O Que e Cultura Popular Antonio Augusto Arantes Neto

March 11, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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 Antonio Augu Augus sto Ar antes antes

a   QU QUE E E I

C U LTURA POPULAR edito itora ra b asilie silien nse

 

UM AGLOMERADO   I NDIGESTO DE FRAGMENTOS? "C "Cul ultur turaa po popu pula lar" r"   esta esta longe   d e ser  ser    um concei conceito  bem definido pelas ciencias huma human nas e es espe peci cial al-discip plin linaa que tem tem mente mente pe pela la Antro Antropo polo logi giaa Soc Social, disci ded icado cado pa parti rticu cular lar aten atenc; c;ao ao ao est estudo udo da   "cu cult ltura". ura". Sao mu muit itos os os se seus us ssiign gnifi ifica cado doss e   bastant astantee hetero hetero-essao ge gene neos os e vari variav avel elss os eve evento ntos que _ e~~~x   r essao e. reco   .r e. Ela rem remete ete,,   na ver d  da  de, a   um am pl am plee esp speectro de co conc ncep epc; c;:o :oes es e po pont nto os de   vi vissta   qu quee   va vao o desd desdee a nega nega~o ~o (imp (impllf cita ou   ex p  pllf cita) de   qu quee   os f atos ntenh tenham am   al alg guma   f or ma de  por ela identificados co con "saber ", ate   0   extr emo emo   d eatri b ri bu uir-I r-Ih hes   0   pa pe  pel de resis resisttencia   cont ntra ra a d do ominac nac;ao de c1a c1asse. sse.   . _   _ Es Essa sass d ifere feren ntes conce pc;:oe  pc;:oess or ientam   a   o b  bse ser  r pessqui quisador  sador    para   fato fatoss bastant antee   d iversos iversos vac;::ao do pe vac; en entr tree si. Tomem Tomemos,   por ex exem em plo,   esses do dois is   pon onttos

 

extr emos emos.   a   pr imei i meiro ro re refe fere re-s -se, e, em ger  ger al,   a s'   d a   tecn cnol olo o i   (t (tecn ecniicas de   tr a b  baalho lho,, imento toss de cur cura,   etc.) e de "c "conh nhec eciime mento nto"" iver so,   enq uanto   0   seg segun und do enfatiz izaa   as s   artl rtlsti sticas cas   d e ex  J:  J:::.es es~9 ~9   (I (Iiitera terattur a   or al, teatr o,   et etc. c.)); um te t ende a   pen enssar os -   -.   os no pa passado ssado,, co como mo a~   q ue ue f oi oi ou   que   log ogo o " su p  peer ado; ado;   e   outro   \.f >lmsa-os no futuro, -   br and o ne nelles in indl dlci cio os de   uma nova or em ~xaminar emos emos,   nes nestte capitu tullo,   do doiis pontos esp spec ecttro ro::   por um   lado ado,,   a "cul cultura tura   po p  pu ular" ce   id a or c~ c~nt ntr  r ast~   C! C!9 9~lIlo _ geo geo.er k  ko   I   r a"   em seu usa   co cor  r r  re  nte e,   po por outro, como e   d e   uma   ideal dealiz izaanjun,,tos de problemas c~>njun que,   a rigor ,   for am colocatlos em contextos teori cos diversos. Proc Pr ocur uran ando do evit ev itar ar os desca descami min nhos do ecl clet etiism smo, o, tra rata tare reii ca cada da ur urn n del delees   no noss termo rmoss   d e seu seuss con contex tex-tos teo eor  r ico coss es espe peccf f  ficos. i  cos.   Mas, ao   mes mesmo mo te tem m po  po,,  proc  p rocu urando   articu rticullar os fi os   d e   um racioclnio

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eu   ver coerente te,,procura rarrei mostrar a sua  pllem  p emeent ntar arid idad adee no de desv sven enda dame ment nto o   d e um o pr o b  ble lem ma ge ger  r al. dimensoe soess   e ob j jeetivo ivoss   deste traba trabalho, lho, ados   as dimen cabe re  fle fleti tirr aqui   de mo mod  d o   exau aust stiivo sobre as   ul ultipla tiplass d ime imens nso oes   do   conceito   d e   cult ltu ur a. a. ;:lar a   um umaa in intro trodu ducc;: ;:ao ao gera rall mais d etalha etalhada sug ugiir o -   "ln lnd  d icac cac;:o ;:oes es par a   Leitura", Leitura",   apr esent esentada adass no final estee   volume. est Em   estudo   publica ublicad  d o   origin riginal al ment mentee pe pella   Unive Univer -'   ad e de Ha Harv rvar ard d (E (EUA UA))   em   1952,   intitul ntitulad  ad o   Cu Culle,  a cr itica icall   r eview   of f    concepts   an and d   definit finitiions   os - tr op6 op61og ogos os Kr Kroe oebe ber  r    e   Klu Kluck  ck hoh ohn n apre  sent ntaam   os Itad ados os d e   um lev levan antamento tamento   exaus exaustivo d as as var ias c   pc pc;: ;:o oes do con once ceit ito o d e "c "cu ultur a", a",   tal como ele a sen endo do em p  pr  r egado e   de def  f ini nid  d o em   sua di disscip ipli li-5 ~a,   at atee   aquel aquela da data ta.. Essee   levan Ess evanttame amen nto mostra qu que, e,   emb mbo or a   dif er ent ntes es sor  so r es atribuam difer ent ntees pesos   as   multip ultipllas i   ensoes de dess ssee   conce conceit o ,   ele eless em ge ger al co con nco cor  r dam dam e   um   de se seus us as aspe pect ctos os   mai aiss   im p  por  or tantes e 0 "sig sign nificac; ficac;::ao". Dizem el elees: "signifi nificcac ac;;:ao e lor es es   SaD SaD d   d a   ess sseencia d a or ganiz anizaac; c;:ao :ao   da cultura. =   er d  da  de que 0 em em penho   d o   hom omem em   es esta ta di diri rig gid o a f ins; mas   ess ssees f ins ins   SaDmol SaDmoldad os os   pe pelo loss valo lore ress a   cu culltur a;   e os   valore valoress Sa SaD D se sen ntid os como intrfns,   nao co com mo me meiios.   E os valo valor  r es e s Sa SaD D variaveis

e   relativos, relativos,   nao pred predetermi eterminado nadoss   e eter nos"embora nos"embora cer tos t os un uniive ver  r sai sais da bio biolo log gia  e da vi v id a  socia  sociall   hum humaana nass  paar ec;:am   p ec;:am   ter gera erado do alg alguma umass cons nstan tanttes,   ou   q uase 6 constant consta ntees,   q ue u e atra atrav vessa essam m   as as dif   dif er enc;:as c enc;:as  cu u It  Itu u r ais". Evi vide den nteme tement ntee,   no noss trin rinta ta   anos   q ue   se   se seguiram guiram a   esse   lev levaant ntamen amentto,   0 estudo   da   cultur a   pas passo sou u  po  p or  r    gr and es tr ansformac; ansformac;::oe oes, s, s? s?br  br etud o   .atr ~v ~v _e  _ess d ~ o b  br  r a   de C.   Levi vi--Strauss Strauss,,   cUJ cUJas as contnb contnbUlc Ulc;:o ;:oes es a Antr o p  po olog ogiia   Soci ocial al se   impuse impusera ram m pr prin inci cip palmente na area area   da da.."signifi ignificcac;:ao" ac;:ao"..7 Essee   eo,   pr Ess prim imei eiro ro tema que tr traata tarrei neste capitulo.. capitulo

o   po pont nto o

de part partid idaa us usua uall d o   trab rabaalho   d o an antr  tr o p610  p61 0go   e a   obs obseervac; rvac;:ao :ao direta   d e   in indivfd  divfd uos uos se comportando   f ace ace   a   outr os   ind ivfd  ivfd uos   e   em   relac;:ao relac;:ao

a   natu atur  r eza. eza. As pes pessoa soass   f ala a lam um umaas com as out outr as, a s, ges estticulam,,   movime lam ovimen ntam-se de   d eter mina nada dass mane ma neira iras, s, ocup oc upaam ce cer  r tos tos   esp spaac;:os e   evi vita tam m ou outro tros, s, tro troca cam m com seus par cei ceir  r os   e   pa part rtic icip ipaam d e   conflitos, d esenv senvo olv lveem suas ati tiv vid idad ades es se sex xuais e de su sub bsi sisstencia ia..   A   o b  bsser vac;: ac;:ao ao,,   prolonga prolongada e teori riccament amentee   "

cit  t . ,  p  p,,  338 (6)   op,   ci  338//9, (7)

Levi vi--Strau Strausss,   C. (1952 (1952 e 196 1960) 0)..

 

~ d a,   d esses e outros compor tamentos e :----. j jad  :ad es, e s, pe perm rmit itee de dettect ctaar    r egularid ades. des. E or a 0   eq ui pamento bioll6gico bio ico do doss ho home mens ns id entico entico   em   tod a   parte, rte,   inclusiv clusivee a   d eess pe  peito hamada adass   "di "dife fer  r enl; nl;::as   r aciais" aciais",, essas   r eegul gulaaries variam   de   um   gr u p  po o   social social par a   out outr  r o; o; -.- j jaa   mesm esmo o as   ativi tivida dad  d es es   q u uee atendem as ssid ad  ad es   f isio sioll6g 6giicas do    home omem, m, tais com omo o r ovi ovimen mento to   d a alime limentac ntac;;ao,   d o a brigo   e   do ~x   Evidente Evidentemente, mente,   atende den ndo   a r estri
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