos VI a IX). Existem cerca de 400 inscrições ortodoxas sobreviventes em monumentos de pedra em toda a Irlanda e no oeste da Grã-Bretanha; A maior parte dos quais estão no sul de  Munster. O maior número fora da Irlanda está em Pembrokeshire, País de Gales. A grande maioria das inscrições consiste em nomes pessoais. De acordo com o Alto Bríatharogam Medieval, os nomes de várias árvores podem ser atribuídos a letras individuais. A etimologia da palavra ogam ou ogham não está clara. Uma possível origem é o "ponto-costura" irlandês do og-úaim , referindo-se à costura feita pelo ponto de uma arma afiada.

Oringens Foi argumentado que as primeiras inscrições em ogham datam de cerca do século 4 dC, , mas James Carney acreditava que sua origem é bastante dentro do século I aC. Embora o uso de "ogham" clássico em inscrições de pedra parece ter florescido nos séculos 5 e 6 ao redor do Mar da Irlanda , a partir da evidência fonológica é claro que o alfabeto é anterior ao século V. Um período de escrita em madeira ou outro material perecível antes das inscrições monumentais preservadas deve ser assumido, suficiente para a  perda dos fonemas representados por úath ("H") e straif ("Z" na tradição do manuscrito, mas provavelmente " F "de" SW "), gétal (representando o" NG "velar nasal na tradição do manuscrito, mas etimologicamente provavelmente" GW "), todos os quais são claramente parte do sistema, mas não atestados em inscrições. Parece que o alfabeto ogham surgiu de outro script, e alguns até consideram uma mera cifra de seu script de modelo (Düwel 1968: ressalta semelhança com  cifras de runas germânicas). O maior número de estudiosos favorece o alfabeto latino como este modelo, embora o Elder Futhark e até mesmo o alfabeto grego tenham seus apoiantes. [11] A origem rúnica explicaria elegantemente a presença de letras "H" e "Z" não utilizadas em irlandês, bem como a presença de variantes vocálicas e consonânticas "U" versus "W", desconhecidas para a escrita latina e perdidas em grego (digamma). O alfabeto latino é o principal candidato, principalmente porque sua influência no período requerido (4º século) é mais facilmente estabelecida, sendo amplamente utilizada na românia romana vizinha, enquanto as runas no século 4 não eram muito difundidas mesmo na Europa continental .  Na Irlanda e no País de Gales, a linguagem das inscrições monumentais de pedra é denominada irlandês primitivo. A transição para o antigo irlandês, a língua das  primeiras fontes no alfabeto latino, ocorre em cerca do século VI. Uma vez que as inscrições de ogham consistem quase exclusivamente em nomes pessoais e marcas que indicam possivelmente a propriedade da terra, a informação linguística que pode ser vislumbrada do período irlandês primitivo é principalmente restrita aos desenvolvimentos fonológicos.

Teorias de origem

Fol. 170r do Livro de Ballymote (1390), o Auraicept na n-Éces explicando o script ogham Existem duas principais escolas de pensamento entre os estudiosos quanto à motivação  para a criação de ogham. Estudiosos como Carney e MacNeill sugeriram que ogham foi criado pela primeira vez como um alfabeto críptico, projetado pelos irlandeses para não ser entendido por aqueles com conhecimento do alfabeto latino. Nesta escola de  pensamento, afirma-se que o alfabeto foi criado por eruditos ou druidas irlandeses por razões políticas, militares ou religiosas para fornecer meios secretos de comunicação em oposição às autoridades da Grã-Bretanha romana. O romano, que então governou a vizinha Grã-Bretanha do sul, representou uma ameaça muito real de invasão à Irlanda, que pode ter agido como um impulso para a criação do alfabeto. Alternativamente, em séculos posteriores, quando a ameaça de invasão tinha recuado e os irlandeses eles mesmos estavam invadindo as partes ocidentais da Grã-Bretanha, o desejo de manter as comunicações secretas de romanos ou britânicos romanizados ainda teria incentivado. Com ogham bilíngue e inscrições latinas no País de Gales, no entanto, supõe-se que o ogham poderia ser facilmente decodificado por qualquer pessoa no mundo pós-romano. A segunda escola de pensamento principal, apresentada por estudiosos como McManus é que ogham foi inventado pelas primeiras comunidades cristãs no início da Irlanda, por desejo de ter um alfabeto exclusivo para escrever mensagens curtas e inscrições na língua irlandesa. O argumento é que os sons dos irlandeses primitivos foram considerados difíceis de transcrever para o alfabeto latino, então a invenção de um alfabeto separado foi considerada apropriada. Uma possível origem desse tipo, tal como sugerido por McManus (1991: 41), é a comunidade cristã primitiva que já existiu na Irlanda em torno de 400 dC, o mais recente, cuja existência é comprovada pela missão de Palladius pelo Papa Celestine I em AD 431. Uma variação é que o alfabeto foi inventado pela primeira vez, por qualquer motivo, nos assentamentos irlandeses do século IV no oeste do  País de Gales, após o contato e o casamento entre romanos com romanos com conhecimento do alfabeto latino. Na verdade, várias pedras de ogham no País de Gales são bilíngües, contendo  latino

irlandês e britânico, testemunhando os contatos internacionais que levaram à existência de algumas dessas pedras. Uma terceira teoria apresentada pelo notável erudito  RAS Macalister foi influente ao mesmo tempo, mas encontra pouco favor com os estudiosos hoje. Macalister acreditava que ogham foi primeiro inventado na Gália cisalpina em torno de 600 aC pelos druidas gaulenses como um sistema secreto de sinais de mão e foi inspirado por uma forma da corrente do alfabeto grego no norte da Itália na época. De acordo com essa teoria, o alfabeto foi transmitido em forma oral ou apenas em madeira, até que finalmente foi  posto em forma escrita sobre inscrições de pedra na Irlanda cristã primitiva. Mais tarde, os estudiosos estão em grande parte unidos na rejeição desta teoria, no entanto,  principalmente porque um estudo detalhado das letras mostra que elas foram criadas especificamente para os primíopes irlandeses dos primeiros séculos AD. Os supostos links com a forma do alfabeto grego proposto por Macalister também podem ser refutados. A teoria de Macalister dos sinais de mão ou dedo como fonte para ogham é um reflexo do fato de que o signatário consiste em quatro grupos de cinco letras, com uma seqüência de traços de um a cinco. Uma teoria popular entre os estudiosos modernos é que as formas das letras derivam dos vários sistemas de  marcação numérica existentes na época. Esta teoria foi sugerida pela primeira vez pelos estudiosos  Rudolf Thurneysen e Joseph Vendryes , que propuseram que o script ogham foi inspirado por um sistema de contagem pré-existente baseado nos números cinco e vinte, que foi então adaptado a uma forma de alfabeto pelos primeiros ogamistas .

Contos lendários De acordo com o Lebor Gabála Érenn do século XI , o Auraicept na n-Éces do século  XIV e outros folclores irlandeses medievais, ogham foi primeiro inventado logo após a queda da Torre de Babel, juntamente com a língua gaélica, pelo lendário Scythian rei Fenians Farsa. De acordo com o Auraicept, Fenius viajou da Scythia juntamente com Goídel mac Ethéoir, Íar mac Nema e um séquito de 72 estudiosos. Chegaram à planície de Shinar para estudar as línguas confusas na torre de Nimrod (a Torre de Babel). Ao descobrir que já haviam sido dispersos, Fenius enviou seus estudiosos para estudá-los, ficando na torre, coordenando o esforço. Depois de dez anos, as investigações foram completas, e Fenius criou em Bérla tóbaide "a língua selecionada", tirando o melhor de cada uma das línguas confusas, que ele chamou de Goídelc, Goidelic, depois de Goídel Mac Ethéoir. Ele também criou extensões de Goídelc, chamado Bérla Féne, depois de si mesmo, Íarmberla, depois de Íar mac Nema e outros, e  Beithe-luis-nuin (o ogham) como um sistema de escrita perfeito para suas línguas. Os nomes que ele deu às cartas foram os dos seus 25 melhores estudiosos. Alternativamente, o Ogam Tract credita Ogma mac Elathan (Ogmios) com a invenção do roteiro. Ogma era hábil na fala e na  poesia, e criou o sistema para os aprendizes, com exclusão dos rústicos e dos tolos. A  primeira mensagem escrita em ogam foi sete b em um vidoeiro, enviado como um aviso  para Lug mac Elathan , o que significa: "sua esposa será levada sete vezes para o outro mundo, a menos que o bétula proteja-a". Por esta razão, a letra b é chamada a ser nomeada após o vidoeiro, e Em Lebor Ogaim continua a dizer a tradição de que todas as letras foram nomeadas após as árvores, uma reivindicação também referida pelo Auraicept como uma alternativa à nomeação depois de Fenius 'discípulos.

Alfabeto: o Beith-Luis-Nin Em termos estritos, a palavra ogham refere-se apenas à forma de letras ou de roteiro, enquanto as próprias letras são conhecidas coletivamente como o  Beith-luis-nin após os nomes das letras das primeiras letras (da mesma maneira que o derivado "Alfabeto" moderno do grego alfa e beta). O fato de que a ordem das letras é de fato o BLFSN levou o erudito Macalister a propor que a ordem das letras fosse originalmente BLNFS. Isto foi para se encaixar em suas próprias teorias que ligaram o  Beith-luis-nin a uma forma da corrente do alfabeto grego no norte da Itália nos séculos VI e VI aC. No entanto, não há evidências para as teorias de Macalister, e eles já foram descontados por estudiosos posteriores. Na verdade, existem outras explicações para o nome de  Beithluis-nin . Uma explicação é que a palavra nin que literalmente significa "um ramo  bifurcado" também foi usada regularmente para significar uma carta escrita em geral.  Beith-luis-nin poderia, portanto, significar simplesmente "letras Beith-luis". A outra explicação é que Beith-luis-nin é uma contração conveniente das primeiras cinco letras, assim: Beith-LVS-nin. O alfabeto ogham originalmente consistia de vinte caracteres distintos ( feda), dispostos em quatro séries aicmí  (plural de aicme "family", compare aett ). Cada aicme recebeu o nome de seu primeiro personagem ( Aicme Beithe, Aicme hÚatha, Aicme Muine, Aicme  Ailme, "Grupo B", "Grupo H", "Grupo M", "Grupo A"). Cinco cartas adicionais foram  posteriormente introduzidas (principalmente na tradição manuscrita), a chamada  forfeda.

The ogam airenach, closeup da página acima indicada. O Ogam Tract também oferece uma variedade de cerca de 100 variantes ou modos secretos de escrever ogham (92 no Livro de Ballymote), por exemplo, o "shield ogham" (ogam airenach, n. 73). Mesmo o Futhark Menino é apresentado como uma espécie de "Viking ogham" (n. 91, 92). Os quatro primários são, com suas transcrições na tradição manuscrita e seus nomes de acordo com a tradição do manuscrito em Irlandeses velhos normalizados, seguidos  pelos seus valores sonoros primitivos irlandeses e seu nome original presumido em Primitive Irish nos casos em que a etimologia do nome é conhecida:

As vinte letras padrão do alfabeto Ogham e os cinco  forfeda. A caixa à esquerda mostra as consoantes e a caixa à direita mostra as vogais (ambas não  IPA). A letra denominada  IA (Ifín) anteriormente tinha o valor de p. Uma letra adicional (secundária) p é mostrada como 26º caractere ( peith). Esta é a escrita vertical de Ogham; na forma horizontal, o lado direito ficaria para baixo. 







Traçados do lado direito / descendente 1. B beith [b] ( * betwi-s ) 2. L luis [l] ( * lubsti-) 3. F medo [w] ( * wernā ) 4. S saille [s] ( * salik-s ) 5.  N nuin [n] Ciclos esquerdo / ascendente 1. H úath [j] ( * osato- ) 2. D duir  [d] ( * darek-s ) 3. T tinne [t] 4. C coll  [k] ( * koslas ) 5. Q ceirt [kʷ] ( * kʷer [x] tā ) Across / pendicular strokes 1. M muin [m] 2. G gort [ɡ] ( * gorto-s ) 3.  NG gétal [ɡʷ] ( * gʷēdtlo- ) 4. Z straif  [sw] ou [ts] ? 5. R ruis [r] ( * rudsti ) Entalhes (vogais) 1. Um ailm [a] 2. O onn [o] ( * osno- ) 3. U úr  [u] 4. E edad  [e] 5. I idad  [i]

Uma carta para p está visivelmente ausente, uma vez que o  fonema foi perdido no Proto-Celta, e a lacuna não foi preenchida no Q-Celtic, e não era necessário nenhum sinal de empréstimo de latino contendo p em irlandês ( por exemplo, Patrick). Por outro lado, há uma carta para o labiovelar q ( ᚊ  ceirt ), um fonema perdido em Old Irish. O alfabeto base é, portanto, concebido para Proto-Q-Celtic. Das cinco letras  forfeda ou suplementares, apenas o primeiro, ébad  , aparece regularmente nas inscrições, mas  principalmente com o valor K (McManus, § 5.3, 1991). Os outros, com exceção da emancipação, possuem no máximo apenas uma certa inscrição "ortodoxa" (ver abaixo) cada uma. [22] Devido ao seu uso prático limitado, os últimos ogamistas transformaram as letras suplementares em uma série de diptongos, mudando completamente os valores  para pín e emancipar . Isso significava que o alfabeto era mais uma vez sem uma letra  para o som P, forçando a invenção da letra peithboc (soft 'B'), que aparece apenas nos manuscritos.     

EA ébad  OI UI uillenn P, mais tarde IO pín (mais tarde iphín) X ou Ch (como no lago), mais tarde AE emancipar.

Nomes de letras Artigo principal: Bríatharogam Os nomes das letras são interpretados como nomes de árvores ou arbustos na tradição manuscrita, tanto no Auraicept na n-Éces ('The Scholars' Primer ') quanto em Lebor Ogaim (' The Ogam Tract '). Eles foram discutidos pela primeira vez nos tempos modernos por  Ruaidhrí Ó Flaithbheartaigh (1685), que os tomou no valor nominal. O  próprio Auraicept está ciente de que nem todos os nomes são nomes de árvores conhecidos, dizendo: "Agora, todos esses são nomes de madeira, como são encontrados no Ogham Book of Woods, e não são derivados de homens", admitindo que "algumas dessas árvores não são conhecido hoje ”. O Auraicept dá uma breve frase ou kenning  para cada letra, conhecida como Bríatharogam , que tradicionalmente acompanhou cada letra, e um brilho adicional explicando seus significados e identificando a árvore ou  planta ligada a cada letra. Apenas cinco das vinte letras primárias têm nomes de árvores que o Auraicept considera compreensíveis sem mais gloses, nomeadamente beith "birch", medo "alder", saille "willow", duir  "oak" e coll  "hazel". Todos os outros nomes devem ser ignorados ou "traduzidos". De acordo com o principal estudioso moderno de ogham, Damian McManus, a idéia "Tree Alphabet" data do período irlandês antigo (digamos, século X), mas post-datas do período irlandês primitivo ou, pelo menos, o tempo em que as letras eram originalmente nomeadas. Sua origem provavelmente devese a que as próprias letras sejam chamadas de "árvores" de  feda, ou nin "galhos de  bifurcação", devido à sua forma. Uma vez que algumas das letras foram, de fato, com o nome de árvores, a interpretação surgiu de que eles eram chamados de  feda por causa disso. Alguns dos outros nomes das cartas caíram fora de uso como palavras independentes e, portanto, eram livres para serem reivindicadas como nomes de árvores "velhas gaélicas", enquanto outros (como ruis, úath ou gort ) eram reinterpretados mais ou menos vigorosamente como epítetos de árvores pelos glosters medievais. McManus (1991, §3.15) discute possíveis etimologias de todos os nomes das letras e, assim como os cinco mencionados acima, ele acrescenta outro nome definitivo da árvore: onn "ash"

(o Auraicept erroneamente tem furze). McManus (1988,  p.116 ) também acredita que o nome de Idad  é provavelmente uma forma artificial de Iubhar  ou yew, como os kennings apoiam esse significado e admite que  Ailm possa significar "pinheiro", como  parece ser usado para significar que em um poema do século VIII. [24] Assim, de vinte nomes de letras, apenas oito no máximo são os nomes das árvores. Os outros nomes têm uma variedade de significados, que são apresentados na lista abaixo.

Ogham letters  Aicme Beithe

 ᚁ  Beith  ᚂ  Luis  ᚃ  Fearn  ᚄ  Vela  ᚅ  Nion

 Aicme Muine

 ᚋ  Muin  ᚌ  Gort  ᚍ  nGéadal  ᚎ  Straif  ᚏ Ruis

 Aicme hÚatha

 ᚆ  Uath  ᚇ  Dair  ᚈ  Tinne  ᚉ  Coll  ᚊ Ceirt

 Aicme Ailme

 ᚐ  Ailm  ᚑ  Onn  ᚒ  Úr  ᚓ  Eadhadh  ᚔ Iodhadh

 Forfeda

 ᚕ  Éabhadh  ᚖ  Ou  ᚗ  Uilleann  ᚘ  Ifín  ᚚ  Peith  ᚙ  Eamhancholl







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 

























Beith, Old Beithe irlandês significa “ birch -tree", afim de Bedwels do meio Welsh. Latin betula é considerado um empréstimo do cognado gaulês. Luis, o velho irlandês Luis está relacionado com luise "blaze" ou lus "erva". A tradição arbórea tem caerthe e “rowan ". Fearn, Old Irish Fern significa "alder -tree", Primitivo irlandês * wernā, de modo que o valor original da carta era [w] . Sail, Old Irish Sail significa "willow -tree", conhecido pelo Latin Salix . Nion, Old Irish Nin significa "fork" ou "loft". A tradição arbórea tem uinnius “cenoura”. Uath, Old Irish O uath significa uath "horror, medo", a tradição arbórea tem "espinho branco“. A etimologia original do nome e o valor da carta, porém, não estão claros. McManus (1986) sugeriu um valor [y]. Peter Schrijver (ver McManus 1991: 37) sugeriu que, se o "medo" é cognato com o  pavere latino, um vestígio de PIE * p poderia ter sobrevivido em irlandeses primitivos, mas não há evidências independentes para isso. Dair, Old Irish Dair significa “carvalho“ (PIE * doru-). Tinne, Old Irish Tinne da evidência dos kennings significa "barra de metal, lingote“. A tradição arbórea tem cuile e "holly". Coll, Old Irish Coll significava "hazel -tree", cognado com Welsh collen, corretamente esboçado como cainfidh "fair-wood" ("avelã") pela interpretação arbórea. O corol  latino ou corilo é cognato. Ceirt, Old Irish Cert é conhecido com Welsh perth "bush", quercus latino "carvalho" (PIE * perkwos ). Foi confundido com o "trapo" do ceirt  irlandês antigo, refletido nos kennings. O Auraicept brilha aball  "apple". Muin, Old Irish Muin: os kennings conectam este nome a três palavras diferentes, muin "pescoço, parte superior das costas", muin "wile, ruse" e muin "amor, estima". A tradição arbórea tem finemhain “vine“. Gort, Old Irish Gort significa "campo" (cognate to garden). A tradição arbórea tem edind “ivy“. nGéadal  , o antigo Gétal irlandês dos kennings tem um significado de "matar", talvez pertença a gonid  " slays ", de PIE gwen- . O valor da letra em Primitive Irish, então, era um laboratório labiovelar, [ɡʷ] . A tradição arbórea  glacha cilcach, “vassoura“ ou ”samambaia“. Straif , Old Irish Straiph significa "enxofre". O valor da letra Primitiva irlandesa é incerto, pode ter sido uma sibilidade diferente de s, que é tomada por vela, talvez um reflexo de / st / ou / sw //. A tradição arborícola glosa draighin “blackthorn”. Ruis, Old Ruis irlandês significa "vermelho" ou "vermelhidão", lustrado como "ancião". Ailm, Old Ailm irlandês é de significado incerto, possivelmente "pinheiro". O Auraicept tem Crand Giuis. i. ochtach , " fir -tree" ou " pinetree ". Onn, Old Irish Onn significa “ash-tree ", embora o Auraicept brilhe ayer  "furze". Úr, Old Irish Úr, com base nos kennings, significa "terra, argila, solo". O Auraicept brilha "heath fraech". Eadhadh, idade irlandesa antiga de significado desconhecido. O Auraicept  brilha crand fir no crithach "test-tree ou aspen" Iodhadh, Old Irish Idad é de significado incerto, mas provavelmente é uma forma de ibhar "yew", que é o significado que lhe é dado na tradição arbórea.

Da forfeda, quatro são ignoradas pelo Auraicept:  





Eabhadh, Ebhadh  irlandês antigo com crithach "aspen"; Ór, "ouro" (do aurum latino); A tradição arbórea tem feorus no edind , "árvore de fuso ou hera”. Uilleann, Uileand irlandês antigo "cotovelo"; A tradição arbórea tem edleand  "madressilva“. Pín, mais tarde Ifín, Iphalia irlandesa velha com spinan não ispin "groselha ou espinho".

A quinta carta é Emancholl, que significa “gêmeo de avelã”.

Corpus Artigo principal: inscrições de Ogham

Pedra de Ogham da Ilha de Man mostrando o centro do centro. O texto lê BIVAIDONAS MAQI MUCOI CUNAVA [LI], ou em inglês, "De Bivaidonas, filho da tribo Cunava [li]". Inscrições monumentais de ogham são encontradas na Irlanda e no  País de Gales, com alguns espécimes adicionais encontrados no sudoeste da Inglaterra (Devon e Cornwall), na Ilha de Man e na Escócia , incluindo Shetland e um exemplo de Silchester na Inglaterra. Eles eram principalmente empregados como marcadores territoriais e memoriais (pedras graves). A pedra que comemora  Vortiporius, um rei do século 6 de Dyfed (originalmente localizado em Clynderwen ), é a única inscrição em pedra ogam que tem o nome de um indivíduo identificável. O idioma das inscrições é  predominantemente irlandês primitivo, além dos poucos exemplos na Escócia, como a  pedra Lunnasting, que registra fragmentos do que provavelmente é a  língua pictish.

Os exemplos mais antigos são pedras em pé, onde o roteiro foi esculpido na borda (droim ou faobhar  ) da pedra, que formou a linha contra a qual os personagens individuais são cortados. O texto dessas inscrições "Orthodox Ogham" é lido a partir do lado inferior esquerdo de uma pedra, continuando para cima ao longo da borda, através do topo e do lado direito (no caso de inscrições longas). Aproximadamente 380 inscrições são conhecidas no total (um número, aliás, muito próximo ao número de inscrições conhecidas no Futhark Elder contemporâneo), dos quais a maior concentração, de longe, é encontrada na província irlandesa do sudoeste de  Munster. Mais de um terço do total é encontrado no condado de Kerry sozinho, mais densamente no antigo reino do Corcu Duibne. As inscrições posteriores são conhecidas como "escolástica", e são pós-século 6 na data. O termo "escolástico" deriva do fato de que as inscrições acreditam terem sido inspiradas pelas fontes do manuscrito, em vez de serem continuações da tradição do monumento original. Ao contrário do ogham ortodoxo, algumas inscrições  mediæval apresentam todos os cinco Forfeda. As inscrições escolares são escritas em troncos cortados na face da pedra, em vez de ao longo de sua borda. Ogham também foi ocasionalmente usado para anotações em manuscritos até o século XVI. Uma inscrição moderna de ogham é encontrada em uma lápide datando de 1802 em Ahenny,  County Tipperary.  Na Escócia, são conhecidas várias inscrições que utilizam o sistema de escrita de Ogham, mas sua língua ainda é objeto de debate. Foram argumentados por Richard Cox em The Language of Ogham Inscriptions na Escócia (1999) que a linguagem destes são os nórdicos antigos, mas outros ainda não foram convencidos por esta análise e consideram as pedras como sendo  Pictish de origem. No entanto, devido à falta de conhecimento sobre os Picts, as inscrições permanecem indecifráveis, seu idioma  possivelmente não sendo indo-europeu. As inscrições pictish são escolares, e acredita-se que foram inspiradas pela tradição manuscrita trazida para a Escócia pelos  colonos gaélicos. Um exemplo raro de uma pedra cristã de Ogham pode ser visto na  Igreja Colegiada de St. Mary, em Gowran, no condado de Kilkenny.

Usos não monumentais Artigo principal: Scholastic ogham Além de usar para inscrições monumentais, as evidências das primeiras sagas e legendas irlandesas indicam que ogham foi usado para mensagens curtas em madeira ou metal, seja para retransmitir mensagens ou para denotar a propriedade do objeto inscrito. Algumas dessas mensagens parecem ter sido de natureza enigmática e algumas também foram para fins mágicos. Além disso, há evidências de fontes como  In Lebor Ogaim , ou o Ogham Tract  , que ogham pode ter sido usado para manter registros ou listas, como genealogias e números numéricos de transações de propriedade e negócios. Também há evidências de que ogham pode ter sido usado como um sistema de sinais de dedo ou mão.

 Nos séculos posteriores, quando ogam deixou de ser usado como um alfabeto prático, manteve seu lugar na aprendizagem dos estudiosos e poetas gaélicos como base da gramática e das regras da poesia. Na verdade, até os tempos modernos, o alfabeto latino no gaélico continuava sendo ensinado usando nomes de letras emprestados do  Beith Luis-Nin, juntamente com a associação medieval de cada letra com uma árvore diferente.

Unicode Artigo principal: Ogham (bloco Unicode) Ogham foi adicionado ao Padrão Unicode em setembro de 1999 com o lançamento da versão 3.0. A ortografia dos nomes fornecidos é uma padronização datada de 1997, usada no Padrão Unicode e no padrão irlandês 434: 1999. O bloco Unicode para ogham é U + 1680-U + 169F.

Ogham [1] [2] Gráfico de códigos do consórcio Unicode oficial (PDF) 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9 UMA B C D E F

   

 ᚁ   ᚂ   ᚃ   ᚄ   ᚅ   ᚆ   ᚇ   ᚈ   ᚉ 

 ᚊ 

 ᚋ   ᚌ   ᚍ   ᚎ   ᚏ 

U + 169x  ᚐ 

 ᚑ   ᚒ   ᚓ   ᚔ   ᚕ   ᚖ   ᚗ   ᚘ   ᚙ 

 ᚚ 

᚛   ᚜

U + 168x

Notas

1. ^ A partir do Unicode versão 10.0 2. ^ As áreas cinzentas indicam pontos de código não atribuídos

Neopaganismo Modern New Age e Neopagan se aproximam de ogham em grande parte derivam das teorias agora desacreditadas de Robert Graves em seu livro The White Goddess Neste trabalho, Graves tomou sua inspiração das teorias do estudioso de Ogham RAS Macalister (veja acima) e elaborou-os muito mais. Graves propôs que o alfabeto ogham codificasse um conjunto de crenças originárias do Oriente Médio nos tempos da  Idade da Pedra, relativas às cerimônias que cercam o culto da deusa da Lua nas suas várias formas. O argumento de Graves é extremamente complexo, mas, em essência, ele argumenta que os hebreus, os gregos e os celtas foram todos influenciados por um povo originário do mar Egeu, chamado  povo do mar " pelos egípcios, que se espalharam pela Europa no 2º. Milênio aC, levando suas crenças religiosas com eles. Em alguns estágios iniciais, esses ensinamentos foram codificados em forma de alfabeto pelos poetas para transmitir sua adoração à deusa (como a musa e a inspiração de todos os poetas) de forma secreta, compreensível apenas para iniciar. Eventualmente, através dos druidas da Gália, esse conhecimento foi transmitido aos poetas do início da Irlanda e do País de Gales. Graves, portanto, examinou a tradição do Alphabet Tree em torno de ogham e explorou o folclore da árvore de cada um dos nomes das cartas, propondo que a ordem das letras formasse um antigo "calendário sazonal da magia da árvore". [29] Embora suas teorias tenham sido desconsideradas por estudiosos modernos (incluindo o próprio Macalister, com quem Graves corresponde), foram ocupados pelo entusiasmo pelo movimento neopagan. Além disso, Graves seguiu a ordem BLNFS das letras de Ogham apresentadas por Macalister (ver acima), com o resultado de que isso foi assumido pelos escritores New Age e Neopagan como a ordem "correta" das cartas, apesar da rejeição  por estudiosos . O uso principal de ogham pelos druidas modernos, os neo-pagãos é para fins de adivinhação. A adivinhação usando símbolos de ogham é mencionada em Tochmarc  Étaíne, um conto no ciclo mitológico irlandês. Na história, o druida Dalan leva quatro varinhas de teixo e escreve letras de ogham sobre elas. Então ele usa as ferramentas para a adivinhação. O conto não explica mais como as varas são manipuladas ou interpretadas. Outro método requer um pano marcado com  Finn's Window. Uma pessoa seleciona algumas varas aleatoriamente, joga-as sobre o pano, e depois olha para os símbolos e para onde eles caíram. Os significados divinatórios são geralmente baseados na árvore ogham, em vez dos kennings do Bríatharogam. Cada letra está associada a uma árvore ou a outra planta, e os significados dela são derivados. O livro de Robert Graves The White Goddess tem sido uma grande influência na atribuição de significados divinatórios para ogham. Alguns reconstrucionistas de maneiras druidas usam os cantos de Briatharogam como  base para significados divinatórios na adivinhação de Ogham. Os três conjuntos de kennings podem ser separados em grupos do passado-presente-futuro ou da terra-marcéu em tais sistemas, mas outras estruturas de organização também são usadas.

 Em Lebor Ogaim

Fol. 170r do Livro de Ballymote, variantes de ogham, nr. 43 ( sluagogam) para nr. 77 ( sigla). E m Lebor Ogaim ("The Book of Ogams"), também conhecido como Ogam Tract, é

um tratado antigo irlandês sobre o alfabeto ogham. É preservado em RIA MS 23 P 12 308-314 (AD 1390), TCD H.3.18, 26.1-35.28 (AD 1511) e Biblioteca Nacional da Irlanda MS G53 1-22 (século XVII) e fragmentos na British Library Add. 4783. Não tem um título nos manuscritos, mas é mencionado no Auraicept na n-Éces (2813f.) Como amal isber em leapar ogaim, de onde o título comumente usado. O Ogham Tract é independente do Auraicept, e é a nossa principal fonte para o  Bríatharogaim. O Ogam Tract também oferece uma variedade de cerca de 100 "escalas" de variantes ou modos secretos de escrever ogham (92 no  Livro de Ballymote), por exemplo, o "shield ogham" (ogam airenach, n. 73). Mesmo o Futhark Menino é apresentado como "Viking ogham" (n. ° 91, 92). Algumas delas são listas de palavras com base no alfabeto, e algumas parecem envolver um sistema numérico de contagem. No entanto, são simplesmente variações nas formas de escrever o alfabeto. Eles são examinados quanto ao significado deles por Macalister (1937) e por McManus (§7.11, 1991). O treinamento do poeta ou arquivo gaélico envolveu aprender cento e cinquenta variedades de ogham - cinquenta em cada um dos três primeiros anos de estudo, e é claro que a maioria dessas são as variedades dadas em The Ogam Tract (McManus § 7.13, 1991). Macalister os vê como evidência da natureza enigmática de Ogham e, como exemplos sérios de como o alfabeto foi usado para comunicação secreta. De acordo com McManus, no entanto, os benefícios práticos dos alfabetos não são tão claros. A palavra lista, pelo menos, pode ter proporcionado acesso a um extenso vocabulário classificado de forma conveniente, mas estes são apenas um pequeno número do total, e ele considera o resto como nada mais do que o resultado do fascínio

da mente medieval com crípticos alfabetos. No entanto, algumas das variedades indicam um possível uso como registros e contas de propriedades ou negócios, e pode ser que as muitas variedades crípticas tenham sido consideradas dignas de estudo em si mesmas como forma de treinar a mente no uso de palavras e conceitos. Conteúdo    

1 lista de palavras 2 Alfabetos diversos 3 variedades Cryptic 4 Referências

Lista de palavras

Uma série de listas de palavras, onde cada letra tem uma palavra que acompanha, estão incluídas no trato. Macalister considerou que estes eram usados para falar em código, enquanto McManus os via ser simplesmente uma maneira útil de fazer listas para fins de classificação. A seguir, alguns exemplos são:

Enogam / Bird-ogam: besan 'faisão', lachu 'pato', faelinn 'gull', seg  'hawk', naescu 'snipe', hadaig  'night raven' ?, droen 'wren', truith 'starling', querc ' galinha, mintan 'titmouse', géis 'cisne', ngeigh 'ganso', stmólach 'tordo', rócnat  'pequena torre', aidhircleog  'lapwing', odoroscrach 'scrat' ?, uiseog  'lark', ela 'swan' illait  'eaglet' ". Dathogam / Color-ogam: bán 'white', liath 'gray', flann 'red', sodath 'fine-colored', necht  'clear', huath 'terrible', dub 'black', temen 'dark grey', cron 'brown', quiar  'mousecolored', mbracht  'variegado', gorm 'blue', nglas 'green', sorcha 'bright', ruadh 'vermelho', alad  'piebald', odhar  'dun', usgdha ' resinous ' , erc 'vermelho', irfind  'muito  branco'. Ogam tirda / Agricultural ogam: biail  'ax', loman 'rope', fidba 'hedge-bill', srathar  'pack-sela', nasc 'ring', huartan ?, dabach 'barril', tal  'adze', carr  ' waggon ',' fagot  ', machad  ?, gat  ' com ', ngend  ' wedge ', sust  ' flail ', rusc ' basket ', arathar  ' arado ', ord  ' hammer ', usca ' heather-brush ', epit  ' Billhook ', indefinir  ' bigorna '. Ogam Uisceach / Water Ogam : "Rivulet para o grupo B, com um rivulet para B, cinco  para N; Weir para o grupo H, um rio, dois, três, quatro, cinco barris (para B, L, F, S, N ); Rio para o grupo M, um rio, dois, três, quatro, cinco rios (H, D, T, C, Q); Poço para o grupo A, um poço, dois, três, quatro, cinco poços (para A, O, U, E, I). Esta lista parece envolver contagem ou contagem e, portanto, pode ter sido usada de alguma forma como registro de propriedade. Conogam / Dog Ogham : "Watch-dog para o grupo B, um cachorro-relógio, dois, três, quatro, cinco cães-relógio (para B, L, F, S, N); Greyhound para o grupo H, um galgo, dois , três, quatro, cinco galgos (para H, D, T, C, Q); O cão do rebanho para o grupo M, um cachorro do rebanho, dois, três etc. Lapdog para o grupo A, um lapdog, dois, etc. "Esta lista também possui um elemento numérico. Bo-ogam / Cow Ogham: "Vaca Milch para o grupo B, uma vaca leiteira, duas, três, etc. Stripper para o grupo H, um stripper, dois, etc.; Novilha de três anos para o grupo M;

Bezerra de um ano para o grupo A. “Esta lista também parece envolver o sistema de contagem e, portanto, foi usado como registro da propriedade do gado”.  (A "stripper" é uma vaca no final da lactação, dando pouco leite.)

Danogam / Art-ogam: "meios de subsistência", "pilotagem" de luamnacht  , "poesia", "artesanato" de sairsi , notaireacht  'notary work', H-airchetul  'poesia trisílabica ', "feitiçaria" de druidheacht  , tornadura de torneira, cruitireacht  'harping', quislenacht  '  fluting  ', milaideacht  ' soldiering  ', gaibneacht  'smithwork', ngibae 'modelagem',  sreghuindeacht  'deer-stalking', ronnaireacht  'dispensing', airigeacht  'sovereignty', ogmoracht  'harvesting', umaideacht  'brasswork ', emaireacht  ' fowling ', iascaireacht no ibroracht  ' pesca ou trabalho de madeira de teixo '.  Alfabetos variados

O trato também contém uma série de alfabetos que realizam uma variedade de usos. Alguns destes são os seguintes:

Macogam / Boy ogam : esta é uma técnica para adivinhar o sexo do feto. O nome da mulher grávida "é dividido a menos que ela tenha uma criança anteriormente. Se, no entanto ela tiver uma criança antes, é o nome da criança que está dividido lá, e se houver uma carta, é um menino. seja um número par, seria uma filha que nascerá dessa gravidez”. Isso parece significar que um nome com um número ímpar de letras prediz um menino, um número par de uma menina. Cossogam / Foot-ogam : descreve uma maneira de assinar ogham usando os dedos contra a perna. "Os dedos da mão sobre a espinha dorsal para as letras e colocá-las à direita da espinha dorsal para o grupo B. Para a esquerda para o grupo H. Acelere a espinha dorsal para o grupo M. Em frente ao grupo A, a saber, um dedo para a primeira letra do grupo, dois para a segunda carta, até chegar cinco para a quinta carta de qualquer grupo." Sronogam / Nose-ogam : Isto é o mesmo que o foot-ogam, exceto que o nariz é usado em vez da perna. “Os dedos das mãos sobre o nariz viz, similiter para a direita e para a esquerda, em frente, através”. Basogam / palma da mão ogam: manus aliam percutit lignorum. Ou seja, "palma da mão golpeia várias vezes a madeira". Nenhum outro detalhe é dado. Preencha um muine / Head in Bush : isso envolve a escrita de uma carta para se colocar em todo o nome da letra no início de uma palavra, quando possível, por exemplo, para escrever simplesmente CLE para certle ou 'bola de discussão'. Preencha o dedo muine / Cabeça sob o arbusto : Este é o oposto do acima, onde a letra está dentro do nome no final de uma palavra, por exemplo, MAELR para  Maelruis

Variedades crípticas

Os seguintes são alguns dos exemplos mais interessantes das variedades de ogham crípticas (numeração conforme Calder):

No. 1 Escada Aradach Fionn / Fionn  : Nesta variedade, cada letra tem sua própria haste vertical. Esta forma de Ogham inspirou a teoria de que Ogham foi primeiro inventado como um meio de notação musical. De acordo com Sean O'Boyle em seu livro 'Ogam: The Poet's Secret', a escada de Fionn poderia ser usada como uma notação de dedilhado, uma tabulação para guiar a mão do jogador pelo alcance da harpa. O caso de O'Boyle foi examinado do ponto de vista musicológico por Máire Egan (1983). Embora seja certo que Ogham foi projetado pela primeira vez como um sistema de escrita e não para gravar música; ainda é possível que Ogham pudesse ter sido usado  para a notação musical após sua invenção. No entanto, de acordo com Egan, a falta de evidência de como exatamente a arpa irlandesa tradicional foi tocada significa que o caso não pode ser provado de uma forma ou de outra. runogam na fian , o "ogham secreto dos guerreiros"

No. 11 Runogam na fian / Secret ogam of warriors No. 14 Ogam Bricrenn / Ogham of Bricrenn  Isto segue o principal de um ponto para B. dois pontos para L ... três pontos para F ... e assim por diante até 20 pontos para I. Uma breve composição aparece neste sistema bastante laborioso. Macalister não podia fazer nem cabeça nem cauda dele, e declarou que era um antigo fragmento de sabedoria druídica. No entanto, Meroney reexaminou o verso e descobriu que era uma canção sobre um poeta que lamentava sua fraca escolha de bebida acessível!        

Uisge slébi ním sása coibche gon gére n-gnúsa deoc daim duinn techtas blusar  bes lúsar gen go lúsa ‘A água da montanha não me satisfaz Uma benção que me faz puxar um rosto irônico Beba de um veado marrom que sopra Talvez goste, mas eu não‘.

Este alfabeto tem o nome de Briciu, o poeta satírico no tribunal do rei do Ulster, Conchubar Mac Neasa, famoso por sua língua perversa e habilidade em fomentar  problemas.

As consoantes do alfabeto ogham (não- IPA) (não-  IPA)..

As vogais do alfabeto ogham (não- IPA) (não-  IPA).. Nota:  Nota: Esta é a escrita vertical de ogham. Na forma horizontal, o lado direito ficaria para baixo.

No. 17 Ogam adlenfid / Letter Rack Ogham : Esta variedade envolve uma única  pontuação contra contra a linha do tronco tronco na maneira maneira do aicme apropriado, aicme apropriado, com tantos golpes horizontais no final dele quanto necessário para a letra. É muito parecido com o não. 51, exceto que os traços são colocados no final da pontuação. No. 19 Crad Cride Ecis / Angústia do Coração de um Poeta : Esta variedade envolve uma figura retangular colocada contra a haste da maneira apropriada para o aicme, aicme, com tantas pontuações projetadas de seu topo quanto necessário para a letra. É difícil ver o que torna este alfabeto mais uma causa de angústia do que muitos dos outros, mas pelo menos o nome mostra que um senso de humor está em operação. No. 23 Foraicimib 7 Deachaib / Extra Grupos e sílabas : Bacht, lact, fect, sect, nect; huath, drong, tect, caect, quiar ,; maei, gaeth, ngael, strmrect, rect; ai, ong, ur, eng, ing  . Estas são listas suplementares suplementares de sílabas que o Oghamist teve que aprender como parte de seu treinamento gramatical. Vários dos alfabetos são listas desse tipo. No. 32 Ogam Dedanach / Final Ogham : A última letra do nome (da carta) é escrita em vez da letra, ou seja, E para B, S para L, N para F, L para S, N para N e assim por diante. Esta é uma forma do alfabeto destinado a ser usado como um código. Não. Cend ar Nuaill / Head on Proscription : A última carta de cada grupo é escrita  para a primeira letra e a primeira letra de cada cada grupo para a última carta, ou seja, seja, N para B e B para N, e todas as cartas para os seus companheiros em todo o grupo, ou seja, L  para S e S para para L e assim por diante. diante. Muitos dos alfabetos alfabetos são variações variações neste tema tema de troca do valor das letras ao redor.

No. 35 Ogam Buaidir Foranna / Ogham de Uproar of Anger : Para o Grupo B, a  primeira letra do grupo, grupo, ou seja, B, uma uma a cinco vezes vezes por cada uma das letras; Para o Grupo H, a segunda letra do grupo, ou seja, D, uma a cinco vezes por cada uma das letras, e assim por diante. Talvez o nome intrigante deste alfabeto derive da frustração do leitor tentando dar sentido a qualquer coisa escrita nele! No. 40 Brec Mor / Great Dotting : esta variedade envolve uma única pontuação contra aicme, seguido por tantos pontos menos um, o stemline da maneira apropriada para o aicme,  pois há pontuações pontuações necessárias necessárias para a letra, por exemplo, a letra F tem uma pontuação pontuação abaixo o stemline, seguido por dois pontos. No. 51 Ogam Dedad / Ogham of Dedu : Esta variedade envolve uma única pontuação contra o stemline da maneira apropriada para o aicme com aicme com tantas linhas horizontais curtas que ficam para fora do lado direito, pois há pontuações necessárias para a letra. É muito semelhante ao nº 17, exceto que as linhas são colocadas no centro da pontuação. O Dedu (Clanna Dedad) é outro nome para o Érainn, o  Érainn, o  o agrupamento tribal que deu seu nome à Irlanda. No. 63 Ogam Erimon / Ogham de Erimon : Nesta variedade existem ângulos ou formas "V", contra a haste da maneira apropriada para o aicme, aicme, com uma colocada sobre uma outra de uma a cinco, conforme necessário. Este alfabeto tem o nome de Erimon, filho de Mil, líder dos Milesianos. Ele foi o primeiro rei a governar toda a Irlanda após a chegada dos Milesianos, e foi considerado considerado o antepassado do povo gaélico. No. 64 Ogam Snaithi Snimach / Ogham de fio interwoven : Nesta variedade, em vez de traços, há formas 'X', com uma colocada sobre uma outra de um a cinco de forma semelhante ao símbolo da Emancholl  da  Emancholl  forfid   forfid  . . No. 66 Nathair fria Fraech / Snake através de Heather : Neste alfabeto é desenhada uma linha ondulada que tece acima e abaixo das letras como uma cobra.

ogam airenach , airenach , o "escudo ogham"

No. 73 Ogam Airenach / Shield Ogham :

 Rothogam roigni roscadhaig  roscadhaig , a "roda ogham de Roigne Roscadach”. Roscadach ”.

No. 74 Rothogam Roigni Roscadhaig / Roda Ogham de Roigne Roscadach : O nome Roscadach significa 'Retórica Choicest', então novamente há um link com a de Roigne de Roigne Roscadach significa  poesia. Este ogham ogham parece uma uma roda ou escudo escudo de madeira, madeira, com a letra c repetida repetida para se parecer com mandris ou cavilhas. No. 75 Fege Find / Fionn's Window : Esta variedade tem a novidade de organizar as letras de forma atrativa em uma série de círculos. A palavra fege também significa que um farol usado para segurar uma casa. Talvez o alfabeto seja chamado a invocar a imagem de uma casa circular da Idade do Ferro. O alfabeto tem o nome do grande guerreiro gaélico da lenda Fionn lenda  Fionn mac Cumhaill .

 Fege finn "Finn's finn "Finn's Window"

No. 76 Traig Sruth Ferchertne / Strand Córrego de Ferchertne : Desta vez, as letras estão dispostas em uma série de quadrados. Ferchertne era um famoso poeta mítico da antiga Irlanda que simbolizava a excelência da arte do poeta. Ele foi creditado com a escrita de parte do guia do acadêmico sobre poesia. De acordo com Óhgáin, tão bons eram os poderes poéticos de Ferchertne que se dizia que "os lagos e os rios se drenam diante dele quando ele satirises, e eles se levantam quando os elogia". Talvez isso explique o nome 'Strand Stream', que também pode ser lido como 'Ebb Stream de Ferchertne'. No. 83 Traig Sruth Ferchertne / Strand Córrego de Ferchertne : Este alfabeto tem o mesmo nome que o No. 76 acima e é seguido por um versículo dirigido a Nere, o juiz  por excelência excelência dos poetas irlandeses. irlandeses. McManus fornece fornece a seguinte seguinte tradução do irlandês irlandês original que é muito obscuro:        

“Ó esplêndido famoso julgando Nere, Se você trata de Ogham puro, Posso nomear-me diretamente em palavras rápidas Toda variação desconhecida de Ogham, O gham, Do qual você pergunta p ergunta em questões adequadas. Para você é uma luminária multi-qualificada multi -qualificada Dos três vezes mais variados Oghams Definido Definido no momento do estudo primário”. primário” .

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