Ofidios

December 20, 2017 | Author: Rafael Gaioso | Category: Snake, Predators, Nature
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Description

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Prof. Dr. Paulo Henrique Pinheiro

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Ofídios peçonhentos

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Serpentes de interesse médico INTRODUÇÃO   Serpente

(sânscrito: serpatite = rastejar, deslizar; latim: serpensentis = serpente)

  Brasil: mais

comum = cobra (latim: colubra = serpente)

  Víbora

(latim: vipera = víbora, serpente) – inadequado: aplica-se ao gênero Vipera (Europa)

  Ofídio

(grego: ophion = serpente)

+

Serpentes de interesse médico  TAXIONOMIA

Filo Chordata Classe Reptilia Ordem Squamata Subordem Serpentiforme

+

Serpentes de interesse médico CARACTERÍSTICAS GERAIS   Corpo

alongado acompanhado pelos órgãos internos

  Ausência

de membros

  Ausência

de ouvido, pálpebras externas, esterno e bexiga

  Corpo

coberto por escamas

  Coração

tricavitário, respiração pulmonar e pecilotermia

  Tolerância

térmica: 0°C a 47°C (média 25°C)

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Serpentes de interesse médico CARACTERÍSTICAS GERAIS   Mandíbula

formada pro duas metades: movimentação independente

  Até

400 vértebras e costelas flutuantes (sem esterno)

  Mandíbula   Glândulas   Órgão

ligado ao crânio pelos ossos quadrados

de veneno estão na maxila

de Jacobson

+

+

Peçonhentas x Não peçonhentas PEÇONHENTAS

NÃO PEÇONHENTAS

Noturno

Diurno

Cabeça

Cauda

Pupila e fosseta loreal

Escamas

Hábitos

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Principais acidentes ofídicos no Brasil

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Medidas gerais  Colocar

o doente em repouso absoluto

 Transportar  Retirar  Manter

o mais rápido para Hospital onde há soro

anéis e alianças dos dedos

o membro acometido em posição de drenagem postural

+

O que não fazer…  Fazer  Fazer  Dar

torniquete ou garrote acima do local da picada perfurações ou cortes no local da picada

beberragens ao doente (alcoólicas ou não)

 Realizar

teste intradérmico antes de aplicar o soro

+

Acidente botrópico   CAUSA: picada

de jararaca (Bothrops sp) LEVE

MODERADO

SEVERO

Manifestações locais (edema, calor, rubor…)

discretas

evidentes

intensas

Manifestações sistêmicas (hemorragias, choque…)

ausentes

ausentes ou evidentes

evidentes

Tempo de coagulação

normal

alterado

incoagulável

Quantidade de veneno

100mg

200mg

300mg

< 6 horas

= 6 horas

> 6 horas

Tempo decorrido até o socorro

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Acidente botrópico   AÇÃO

DO VENENO

PROTEOLÍTICO •  Edema e dor •  Liberação de bradicinina: hipotensão e choque

COAGULANTE •  Defibrinação (aumento do TC) •  Incoagubilidade sanguínea

HEMORRÁGICO •  Hemorragias •  Veneno possui hemorragina = atua no endotélio

+

Acidente crotálico   CAUSA: picada

de cascavel (Crotalus sp) LEVE

MODERADO

SEVERO

ausente ou tardia

moderada ou evidente

evidente

ausente ou discreta

discreta

presente

Mioglobinúria

ausente

ausente ou pouco evidente

evidente

TC

normal

normal ou alterado

alterado

Quantidade de veneno

100mg

200mg

300mg

Face miastênica Mialgia e diplopia

+

Acidente crotálico   AÇÃO

DO VENENO

NEUROTÓXICA •  Impede a liberação de acetilcolina •  Atua nas terminações pré-sinápticas das junções neuromusculares

COAGULANTE

MIOTÓXICA

•  Defibrinação (aumento do TC) •  Incoagubilidade sanguínea

•  Lise e necrose de fibras musculares •  Mioglobinúria e insuficiência renal

+

Acidente elapídico   CAUSA: picada

de coral (Micrurus sp) LEVE

MODERADO

SEVERO

ausente ou tardia

moderada ou evidente

evidente

ausente ou discreta

discreta

presente

Dificuldade respiratória e de deglutição

não há

moderada

grave

Quantidade de veneno

150mg

200mg

250mg

Face miastênica Mialgia e diplopia

+

Acidente elapídico   AÇÃO

DO VENENO

NEUROTÓXICA •  Impede a liberação de acetilcolina •  Atua nas terminações pré e póssinápticas das junções neuromusculares

+

Acidente laquético   CAUSA: picada

de surucucu (Lachesis sp) LEVE

MODERADO

SEVERO

Manifestações locais (edema, calor, rubor…)

discretas

evidentes

intensas

Manifestações sistêmicas (hemorragias, choque…)

ausentes

ausentes ou evidentes

evidentes

Quantidade de veneno

100mg

200mg

300mg

Excitação vagal: bradicardia, hipotensão e diarréia (diferencial para botrópico)

grave

grave

grave

+

Acidente laquético   AÇÃO

DO VENENO

PROTEOLÍTICO • Edema e dor • Liberação de bradicinina: hipotensão e choque

COAGULANTE • Defibrinação (aumento do TC) • Incoagubilidade sanguínea

HEMORRÁGICO • Hemorragias • Veneno possui hemorragina = atua no endotélio

NEUROTÓXICO • Impede a liberação de acetilcolina • Atua nas fibras pré-sinápticas

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Aranhas peçonhentas

+

Aranha armadeira   Phoneutria  

sp

Tamanho médio: 3 cm

Casulo branco e achatado   Hábitat: Arbustos, árvores, cascas de troncos, locais de pedra etc. (locais escuros)   Na época do acasalamento (maio a julho), costumam penetrar nas residências (local de cerca de 90% dos acidentes)  

+

Aranha armadeira  AÇÃO

DO VENENO

  Proteolítica

e neurotóxica

QUADRO CLÍNICO •  Dor imediata no local da picada •  Choque neurogênico: sialorréia e priapismo

TRATAMENTO •  Anestésico local •  Soroterapia

+

Tarântula   Lycosa  

sp

Tamanho médio: 2 cm

Casulo cinzento e esférico   Hábitat: Campos, gramados, matas, próximo a riachos e piscinas  

+

Tarântula  AÇÃO

DO VENENO

  Proteolítica

local: sem risco de letalidade

QUADRO CLÍNICO •  Dor local, edema e necrose •  Ferida de difícil cura

TRATAMENTO •  Pomadas antiinflamatórias, antihistamínicas e antibióticas

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Aranha marrom   Loxosceles  

sp

Tamanho médio: 1 cm

Casulo semitransparente   Teias construídas em ambientes escuros  

+

Aranha marrom  AÇÃO

DO VENENO

  Proteolítica

e hemolítica: alta letalidade

QUADRO CLÍNICO •  Alterações cutâneas e renais •  Febre, náuseas e diarréia

TRATAMENTO •  Analgésico e soro em até 24h

+

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Viúva negra   Latrodectus  

sp

Tamanho médio: 1 cm

Casulo branco   Teias irregulares  

 

Cosmopolita e sedentária

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Viúva negra  AÇÃO   Ação

DO VENENO

difusa: SNC, nervos e músculos lisos

QUADRO CLÍNICO •  Paralisia visceral, dor generalizada, febre •  Rigidez abdominal e torácica, taquicardia

TRATAMENTO •  Analgésico e soro

+

Escorpiões peçonhentos

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Escorpião amarelo   Tityus

serrulatus

 

Cor amarelada

 

Presença de serrilha nos bordos dorsais dos segmentos anteriores ao ferrão

+

Escorpião amarelo  AÇÃO

DO VENENO

  Proteolítica, enzimática

e estimulante da musculatura lisa

QUADRO CLÍNICO •  Age sobre o SNC e junções neuromusculares •  Febre, calor, rubor e dor

TRATAMENTO •  Analgésico e soro

+

Escorpião negro   Tityus  

bahiensis

Possui cerca de 6cm

Maior responsável por acidentes em zonas rurais   Em geral não são muito agressivos  

+

Escorpião negro  AÇÃO

DO VENENO

  Neurotóxica

QUADRO CLÍNICO •  Age sobre o SNC bulbo •  Parasilia respiratória

TRATAMENTO •  Analgésico e soro

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Insetos peçonhentos

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Anfíbios peçonhentos

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Quilópodes peçonhentos

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Peixes peçonhentos

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