Oficina de gramática 8ºano Entre palavras.pdf

oficinas de gramática Entre Palavras 8 Manuel Vieira / António Vilas-Boas Português

8.º ANO

Colegas, As Oficinas de Gramática são um conjunto de 12 tarefas com as quais se pretende dar resposta a dificuldades apresentadas pelos alunos neste domínio. Como o nome sugere, trata-se de tarefas assentes na resolução de problemas de língua, que se apresentam sob a forma de questões problematizadoras e respondem a dificuldades que os alunos encontram no seu quotidiano escolar. A abordagem que escolhemos permite aos alunos ir construindo o seu conhecimento através de estratégias de pequenos passos, tais como observar dados, contrastá-los com outros novos, retirar conclusões e treinar os conhecimentos adquiridos em novas situações. Cada “Oficina de Gramática” vem precedida de uma ficha técnica onde constam, entre outras informações, os conhecimentos prévios necessários à realização da tarefa, o tema (conteúdo gramatical a trabalhar), a questão problematizadora e o tempo de realização. Com ela pretende-se facilitar a escolha do professor quanto ao momento da aula em que pretende a aplicação de cada uma delas. Nelas poderão também encontrar remissões para páginas do manual em que o respetivo conteúdo gramatical é abordado. As fichas poderão ser reproduzidas ou projetadas a partir do componente multimédia do projeto Entre Palavras 8 . Esperamos que este recurso pedagógico vos seja de utilidade. Votos de um bom trabalho. Os autores.

Esta obra foi escrita de acordo com as novas normas ortográficas.

Índice Oficina 1

3

a: determinante artigo definido, pronome pessoal ou preposição? Oficina 2

5

Propriedades de seleção dos verbos transitivos: quando se deve usar “que”, “em que” e “de que”? Oficina 3 Modificadores: que formas podem ter os modificadores e o que o modificam?

9

Oficina 4 Modificador de grupo verbal e complemento oblíquo: como distingo um modificador de grupo verbal de um complemento oblíquo?

11

Oficina 5 15 Modificador de grupo verbal e modificador de nome: como distingo um modificador de grupo verbal de um modificador de nome? Oficina 6

19

Predicativo do sujeito e complemento direto: que constituinte aparece à direita dos verbos ser ou estar e que função sintática desempenha? Oficina 7

23

Complementos direto, indireto e oblíquo: como distingo o complemento direto e o complemento indireto do complemento oblíquo? Oficina 8

27

Complemento direto e complemento indireto: como distingo o complemento direto do complemento indireto? Oficina 9

31

Orações subordinadas adverbiais: porque chamamos adverbiais a algumas orações subordinadas? Oficina 10

35

Orações subordinadas substantivas completivas: porque chamamos orações completivas a algumas subordinadas? Oficina 11

39

Que: pronome relativo ou conjunção subordinativa completiva? Oficina 12

41

Que: conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa consecutiva?

Soluções

43

a: determinante artigo definido, pronome pessoal ou preposição?

Plano das classes de palavras

Oficina de Gramática

1

1. Ano de escolaridade a que se destina 4. Conhecimentos prévios pressupostos 7.o / 8.o / 9.o Classes de palavras: determinante artigo definido, pronome pessoal, preposição. 2. Tipo de atividade Mobilização de conhecimentos; treino. 5. Questão a que responde A palavra a: como sei se é um determinante 3. Descritores de desempenho artigo definido, um pronome pessoal ou uma Integrar as palavras nas classes a que preposição? pertencem: determinante, pronome, preposição. 6. Duração estimada 45 minutos

• A palavra “a”: como sei se é um determinante artigo definido, um pronome pessoal ou uma preposição? Recorda 1. A palavra a pode pertencer a diferentes classes, como sabes. Completa

o quadro, assinalando uma cruz (x) na coluna correspondente à classe de palavras correta. Observa o modelo. Determinante Pronome Preposição artigo definido pessoal O João viu a Maria.

X

O João falou com a Maria. A menina deu o livro a uma amiga. O automóvel atropelou uma pessoa; eu vi-a caída no chão. Dei um beijo a um tio. Ele ofereceu uma prenda a uma amiga. A menina entrou na sala a correr.

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A menina telefonou a um amigo; eu vi-a. As meninas entraram na sala a correr; eu vi-as.

Observa

A – DETERMINANTE ARTIGO DEFINIDO 2. Na frase «A menina telefonou a um amigo; eu vi-a.» encontras o determinante artigo definido

feminino singular a à esquerda de um nome – «A menina». Verifica o que acontece na frase «As meninas entraram na sala a correr; eu vi-as.» e completa: este determinante artigo encontra-se agora no , isto é, variou em .

3

Oficina de Gramática

1 B – PREPOSIÇÃO 3. Na frase «A menina telefonou a um amigo; eu via-a.» encontras a preposição a depois

de um verbo. Verifica que na frase «As meninas entraram na sala a correr; eu vi-as.» a preposição não em .

C – PRONOME PESSOAL a que substitui o grupo nominal «A menina»; na frase «As meninas entraram na sala a correr;

4. Na frase «A menina telefonou a um amigo; eu via-a.» encontras o

eu vi-as.» podes verificar que este

variou em

.

5. Das frases seguintes, apenas uma é falsa (F). Identifica-a e corrige-a. a) Na frase A menina contou-me a história existem dois determinantes artigos

definidos; ambos podem variar em número: As meninas contaram-me as histórias. b) Na frase A menina contou a história a todos, a palavra destacada a azul é

uma preposição, não pode variar em número; as palavras sublinhadas são determinantes artigos definidos. c) Na frase Ele viu a rapariga; viu-a e amou-a existem dois pronomes pessoais que

se referem ao grupo nominal «a rapariga»; existe também um determinante artigo. Todos podem variar em número. d) Na frase Ela estava a entrar em casa, a palavra destacada pode variar em

número.

e

Conclui e aprend

O determinante artigo definido a varia em número.

4

A preposição a nunca varia em número.

O pronome pessoal a varia sempre em número.

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Correção:

Propriedades de seleção dos verbos transitivos

Plano sintático

Oficina de Gramática

2

4. Conhecimentos prévios pressupostos 1. Ano de escolaridade a que se destina Orações relativas e classes de palavras 7.o / 8.o / 9.o (preposições). 2. Tipo de atividade 5. Questão a que responde Mobilização de conhecimento; construção de Quando se deve usar “que”, “em que” e “de que”? conhecimento; treino. 6. Duração estimada 3. Descritores de desempenho 45 minutos Usar a palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e não verbais com um grau de complexidade adequado às situações de comunicação.

• Quando se deve usar “que”, “em que” e “de que”? Curiosidade

É frequente ouvirmos frases em que os usos de “que”, “em que” e “de que” não são os mais corretos. Saber utilizar corretamente estas formas ajuda-nos a intervir com segurança tanto em situações de discurso oral formal (previamente preparado), como em intervenções orais espontâneas nas mais diversas situações (uma exposição oral numa aula ou uma intervenção espontânea num debate, por exemplo).

Exercício de escuta ativa 1. Vejamos algumas frases que certamente já ouviste:

[um aluno lê-as em voz alta, enquanto os colegas verificam quais as corretas e as incorretas.] a) Os livros que eu mais gosto são de aventuras. b) Aquilo que eu não acredito é que o Pedro tire negativa. c) A casa que eu moro é acolá. d) O jogador que tu me falaste é fantástico.

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e) Eu penso de que este assunto é aborrecido. f) O assaltante que a polícia perseguiu foi capturado em Lisboa. g) O automóvel que a polícia suspeitava despistou-se na autoestrada. 2. Verifica se toda a turma (todo o grupo) obteve as mesmas respostas. Verifica, ainda, quais

as frases em que há mais consenso e as que suscitam mais divisões. Recorda

Para resolvermos as dúvidas sobre a correção de algumas frases, recorda o que já aprendeste sobre as propriedades de seleção dos verbos.

5

Oficina de Gramática

2 Observa

Observa as frases na coluna da esquerda e verifica, na coluna da direita, qual o elemento/grupo selecionado pelos verbos: Frases a) O João fez um desenho.

O verbo seleciona… Um grupo nominal (GN)

b) Ela confia em nós.

Preposição em

c) O João gosta de maçãs.

Preposição de

Verifica também o que aprendeste sobre o uso de que nas orações relativas: • o pronome relativo tem um antecedente que se repete na oração relativa e que o pronome substitui. Pode ser recuperado assim: Ex.: A escola que eu frequentei fica longe. / A escola fica longe. Eu frequentei a escola. O pronome substitui um GN. 3. Verifica quando devemos usar as preposições de e em. Observa as frases simples seguintes

(alíneas a) e b)) e a sua transformação numa frase complexa constituída por uma oração subordinada adjetiva relativa (alínea c)): a) O médico receitou o medicamento. b) Eu pedi-lhe o medicamento. c) O médico receitou o medicamento que eu lhe pedi. 3.1 Indica por que razão não pode haver frases como as seguintes: d) O médico receitou o medicamento de que eu lhe pedi.*

Conclui, riscando o que não interessa e completando os espaços: Não podemos ter frases como as apresentadas em 3.1.d) e 3.1.e) porque o verbo pedir é transitivo direto e indireto selecionando / não selecionando, portanto, a preposição ou . 4. Faz a mesma operação com dois verbos semelhantes: apreciar e gostar. Compara ambas

as frases c) e diz se estão corretas ou incorretas. A

6

B

a) O médico receitou o medicamento.

a) O médico receitou o medicamento.

b) Eu apreciei o medicamento.

b) Eu gostei do medicamento.

c) O médico receitou o medicamento que eu apreciei.

c) O médico receitou o medicamento de que eu gostei.

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e) O médico receitou o medicamento em que eu lhe pedi.*

Oficina de Gramática

2

4.1 Completa, riscando o que não interessa:

A frase c) da coluna A está relativa o verbo apreciar não seleciona

porque na oração subordinada adjetiva .

A frase c) da coluna B está . Como o verbo gostar a preposição de, o pronome relativo ocorre com a de. 5. Repete o procedimento com os verbos desconfiar e confiar. A

B

a) O médico receitou o medicamento.

a) O médico receitou o medicamento.

b) Eu desconfiei do medicamento.

b) Eu confiei no medicamento.

c) O médico receitou o medicamento de que eu desconfiei.

c) O médico receitou o medicamento em que eu confiei.

Conclui

Ambas as frases c) estão corretas porque os verbos desconfiar e confiar , respetivamente, as preposições e , o que faz com que ocorram na frase com o relativo .

Sistematiza

A escolha de “de que”, “em que” ou “que” depende do verbo que aparece na oração relativa:

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• se o verbo selecionar a preposição de, o pronome relativo aparece precedido da preposição de; • se o verbo selecionar a preposição em, o pronome relativo aparece precedido da preposição em; • se o verbo selecionar um grupo nominal, o pronome relativo aparece sozinho.

7

Oficina de Gramática

2 6. Regressa às frases que leste aos teus colegas (exercício 1). Preenche a tabela, seguindo o

modelo e, depois, corrige as frases incorretas. Frases Os livros que eu mais gosto são de aventuras.

Verbo

Frase correta?

gostar

Não

Aquilo que eu não acredito é que o Pedro teve negativa. A casa que eu moro é acolá. O jogador que tu me falaste é fantástico. Eu penso de que este assunto é aborrecido. O assaltante que a polícia perseguiu foi capturado em Lisboa. O automóvel que a polícia suspeitava despistou-se na autoestrada. a) Os livros de que eu mais gosto são de aventuras.

Treina mais 7. Indica as frases corretas e corrige as incorretas:

b) O filme que entra o Brad Pitt vai estrear para a semana. c) Os doces de que ele abusou fizeram-lhe mal. d) O medicamento que aquele doente depende esgotou. e) A maçã que comi há pouco estava muito saborosa. f) As hipóteses que eu formulei estavam corretas.

Correção:

8

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a) Este é o local que tenho medo.

Modificadores

Plano sintático

1. Ano de escolaridade a que se destina 7.o / 8.o / 9.o 2. Tipo de atividade Construção de conhecimento; mobilização de conhecimento. 3. Descritores de desempenho Consolidar o conhecimento sobre as funções sintáticas: modificadores.

Oficina de Gramática

3

4. Conhecimentos prévios pressupostos Classes de palavras (nome, advérbio, preposição), grupo verbal, orações subordinadas. 5. Questão a que responde Que formas podem ter os modificadores e o que o modificam? 6. Duração estimada 45 minutos

• Que formas podem ter os modificadores e o que o modificam? Recorda

Os modificadores são palavras dispensáveis para a gramaticalidade da frase que podem, por isso, ser retiradas sem que ela fique incorreta. Para o relembrares, verifica como isso acontece. 1. Preenche as colunas B e C. Na coluna B, inclui os elementos não destacados das frases da

coluna A; na coluna C, indica se esses elementos não destacados são frases corretas ou incorretas gramaticalmente. Observa o exemplo. A

B

→

Frases sem os elementos destacados da coluna A

→

Frase correta / frase incorreta

O Pedro trabalha em Lisboa.

→

O Pedro trabalha.

→

Frase correta

Felizmente, o comboio chegou a horas.

→

→

Felizmente, o autocarro chegou atrasado.

→

→

A Joana perdeu a mala no aeroporto.

→

→

Na verdade, este livro de Saramago é muito interessante.

→

→

Frases

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C

Vais aprender agora a reconhecer os elementos que podem ser modificadores. 2. Observa as frases: a) A Rita chegou ontem. b) Os alunos passearam calmamente no recreio. c) A Inês estuda no quarto.

9

Oficina de Gramática

3 2.1 Retira, mentalmente, das frases anteriores os elementos sublinhados e indica a

conclusão, assinalando com uma cruz (X) a opção correta. a) As frases resultantes continuam corretas. b) As frases resultantes passaram a estar incorretas. c) A função sintática desempenhada por esses elementos é de modificador. d) A função sintática desempenhada por esses elementos é de complemento. 2.2 Identifica, em cada frase do exercício anterior (exercício 2), a(s) palavra(s) que esses

elementos modificam e preenche a tabela, como no exemplo: Na frase

→

a palavra ou expressão

→

modifica os grupos…

ontem

a)

chegou

b) c) 2.3 Escolhe a opção correta. Verifica se os constituintes modificados são: a) Grupos nominais

b) Grupos verbais

Aprende

Os constituintes de um grupo verbal não selecionados pelo verbo desempenham a função sintática de modificadores.

Vejamos, agora, que formas pode ter um modificador do grupo verbal. 3. Observa novamente as frases: a) A Rita chegou ontem.

c) A Inês estuda no quarto. 3.1 Escreve os modificadores sublinhados na coluna adequada, tendo em conta sua

forma: grupo preposicional (GPrep), grupo adverbial (GAdv). Grupo Preposicional (GPrep)

Grupo Adverbial (GAdv)

Conclui 3.2 Completa:

O modificador do grupo verbal pode ser um grupo

10

e/ou um grupo

.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

b) Os alunos passearam calmamente no recreio.

Modificador de grupo verbal e complemento oblíquo 1. Ano de escolaridade a que se destina 7.o / 8.o / 9.o 2. Tipo de atividade Construção de conhecimento; mobilização de conhecimento; treino. 3. Descritores de desempenho Consolidar o conhecimento sobre as funções sintáticas: modificador de grupo verbal e complemento oblíquo.

Plano sintático

Oficina de Gramática

4

4. Conhecimentos prévios pressupostos Classes de palavras (nome, advérbio, preposição), grupo verbal, grupo adverbial, grupo preposicional. 5. Questão a que responde Como distingo um modificador de GV e um complemento oblíquo? 6. Duração estimada 45 minutos

• Como distingo um modificador de grupo verbal de um complemento oblíquo? Recorda

O modificador de grupo verbal é uma função sintática desempenhada por grupos frásicos não selecionados pelo verbo. Por outro lado, já sabes que a função sintática de complemento é desempenhada por grupos frásicos selecionados pelo verbo. 1. Preenche o quadro, transcrevendo para a coluna respetiva os grupos frásicos selecionados

e não selecionados pelo verbo, indicando se são complementos (C) ou modificadores (M). Observa o modelo. Frases

Grupos selecionados

Grupos não selecionados

C/M

em Lisboa

M

a) O Pedro estuda em Lisboa. b) Ontem visitei os meus primos. c) O livro pertence ao Pedro. d) Ele viu a Maria no centro comercial. · Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

e) O João trabalha arduamente. 2. Identifica, agora, os complementos presentes nas frases b) e c):

Frase b)

.

Frase c)

.

3. Para teres a certeza de que a resposta anterior está correta, substitui os grupos frásicos

destacados nas frases b) e c) pelos pronomes o, a, os, as e lhe/lhes.

Frase b)

.

Frase c)

. 11

Oficina de Gramática

4 4. Observa, agora, as frases seguintes: a) A Joana escorregou na passadeira. b) Ele passeou pelo centro comercial. c) O João trabalha arduamente. 4.1 Identifica nas frases anteriores os modificadores de grupo verbal. a) b) c) 4.2 Indica o que te permitiu fazer essa identificação.

5. Observa as frases seguintes: d) Os meus primos moram em Paris. e) O meu irmão não vive aqui. Conclui f) O Pedro gosta de maçãs. Os grupos frásicos destacados 5.1 Retirados das frases os grupos frásicos destacados, verifica se elas continuam desempenham gramaticais, respondendo na coluna da direita Sim ou Não. função sintática de Frases corretas? complemento, uma Frases depois de retirados os grupos frásicos destacados Sim/Não vez que as frases d) Os meus primos moram. ficam incompletas e) O meu irmão não vive. se estes forem f) O Pedro gosta. retirados. 6. Vejamos agora de que complementos se trata.

5. Verifica se todos os grupos são substituíveis pelos pronomes átonos o, a, os, as e lhe/ lhes e indica a respetiva função sintática. Observa o modelo. Frases retiradas dos exercícios 1 e 5 F1. Ontem visitei os meus primos.

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Substituição por o, a, Frase pronominalizada os, as ou lhe/lhes os

Ontem visitei-os.

Função sintática Complemento direto

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6.1 Preenche a tabela com as frases b) e c) do exercício 1 e as frases d), e) e f) do exercício

Oficina de Gramática

4

Conclui

Os complementos das frases 3, 4 e 5 não podem ser nem diretos nem indiretos; são, portanto, complementos oblíquos, podendo os grupos que o desempenham ser substituídos por um advérbio locativo (F3 e F4) e por um pronome precedido de preposição.

7. Verifica, finalmente, que grupos frásicos desempenham as funções sintáticas de

modificador de grupo verbal e de complemento oblíquo. 7.1 Recuperando as frases dos exercícios 4 e 5, preenche a tabela, identificando os

grupos frásicos destacados nas frases e as respetivas funções sintáticas. Frases A Joana escorregou na passadeira.

Grupos frásicos destacados

Funções sintáticas que desempenham

os

Ele passeou pelo centro comercial. O João trabalha arduamente. Eles escrevem devagar. Os meus primos moram em Paris. O meu irmão não vive aqui. O Pedro gosta de maçãs. As crianças dependem dos pais. 7.2 Conclui, indicando qual das seguintes afirmações é a verdadeira (V):

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a) O modificador do grupo verbal e o complemento oblíquo são funções

sintáticas de grupos frásicos diferentes – grupos nominais (GN) e grupos verbais (GV). b) O modificador do grupo verbal e o complemento oblíquo são funções

sintáticas dos mesmos grupos frásicos – grupos preposicionais (GPrep) e grupos adverbiais (GAdv).

13

Oficina de Gramática

4 Treina e aprende

mais

8. Escreve os modificadores de GV e os complementos existentes nas frases do quadro na

coluna respetiva. Frases

Modificador de GV

Complemento

Os meus pais compraram um automóvel. Eu estudo no meu quarto. As pessoas gostam de livros. O Pedro telefonou às amigas. Os turistas perderam os passaportes. Eles comem devagar. Eles descansam à tarde. Elas não resistem aos doces. 9. Na tabela seguinte, identifica as funções sintáticas dos grupos destacados nas frases,

marcando uma cruz (X) na coluna respetiva: modificador de GV (MGV), complemento direto (CD), complemento indireto (CI) e complemento oblíquo (CO). Frases

MGV

CD

CI

CO

Alguns jovens abusam do álcool. O médico diagnosticou uma laringite ao Pedro. Os portugueses, em geral, apreciam a praia. O meu primo trabalha em Paris. O meu primo mora em Paris. O assaltante resistiu à polícia. A minha irmã tossiu durante a noite. O meu cão ladra frequentemente de manhã.

10. Observa as frases seguintes e os elementos destacados. Distingue modificadores de GV

e complemento oblíquo, registando com uma cruz (X)na respetiva coluna. Frases Os atletas de alta competição treinam todos os dias. Ela colocou um ramo de flores na jarra. Eles correm diariamente durante duas horas. Elas não concordam com o professor. Eles dormem diariamente durante duas horas. Todos os alunos participaram na festa de Natal.

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Modificador de GV

Complemento oblíquo

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Ouvi um barulho durante a noite.

Modificador de grupo verbal e modificador de nome 1. Ano de escolaridade a que se destina 7.o / 8.o / 9.o 2. Tipo de atividade Construção de conhecimento; mobilização de conhecimento; treino. 3. Descritores de desempenho Consolidar o conhecimento sobre as funções sintáticas: modificador de grupo verbal e modificador de nome.

Plano sintático

Oficina de Gramática

5

4. Conhecimentos prévios pressupostos Classes de palavras (adjetivo, preposição contraída com outras classes de palavras); grupos frásicos (GN, GV, GAdj e GPrep); modificador de GV. 5. Questão a que responde Como distingo um modificador de grupo verbal de um modificador de nome? 6. Duração estimada 45 minutos

• Como distingo um modificador de grupo verbal de um modificador de nome? MODIFICADOR DE GRUPO VERBAL Recorda

Os modificadores de grupo verbal são elementos sintáticos facultativos não selecionados pelo verbo – podem ser retirados da frase e ela mantém-se gramaticalmente correta; já os complementos são selecionados pelo verbo e são obrigatórios – se os retirarmos, a frase torna-se incompleta. O próximo exercício 1 serve para recordares essa distinção. 1. Distingue, escrevendo na coluna correspondente do quadro, os modificadores de grupo

verbal dos complementos. Frases

Modificador de GV

Complemento

Os meus primos compraram ontem os discos ao Pedro. A minha mãe ouviu atentamente esse disco. Ela emprestou-me anteontem vários discos.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

A minha prima escutou com prazer essa música bonita. Os meus discos antigos foram-me oferecidos pelo meu tio com satisfação. Ele vendeu os discos a alguém facilmente ontem. Ela ofereceu-te um disco riscado.

MODIFICADOR DE NOME Aprende mais

O modificador de nome é uma função sintática desempenhada por um constituinte do grupo nominal que, apesar de não ser selecionado por ele, lhe modifica o sentido.

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Oficina de Gramática

5 2. Identifica, nas frases seguintes, os adjetivos e as preposições: Frases

Adjetivos

Preposições

O pianista francês tocou muito tempo. O concerto de violino foi ontem. Esta violoncelista exímia venceu o concurso. O piano com essa cor já não se fabrica. 3. Identifica, nas frases seguintes, os grupos adjetivais e os grupos preposicionais.

Escreve-os nas colunas correspondentes. Frases

Grupos adjetivais

Grupos preposicionais

A sala de música era acolá. O maestro inglês dirigiu o concerto. Esta música moderna encanta-nos. A música clássica agrada-me muito. Os discos de vinil estão acolá. Os discos da Maria estão aqui. 3.1 Reescreve estas seis frases, retirando-lhes os grupos frásicos que escreveste no quadro.

3.2 Verificaste que as frases se mantêm gramaticalmente corretas. Por isso, indica no

Frases Se retirarmos os grupos adjetivais aos nomes que qualificam, as frases mantêm-se gramaticalmente corretas. Se retirarmos os grupos preposicionais aos nomes à sua esquerda, as frases mantêm-se gramaticalmente corretas. Estes grupos frásicos são obrigatórios para que as frases sejam gramaticalmente corretas. Estes grupos frásicos são elementos sintáticos facultativos, porque se os retirarmos as frases continuam gramaticalmente corretas. Estes grupos frásicos são complementos dos nomes, pois são obrigatórios. Se os retirarmos, as frases ficam gramaticalmente incorretas. Estes grupos frásicos são modificadores dos nomes, pois são facultativos: podemos retirá-los e as frases continuam gramaticalmente corretas.

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V

F

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

quadro as afirmações verdadeiras (V) e as duas afirmações falsas (F).

Oficina de Gramática

5

Conclui 4. Completa: a) Os modificadores de nome podem ser grupos

ou

.

b) Os modificadores de nome podem ocorrer no interior do grupo

com função sintática de

.

5. Identifica, nas frases seguintes, os grupos adjetivais (GAdj) e preposicionais (GPrep): Frases

GAdj

GPrep

A senhora cantou uma canção antiga. A senhora cantou uma canção de Débussy ontem. A senhora cantou uma canção triste e melancólica. A senhora cantou uma canção de amor. Nós ouvimos as canções dela. 5.1 Reescreve estas cinco frases, retirando-lhes os grupos frásicos que escreveste no quadro.

6. Verifica que as frases se mantêm gramaticalmente corretas, assinalando com uma cruz · Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

(X) a afirmação correta. a) Estes grupos adjetivais e preposicionais, facultativos, têm a função

sintática de complementos de nome. b) Estes grupos adjetivais e preposicionais, obrigatórios, têm a função

sintática de complementos de nome. c) Estes grupos adjetivais e preposicionais, obrigatórios, têm a função

sintática de modificadores de nome. d) Estes grupos adjetivais e preposicionais, facultativos, têm a função

sintática de modificadores de nome.

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Oficina de Gramática

5 Conclui 7. Completa: a) Os modificadores de nome podem ser grupos

ou

.

b) Os modificadores de nome podem ocorrer no interior do grupo

com função sintática de

.

8. Distingue, nas frases seguintes, os modificadores de grupo verbal (MGV) dos modificadores

de nome (MN), escrevendo-os na coluna correspondente. Das frases seguintes, uma apresenta só um modificador de grupo verbal (MGV); duas apresentam só um modificador de nome cada uma (MN); outra, ainda, apresenta um modificador de grupo verbal e um modificador de nome (MGV / MN). Identifica estes elementos sintáticos. Frases

MGV

MN

MGV / MN

O João ofereceu à mãe ontem um CD admirável. O Pedro viu um piano muito bonito. A Marta escutou essa música com alegria. Essa música da renascença foi composta por autor desconhecido.

Conclui

O modificador de grupo verbal modifica todo o o modificador de nome só modifica um de um grupo .

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; que é sempre núcleo

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9. Completa:

Predicativo do sujeito e complemento direto 1. Ano de escolaridade a que se destina 7.o / 8.o / 9.o 2. Tipo de atividade Construção de conhecimento; mobilização de conhecimento; treino. 3. Descritores de desempenho Consolidar o conhecimento sobre as funções sintáticas: predicativo do sujeito.

Oficina de Gramática

Plano sintático

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4. Conhecimentos prévios pressupostos Classes de palavras (nome, advérbio, preposição), grupo verbal. Complemento direto. 5. Questão a que responde Que constituinte aparece à direita dos verbos ser ou estar e que função sintática desempenha? 6. Duração estimada 45 minutos

• Que constituinte aparece à direita dos verbos ser ou estar e que função sintática desempenha? Recorda

Já aprendeste que os verbos ser e estar são verbos copulativos e que, isolados, não formam um predicado completo. Necessitam, portanto, de outras palavras para que a frase fique correta. Assim, a frase está incompleta quando se diz: Ele é ou ele está*. A frase só ficará correta se dissermos: Ele é brasileiro ou ele está satisfeito. Vejamos, agora, se a mesma situação acontece com outros verbos e como se chama a função sintática dos grupos frásicos que aparecem à sua direita. 1. Observa os três grupos de frases seguintes: Grupo 1

Grupo 2

Grupo 3

1.

Ele é feliz.

O animal saltita, feliz.

Ele ficou feliz.

2.

A Joana está aqui.

A Joana nasceu aqui.

A Joana continua aqui.

3.

O Pedro está em Paris.

O Pedro trabalha em Paris.

O Pedro permanece em Paris.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

1.1 Indica em qual dos grupos os predicados se assemelham aos dos verbos ser e estar.

1.2 Explica como chegaste a essa conclusão, escolhendo duas das seguintes

afirmações: a) Nas frases do grupo 3, os grupos frásicos à direita

do verbo não podem ser retirados porque a frase deixaria de estar correta. b) Nas frases do grupo 2, os predicados só ficam

completos quando, à direita do verbo, colocamos grupos frásicos que lhes completam o sentido. c) Nas frases do grupo 2, os grupos frásicos à direita

do verbo podem ser retirados e as frases continuam corretas.

Conclui

Os verbos copulativos, tais como ser, estar, parecer, ficar, permanecer e continuar obrigam à colocação de um grupo frásico à sua direita, que desempenha a função sintática de predicativo do sujeito.

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Oficina de Gramática

6 Vamos ver agora que grupos frásicos podem desempenhar esta função sintática. Recorda o que aprendeste sobre a constituição de grupos frásicos: Grupo frásico

Núcleo

Grupo nominal (GN)

nome

Grupo adjetival (GAdj)

adjetivo

Grupo preposicional (GPrep) Grupo adverbial (GAdv)

preposição advérbio

2. Identifica o predicativo do sujeito nas frases seguintes, sublinhando-o: a) O Pedro e o Francisco são meus primos.

h) A Rita está na escola.

b) A Maria está furiosa.

i) A Joana continua em casa.

c) A Rita está em França.

j) O nosso encontro fica para domingo.

d) Eles estão acolá.

k) O jogo é no sábado.

e) A Joana permanece em Paris.

l) O João continua ali.

f) Eles ficaram doentes.

m) O nível das águas permanece elevado.

g) Elas continuam sentadas.

n) O andebol é um desporto.

2.1 Copia os predicativos do sujeito que sublinhaste para as colunas respetivas, tendo

em conta a sua constituição: Grupo adjetival

Grupo preposicional

Grupo adverbial

Conclui 2.2 Completa:

O predicativo do sujeito é o constituinte à direita do verbo copulativo e pode ser constituído pelos grupos , , e .

20

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Grupo nominal

Oficina de Gramática

6

3. Vais agora contrastar o predicativo do sujeito com o complemento direto. Assinala uma

cruz (x) na coluna correspondente. Se tiveres dúvidas, lembra-te que podes substitui-lo pelos pronomes pessoais átonos o, a, os, as. Predicativo do sujeito ou complemento direto? Frases

Predicativo do sujeito Complemento direto

Esta personagem é fantástica. O António comprou um computador. Hoje ficamos em casa do Pedro. Todos os alunos permaneceram em silêncio. Guardei o meu estojo na estante. A Maria continua ali. Os alunos receberam um prémio valioso. A Joana está uma mulher. O médico diagnosticou-lhe uma gripe. Assim vestida, a Ana parece um anjo.

Treina...

(para identificar, distinguir, produzir)

4. Do conjunto das frases seguintes, identifica o predicativo do sujeito, escrevendo-o na

coluna respetiva. Frases

Predicativo do sujeito

O Pedro está cansado.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Os alunos continuam em pé. O João comprou um filme de aventuras. Todos eles parecem estudiosos. Aquela carteira pertence à minha mãe. A minha equipa perdeu o jogo. As aulas de português são interessantes. A casa do Francisco é ali. Angelina Jolie é uma atriz. A Maria encontrou uma amiga no cinema.

21

Oficina de Gramática

6 5. Escreve os predicativos do sujeito e os complementos diretos presentes nas frases, na

coluna respetiva. Frases

Predicativo do sujeito

Complemento direto

A Maria parece uma adulta. O futebol é um desporto coletivo. Eles continuam ali. A Joana emprestou a caneta. Eu arrumo o meu quarto. O livro está no meu quarto. Elas observam as estrelas. Eu entreguei o dicionário ao Pedro. Eles continuam no lugar. Eles permaneceram sentados. O Pedro perdeu o telemóvel. A Maria e a Joana ficaram em Lisboa.

6. Elabora frases em que o predicativo do sujeito seja um grupo nominal (GN), um grupo

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

adjetival (GAdj), um grupo preposiocional (GPrep) e um grupo adverbial (GAdv). Escreve duas frases para cada grupo frásico.

22

Complementos direto, indireto e oblíquo 1. Ano de escolaridade a que se destina 7.o / 8.o / 9.o 2. Tipo de atividade Construção de conhecimento; mobilização de conhecimento; treino. 3. Descritores de desempenho Consolidar o conhecimento sobre as funções sintáticas: complementos direto, indireto e oblíquo.

Plano sintático

Oficina de Gramática

7

4. Conhecimentos prévios pressupostos Classes de palavras (nome, preposição, verbo), grupo verbal, grupo nominal e grupo preposicional. 5. Questão a que responde Como distingo o complemento direto e o complemento indireto do complemento oblíquo? 6. Duração estimada 45 minutos

• Como distingo o complemento direto e o complemento indireto do complemento oblíquo? Recorda

O complemento direto é uma função sintática desempenhada por um grupo nominal (GN) no interior do grupo verbal e que pode ser pronominalizado por o, a, os, as. O complemento indireto é uma função sintática desempenhada por um grupo preposicional, iniciado pela preposição a, à direita do verbo e que pode ser substituído pelos pronomes pessoais átonos lhe ou lhes. 1. Relembra o que aprendeste sobre o complemento direto, preenchendo a tabela, de acordo

com o exemplo: Frases O automóvel percorreu dois quilómetros.

Complemento Substituível por Grupo frásico direto o, a, os, as? dois quilómetros

Grupo nominal (GN)

sim

Frase pronominalizada O automóvel percorreu-os.

Eles estudaram o assunto.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

As aves protegem as suas crias. O arquiteto projetou uma bela esplanada. 2. Recorda também o que aprendeste sobre o complemento indireto, preenchendo a tabela,

de acordo com o exemplo: Frases

Complemento indireto

Grupo frásico

Substituível por lhe ou lhes?

Frase pronominalizada

Santo António falou aos peixes.

aos peixes

GPrep

lhes

Santo António falou-lhes.

A Maria telefonou ao amigo. As crianças não resistem aos doces.

23

Oficina de Gramática

7 3. Observa, agora, os segmentos destacados nas frases seguintes: a) Os meus amigos gostam de desporto. b) O Pedro colabora com instituições de solidariedade. c) Os meus irmãos moram em Lisboa. d) Eu aposto no euromilhões. e) Os poluidores atentam contra a saúde pública. f) A minha família vive ali. 3.1 Passo 1: verifica se os grupos frásicos destacados são modificadores ou complementos.

Para isso, retira-os da frase e diz o que observas. Deixamos de ter uma frase gramatical. A frase continua gramatical. Conclui

Os grupos frásicos destacados nas frases são complementos. 3.2 Passo 2: verifica, agora, quais os grupos frásicos que constituem estes complementos.

Grupo nominal (GN). Grupo preposicional (GPrep). Grupo adverbial (GAdv). 3.3 Passo 3: verifica se esses mesmos grupos podem ser substituídos pelos pronomes

pessoais átonos o, a, os, as e lhe/lhes. Não podem ser substituídos. Podem ser substituídos.

Podemos, portanto, concluir que estes grupos não desempenham as funções sintáticas de complemento direto nem de complemento indireto. Trata-se do complemento oblíquo. 4. Completa:

O complemento oblíquo é uma função sintática interna ao grupo pode ser desempenhada por grupos e Não podem ser pronominalizados por o, a, os, as nem por lhe e lhes. Saber mais

O complemento oblíquo pode ser substituído por advérbios locativos (Ele vive em Lisboa / Ele vive lá) ou por GPrep constituídos por pronomes precedidos ou contraídos com preposição (Ele aposta no euromilhões / Ele aposta nele/nisso). 24

e .

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Conclui

Oficina de Gramática

7

5. Sistematiza:

Preenche a tabela tendo em conta os grupos frásicos destacados e de acordo com o modelo. Grupos frásicos Frases

Pronominaliza?

Complemento

—

sim

direto

x

—

não

oblíquo

x

—

sim

indireto

GN

GPrep

GAdv

O João comprou dois cadernos.

x

—

Eles apostaram no trabalho.

—

O Pedro telefonou aos pais.

—

O meu irmão mora em Paris. Eles gostam de viagens. Elas preferem a praia. Aqueles computadores pertencem à escola.

Treina 6. Escreve, na coluna respetiva, os complementos diretos, indiretos e oblíquos. Frases O pai deu ao Pedro um computador novo.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

O Pedro obedece aos pais.

Complemento direto

Complemento indireto

Complemento oblíquo

um computador novo

ao Pedro

—

—

aos pais

—

a encomenda

—

na caixa do correio

O carteiro deixou a encomenda ao meu primo. O carteiro deixou a encomenda na caixa do correio. Ofereceste esse presente à tua mãe? Entreguei os documentos na secretaria. Nem sempre concordo com os meus pais. Deixei o livro na estante.

25

Oficina de Gramática

7 7. Nas frases seguintes, distingue, assinalando com uma cruz (X), os complementos diretos

e indiretos. Frases

Complemento direto

Complemento indireto

Perdi a minha carteira no supermercado. Falei ao Pedro sobre aquele assunto. Está muito frio, por isso acende a lareira. Dedico este livro aos meus pais. Os alunos não perceberam a pergunta. A academia atribuiu um prémio aos melhores atores. Jamais perdoarei aos jogadores.

8. Escreve oito frases simples cujo grupo verbal contenha grupos frásicos que desempenhem

as funções sintáticas de: a) um complemento direto e um oblíquo; b) um complemento direto e um indireto; c) um complemento indireto;

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

d) um complemento oblíquo.

26

Complemento direto e complemento indireto 1. Ano de escolaridade a que se destina 7.o / 8.o / 9.o 2. Tipo de atividade Construção de conhecimento; mobilização de conhecimento; treino. 3. Descritores de desempenho Consolidar o conhecimento sobre as funções sintáticas: complemento direto e complemento indireto.

Plano sintático

Oficina de Gramática

8

4. Conhecimentos prévios pressupostos Classes de palavras (nome, preposição, verbo), grupo verbal, grupo nominal e grupo preposicional. 5. Questão a que responde Como distingo o complemento direto do complemento indireto? 6. Duração estimada 45 minutos

• Como distingo o complemento direto do complemento indireto? Recorda

Vamos relembrar as características de alguns verbos principais em função dos complementos que selecionam: Verbo principal

Complementos que seleciona

Intransitivo

Não seleciona complementos.

Transitivo direto

Seleciona complemento direto.

Transitivo indireto

Seleciona complemento indireto ou complemento oblíquo.

Transitivo direto e indireto

Seleciona complemento direto e indireto ou complemento direto e complemento oblíquo.

1. Preenche a tabela, verificando se é possível responder à pergunta “o quê?”. Segue o modelo. Frase

Verbo + o quê?

O comboio percorreu uma grande distância.

uma grande distância

O Pedro perdeu o comboio.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Os políticos debateram o assunto. Os animais protegem as suas crias. Os alunos observam a experiência. 1.1 Indica o grupo frásico que aparece à direita do verbo

.

1.2 Verifica se todos os grupos frásicos à direita do verbo são grupos nominais (GN).

Sim

Não

1.3 Verifica se todos os grupos frásicos à direita do verbo são substituíveis pelos pronomes

pessoais átonos o, a, os, as.

Sim

Não

27

Oficina de Gramática

8 1.4 Que complemento obtiveste?

CI

CD

1.5 Preenche a tabela seguinte, de acordo com o modelo: Frases com complemento direto

Grupo frásico

Substituível por o, a, os, as?

O comboio percorreu uma grande distância.

Grupo nominal (GN)

a

Frase pronominalizada O comboio percorreu-a.

O Pedro perdeu o comboio. Os políticos debateram o assunto. Os animais protegem as suas crias. Os alunos observam a experiência.

Conclui

O complemento direto é uma função sintática desempenhada por um GN à direita do verbo e que pode ser substituído pelos pronomes pessoais átonos o, a, os, as.

2. Observa, agora, a tabela seguinte e preenche-a de modo a responderes à pergunta “a

quem?”. Segue o exemplo. Frases

Verbo + a quem?

O Presidente da República falou aos portugueses.

aos portugueses

A Maria telefonou aos pais. A Joana resiste aos doces.

Os passageiros sobreviveram ao acidente. 2.1 Indica o grupo frásico que aparece à direita do verbo

.

2.2 Verifica se todos os grupos frásicos à direita do verbo integram a preposição a.

Sim

Não

2.3 Verifica se todos os grupos frásicos são substituíveis pelo pronome pessoal átono lhe

ou lhes.

Sim 2.4 Que complemento obtiveste?

28

Não CD

CI

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

O Pedro acudiu aos amigos.

Oficina de Gramática

8

2.5 Preenche a tabela seguinte, de acordo com o modelo: Complemento indireto

Grupo frásico

Substituível por lhe ou lhes?

Frase pronominalizada

O Presidente da República falou aos portugueses.

Grupo preposicional (GPrep)

lhes

O presidente da República falou-lhes.

A Maria telefonou aos pais. A Joana resiste aos doces. O Pedro acudiu aos amigos. Os passageiros sobreviveram ao acidente.

Conclui

O complemento indireto é uma função sintática desempenhada por um grupo preposicional iniciado pela preposição a à direita do verbo e que pode ser substituído pelos pronomes pessoais átonos lhe ou lhes. 3. Observa, agora, a tabela seguinte e preenche-a de modo a responderes às perguntas “o

quê?” e “a quem?”. Substitui, na coluna da direita, os grupos frásicos pelos pronomes respetivos. Segue o exemplo. Frases O João ofereceu um livro à Maria.

O quê

A quem?

Pronominalização

um livro

à Maria

O João ofereceu-lho.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

O Francisco emprestou o livro ao primo. O João atirou a bola ao Pedro. Eles entregaram os cadernos à professora.

29

Oficina de Gramática

8 Treina 4. Escreve, na coluna respetiva, os complementos diretos ou indiretos. Frases

Complemento direto

Complemento indireto

O Pedro comprou um computador novo. O Pedro obedece aos pais. O carteiro entregou a encomenda ao meu pai. Percebeste a pergunta? Deste o livro ao teu irmão? O médico diagnosticou uma constipação ao Pedro. O médico receitou à minha mãe um medicamento milagroso. 5. Nas frases seguintes, distingue as que integram complemento direto e complemento

indireto. Frases

Complemento direto

Complemento indireto

Perdi a minha carteira no supermercado. Falei ao Pedro sobre aquele assunto. Está muito frio, por isso acende a lareira. Dedico este livro aos meus pais.

A academia atribuiu um prémio aos melhores atores. Nunca perdoarei ao treinador. 6. Escreve cinco frases em que utilizes os complementos direto e indireto.

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· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Os alunos não perceberam a pergunta.

Orações subordinadas adverbiais 1. Ano de escolaridade a que se destina 7.o / 8.o / 9.o 2. Tipo de atividade Construção de conhecimento; mobilização de conhecimento; treino. 3. Descritores de desempenho Integrar as palavras nas classes a que pertencem: advérbio.

Plano sintático

Oficina de Gramática

9

4. Conhecimentos prévios pressupostos Classes de palavras (advérbio; conjunções e locuções conjuncionais causais, temporais, finais, condicionais). Sintaxe (modificador de grupo verbal, complementos direto e indireto; grupos frásicos – GN/GAdv; frase simples/frase complexa; orações subordinadas). 5. Questão a que responde Porque chamamos adverbiais a algumas orações subordinadas? 6. Duração estimada 45 minutos

• Porque chamamos adverbiais a algumas orações subordinadas? 1. Identifica os advérbios presentes nas frases simples seguintes: Frase

Advérbios

Eu almocei aqui. Eu almocei aqui ontem. O Pedro adormeceu rapidamente. O Pedro adormeceu acolá. O automóvel teve o acidente ali. O automóvel embateu violentamente no outro acolá.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

1.1 Reescreve as frases, retirando os advérbios.

31

Oficina de Gramática

9 Observa / Treina 2. Retirados os advérbios, estas frases continuam gramaticalmente corretas. 2.1 Identifica a afirmação correta:

A - Sintaticamente, estes advérbios têm a função de modificadores do grupo verbal, já que são facultativos. B – Sintaticamente, estes advérbios têm a função de complementos, já que são obrigatórios, são selecionados pelos verbos. 2.2 Distingue, no quadro seguinte, os modificadores do grupo verbal (facultativos) dos

complementos (obrigatórios), garantindo que as frases se mantenham corretas e completas: Frases

Modificador de GV

Complemento

A catatua canta bem. O gato miou desesperadamente. O gato empurrou a porta facilmente.

Repara: na frase O gato empurrou … facilmente, falta algum elemento obrigatório, selecionado pelo verbo empurrar – o complemento direto a porta. Nas outras frases, a saída dos modificadores de grupo verbal (advérbios) não provocou as mesmas consequências: as frases A catatua canta e O gato miou são gramaticalmente corretas. 3. Faz corresponder os elementos de ambas as colunas, de modo a obteres afirmações

32

A

B

F1. Na frase O meu cão lambeu uma pata, o elemento sublinhado, um grupo nominal,

a) o primeiro, obrigatório, é um complemento direto, um grupo nominal; o segundo, facultativo, é um modificador de grupo verbal, um grupo adverbial.

F2. Na frase O meu cão lambeu lentamente a pata direita, o elemento sublinhado

b) é um complemento selecionado pelo verbo lamber.

F3. Na frase O meu cão viu aquele gato acolá, o verbo tem à sua direita dois elementos sintáticos:

c) é um modificador de grupo verbal, facultativo na frase, pois se retirado, ela mantém-se gramaticalmente correta.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

verdadeiras. Inclui a alínea correta no espaço à direita da coluna A.

Oficina de Gramática

9

4. Compara, agora, as frases simples da coluna da esquerda com as frases complexas da

coluna da direita: Frases simples

Frases complexas

O meu primo come bem.

O meu primo come quando tem fome.

O meu primo come acolá.

O meu primo come porque tem fome.

Agora o meu primo come.

Quando tem fome, o meu primo come.

O meu primo come devagar.

O meu primo come para se restabelecer.

O meu primo, hoje, come cedo.

Sempre que lhe apetece, o meu primo come.

Amanhã o meu primo come cá.

Como a comida é boa, o meu primo come.

Observa as frases simples da coluna da esquerda (os advérbios estão destacados); observa, depois, as quatro frases complexas da coluna da direita (as orações subordinadas estão destacadas). 4.1 Indica a afirmação verdadeira: a) Todos os advérbios das frases simples têm a função sintática de

modificadores de grupo verbal; se os retirarmos as frases continuam corretas. b) Todos os advérbios das frases simples têm a função sintática de

complementos; se os retirarmos as frases continuam corretas. 4.2 Retira, agora, as orações subordinadas das frases complexas. Verifica que estas se

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

mantêm/não se mantêm corretas.

Conclui 5. Escolhe a opção correta: a) Tal como os advérbios/modificadores de grupos verbais, algumas

orações subordinadas podem ser retiradas da frase a que pertencem sem que esta fique incorreta. Tal como os advérbios, estas orações têm a função sintática de modificadores. Chamam-se, por isso, adverbiais. b) As orações subordinadas adverbiais não podem ser retiradas das fra-

ses complexas a que pertencem, porque ficam incorretas. As orações subordinadas adverbiais têm a função sintática de complementos.

33

Oficina de Gramática

9

6. Identifica as afirmações verdadeiras (V) e a falsa (F). Corrige a afirmação falsa. Afirmações

V

F

Na frase complexa O Serafim e o primo viram o filme, porque lhes foi aconselhado, a oração subordinada «porque lhes foi aconselhado» funciona como um modificador, pois pode ser retirada e a frase mantém-se gramaticalmente correta e completa: O Serafim e o primo dele viram o filme. Na frase complexa O Serafim e o primo dele observaram a tempestade, porque estudam meteorologia existe uma oração subordinada adverbial, «porque estudam meteorologia»; se a retirarmos à frase complexa, esta mantém-se gramaticalmente correta e completa: O Serafim e o primo dele observaram a tempestade. Na frase complexa O Serafim e o primo dizem que o livro é bom, a oração subordinada «que o livro é bom» pode ser retirada e a frase mantém-se gramaticalmente correta e completa. Na frase complexa O Serafim e o primo vão comprar vários livros usados ao João porque são mais baratos, a oração subordinada adverbial é causal.

Na frase complexa O Serafim e o primo trabalham para ganhar dinheiro, a oração subordinada é adverbial final.

Na frase complexa Logo que chegarem, quero falar com o Serafim e o primo, a oração subordinada «Logo que chegarem» é adverbial condicional.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Correção:

34

Orações subordinadas substantivas completivas 1. Ano de escolaridade a que se destina 7.o / 8.o / 9.o 2. Tipo de atividade Mobilização de conhecimento; treino. 3. Descritores de desempenho • Integrar as palavras nas classes a que pertencem: advérbio. • Consolidar o conhecimento sobre as funções sintáticas: complementos direto. • Identificar processos de subordinação entre orações: b) subordinadas substantivas completivas (função de complemento direto).

Oficina de Gramática

Plano sintático

10

4. Conhecimentos prévios pressupostos Classes de palavras (adjetivo, verbo). Sintaxe (modificador de grupo verbal, complementos direto e indireto; frase simples/ frase complexa; orações subordinadas). 5. Questão a que responde Porque chamamos orações completivas a algumas subordinadas? 6. Duração estimada 45 minutos

• Porque chamamos orações completivas a algumas subordinadas? 1. Observa as frases simples seguintes. Indica quais os elementos sintáticos destacados

que podem ser retirados sem que elas percam correção gramatical. Completa o quadro, de acordo com o modelo. Frases O meu primo ofereceu-me ontem este livro.

Retirar o elemento destacado

X

A minha mãe deu-me um beijo na cama. Os meus pais vão comprar uma nova casa a um construtor famoso. O meu tio emprestou o automóvel a um amigo. Apeteceu-me um banho, inesperadamente. A Maria telefonou à mãe dela às cinco horas. Eu visitei esse palácio anteontem.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Recorda 1.1. Completa:

Estes elementos sintáticos facultativos são (complementos/modificadores de grupo verbal). Os outros, obrigatórios, selecionados pelo verbo, são (complementos/ modificadores de grupo verbal).

35

Oficina de Gramática

10 2. Compara as frases complexas em ambas as colunas. A

B

F1. O Carlos caiu porque escorregou.

F1.1 O Carlos disse que escorregou.

F2. O Carlos magoou-se quando caiu.

F2.1 O Carlos pensa que tem de ir ao médico.

F3. O Carlos foi ao médico para que o observasse.

F3.1 O médico pediu ao Carlos que fizesse uma radiografia.

2.1 Identifica e classifica as conjunções subordinativas das frases da coluna A. Conjunções subordinativas da coluna A F1

F2

F3

Identificação Classificação 2.2 Identifica e classifica as orações subordinadas presentes nas frases da coluna A. Orações subordinadas da coluna A F1

F2

F3

Identificação Classificação

Conclui 2.4. Completa:

Retirei a estas frases complexas a oração subordinada adverbial e elas (mantiveram/não mantiveram) correção gramatical. Por isso, podemos dizer que estas orações subordinadas adverbiais não são elementos obrigatórios e têm a função sintática (modificadores/complementos).

36

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

2.3 Reescreve as frases da coluna A, retirando-lhes as orações subordinadas.

Oficina de Gramática

10

3. Continua com o mesmo tipo de trabalho, agora para as frases da coluna B do quadro do

exercício 2. 3.1 Identifica e classifica as conjunções subordinativas das frases da coluna B. Conjunções subordinativas da coluna B F1.1

F2.1

F3.1

Identificação Classificação 3.2 Identifica e classifica as orações subordinadas presentes nas frases da coluna B. Orações subordinadas da coluna B F1.1

F2.1

F3.1

Identificação Classificação 3.3 Reescreve as frases da coluna B, retirando-lhes as orações subordinadas.

Conclui

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

3.4 Completa: Retirei a estas frases complexas as orações subordinadas substantivas completivas e elas (mantiveram/não mantiveram) correção gramatical. Os verbos dizer, pensar, pedir (necessitam/não necessitam) de informação que lhes complete o sentido. Por isso, podemos dizer que estas orações subordinadas substantivas funcionam como (modificadores/complementos).

37

Oficina de Gramática

10 4. Lê com atenção todas as frases complexas incluídas no quadro e indica aquelas às quais

se pode retirar a oração subordinada, porque elas mantêm a correção gramatical. Depois escreve o resultado. Observa o modelo. Frases complexas

Resultado de se retirar da frase complexa a oração adverbial

Os meus amigos acham que o filme é bom. O Pedro foi ao cinema porque o filme era bom.

X O Pedro foi ao cinema.

Disseram-me ontem à noite que este filme é muito violento. Um amigo afirmou com convicção que esse filme não prestava. Os meus primos compraram os bilhetes para irem ver esse filme. Quando vão ao cinema, eles lancham sempre nesse café. 5. Lê com atenção todas as frases complexas incluídas no quadro e indica aquelas às quais

não pode ser retirada a oração subordinada, pois o verbo necessita da informação à sua direita. Depois escreve o resultado. Observa o modelo. Frases complexas

Resultado de se retirar da frase complexa a oração completiva

O automóvel derrapou porque havia óleo na estrada. Ele disse que o automóvel derrapou.

X (Ele disse)

Ele afirmou no tribunal, durante o julgamento, que havia óleo na estrada.

O juiz disse em voz alta que o julgamento estava terminado.

Conclui

Estas orações subordinadas chamam-se completivas porque completam o sentido de um verbo; são selecionadas pelo verbo: - ele disse… o quê? - ele afirmou… o quê? - o juiz concluiu… o quê? Por isso, elas funcionam como um complemento direto: completam, são completivas.

38

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

O juiz concluiu que os factos estavam provados.

Oficina de Gramática

Que: pronome relativo ou conjunção subordinativa Plano sintático completiva?

11

1. Ano de escolaridade a que se destina 4. Conhecimentos prévios pressupostos 7.o / 8.o / 9.o Classes de palavras (nome, verbo; conjunção subordinativa completiva; pronome relativo 2. Tipo de atividade invariável). Mobilização de conhecimento; treino. 5. Questão a que responde 3. Descritores de desempenho A palavra que: como sei se é uma conjunção Integrar as palavras nas classes a que pertencem: subordinativa completiva ou um pronome relativo? pronome relativo ou conjunção subordinativa completiva. 6. Duração estimada 45 minutos

• A palavra que: como sei se é um pronome relativo ou uma conjunção subordinativa completiva?

1. Lê com atenção as frases seguintes. Em todas está destacada a palavra que. Depois,

observa a palavra que se encontra à sua esquerda e preenche o quadro segundo o modelo. Frases Eu vi um lobo que atravessou o campo. O pastor diz que também viu o lobo.

Nome à esquerda de que

Verbo à esquerda de que

lobo diz

O lobo é um animal que os pastores temem. O caçador afirmou que viu um lobo ontem. O lobo que ela viu estava no Jardim Zoológico, em Lisboa. Os lobos que atacaram o rebanho tinham fome. O lavrador disse que os lobos tinham desaparecido.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Observa

— Nas frases nas quais a palavra que tem à esquerda um nome, esta refere-se a esse nome. Ex.: Eu vi um lobo que (o lobo) atravessou o campo. — Nas frases nas quais a palavra que tem à esquerda um verbo, esta serve para completar o sentido desse verbo. Ex.: O pastor diz (o quê?) que também viu o lobo. Conclui

1.1 Completa: — No primeiro caso, a palavra que refere-se ou substitui um nome que a antecede, que vem antes, trata-se de um . — No segundo caso, a palavra que depende do verbo que vem imediatamente antes, trata-se de uma .

39

Oficina de Gramática

11 2. Identifica a que palavra se refere o pronome relativo que nas frases seguintes. Observa

o modelo. → Nota: Antes de resolveres o exercício, repara que o nome ao qual ela se refere nem sempre vem imediatamente à sua esquerda: por exemplo, na frase Eu vi uma raposa amarela e magra que fugiu, o pronome que refere-se ao nome raposa – Eu vi uma raposa amarela e magra que (a raposa amarela e magra) fugiu. A que palavra se refere o pronome relativo que? O Pedro viu leões no Jardim Zoológico que eram enormes.

Os leões que ele viu vieram do Quénia.

Visitei um grande jardim zoológico que existe em Londres.

Vi uma jaula enorme e ferrugenta que estava cheia de macacos.

leões 3. Identifica os verbos que são completados nas frases seguintes pela conjunção

subordinativa completiva que. → Nota: Antes de resolveres o exercício, repara que nem sempre a conjunção vem logo a seguir ao verbo: por exemplo, na frase Ele disse aos meus pais que me tinha visto, a conjunção completa o verbo dizer: (disse o quê?) – que me tinha visto. Repara que nesta frase, à esquerda da conjunção, se encontra um nome, mas se tentares fazer o mesmo que fizeste com o pronome relativo, obténs uma frase sem sentido gramatical. Ex.: Ele disse aos meus pais (que os quais meus pais) me tinha visto… A que palavra se refere a conjugação completiva que? O meu primo confessou ontem à noite que não gostou desse filme.

O realizador desse filme disse que era o melhor da sua vida.

Acho, agora, que não vou ver o filme.

Ele afirmou, durante muito tempo, que nunca tinha visto o filme.

confessou 4. Distingue, preenchendo a grelha, os pronomes relativos (PR) das conjunções subordinativas

completivas (CSC).

As cidades mais bonitas que visitei foram as do sul desse país. Há também paisagens que nunca esquecerei. Não é possível dizer que não se gosta desse país. Eu já tinha dito o ano passado que ia regressar. Os meus primos, que visitaram a Islândia, vieram encantados. A agência de viagens que(1) organizou a viagem entende que(2) ela foi muito barata devido à crise. Eles disseram que(1) o país asiático que(2) tinham visitado era o Vietname. Eles percorreram toda essa enorme região que(1) se encontra no sul do continente asiático, e afirmaram que(2) era muito selvagem e que(3) nos países que(4) visitaram as condições que(5) encontraram eram muito precárias.

40

PR

CSC · Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Frases

Que: conjunção subordinativa causal ou conjunção Plano sintático subordinativa consecutiva? 1. Ano de escolaridade a que se destina 7.o / 8.o / 9.o 2. Tipo de atividade Mobilização de conhecimento; treino. 3. Descritores de desempenho Integrar as palavras nas classes a que pertencem: conjunção subordinativa causal e consecutiva.

Oficina de Gramática

12

4. Conhecimentos prévios pressupostos Classes de palavras (conjunção subordinativa causal; conjunção subordinativa consecutiva). 5. Questão a que responde A palavra que: como sei se é uma conjunção subordinativa causal ou uma conjunção subordinativa consecutiva? 6. Duração estimada 45 minutos

• A palavra que: como sei se é uma conjunção subordinativa causal ou uma conjunção subordinativa consecutiva?

1. Lê as três frases seguintes e substitui a palavra que pela conjunção subordinativa causal

porque. Só numa delas obterás uma frase gramaticalmente correta. Descobre-a, seguindo o exemplo dado. Substituir que por porque e verificar a gramaticalidade Ele afirmou que ia ao cinema na terça-feira à noite.

Ele era de tal modo forte que todos o temiam.

Ela parou de correr, que já estava cansada.

Ele era de tal modo forte porque todos o temiam. (Frase incorreta gramaticalmente)

Conclui

A palavra que pode também ser uma conjunção subordinativa causal.

2. Reescreve as duas frases seguintes, substituindo a conjunção subordinativa causal

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

porque pela conjunção subordinativa causal que e vice-versa: a) O condutor conduz depressa, que ele quer chegar cedo a Braga.

b) O treinador aborreceu-se porque a equipa não tem jogado com vontade de vencer.

41

Oficina de Gramática

11 3. A palavra que aparece nas duas frases seguintes. Numa serve para iniciar a apresentação

de uma causa; na outra inicia a apresentação de uma consequência. Identifica os dois casos. Frases

Causa

Consequência

F1. O João correu tanto que se cansou. F2. O meu primo passou a noite a ler, que a televisão estava avariada. 3.1 A propósito destas duas frases, verifica se as afirmações que se seguem são todas

verdadeiras (V) ou falsas (F): Afirmações

V

F

Em F1, indica-se a consequência de o João ter corrido tanto: o João cansou-se. Em F2, indica-se a causa de o primo ter passado a noite a ler: a televisão estava avariada. Em F1, a consequência de o João ter corrido tanto foi ter-se cansado.

Conclui

A conjunção subordinativa que pode exprimir um valor de consequência em relação a um acontecimento referido anteriormente: o João cansou-se (como consequência) de ter corrido tanto.

4. Distingue, nas frases seguintes, os casos em que a palavra que inicia a apresentação de

uma causa e de uma consequência. Frases

Causa

Consequência

Ele afogou-se rapidamente, que não sabia nadar.

Ele gostava tanto do seu clube, que via todos os jogos. Ele é de tal modo rico, que comprou este grande iate. Este avião é de tal maneira rápido, que chega bastante mais cedo do que os outros ao mesmo destino. O livro era de tal modo interessante, que passou toda a noite a lê-lo. Era um livro tão bom, que não pude deixar de o ler todo. 4.1 Para terminar, observa todas as frases nas quais existe uma ideia de consequência para

verificares e concluires que a conjunção subordinativa consecutiva que vem antecedida de palavras ou expressões como tanto / de tal modo / de tal maneira / tão.

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· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Ele não quis o jornal, que não sabia ler.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Soluções

1. Oficina de Gramática

6. verbo: acreditar; frase correta?: não.

p. 3

verbo: morar; frase correta?: não. verbo: falar; frase correta?: não. verbo: pensar; frase correta?: não. verbo: perseguir; frase correta?: sim. verbo: suspeitar; frase correta?: não.

a: determinante artigo definido, pronome pessoal ou preposição?

1. Frases

Determinante Pronome Preposição artigo definido pessoal

O João viu a Maria.

x

O João falou com a Maria.

x

A menina deu o livro a uma amiga.

x

Correção: b) Aquilo em que eu não acredito é que o Pedro tire negativa. c) A casa em que eu moro é acolá. d) O jogador de que tu me falaste é fantástico. e) Eu penso que este assunto é aborrecido. g) O automóvel de que a polícia suspeitava despistou-se na autoestrada.

x

7. Respostas corretas: e); f). Respostas incorretas: a); b); c); d).

O automóvel atropelou uma pessoa; eu vi-a caída no chão.

correção das incorretas: a) Este é o local de que tenho medo. b) O filme em que entra o Brad Pitt vai estrear para a semana. c) Os doces de que ele abusou fizeram-lhe mal. d) O medicamento de que aquele doente depende esgotou.

x

Dei um beijo a um tio.

x

Ele ofereceu uma prenda a uma amiga.

x

A menina entrou na sala a correr.

x

A menina telefonou a um amigo; eu vi-a.

x

As meninas entraram na sala a correr; eu vi-as.

x x

x x

3. Oficina de Gramática

p. 9

Modificadores: que formas podem ter os modificadores e o que o modificam?

1. Frases sem os elementos destacados da coluna A: o comboio chegou a horas. // Felizmente, o autocarro chegou. // A Joana perdeu a mala. // este livro de Saramago é muito interessante. Todas as frases são corretas.

A – DETERMINANTE ARTIGO DEFINIDO

2. plural/número.

2. 2.1 a); c). B – PREPOSIÇÃO

2.2. Na frase → a palavra ou expressão →

3. variou/número. C – PRONOME PESSOAL

4. pronome/pronome/número.

modifica os grupos…

a)

ontem

chegou

b)

calmamente

passearam no recreio

c)

no quarto

estuda

2.3 b) Grupos verbais.

5. d). Correção: A palavra destacada é a preposição a, por isso não pode variar em número.

3.

3.1. Grupo Preposicional (GPrep)

2. Oficina de Gramática

p. 5

Propriedades de seleção dos verbos transitivos: quando se deve usar “que”, “em que” e “de que”?

no quarto

Grupo Adverbial (GAdv) ontem calmamente

3.2. Conclui: O modificador do grupo verbal pode ser um grupo

preposicional e/ou um grupo adverbial.

2. É possível que as frases a, b, c, d, g suscitem divergências entre os alunos. Apesar de estarem incorretas, são frequentemente utilizadas na linguagem corrente. Nas restantes, a controvérsia poderá ser menor.

4. Oficina de Gramática

p. 11

Modificador de grupo verbal e complemento oblíquo: como distingo um modificador de grupo verbal de um complemento oblíquo?

3. Não podemos ter frases como as apresentadas em 3.1 d) e

1. a) O Pedro estuda em Lisboa. (em Lisboa – M); b) Ontem visitei

3.1 e) porque o verbo pedir é transitivo direto e indireto não selecionando, portanto, a preposição de ou em.

os meus primos. (os meus primos – C); c) O livro pertence ao Pedro. (ao Pedro – C); d) Ele viu a Maria no centro comercial. (no centro comercial – M); e) O João trabalha arduamente. (arduamente – M).

4. 4.1 A frase c) da coluna A está correta porque na oração subordinada adjetiva relativa o verbo apreciar não seleciona preposição. A frase c) da coluna B está correta. Como o verbo gostar seleciona a preposição de, o pronome relativo ocorre com a preposição de.

5. Ambas as frases c) estão corretas porque os verbos desconfiar e confiar selecionam, respetivamente, as preposições de e em, o que faz com que ocorram na frase com o pronome relativo que.

44

2. Frase b) Complemento direto; Frase c) complemento indireto. 3. Frase 2: Ontem visitei-os. Frase 3: O livro pertence-lhe. 4. 4.1 a) A Joana escorregou na passadeira. b) Ele passeou pelo centro comercial. c) O João trabalha arduamente. 4.2 O facto de não serem selecionados pelo verbo: se forem suprimidos, a frase permanece gramatical.

5. 5.1 Nenhuma frase correta.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

1. As incorretas são: a), b), c), d), e), g).

6. 6.1 Substituição por o, a, os, as ou lhe/lhes

Frase pronominalizada

Função sintática

F1 Ontem visitei os meus primos.

os

Ontem visitei-os.

Complemento direto

F2 O livro pertence ao Pedro.

lhe

O livro pertence- Complemento -lhe. indireto

Frases retiradas dos exercícios 1 e 5

F3 Os meus primos moram em Paris.

Complemento oblíquo

F4 O meu irmão não vive aqui.

Complemento oblíquo

F5 O Pedro gosta de maçãs.

Complemento oblíquo

3.1. A sala era acolá. O maestro dirigiu o concerto./ Esta música encanta-nos. / A música agrada-me muito. / Os discos de vinil estão acolá. / Os discos estão aqui. 3.2 F. Estes grupos frásicos são obrigatórios para que as frases sejam gramaticalmente corretas. F. Estes grupos frásicos são modificadores dos nomes, pois são facultativos: podemos retirá-los e as frases continuam gramaticalmente corretas.

4. a) Os modificadores de nome podem ser grupos adjetivais ou preposicionais. b) Os modificadores de nome podem ocorrer no interior do grupo nominal com função sintática de sujeito.

5. GAdj antiga

8. 7.1. na passadeira: GPrep; Modificador de GV; pelo centro comercial: GPrep; Modificador de GV; arduamente: GAdv; Modificador de GV; devagar: GAdv; Modificador de GV; em Paris: GPrep; Complemento oblíquo; aqui: GAdv; Complemento oblíquo; de maçãs: GPrep; Complemento oblíquo; dos pais: GPrep; Complemento oblíquo. 7.2. b) V.

9. Complemento: um automóvel; Modificador: no meu quarto; Complemento: de livros; Complemento: às amigas; Complemento: os passaportes; Modificador: devagar; Modificador: à tarde; Complemento: aos doces.

10. do álcool: CO; ao Pedro: CI; a praia: CD; em Paris: M; em Paris: CO; à polícia: CI; durante a noite: M; frequentemente: M; um barulho: CD.

11. Modificador de GV; Complemento oblíquo; Modificador de GV; Complemento oblíquo; Modificador de GV; Complemento oblíquo.

GPrep de Débussy

triste e melancólica de amor dela

5.1. A senhora cantou uma canção. / A senhora cantou uma canção ontem. / A senhora cantou uma canção. / A senhora cantou uma canção. / Nós ouvimos as canções.

6. d). Estes grupos adjetivais e preposicionais, facultativos, têm a função sintática de modificadores de nome.

7. a) Os modificadores de nome podem ser grupos adjetivais ou preposicionais. b) Os modificadores de nome podem ocorrer no interior do grupo nominal com função sintática de complemento direto.

8. MGV: com alegria // MN: muito bonito; da renascença desconhecido // MGV / MN: MGV – ontem MN – admirável.

5. Oficina de Gramática

9. Conclui: O MGV modifica todo o grupo verbal; o MN só modifica

p. 15

Modificador de grupo verbal e modificador de nome: como distingo um modificador de grupo verbal de um modificador de nome?

1. Modificador de GV ontem atentamente anteontem com prazer com satisfação facilmente / ontem ---------------

Complemento os discos / ao Pedro esse disco me / vários discos essa música bonita me / pelo meu tio os discos / a alguém te / disco riscado

um nome que é sempre núcleo de um grupo nominal.

6. Oficina de Gramática

p. 19

Predicativo do sujeito e complemento direto: que constituinte aparece à direita dos verbos ser ou estar e que função sintática desempenha?

1. 1.1 Grupo 3. 1.2 a) e c).

2. a) meus primos; b) furiosa; c) em França; d) acolá; e) em Paris; f) doentes; g) sentadas; h) na escola; i) em casa; j) para domingo; k) no sábado; l) ali; m) elevado; n) um desporto.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

2.1. Grupo nominal

2. Adjetivos francês

Preposições

Grupo adjetival

Grupo preposicional

Grupo adverbial

a) meus primos b) furiosa

c) em França

d) acolá

n) um desporto

f) doentes

e) em Paris

l) ali

g) sentadas

h) na escola

m) elevado

a) em casa j) para domingo k) no sábado

de exímia com

3. GAdj

GPrep de música

inglês moderna clássica

2.2. O predicativo do sujeito é o constituinte à direita do verbo copulativo e pode ser constituído pelos grupos nominal, adjetival, preposicional, adverbial.

3. Predicativo do sujeito: Esta personagem é fantástica. / de vinil da Maria

Hoje ficamos em casa do Pedro. / Todos os alunos permaneceram em silêncio. / A Maria continua ali. / / A Joana está uma mulher. / Assim vestida, a Ana parece um anjo.

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4. Predicativo do sujeito: cansado; em pé; estudiosos; interessantes; ali; uma atriz.

5. Predicativo do sujeito: A Maria parece uma adulta. / O futebol é um desporto coletivo. / Eles continuam ali. / O livro está no meu quarto. / Eles continuam no lugar. / Eles permaneceram sentados. / A Maria e a Joana ficaram em Lisboa. Complemento direto: A Joana emprestou a caneta. / Eu arrumo o meu quarto. / Elas observam as estrelas. / Eu entreguei o dicionário ao Pedro. / O Pedro perdeu o telemóvel.

6. Exemplos: O João está um rapagão // A Maria continua uma jovem (GN); O Pedro está cansado // O João ficou doente (GAdj); O André ficou em Lisboa // O António está de cama (GPrep); O Francisco continua mal // A Joana ficou lá (GAdv).

7. Oficina de Gramática

p. 23

Complementos direto, indireto e oblíquo: como distingo o complemento direto e o complemento indireto do complemento oblíquo?

1. Complementos diretos: dois quilómetros / o assunto / as suas crias / uma bela esplanada; Grupos frásicos: grupo nominais (GN); Todos são substituíveis por o, a, os, as; Frases pronominalizadas: O automóvel percorreu-os. / Eles estudaram-no. / As aves protegem-nas. / O arquiteto projetou-a.

2. Complementos indiretos: aos peixes / aos amigos / aos doces; Grupos frásicos: Grupos preposicionais (GPrep); Todos são substituíveis por por lhe ou lhes; Frases pronominalizadas: Santo António falou-lhes. / A Maria telefonou-lhe. / As crianças não lhes resistem.

3. 3.1. Passo 1: Deixamos de ter uma frase gramatical. 3.2. Passo 2: Grupo preposicional (GPrep) e Grupo adverbial (GAdv); 3.3. Passo 3: Não podem ser substituídos.

4. O complemento oblíquo é uma função sintática interna ao grunpo verbal e pode ser desempenhada por grupos preposicionais e adverbais. Não podem ser pronominalizados por o, a, os, as nem por lhe e lhes.

5. Frases O João comprou dois cadernos. Eles apostaram no trabalho. O Pedro telefonou aos pais. O meu irmão mora em Paris. Eles gostam de viagens. Elas preferem a praia. Aqueles computadores pertencem à escola.

Grupos frásicos GN x

GPrep GAdv ____

____

Pronominaliza? Complemento

7. A minha carteira: complemento direto; Ao pedro: complemento indireto; A lareira: complemento direto; aos meus pais: complemento indireto; a pergunta: complemento direto; aos melhores atores: complemento indireto; aos jogadores: complemento indireto.

8. a) complemento direto + oblíquo: Ela colocou os livros na estante; b) complemento direto + indireto: Ela entregou as notas à mãe; c) complemento indireto: Ela telefonou ao pai; d) complemento oblíquo: Eu não concordo com o professor.

8. Oficina de Gramática

p. 27

Complemento direto e complemento indireto: como distingo o complemento direto do complemento indireto?

1. Verbo + o quê? – percorreu + uma grande distância; perdeu + o comboio; debateram + o assunto; protegeram + as suas crias; observaram + a experiência. 1.1. Complemento direto. 1.2. Sim. 1.3. Sim. 1.4. Complemento direto. 1.5. Grupos frásicos: todos grupos nominais (GN); Todos substituíveis por o, a, os, as; Frases pronominalizadas: O comboio percorreu-a. / O Pedro perdeu-o. / Os políticos debateram-no. / Os animais protegem-nas. / Os alunos observam-na.

2. Verbo + a quem? – falou + aos portugueses; telefonou + aos pais; resiste + aos doces; acudiu + aos amigos; sobreviveram + ao acidente. 2.1. Grupo preposicional – GPrep. 2.2. Sim. 2.3 Sim. 2.4 Complemento indireto 2.5. Grupos frásicos: todos são grupos preposicionais (GPrep); Todos substituíveis por lhe ou lhes; Frases pronominalizadas: O presidente da República falou-lhes. / A Maria telefonou-lhes. / A Joana resiste-lhes. / O Pedro acudiu-lhes. / Os passageiros sobreviveram-lhe.

3. • um livro / à Maria / O João ofereceu-lho. • o livro / ao primo / O Francisco emprestou-lho. • a bola / ao Pedro / O João atirou-lha. • os cadernos / à professora / Eles entregaram-lhos.

4. Complemento direto: um computador novo / a encomenda / a pergunta / o livro / uma constipação / Um medicamento milagroso; Complemento indireto: aos pais / ao meu pai / ao teu irmão / ao Pedro / à minha mãe. 5. Complementos diretos: a minha carteira; a lareira; este livro; a pergunta; um prémio. Complementos indiretos: ao Pedro; aos meus pais; aos melhores autores; ao treinador. 6. Resposta livre, desde que inclua frases com complemento direto e/ou indireto.

sim

direto

x

não

oblíquo

x

sim

indireto

x

não

oblíquo

x

não

oblíquo

x

sim

direto

Orações subordinadas adverbiais: porque chamamos adverbiais a algumas orações subordinadas?

x

sim

indireto

1. Advérbios: aqui; aqui/ontem; rapidamente; acolá; ali; violenta-

6. O pai deu ao Pedro um computador novo: (complemento direto – um computador novo; complemento indireto: ao Pedro); O Pedro obedece aos pais: (complemento indireto - aos pais); O carteiro deixou a encomenda ao meu primo: (complemento

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direto – a encomenda; complemento indireto – ao meu primo); O carteiro deixou a encomenda na caixa do correio: (complemento direto – a encomenda; complemento oblíquo – na caixa do correio); Ofereceste esse presente à tua mãe? (complemento direto – esse presente; complemento indireto – à tua mãe); Entreguei os documentos na secretaria: (complemento direto – os documentos; complemento oblíquo – na secretaria); Nem sempre concordo com os meus pais: (complemento oblíquo – com os meus pais); Deixei o livro na estante. (complemento direto – o livro; complemento oblíquo – na estante).

9. Oficina de Gramática

p. 31

mente/acolá. 1.1. Eu almocei./ Eu almocei./ O Pedro adormeceu. / O Pedro adormeceu. / O automóvel teve o acidente. / O automóvel embateu no outro.

2. 2.1. A. 2.2. Modificadores de grupo verbal: bem / desesperadamente / facilmente; Complementos: a porta.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

Complemento direto: O António comprou um computador. / Os alunos receberam um prémio valioso. / Guardei o meu estojo na estante. / O médico diagnosticou-lhe uma gripe.

3. F1 b); F2 c); F3 a). 4. 4.1. a). 4.2. Mantêm-se corretas. 5. a). 6. F. Na frase complexa O Serafim e o primo dizem que o livro é bom, a oração subordinada «que o livro é bom» pode ser retirada e a frase mantém-se gramaticalmente correta e completa. Correção: Se retirarmos à frase complexa a subordinada «que o livro é bom» obtemos «O Serafim e o primo dizem». Trata-se de um segmento incompleto, pois o verbo seleciona um complemento, que é função sintática de «que o livro é bom». Assim, a subordinada não é adverbial, não funciona como modificador, não é facultativa; é, sim, obrigatória, funciona como um complemento direto, é uma oração subordinada substantiva completiva.

10. Oficina de Gramática

p. 35

Orações subordinadas substantivas completivas: porque chamamos orações completivas a algumas subordinadas?

1. Frases a que se pode retirar o elemento destacado: O meu primo ofereceu-me ontem este livro. / A minha mãe deu-me um beijo na cama. / Eu visitei esse palácio anteontem. 1.1. Completa: Estes elementos sintáticos facultativos são modificadores de grupo verbal. Os outros, obrigatórios, selecionados pelo verbo, são complementos. 2. 2.1. Conjunções subordinativas da coluna A: F1. Porque / conjunção subordinativa causal; F2: quando / conjunção subordinativa temporal; F3: para que / locução conjuncional final. 2.2 Orações subordinadas da coluna A: F1. porque escorregou / oração subordinada adverbial causal; F2: quando caiu /oração subordinada adverbial temporal: F3: para que o observasse / oração subordinada adverbial final. 2.3 O Carlos caiu. / O Carlos magoou-se. / O Carlos foi ao médico. 2.4 Completa: retirei a estas frases complexas a oração subordinada adverbial e elas mantiveram correção gramatical. Por isso, podemos dizer que estas orações subordinadas adverbiais não são elementos obrigatórios e têm a função sintática de modificadores.

· Entre Palavras 8 · Oficinas de Gramática

3. 3.1 Conjunções subordinativas da coluna B: F1.1: que / conjunção subordinativa completiva; F2.1: que / conjunção subordinativa completiva; F3.1. que / conjunção subordinativa completiva. 3.2. Orações subordinadas da coluna B: F1. que escorregou. / Oração subordinada substantiva completiva.; F2: que tem de ir ao médico. / Oração subordinada substantiva completiva.; F3 que fizesse uma radiografia. / Oração subordinada substantiva completiva. 3.3. O Carlos disse. // O Carlos pensa // O médico pediu ao Carlos. 3.4. Completa: retirei a estas frases complexas as orações subordinadas substantivas completivas e elas não mantiveram correção gramatical. Os verbos dizer, pensar, pedir necessitam de informação que lhes complete o sentido. Por isso, podemos dizer que estas orações subordinadas substantivas funcionam como complementos. 4. Resultado de se retirar da frase complexa a oração adverbial: Os meus primos compraram os bilhetes. / Eles lancham sempre nesse café. 5. Resultado de se retirar da frase complexa a oração adverbial: (Ele afirmou no tribunal, durante o julgamento,); (O juiz concluiu); (O juiz disse em voz alta).

11. Oficina de Gramática

2. A que palavra se refere o pronome relativo que: leões / os leões / um grande jardim zoológico / uma jaula enorme e ferrugenta. 3. A que palavra se refere a conjunção completiva que: confessou / disse / Acho / afirmou.

4. Frases As cidades mais bonitas que visitei foram as do sul desse país. Há também paisagens que nunca esquecerei.

PR

CSC

X X

Não é possível dizer que não se gosta desse país.

X

Eu já tinha dito o ano passado que ia regressar. Os meus primos, que visitaram a Islândia, vieram encantados. A agência de viagens que(1) organizou a viagem entende que(2) ela foi muito barata devido à crise.

X X X(1)

X(2)

Eles disseram que(1) o país asiático que(2) tinham visitado era o Vietname.

X(2)

X(1)

Eles percorreram toda essa enorme região que(1) se encontra no sul do continente asiático, e afirmaram que(2) era muito selvagem e que(3) nos países que(4) visitaram as condições que(5) encontraram eram muito precárias.

X(1) X(4) X(5)

X(2) X(3)

12. Oficina de Gramática

p. 41

Que: conjunção subordinativa causal ou conjunção subordinativa consecutiva?

1. Ela afirmou porque ia ao cinema… (Frase incorreta gramaticalmente). // Ela parou de correr, porque estava cansada. (Frase correta gramaticalmente). 2. a) O condutor conduz depressa porque ele quer chegar cedo a Braga. b) O treinador aborreceu-se, que a equipa não tem jogado com vontade de vencer. 3. F1. O João correu tanto que se cansou. (consequência); F2. O meu primo passou a noite a ler, que a televisão estava avariada. (causa) 3.1. V. Em F1 indica-se a consequência de o João ter corrido tanto: o João cansou-se / V. Em F2 indica-se a causa de o João ter passado a noite a ler: a televisão estava avariada. / V. Em F1 a consequência de o João ter corrido tanto foi ter-se cansado.

4. Ele afogou-se rapidamente, que não sabia nadar. – causal / Ele não quis o jornal, que não sabia ler. – Causal / Ele gostava tanto do seu clube, que via todos os jogos. – consecutiva / Ele é de tal modo rico, que comprou este grande iate. – consecutiva / Este avião é de tal maneira rápido, que chega bastante mais cedo do que os outros ao mesmo destino. – consecutiva / O livro era de tal modo interessante, que passou toda a noite a lê-lo. – consecutiva / Era um livro tão bom, que não pude deixar de o ler todo. – consecutiva.

p. 39

Que: pronome relativo ou conjunção subordinativa completiva?

1. Nome à esquerda de que: lobo / animal / lobo/ lobos. Verbo à esquerda de que: diz; afirmou / disse. 1.1. Conclui: - No primeiro caso, a palavra que refere-se ou substitui um nome que a antecede, que vem antes, trata-se de um pronome relativo. - No segundo caso, a palavra que depende do verbo que vem imediatamente antes, trata-se de uma conjunção subordinativa completiva.

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