Download O Mundo Da Fotografia Digital - Nº 137, Setembro (2016)...
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Guia completo
retratoS crIatIVoS Iluminação
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Retoque
ANÁLISE canon eos 80D • 8 objetivas para retratos em confronto • Discos portáteis ENTREVISTA jerry ghionis EDITAR tUtoriais De photoshop e Lightroom poRTfoLIo imran ahmaD bin rayat foToGRAfAR 8 projetos criativos • tUDo sobre o ÂngULo De visÃo
Novos vídeos de edição ANálises em vídeo GuiA de ComprAs
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Novas Peli Air PORQUE A VIDA JÁ É PESADA O SUFICIENTE... NOVOS tripés GOPLUS de 3 e 4 secções em Alumínio ou Carbono
editorial
No terreno
Fernando Mendes
Chama-se “HotShots”, a nova seção que, a partir de agora, passará a abrir a revista com algumas das melhores fotos da nossa comunidade fotográfica internacional. Absolutamente imperdível, todos os meses!
© Ana Dias
Joana Clara
Ficar bem no retrato...
e
mbora, no essencial, as técnicas-base estejam há muito definidas para este género, os especialistas parecem concordar que a fotografia de retrato é uma das que se mantém mais recetiva a novas abordagens – técnicas e criativas. É um género fotográfico que, ao contrario do que inicialmente possa ser sugerido ao olhar menos experiente, está sempre aberto a novas perspetivas, a equipamento menos convencional ou a técnicas de iluminação menos conservadores. De resto, como em qualquer desafio fotográfico, a criatividade é aqui o limite; e com tanta beleza para fotografar, vai com
certeza captar o seu retrato perfeito! Para o ajudar, reunimos mais à frente várias sugestões e dicas que quererá ter em conta antes de começar: as técnicas essenciais, a iluminação certa e a luz natural, a profundidade de campo, os segredos da edição e retoque de imagem... está aqui tudo o que precisa de saber. E, claro, o equipamento certo a utilizar: colocamos em confronto oito objetivas ideais para retratos e temos um vencedor. Já só falta uma cara bonita. Boas fotos! Fernando Mendes
[email protected]
Este mês, queremos que seja ainda mais audaz e versátil. Capte imagens costeiras, crie registos artísticos de flores abstratas, explore múltiplas exposições, tire partido do poder criativo da farinha e monte um estúdio de iluminação.
Zoom out
Jerry Ghionis
Fique a conhecer o trabalho de um dos mais conceituados fotógrafos de casamentos. Ele partilha connosco os seus segredos e a razão pela qual faz tanto furor neste género artístico. Inspire-se!
os Leitores Na revista omF participe nos passateMpos!
missão
o que proMeteMos? Para os leitores Queremos estreitar a relação com o leitor, apelando à sua participação em várias secções da revista. Envie-nos as suas sugestões e fotos para
[email protected]. Para todos Com uma linguagem simples e acessível, dirigimo-nos a todos os amantes da fotografia que procuram soluções práticas e claras, ideias e inspiração. Com muita paixão! indePendente Somos cem
por cento independentes. Os fabricantes dos produtos e serviços, bem como os anunciantes, não determinam a nossa linha editorial ou as nossas opiniões.
Com rigor Esta publicação é criada por profissionais com provas dadas nas áreas jornalismo e da fotografia. E as opiniões expressas nos testes a equipamentos são baseadas em análises rigorosas e objetivas, sempre tendo como base experiências no terreno.
todos os meses lançamos um novo desafio aos nossos leitores. Esteja atento à temática e à data limite de envio de imagens para este passatempo (página 95), participe já e ganhe prémios. Consulte as regras de participação no CD que acompanha a revista.
olhares esta é mais uma das secções mensais em que pode participar e ganhar prémios com as suas fotografias. O tema é livre, por isso dê asas à sua criatividade e surpreenda-nos! As regras de participação estão também no CD que acompanha a revista.
facebook
A sua revista de eleição está bem representada na maior das redes sociais na Internet, em www.facebook.com /omundodafotografia. Faça “Gosto” já hoje!
entre eM contacto connosco!
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por via digital
Use e abuse do nosso endereço de e-mail:
[email protected]. Faça-nos chegar as suas opiniões e sugestões, coloque-nos as suas questões e envie-nos as suas melhores fotografias para os passatempos Olhares e Missão...
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por correio
edição digital
Se prefere a via tradicional, pode continuar a comunicar connosco enviando a sua correspondência pelo correio para: Goody SA – O Mundo da Fotografia, Av. Infante D. Henrique, Nº 306, Lote 6, R/C, 1950-421 Lisboa.
setembro 2016
A revista OMF está disponível em formato digital para o seu tablet ou smartphone. Descarregue a app gratuita e tenha a sua revista preferida na ponta dos dedos, sempre!
o Mundo da fotografia
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SETEMBRO 137
N E S TA E D I Ç Ã O T O D O O I N C R Í V E L “ U N I V E R S O ” D A F O T O G R A F I A N U M A Ú N I C A R E V I S TA . . .
T E M A D E C A PA
FOTOGRAFE RETRATOS PERFEITOS 24
Nesta edição, damos-lhe a conhecer as técnicas básicas e todas as dicas de iluminação para se transformar num ás deste criativo género fotográfico.
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HOTSHOTS IMAGENS COM IMPACTO
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Viaje pelos quatro cantos do mundo e maravilhe-se com alguns dos melhores registos fotográficos da nossa comunidade fotográfica internacional. 4
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
PORTFÓLIO INTERNACIONAL IMRAN AHMAD
Parta numa aventura nas profundezas dos oceanos, para descobrir as maravilhas que por lá se escondem. Mergulhe neste mar de inspiração e desafie-se a cada novo dia.
SETEMBRO 2015
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IMAGENS AO PORMENOR IDEAIS SUPER CRIATIVAS
Descubra a potencialidade artística da farinha nas fotos de comida, explore a magia de flores secas e obtenha as fotos documentais mais inovadoras.
ASSINE JÁ A OMF
AVANCE ATÉ À PÁG. 70!
Outros temas na sua nova OMF
08 Hotshots
Nesta nova secção da revista, queremos que se inspire em imagens repletas de força e de profundidade. E a sua melhor fotografia pode aparecer aqui...!
22 Portfólio temático
Mergulhe nas profundezas dos oceanos e encontre verdadeiros tesouros. Só precisa de estar preparado para um valente mergulho e deixar-se embalar pela canção do mar com a ajuda do criativo Imran Ahmad.
50 Projetos fotográficos
Perca-se em campos floridos, fotografe em zonas costeiras, explore o metro, aposte em registos florais bombásticos, obtenha boas imagens de competições desportivas de verão, fotografe um único assunto e crie uma dupla exposição.
melhor da edição de 72 Oimagem – Parte 8
Coloque em prática o seu talento para a edição em ambiente Photoshop 6 e CC.
24 Capte retratos perfeitos 80 Um dos géneros fotográficos mais apreciados pelos leitores da OMF, mas também um dos mais difíceis. É preciso criatividade, audácia e, acima de tudo, saber interpretar a luz. Nós ajudamos...
40 Olhares de setembro
As melhores fotografias enviadas pelos nossos leitores.
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Zoom Out - Jerry Ghionis
Conheça o percurso e os segredos por detrás dos registos glamorosos, clássicos e naturais deste conceituado fotógrafo de casamentos.
de setembro: 88 Missão O que o inspira 114 No CD
Conheça todos os conteúdos extra.
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Eis uma reflex de média gama que promete fazer as delícias de vários criativos. Faz-se valer de um sistema AF de 45 pontos de tipocruzado e um disparo contínuo de 7 fps.
102 Em confronto:
Procura uma objetiva que, aliada à arte que traz no seu olhar, consiga captar os melhores retratos? Explore os oito modelos que testámos no terreno e que analisámos ao pormenor. Saiba qual destas objetivas preenche melhor os seus requisitos e... escolha uma!
110 Mochilas de viagem
Abrace o seu espírito aventureiro e rume a uma
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Rui Manuel Rodrigues de Almeida Fonseca Administrador-Delegado Christophe André Gerard Lagoutte Vogal Pedro Miguel Madail de Matos DIRETOR GERAL António Nunes ASSESSOR DA DIREÇÃO GERAL Fernando Vasconcelos DIRETOR ADM. E FINANCEIRO Alexandre Nunes CONTABILIDADE Cláudia Pereira APOIO ADMINISTRATIVO Tânia Rodrigues, Catarina Martins DIRETOR Fernando Mendes E-mail:
[email protected] REDAÇÃO Joana Clara Email:
[email protected] TRADUÇÃO Joana Clara ESTATUTO EDITORIAL Leia na íntegra em www.goody.pt/pt/estatutos/omf FOTO DE CAPA “Pink Lady” / 101dalmatians CONSULTORIA TÉCNICA Magali Tarouca PUBLICIDADE
[email protected] Tel.: 927 984 062 | 218 621 546 DIRETOR DE PRODUÇÃO Paulo Oliveira PRODUTOR GRÁFICO António Galveia ARTE DE CAPA Vanda Martins PAGINAÇÃO Susana Berquó, Vanda Martins CD-ROM – EDIÇÃO Joana Clara CD-ROM – ARTE DE CAPA Vanda Martins PROGRAMAÇÃO E DESIGN Paulo Santos CD-ROM – PRODUÇÃO/EDIÇÃO DE VÍDEOS Paulo Santos COORDENADOR DE CIRCULAÇÃO Carlos Nunes
Equipamento fotográfico em teste Canon EOS 98 80D em análise detalhada
EDITOR GOODY, S.A. Sede Social, Edição, Redação e Publicidade: Av. Infante D. Henrique, n.º 306, Lote 6, R/C – 1950-421 Lisboa Tel.: 218 621 530 – Fax: 218 621 540 N.º Contribuinte: 505000555
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Se pretende que as imagens estejam protegidas e acessíveis a qualquer momento, neste miniconfronto pode estar a solução para os seus problemas.
SERVIÇO DE ASSINANTES E LEITORES Gonçalo Galveia – Tel.: 21 862 15 43 E-mail:
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[email protected] Site: www.jmtoscano.com PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Sogapal Estrada das Palmeiras, Queluz de Baixo 2745-578 Barcarena DISTRIBUIÇÃO Urbanos Press TIRAGEM 11.000 ex. DEPÓSITO LEGAL N.º 226092/05 REGISTO NA E.R.C. N.º 124710 MEMBRO
A Future plc é detentora do título Digital Camera. Todos os artigos traduzidos e/ou adaptados são propriedade da mesma, estando a Goody, S.A. autorizada a reproduzi-los em Portugal.
Por favor recicle esta revista quando terminar de a utilizar
observatório As mais recentes novidades fotográficas!
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português premiado
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nova Xeen 135mm
samyang anuncia a nova objetiva Xeen 135 mm, que estará disponível em todo o mundo a partir deste mês de agosto. nova objetiva Xeen 135mm T2.2 vem juntar-se às cinco objetivas da gama Samyang já existentes. Especializadas para as áreas de vídeo e cinema profissional, estas objetivas Xeen oferecem qualidade ótica para resolução 4K+, tirando partido do revestimento X-Coating. Esta nova 135mm vem complementar a gama Samyang até agora existente, de que já fazem parte as objetivas 14mm T3.1, 24mm T1.5, 35mm T1.5,
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o mundo da fotografia
50mm T1.5 e 85mm T1.5. Com uma distância focal TELE para facilitar a captura de todos os detalhes e uma abertura luminosa de T2.2 para gravar altos contrastes e cores realistas – incluindo contornos com pouca luz – esta objetiva agora anunciada promete imagens profissionais de topo. A Samyang prevê a disponibilidade internacional do equipamento para este mês de agosto e já existe um preço de referência: aproximadamente € 2.200. setembro 2016
abertura luminosa de T2.2 para altos contrastes.
Esta é a foto vencedora da categoria “Landscape” do iPhone Photography Awards deste ano e é... nacional! Vasco Galhardo Simões, um jovem lisboeta de 21 anos, ganhou o primeiro prémio desta categoria do concurso internacional de fotografias captadas com iPhone. A foto foi obtida a partir de um avião à chegada a Lisboa, onde se vê parte da Ponte 25 de Abril e do Cristo Rei, num cenário coberto de nuvens. Para além de vencer a categoria “Landscape”, Vasco Galhardo foi também o mais jovem vencedor de uma categoria. A frequentar o último ano do curso de Relações Internacionais e Ciência Política da Kingston University, em Londres, Vasco está longe de ser um fotografo profissional e encara a fotografia como um hobbie. “É um orgulho enorme. Era uma visão única da Ponte 25 de Abril que aproveitei rapidamente. Tive um bom sentido de oportunidade e alguma sorte, pois cerca de 30 segundos após tirar a foto, o piloto mudou a rota e deixámos de ver a ponte. Estava no local certo, à hora certa”, diz Vasco Galhardo Simões. Vale a pena dar uma espreitadela ao site www.ippawards.com, para ver as restantes fotos vencedoras.
GEORGIA DARLOW, REINO UNIDO “Esta imagem foi captada em Bagan, Mianmar, durante uma viagem no ano passado. Tive sorte de ter o guia mais fantástico, que conhecia trilhos fora do mapa, incluindo um templo antigo que estava protegiado pelo ‘Guardião das Chaves’; tivemos de convencê-lo a dar-nos acesso ao local. Assim, com a chave na mão e um jovem monge como assunto, consegui fazer o registo. Este é, realmente, um local mágico e sinto-me muito grata por ter conseguido lá estar.” Equipamento Canon 5D Mark III com objetiva EF 24-70mm f/2.8L II USM Exposição 1/60 seg. a f/5.6, ISO 3200
ENVIE-NOS AS SUAS FOTOS! A sua fotografia pode aparecer aqui! Envie-nos o seu melhor registo para ‘
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HOTSHOTS I M A G E N S I M PA C TA N T E S D A C O M U N I D A D E F O T O G R Á F I C A I N T E R N A C I O N A L
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
SETEMBRO 2016
www.georgiadarlow.com
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SETEMBRO 2016
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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HHOOTTSSHHOOTTSS
www.georgiadarlow.com
GEORGIA DARLOW, REINO UNIDO “Esta imagem foi obtida em Bagan, Mianmare, ao fim da tarde. Tinha sido um dia bastante atarefado a explorar este local mágico e o meu guia fazia pressão para que me apressasse a chegar ao último destino da viagem, prometendo-me a melhor luz do dia. Não fiquei desapontada. Nós não tinhamos muito tempo até a luz começar a mudar, por isso, mesmo com uma urgência acrescida e com o fumo do incenso a flutuar, consegui captar esta imagem de um jovem monge.” Equipamento Canon EOS 5D Mark III com objetiva EF 24-70mm f/2.8L II USM Exposição 1/200 seg. a f/7.1, ISO 1600
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GEORGIA DARLOW, REINO UNIDO “Este registo foi feito em Bagan, Mianmar, ao final da manhã, com dois jovens monges de um mosteiro próximo a dar um passeio. Havia uma tranquilidade neste local; a própria geometria do espaço, assim como as sombras, foram aspetos bastante interessantes de explorar. Só tenho a agradecer ao meu guia por todas as fotografias fantásticas que captei durante esta viagem e por me ter mostrado lugares que eu nunca teria sabido que existiam. O seu conhecimento acerca de onde, quando e como captar a essência deste local foi inestimável. Sinto que foi um privilégio ele ter partilhado tudo isto comigo.” Equipamento Canon 5D Mark III com objetiva EF 24-70mm f/2.8L II USM Exposição 1/200 seg. a f/5.6, ISO 200 O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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OSCAR DEWHURST, REINO UNIDO
“Passei dois meses no centro de pesquisa biológica Los Amigos, na floresta da Amazónia Peruana. Houve um conjunto de trilhos que percorri todos os dias. Num deles havia uma abertura na floresta que nos permitia ver ao longo do rio. A vista era incrível: nos dias mais claros conseguia contemplar os picos repletos de neve dos Andes à distância. Um dia avistei este gavião-carijó empoleirado no tronco de uma embaúba, perto do rio. Optei por superexpor a imagem para criar este efeito high-key.” Equipamento Nikon D800 com objetiva Nikon 600mm f/4 AF-S II Exposição 1/250 seg. a f/5.6, ISO 640
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
www.oscardewhurst.com
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ROBERTO LAINEZ, GUATEMALA
“Este é um velho vagão abandonado há muitos anos numa zona do Museu Ferroviário na Cidade da Guatemala. Imediatamente após entrar neste espaço, a luz e a forma como ela suavemente iluminava a poeira acumulada ao longo das décadas captou a minha atenção. Não pude deixar de pensar nas viagens naquele meio de transporte durante o seu apogeu.” Equipamento Nikon D7100 com objetiva Nikkor 35mm f/1.8 Exposição 2 seg a f/9, ISO 720
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
www.robertolainez.com
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www.facebook.com/agoes.galaxion
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AGUS WAHYUDI, INDONÉSIA “Vivo em Palangkaraya, em Kalimantan Central, na ilha de Bornéu (Indonésia). Um dos meus passatempos é a macrofotografia de animais, hobby que abraço já há cinco anos e a razão pela qual entrei para um grupo de fotografia macro chamado Foto Macro Kalteng. Estes registos de uma iguana e de um caracol foram captados em casa.” EM CIMA Equipamento Canon EOS 7D com objetiva 100m f/2.8 macro Exposição 1/125 seg. a f/7.1, ISO 200 EM BAIXO Equipamento Canon EOS 7D com objetiva 100m f/2.8 macro Exposição 1/125 seg. a f/7.1, ISO 200 DIG O MIUTN AD L OC A DM A EFROAT O G R APRIL A F I A2016 SETEMBRO 2016
www.digitalcameraworld.com
www.facebook.com/thesleepdimension
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PHILIP WILLSON, REINO UNIDO
“Estas imagens foram captadas na segunda de duas viagens a Tóquio. Queria captar a enorme atmosfera da cidade de Tóquio e recriar a sensação que tive de me sentir um peixe fora de água durante a visita. Senti-me realmente como um estrangeiro na capital e extremamente pequeno, como uma mosca na parede. Fiz estes registos à noite, à medida que a cidade parecia mais atmosférica ao anoitecer.” EM CIMA: Equipamento Fujifilm X10 Exposição 1/50 seg. a f/2, ISO 400 EM BAIXO: Equipamento Fujifilm X10 Exposição 1/60 seg. a f/2, ISO 800
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PAUL OSIPOFF, BIELORÚSSIA
“Visual Documents (Documentos Visuais) é um projeto sobre a vida quotidiana. Esta é uma visualização da realidade. Esta fotografia foi captada em Rakov, uma pequena cidade rural a cerca de 45 quilómetros de Minsk, capital da Bielorússia. Neste dia as pessoas celebravam o Dia da Independência. A fotografia retrata um menino da vila que brinca, montado num triciclo. No plano de fundo, as outras crianças jogam às cartas numa mesa de madeira. Este é um costume da infância rural.” Equipamento Canon EOS 5D com objetiva Canon EF 16-55 f/2.8 L USM a 16 mm Exposição 1/640 seg. a f/8.6, ISO 200
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NATAŠA KOS, ESLOVÉNIA “Estas fotos pertencem à minha série What’s Wrong Girl?, um conjunto de autorretratos bastante pessoais. Atualmente, os meus sentimentos demoram-se na turbulência: da tristeza à solidão, do luto à sensação de insignificância e vulnerabilidade, bem como da raiva ao ódio. Pego nestes instantes e nestes sentimentos de transitoriedade, momentos que estão aqui e agora, para cristalizar o mundo fugaz ao meu redor.” AO LADO: Equipamento Nikon D7100 com objetivs 50 mm f/1.8 Exposição 1/15 seg. a f/4, ISO 1600. EM CIMA: Equipamento D7100 com objetiva 18-270 mm f/3.5-6.3 a 85 mm Exposição 1/2 seg. a f/10, ISO 640. EM BAIXO: Equipamento D7100 a objetiva 50 mm f/1.8 lens a 50 mm Exposição 1/10 seg. a f/4, ISO 1600
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JOHN BARTON, REINO UNIDO
“Visitei o Parque Nacional de Snowdonia no dia 25 de fevereiro deste ano e usei a minha Fujifilm X-T1 com uma objetiva 10-24 mm para registos paisagísticos, assim como uma 55-200 mm para captar imagens mais detalhadas. Fotografei em JPEG para conseguir as reproduções de cor típicas da Fujifilm, especialmente com a simulação do filme Velvia, definido nas configurações da própria câmara. Isto também significa que não é necessário perder demasiado tempo no Photoshop, sendo apenas necessários ajustes ligeiros de Highlights, Shadows e Vibrance.” EM CIMA: Equipamento Fujifilm X-T1 com objetiva XF 10-24 mm f/4 R OIS a 15mm Exposição 1/125 seg. a f/10, ISO 250 À DIREITA: Equipamento Fujifilm X-T1 com objetiva XF 55-200mm f/3.5-4.8 R LM OIS a 143 mm Exposição 1/125 seg. a f/16, ISO 1250
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SPEOCRTTI FOÓNL H D SUPPORT LINE – IMRAN IN HERE AHMAD I OE A INTERNACIONAL
DEBAIXO DE ÁGUA As objetivas criativas de Imran Ahmad permitem-lhe fazer close-ups de peixes a uma escala épica. NOME:
Imran Ahmad Bin Rayat Ahmad
LOCALIZAÇÃO: Singapura ASSUNTO:
Equipamento Nikon D4 com 50 mm f/1.8 instalada numa 105 mm f/2.8 Exposição 1/250 seg. a f/4, ISO 200 Colocar uma objetiva invertida de 50 mm numa de 105 mm oferece-lhe uma ampliação extrema e um efeito bokeh bastante criativo.
Vida selvagem subaquática
EQUIPAMENTO: Nikon D4 com uma caixa estanque Seacam e uma vasta gama de objetivas.
© Imran Ahmad Bin Rayat Ahmad (Todas as imagens)
SITE:
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www.escapeinc.com.sg
NUM mundo inundado com registos inspiradores da vida nos oceanos, os fotógrafos subaquáticos têm de ser capazes de encontrar as mais extraordinárias e inovadoras fotografias da vida debaixo do mar, para causarem o maior impacto possível. O trabalho de Imran Ahmad é um caso peculiar. Um mergulhador, conferencista e fotógrafo profissional da Nikon, este criativo de Singapura conquistou uma reputação inigualável, uma vez que está sempre à procura de uma nova abordagem. ”Gosto bastante de ser experimental, quando se trata de fotografia”, diz. “Gosto de explorar técnicas mais antigas, juntamente com novas tecnologias; acredito que sou o primeiro fotógrafo do mundo a usar com sucesso a técnica macro de anel-reversivo no mar e a explorar o potencial de fotografia subaquática de alta gama dinâmica.” “Além disso, acredito firmemente na potencialidade criativa das luzes; não gosto de utilizá-las apenas como uma forma de iluminar um assunto nas profundezas. A luz confere caráter a um registo, e na fotografia subaquática isto é algo que deve ser explorado. Basicamente, um peixe O MUNDO DA FOTOGRAFIA
é apenas um peixe até ao momento em que adicionamos imaginação e criatividade.” As intrigantes e vibrantes fotografias de Imran inspiram certamente uma nova geração de fotógrafos subaquáticos, à semelhança daquilo que o trabalho de David Doubilet e Kurt Amsler fez por ele. Mas, posto isto, qual será a experiência de mergulho necessária para explorar este género artístico? “Fotografar debaixo de água é muito mais fácil agora, graças à diversidade e à acessibilidade dos acessórios. Mas é importante que aprenda primeiro a fazer mergulho; não só vai ajudá-lo a obter imagens com impacto, mas também a proteger o meio ambiente. A medida de segurança é ter um mínimo de 50 mergulhos com o seu cinto antes de entrar na água com uma câmara subaquática.“ Como seria de esperar, a consciencialização acerca da vulnerabilidade dos oceanos é tão importante para Imran como revelar a sua beleza. “Mergulhei nalguns dos melhores destinos do mundo, Indonésia, Tailândia, Seychelles e Filipinas. Infelizmente, tenho observado a deterioração dos recifes, devido ao turismo irresponsável e à má prática de mergulho. É necessário e fundamental educar as novas gerações para um futuro melhor.” SETEMBRO 2016
Equipamento Nikon D200 com 60 mm f/2.8 Exposição 1/100 seg. a f/7.1, ISO 100 Barbatanas coloridas captadas com uma objetiva macro nas águas de Raja Ampat, no arquipélago da Indonésia.
Equipamento Nikon D4 com 105mm f/2.8/50mm f/1.8 RRM Exposição 1/125 seg. a f/13, ISO 200 Focar com precisão é difícil quando usa a técnica RRM, uma vez que a profundidade de campo é bastante fina.
Equipamento Nikon D4 com 13 mm f/2.8 Nikonos RS Exposição 1/160 seg. a f/11, ISO 200 Uma paisagem nas Seychelles assume uma aparência extra-terrestre depois de ser espelhada no Photoshop CS6.
SUPPORT LINE IN HERE
SECTION HEAD
Equipamento Nikon D4 com objetiva 16 mm f/2.8 fisheye Exposição 1/15 seg. a f/16, ISO 200 Este registo foi obtido graças a luzes de vídeo, em vez de luzes estroboscópicas. Não ter que esperar por estas últimas para recarregar garante uma velocidade de disparo contínuo mais célere.
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FOTOGRAFE RETRATOS
PERFEITOS!
Eleve a fasquia das suas fotografias de retratos com estes conselhos práticos para dominar a sua câmara, acessórios de iluminação e truques no Photoshop.
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FOTOGRAFIA de retrato está sempre na moda. Há sempre novas capacidades para aprender, novos rostos para fotografar e novas metas para atingir. As nossas dicas ao longo das próximas páginas vão ajudá-lo a conseguir tudo isto. Vamos dar uma grande ênfase à iluminação, pois há uma grande razão para isso; seja luz solar, de um flash ou de um foco de luz contínua, a iluminação tem um papel fundamental para obter excelentes resultados. Aprender a encontrar a luz certa – ou a criar a nossa própria iluminação – é a alma de um grande retrato.
Domine a fotografia de rosto
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Luz natural
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Iluminação para retratos do século XXI
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Modificadores de luz
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Super strobes
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Segredos dos retoques
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Conseguir um look rétro
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Shutterstock
NESTE GUIA...
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RETRATOS CRIATIVOS
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Um difusor para o seu flash e um refletor são tudo que precisa para criar um esquema de iluminação clássico.
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DOMINE A FOTOGRAFIA DE ROSTO Simples, elegante e intemporal, uma boa fotografia de rosto pode revelar mais sobre a personalidade de alguém que qualquer outro tipo de retrato. 26
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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E começar a pensar no trabalho de alguns dos mais aclamados e criativos fotógrafos de retratos (Richard Avedon, David Bailey ou Irving Penn) são as suas fotografias de rosto que ficam na memória. Isto acontece porque eles fazem o que qualquer grande retrato deveria ter: a revelação do carácter de quem fotografam. Do pescoço para baixo, é difícil que uma pessoa se distinga de outra. É o nosso rosto que nos torna únicos e individuais. As caras são a nossa melhor forma de expressão – uma boa fotografia de rosto deve ser a celebração disto mesmo. Comparadas com alguns tipos de retratos, as simples fotografias de rosto podem parecer
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um pouco rudimentares. Mas há uma certa arte em conseguir que tudo fique perfeito, um “trunfo” que deve fazer parte dos recursos de qualquer fotógrafo de retratos. As fotografias de rosto têm uma elevada procura, seja para sites de empresas, fotos para a escola, portfólios de atores ou apenas como um hobby de quem fotografa. De certa forma, uma fotografia de rosto é uma coisa simples de fazer: não é preciso pensar muito na composição ou no plano de fundo, uma vez que a cara domina todo o enquadramento. Mas a simplicidade também tem os seus desafios: é preciso que domine de forma irrepreensível as técnicas básicas de iluminação, profundidade de campo e distância focal. Não há nada para esconder!
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EQUIPAMENTO DE ESTÚDIO
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ILUMINAÇÃO Controle a forma como a luz “cai” sobre um rosto para um retrato perfeito. SE estiver a usar luz natural, uma janela ou locais com alguma sombra são ideais para captar uma fotografia de rosto. Contudo, os kits de flash vão permitir obter resultados profissionais. Um kit caseiro de estúdio é muito útil, juntamente com uma parede branca ou um painel da mesma cor como plano de fundo. Para criar um cenário de luz simples, atrativo e perfeito, coloque um foco de luz numa softbox ou numa sombrinha, acima da câmara e do rosto, com um refletor posicionado por baixo do queixo, para refletir a luz de volta para cima.
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DEFINIÇÕES DAS OBJECTIVAS
PROFUNDIDADE DE CAMPO Defina a abertura certa para retratos apelativos e fundos desfocados. 1
GRANDES aberturas restringem a profundidade de campo e produzem fundos desfocados – mas até onde podemos ir? Aqui, a diferença entre f/2 e f/5.6 é suficiente para desfocar o plano de fundo. Poderá pensar que f/5.6 – a típica abertura máxima de um tradicional kit de zoom – é bastante aceitável, mas para um desfoque mais belo poderá não ser a indicada. Assim, objetivas de distância focal fixa com uma abertura máxima de f/2 podem ser as melhores para retratos.
CONSELHO PROFISSIONAL Posicionar a cabeça Mesmo os pequenos ajustes podem ter um grande impacto no aspecto do rosto. Todas as pessoas são diferentes, mas de forma geral uma ligeira mudança de ângulo funciona sempre bem. Como pode ver nestas imagens, pedir à pessoa para rodar os ombros e puxar a cabeça para a frente, vai fazer com que a pele fique
um pouco mais esticada e reduzir o efeito de duploqueixo. A altura em que posiciona a câmara também é importante: alinhe-a com os olhos da pessoa para criar uma ligação mais forte. Como em qualquer retrato, é obrigatório colocar à vontade quem é fotografado, por isso converse com o seu modelo.
DOMÍNIO DA CÂMARA
O RESULTADO PERFEITO Encontre as definições de exposição ideais para captar fotografias de rosto. QUANDO o assunto da sua fotografia se está a mexer, vai ser obrigado a usar velocidades de obturador mais rápidas. Aqui fica um conjunto de definições para usar no exterior em fotografias de rosto: coloque a câmara em modo manual, ISO automático, velocidade de obturação a 1/250 e uma abertura de f/4. Com flash, use definições semelhantes, mas com ISO a 100. Faça vários disparos de teste.
ACA DEFINIÇÃO FR
DEFINIÇÃO FORTE SETEMBRO 2016
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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RETRATOS CRIATIVOS
EXPLORE A LUZ NATURAL Aproveite o poder do sol para retratos perfeitamente iluminados em qualquer lugar. UANDO nos estamos a iniciar no mundo da fotografia não é preciso gastar rios de dinheiro em equipamento de iluminação. A luz direta do sol pode ser um pouco forte demais, mas quando esta surge difusa através das nuvens, ou reflectida em diferentes superfícies, pode ganhar uma série de novos e fantásticos efeitos. Depois, há a questão de o sol mudar de posição e tom de luminosidade ao longo do dia: quente e baixo de manhã para uma luz mais brilhante e direta ao meio do dia, voltando às características iniciais ao fim da tarde. A grande vantagem que temos na fotografia de retrato é a de que o nosso assunto é móvel.
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COM REFLETOR
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KIT
REFLETORES LEVE, pouco dispendioso e totalmente versátil, um simples refletor é um dos acessórios mais importantes. Este atua quase sempre como uma fonte de luz secundária, ao fazer incidir a mesma sobre as sombras da cara de uma pessoa. Nestas fotos pode ver a diferença: em contra-luz, o refletor ajuda a refleti-la contra o rosto, eliminando o contraste e adicionando um brilho nos olhos ao sujeito fotografado, o que resulta num retrato mais intenso e com um efeito de cores mais saturado.
DICA 1
DICA 2
DICA 3
DICA 4
LUZ DA JANELA
PROCURE CONTRASTE
EVITE LUZ DO SOL
PROCURE SOMBRAS
A luz que entra pelas janelas oferce uma iluminação suave e bem direcionada que “cai” de forma perfeita sobre um rosto. As janelas viradas a Norte são as melhores, uma vez que não recebem luz solar direta. Coloque a pessoa com o rosto de lado para a janela; também pode fotografar o sujeito estando ele de costas para a janela e ajustar a exposição para as sombras.
NA maior parte dos retratos, a pessoa destaca-se do fundo. Uma forma de conseguir isto quando se está a fotografar em exterior é procurar por luz contrastante entre o sujeito e o plano de fundo. Isto pode conseguir-se ao colocar a pessoa à frente de uma pala brilhante para criar um efeito parecido ao que vemos nesta imagem. Outra opção é encontrar uma luz mais intensa.
MUITAS pessoas acham que quando o Sol brilha de forma intensa é a altura ideal para sair e fotografar retratos. Contudo, a luz solar pode não ser muito boa para estas ocasiões. Isto acontece porque a luz vinda de uma fonte pequena pode ser algo “agressiva”, como a de uma lâmpada. Evite a luz solar direta: esta provoca sombras e revela formas estranhas no rosto.
UM céu nublado ou um local à sombra são cenários ideais para captar um retrato, ao contrário das zonas onde há luz solar direta. Na sombra, a luz é mais suave, o que significa que poderá ter de aumentar o ISO. Todavia, este é um compromisso que vale a pena para situações deste género. Se não houver nuvens, procure uma sombra de uma árvore ou de uma parede.
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Procure locais onde a luz natural vem apenas numa direção, como uma janela, uma porta no interior ou um sítio coberto ao ar livre.
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ILUMINAÇÃO PARA RETRATOS DO SÉCULO XXI Técnicas atuais e kits podem ajudar as suas imagens a destacarem-se num mundo inundado de câmaras. 30
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GORA que qualquer um de nós pode obter excelentes resultados, os fotógrafos procuram soluções tecnológicas que os possam ajudar a que os seus métodos e as técnicas de iluminação se destaquem dos demais. Um recurso que é muito usado por fotógrafos de casamento e de retratos passa por usar uma luz extra para complementar o ambiente. Isto é feito ao recorrer a flashes fora das câmaras, o que dá uma vantagem a estas imagens em relação aos retratos que usam apenas luz natural. Outra abordagem é tratar a fotografia de forma intensiva no Photoshop, não só com elementos criativos como na imagem em cima, como também usando mudanças subtis de cor e outros efeitos. Outra tecnologia que tem vindo a progredir é a luz contínua produzida, por exemplo, a partir de painéis LED, tubos fluorescentes ou simples lâmpadas. Estes recursos são ideais para fotografia e vídeo.
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TÉCNICA
ILUMINAÇÃO COM LED Usar luz contínua é simples, acessível e versátil. OS painéis LED têm-se tornado bastante populares. São muito menos potentes que os flashes, mas com as reflex a terem um desempenho cada vez melhor em valores ISO mais altos, muitos vão achar que este compromisso em termos
de iluminação vale a pena, devido à facilidade de utilização e ao controlo de temperatura de cor que a iluminação LED oferece. O painel LED da Interfit usado para este retrato no exterior dá-nos uma forma de preenchimento de luz que “levanta” as sombras.
TÉCNICA
USAR O FLASH NO EXTERIOR Flashes speedlight exteriores à câmara levam as fotos a outro nível. AO complementar a luz natural com flashes, pode criar uma série de resultados diferentes, talvez até com o uso de um flash de preenchimento. Ou então use algo mais dramático. A forte sombra causada pelas árvores faz com que seja
impossível criar uma exposição equilibrada entre o plano de fundo e o céu, sem que usemos flash. Dois flashes speedlight fazem com que a rapariga fique bem destacada: um ficou à esquerda da câmara e o outro atrás da rapariga fotografada, à direita.
SEM SPEEDLIGHT
COM SPEEDLIGHT
TÉCNICA
ILUMINAÇÃO NUMA MONTAGEM Aprenda a iluminar de forma consistente cada elemento individual. SE quiser combinar duas fotografias numa só para criar algo de novo ou fantástico, não basta dominar o Photoshop. A “chave” para tornar tudo mais credível começa com uma iluminação correta. Cada elemento que combinar deve ser
iluminado de forma semelhante. A luz vem da direita, quer no retrato, quer na imagem de fundo, o que ajuda tudo a ficar melhor. Depois da fotografia feita, recorte o sujeito da imagem original e coloque-o no novo cenário, não se esquecendo de adicionar sombras.
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CABEÇA DE FLASH
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Esta cabeça de flash com luz direta é muito eficaz.
Crie uma luz difusa com esta técnica de iluminação.
A primeira escolha de um fotógrafo de retratos.
A nossa única fonte de luz para esta fotografia foi uma cabeça de flash da Elichrom, de um kit de estúdio caseiro. Uma das melhores opções é usá-lo como está, sem qualquer outro acessório ou modulador. Esta cabeça de flash dispara luz intensa em 180 graus, o que não lhe vai dar um resultado mais refinado ou harmonioso, mas sim produzir um efeito mais dramático. Como todas as imagens que pode ver aqui, a fonte de luz está posicionada à direita da câmara, acima do rosto. Quer o corpo, quer a cara, estão virados para esta fonte de luz. A iluminação mais forte resulta melhor quando o rosto do nosso modelo está virado diretamente para a luz.
UMA sombrinha branca vai difundir e espalhar a luz para cobrir uma área maior. Isto vai dar-lhe uma iluminação homogénea, que vai anular sombras. Com as sombrinhas brancas tem duas opções: apontar a cabeça do flash para longe do modelo, para que a luz se reflita de volta na sombrinha, o que a espalha de forma muito ampla; ou então, apontar a luz para o modelo e disparar a mesma contra a sombrinha, para que a iluminação seja direcional. As sombrinhas não são adequadas para casos em que precise de controlar a direção da luz.
UMA caixa de luz (softbox) é um painel rectangular equipado com difusores. Este acessório produz uma iluminação ampla e homogénea, o que o torna ideal para usar em fotografia de retratos. Como uma sombrinha, as caixas de luz também produzem luz suave, mas podem ser usadas de forma mais direcional. Com este acessório, a luz não se vai difundir tanto, pelo que vai ter um maior controlo sobre as áreas que vão ser iluminadas e que estão na sombra. E quando estiver a fotografar close-ups, as caixas de luz produzem um tipo de reflexo brilhante retangular nos olhos. As caixas de luz existem em vários tamanhos.
MA das grandes vantagens de usar equipamento de estúdio é a variedade de moduladores e acessórios dos quais podemos tirar partido Desde grandes caixas de luz a pequenos cones de iluminação, estes acessórios vão ajudá-lo a tornar-se um “mestre da luz”, usando-a a seu belo proveito para as finalidades que quiser. Basicamente, estes moduladores vão permitir alterar três qualidades da luz: dispersão/ propagação, intensidade e suavidade.
MODELADORES U DE LUZ Aprenda a controlar a luz que o seu flash emite com estes acessórios. 32
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Podemos saber muito sobre cada tipo de iluminação pela forma como esta afeta as sombras debaixo do queixo, como pode ver nas imagens em cima. Fontes de luz mais pequenas, como uma cabeça de flash ou um cone de iluminação, criam sombras mais bem definidas; por outro lado, fontes maiores, como as caixas ou os beauty dishes, produzem sombras mais suaves, com transições mais subtis entre o claro e o escuro. Também é preciso ter em conta o ambiente em que estamos a fotografar.
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CONE DE ILUMINAÇÃO
REFLETOR
ANEL DE LUZ
Canalize a iluminação para criar um raio de luz.
Consiga um look de editorial de moda como este.
Luz sem sombras e brilhos fantásticos nos olhos.
UM cone como este Interfit S-Type consegue canalizar a luz através de um tubo com uma abertura circular, o que produz um raio muito estreito de iluminação. Aqui, a luz que incide sobre o rosto é forte, o que cria sombras acentuadas debaixo do nariz e do queixo. Ao contrário das outras cinco fotografias, não há qualquer traço de iluminação no plano de fundo, e é por isso que o vemos quase todo escuro. Os cones são úteis para direcionar a luz para um objecto específico; vai ser raro usar um acessório destes para iluminar um rosto. O mais normal será vê-los a serem usados em conjunto com outros tipos de iluminação.
UM beauty dish é um grande refletor parabólico que é muitas vezes usado em sessões de fotografia de moda. Um defletor branco e circular colocado mesmo em frente a uma cabeça de flash protege o modelo de levar diretamente com a luz, projectando-a para trás, em direção ao disco. Isto produz uma luz direcional de qualidade aveludada, um resultado intermédio entre entre o flash direto e uma caixa de luz. Há dois tipos de refletores deste género: um de metal que pode ser usado com ninhos de abelha ou difusores brancos; e o que pode ser dobrado, como este da Interfit que vemos aqui.
NÃO é um acessório por si só, mas sim uma forma diferente de iluminação. Um anel de iluminação é simplesmente um aro de luz que projeta luz frontal, com o mínimo de sombras. A ideia é colocar a lente no meio do anel, para que a luz venha da mesma direção que o disparo da câmara. O resultado pode assemelhar-se ao de um flash pop-up, mas produz resultados que são, de longe, mais atrativos, uma vez que não são produzidas as sombras fortes que se conseguem sempre com os flash pop-up. Em vez disso, conseguimos uma iluminação sem sombras, muito boa para fotografar retratos, e útil se queremos disfarçar algumas rugas.
CONSELHO PROFISSIONAL
Tamanho e dispersão Pode parecer pouco intuitivo, mas quanto mais perto do modelo estiver a fonte de luz, mais suave será a iluminação. A luz aumenta em relação ao modelo e quanto maior for a fonte de luz, mais áreas de sombra vão ser preenchidas e mais suave se torna este efeito. Assim, é costume ver muitos fotógrafos de retratos aproximar as luzes dos rostos.
PROXIMIDADE
DISPERSÃO
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SUPER STROBES Anule a luz solar direta para criar fotografias dramáticas e intensas com este equipamento de iluminação exterior que não lhe vai “assaltar” a carteira.
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UANDO fotografa retratos apenas com luz natural, fica apenas limitado a uma única exposição correta. Mas quando começa a misturar luz natural com flash, pode manipular a exposição para conseguir resultados mais artísticos. Sempre que trabalhar com duas fontes de luz diferentes, a chave está no “peso” que cada uma vai ter no resultado final. Não podemos controlar o poder da luz solar, mas podemos alterar a intensidade do nosso flash para desequilibrar a diferença entre as duas fontes a nossa favor. De resto é isso que
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pode ver nesta fotografia com o rapaz, em que anulamos a intensidade da luz solar do meio dia, para um retrato carregado de dramatismo. Veja como o cabelo do rapaz tem a aparência de uma fotografia de estúdio, com uma boa iluminação que destaca detalhes e textura. Contudo, isto foi feito com a luz solar: colocado de costas para o astro-rei, a luz natural incide sobre o cabelo, fazendo-o brilhar. Ao subexpor as definições da câmara para a luz natural, o que fazemos é transformar o sol na nossa segunda fonte de iluminação. Depois, realçamos o rosto com flash.
PASSO 1
PASSO 2
PASSO 3
PASSO 4
PREPARE O CENÁRIO
DEFINA A EXPOSIÇÃO
SUBEXPONHA COM FILTROS
ILUMINE O ROSTO
Tudo aquilo de que precisa é um flash speedlight colocado num tripé com uma sombrinha prateada fixada no mesmo e um filtro ND. Vai também precisar de um sistema que permita disparar o flash em sincronia com o disparo (nós usámos o modo Commander da Nikon com o flash SB-900). Aponte o flash para a sombrinha prateada para conseguir uma iluminação suave e difusa.
Não ligue ainda o flash. Ponha a câmara em modo Manual e encontre uma boa exposição para a luz ambiente. Se estiver muita luz, comece com a ISO a 100 e uma velocidade de obturação de 1/200; ajuste a exposição nos disparos seguintes até que tenha o rosto corretamente exposto. Com as costas voltadas para o Sol, estas definições permitem que o rosto tenha a exposição correta.
Subexponha a luz ambiente. Pode fazer isto ao fechar a abertura, mas depois precisa de aumentar a profundidade de campo. Neste caso precisamos que isto seja superficial, de modo a desfocar o fundo. Use um filtro ND e um polarizador. Estes dois filtros combinados bloqueiam quase quatro f-stops de luz, o que faz com que o céu fique melhor, mas deixa o rosto muito escuro.
Agora pode ligar o flash. Num dia soalheiro, vai trabalhar com os limites de potência da maioria dos flashes speedlight, por isso comece no modo Manual na potência máxima (1/1), e depois vá reduzindo. Posicionámos o nosso flash diretamente por cima do rosto do rapaz, com um refletor também ele prateado no chão para projectar a luz de volta para cima, contra as sombras.
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DICA ÚTIL A luz de um flash speedlight vai parecer ficar melhor num retrato quando é difusa a partir de um modulador, como uma sombrinha ,ou refletida de uma parede.
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OS SEGREDOS DOS RETOQUES Carregar no botão de disparo da câmara é apenas metade do trabalho: quer sejam pequenos ajustes ou outros mais profundos, dar um toque final à imagem é igualmente importante. ME-SE ou odeie-se, o Photoshop mudou a forma como os retratos são criados - e mudou também a forma como vemos algumas dessas fotos: serão assim ou foram retocadas? Com algumas técnicas, qualquer pessoa
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pode transformar um retrato no que quiser e gostar. Mas quando é possível livrarmo-nos de todas as rugas, baixar três números de roupa e remover qualquer imperfeição, a verdadeira técnica é saber quando parar. A arte de bem retocar uma imagem é manter tudo subtil, com alterações praticamente impercetívceis. As três dicas que explicamos a seguir vão ajudá-lo. Primeiro usamos duas das ferramentas preferidas pelos editores: Heal e Clone, para esconder marcas e pontos.Depois, há uma técnica de suavizar a pele que faz maravilhas, mas que mantém a textura de uma pele delicada que outros métodos acabam por fazer desaparecer. Finalmente, temos um truque muito útil para reduzir as olheiras. Com estes truques, qualquer editor de imagem ocasional verá os resultados aparecer rapidamente.
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HEAL E CLONE
REDUZIR OLHEIRAS
As ferramentas Heal e Clone são ótimas para usar em retoques rápidos e eficazes.
Este truque rápido vai ajudá-lo a reduzir as olheiras e a preservar os detalhes.
O pincel Spot Healing do Photoshop permite remover pontos, manchas, imperfeições e apagar alguns pelos/cabelos ao pintar sobre os mesmos. Mude para o pincel Clone quando precisar de harmonizar zonas com manchas ou pele rugosa. Coloque o Clone a 20% e faça Alt + Clique para selecionar uma área limpa a clonar que esteja próxima e depois aplique-a sobre as zonas problemáticas. As ferramentas podem ser definidas para ‘Sample All Layers’, para que possam ser usadas numa camada vazia.
Adicione uma camada de Curves Adjustment e clique na imagem thumbnail da camada de curvas para descativar a máscara. Faça duplo clique no ícone da pipeta com a ponta negra nas definições das curvas, depois selecione uma área da pele que esteja “limpa”. Clique em ‘Ok’ e depois sobre a olheira. Os tons da sombra vão mudar para ficarem iguais aos do tom da amostra que selecionou antes. Agora basta “mascarar” para cobrir as olheiras. Pinte com branco sobre as mesmas.
CONSELHO PROFISSIONAL Aclarar e escurecer o rosto
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SUAVIZAR A PELE
Esta excepcional técnica de suavização mantém a textura original da pele. Duplique a camada de fundo e depois inverta com a combinação de teclas ‘Ctrl/Cmd + I’. Defina a opacidade da camada para 50% e mude o modo de Blend de Normal para Linear Light: a sua imagem deve ficar cinzenta. Entre no menu Filter > Other > High Pass e defina o Radius para cerca de 9px. Depois vá a Filter > Blur > Gaussian Blur e defina um valor de 3px. Finalmente, faça ‘Alt + Clique’ no ícone de adicionar máscara para adicionar uma máscara negra. Finalmente, pinte a branco sobre a pele.
As ferramentas Dodging e Burning podem ser mais indicadas para usar em paisagens que em retratos, mas um leve escurecimento ou aclaramento podem ter um grande impacto no resultado final. Aqui fica uma forma de o fazer: faça ‘Alt + Clique’ no ícone de nova camada, defina o modo de Blend para Overlay e selecione a caixa Fill With. Pinte a preto ou branco sobre a imagem. Com umas pinceladas subtis, pode dar
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algum ênfase aos contornos do rosto da mesma forma que faria um maquilhador profissional. Deve aclarar o centro da testa, a área que fica debaixo dos olhos e depois o queixo; depois, escureça a linha do cabelo, as zonas debaixo das bochechas e a zona que fica por baixo do queixo da modelo.
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OBTER O LOOK CERTO Quer sejamos inspirados por filmes vintage, efeitos analógicos ou trabalhos digitais inovadores, ao combinar a iluminação certa com técnicas de edição, podemos criar uma variedade de looks. S melhores fotógrafos de retrato chegaram ao seu nível porque encontraram um look que os define e que depois aperfeiçoaram até ao máximo. Pode ser o domínio perfeito das técnicas clássicas de iluminação, a criatividade na edição no Photoshop ou, simplesmente, não seguir as regras e fazer uma coisa completamente diferente. Escolha uma abordagem ou um look específico que o cative, depois leve o tempo necessário para o aperfeiçoar e encontre o seu estilo próprio. A inspiração pode vir de todos os lados – filmes, revistas, Internet e até de pessoas que veja na rua. Aqui ficam quatro looks para experimentar!
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O GLAMOUR DE HOLLYWOOD Use iluminação gobo para criar um look icónico que se tornou famoso na Sétima Arte. PARA um look característico de um filme dos anos 30, por que não tentar a iluminação com gobos? O gobo é qualquer coisa que fique em frente à nossa fonte de luz (como um filtro) e que crie um sombra interessante num cenário. Uma cortina é um exemplo clássico, que cria faixas de luz no que queremos fotografar. Para esta fotografia, usámos duas fontes de iluminação: uma
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posicionada do lado esquerdo da câmara, com a cortina posicionada à frente, para resultar em sombras bem definidas; a outra fonte de luz estava à direita, apontada à cara da modelo com um modificador de ninho de abelha para estreitar o raio de luz. Uma combinação como esta dá-nos um resultado perfeito para criarmos uma fotografia a preto e branco. Não se esqueça de adicionar grão.
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LOOK 2
CHUVA RETROILUMINADA Um aguaceiro fica fantástico quando iluminado por trás com um flash speedlight fora da câmara. AQUI usámos também um flash speedlight para se sobrepor à luz natural. Contudo, desta vez o mesmo ficou posicionado num apoio diretamente por trás do modelo (coberto por um saco de plástico para não ficar molhado) e foi disparado na potência máxima. Este efeito de contraluz capta a chuva de uma forma belíssima, cria sombras profundas e
escurece o plano de fundo - embora a fotografia tenha sido tirada à luz do dia. Nesta caso, a edição necessária é mínima. Tente aumentar a claridade (Clarity) no Camera Raw para aumentar a nitidez da chuva e adicione algum azul às sombras com a ferramenta Color Balance do Photoshop. Não se esqueça de escolher um guarda-chuva cuja cor aguente bem com este puxar dos azuis.
LOOK 3
DUPLA EXPOSIÇÃO Replique a velha técnica do cinema de expôr o mesmo frame duas vezes para retratos sugestivos. UM dos poucos efeitos analógicos que provoca um grande impacto no mundo digital, a dupla exposição, é bastante popular – não só em fotografia, mas também em vídeos de música e em programas de televisão. Fotografe um retrato subexposto contra um plano de fundo bastante iluminado, como, por exemplo, um céu. Desta forma, a
segunda exposição vai ficar confinada à forma do corpo. Esta edição no Photoshop é simples: copie uma imagem para cima da outra e depois altere o modo de Blend para Screen (também pode fazer isto com camadas de vídeo no Photoshop). Perfeito para retratos conceptuais, uma vez que pode entrar, literalmente, na cabeça do seu modelo.
LOOK 4
ARTE DIGITAL Se quiser usar apenas o Photoshop, porque não tentar esta edição com efeitos geométricos? ALTERAR um retrato desta forma é bastante mais simples do que aquilo que aparenta. Comece com uma fotografia de estúdio, tirada com um fundo cinzento. Depois faça as formas com a ferramenta Shape do Photoshop, adicione uma cor e experimente usar diferentes modos de Blend: Hard Light, Linear Light e Divide vão funcionar bem aqui, por exemplo. Agora, selecione
uma parte do retrato e crie uma Shape Layer; arraste-a para cima da forma na lista de camadas e faça ‘Alt + Clique’ na linha que separa as duas. Imagens de texturas, como a de pele envelhecida usada aqui, pode ficar ótima quando combinada com retratos (procure os modos Overlay ou Soft Light). Aventure-se neste universo criativo e divirta-se ao máximo!
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OLHARES
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Demore o olhar nos melhores registos fotográficos enviados pelos leitores da OMF e encontre inspiração para dar asas à sua veia mais criativa.
MENSALMENTE os leitores da revista O Mundo da Fotografia são contemplados com apelativos prémios em resposta aos desafios que lançamos em cada edição. No passatempo Olhares deste mês, o leitor António Coelho foi eleito o 1º classificado e receberá um disparador remoto Cactus V5 (€ 41,99). Já o leitor Duarte Sol, 2º classificado, será premiado com um flash Metz Led 72 (€ 29,90). Ambos os prémios são oferta Rodolfo Biber S.A. PARTICIPE TAMBÉM E GANHE PRÉMIOS! www.metz-mecatech.de/es
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Envie as suas fotos para ‘
[email protected]’. Regras de participação no CD que encontra na pág. 114.
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ANTÓNIO COELHO SÉ CATEDRAL DA GUARDA Equipamento Nikon D7100 a 11 mm Abertura f/4 Exposição 1/15 seg. Sensibilidade ISO 100
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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LEITORES
OLHARES
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DUARTE SOL
MANUEL ADREGA
A CURVA
IRMÃOS DE ARMAS
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JORGE G SILVA CONTRASTES “Londres.”
“Encumeada, Madeira, Portugal.” Equipamento Canon EOS 5D Mark III a 16 mm Abertura f/14 Exposição 3.2 seg. Sensibilidade ISO 100
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
Equipamento Fuji X-E2 Abertura f/9 Exposição 1/180 seg.
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Equipamento Canon EOS 600D a 200 mm Abertura f/7.1 Exposição 1/1.250 seg. Sensibilidade ISO 1600
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OLHARES
LEITORES
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PEDRO MARTINS
RAUL GONÇALVES
VOLARE
AÇORES, ILHA DE SÃO MIGUEL
“Póvoa de Varzim, Skateparque.”
“Paisagem de cortar a respiração.”
Equipamento Fujifilm XT a 16 mm Abertura f/5.6 Exposição 1/400 seg. Sensibilidade ISO 400
Equipamento Canon EOS 60D a 10 mm Abertura f/8 Exposição 1/160 seg. Sensibilidade ISO 200
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LEITORES
OLHARES
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OLHARES
LEITORES
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NELSON FAVAS
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PRIMEIRO DIA DE VERÃO “Registada na Praia da Fonte da Telha, no primeiro dia de verão de 2016.” Equipamento Canon EOS 600D a 65mm Abertura f/8 Exposição 1/750 seg. Sensibilidade ISO 400
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CÉSAR_TORRES PRIMAVERA/VERÃO “Beldades da natureza portuguesa.” Equipamento Nikon D7200 a 180 mm Abertura f/4.5 Exposição 1/800 seg. Sensibilidade ISO 320
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RICARDO MATEUS SOME KIND OF MAGIC Equipamento Canon EOS 1100D a 10 mm Abertura f/8 Exposição 120 seg. Sensibilidade ISO 100
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ANTÓNIO DE JESUS BUTEO FERRUGINOSO Equipamento Canon EOS 30D a 190 mm Abertura f/7.1 Exposição 1/320 seg. Sensibilidade ISO 250
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RAUL BRANCO TERRA LAVRADA “Santarém.” Equipamento Sony RX100 a 24.1 mm Abertura f/8 Exposição 1/1.000 seg. Sensibilidade ISO 200
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JOSÉ MELIM À BEIRA-MAR “Numa praia de Gaia.”
Equipamento Pentax K20D a 21 mm Abertura f/13 Exposição 1/60 seg. Sensibilidade ISO 100
PARTICIPE, ENVIE-NOS AS SUAS FOTOGRAFIAS!
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Participe já no passatempo Olhares da edição de novembro da revista OMF! Utilize o e-mail ‘
[email protected]’ e siga as regras de participação que encontra no CD da revista. Habilite-se a ganhar um disparador remoto Cactus V5 (€ 41,99) e um flash Metz Led 72 (€ 29,90), ofertas Cactus e Metz, marcas distribuidas em Portugal pela Rodolfo Biber S.A. Serão premiados o 1º e 2º classificados deste passatempo, respetivamente.
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www.cactus-image.com
f O t O g r a fa r
f O t O g r a fa r diCaS E truQuES EfiCaZES E tÉCniCaS PrÁtiCaS, CriatiVaS E PrOfiSSiOnaiS. EStÁ PrEParadO?
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OitO PrOjEtOS fOtOgrÁfiCOS!
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ÁREA TÉCNICA sAIbA Tudo sobRE...
... o ângulo de visão da sua câmara. Tenha sempre em atenção o tamanho do sensor no momento de adquirir um novo corpo.
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ImAGENs Ao PoRmENoR TÉCNICAs PRÁTICAs
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Explore o poder da farinha nas fotos de comida, aposte em iluminação caseira e aventure-se nas imagens documentais.
EXPERIÊNCIA dE TRAbALHo CAsAmENTos Com IPHoNE
O criativo Sephi Bergerson teve a audácia de fotografar um casamento com pompa e circunstância com um simples smartphone.
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O MundO da fOtOgrafia
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© Shutterstock
Saiba como equilibrar o brilho das imagens Ao nascer e ao pôr do sol, o contraste entre o céu e o primeiro plano será muito elevado para captar detalhes em ambos. Uma opção viável é utilizar um filtro de densidade neutra para escurecer o céu. Para posicionar a transição, pressione o botão da profundidade de campo na câmara ao mesmo tempo que olha pelo ecrã. Se as colinas e as árvores forem projetadas para a zona mais escura, abandone o filtro e faça duas exposições separadas – uma para a terra e outra para o céu; mais tarde, funda-as.
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PROJETOS
FOTOGRÁFICOS Oito ideias frescas e criativas para experimentar – desde fotografia de rua a duplas exposições.
PROJETO 1
Perca-se em campos de alfazemas... Aproveite a oportunidade para adicionar salpicos de cor a cenários de verão.
sta é a altura do ano ideal para obter este género de paisagem, clássica e inspiradora. Se está a pensar ir de férias e há muito que deseja fotografar um campo de alfazemas, então fique a saber que, na Europa, muitas quintas abrem as suas portas ao público para que os campos floridos possam ser contemplados durante os meses de julho e agosto, embora o horário de funcionamento normalmente não combine com a melhor luz da manhã ou do início da noite. Uma conversa amigável com o dono e a oferta de uma imagem impressa pode ser tudo o que precisa de fazer para obter a permissão para fotografar nestas alturas. Ficando a um nível mais baixo e perto das plantas do primeiro plano com uma objetiva grande-angular, conseguirá tirar o máximo partido das
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linhas principais criadas pelos campos de alfazemas. Leve o tempo necessário para encontrar detalhes mais apelativos ou até mesmo algo interessante no horizonte – seja uma árvore, o sol ou um conjunto de nuvens. Se fotografar contra o sol, tal como Zhasmina Ivanova, escolha uma abertura menor para produzir um efeito de raios mais aprazível. Para evitar reflexos, use uma capa na objetiva e assim protegerá o elemento frontal usando a sua mão. Siga as boas práticas da fotografia de paisagem para obter registos nítidos: use um tripé, uma abertura de f/11-16, o espelho em modo Lock-up e acione o obturador com um disparador remoto. Trabalhar com a câmara instalada num tripé dá-lhe espaço para compor cuidadosamente, por isso não há desculpa para horizontes desnivelados.
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© Paul Russell
PROJETOS FOTOGRÁFICOS
S resorts nas zonas costeiras proporcionam uma miríade de oportunidades fotográficas para um fotógrafo mais perspicaz. A própria combinação entre os detalhes coloridos, a magia do céu cinzento e as condições climatéricas inconstantes é intrigante e bastante apelativa. O medo de ser confrontado com algumas adversidades atmosféricas pode demovê-lo de experimentar este género fotográfico, mas, tal como o criativo Paul Russell refere, é uma ocorrência rara. “Faço fotografia urbana e costeira profissionalmente desde 2004, e durante este tempo tive apenas três experiências desconfortáveis”, partilha.
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PROJETO 2
Fotografia de rua à beira-mar
Obtenha imagens cândidas características da costa. 52
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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“Quando estou a filmar, procuro focar-me nos temas, em vez de nos indivíduos que podem aparecer nas fotografias. Tenho também um cartão de visita de fácil acesso a todos os locais – parece neutralizar uma situação com uma rapidez surpreendente”, confidencia-nos. “Por norma, caminho devagar, sem parar num local em específico. Olho à minha volta, mas faço poucos disparos – numa sessão típica de duas horas sou capaz de fazer somente dez imagens. Quando uma cena não oferece um registo impactante, faça com que a localização da praia valha por si, captando fotografias simples e gráficas.” www.paulrussell.info
© Andy Howe
S redes de transportes ajudam a alimentar ideias criativas para um projeto fotográfico, quer esteja à procura de um tema mirabolante e de fácil execução ou de um trabalho artístico a longo prazo. Desde espaços cavernosos a pormenores de design, há uma panóplia de oportunidades fotográficas que podem ser aproveitadas pelo preço irrisório de um bilhete, sendo que cada uma delas poderia vir a tornar-se o tema para uma série de projectos individuais ou fazer parte de algo muito maior. Foi numa visita a Londres, há muitos anos atrás, que Andy Howe se deparou com a magnitude deste género fotográfico, tendo então decidido transportar a sua arte urbana para os subterrâneos. “Muitas das estações de metro mais célebres e arquitetonicamente perfeitas tendem a ser mais distanciadas do centro da cidade e, por isso, têm menos
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PROJETO 3
Explore o metro
Crie obras-primas monocromáticas e melancólicas.
pessoas a circular. Há alguns exemplos fantásticos de Art Déco que datam do ano 1930, e algumas estações emblemáticas como Arnos Grove e Southgate, na linha Piccadilly, Gants Hill na linha Central, e Hampstead na linha do Norte. As estações têm características de design maravilhosas, como telhas em cerâmica, passagens sinuosas e objetos de época.” Obviamente que, se está a pensar fotografar no metro, precisa de trabalhar o mais leve possível. “Tripés e flash não são permitidos; fotografo com uma objetiva ultragrande-angular (uma 10-20 mm) para me ajudar a lidar com os espaços confinados. A velocidade de obturação de 1/30 seg. combinada com o estabilizador de imagem da minha objetiva parece produzir imagens bastante nítidas no terreno.” http://andrewhowe.format.com
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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© Marcus Hawkins
PROJETOS FOTOGRÁFICOS
PROJETO 4
PROJETO 5
Folhas retroiluminadas
Abstratos florais
SAR uma luz de fundo forte para iluminar uma folha permite revelar a sua estrutura e a sua cor de uma forma vívida. É uma técnica que funciona bem com flores delicadas. Pode manter as coisas simples e colar a folha a uma janela, ou, como neste caso, à tampa de uma caixa de plástico e iluminá-la com o flash
o invés de captar retratos florais, porque não tirar proveito da explosão sazonal da cor para tentar algo um pouco diferente com seus disparos? Há uma série de abordagens que pode tomar para criar imagens abstratas vibrantes. Por exemplo, pode optar por fazer zoom e isolar a curva de
Capte uma macro de estúdio em casa.
fora da câmara. Faça com que a folha fique plana para manter tanto desta quanto possível dentro da profundidade de campo resultante das distâncias curtas. Uma objetiva macro permitirá que preencha o frame com detalhes, mas pode usar tubos de extensão e dioptrias close-up para adaptar uma objetiva normal e assim conseguir focar mais de perto.
U
Opte por uma abordagem fresca às flores.
A
uma pétala, ou mover a câmara durante uma exposição lenta para produzir um borrão. Pode combinar várias exposições para obter uma fusão de cor e de forma, ou combinar técnicas e imagens – fotografe tanto uma imagem nítida como uma distorcida e, mais tarde, funda ambos os registos, como fizemos aqui.
PROJETO 6
Verão desportivo
ÃS de desporto, este projeto fotográfico é para vocês! Agora que a febre do Euro 2016 terminou, entramos em contagem decrescente para as competições dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, no Brasil. Se é um entusiasta do fotojornalismo e da fotografia documental, então vá, viaje
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com acreditação! Em vez de se focar na ação desportiva, oriente a sua câmara para as claques, os espetadores colados às televisões, as celebrações e os erros, quando nada corre como planeado. Procure os detalhes que contam uma história: uma bandeira solitária num local inesperado ou pessoas envolvidas no seu quotidiano.
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© Shutterstock
Documente os grandes acontecimentos.
© Ben Brain
PROJETO 7
Fotografe um único assunto
Escolha um motivo que possa encontrar em qualquer lugar.
MAIOR desafio que muitos de nós enfrentamos quando iniciamos um projeto fotográfico não passa tanto por superar obstáculos técnicos, mas sim por chegar a uma primeira ideia, aquela verdadeiramente brilhante. Se está à procura de inspiração, uma opção simples é escolher um único assunto no qual se focar. Escolha um motivo tipicamente comum, para que possa preencher o
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seu portfólio com alguns registos diferentes. Por exemplo, algumas pessoas gostam de fotografar portas e janelas; outras preferem os omnipresentes bancos públicos dos jardins espalhados pela cidade. Neste caso, focamos-nos num objeto menos comum – pás metálicas de jardim, – e conseguimos obter um conjunto criativo de imagens. Não tem que tratar os objetos de forma idêntica SETEMBRO 2016
fotograficamente, como fizemos aqui, mas a repetição oferece uma forma conveniente de fazer uma coleção de imagens, que se mantêm unidas num corpo completo de trabalho. Pode também usar uma composição ou uma montagem para combinar um conjunto mais diversificado de objetos. Por exemplo, experimente fotografar próximo do assunto e explorar cenas mais amplas. O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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PROJETOS FOTOGRÁFICOS
IS PO DE
PROJETO 8
Crie uma dupla exposição
Inspire-se no nosso tema de capa e transforme retratos.
DUPLA EXPOSIÇÃO de imagens é uma técnica que remonta à era do analógico, mas a facilidade com que as câmaras digitais permitem recriá-la fez com que se tornasse popular entre os fotógrafos atuais. Combinar retratos de pessoas com texturas da natureza é um tratamento usado com frequência. O truque aqui é fotografar tanto o modelo como o elemento natural contra um fundo pálido, como um céu nublado, onde os contornos aparecerão distintos. Os topos das árvores funcionam bem, como ilustrado no nosso exemplo aqui, mas os especialistas nesta técnica gostam de formações rochosas, flores e ondas para obterem um efeito mais artístico. Embora possa combinar um retrato e uma textura diretamente na câmara (no modo de exposição múltipla) terá mais controlo se o fizer posteriormente num software de edição. Usámos o Photoshop CC, mas é um truque de camadas simples que funciona em vários programas. Nós fizemos os passos básicos, mas pode aperfeiçoar os resultados com Dodge, Burn e Clone.
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TE S
© James Paterson
A
Passo
1
Abra as suas imagens no Photoshop CC e converta-as em Smart Objects. Use Select > All nestas três fotos e copie e cole este ficheiro no seu retrato. Para combinar ambos, defina Screen como modo de mistura na parte superior do painel Layers.
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
Passo
2
Use Edit> Free Transform, gire e reposicione a camada da árvore. Agora use a camada de ajuste Black and White para tornar a imagem monocromática e aumente o contraste com uma camada Curves, antes de usar Filter> Camera Raw Filtter sobre a camada do retrato.
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Passo
3
Com o retrato aberto no ACR, selecione Graduated Filter, defina a exposição para +4.00 e arraste os gradientes para as seções que pretende tornar brancas, como o fundo e a lateral esquerda. Use o Adjustment Brush e clique em OK.
Passo
4
Destaque a camada superior, clique no ícone Create Adjustment Layer e escolha Gradient Map. Clique no gradiente para abrir o Gradient Editor e clique no ícone emergente para abrir o menu flutuante. Escolha Photographic Toning e o seu preset preferido.
TÉCNICAS BÁSICAS E X P L O R E O S Â N G U L O S D E V I S Ã O D A S U A O B J E T I VA .
4
ÂNGULO DIAGONAL Quando analisa as especificações das objetivas, o ângulo de visão refere-se normalmente à diagonal da imagem.
1
DISTÂNCIA FOCAL Tal como o nome sugere, uma objetiva grande-angular oferece um amplo ângulo de visão, ao passo que uma teleobjetiva – com uma distância focal longa – produz um ângulo de visão muito mais estreito. 2
POSIÇÃO DA CÂMARA O campo de visão – a distância física registada através de uma imagem – muda consoante a proximidade ou distância da câmara em relação à cena fotografada, ainda que o ângulo de visão seja determinado pela distância focal.
3
TIPO DE CÂMARA Apesar de o ângulo de visão ser fixado em cada distância focal, o tamanho do sensor de imagem no interior da câmara pode ter um efeito sobre o ângulo de visão global que é gravado na fotografia.
E ST E M Ê S : Â N G U LO D E V I S ÃO Como o tamanho do sensor determina aquilo que a sua câmara vê. O ângulo de visão é uma medida que determina o quanto de uma cena ou de um assunto uma objetiva pode registar. Expresso em graus, o ângulo de visão pode ser medido horizontalmente, na vertical ou na diagonal ao longo da imagem. A distância focal é a chave: objetivas com distânciais focais maiores oferecem
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
uma visão muito mais reduzida. Pode, é claro, mover a câmara para mais longe, a fim de trazer mais de uma cena para a imagem ou mover para mais perto, de forma a conseguir um registo mais aproximado – ou ficar onde está e ajustar o zoom –, mas o ângulo de visão para o comprimento focal escolhido não muda. O que se altera é a relação
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entre os objetos na imagem se se mover no terreno. Dê um passo em frente com uma objetiva grande-angular e continuará a captar mais do plano de fundo em comparação com o restante assunto da sua foto. Uma objetiva longa continuará a registar uma parte muito menor do plano de fundo em relação ao assunto à medida que se distancia.
TÉCNICAS BÁSICAS – ÂNGULO DE VISÃO
F O T O G R A FA R
Porque é que o tamanho do sensor é importante?
Full-frame
Estes sensores têm as mesmas proporções de um frame de filme de 35 mm e captam a visão total com objetivas compatíveis.
APS-C
Sendo x1.5 ou x1.6 mais pequeno do que um sensor full-frame, um sensor APS-C oferece uma visão mais estreita com a mesma objetiva.
O tamanho do sensor de imagem tem impacto na distância focal efetiva de uma objetiva e, consequentemente, no ângulo de visão. A distância focal serve de guia para o ângulo de visão. Mas as
câmaras com sensores menores captam uma área menor da imagem projetada pela objetiva. Isto significa que as distâncias focais mais curtas são necessárias para assim obter o mesmo ângulo de visão.
UANDO os fotógrafos especulam acerca da distância focal de uma objetiva, eles referem-se ao ângulo de visão da câmara, aquele que determina como uma cena pode ser captada e composta. Objetivas longas com distâncias focais de 200 mm, 300 mm, 400 mm ou mais, oferecem ângulos de visão estreitos, que tornam mais fácil o isolamento dos detalhes dentro de uma cena maior. A desvantagem de ter um ângulo de visão de apenas alguns graus é que se torna fácil perder a noção de um assunto; uma ligeira mudança na posição da câmara pode ter um efeito dramático sobre qual a área a ser cristalizada pela objetiva. Este problema é agravado se estiver a seguir um assunto em movimento – alguém que já tentou fotografar pássaros a voar a grande velocidade com uma objetiva de 60 mm compreenderá o que estamos a falar! As objetivas grande-angular invertem este problema. Os comprimentos focais na ordem de 16-35 mm são capazes de sugar
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Quatro Terços
Estes sensores têm metade do tamanho de um sensor full-frame. Uma objetiva 50 mm numa câmara Quatro Terços oferece um ângulo de visão equivalente ao de uma objetiva 100 mm numa reflex full-frame.
uma grande quantidade da cena numa fotografia e, consequentemente, torna-se mais fácil enquadrar inicialmente o disparo e recompor rapidamente. A desvantagem de ter um ângulo de visão de quase 100 graus é que se torna muito mais propício o aparecimento de distrações no frame; além disso, acaba por ser mais desafiante fazer com que um objeto se destaque no “ruído”. Fique a saber que pode explorar as características de diferentes ângulos de visão de forma criativa. Por exemplo, aproximar-se com uma objetiva grande-angular significa que pode captar um assunto e tudo ao seu redor numa única imagem. Pode também jogar com a escala: os objectos mais próximos da câmara aparecerão muito maiores em relação àqueles que se encontram mais distantes. Distâncias focais mais longas mostram uma secção muito mais diminuta do plano de fundo. Isto não só torna mais fácil a composição de um registo mais “limpo” – um pequeno movimento da objetiva é tudo o que precisa para encontrar uma parte mais
apelativa da cena –, como ainda amplia o plano de fundo. Pode então fazer-se valer deste pormenor para captar edifícios distantes, montanhas ou até mesmo para fazer com que a lua pareça muito maior que os elementos do primeiro plano. Neste caso, o trade-off passa por ter de fotografar a partir de uma distância maior para conseguir incluir ambos no mesmo disparo.
A desvantagem de ter um ângulo de visão de quase 100 graus é que se torna muito mais propício o aparecimento de distrações no frame.
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TÉCNICAS BÁSICAS – ÂNGULO DE VISÃO
4˚ 4˚- 8˚
6˚
SUPER T E L E O B J E T I VA
F O T O G R A FA R
8˚ 10˚ 15˚
8˚- 35˚
23˚
T E L E O B J E T I VA
Super teleobjetiva
ÂNGULO DE VISÃO
7°
4/3
150mm 200mm 300mm
APS-C
200mm 250mm 400mm
5°
3.5°
FULL-FRAME 300mm 400mm 600mm
65˚ 62˚- 84˚
74˚ 84˚ 84˚- 114˚
98˚ 106˚ ÂNGULO DE VISÃO
GRANDE ANGULAR
35˚- 62˚
Teleobjetiva ÂNGULO DE VISÃO
28°
15°
10°
4/3
35mm
70mm
100mm
APS-C
45mm
90mm
135mm
FULL-FRAME 70mm
135mm
200mm
ULTRA GRANDE-ANGUL AR
46˚
S TA N D A R D
28˚
ÂNGULO DE VISÃO
Standard 54°
49°
40°
4/3
17mm
20mm
25mm
APS-C
24mm
28mm
35mm
FULL-FRAME 35mm
40mm
50mm
DISTÂNCIA FOCAL Como escolher a objetiva certa para fotografar. QUANTO menor a distância focal, maior o ângulo de visão. Por exemplo, uma objetiva fisheye de 8 mm pode ser capaz de captar uma visão ampla de 180 graus – e há um risco de os seus pés acabarem inadvertidamente na imagem.
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
Por sua vez, uma teleobjetiva pode oferecer um ângulo de visão de apenas três ou quatro graus. À direita, encontra uma lista de ângulos de visão mais comuns e a distância focal necessária para os alcançar com diferentes sensores.
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Grande-angular ÂNGULO DE VISÃO
98°
84°
65°
4/3
8mm
10mm
14mm
APS-C
10mm
14mm
20mm
FULL-FRAME 16mm
20mm
28mm
TÉCNICAS BÁSICAS – ÂNGULO DE VISÃO
F O T O G R A FA R
O PLANO DE FUNDO IMPORTA O posicionamento do fotógrafo faz uma grande diferença no tamanho de determinados detalhes. ESCOLHER a distância focal certa para uma determinada situação não é simplesmente uma questão de trabalhar o quão grande ou pequeno é o assunto da sua imagem: é também sobre a perspectiva e a aparência geral que deseja alcançar.
TELEOBJETIVA
Aqui pode ver o impacto que a perspectiva pode ter. Uma fotografia foi captada a partir de uma determinada distância com uma teleobjectiva de 200 mm; já a outra imagem foi obtida mais próxima do assunto com uma grande-angular de
20 mm. O tamanho do assunto pode ser consistente entre as duas imagens, mas a chave está precisamente aqui. Pode constatar que uma objetiva grande-angular capta muito mais do ambiente, apesar da distorção resultante, ausente na teleobjetiva.
GRANDE-ANGULAR
Chave Assunto Plano de fundo
Compressão
Para manter o mesmo tamanho do assunto, o registo a 200 mm tem de ser captado a partir de uma distância muito maior do que o disparo efetuado a 20 mm. Um ângulo de visão diminuto significa que uma fatia muito menor do fundo está incluída na imagem, o que faz tudo parecer muito maior no frame. A sua proximidade também engrandece! Esta é a compressão da distorção em ação.
Extensão Escolher uma objetiva de 20 mm faz com que grande parte do plano de fundo fique visível. Como resultado, o assunto parece muito maior do que objetos à distância. Isto é o que é conhecido como distorção de extensão, o que pode ser usado para obter resultados mais dramáticos. Não é particularmente lisonjeiro para retratos.
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FO O IM TO P A S O G QU R E EF M N UN E S CI NO ON AM R !
#1
O PODER DA FARINHA O vencedor do título “Fotógrafo de Comida do Ano” revela alguns segredos suculentos para o sucesso. MUITOS dos participantes de concursos de fotografia pensam que precisam de visitar locais exóticos para conseguirem imagens dignas de prémios, mas, por vezes, só precisam de se fazer à estrada. Recentemente, o criativo Mark Benham ganhou o título “Pink Lady Food Photographer of the Year” com o seu registo de Duncan Glendinning, que gere a Thoughtful Duncan Company, em 62
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Bath. “A mulher de um amigo meu é food stylist e escritora, e ela sugeriu-me entrar em contacto com Duncan”, explica Mark. “Então apareci num dia em que ele estava a trabalhar num turno duplo, uma vez que tinham poucos empregados.” O fotógrafo captou estas imagens na cave quente e apertada da padaria, onde a luz não era a ideal. Felizmente, havia uma zona com um fundo limpo, contra o qual Mark enquadrou este retrato de Duncan. “Eram quatro da tarde e estava a ficar
bastante cansado, então sugeri um pouco de diversão. Duncan estava a fazer massa e atirou ao ar um pouco de farinha; foi assim que esta imagem surgiu”, partilha. Mark ia usar flash, mas alguns problemas técnicos fizeram com que ele tivesse de confiar no ISO elevado e nas objetivas céleres. “Aumentei o ISO para 2.00 e usei a Canon EF 50mm f/1.8, que é rápida, precisa e acessível. Nem sempre se precisa de um equipamento maior ou mais recente; tenho de tirar partido do equipamento que tenho.”
© Mark Benham
WHY SHOTS WORK
Porque funciona esta imagem... 1 A velocidade de obturação escolhida foi de 1/640 seg. a f/4.5, usando o modo de disparo único, com focagem automática. Duncan fotografou no modo de Prioridade à Abertura, porque precisava de trabalhar de forma rápida e com um certo automatismo.
3 Há muita coisa a acontecer em primeiro plano nesta imagem, por isso era importante que o fundo fosse apelativo e pouco distrativo.
2 Mark focou nos olhos de Duncan. O facto de o modelo não estar a olhar diretamente para a câmara ou a fazer pose faz com que as imagens pareçam ter um registo documental mais autêntico. Simultaneamente ficamos com a
4 Mark fez ajustes mínimos. “Editei a imagem no Adobe Camera Raw; comecei por ajustar o perfil das objetivas e, potenciar Clarity, Vibrance e Contrast”. Depois de realçar os brancos, ele importou a imagem para o Photoshop e usou algumas camadas de ajuste.
sensação de que trabalha arduamente, mas que aprecia aquilo que faz.
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IMAGENS AO PORMENOR
#2
A DANÇA DA LUZ
A fotógrafa Polina Plotnikova, que trabalha em Londres, está em grande este ano. Já venceu uma das categorias do concurso “Food Photographer of the Year” e recebeu um louvor no desafio “Garden Photographer of the Year” pelo seu trabalho de still-life – incluído esta imagem, The Last Dance. É um grande exemplo de sua abordagem simples, mas altamente criativa à fotografia still-life em estúdio. “Esta imagem integra um projeto que tenho em curso sobre flores secas”, explica. “É uma orquídea – adoro orquídeas; sequei-a para revelar as linhas e formas interessantes que tem quando está morta. Sou, essencialmente, uma fotógrafa de still-life de estúdio. Outros géneros têm a sua piada, mas este é aquele que me encaixa melhor. Se produzir apenas duas imagens por mês, isso já me deixa feliz, embora possa não parecer produtivo para outros fotógrafos.” www.polinaplotnikova.com 64
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
© Polina Plotnikova
Flores secas são flores criativas. Aposte numa iluminação inovadora! Consiga a iluminação certa 1 “Fotografei esta orquídea contra uma softbox Bowens, colocada atrás da mesma para servir de iluminação de fundo. O plano de fundo é um simples papel de manteiga. Por vezes, uso um papel mais criativo de alguma loja de arte, mas este tinha um toque tão fibroso e apelativo, que me pareceu o padrão ideal.”
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2 A segunda fonte de luz é, igualmente, Bowens, usada com uma sombrinha em frente. “Por outras palavras, a orquídea está entre duas zonas de iluminação”, partilha. 3 “Normalmente antecipo se irei converter uma imagem para preto e branco ou não. Fotografo sempre a cores para ficar mais tranquila. Em termos e Photoshop, fiz o mínimo nesta imagem – corte, curvas, correção, contraste, nitidez e conversão para monocromático.”
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© Adrian Dennis
IMAGENS AO PORMENOR
#3
TENHA UMA ABORDAGEM DIFERENTE A pesquisa e a experimentação podem conduzir a excelentes resultados documentais.
FOTÓGRAFO conceituado da agência de notícias AFP em Londres, Adrian Dennis teve de “pensar fora da caixa” e captou o momento em que a Rainha de Inglaterra encara uma cadete do Guarda de Honra, na Berkhamsted School, no ano do seu nonagésimo aniversário. “Uma vez que a grande maioria dos “royal boys” [os fotógrafos que ganham a vida a cobrir este género de acontecimentos] tinham
O olhar é a chave!
ocupado as principais áreas atribuídas aos fotógrafos, escolhi uma posição diferente “, explica Adrian. “Se estiver autorizado, tomarei sempre esta decisão – principalmente porque não consigo compreender o propósito de fotografar a mesma imagem que outros 15 fotógrafos; e também nunca penso que aquele era o melhor ângulo de todos.” Este criativo teve de estacionar a vários metros de distância e carregar o seu equipamento fotográfico, mas confessa que valeu a pena todo o esforço.
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1 A sua posição em relação à Rainha era imprevisível, por isso Adrian fez-se valer de três reflex Canon e quatro objetivas (24-70 mm, 70-200 mm, 300 mm e 500 mm). “Estava confiante de que iria usar a 300 mm na minha Canon EOS-1D Mark II. É uma grande combinação: o foco automático e a nitidez são fantásticos”. Antes já o fotógrafo tinha questionado um oficial, para saber qual o melhor lugar para ficar a fotografar. “A posição dos fotógrafos alocados ficava demasiado à frente e tornava-se um pouco difícil ver os cadetes em segundo plano.”
Ficar numa posição mais confortável permitiu-lhe registar a troca de olhares entre a cadete e Sua Majestade. “Queria uma imagem que desse uma pista 2
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daquilo que a Rainha estava a fazer naquele dia, ao passo que os outros fotógrafo procuravam um retrato limpo”. Para obter nitidez a 300 mm, escolheu uma velocidade de 1/2.000 seg. a f/4, ISO 250.
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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F O T O G R A FA R
EXPERIÊNCIA DE TRABALHO - FOTOS DE CASAMENTOS COM IPHONE
EXPERIÊNCIA DE TRABALHO EPOIS de mais de dez anos a trabalhar como fotógrafo comercial em Tel Aviv, Sephi Bergeson fechou as portas do seu estúdio em 2002 e mudou-se para a Índia com a sua família, para perseguir o seu sonho de ser fotógrafo documental. Desde então, o trabalho de Sephi tem sido destacado em livros e publicações internacionais. E, espante-se, este criativo tem usado cada vez mais o seu iPhone 6S Plus como câmara principal nos seus projetos pessoais. Atualmente está a trabalhar num projeto sobre África, um livro, fotografando a tempo inteiro com o iPhone – e há bem pouco tempo usou o seu iPhone a nível profissional para fotografar, pela primeira vez, três dias de um casamento na Índia.
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O que é que o iPhone tem assim de tão especial para ter escolhido usá-lo como câmara principal?
Já fotografo com o iPhone há algum tempo, desde que o primeiro modelo foi lançado. Usava-o, sobretudo, em férias, como alternativa à minha câmara. Penso que este interesse começou com o iPhone 3G, no Egito, há alguns anos atrás. Senti que produzia um tipo diferente de imagens. Além disso, dava-me a liberdade de não ser um fotógrafo mais sério o tempo inteiro. Quando estamos no terreno com uma câmara profissional, estamos, em certa medida, concionados a determinados procedimentos. Com o tenpo, comecei a fotografar os meus projetos pessoais com o iPhone, nomeadamente a vida selvagem em África; e as pessoas começaram a fazer perguntas sobre as fotos, pois pareciam diferentes e inovadoras. Não introduzi logo este gadget no meu trabalho profissional, mas, um dia, depois de um casamento, a luz não era a mais favorável, por isso sugeri ao casal de noivos fazer uns disparos com o iPhone ao estilo do Instagram. Eles adoraram o resultado e, de facto, as imagens eram bastante boas. O que mais os maravilhou foi o facto de ter editado as fotos no caminho para o aeroporto e de as ter partilhado no imediato com eles; assim podiam logo mostrá-las aos amigos. Portanto, esta foi a primeira situação na qual usei o iPhone; começou a ser tão recorrente, que acabei por ter a ideia de fotografar um casamento inteiro.
O casal ficou convencido?
Sephi Bergerson usa o smartphone para o seu trabalho comercial, uma opção que descreve como “algo que me dá liberdade de não ser um fotógrafo sério o tempo inteiro”.
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
Eles estavam abertos a isso. Em novembro de 2015, tive a oportunidade de fotografar um grande casamento na Índia e, por isso, tinha uma equipa extensa a trabalhar comigo. O meu segundo fotógrafo era um profissional na área dos casamentos. Posto isto falei com o casal, que já acompanhava o meu trabalho há três anos. Disse-lhes: “Isto pode soar estranho, mas quero fotografar o vosso casamento >
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O TRABALHO DE SELPHI
Fotografaria um dos casamentos mais badalados da sua carreira com um simples iPhone? Sephi Bergerson teve essa audácia. Conheça a sua história e inspire-se!
Nesta página O casamento de Ayushi e Abhishek aconteceu em Udaipur e durou três dias, corria o mês de novembro de 2015. A agência de fotografia de casamentos Silk Photos, da qual Sephi é membro, foi responsável por fotografar e filmar as celebrações.
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F O T O G R A FA R
EXPERIÊNCIA DE TRABALHO - FOTOS DE CASAMENTOS COM IPHONE
“Se eu captar uma imagem apelativa, posso mostrá-la e partilhá-la logo, o que me permite dar ao casal uma tranquilidade instantânea.“
apenas com um iPhone. Tenho uma excelente equipa comigo e nós iremos fazer todos os registos tradicionais deste dia; estarei a orientar tudo, mas também gostaria de experimentar isto”. Eles confiaram em mim. Penso que perceberam que poderia vir a ser algo único. No meu caso, sabia que a minha equipa estava lá e que a cobertura tradicional seria fantástica, e isso tornou o processo bem mais fácil. Foi um espetáculo perfeito. Neste evento usei o meu iPhone 6S Plus, que tem uma câmara realmente boa. “É agora ou nunca”, pensei. Estava realmente relaxado.
Penso que a verdadeira vantagem está na edição. O pós-processamento é muito simples de se fazer no smartphone. Adoro o facto de se captar uma imagem espetacular, conseguir mostrá-la e partilhá-la com os convidados imediatamente. Isso também me permitiu dar uma garantia instantânea do meu profissionalismo. No segundo dia, eles sentiam que estavam a receber algo que nunca tinha sido feito até então. A outra vantagem que constato assenta na simplicidade do iPhone e na proximidade do assunto que ele nos proporciona. Sou fotógrafo há quase trinta anos. Costumava fazer fotografia comercial e, fotografar com grande e médio-formato. Tapava todo o meu rosto com a câmara e não conseguia olhar diretamente para algo ou para alguém – era um processo muito solitário. Mesmo usando uma reflex, estamos a cobrir o nosso olhar e a impedir o contacto direto com o nosso assunto. Com o iPhone temos uma grande ecrã que não nos bloqueia o contacto com o assunto. Sentimos que continuamos naquele lugar, que fazemos parte da cena. Este tipo de postura permite um outro tipo de interação no terreno e uma conversa mais natural e fluída com os nossos modelos, que certamente não teríamos se estivessemos a segurar nas mãos uma câmara convencional. 68
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
O TRABALHO DE SELPHI
Quais são as vantagens que o iPhone lhe proporciona face a uma câmara convencional?
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Nesta página Enquanto o segundo fotógrafo, Christophe Viseaux, e o resto da equipa Silk usam equipamento convencional, Sephi usa um iPhone 6S Plus.
EXPERIÊNCIA DE TRABALHO - FOTOS DE CASAMENTOS COM IPHONE
F O T O G R A FA R
Os casamentos são, muitas vezes, eventos com pouca luz e muito movimento. Como conseguiu velocidades de obturação céleres?
Bem, por ser um género diferente de câmara, algumas imagens não foram possíveis – mas, a verdade, é que eu também não tentava ir por aí. Percebi que não era possível registar momentos de dança, nem qualquer outra performance. Registar movimento sob condições de iluminação reduzidas é bastante difícil. A única limitação com o iPhone é a sensibilidade ISO, pois não é suficientemente elevada, de modo que o ruído insurge-se nos registos. Tinha de esperar que alguém parasse ou segurar uma luz LED na mão que estava livre.
O que mais o surpreendeu ao fotografar o casamento com um iPhone?
O aspeto mais gratificante foi o imediatismo de tudo. O entusiasmo é algo que acaba por se perder ao fim de 30 anos de trabalho como fotógrafo, e foi realmente fantástico sentir novamente isso. Ficar surpreendido com as imagens resultantes e contemplar o maravilhamento das pessoas é um sentimento grandioso para um fotógrafo.
Poque acha que ainda há algum ceticismo relativamente ao smartphone?
Geralmente, os fotógrafos amadores cometem o erro de comparar o seu trabalho com as grandes obras de fotógrafos profissionais. O único trabalho que vêem de nós é aquele que publicamos nos nossos sites. Eles não vêem o meu trabalho menos bom. E penso que esta é a causa de grande parte da insegurança. Quando conversa com fotógrafos que conhecem as suas valências, rapidamente perceberá que não são as câmaras que impedem o registo de uma foto perfeita, mas sim as próprias pessoas. A verdade é que a maioria dos fotógrafos profissionais ainda está preso às câmaras tradicionais e às ferramentas básicas. Voltei a usar uma câmara em madeira. Gosto de trabalhar com a minha Lomo e com câmaras de plástico. Se não sabe o que fazer com uma técnica alternativa, fique a saber que pode produzir imagens realmente únicas.
Pensa que as câmaras dos smartphones são o futuro da arte fotográfica?
Penso que as reflex estão acabadas. Já nem tenho uma reflex digital. Elas ainda são bastante relevantes para os fotógrafos de desporto, por exemplo, mas sou da opinião que já não precisamos delas. Marcas como a Canon e a Nikon precisam de se reinventar ou irão acabar como a Kodak, que não foi suficientemente esperta para dar um passo em frente. Penso que os smartphones passarão a estar equipados com câmaras cada vez melhores, o que irá democratizar este campo. Podem dizer: qual é o propósito de um fotógrafo? Mas um fotógrafo será sempre capaz de produzir uma imagem única, porque ele tem sempre um visão particular da realidade. SETEMBRO 2016
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O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL – APERFEIÇOE OS CÉUS
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CORRIJA OS CÉUS COM EFICÁCIA NO LIGHTROOM Quando há uma diferença demasiado grande entre o contraste do céu e do chão, o Adobe Lightroom será o seu maior e mais fiável aliado…
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UANDO fotografa paisagens, verá que o céu das suas fotografias estará sempre mais claro do que o chão. Tradicionalmente, os fotógrafos paisagistas mais experientes usam filtros graduados de densidade neutra, que têm uma parte superior tingida com um fundo claro, na frente da lente. Estes costumam ser medidos em redução de exposição. O tom parece algo cinzento, para que a cor do céu não seja alterada de alguma forma. Estes filtros ainda têm um lugar cativo na fotografia digital, sempre com o intuito de obter o melhor resultado na câmara; mas o Lightroom também permite recriar esses filtros, com muito mais opções do que apenas reduzir a exposição ou as cores no céu.
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OBTENHA O LOOK
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DEHAZE SLIDER
Clique acima da linha do horizonte e arraste para baixo até estar debaixo dela. Se quer ter uma linha dura no horizonte, arraste apenas a uma distância reduzida. Para uma aparência mais suave, arraste para mais longe. Para manter o filtro em linha reta, pressione a tecla Shift. Para alterar a posição, clique e arraste o pino.
GRADUATED FILTER
Abra Graduated Filter em Toolstrip por baixo do Histograma no modo Develop. Também pode usar o atalho de teclado M. Se precisar redefinir as configurações atuais, clique duas vezes sobre o texto Effect.
Para os céus, deve começar por explorar a opção Dehaze Slider. Esta remove o embaciamento, ao mesmo tempo que potencia o contraste e a saturação. Também escurece a área na qual está a trabalhar, algo que é importante fazer antes de começar a alterar a exposição. Experimente 30!
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O MELHOR DA EDIÇÃO DIGITAL – APERFEIÇOE OS CÉUS
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CONTRASTE
EXPOSIÇÃO
Se prefere um céu mais soturno, vá a Exposure e faça alterações para obter o que pretende. Para esta imagem, aumentámos subtilmente a exposição (+0.25) para equilibrar o céu. Na imagem original foi usado um filtro ND, mas não foi suficiente. A opção Dehaze escureceu demasiado.
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Há algumas ferramentas que vale a pena usar. Ajuste Sharpness para definir melhor as nuvens (+15); veja a imagem a 1:1 quando alterar. Aumente Clarity (+30) para potenciar o contraste local. Poderá querer alterar Contrast.
ALTAS LUZES
Se houver um conjunto de nuvens, arraste Highlights para baixo para as impedir de ficarem demasiado brilhantes. Não tenha medo de ir por aí abaixo – pode sempre voltar atrás.
O filtro em gradiente é uma ferramenta linear, de modo que tudo o que é acima do horizonte assumirá os efeitos que se aplicam ao céu. O Lightroom tem uma forma de corrigir tudo isso: na secção Mask, selecione Brush. A partir da secção Brush que lhe aparece, selecione o pincel Erase. Altere Size e Feather para Taste. Geralmente deixamos Flow e Density a 100. Auto Mask deve estar ativada se a parte que deseja remover tiver arestas pesadas. Para
tornar Mask (a área sob a qual Grad está a trabalhar) mais visível, prima O para mostrar a sobreposição de vermelho. Use o pincel Erase para remover a máscara para fora da área que precisa recuperar. Nesta imagem, estamos a limpar a máscara para a trazer de volta ao normal. Isto é perfeito para trazer elementos do primeiro plano de volta para onde estavam antes da aplicação do filtro graduado.
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Built-in Brush Corrija o que está abaixo da linha do horizonte.
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O MELHOR DA EDIÇÃO DE IMAGEM – TRANSFORME RETRATOS EM PINTURAS
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Quando os pincéis pré-existentes não podem fazer o trabalho, faço-o você mesmo... O Photoshop oferece uma enorme variedade de pontas de pincel dentro do Brush Picker, e há milhares disponíveis online de forma gratuita. Mas se quiser algo verdadeiramente especial, por que não fazer você mesmo? É bastante fácil! Tudo o que precisa é de selecionar algo e, em seguida, ir a Edit > Define Brush. Nenhuma zona branca ficará transparente, por isso funciona melhor quando consegue isolar uma forma contra um fundo branco.
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Tome como exemplo os pincéis de manchas de tinta usados no terceiro passo. Para fazê-lo, verta tinta num pedaço de papel branco e fotografe-o. Depois de converter para monocromático e potenciar o contraste, faça uma seleção irregular em torno de cada ponto com Polygonal Lasso Tool e vá até Edit> Define Brush, dando um nome ao novo pincel. Quaisquer novos pincéis aparecem em Brush Picker no fim da lista.
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Crie os seus próprios pincéis
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DÊ VIDA A UMA AGUARELA Vá a Filter > Camera Raw Filter > Details. Defina Noise Luminance para 100, Luminance Detail para 20. Adicione uma camada; preencha com branco. Arraste a camada inferior para o topo; adicione uma máscara de camada. Escolha Brush Tool, descarregue o set Wet Media e selecione uma ponta. Pinte as bordas de preto. Adicione as camadas de ajuste Posterize (40 níveis) e Pattern Fill; escolha Extra Heavy Canvas. Remate com o modo de mistura Soft Light (60% de opacidade).
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USE PINCÉIS ONDULADOS Adicione uma camada de preto e branco, outra de Levels e espalhe sob os brancos e os negros. Crie uma nova camada, selecione Gradient Tool e escolha um preset colorido. Crie um gradiente e defina Blend Mode para Overlay. Adicione uma camada preenchida com branco. Escolha Brush Tool e descarregue o set gratuito de pincéis para salpicar. Adicione uma Layer Mask e pinte com preto para revelar gradualmente o rosto.
PINTE COM PADRÕES Vá a Edit > Define Pattern e guarde. Duplique a camada, prima D e vá a Filter > Filter Gallery > Sketch > Photocopy. Defina o Blend Mode (Multiply) e elimine as partes desajustadas. Adicione duas novas camadas. Preencha a camada mais abaixo com castanho claro (#dbc5b8). Selecione a camada superior e escolha Pattern Stamp. Nas opções, marque o novo padrão, escolha uma ponta de pincel impressionista e pinte.
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LOOK DE PINTURA A ÓLEO Duplique o plano de fundo e vá a Filter > Stylise > Oil Paint. Defina Stylisation, Cleanliness e Bristle Detail para 10, Scale 1.6, descelecione Lighting e clique em OK. Prima Ctrl/Cmd+F para executar novamente. Vá a Filter > Nik Collection > Color Efex Pro. Use o filtro Detail Extractor para evidenciar os pormenores. Adicione uma camada de ajuste Color Lookup, escolha Foggy Night e defina Opacity para 50%.
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O MELHOR DA EDIÇÃO DE IMAGEM – TRANSFORME RETRATOS EM PINTURAS
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O MELHOR DA EDIÇÃO DE IMAGEM – REALCE OS PORMENORES
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STE tutorial vai permitir-lhe explorar três técnicas diferentes para conferir muito mais detalhe às suas imagens e uma sensação de definição única. Este look em particular é incrivelmente popular na indústria do cinema contemporânea; a verdade é que é provável que veja esta abordagem ser
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utilizada em cartazes promocionais de obras-primas cinematográficas. Na verdade, a equipa da OMF conhece uma miríade de técnicas que lhe permitirão produzir resultados semelhantes a este que aqui lhe mostramos. Isto acontece porque cada imagem é diferente. Por causa disto, a mesma técnica não irá funcionar da mesma
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forma para todas as imagens. Conhecer uma panóplia de técnicas significa que será sempre capaz de alcançar o look desejado. Neste artigo passo a passo que se segue, vamos explorar uma técnica que usa filtros do próprio Photoshop, mas também iremos focar-nos em dois plug-ins bastante apelativos. Veja como pode ser criativo!
O MELHOR DA EDIÇÃO DE IMAGEM – REALCE OS PORMENORES
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CONFIGURAR UM LAYER GROUP Abra a imagem inicial. Crie duas cópias ao pressionar Ctrl/Cmd+J duas vezes. Selecione ambos os ficheiros. De seguida, vá a Layer> New> Group from Layers. Renomei este grupo como “Details”, defina o Blend Mode para Soft Light. Clique em OK!
ADICIONE SURFACE BLUR Converta a camada para Smart Object indo a Filter > Convert for Smart Filters. Adicione os detalhes em Filter > Blur > Surface Blur. Nas propriedades de Surface Blur, defina os settings de Radius e de Threshold para o mesmo número. As configurações que não excedem os 30 produzem bons resultados.
A Surface Blur é uma boa ferramenta, mas não exagere!
A Surface Blur funciona bem num conjunto de fotografias no qual irá usar este efeito, mas não exagere na utilização desta ferramenta, uma vez que ela pode introduzir halos e artefactos indesejados nas suas fotos, especialmente se
2 CONTROLE O EFEITO Para limitar onde e o quão fortes são os detalhes aplicados, feche o grupo de Details. Clique no ícone do triângulo, como antes, e no ícone de máscara de camada, para adicionar uma máscara de camada preta. Depois, com um pincel branco suave, pinte sobre a imagem para revelar os detalhes. Utilize um pincel de baixa opacidade quando a pintura sobre a pele.
existirem muitas áreas de sombra. Normalmente, usamos as configurações de Radius e Threshold de 35 ou inferior. Na prática, a técnica Surface Blur não funciona de uma forma brilhante na imagem de exemplo do nosso tutorial, provavelmente por causa da alta proporção de sombras e áreas escuras. Mesmo usando as nossas configurações preferidas, verá que os artefactos aparecerão na borda do chapéus, assim como alguns halos à volta deste e do fato.
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Manuseie com cuidado
PREPARE A IMAGEM Clique no ícone do triângulo para este grupo, para abrir e revelar as duas camadas no interior. Altere o Blend Mode da camada superior no grupo para Vivid Light. Na mesma camada, vá a Image > Adjustments > Invert: isto parece restaurar a imagem inicial, mas a verdade é que ela foi agora criada para realçar todos os detalhes.
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METÓDO 1: PHOTOSHOP
Antes
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Demasiado
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METÓDO 2: NIK COLLECTION
7 PINTE NO DETALHE Com um pincel branco suave, pinte sobre a área da imagem para revelar os detalhes. Use um pincel de baixa opacidade para pintar sobre a pele em contraste com a roupa. Potencie então os detalhes e as informações de uma forma incrível. Ao contrário da técnica anterior, esta cria alguns artefatos e halos.
E que três, hein? Cada uma destas três técnicas adapta-se a diferentes fotografias – experimente-as!
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METÓDO 3: TOPAZ DETAIL 8
DETAILS EXTRACTOR Nós usámos a última versão do Nik Color Efex Pro 4, que inclui uma predefinição chamada Details Extractor. Na OMF somos fãs deste plug-in – não por causa dos resultados, mas também porque nos permite trabalhar de uma forma não destrutiva. Para começar, sem outras camadas que não apenas a da imagem original, vá a Filter > Convert for Smart Filters, e depois a Filter > Nik Collection > Color Efex Pro 4.
CLIQUE E AJUSTE Da lista de Presets, escolha Detail Extractor. As configurações-padrão são aplicadas imediatamente. Pode experimentá-las para ver o que prefere. Clique em OK. Uma vez que os detalhes foram aplicados a toda a imagem, clique na máscara de camada branca anexada ao filtro na pilha de camadas e, em seguida, vá a Image> Adjustments> Invert para mudá-lo para preto.
Para este registo, o nosso resultado favorito é o do programa Topaz Detail. Os resultados produzidos são bastante diferentes dos das outras duas técnicas, e adiciona um efeito ligeiro de textura. Este plug-in oferece bons registos, mas precisa de ser usado com alguma moderação sob a pele.
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AJUSTE OS DETALHES Com a imagem aberta no Photoshop, vá a Filter > Convert for Smart Filters, e depois Filter > Topaz Labs > Topaz Detail 3. Ajuste Small Details, Small Details Boost, Medium Details, e Medium Details Boost, com a barra superior aumentada ao máximo para a direita, e menos para os outros, para produzir um arco. Clique em OK. Inverta a máscara e pinte-a.
Para esta imagem em particular, Topaz Detail produziu o melhor resultado, pois aumentou os detalhes, mantendo a escuridão original do fato do modelo. Seja qual for o método utilizado, faça zoom a 100% antes de começar a aplicar o efeito, para observar o que está a acontecer.
Devon e Matt, Beverly Hills Jerry diz: “Esta imagem foi captada durante uma sessão noturna,em frente da loja Bulgari na Rodeo Drive, usando a Ice Light.”
JERRY GHIONIS Um dos fotógrafos de casamentos mais conceituados do mundo, Jerry Ghionis tem um estilo glamoroso, mas natural. Aqui, partilha connosco a razão para o seu sucesso.
O que é que o atrai nos casamentos? Sempre fui alguém interessado por pessoas. Gosto imenso de dar uma boa gargalhada e amo a beleza. Pensava que, como fotógrafo de casamentos, teria sempre emprego! Aos 15 anos queria ser o melhor cantor do mundo ou o fotógrafo mais icónico, e a verdade é que acabei por optar antes pela fotografia. A fotografia de casamentos é o maior desafio para qualquer fotógrafo.
Há tantos géneros artísticos com os quais tem de lidar num só dia, sob tempo e condições atmosféricas adversas, rodeado de diferentes personalidades e culturas. Não há muito que me intimide na arte fotográfica depois de ter fotografado tantos casamentos. Qual foi o seu primeiro grande casamento? Fotografei uma panóplia de casamentos banais... Gregos, italianos, australianos anglo-saxónicos, asiáticos. Mas aquele que me vem mais à memória foi um casamento judeu. Eu pensava eu que os gregos festejavam a valer, mas fiquei maravilhado com a dança da cadeira e com o facto de a noiva saltar sobre grandes cordas. Eles até tinham uma ligação de satélite para os familiares que estavam em Israel. O meu primeiro casamento da alta sociedade foi um evento de cinco dias em Roma. Todos os dias tinha um acontecimento diferente; acabei por ir para a Espanha, para os dias de galinha, antes da cerimónia real. Vindo da Austrália, foi a minha primeira experiência no que toca à grandeza europeia ou americana. © Jerry Ghionis (Todas as imagens)
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OMO é que a fotografia de casamentos entrou na sua vida? O meu irmão Nick abraçou o mundo da fotografia e ofereceu-me a minha primeira câmara quando eu tinha 15 anos. Fiquei imediatamente obcecado e depressa entediei a minha família e os meus amigos. Entretanto fiz um curso de fotografia intensivo de quatro anos, mas desisti ao fim do primeiro ano, uma vez que me estavam a ensinar coisas que nunca colocaria em prática. Depois de trabalhar nalgumas lojas de fotografia, aproximei-me de um estúdio no distrito italiano de Melbourne, especializado em casamentos. Ajudei a transportar sacos durante algum tempo, mas, mais tarde, comecei a ser encarado como fotógrafo. Fotografei o meu primeiro casamento com 20 anos e comecei o meu próprio negócio em 1997.
Aconteceu-lhe algum precalço significativo no início da carreira? Uma vez, um assistente colocou numa câmara Mamiya um rolo previamente exposto, por isso acabámos por ter várias duplas exposições. De alguma forma conseguimos resolver o problema e o casal ficou feliz. > SETEMBRO 2016
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JERRY GHIONIS
Fotógrafo de casamentos e tutor. Nascido em 1973, Jerry Ghionis ficou no top dos cinco melhores fotógrafos de casamento do mundo, divulgado pela WPPI (Wedding & Portrait Photographers International). Jerry e a sua esposa Melissa vivem entre Melbourne, na Austrália, e Beverly Hills, nos EUA, e trabalham para o mercado internacional.
Em cima Red phone box “Adoro magens voyeurísticas e, em certa medida, uma perspectiva única de um assunto clichê.” Em cima, à direita
Groom with tie “Esta fotografia foi inspirada na personagem interpretada por Johnny Depp no filme Cry Baby.” Na página oposta
Bride on ground “Este registo [de Melissa Ghionis] foi captado no dia do nosso casamento. Foi inspirado no cartaz do icónico filme Blow Up, popularizado nos anos de 1960 (e, possivelmente, a única vez que poderia pedir a uma noiva para me segurar nas pernas no dia do seu próprio casamento!).”
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Atrapalhar um casamento é o pior sentimento do mundo. Na era do analógico era impossível saber se os nossos registos tinham ficado bem até fazermos a revelação. Ser capaz de visualizar as imagens no ecrã LCD de uma câmara digital é incrível. Como descreveria o estilo de Ghiosis... e como o tem desenvolvido ao longo dos anos? As pessoas descrevem-no como glamoroso, mas natural. Combino a beleza da pose com a “naturalidade” de algo cândido. Quando tenho controlo sob o assunto – nas casas dos casais ou no local da sessão, por exemplo – procuro captar imagens que aparentem ter sido obtidas sem esforço e com naturalidade. O lugar certo, a luz ideal, a expressão perfeita. O meu objetivo principal é fazer com que as pessoas olhem e se sentiam bonitas. O dia do seu casamento é, sem dúvida, o mais belo que eles alguma vez
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O nome de Jerry foi também incluído na primeira lista dos dez melhores fotógrafos de casamento do mundo pela American Photo Magazine. É ainda um dos embaixadores da Nikon EUA. Em 2014, recebeu o Photography Leadership Awards pela Comunidade Internacional para a Fotografia das Nações Unidas. Este autor criou ainda a Ice Society, um site de ensinamentos fotográficos; desenhou a Ice Light, um inovador cilindro de luz LED contínua; e desenvolveu também o Omega Reflector, o primeiro refletor 10-em-1 do mundo.
contemplaram e que sentiram na sua vida. Ou seja, trata-se de evidenciar a beleza deles, não a minha. Além disso, a minha fotografia tornou-se mais sofisticada. Estou feliz com a minha vida pessoal e consigo ver mais paixão, sentimento e emoção nas minhas imagens. É um reflexo de onde estou neste exato momento da minha vida. Quando chegar aos 43 anos, saberei quem sou e não terei quaisquer desculpas. Também ensina. Que tipo de problemas – criativos ou relacionados com negócios – têm os estudantes? Lutam contra quê? Nós engrandecemos o nosso crescimento se começarmos no caminho certo. Pode ajudar ou tornar-se assistente de um fotógrafo, mas não aprenderá uma coisa. O seu crescimento ficará atrofiado se tentar fazer tudo sozinho, como a contabilidade ou a edição, ou perder demasiado tempo com as redes sociais. Ao invés de gastar quatro horas por dia a promover-se no Facebook ou esperar por um inquérito por e-mail, seja pró-ativo. Saia para a rua e promova-se a si mesmo. Destaque-se da concorrência, fazendo-se à estrada e arraste pessoas nesta onda de entusiasmo e de paixão. E técnica? A técnica pode ser ensinada, mas ser uma boa pessoa ou ter carisma é algo muito mais difícil de ensinar. Diria que, criativamente, o maior problema é a falta de confiança. A verdade é >
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que algumas pessoas também fotografam demasiado depressa. Conheça bem o seu equipamento e abrande.
Em cima Couple at reception “As luzes de DJ podem parecer perturbadoras, mas aqui proporcionam uma bela luz de fundo.”
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Porque desenvolveu a Ice Light, uma fonte de luz LED constante e portátil? Desde o início da minha carreira que usava luzes de vídeo. Eram boas, mas sempre achei que devia haver uma luz sublime, aquela luz de dia equilibrada, como a luz de uma janela, que é a minha preferida. Como as luzes LED se tornaram bastante populares há uns anos, pensei “porque não criar uma luz portátil ainda maior”? Sendo fã de A Guerra das Estrelas, decidi experimentar fazer uma luz cilíndrica, como um sabre de luz. É muito flexível e se segurar a Ice Light verticalmente, tenho um pouco mais de contraste; segurando na horizontal, obtemSETEMBRO 2016
Em cima
Bride in car “Com esta imagem, lutei bastante para eliminar todos os vincos no véu sobre o rosto da noiva. Finalmente decidi explorar um dos vincos, de forma a emular uma gota única de lágrima a cair.”
se uma iluminação mais suave. Portanto, a Ice Light dá-lhe duas qualidades ou densidades de luz. Fui para Westcott, onde achava que estavam os líderes da iluminação contínua. E resultou. Recentemente, vi David Attenborough a segurar uma Ice Light num documentário da BBC para iluminar o seu caminho – isso assustou-me! Acha que algum dia dará descanso à fotografia de casamentos para se focar nos seus próprios interesses comerciais, obras de caridade ou desenvolvimento de produtos? Não, adoro fotografar. Está-me no sangue e fotografarei até ao dia em que morrer. Não promovo ativamente o meu trabalho de casamentos neste momento, mas consigo as reservas que quero. >
JERRY GHIONIS
ZOOM OUT
QUESTIONÁRIO RÁPIDO! Do que sente mais falta na Austrália quando está em Los Angeles? Ter uma competição de inteligência com a minha família no restaurante grego do meu irmão. E de Los Angeles quando está na Austrália? A cadeia de restaurantes In-n-Out Burger. Qual é o seu lugar de eleição para casamentos? Itália. Se pudesse levar consigo para um casamento apenas uma objetiva, qual escolheria? A Nikkor 24-120mm f/4.
À direita
Bride on staircase “Esta imagem foi captada na histórica mansão La Bassa, em Melbourne. A noiva é o ponto de interesse, embora ela seja, em certa parte, sugada pelo ambiente. Todas as linhas principais conduzem a ela e ela acaba por se a parte mais brilhante da imagem.”
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O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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Bride and groom, Las Vegas “Esta imagem deliciosamente kitsch do casamento em Las Vegas do fotógrafo Sandy Puc foi criada para parecer ter sido captada na década de 1970.”
O meu corpo pode dizer-me para abrandar com os casamentos, porque é um trabalho fisicamente exigente. Procuro ter sempre tempo para os meus projetos pessoais, o que é importante, pois eles revigoram-me. Qual é a sua opinião acerca das próximas grandes tendências para a fotografia de casamento? Já tivemos contacto com o estilo “hipster”, meio moderno – estático, com registos sem significado, nos quais os casais encaram a câmara com um rosto completamente inexpressivo. Perspetivas estranhas e estilos que não significam nada não funcionam para mim. Gosto de ser criativo, mas preciso sempre de comunicar algo. Uma boa fotografia ou é lisonjeira ou ajuda a comunicar a mensagem que pretende passar ao espectador. Mantenho um estilo bastante clássico. A fotografia de casamentos como um negócio viável está sob a ameaça do aparecimento dos smartphones. Já há casais a perguntar a amigos ou familiares se podem fazer algumas das imagens do dia mais especial das suas vidas. Sente-se otimista em relação ao futuro? Há certamente uma ameaça dos smartphones e dos convidados que se fazem valer de uma reflex nesta ocasião. Na verdade, o que acontece 86
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
O KIT FOTOGRÁFICO DE JERRY Jerry diz: “Sou um embaixador da Nikon EUA e a minha principal ferramenta de trabalho é uma D4S. Também utilizo os corpos D810 e D750, para além de ter uma D5 à minha espera nos EUA. As minhas objetivas favoritas são as Nikkor 70-200 mm f/2.8 VR, a macro 105 mm e a 85 mm f/1.4 – mais a subestimada 24-120 mm f/4. “Nos casamentos tem de ser capaz de se aproximar e de fazer zoom out rapidamente, fotografando a partir de ângulos mais amplos e mantendo alguma profundidade de campo. Prefiro fotografar a f/4 e já não perco tantos momentos; a f/4 sinto-me confortável.”
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aqui é que os casais terão sempre imagens de graça. Gostaria de ser otimista, mas penso que esta situação só tem tendência para piorar. Temos uma geração de novos clientes que preferem o “simplesmente bonito” de um smartphone ou de um tablet. A ignorância é uma benção. Algumas pessoas não percebem o charme de um álbum de casamento, preferem apenas deslizar o dedo num ecrã. Penso que, a certa altura, haverá um renascimento. Espero que daqui a dez anos as pessoas apreciem novamente o trabalho de fotógrafo, e compreendam o luxo por detrás de um clássico álbum de casamento profissional. À medida que envelheço, aprecio mais a delicadeza dos álbuns de memórias. www.jerryghionis.com
Em cima Star Wars “Fui convidado para fotografar um casamento, cujo tema era a saga A Guerra das Estrelas. Aqui está a Força no limbo...”
LEITORES
MISSÃO – O QUE O INSPIRA
MISSÃO
O QUE O INSPIRA
Fique a conhecer as melhores imagens que os leitores da OMF enviaram este mês para o passatempo Missão. Inspire-se com o impacto destas fotografias!
MENSALMENTE os leitores da revista O Mundo da Fotografia são contemplados com apelativos prémios em resposta aos desafios que lançamos em cada edição. No passatempo Missão deste mês, o leitor Miguel Ascensão foi eleito o 1º classificado e receberá um colt lateral Cotton Carrier Wanderer 504 HSB (€ 44,90). Já o leitor António Costa, 2º classificado, será premiado com um cartão de memória Eyefi 8 GB (€ 41,99). Os prémios são ofertas Rodolfo Biber S.A. PARTICIPE TAMBÉM E GANHE PRÉMIOS! www.eyefi.com
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Envie as suas fotos para ‘
[email protected]’. Regras de participação no CD que encontra na pág. 114. 1
MIGUEL ASCENSÃO AS CORES! “A cor laranja é das minhas preferidas e a junção com o escuro da noite resulta num cenário mágico e inspirador!” Equipamento Canon EOS 70D a 18 mm Abertura f/5.6 Exposição 20 seg. Sensibilidade ISO 250
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ANTÓNIO COSTA ALINHAMENTO “Moinho ao pôr do sol.” Equipamento Nikon D300 a 14 mm Abertura f/14 Exposição 1/10 seg. Sensibilidade ISO 200
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ANA FRANÇA UM CÉU PORTUGUÊS “Acima de mim está algo que me inspira e eleva a perspetiva que tenho do mundo.” Equipamento Nikon D7000 a 80 mm Abertura f/8 Exposição 1/800 seg. Sensibilidade ISO 200
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JOSÉ TEIXEIRA TOUCHING THE SKY “Imagem captada no Castelo de Almourol.” Equipamento Canon EOS 1200D a 12 mm Abertura f/25 Exposição 30 seg. Sensibilidade ISO 800
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ANTÓNIO COELHO
JOÃO SALES
PARQUE DAS NAÇÕES
PRENDER O INFINITO
“Panorama noturno de uma das zonas mais interessantes da cidade de Lisboa (três imagens).”
“Foto obtida em Oeiras, Bataria da Lage.”
Equipamento Canon EOS 1200D a 18 mm Abertura f/11 Exposição 30 seg. Sensibilidade ISO 100
Equipamento Canon EOS 450D Abertura f/9 Exposição 1/500 seg. Sensibilidade ISO 100
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JOÃO AMADO DOURADO POENTE Equipamento Nikon D90 a 29 mm Abertura f/9 Exposição 1/200 seg. Sensibilidade ISO 100
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PEDRO SILVA
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DANIEL RODRIGUES
O TERMINAL
LISBOA ILUMINADA
DENTE DE LEÃO
“Terminal de cruzeiros de Matosinhos. Ao regressar de uma visita ao terminal, parei para captar uma última fotografia. Com este enquadramento tentei mostrar uma outra perspectiva deste edifício.”
Equipamento Sony RX100 a 27.2 mm Abertura f/10 Exposição 20 seg. Sensibilidade ISO 200
Equipamento Nikon D5300 a 18mm Abertura f/9 Exposição 1/400 seg. Sensibilidade ISO 100
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“Um dente de leão ao sabor de uma leve brisa.” Equipamento Canon EOS 1200D a 51 mm Abertura f/5.6 Exposição 1/100 seg. Sensibilidade ISO 100
MISSÃO – O QUE O INSPIRA
LEITORES
PARTICIPE NO PRÓXIMO PASSATEMPO MISSÃO!
© André Antunes
© João Alexandre
© Martine Costa
© Ricardo Catarro
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A vida selvagem está repleta de detalhes apelativos e de verdadeiros desafios fotográficos. Aproxime a sua objetiva de um animal que desperta a sua curiosidade e a sua arte. Envie já as suas fotografias para o passatempo Missão da edição de novembro da revista OMF! O tema é: O REINO ANIMAL. Habilite-se a ganhar um colt lateral Cotton Carrier Wanderer 504 HSB (€ 44,90) e um cartão de memória Eyefi 8 GB (€ 41,99), ofertas da Cotton Carrier e da Eyefi, marcas distribuídas em Portugal pela Rodolfo Biber S.A. Serão premiados o 1º e o 2º classificados deste passatempo.
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análises em que pode confiar pontuações explicadas A revista O Mundo da Fotografia é criada por uma equipa de jornalistas especializados em fotografia, o que significa que pode confiar em tudo o que lê nas páginas desta publicação e assim poder comparar de forma segura os diferentes equipamentos fotográficos que surgem nesta secção. Acreditamos que o melhor modo de testar um produto é utilizá-lo como é suposto ele ser utilizado por quem o adquire, mas sob uma perspetiva
de especialista, para podermos ressalvar os pontos positivos e notar os menos bem conseguidos. Os nossos testes no terreno colocam os equipamentos em ação no terreno ou em estúdio, para recolha de dados científicos e bases para podermos fazer comparações e chegarmos assim às nossas conclusões finais. E uma série de testes controlados submetem cada câmara e objetiva a análises exaustivas. Vire a página!
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Este selo é atribuído a um acessório, seja uma objetiva ou um flash externo, por exemplo sempre que este seja tido como o ideal para uma determinada marca.
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Cada um dos testes apresenta uma classificação geral entre uma e cinco estrelas, sendo que essa mesma classificação pode surgir também no âmbito de critérios específicos. A revista O Mundo da Fotografia é 100% independente e os artigos de análise baseiam-se em processos e opiniões genuínos e imparciais. O nosso código de conduta nos testes é rigoroso e exigente.
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A nova EOS 80D da Canon parece perfeita no papel, mas valerá a pena o upgrade em relação à 70D? ESPECIFICAÇÕES Sensor Formato APS-C com 24.2 milhões de píxeis efetivos Conversão de distância focal 1.6x Memória SD/SDHC/SDXC (UHS-1) Ocular Cobertura ótica de 100% Resolução de vídeo máxima Full HD (1920 x 10800) Gama ISO 100-16,000, expansível até 25,600 Autofoco 45, tipo-cruzado Velocidade de disparo máxima 7fps Ecrã Clear View LCD II de ângulo variável de 7,7 cm Vel. de obturação 30-1/8,000 seg., Bulb Pesp 650 gramas (apenas corpo) Dimensões 139 x 105 x 79mm Power supply LP-E6N iões de lítio
O ecrã da EOS 80D é bastante bom, mas a ocular continua a ser a opção mais natural quando está a fotografar instantâneos. 98
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CANON EOS 80D foi criada a pensar nos fotógrafos entusiastadas, um grupo exigente de pessoas que querem ser capazes de fotografar uma miríade de assuntos em diferentes ambientes e condições. No interior deste novo modelo, há um novo sensor de 24 milhões de píxeis, juntamente com um processador de imagem Digic 6; eis uma simbiose que oferece uma gama de sensibilidade ISO nativa de 100-16.000 (um stop superior à da EOS 70D) e um valor máximo de expansão de ISO 25.600 (o mesmo da sua antecessora). A taxa de disparo contínuo máxima de 7 fps é a mesma da EOS 70s, mas a profundidade do modo burst aumentou para 110 JPEGs ou 25 ficheiros Raw aquando da utilização de um cartão SD USH-1. Isto é um passo significativo em relação aos 65 JPEGs e aos 16 ficheiros Raw produzidos pela Canon EOS 70D. As reflex modernas fazem-se valer de dois sistemas de focagem automática: um para quando utiliza a câmara de forma convencional
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A existência de um chip NFC significa que a 80D pode ser conetada a um smartphone ou tablet com NFC com apenas um toque. 2
O ecrã multi-ângulo é o mesmo que o da Canon EOS 70D, mas fornece uma visão deliciosamente detalhada. 3
A Canon manteve o formato e a disposição dos controlos da EOS 80D à imagem e semelhança do seu modelo antecessor. 4
A entrada para os auscultadores junta-se à entrada para o microfone, para monitoração de áudio e de gravação.
4
(em modo reflex), onde as imagens são compostas na ocular, e um segundo para quando recorre ao Live View ou ao modo de vídeo. A marca aperfeiçoou ambos os sistemas na nova Canon EOS 80D. O sistema AF de 45 pontos, todos de tipo-cruzado, é por si só uma mais-valia, já que a EOS 70D tinha apenas uns míseros 19 pontos. Pode também usar a informação de cor do sensor de medição de 7560-pixel RGB + IR (infravermelhos) para ajudar no acompanhamento do assunto. Isto e o incremento do modo burst fazem com que a EOS 80D seja mais atrativa para os fotógrafos de desporto e de ação. No que concerne ao Live View e ao sistema de focagem automática do vídeo, a EOS 80D usa a tecnologia Dual Pixel CMOS AF (a mesma da EOS 70D), o que significa que tem pontos de deteção de fase no próprio sensor de imagem. O novo sistema é mais sensível e mais rápido do que o da EOS 70D, mas, porque a focagem automática rápida nem sempre é desejável quando está a gravar vídeos, é possível variar a velocidade do sistema da EOS 80D ao longo de sete passos para mudanças de foco mais lentas.
Construção e manuseamento
A Canon oferece um controlo tátil tanto no menú principal como no Quick, e pode realmente acelerar todo o processo fotográfico. O menu Quick é bastante útil, proporcionando um caminho rápido para alguns dos recursos mais comuns. Seria interessante se fosse personalizável, de forma a poder conter apenas as configurações que usamos mais recorrentemente. Embora o ecrã da EOS 80D seja apelativo, a ocular ainda continua a ser a opção mais natural para a maioria dos fotógrafos, sobretudo quando o assunto está em movimento. Isto também proporciona uma visão mais clara – e ao contrário da ocular da EOS 70D, que cobre apenas 98% do campo de visão da objetiva, a EOS 80D cobre 100%; ou seja, significa que há menos surpresas em torno das arestas do frame quando está a rever os seus disparos. Outro update em relação ao modelo anterior é que agora é possível selecionar o modo de Filtro Criativo através do cursor de modos da EOS 80D. Quando isto é selecionado, um dos dez efeitos de filtro pode ser aplicado a imagens JPEG, à medida que estas são captadas. Se estiver a fotografar com a opção Raw ou Raw+JPEG, a câmara muda automaticamente para fotografar apenas JPEGs. Embora seja possível usar filtros criativos para compor as imagens na ocular, o seu impacto só pode ser visualizado no ecrã principal em modo Live View.
Desempenho
O sensor de 24.2 MP da EOS 80D proporciona um aumento de 25% na contagem de píxeis, o que permite a este novo modelo ter um avanço significativo na resolução do detalhe para a maioria da gama de sensibilidade, sem um aumento do nível de ruído. É evidente, no entanto, que a ISO 12.800 a EOS 80D tem uma pontuação inferior nos nossos testes em comparação com a EOS 70D. Ainda assim, quando os níveis de origem de redução de ruído são aplicados, as imagens captadas com esta definição de sensibilidade (e a ISO 16.000) parecem boas. O ruído é bem controlado e, embora algum do detalhe se perca, não há manchas óbvias. Aconselhamos cautela com a utilização do valor mais elevado de ISO, 25.600, porque algumas áreas
1
AF rápido
2
No modo de foco automático contínuo, a EOS 80D manteve o registo deste praticante de skate nítido, à medida que ele se deslocava.
3
Amplitude dinâmica
Graças à amplitude de alta gama dinâmica da EOS 80D, há detalhe nas altas luzes mais brilhantes, assim como em interiores sombrios.
É natural...
O sistema de equilíbrio de branco automático lidou com a luz e com as inúmeras cores da cena para produzir uma imagem natural.
As rivais... Eis as câmaras que competem com a Canon EOS 80D...
Nikon D7200 € 1.260 Tal como a K-3 II, este sensor de 24 MP carece de um filtro low-pass ótico, que ajuda a resolver uma grande quantidade de detalhes. Uma alternativa a repensar?
Pentax K-3 II Preço sob consulta A Tecnologia de Deslocamento de Píxeis ajuda a reduzir o ruído deste sensor de 24 MP, mas o seu impacto não é óbvio na maioria das fotos em tamanhos normais de visualização.
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Sony Alpha 77 II € 1.400 Esta câmara de sistema compacto faz-se valer de uma ocular eletrónica apelativa, assim como de um sistema AF célere e preciso, mesmo com pouca luz.
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KIT ZONE
SONY ALPHA 7R II
JPEG A P&B CONVERSÃO RAW
Em cima O Estilo de Fotografia Monocromático dá um indicador útil, mas os melhores resultados são criados através da conversão de um ficheiro Raw. À esquerda Apesar da luz fraca, a câmara foi capaz de focar, e o ruído é bem controlado para ISO 16.000.
Achámos a Seleção Automática de 45 pontos bastante precisa, sendo que acaba por ser potenciada pelo novo sistema de deteção de cor da EOS 80D. 100
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
têm uma ligeira névoa e carecem de detalhes quando as imagens têm um tamanho A4. Mas é por isso que este valor é uma definição de expansão: a Canon disponibiliza para uso se for realmente necessário, mas não considera a qualidade da imagem inteiramente satisfatória. A Canon incorporou um sistema SETEMBRO 2016
de focagem automático aperfeiçoado para ser usado com a ocular, por isso estávamos bastante ansiosos para o colocar à prova. Não dececionou, captando assuntos estáticos e em movimento rapidamente, e com a máxima definição, mas sob condições de fraca iluminação. Nós experimentámos o modo de seleção de pontos AF ao fotografarmos praticantes de skate num parque destinado a esta modalidade desportiva e repleta de adrenalina. Constatámos que a opção Seleção Automática de 45 ponto é bastante eficaz, que consideramos ter sido potenciada pelo sistema de deteção de cores. O modo AF de ponto único (a seleção manual, portanto) também funcionou na perfeição, permitindo-nos manter o ponto ativo sobre o assunto. Isto é mais fácil de dizer do que fazer quando estamos a fotografar praticantes de skate, que podem saltar a qualquer momento ou rodopiar, mas tivemos a sorte de usar o modo de zona AF. Neste modo, os 45 pontos AF estão agrupados em nove zonas e pode selecionar o mais apropriado para si antes de começar a fotografar. A câmara rastreia então o assunto, usando os pontos AF dentro dessa zona. É uma ótima opção para
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CANON EOS 80D
ERRO DE COR Canon EOS 80D
4.5
Nikon D7200
4.5 1.2
Pentax K-3 II Sony Alpha 77 II
RESULTADOS MAIS PERTO DE
1.3
ZERO SÃO MELHORES.
-5
5
0
10
15
20
As imagens da Canon EOS 80D são um pouco mais saturadas do que é tecnicamente correto. Ainda assim, os resultados obtidos acabam por ser bastante apelativos.
RELAÇÃO SINAL-RUÍDO RAW 50
Decibéis
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AS PONTUAÇÕES MAIS ALTAS SÃO MELHORES. OS RESULTADOS RAW USAM IMAGENS CONVERTIDAS PARA TIFF.
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No seu conjunto, as imagens da Canon 80D são um pouco mais límpidas do que as da 70D. Só ficam atrás da Pentax K-3 II e da Sony Alpha 77 II no que toca aos valores altos de sensibilidade.
Em cima O ecrã articulado é realmente útil quando pretende fotografar de ângulos mais baixos como este que vemos na imagem de exemplo.
assuntos móveis e podemos observar que os pontos se iluminam quando os ativa, o que lhe dá confiança para obter imagens mais nítidas. Não é 100% fiável, mas tem uma elevada taxa de sucesso, e é mais confiável do que o modo de seleção automática de 45 pontos. O Live View e o sistema AF de modo de vídeo também são bons. São rápidos o suficiente para captar instantâneos de objetos em movimento nalgumas situações, mas o sistema da ocular é mais fiável. A mudança do sistema de foco Dual Pixel CMOS AF é suave o suficiente para ser utilizado durante a gravação de vídeo, mas está dependente da situação de gravação e da velocidade de movimento. O Live View e o sistema AF de modo de vídeo na EOS 80D usa o mesmo sistema de medição das EOS 750D e 760D, o que significa que há um sensor 7560-pixel RGB + IR (infravermelhos) e opções de medição de 63 zonas (Matricial, Parcial e Ponderada ao
Centro). O sistema de avaliação é bastante bom, mas a ponderação aplicada ao ponto AF ativado pode significar que precisa dela para aplicar alguma compensação de exposição em situações de alto contraste. Não há nada particularmente incomum nisto. Quando está a fotografar no modo Live View, a EOS 80D usa o sensor de imagem para medir a exposição, e acaba por fazer um ótimo trabalho. Contudo, se potenciar o brilho do ecrã para lidar melhor com a luz ambiente, mantenha um olho sobre o histograma: as imagens podem parecer mais brilhantes do que o são na realidade.
Valor de exposição
AMPLITUDE DINÂMICA RAW 14 12
10 8 6
AS PONTUAÇÕES MAIS ALTAS SÃO MELHORES. OS RESULTADOS RAW USAM IMAGENS CONVERTIDAS PARA TIFF.
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A Canon comprimiu a gama dinâmica da EOS 80D em relação à sua antecessora; as imagens têm agora uma gama de tons mais atrativa. Contudo, a Pentax atinge valores mais elevados.
A NOSSA OPINIÃO... A Canon criou uma excelente câmara que justifica o upgrade em relação à EOS 70. Está bem construída e com os controlos distribuídos de forma sensata; tem uma boa ergonomia e um extenso conjunto de recursos, que podem ser configurados para melhor se adequarem ao seu estilo. A qualidade de imagem é excelente!
VEREDICTO CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO
Ao fotografar em Live View, a câmara usa o sensor de imagem para medir a exposição. SETEMBRO 2016
DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
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OBJETIVAS PARA RETRATOS Quer captar os retratos mais inspiradores e enigmáticos? Este confronto sugere-lhe oito modelos irresistíveis. LGUNS dos grandes entendidos na matéria dizem que a objetiva é tudo, mas isso não é necessariamente verdade na era digital. O mais importante é a forma como o corpo e a objetiva combinam para proporcionarem os melhores resultados de sempre – e isso é particularmente verdade para um especialista em retratos. Os corpos full-frame, por exemplo, têm uma vantagem sobre aqueles que têm sensores de imagem mais pequenos, na medida em que podem oferecer uma profundidade de campo mais estreita. Mas alguns sistemas de câmaras APS-C
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contra-atacam, como os corpos da Fujifilm que se fazem valer de uma abertura de f/1.2, possuindo uma “arma secreta” para potenciar o efeito bokeh (a qualidade de desfocar áreas da imagem). Depois há a questão de saber se a celeridade de f/2.8 numa teleobjetiva zoom é melhor do que rapidíssima objetiva fixa de 85 mm criada a pensar exclusivamente em retratos. O zoom pode ser melhor para retratos de casamentos ou de eventos sociais, ao passo que as objetivas fixas tendem a ter aberturas mais rápidas de f/1.2 e f/1.4. Vamos então ver como os participantes neste confronto se comportam. Espera-se emoção!
© Almonroth
EM COMPETIÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8
Canon EF 70-200mm f/2.8L IS II USM € 2.879 Canon EF 85mm f/1.2L II USM € 2.599 Fuji XF56mm f/1.2 R APD € 1.399 Nikon AF-S 70-200mm f/2.8G ED VR II € 2.715 Nikon AF-S 85mm f/1.4G € 1.709 Sigma 85mm f/1.4 EX DG HSM € 879 Sony FE 85mm f/1.4 G Master € 1.999 Tamron SP 85mm f/1.8 Di VC USD € 799
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EM ANÁLISE
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Canon EF
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Este canhão da Canon destaca-se!
Eis a objetiva mais rápida deste teste.
STA zoom 70-200 mm destaca-se certamente entre a multidão. É a única com um acabamento de cor creme, um detalhe que a Canon costuma aplicar às objetivas mais compridas do seu catálogo para minimizar a acumulação de calor quando fotografa sob um sol abrasador. A cremosidade do seu efeito bokeh é bastante apelativa ao longo da faixa de zoom, embora a maior abertura disponível, f/2.8, faça com que perca para a superficialidade na profundidade de campo a 85 mm, em comparação com as objetivas fixas deste teste. A objetiva tem uma construção em liga de magnésio, um elemento de fluorite de elevada perfomance e nada menos que cinco elementos UD (Ultra-baixa dispersão). Também se faz valer de um estabilizador de imagem de quatro-stops e pesa uns bons 1,4 kg, juntamente com o anel de montagem para tripé.
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Desempenho
O sistema de focagem automática nesta objetiva zoom da Canon é super-rápido e o estabilizador é, por si só, uma mais-valia. A versatilidade do zoom é interessante de ter, mas, na extremidade curta da gama, a nitidez não é significativa. 104
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SHARPNESS NITIDEZ MAIS ELEVADA HIGHER ÉISMELHOR BETTER 2500
LEITURAS TIRADAS DO CENTRO
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1000
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OBJETIVA ZOOM f/2.8 f/4 70mm
f/.56 f/8 f/11 100mm
f/16 f/22 f/32
135mm
200mm
A nitidez é boa no geral, mas poderia ser melhor na extremidade curta da faixa de zoom. FRANJAMENTO (A F/8) MAIS BAIXO É MELHOR
Amplo 1.22 Médio 0.32 Tele 0.79 A aberração cromática lateral é muito bem controlada para uma teleobjetiva zoom.
DISTORÇÃO MAIS PERTO É MELHOR
Amplo -1.17 Médio 0.89 Tele 1.35 Há distorção em barril nas extremidades curtas e longas, mas de pouca preocupação.
VEREDICTO CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
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SEMELHANÇA da única Fujifilm de 56 mm do teste, esta Canon tem uma abertura ampla de f/1.2. Isto é um terço de um stop mais célere do que as objetivas f/1.4, um stop completo mais rápida do que a Tamron 85 mm, e mais de dois stops mais célere que as zooms de 70-200 mm. É uma objetiva grande e robusta, para além de ser a única fixa deste confronto a derrubar as escalas em mais de um quilo. Ainda assim, o fio de conexão do filtro é relativamente pequeno a 72 mm, em comparação com os 77 mm das objetivas de 85 mm f/1.4. A construção de nível profissional não tem a selagem contra intempéries da maioria das câmaras Canon. Esta edição Mark II tem um sistema de autofoco ultrassónico anelar que inclui um anel de focagem eletronicamente emparelhado.
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Desempenho
A redução da profundidade de campo potenciada pela enorme abertura de f/1.2 é mínima quando comparada com as objetivas f/1.4; o efeito bokeh destaca-se pelo facto de ser bastante macio e suave. Eis uma hipótese a ponderar, não?
NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR 2500
2000
1500
1000
500
OBJETIVA ZOOM f/1.2 f/2.8 f/4
f/.56 f/8 f/11
Centro
Meio
f/16 f/22 f/32 Borda
É suave a f/1.2, mas torna-se bastante nítida a f/1.8 e quebradição a f/2.8. FRANJAMENTO (A F/8) MAIS BAIXO É MELHOR
Franjamento
1.32
A dispersão lateral de cor é mínima, mas as franjas longitudinais são evidentes.
DISTORÇÃO MAIS PERTO É MELHOR
Distorção
-0.96
As pontuações de laboratório revelam uma distorção em barril, mas é difícil de detetar.
VEREDICTO CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
EM ANÁLISE
EM CONFRONTO – OBJETIVAS PARA RETRATOS
L HO ME F U JI
R
Nikon FX
Fujifilm X-Series
Fujifilm XF56mm f/1.2 R APD
Nikon AF-S 70-200mm f/2.8G ED VR II
€ 1.219
€ 2.715
O segredo está nos filtros!
A rainha das teleobjetivas zoom.
UANDO se trata de minimizar a profundidade de campo, o formato APS-C das objetivas Fujifilm está em desvantagem quando comparado com as objetivas full-frame, porque o seu comprimento focal efetivo de 84 mm é derivado de um menor comprimento focal de 56 mm. Este contra-ataca com uma abertura extremamente ampla de f/1.2, e um filtro de apodização, que é único neste teste de grupo. Com base em engenharia de nano-tecnologia, o filtro interno procura manter a nitidez das áreas em foco, ao aplicar um efeito de ‘fusão’ para adicionar uma névoa em áreas, já por si desfocadas, ainda mais eficaz. O efeito de apodização funciona melhor com grandes aberturas e, como tal, a objetiva traz consigo um filtro ND8 adicional (três-stops).
Q
Desempenho
Apenas o foco automático de deteção de contraste pode ser usado, mas não é excessivamente lento. A objetiva produz um bokeh rico e cremoso em áreas desfocadas, mas a profundidade real de campo não é muito rasa, mesmo a f/1.2.
2500
2000
1500
1000
500
OBJETIVA ZOOM f/1.2 f/2.8 f/4
f/.56 f/8 f/11
Centro
Meio
f/16 f/22 f/32
Borda
As áreas focadas estão nítidas, à parte das bordas do frame a aberturas amplas. FRANJAMENTO (A F/8) MAIS BAIXO É MELHOR
Franjamento
0.11
Quantidades insignificantes de franjamento lateral e longitudinal (bokeh).
Desempenho
DISTORÇÃO MAIS PERTO É MELHOR
Distorção
-0.02
Praticamente zero de distorção, com uma pontuação de laboratório que é perfeita.
VEREDICTO CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
MA vencedora de um dos nossos anteriores confrontos, esta Nikon não poupa na qualidade de construção ou nos recursos. A construção em liga de magnésio é resistente a intempéries e tem um atrativo sistema de focagem de três modos, que dá prioridade tanto à focagem automática como à manual durante o autofoco. O estabilizador dual-mode tem configurações normais e ativas, assim como a deteção automática de movimento panorâmico. O vidro ED da Nikon é usado para nada menos do que sete dos 21 elementos no caminho ótico, enquanto os revestimentos de nano-cristais estão à disposição para reduzir assim fantasmas e reflexos.
U
NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR
Todas as áreas de atuação são excelentes, desde o sistema de focagem automática ultra-rápida, que conta com um estabilizador ótico altamente eficaz, a todos os aspectos da qualidade da imagem. Ainda assim, este modelo sofre do mesmo problema que a objetiva 70-200 mm da Canon, em que simplesmente não lhe permite obter uma profundidade de campo tão estreita para a extremidade curta da faixa de zoom. SETEMBRO 2016
NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR 2500
LEITURAS TIRADAS DO CENTRO
2000
1500
1000
500
OBJETIVA ZOOM f/2.8 f/4 70mm
f/.56 f/8 f/11 105mm
f/16 f/22 f/32
135mm
200mm
Mais acentuada do que em muitas objetivas fixas, mesmo nas bordas extremas do frame. FRANJAMENTO (A F/8) MAIS BAIXO É MELHOR
Amplo 0.84 Médio 1.09 Tele 2.19 O franjamento fica um pouco pior ao longo da faixa de zoom, mas é apenas o mínimo.
DISTORÇÃO MAIS PERTO É MELHOR
Amplo -0.64 Médio 1.18 Tele 1.83 Há uma ligeira distorção a 200 mm, mas o desempenho é bom em toda a gama.
VEREDICTO CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
105
EM ANÁLISE
EM CONFRONTO – OBJETIVAS PARA RETRATOS
R L HO ME IKON N
LOR O VAG UR SE
Nikon FX
Canon EF
Sony
Pentax K
Sigma SA
Nikon AF-S 85mm f/1.4G
Sigma 85mm f/1.4 EX DG HSM
€ 1.709
€ 879
Melhor é impossível para a Nikon.
Investimento muito interessante!
ERDENDO por um terço de stop para a objetiva fixa de retratos da Canon, a Nikon é mais mainstream a f/1.4. Faz-se valer de mais dois elementos óticos do que a sua rival direta, mas com dez elementos em nove grupos, ainda é muito menos complexa do que as duas objetivas zoom deste confronto de titãs. A sua construção é sólida e robusta, e a abertura arredondada é melhor do que na Canon, tendo por base nove (em vez de oito) lâminas no diafragma. O sistema de focagem interna também permite uma focagem automática rápida. Esta não é realmente uma objetiva obrigatória para retratos no seu kit, mas pode ser, por vezes, um bónus, quando está a tentar captar expressões fugazes. Outra vantagem em relação à Canon? Esta Nikon tem uma selagem contra intempéries.
P
Desempenho
O contraste e a nitidez são bons, tendo um toque de suavidade a f/1.4, que pode ser bastante agradável em retratos. A aberração cromática lateral é ligeira e a aberração longitudinal e o franjamento ‘bokeh’ são melhor controlados do que nas objetivas Canon e Sigma. 106
Nikon FX
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
2500
2000
1500
1000
500
OBJETIVA ZOOM f/1.4 f/2.8 f/4
f/.56 f/8 f/11 Cenrto
Meio
f/16 f/22 f/32 Borda
A nitidez central é excelente ao longo de quase toda a faixa de abertura. FRANJAMENTO (A F/8) MAIS BAIXO É MELHOR
Franjamento
1.53
Aberração cromática lateral mínima, com franjamento longitudinal reduzido.
DISTORÇÃO MAIS PERTO É MELHOR
Distorção
-0.5
Distorção de barril insignificante, mas é tecnicamente inferior à da Canon.
VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
SETEMBRO 2016
OMOS grandes fãs da linha Art de objetivas fixas da Sigma e, para câmaras de formato APS-C Canon e Nikon, a objetiva full-frame compatível Sigma 50mm f/1.4 A é a nossa objetiva de retrato favorita. Esta ótica de 85 mm tem um design melhorável, mas apresenta elementos asféricos e SLD (baixa dispersão especial), juntamente com um sistema de focagem automática ultrassónica do tipo anelar. A objetiva não inclui selagem contra as intempéries, mas tem uma abertura de nove lâminas arredondada, assim como revestimentos multi-camadas para reduzir fantasmas e reflexos. Este modelo tem especificações quase idênticas às da Nikon 85 mm f/1.4, mas é mais acessível. Tendo em conta que as objetivas de 85 mm da Canon e da Sony são dispendiosas, isso faz desta Sigma um valor seguro.
S
SHARPNESS NITIDEZ MAIS ELEVADA HIGHER ÉISMELHOR BETTER
Desempenho
A focagem automática é rápida e silenciosa, ao passo que a nitidez central é excelente, mesmo a f/1.4. A aberração cromática longitudinal é algo visível, tal como na objetiva da Canon.
NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR 2500
2000
1500
1000
500
OBJETIVA ZOOM f/1.4 f/2.8 f/4
f/.56 f/8 f/11
Centro
Meio
f/16 f/22 f/32
Borda
É um pouco dececionante nos cantos, mas excelente no centro do frame. FRANJAMENTO (A F/8) MAIS BAIXO É MELHOR
Franjamento
0.96
A aberração cromática lateral é muito baixa, mas o franjamento longitudinal é percetível.
DISTORÇÃO MAIS PERTO É MELHOR
Distorção
-0.2
A pequena quantidade de distorção de barril é quase impossível de detetar.
VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
EM CONFRONTO – OBJETIVAS PARA RETRATOS
EM ANÁLISE
R L HO ME ON Y S
R L HO MEA NON C
Sony E
Canon EF Nikon FX Sony A
Sony FE 85mm f/1.4 G Master
Tamron SP 85mm f/1.8 Di VC USD
€ 1.999
€ 799
Uma objetiva para câmaras E-mount.
Por vezes, a tartaruga ganha a corrida!
NOVA objetiva para retratos G Master da Sony apresenta uma construção resistente a intempéries; destaca-se também pela adição de um botão que trava o foco e de um anel de abertura. Este último traço permite transições suaves de abertura durante a gravação de vídeo, por exemplo. Além disso, o vidro Inteligente no seu interior inclui elementos XA (eXtreme Aspherical) e três ED (elementos de baixa dispersão). A Sony afirma que o elemento XA apresenta um aumento da precisão de superfície, o que eleva a qualidade do bokeh a um outro patamar. Outra característica que reforça o efeito bokeh é que a abertura incrivelmente arredondada está assente num impressionante diafragma de 11 lâminas.
A
Desempenho
A nitidez é muito boa a f/1.4 e impressionante a f/1.8. Apesar disso, o bokeh é suave e inspirador, e as transições entre as áreas focadas e desfocadas são impressionantes. O revestimento Nano AR da Sony afasta fantasmas e reflexos, e os franjamentos lateral e longitudinal são ambos mínimos.
3000
2500
2000
1500
1000
OBJETIVA ZOOM f/1.4 f/2.8 f/4
f/.56 f/8 f/11
Centro
Meio
f/16 f/22 f/32
Borda
É demasiado nítida para uma objetiva de retrato, mas é melhor ter mais detalhes do que poucos. FRANJAMENTO (A F/8) MAIS BAIXO É MELHOR
Franjamento
0.63
Há pouca dispersão de cor ao longo de toda a faixa de abertura do frame.
DISTORÇÃO MAIS PERTO É MELHOR
Distorção
0.71
Há uma certa quantidade de distorção de almofada, mas é bastante difícil de detetar.
VEREDICT0 CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
STA é a objetiva fixa mais lenta do grupo, mas, com uma abertura ampla de f/1.8, ainda bate ambas as objetivas zoom deste confronto em mais do que um stop. É também o único modelo de distância focal fixa a apresentar um estabilizador ótico, que é um “bónus” valioso quando está a fotografar com um corpo Canon ou Nikon. Este modelo tem uma qualidade de construção assinalável, com uma excelente movimentação e um conjunto completo de selagem contra intempéries. Além disso, está equipado com os revestimentos nanoestruturados eBand e Bbar da Tamron. O objetivo global é proporcionar uma boa qualidade de imagem com uma nitidez de topo, mesmo quando fotografa de câmara em punho, juntamente com o mínimo de dispersão de cor, fantasmas e reflexos.
E
NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR
Desempenho
2500
2000
1500
1000
500
OBJETIVA ZOOM f/1.8 f/2.8 f/4
f/.56 f/8 f/11
Centro
Meio
f/16 f/22 f/32 Borda
Há bastante nitidez, ideal para retratos, e a sua consistência é impressionante. FRANJAMENTO (A F/8) MAIS BAIXO É MELHOR
Franjamento
0.54
O franjamento lateral é reduzido e as falhas longitudinais quase inexistentes.
DISTORÇÃO MAIS PERTO É MELHOR
Distorção
0.22
A quantidade de distorção de almofada é tão pequena que não é um problema.
VEREDICT0
O sistema de focagem automática ultrassónica do tipo anelar é célere e a nitidez consistente, tanto ao longo da faixa de abertura como do frame. Mesmo que não lhe interesse uma profundidade de campo reduzida, o bokeh da Tamron é sublime! SETEMBRO 2016
NITIDEZ MAIS ELEVADA É MELHOR
CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
107
EM ANÁLISE
EM CONFRONTO – OBJETIVAS PARA RETRATOS
O VEREDICTO
A Sony dá uma masterclass de retrato A Sony FE 85mm f/1.4 G Master é a maior jóia do teste!
NOVA 85 mm G Master da Sony oferece tudo o que poderia esperar de uma objetiva para retrato, mas há ainda muito mais para descobrir. A nitidez é execional, ao passo que as áreas desfocadas são sumptuosamente macias e perfeitas. O botão de focagem e o anel de abertura da objetiva são duas das mais-valias deste equipamento, sendo que este último tem um peso significativo na gravação de vídeo. O segundo lugar vai para a versão de 85 mm da Tamron. Apesar de ser a objetiva fixa mais lenta do grupo, permite uma profundidade de campo de f/1.8 em câmaras full-frame e combina um impressionante crop com um efeito bokeh requintado, pouco franjamento e uma distorção praticamente invisível. O estabilizador ótico pode ser muito útil. Em comparação, o desempenho da
A
Canon EF 85mm f / 1.2L II USM revela pouco brilho, com uma focagem automática morosa e uma certa aberração cromática longitudinal ou “franjamento bokeh”. Por outro lado, a Sigma 85 mm f/1.4 EX DG HSM é melhorável no que toca ao franjamento e ao efeito bokeh, mas o facto de ser mais acessível pode ser um ponto a seu favor. Já a Fujifilm XF56mm f/1.2 R APD é uma super objetiva de retratos para sensores de formato APS-C; combina uma ampla abertura com um filtro de apodização, traços que impulsionam a qualidade do efeito bokeh. Ainda assim, quando se pretende uma profundidade de campo demasiado estreita, não pode competir com objetivas 85 mm f/1.4 ou f/1.8O incorporadas num corpo full-frame. O mesmo é válido para as versáteis objetivas zoom de 70-200 mm da Canon e da Nikon.
R
M ECO
END
AD
O
ESPECIFICAÇÕES E VEREDICTOS
Canon EF 70-200mm f/2.8L IS II USM
Canon EF 85mm f/1.2L II USM
Fuji XF56mm f/1.2 R APD
Nikon AF-S 70-200mm f/2.8G ED VR II
Nikon AF-S 85mm f/1.4G
Sigma 85mm f/1.4 EX DG HSM
Sony FE 85mm f/1.4 G Master
Tamron SP 85mm f/1.8 Di VC USD
Site
www.canon.pt
www.canon.pt
www.fujifilm.eu/ pt
www.nikon.pt / colorfoto.pt
www.nikon.pt / colorfoto.pt
www.sigmaimaging-uk.com / comercialfoto.pt
www.sony.pt
www.tamron.pt / robisa.pt
Preço
€ 2.879
€ 2.599
€ 1.399
€ 2.715
€ 1.709
€ 879
€ 1.999
€ 799
FX
FX
EF FX A
Opções de encaixe
EF
EF
X
K SA
E
EF FX A
Elementos/Grupos
23/19
8/7
11/8
21/16
10/9
11/8
11/8
13/9
Lâminas de diafragma
8 lâminas
8 lâminas
7 lâminas
9 lâminas
9 lâminas
9 lâminas
11 lâminas
9 lâminas
Autofoco
Ultrassónica (anelar)
Ultrassónica (anelar)
Motor elétrico
Ultrassónica (anelar)
Ultrassónica (anelar)
Ultrassónica (anelar)
Motor elétrico
Ultrassónica (anelar)
Reajuste manual AF
A tempo inteiro
A tempo inteiro
A tempo inteiro
A tempo inteiro
A tempo inteiro
A tempo inteiro
A tempo inteiro
A tempo inteiro
Distância de focagem mínima
1.2 m
0.95 m
0.7 m
1.4 m
0.85 m
0.85 m
0.85 m
0.8 m
Distância de focagem máxima
0.21x
0.11x
0.09x
0.12x
0.12x
0.12x
0.12x
0.14x
Abertura mínima
f/32
f/16
f/16
f/22
f/16
f/16
f/16
f/16
Estabilizador ótico
Sim
Não
Não
Sim
Não
Não
Não
Sim
Tamanho dos filtros
77 mm
72 mm
62 mm
77 mm
77 mm
77 mm
77 mm
67 mm
Selagem
Sim
Não
Não
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Acessórios incluídos
Para-sol, estojo, anel de encaixe tripé
Para sol, bolsa
Para-sol, pano, filtro ND8
Para-sol, estojo, anel de encaixe tripé
Para-sol, bolsa
Para-sol, bolsa
Para-sol, estojo
Para-sol
Dimensões (DxL)
89x199 mm
92x84 mm
73x70 mm
87x201 mm
87x84 mm
86x88 mm
90x108 mm
85x91 mm
Peso
1,490g
1,025g
405g
1,540g
595g
725g
820g
700g
CARACTERÍSTICAS CONSTRUÇÃO DESEMPENHO
QUAL./PREÇO CLASS. FINAL
108
R L HO ME ON Y S
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
SETEMBRO 2016
EM ANÁLISE
MINICONFRONTO – MOCHILAS
MOCHILAS DE Estas seis sugestões da OMF são perfeitas para transportar
1
2
3
LOR O VAG UR SE
REC
OM
END
AD
O
lowepro.com | hi-techwonder.com
manfrotto.com | hi-techwonder.com
mindshiftgear.com | digitfoto.pt
Lowepro Fastpack BP 250 AW II
Manfrotto Advanced Rear Access (câmara e portátil)
Mindshift Rotation 180° Panorama 22L
€ 149
€ 169
€ 139,90 ESTA mochila tem espaço suficiente na sua metade inferior para um corpo full-frame com objectivas montadas, mais duas ou três óticas extra e acessórios. E o que há mais? Um inteligente fecho colocado na lateral pode ser aberto para termos acesso ao interior, sem termos de parar e tirar a mochila. Também pode ser aberto na totalidade para nos dar acesso ao compartimento das objetivas. Há um espaçoso compartimento no topo para objetos essenciais de viagem, e ainda pode levar o seu computador portátil ou o tablet. Tudo isto vai aumentar o peso, mas as alças flexíveis e maleáveis, bem como os alcochoamentos traseiros e um bom cinto, vão ajudar a aliviar o transporte. Em destaque? Os compartimentos para acomodar acessórios. A Lowepro Fastpack BP 250 AW II tem um compartimento bem desenhado e versátil para acomodar a câmara, com acesso em movimento, mas não é indicada para transportar objectivas full-frame.
CLASSIFICAÇÃO
110
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
SE as suas viagens são feitas mais em cidade que no campo, o design desta mochila tem o estilo ideal para este ambiente. Tem um compartimento para o portátil, apesar de este estar situado na frente da mochila, muito longe da traseira, onde ficaria menos confortável. Esta bolsa teve de ficar aqui, porque a parte de trás da mochila é usada para aceder ao grande compartimento para a câmara; aqui podemos guardar uma 70-200 mm f/2.8, um corpo e mais algumas objectivas. A parte de cima da mala não é ampla, mas pode guardar alguns acessórios nos bolsos laterais e frontais. Contudo, o melhor é não carregar demasiado a mochila, devido às alças rígidas e ao cinto, que é um pouco básico. Apesar de ser complicado aceder ao conteúdo da mala e de as alças poderem serem mais confortáveis, se puser a segurança do equipamento à frente da facilidade de acesso, esta mala é uma boa opção.
CLASSIFICAÇÃO
SETEMBRO 2016
NORMALMENTE as mochilas de fotografia não nos impressionam, mas esta é extraordinária. Tem o design clássico deste tipo de acessórios, com um versátil compartimento de topo e outro amovível na parte de baixo. Este foi criado para ser puxado pela lateral da mala, rodar e poder ficar à volta da nossa cintura, ficando bem preso pelo cinto que tem. Este é um excelente exemplo em que se criou uma solução inteligente e lógica, que funciona de forma perfeita e revoluciona o acesso. O único ponto negativo é o de que apenas existe espaço no compartimento da câmara para uma reflex com um objetiva montada, uma lente extra e um flash. Esta mochila inclui ainda um compartimento para guardar um computador portátil, mas vê-se que foi criada para os trilhos, onde um reservatório com três litros para água e as alças confortáveis, bem como a traseira alcochoada, são mais importantes para o conforto. Pode transportar muito equipamento, mas a Lowepro supera-a.
CLASSIFICAÇÃO
MINICONFRONTO – MOCHILAS
EM ANÁLISE
VIAGEM o seu kit de fotografia. Mas não só…
6
5
4
geographicbags.com | amazon.co.uk
National Geographic Africa Medium Rucksack Desde € 169 À primeira vista, esta mochila parece ter muitos aspectos positivos. O design rétro ainda está na moda, embora um pouco subestimado, e existem alguns detalhes como as fivelas nas correias. Mas o seu apelo desvanece-se quando estiver no terreno, devido às costas desconfortáveis. Mais: não vai ter espaço para carregar muita coisa, pois os compartimentos pequenos restringem a utilização na parte de cima e até mesmo no local onde se coloca a câmara, em baixo. Tem também um defeito nos compartimentos da parte frontal, que impede qualquer acesso ao interior enquanto estamos em movimento. E para tornar a sua utilização ainda mais aborrecida, a cobertura tem tendência a fechar-se com a mola. Todavia, temos espaço nos bolsos extra e um compartimento para um portátil de 15 polegadas, mas alguns dos bolsos frontais são pequenos. Para além do preço elevado, o diminuto espaço interior e a difícil acessibilidade acabam por ser frustrantes. CLASSIFICAÇÃO
thinktankphoto.com | loja.jvalles.com
vanguardworld.com | digitfoto.pt
Think Tank Trifecta 10
Vanguard Havana 48
€ 159,75
€ 99
ENQUANTO a maioria das mochilas de viagem estão feitas à medida da câmaras APS-C, a Trifecta 10 tem um design sem compromissos para carregar bastante equipamento full-frame. Este modelo vai acomodar facilmente uma 5DS ou uma D810 com uma 70-200 mm f/2.8 montada, mais duas objectivas f/2,8, tudo numa mala com as dimensões de 32 x 49 x 17,5 cm. O seu equipamento vai ficar bem protegido, graças ao design robusto e ao interior alcochoado, e isto transfere-se para o exterior, onde os seus ombros e costas vão parecer estar no “céu”. Mas a mochila não é assim tão perfeita: o compartimento superior não vai permitir guardar muitos acessórios. Contudo, há uma bolsa para tablets e será possível prender um tripé na parte da frente, longe das laterais que permitem um acesso fácil ao equipamento. Com uma construção reforçada, esta versão é confortável e ideal para transportar grandes objetivas. Eis uma mochila de alta qualidade e preço razoável.
COM o seu “cavernoso” compartimento superior, é mais uma mochila comum que uma mala para transportar equipamento fotográfico. Contudo, traz um útil compartimento para a câmara que desliza para fora assim que se abre a parte frontal. Lá dentro há espaço suficiente para uma reflex e um par de objetivas extra, embora o espaço não tenha um formato prático ou fácil de dividir. Porém, as divisórias podem ser facilmente retiradas, o que nos deixa com uma mochila comum. A presença de bolsos frontais e laterais dão amplas hipóteses de armazenamento; além disso, podemos prender um tripé num dos lados e guardar um portátil até 15 polegadas na traseira. Esta mala conta com proteção contra os elementos da natureza, graças a uma capa protetora contra a chuva, mas falha na proteção do equipamento, uma vez que os materiais leves e o alcochoamento limitado acabam por ter limitações. Com um design muito atrativo, funciona bem como uma mochila comum.
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
SETEMBRO 2016
O MUNDO DA FOTOGRAFIA
111
EM anÁlISE
MINICONFRONTO – DISCOS PORTÁTEIS
DISCOS PORTÁTEIS
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112
O MUnDO Da fOTOGRafIa
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SETEMbRO 2016
ClaSSIfICaçãO fInal
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TeSTeS deTaLHadoS Colocamos em confronto oito objetivas grande-angular e testamos a Sony RX1R II.
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o mUNdo da FoTograFia
113
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137
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este CD é parte integrante da edição nº 137 da revista O Mundo da Fotografia e não pode ser vendido separadamente.
os meLhores guias passo a passo
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parte 8
O melhor da edição de imagem: domine os programas de edição de topo | Parte 8
137
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O Melhor da C
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Edição de Imagem O
Aviso importAnte: este CD-rom é compatível com os sistemas operativos Windows e mac os. A listagem detalhada dos conteúdos deste CD-rom está disponível nas páginas da revista. A Goody s.A. verificou com um antivírus todas as fases de produção deste CD-rom. Apesar disso, recomendamos a utilização de um antivírus antes de proceder à sua utilização e/ou instalação de ficheiros nele contidos. A Goody s.A. não pode ser responsabilizada por qualquer dano causado pela utilização deste CD-rom ou de ficheiros nele contidos. se persistir algum problema na utilização deste CD-rom, pode contactar-nos através do endereço de e-mail
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Guia de compras
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o meLhor da ediÇÃo de imagem No CD deste mês:
Acompanhe os tutoriais de edição de imagem da revista com estes detalhados vídeos passo a passo.
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Imagens dos leitores
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Fabricado na UE OMF137/Setembro/2016
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Vídeos passo a passo que revolucionam as suas fotos!
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o mundo da fotografia
novembro 2016 setembro 2015
Guia de compras Um útil conselheiro com As Análises em pdf qUe vAmos pUblicAndo Ao longo dos meses.
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o mundo da fotografia
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Distância focal: 600mm Exposição: F/7.1 1/400 sec ISO-400
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SP 150-600mm F/5-6.3 Di VC USD
Capture imagens luminosas e nítidas ao longo dos 600 mm Com tecnologia ótica de ponta, motor de foco automático silencioso ultrassônico (USD), mecanismo de compensação de vibração (VC), o nosso zoom elegante pode levá-lo mais perto do extraordinário. Modelo A011 Objetiva Di concebida para câmeras DSLR com formatos APS-C e full frame, com parasol compatível para os seguintes encaixes: Canon, Nikon, Sony* * O modelo Sony não inclui VC, dado que os corpos das câmaras já têm a função de estabilizador de imagem. O modelo Sony tem como designação a objetiva "SP 150-600 mm f/5-6.3 Di USD".
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