o Papel Da Indústria Da Construção Civil Na Organização Do Espaço e Do Desenvolvimento Regional

June 19, 2019 | Author: Diego_Scribd | Category: Cidade, Economia, Geografia, Desenvolvimento econômico, Setor Terciário da Economia
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O PAPEL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Valeria Faria Oliveira [email protected] Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade de Taubaté (UNITAU) Rua Daniel Danelli, s/n - 12060-440, Taubaté-SP - Brazil Edson Aparecida de Araujo Querido Oliveira [email protected] Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade de Taubaté (UNITAU) Rua Daniel Danelli, s/n - 12060-440, Taubaté-SP - Brazil

RESUMO. O artigo objetiva analisar a importância da Indústria da Construção Civil, organização do espaço e sua variável no desenvolvimento regional, de modo que o setor econômico venha contribuindo para a economia favoravelmente. O setor da construção civil é uma tendência crescente no país e grande geradora de consumidores de espaço. O ajuste físico e locacional dividido entre os proprietários fundiários, promotores imobiliários e o estado participam diretamente como autores na regulação do uso do solo e movimentos sociais urbanos econômicas com satisfação para a recuperação econômica e a potencialidade das várias situações de ajustes econômicos. Além do que, a construção civil é aporte no planejamento territorial e urbano. O espaço urbano é uma característica da regionalização regionalização do espaço com o intuito de contribuir para a organização do espaço. Esse artigo não pretende garantir-se em estudo profundo do setor, tampouco aprofundar-se na solução de problemas. A intenção é adequar o conhecimento disponível, criando possibilidades possibilidades de estudos futuros.

Palavras-chave:   Gestão. Desenvolvimento Regional. Construção Civil. Planejamento Urbano. Economia. THE ROLE OF CIVIL CONSTRUCTION INDUSTRY ORGANIZATION IN THE AREA AND REGIONAL DEVELOPMENT ABSTRACT. The article aims to analyze the importance of the Civil Construction Industry, organization of space and variable in its regional development, so that the economic sector will contribute positively to the economy favorably. The section of the building site is a growing tendency in the country for the economical activities with satisfaction for the economical recovery and the potentiality of the several situations of economical adjustments. In addition, the building site is contribution in the territorial and urban planning. The urban space is a characteristic of the regionalization of the space with the intention of contributing for the organization of the space. That article doesn't intend to guarantee in deep study of the section, either to deepen in the solution of problems. The intention is to adapt the available knowledge, creating creating possibilities of future studies. Keywords: Management. Regional development. Civil construction. Urban planning. Economy.

The 4th International Congress on University-Industry University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7 th, 2012 ISBN 978-85-62326-96-7 978-85-62326-96-7

1. INTRODUÇÃO  A construção civil nos últimos anos constitui num dos setores da atividade econômica em desenvolvimento. Tais movimentos vem de encontro com movimentos ocorridos no século XX, a combinação de fatores relacionados a crise fiscal e previdenciária do Estado, movidos pelo advento da Terceira Revolução Industrial que desencadeou severas transformações fizeram surgir por meio de relações sociais de produção até a reprodução do cotidiano ou seja, meios de produção e família, com isso surge as novas redes socioespaciais globalizando a vida social (SANTOS, 1997).  A preocupação com o futuro das cidades, incluindo nesse contexto população, desperta para a fragilidade de reorganização e rediferenciação territorial, dessa expansão urbana e produtiva e a influencia desse crescimento das cidades. Existe confusão dos papeis de assumir uma postura sobre a sociedade urbana com o processo de mudança social (FARIA, 1991) deixando de lado o valor social.  A construção civil e o desenvolvimento econômico estão intrinsecamente ligados, a indústria da construção promove incrementos capaz de elevar o crescimento econômico. Isso ocorre principalmente pela proporção do valor adicionado total das atividades, como também pelo efeito multiplicador de renda e sua interdependência estrutural (TEIXEIRA, 2O1O).  As tratativas da indústria da construção civil como parte fundamental para o crescimento e desenvolvimento econômico de um país ficam relegadas a um segundo plano. Nesse sentido serão abordados os aspectos que concerne de forma relevante para o desenvolvimento regional analisando o conteúdo histórico envolvendo o viés para o planejamento urbano e as influências dos atores no processo.

2. REVISÃO DA LITERATURA  A história da construção civil fundamenta-se na perspectiva de várias tendências e mudanças para o setor da indústria, porque é uma prioridade na alocação dos recursos escassos da economia e fortalecimento do setor social devido a grande geração de empregos.  A Construção Civil é caracterizada como atividades produtivas da construção que envolve a instalação, reparação, equipamentos e edificações de acordo com as obras a serem realizadas. O Código 45 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do IBGE, relacionam as atividades da construção civil como as atividades de preparação do terreno, as obras de edificações e de engenharia civil, as instalações de materiais e equipamentos necessários ao funcionamento dos imóveis e as obras de acabamento, contemplando tanto as construções novas, como as grandes reformas, as restaurações de imóveis e a manutenção corrente. Para a compreensão da indústria e a construção civil utilizar-se-á a teoria de Keynes, a qual fundamenta na orientação e a participação da indústria.  A teoria Keynesiana fortalece na orientação de que a dinâmica da indústria de construção compreende a economia do setor. A realidade do setor econômico vigência-se na apropriação das práticas de investimento do setor com o intuito de gerir e propagar as mudanças e tendências de um setor que ajusta o processo de crescimento econômico. Conforme destaca Scherer (2007), a indústria da construção possui as suas especificidades macroeconômicas, em que as variáveis das tendências e expectativas empresariais contribuam para o desenvolvimento estável, e um sistema financeiro com políticas de crédito favoráveis para o desempenho do homem, sendo esta fundamentada na geração de produto emprego. A

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abordagem enfoca a demanda agregada, a qual integra as decisões de investimento que é combinada com a economia, indústria e social. Os bens de produtos ou serviços constitutivos pela demanda faz com haja a possível quantidade de geração dos bens e serviços, os quais fazem relação de proposições eficazes que demanda a organização da produção. Na perspectiva de Finkel (1997), a influência significativa do Estado é como demandante de produtos e serviços finais prestados pela construção. Em consonância as despesas e os demais recursos que são determinados para a garantia da produção contribuem para a prática da cidadania. O desenvolvimento econômico de nosso país tem contribuído para o fortalecimento da economia devido a disponibilização do crédito, taxas de juros o que favorece os investimentos do setor. Para a indústria o governo interfere com a alocação dos recursos tais como os investimentos de crédito e as permissões para a construção, ou seja, a liberação do capital e as negociações para a organização das atividades propostas.  A construção civil no país é crescente e infere o desenvolvimento econômico para a construção civil e a geração de emprego, portanto, é uma atividade que encontra relacionada a diversos fatores do setor que contribui para o desenvolvimento regional, a geração de empregos e mudanças para a economia, ou seja, a elevação PIB e tendo em vista seu considerável nível de investimentos e seu efeito multiplicador sobre o processo produtivo. O Gráfico 1 apresenta como a construção civil tem representado as evidências dos principais fatores de que a construção nos últimos anos em nosso país tem contribuído para a economia.

Gráfico 1 - PIB Brasil e Construção Civil . Fonte: IBGE 2012.

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Com dados concisos percebe-se que a Construção brasileira retomou nos anos recentes o seu importante papel na receita do desenvolvimento. Após décadas de baixo investimento em infraestrutura e em habitação, o país reencontrou sua rota de progresso e, para isso, não poderia prescindir do nosso setor para a formação de capital e para a promoção de qualidade de vida da população. A impulsão da construção civil é uma característica das tendências que a cada dia vem sendo aprimorada para garantir o crescimento do setor de modo sustentável a geração de empregos e o aquecimento do setor em relação aos vários agentes que são englobados para a organização do espaço em relação a construção civil. Com as transformações que as áreas urbanas e os espaços regionais vêm sofrendo com o processo contemporâneo conhecido como globalização, fizeram surgir uma Nova Geografia Econômica (NGE), formada por Paul Krugman, Macashita Fujita e Anthony Venables, que põe o antigo sistema das teorias sobre as hierarquias de Christaller (1933) e Lösch em prova, discutindo sua real eficácia (RUIZ, 2006).  A conclusão desses autores é categórica: essas abordagens não apresentam uma teoria consistente sobre como os agentes (empresas, trabalhadores e consumidores) se dispersam e se organizam no espaço. Afirmam que a falha dessas teorias seria a falta de uma teoria geral que explica a microorganização espacial dos agentes. Nenhum desses citados tradicionais modelos de economia regional e suas recentes interpretações teria seus microfundamentos completamente desenvolvidos. A NGE propõe completar essa lacuna apresentando uma "teoria geral da economia no espaço". (RUIZ, 2006, p.144) Corrêa (2000) alia o espaço urbano como uma forma organizada no contexto espacial ou simplesmente o espaço urbano fragmentado, conceituando espaço urbano como fragmentado e articulado, formando um conjunto de símbolos e campo de lutas. Planejar e organizar é uma forma de prevenir problemas urbanos quando nos referimos a habitação e o acelerado avanço nesse crescimento populacional exige atenção especial no que concerne a estruturação da organização espacial e as teorias influenciam diretamente essa estrutura. O vasto horizonte de negócios segue promissor para a cadeia produtiva da construção civil, pois além da mesma proporcionar mão de obra para a sociedade, contribui para o processo de regionalização do espaço em que é mantida a estrutura e infraestrutura daqueles que a cerca com o intuito de garantir as mudanças em relação a este setor, o qual centraliza nos serviços e nas tendências das indústrias do setor da construção civil.

2.1. Teoria da Localização de Walter Christaller  Os estudos sobre as teorias desenvolvidas no campo da economia urbana e regional resgatam estudos iniciados desde o século XIX por economistas e geógrafos alemães, como Johann Heinch von Tunner, Walter Christaller, Alfred Weber e August Lösch, que recomendaram padrões de organização de redes de cidades (tomadas como lugares centrais) e de localização de industrias e atividades primárias e terciárias e amplidão das várias áreas de mercado. As dimensões foram reduzidas vislumbrando uma ordem disciplinaria (CORRÊA, 1995).  A organização dos centros urbanos é fator que é acrescido num ambiente de conquistas das cidades, porque é preciso manter uma relação da dimensão da terra e o exercício de conquistas que dinamizem a propriedade urbana como uma ordem espacial qualificada (CORRÊA, 1997).  A análise da localização urbana na concepção de Walter Christaller colaborou com a criação da hierarquia dos centros urbanos, onde se divide em duas forças: a primeira parte do

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espairamento territorial rural e a segunda é a concentração permanente unindo bens e serviços no mesmo território.  A criação da hierarquia de centros urbanos se distingue quando ocorre mais e variados serviços comercializados como lugares superiores e enquanto nos lugares inferiores essa frequência é menor, e lugar central como complementares, e essa centralidade é dada pelo lugar onde a concentração de serviços proporciona maior bem-estar aos que ali convivem. Surgem então o principio da organização das redes urbanas, advinda da relação da quantidade de aglomerados e suas dimensões.  A formação das redes urbanas forma conjuntos de centros urbanos onde estão relacionados entre si. Neste contexto, a regionalização é fator a ser observado e destacado para que a localização seja um dos principais pontos para o espaço nas variáveis de concentração dos centros urbanos. Repensar a teoria das localidades centrais de forma mais eficaz, não fugindo da origem de Christaller, porém de forma mais eminente (CORRÊA, 1997).  A identidade do lugar cada vez mais dependente e construída no plano do mundial faz com que, atualmente, a historia do lugar passe cada vez mais pela historia compartilhada que se produz além dos limites físicos do lugar, isto é de sua situação especifica. Assim a Situação muda na trama relativa das relações que ele estabelece com os outros lugares no processo em curso de globalização que altera a situação dos lugares porque relativiza o sentido da localização (CARLOS, 2007).  A disputa entre espaço lugar e sustentabilidade se torna foco para discussões acerca das prioridades, onde os atores sociais fazem parte como produto de seu trabalho, o lugar tem sua configuração para bens e serviços e a sustentabilidade como espaço fragmentado.  A sociedade encontra inserida no território, alguns são proprietários e, assim, o lugar torna ponto de referencia para que se tenha o conhecimento da localização, ou seja, o espaço a ser ocupado em diferentes áreas. O desenvolvimento do setor da construção civil em relação às atividades terciárias encontra relacionado aos equipamentos terciários que integra a localização e acessibilidade para os bens e serviços básicos que favorecem o exercício de mudanças e práticas que validam a economia dos atores. O crescimento do setor econômico também enfoca a economia de escala e a determinação da região em relação a economia do mercado e dos setores que a mesma encontra inserida porque a renda per capita é fator relevante para a economia de mercado e o desenvolvimento regional.  A alta produtividade e a melhoria da garantia do emprego são fontes propulsoras e determinantes para o equilíbrio dos espaços e das regiões, ou seja, que os mesmos sejam ocupados adequadamente. A região é ocupada em tempo hábil e consonante com as práticas de ordens econômicas. Segundo O’Sullivan (2000), a teoria dos lugares centrais caracteriza-se por observar o número, tamanho que as cidades ocupam em determinada região, sendo que, identificar a possibilidade do desenvolvimento e a garantia da distribuição do espaço de modo adequado fundamenta-se nos princípios da regularização do setor. Para a teoria dos Lugares Centrais a localização de cada setor é conjugada com a região, o espaço que a mesma ocupa e a consonância das variáveis que agregam o espaço demarcado pelo setor.  A área central de acordo com Corrêa (1995, p. 5) “constitui no foco principal da cidade e suas inferências, ou seja, as atividades comerciais, de serviço, gestão pública e privada, dos terminais de transportes inter-regionais e intra-urbanos e a paisagem que é inserida nas cidades ”.  A cidade é o importante centro urbano que ocupa as partes centralizadas e as aglutinações das atividades que são relacionadas com o intuito de caracterizar e evidenciar que os setores das The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7 th, 2012 ISBN 978-85-62326-96-7

cidades são fundamentais para a concentração dos ciclos de participação do homem em sua formação. O desenvolvimento urbano é determinado na dimensão da cidade e a região que insere para que cada conjunto urbano torne um sistema. Neste sentido, a construção civil cada vez mais é relacionada com os fatores de desenvolvimento regional, a geração de empregos e mudanças para a economia, ou seja, a elevação do PIB. Corrêa (2000) avalia o espaço urbano como o conjunto de diferentes usos da terra justaposto entre si. Tais usos definem áreas, como: o centro da cidade, local de concentração de atividades comerciais, de serviço e de gestão; áreas industriais e áreas residenciais, distintas em termos de forma e conteúdo social, área de lazer e, entre outras, aquelas de reserva para futura expansão. Este conjunto de usos da área é a organização espacial da cidade ou simplesmente o espaço urbano: fragmentado e articulado, reflexo e condicionante social, um conjunto de símbolos e campo de lutas. É assim a própria sociedade em uma das dimensões aquela mais aparente, materializada nas formas espaciais.

2.2. Urbanização e Organização do Espaço na Era Contemporânea  A organização territorial advém das transformações tecnológicas e das industrias, criando a necessidade de surgir um espaço urbano. Essa nova conquista fragmentada do território, tende a conformar um tecido urbano esgarçado (LEFEBVRE, 1968). Os processos gerais configuram urbano como cidade simplesmente e com isso seguir um viés de entendimento mais amplo direcionado ao regional ou territorial, o urbano tende alcançar uma dimensão territorial englobando múltiplos setores dispersos com uma grande diversidade.  As transformações socioespaciais na distribuição de atividades produtivas e da população, definidas espacialmente como meio de desenvolvimento urbano, tem como autores responsáveis á ação: o Estado na luta pela hegemonia, o setor Imobiliário, classe em concorrência e em defesa dos próprios interesses e da capitalização da Agricultura na classe de produção.  A ação dessas três lógicas, tendem a gerar um novo padrão de liberação da força de trabalho, que foge ao esquema clássico de manter a classe reduzida, forte no capitalismo, fazendo com que força trabalho torne-se sazonal e alteração as aglomerações urbanas para periferias urbanas pequenos aglomerados.(SANTOS, 1993, p.52). Com esse acirramento o setor imobiliário gera a valorização do solo tanto em áreas urbanas, como rurais, obtendo a inversão de papeis entre população rural que vai para áreas urbanas, quanto a população urbana que vai para áreas rurais, garantindo a sobrevivência e a mobilidade espacial da força de trabalho. Os modelos desenvolvidos por Von Thünnen, Weber, Lösch e Christaller, se tornam engessados em relação a mobilidade do trabalho, resultando numa instabilidade das configurações espaciais e regionais, quando se observa a falta de infraestrutura sociais e físicas, imóveis e estáveis, mínimo para garantir a mobilidade ágil e com baixo custo. Giddens (1989, p. 297) relaciona o espaço e a urbanização, ao afirmar que "o espaço não é uma dimensão vazia ao longo da qual agrupamentos sociais vão sendo estruturados, mas dever ser considerado em função do seu envolvimento na constituição de sistemas de interação". O aumento a dissolução entre o rural e o urbano acontece quando diminui a necessidade de diversas pessoas trabalharem num mesmo local, inclina-se a urbanização assumindo uma forma disseminada em segmentos dispersos e conquista dessa maneira a escala do território. De acordo com Corrêa (1995), essa fragmentação responsabiliza os autores sociais no consumo do próprio espaço, onde o espaço é reflexo da sociedade, além de ser um produto

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social, ou seja, resultado de ações acumuladas através do tempo, e engendradas por agente que produzem e consomem o espaço. Segundo Santos (2006), as novas ou variadas possibilidades interpretativa correspondem á maneira como as cidades foram se desenvolvendo nesse período. No passar desse século as cidades transformaram-se no maior e mais complexo objeto geográfico produzido pelo homem.  As formas de interpretar a cidade e a problemática espacial urbana variaram muito no transcorrer do século XX e em meio a tendências ligadas a homogeneização e redução das diferenças geográficas existe uma contraposição á visão quase exaltada das teorias do dualismo econômico, dos pós de desenvolvimento de Perroux e das teorias da localização neoclássicas, que custearam e alimentaram diversas praticas de planejamento no sentido de superar as desigualdades inter-regionais, em especial as presunções de Perroux.  A ênfase da fragmentação territorial tem importância, porem deve ser inserida na perspectiva do avanço da globalização. O espaço social, a existência previa de infraestruturas, de núcleos urbanos com força de trabalho disponível, de serviços e equipamentos tornam-se um elemento a ser considerado no desenvolvimento inter-regional. (SOJA, 1993). Soja (1993) acata que a historia do capitalismo, da urbanização e da industrialização, da crise e da reestruturação, da acumulação e da luta de classes torna-se necessária e centralmente, uma geografia histórica localizada. Tais condicionantes remetem diretamente na mobilidade espacial do capital e do trabalho e ao desenvolvimento desigual e combinado histórica e geograficamente, útil na ampliação para própria reprodução do capitalismo.

3. METODOLOGIA DA PESQUISA O artigo originado da pesquisa completa tem como objetivo apresentar uma contribuição significativa ou original em relação a um determinado conhecimento, segundo normas metodológicas próprias. Com este tipo de trabalho se consegue organizar as observações e informações que possam comunicar resultados (HOSS; HOSS, 2002). O presente trabalho foi elaborado a partir de pesquisa bibliográfica exploratória, utilizando-se de livros que abordam o assunto; e, para melhor compreensão da pesquisa, associado aos dados obtidos da Indústria da Construção Civil. Ressalta-se que uma aplicação de caso é uma ferramenta que serve para compreender e possibilitar a formulação de hipóteses e questionamentos na pesquisa, além de contribuir de forma significativa para a compreensão de fenômenos ou fatos a serem elaborados e desenvolvidos (VERGARA, 2000).

4. DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL  Ao estudar o desenvolvimento da Indústria da Contração Civil deve-se contextualizar o lugar suscita-se que seu objetivo é apenas achar que é lugar seria um território, mas promulgamos a globalização e ultrapassamos essa definição, ao ponto de conceituar o lugar como forma externa ou informacional pensando especificamente no lugar determinado. (SANTOS, 2006). Carlos (2007) analisa o lugar como cidadão-identidade-lugar, componente essencial para existência do lugar, as habilidades cotidianas, como ir ao supermercado, caminhar, ir a uma banca de jornal, criam laços existenciais que o definem como lugar. The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7 th, 2012 ISBN 978-85-62326-96-7

 A condição que os atores se impõem para que haja um lugar vai além do espaço físico, depende da necessidade e da evolução global para otimizar as atividades cotidianas do individuo, surgindo às conexões entre um lugar e outro, deixando para segundo plano o lugar como fonte de apreciação e descanso, imprimindo a existência das simbioses. Por outro lado o conceito território abrange várias áreas como ciência política, geografia e a antropologia. Nesse caso aborda-se o conceito baseado em que nomeia o território como sendo parte do espaço: Nesse sentido, o território é por nós entendido como fruto e condição ele mesmo da territorialização. É substantivado por territorialidades, ou, por obras e relações, formas e conteúdos, considerando-se uma abordagem a partir do pensamento lefebvriano sobre a produção do espaço geográfico (SAQUET, 2005, p. 13885). Souza (2000) destaca a formação do território com pequenas habitações, lavouras, pontes, rodovias, obras publicas ou privadas que envolvam entre si e sejam elas políticas, culturais, econômicas ou sociais, mas que constitua redes onde o processo de construção seja do, e no, espaço. São vários os diagnósticos pautados no conceito de território, fundindo-se entre em tempo e espaço. O ordenamento territorial é a concretização das políticas e ações resultantes do planejamento urbano. O planejamento urbano é fator determinante para a urbanização dos centros e das cidades, os quais são produtos da luta do homem em relação a renovação urbana e uma nova concepção de que o espaço urbano atende a todos, por isso, deve manter a organização das cidades.

4.1. O Espaço Urbano O espaço urbano refere-se ao uso das terras nas cidades de modo a garantir um espaço para todos, ou seja, o modo da estruturação do espaço regional e as funções de grupos que atendam as conexões sociais e de infraestrutura. Conforme salienta Corrêa (1995), o espaço urbano é construído pelos proprietários das indústrias, os fundiários, imobiliários, Estado e os grupos sociais excluídos. A estruturação do espaço urbano para o uso da construção civil é fator que necessita de um planejamento e da organização da regionalização com o intuito de favorecer uma ambiência de que o espaço urbano é parte da produção da terra para favorecer as mudanças em relação às estruturas da terra. O setor imobiliário segundo Corrêa (2000) trata dos conjuntos dos agentes que realizam parcialmente ou totalmente os financiamentos, estudo técnico, construção ou produção física do imóvel, comercialização e a transformação do capital em mercadoria no capital e a habilitação no todo. O objetivo do setor imobiliário além do financeiro consiste em manter a venda do imóvel, de modo que este ofereça rentabilidade aos gestores e os demais componentes das atividades que são exercidas do local. Quanto à construção esta é direcionada de acordo com a necessidade da sociedade, ou seja, alguns setores imobiliários atuam na construção de apartamentos, outros casas, ou seja, de acordo com o setor/bairro em que o setor imobiliário encontra inserido. O setor imobiliário conforme destaca Corrêa (2000), possui uma relação significativa quanto ao espaço e a urbanização porque correlacionam as variáveis do bairro, a terra, a produção, a acessibilidade e o Estado enquanto agente das mudanças de promotores da segregação territorial. O Estado também é uma importante fonte de instrumento para a relação do espaço urbano porque atua no direito de desapropriação e precedências na compra de terra; nas regulamentações do uso do solo, controle do preço da terra, atuação dos impostos, investimentos

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de atividades do espaço para a infra-estrutura demonstrada quanto a eficácia da locação do espaço urbano e os materiais que são alocados para o processo de construção (CORRÊA, 1998).  A regularização do espaço, ou seja, a organização de como este é fundamentado em práticas e tendências quanto aos recursos e ajustes de melhorias do setor da construção de modo que a regionalização encontre em equilíbrio torna evidente que as mudanças favorecem a participação de recursos que atendam aos investimentos do setor.

5. CONCLUSÃO Durante o estudo, diversas carências de dados foram verificadas como dados controvertidos entre fontes, especialmente a condição do setor imobiliário e estudos sobre as questões de urbanização. Esse artigo não pretende garantir-se em estudo profundo do setor, tampouco aprofundarse na solução de problemas. A intenção é adequar o conhecimento disponível, criando possibilidades de estudos futuros.  A construção tem sido uma das atividades de grande potencia para a garantia do setor econômico no país, porque além de oferecer emprego, as indústrias do setor vêm expandindo, e, assim, os investimentos são direcionados para garantir o crescimento econômico com os devidos ajustes para a integração da regionalização do espaço em que as atividades são inseridas. Cada cidade possui suas peculiaridades e são desenvolvidas de acordo com a organização do espaço que ela mantém para garantir a sustentabilidade e as evidencias da composição de uma organização demográfica quanto às práticas em relação às trocas dos valores e o uso da terra como elemento que articula a reconfiguração do espaço urbano, ou seja, a alocação adequada deste espaço disponível que é estabelecido e que favorece no desempenho da economia em relação as novas dinâmicas de produção que fazem parte do fortalecimento econômico. O processo de expansão urbana e os espaços ganham em complexidade, de modo a ocorrer a fragmentação, decorrentes do surgimento dos espaços de consumo e com isso a polarização das indústrias e comércios, uma vez que estas áreas tornam-se conhecidas pelos consumidores por agrupar determinado tipo de comércio e serviço. Com isso grande movimentação que existe no setor da indústria da construção civil no país condiz na expectativa de crescimento devido as recorrentes alterações espaciais na configuração de espaços e sua organização. Portanto, as dinâmicas envolvidas na discussão do objeto de estudo em questão são muitas e envolvem a estruturação interna da cidade, desde a nova localização de comércios e serviços e as tendências de criação de habitações horizontais e verticais, a especulação imobiliária, segregação urbana e também medidas geradas pela gestão municipal.

REFERÊNCIAS CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO  – CBIC. . Acesso em 19 de novembro de 2012.

Disponível em:

 ______. Brasília: CBIC, 2011. Disponível Informativo econômico:
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