o Moloko

June 15, 2018 | Author: gastonepao | Category: Mediumship, Slavery, Saint, Africa, Spirit
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Casa Senhor do Bonfim

Caderno de Santo  Nº 01 “Não basta saber, é preciso acreditar... Não basta estar junto, é preciso participar.... Cada um de nós, procuremos fazer a nossa parte, e que os Bakuros cubram por muito tempo a continuidade da vida na Terra...” Que esta obra possa ser útil àqueles que com amor amor dedicam sua vida ao Santo. Asè!

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Casa Senhor do Bonfim Conhecendo o Culto:

 A LENDA DA CRIAÇÃO CRIAÇÃO DO MUNDO

Uma vez tendo N’Zambi se expandido ao máximo e criado a sua corte imediata, bem como as demais essências e espíritos e por fim, já tendo criado também a Terra, decidiu convocar para uma reunião em seu Palácio, Aluvaiá e também a sua parte feminina, Mujilo, nomeando-os como seus emissários diretos, determinando-lhes que o mantivesse informado das boas novas do novo planeta. Com efeito, N’Zambi dotou-os da capacidade de transporem com fabulosa destreza as barreiras entre os mundos, de modo a lhe trazerem com a maior rapidez, as informações e notícias de tudo o que se passava. Certa ocasião, ao serem convidados a se pronunciarem, não se fizeram de rogados e contaram à  N’Zambi que era necessário proporcionar aos espíritos que na terra vagavam, alguma forma de expiação  para os seus débitos, e que para tal, era preciso dar-lhes forma por meio da matéria, uma vez que estes existiam apenas como simples espirais de fumaça, e que, por não possuírem forma, não se conheciam e ainda ignoravam a real natureza de suas ações, assim como as suas possíveis conseqüências e sequer   pudessem cumprir as punições que N’Zambi porventura lhes determinasse, em virtude das eventuais falhas que praticassem. Inteligentemente, propuseram à N’Zambi que lhes dotasse do poder de manipular  a energia, para poderem dar forma material àqueles seres, ao que N’Zambi concordou. Assim, os emissários retornaram para executarem a nova tarefa, a de modelar aquelas espirais, propiciando sobre elas a energia que que dava-lhes a forma material- a vida.  Nesta mesma ocasião sugeriram ainda, que cada um dos Espíritos da Natureza, isto é, os demais Bakuro, que neste tempo já haviam também sido criados por N’Zambi, mas os quais sabemos, são estacionários em seus planos divinos, tivessem um pouco mais de paciência para finalmente descerem à terra e dominarem cada um, o reino da natureza que lhes fosse de direito, deixando portanto, por conta de Aluvaiá e Mujilo a responsabilidade de arrebanharem espíritos de outros planetas, trazendo-os à terra, afim de se juntarem aos outros e passassem pela expiação de suas ações. Após muita delonga, resolveu  N’Zambi, aceitar a sugestão. sugestão. Assim, partiram Aluvaiá e Mujilo em busca de novas camadas de espíritos em outros planetas e lá chegando, como lhes é peculiar, enganaram a todos com promessas de rápidos resgates de débito espiritual, anunciando que a terra era o lugar ideal para todos, um verdadeiro paraíso, e que eles podiam lhes acompanhar, pois não se arrependeriam. Iludidos com aquela argumentação matreira e acreditando ser a terra realmente um paraíso, rumaram todos imediatamente ao seu destino. Quanta decepção e desilusão, quanta lágrima derramada, pois aqui chegando, deu-se o fenômeno da materialização. Ao adquirirem formas humanas, foi permitido aqueles espíritos errantes, enxergar, ouvir e sentir, mas agora já na própria carne, todo tipo de dores e necessidades, participando de espetáculos deprimentes, deprimentes, como crimes de todas as espécies, além de outras negatividades. E assim estava instaurado o caos. Neste tempo, os seres não conheciam um outro senhor no Universo, ainda assim, Aluvaiá e Mujilo temendo perderem o seu poder, ignoram o acordado entre  N’Zambi e os Bakulu sobre sua sua vinda à terra e passaram a nutrir os seres por por eles transportados e criados, com sangue, provocando um enfraquecimento em si mesmos devido a crescente demanda. Diante do problema, Aluvaiá e Mujilo decidiram alimentarem-se do sangue que destinavam as demais criaturas, tornando-se cada vez mais constituídos da mesma substância que os humanos, cada vez mais a sua semelhança.  Novamente convocados convocados a prestarem contas a N’Zambi, N’Zambi, mentiram, ao afirmarem que do outro lado haviam seres bonitos, felizes, flores, etc. Ousados, acrescentaram ainda, que se ficassem mais tempo se 2

Casa Senhor do Bonfim Conhecendo o Culto:

 A LENDA DA CRIAÇÃO CRIAÇÃO DO MUNDO

Uma vez tendo N’Zambi se expandido ao máximo e criado a sua corte imediata, bem como as demais essências e espíritos e por fim, já tendo criado também a Terra, decidiu convocar para uma reunião em seu Palácio, Aluvaiá e também a sua parte feminina, Mujilo, nomeando-os como seus emissários diretos, determinando-lhes que o mantivesse informado das boas novas do novo planeta. Com efeito, N’Zambi dotou-os da capacidade de transporem com fabulosa destreza as barreiras entre os mundos, de modo a lhe trazerem com a maior rapidez, as informações e notícias de tudo o que se passava. Certa ocasião, ao serem convidados a se pronunciarem, não se fizeram de rogados e contaram à  N’Zambi que era necessário proporcionar aos espíritos que na terra vagavam, alguma forma de expiação  para os seus débitos, e que para tal, era preciso dar-lhes forma por meio da matéria, uma vez que estes existiam apenas como simples espirais de fumaça, e que, por não possuírem forma, não se conheciam e ainda ignoravam a real natureza de suas ações, assim como as suas possíveis conseqüências e sequer   pudessem cumprir as punições que N’Zambi porventura lhes determinasse, em virtude das eventuais falhas que praticassem. Inteligentemente, propuseram à N’Zambi que lhes dotasse do poder de manipular  a energia, para poderem dar forma material àqueles seres, ao que N’Zambi concordou. Assim, os emissários retornaram para executarem a nova tarefa, a de modelar aquelas espirais, propiciando sobre elas a energia que que dava-lhes a forma material- a vida.  Nesta mesma ocasião sugeriram ainda, que cada um dos Espíritos da Natureza, isto é, os demais Bakuro, que neste tempo já haviam também sido criados por N’Zambi, mas os quais sabemos, são estacionários em seus planos divinos, tivessem um pouco mais de paciência para finalmente descerem à terra e dominarem cada um, o reino da natureza que lhes fosse de direito, deixando portanto, por conta de Aluvaiá e Mujilo a responsabilidade de arrebanharem espíritos de outros planetas, trazendo-os à terra, afim de se juntarem aos outros e passassem pela expiação de suas ações. Após muita delonga, resolveu  N’Zambi, aceitar a sugestão. sugestão. Assim, partiram Aluvaiá e Mujilo em busca de novas camadas de espíritos em outros planetas e lá chegando, como lhes é peculiar, enganaram a todos com promessas de rápidos resgates de débito espiritual, anunciando que a terra era o lugar ideal para todos, um verdadeiro paraíso, e que eles podiam lhes acompanhar, pois não se arrependeriam. Iludidos com aquela argumentação matreira e acreditando ser a terra realmente um paraíso, rumaram todos imediatamente ao seu destino. Quanta decepção e desilusão, quanta lágrima derramada, pois aqui chegando, deu-se o fenômeno da materialização. Ao adquirirem formas humanas, foi permitido aqueles espíritos errantes, enxergar, ouvir e sentir, mas agora já na própria carne, todo tipo de dores e necessidades, participando de espetáculos deprimentes, deprimentes, como crimes de todas as espécies, além de outras negatividades. E assim estava instaurado o caos. Neste tempo, os seres não conheciam um outro senhor no Universo, ainda assim, Aluvaiá e Mujilo temendo perderem o seu poder, ignoram o acordado entre  N’Zambi e os Bakulu sobre sua sua vinda à terra e passaram a nutrir os seres por por eles transportados e criados, com sangue, provocando um enfraquecimento em si mesmos devido a crescente demanda. Diante do problema, Aluvaiá e Mujilo decidiram alimentarem-se do sangue que destinavam as demais criaturas, tornando-se cada vez mais constituídos da mesma substância que os humanos, cada vez mais a sua semelhança.  Novamente convocados convocados a prestarem contas a N’Zambi, N’Zambi, mentiram, ao afirmarem que do outro lado haviam seres bonitos, felizes, flores, etc. Ousados, acrescentaram ainda, que se ficassem mais tempo se 2

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enfraqueceriam muito, por isso precisavam conhecer o segredo da perpetuação, que só N’Zambi podia lhes revelar. N’Zambi, percebendo percebendo as intenções intenções maléficas, maléficas, pela energia que deles deles emanava, emanava, disse: “Aluva “Aluvaiá iá e Mujilo Mujilo,, vocês vocês me engana enganaram ram.. Usaram Usaram seus podere poderess sem me consul consultar tar e bebera beberam m da  substância que não lhes era destinada. Por isso, mandarei vocês de volta, e como castigo terão que  prosseguir mantendo-se com a própria essência da vida que criaram e sorveram: o sangue”, ordenando-

lhes por fim que voltassem a terra. De tempos em tempos, N’Zambi pedia a um dos Bakuro para descer à Terra, e trazer-lhe informações, ao que atendiam de pronto. Certa vez ao retornarem, informaram à N’Zambi que Aluvaiá e Mujilo faziam um bom trabalho.  N’Zambi novamente chamou chamou a ambos à sua presença presença para que falassem falassem de suas obras. obras. Após terem conferenciado, N’Zambi determinou que os demais Bakuro regressassem aos mundos habitados e diante da grande obra realizada por Aluvaiá e Mujiloa, passassem cada qual a exercer de fato o domínio sobre as matas, os mares, o ar, o fogo, a terra, e demais reinos e elementos da natureza, como há muito esperavam. esperavam.  N’Zambi escolheu e escalou o Bakuro Tempo (Kitembu), encarregando-o encarregando-o da missão de transportar os  bons e os maus espíritos e após classificá-los, alojá-los nos planos de vida correspondentes. correspondentes. Assim, os maus relutam relutam até hoje em moldarem moldarem-se -se a seu plano, ao passo que os bons devem ir se aperfeiçoan aperfeiçoando do a cada dia. Aluvaiá e Mujilo vendo o seu império comprometido, zangaram-se com os Bakuro, mas estes de  posse de seus domínios passaram a capacitar os seres para realização de diversas proezas. Com isso, ambos atestaram que perdiam poder e resolveram voltar à N’Zambi, alegando que haviam sido expulsos de seus domínios pelos Bakulu, tentando intrigar N’Zambi contra as demais Divindades. Entretanto,  N’Zambi dessa vez não lhes deu ouvidos e em sua infinita bondade deixou a encargo de ambos a missão de seguirem transitando entre os dois mundos, agora como os mensageiros dos Bakuro. Com o passar dos tempos, os seres, sentindo necessidade do desempenho de ambos como os agentes mágicos universais, e faziam-lhe sacrifícios para chamá-los, convocando-os e recebendo-os com honrarias, já que haviam ficado dependentes do sangue por eles criado, de sua presteza ao circularem entre os mundos, de  propiciarem os acontecimentos acontecimentos e de levarem e trazerem as mensagens mensagens dos Bakuro. Como pena, Aluvaiá Aluvaiá e Bombo-Njila passaram a ter a responsabilidade de manter a vida material através do que lhes é também vital- o sangue. Por outro lado são sempre os primeiros a serem alimentados e homenageados, já que foram os primeiros a serem criados por N’Zambi e a reinarem sobre a matéria humana, sendo por isso, Aluvaiá e Mujilo, até hoje, os intermediários legítimos entre os homens e as demais Divindades. Introdução

Segund Segundoo nosso nosso entend entendime imento nto,, o Omolok Omolokoo começ começou ou a existi existirr como como uma das varian variantes tes de religião afro-brasileira que passou a ser praticada no Brasil a partir de algum tempo no passado, depois da chegada chegada dos escravos escravos negros. Provavelmen Provavelmente te de maneira maneira precária precária no início, início, pela falta de liberdade liberdade dos escravos para qualquer tipo de organização, mas, com o decorrer do tempo e com as leis que foram aos  poucos mudando as condições de vida dessas pessoas, de maneira mais organizada e completa – e o Omoloko, nesse particular, em nada difere das outras variantes religiosas afro-brasileiras. O que o torna  particular é que ele se estruturou inteiramente no Brasil, tendo influência de diversos rituais religiosos afri africa cano nos, s, prin princi cipa palm lmen ente te os dos dos povo povoss que que vier vieram am de regi regiõe õess que que hoje hoje são são o Co Cong ngo, o, An Ango gola la,, Moçambiqu Moçambique, e, Nigéria, Nigéria, Benin, Benin, Camarões Camarões – e, portanto, diferente diferente dos Candomblés, Candomblés, por exemplo os de origem Yoruba, que ainda hoje guardam forte predominância de influência de sua região de origem, e aqui se organizaram organizaram obedecendo a um padrão religioso e cultural já preestabelecido preestabelecido nessas origens. origens. O Omoloko fazia parte do que se chamava, nos fins do século XIX e início do século XX, de Makumb Makumba, a, no Rio de Janeir Janeiro; o; segund segundoo os estudi estudioso osos, s, também também a Makumb Makumbaa se origin originou ou de divers diversas as  procedências,  procedências, conforme a influência influência de suas regiões regiões de origem na África; África; assim, existia a Makumba Makumba Mina, a Rebolo, a Cabinda, a Congo, etc. 3

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O Omoloko organizou-se majoritariamente na Zona da Mata em Minas Gerais, no estado do Rio de Janeiro, no nordeste do estado de São Paulo e em parte do Espírito Santo; o nome é Yoruba e existem várias opiniões a respeito de seu significado. Uns dizem que significa "filhos do tempo", porque no início, devido à falta de recursos, seus adeptos praticavam-no ao ar livre, ou debaixo das árvores, ou debaixo das árvores chamadas Iroko. Outros atribuem à palavra sentido mais literal e abrangente, como "filhos da fazenda", ou mesmo "filhos da roça", designando os negros vindo do meio rural e que  professavam tal religião, haja vista serem muitas dessas organizações estabelecidas mesmo nas roças, ou em áreas afastadas das cidades. O Omoloko praticado por nós foi instituído por um escravo, nascido na África, que no nosso meio ficou conhecido como Chico Rei. O que é Omolokô

Omolokô é um nome de origem yorubá ou nagô. Pela maneira como é pronunciada a palavra com som aberto nas vogais iniciais e fechado nas últimas vogais, significa vertendo o vocábulo para a língua portuguesa o seguinte: Omo = Filho e Oko = Fazenda, logo filho da fazenda. Filhos da fazenda porque o culto era realizado fora das cidades por causa da repressão policial existente na época que forçavam aos cultores da religião africana realizarem seus rituais dentro das matas fechadas ou lugares inóspitos dentro das fazendas dos senhores feudais. Por serem rituais rituais realizados fora dos limites da zona urbana da cidade, talvez por esta razão tenha surgido o nome terreiro, roça que é delimitação onde professam nas casas as seções espirituais. Até os centros que mais se assemelham ao culto Omolokô, saem acasionalmente de suas sedes e oferecem obrigações no interior de matas fechadas. Este culto tem todos os seus orixás com os nomes pertencentes a cultura nagô, até os seus oriki, rezas dos santos, seus orunko trazido através do jogo de búzios ou Ifá ou Erin_dinlogum do zelador  de otá, seus assentamentos parecem-se com os feitos nos candomblés nagô, em prateleiras. Os exús também são feitos a semelhança de uma pessoa , em barro vermelho. Assim sendo, parece-nos uma nação pelo nome e pelos motivos acima expostos que mantém  profundas raízes nagôs. O significado da palavra Omolokô também pode ser, filhos do orixá Okô, que pertence ao conjunto de orixás Odé, caçadores. Okô é a deusa da agricultura , portanto, um orixá feminino que é adorada nas noites de lua nova, especialmente pelas mulheres agricultoras de inhame. Este orixá já foi muito devotado nas macumbas. É assentado junto com Oxossi, o que viria dar maior consistência a origem do Omolokô, uma vez que este culto mantém uma forte predominância de orixá Oxossi que foi que permaneceu com sua cultura intacta dentro do contexto religioso dos negros africanos. Até mesmo para reforçar a tese defendida pelo Tata Ti Inkice Tancredo da Silva Pinto de que o Omolokô era um culto proveniente da África, onde os sacerdotes se reuniam em noite de lua cheia sob a copa de frondosa árvore carregada de frutos parecidos com maçã. Logo há uma lógica no nosso conceito se compararmos os candomblés da Bahia, com forte  predominância dos negos da cultura Ketu, sudaneses, com as macumbas do sudeste (RJ/MG) de origem de negros de cultura bantus, o orixá que preside estas culturas é o mesmo Oxossi, a quem todos os  participantes rendem homenagem arriando suas cabeças ao chão em sinal de respeito e submissão ao chefe da tribo. 4

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Caso queira estabelecer uma comparação, é só verificar numa macumba com forte  predominância bantu e num candomblé de forte influência sudanesa se os cânticos ritualísticos não se assemelham. Entretanto, nos cânticos que nos conhecemos através de assimilação de fonemas por meio de som musical, parece-nos haver uma certa mistura de português, nagô e bantu, por exemplo: “Zambariri, zambariri ta nangome  Zambariri Tata de Umbanda  Zambariri ta nangome”

“Cinda gueto mundero vangulero  Mamãe cinda olha vanguero (bis)”

Este conhecimento e a repressão enérgica fizeram com que os negros buscassem formas de expressão cultural mais amena, pois sua religiosidade era considerada selvagem. Muitas coisas cultuadas  pelos negos está mistificada, deturpada ou proibida. História de Batayọ

Maria Batayọ nasceu por volta de 1.797 na África. Veio com vinte anos como escrava para o Brasil, para trabalhar numa fazendo do estado do Rio de Janeiro. Foi embarcada no Forte da Mina e tinha  procedência Mina Je San, segundo uma das versões; outra versão conta que Batayọ era uma negra Bini, que são os habitantes da região da cidade de Benin na Nigéria, povo que reivindica para si descendência dos Yoruba de Ife. Seus contemporâneos de culto afro-brasileiro no Brasil diziam dela que era Nago, quando queriam compará-la com outros praticantes do Omoloko. Já veio feita da África, era de Nanan e foi feita por Sanguerabu, um africano que nunca pisou o solo brasileiro e que era das terras de Egun (também conhecido como Popo ou Je), povo de língua da família Ewe, nas cercanias de Porto Novo, na Baía de Benin, no litoral do antigo Daomé, atual Benin. Seu nome, de fato, parece ter sido Tayọ. Era chamada assim na fazenda em que trabalhou. "Ba" talvez tenha sido agregado mais tarde, talvez nos meios religiosos afro-brasileiros que freqüentou, e "Maria" foi o nome adotado em terras brasileiras. Batayọ era escrava doméstica e trabalhava na cozinha; teve impaludismo (malária) e curou-se tomando chá de fedegoso. Enquanto esteve doente e convalescendo, uma prima sua, não escrava, muito  boa cozinheira, foi ajudá-la nos serviços. Batayọ aprendeu muito com essa prima e se revelou com ótimas qualidades, acabando por se transformar numa cozinheira tão boa quanto a outra. A pedido da filha da fazendeira, Sinhazinha, Batayọ foi transferida para outros serviços domésticos, dentro da casa grande. Nesse tempo, Sinhazinha namorava um rapaz de uma fazenda vizinha e, passeando com ele a cavalo, caiu e machucou a cabeça. Ficou muito mal e foi salva por Batayọ, mas esteve pelo resto da vida sujeita a crises nervosas e, por isso, passou a ser cuidada pessoalmente por  Batayọ, a quem se apegou ainda mais. Sinhazinha casou-se com esse namorado, do qual teve alguns filhos, entre mulheres e homens. Um desses homens tornou-se major do Exército, e mais tarde foi feito no santo por Batayọ, na futura Roça dela, no morro de São Carlos, na cidade do Rio de Janeiro. 5

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O marido de Sinhazinha, um dia, castigou demais um escravo, mandando chicoteá-lo no tronco até quase à morte. O negro sobreviveu e depois de recuperado matou o fazendeiro a facadas. Sinhazinha,  prejudicada pelo seu estado nervoso, ao saber do ocorrido, teve um colapso e morreu. Só que, antes disso,  já havia alforriado Batayọ, como recompensa pelo cuidado que sempre tivera com ela, e depois com seus filhos, ajudando-a a criá-los; além disso, ainda lhe comprara o terreno do morro de São Carlos, para que um dia Batayọ tivesse onde morar, datando daí a posse desse terreno. Quando Sinhazinha morreu, por volta de 1.867, Batayọ tinha cerca de setenta anos. Muito velha para viver na fazenda, veio para a cidade e ocupou sua terra no morro de São Carlos, fundando a Roça e iniciando sua vida de mãe-de-santo. Batayọ casou-se no Brasil, teve vários filhos naturais e fez vários filhos-de-santo em sua Roça. Apesar de ter vindo feita da África, aprendeu com africanos ex-escravos muito sobre os fundamentos das religiões africanas praticadas aqui no Brasil naquela época, especialmente o Omoloko, tanto durante o  período em que viveu na fazenda quanto em seu primeiro ano na Roça do morro de São Carlos. Batayọ teve vários filhos-de-santo: 1. Leocádia, de Oşoọsi Arranca Toco, iyalorişa. 2. Mané Bertolino, babalorişa que fez Severino, de Şango, por sua vez babalorişa que fez Chico Diabo, ogan; Leba Jui, babalorişa e Manezinho, de Ogun, babalorişa. Manezinho fez Sizenando, de Yemọja, babalorişa. 3. Tuti, de Şango, babalorişa. 4. Heitor, de Şango, babalorişa que fez Saul, de Ogun, babalorişa. 5. Joana de Yemọja, iyalorişa que fez Délia, de Ọya, iyalorişa, e Maria-Faz-Força, de Iyasan, iyalorişa, que fez Bibi, de Oşoọsi, iyalorişa, que fez Antoninho, babalorişa, de Oşoọsi Folha Seca. 6. Tomate, de Ogun, pejigan e filho natural mais novo de Batayọ, a quem ela ameaçava punir com uma "coça" quando achava que ele não se comportava de maneira correta. Isso foi presenciado por  Fujẹko que, quando contava, ria, visto que Tomate, por essa época, já havia passado dos 80 anos de idade – segundo ele, mais de 84 anos. 7. Guiomar de Mungongo, de Oşoọsi, iyalorişa, que fez Miguelão, de Şango, ogan. 8. Mano Otávio, de Şango, babalorişa. 9. Roxinha, de Ọşun e Oşoọsi, iyalorişa, também filha natural de Batayọ, que junto com Henriqueta completou as obrigações de Fujẹko. 10. Henriqueta, de Nanan, iyalorişa que junto com Roxinha completou as obrigações de Fujẹko, de Şango Agodo, e lhe deu o deka, confirmando-o babalorişa. 11. Edgar Canivete, de Şango Alafin, babalorişa. 12. Guiomar de Şango de Ouro, de Şango, iyalorişa. 13. Tio Mina. 14. Jerônimo, de Şango. 6

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15. Hildebrando, ogan. 16. O major, filho da Sinhazinha. 17. Maria. 18. Fujẹko de Şango Agodo (Gérson Gentil de Azevedo). Batayọ morreu aos 129 anos, por volta de 1926, na Roça do morro de São Carlos, onde, além de ter sua Casa-de-Santo, também morava. Anunciou sua própria morte algum tempo antes. Nove pessoas  presenciaram sua passagem: Samuel, "Seu" Chaves, Ricardina, Henriqueta, Mistura, Tuti, Tẹko, Edgar  Canivete e Fujẹko, que tinha então 13 anos de idade. Para este último, ela disse que, quando ele tivesse entre 36 e 39 anos de idade, alguém, que não estava ali, iria cobrir sua casa de flores e pétalas no chão,  para receber o Santo dele, no momento em que ficasse pronto. De fato isso aconteceu, quando Lili, que não era filha de Batayọ, nem de sua descendência nem ascendência e que sequer chegou a conhecer  Batayọ, ficou encarregada disso na casa onde Fujẹko mais tarde residiria, depois de concluídas suas obrigações com Roxinha e Henriqueta. Roxinha, sua filha natural e filha-de-santo, fez o aşeşe de Batayọ, tirou a mão-de-vumi dos filhos de Batayọ e deu saída ao ẹbọ de seus Santos. Depois disso, a Roça do morro de São Carlos esteve fechada por seis meses, ficando Roxinha como sua sucessora. Vinte anos após morreu Roxinha, por volta de 1.946. Henriqueta ainda ficou na roça, mas os netos de Batayọ tomaram posse da propriedade e o Terreiro acabou. Henriqueta fundou então um Terreiro em Bento Ribeiro, na cidade do Rio de Janeiro, e morreu quatro anos após Roxinha, por volta de 1.950. Os contemporâneos de Batayọ e seus respectivos descendentes que praticavam o Omoloko no Rio de Janeiro eram: 1. 2. 3.

4. 5. 6. 7.

Dona Jeje, de Şango, iyalorişa; viveu perto de 100 anos. Chica Boi, de Iyasan e Oşoọsi, iyalorişa; viveu perto de 70 anos. Fez: Orlandino da Cobra Coral, de Oşoọsi, babalorişa, que fez Orlando do Pó, de Omolu, babalorişa, Virgílio Cipozeiro, de Oşoọsi, babalorişa, e Mistura, de Ogun, alabe. Mosinha, de Ọşun, iyalorişa, viveu perto de 100 anos; era filha-de-santo de Tia Chica de Vavá, de Yemọja com Şango, que era negra nagô, viveu perto de 90 anos e morreu em Abolição, Rio de Janeiro. Mosinha teve os seguintes filhos-de-santo: Cai n'Água, de Oşoọsi e Ọşun,  babalorişa; Ricardirna, de Oşala, iyalorişa, que fez Ana Cachorro, de Iyasan, runsol e Alexandre de Ọbaluaiye, babalorişa; Zé Spingéli, nome provável José Gomes da Costa, de Şango, babalorişa, que fez Cecília, iyalorişa e Cacheado, de Iyasan, babalorişa, que fez Lili do Coqueiro, de Oşoọsi, iyalorişa, que fez Lourdes, iyalorişa, que abandonou o Omoloko e passou para o Candomblé Angola, tornando-se filha de Néris. Antes, Lourdes havia feito Ildérica, de Ọbaluaiye e Yemọja, que no ínicio da década de 1.970 tinha uma casa de Omoloko em Sobradinho, cidade satélite de Brasília. Deawe, de Oşoọsi, babalorişa, filho natural de Batayọ, viveu perto de 100 anos. Fez Custódio Caravana, de Oşoọsi Arranca Toco, babalorişa que viveu 72 anos. Sarah, viveu perto de 100 anos. Fez os seguintes filhos-de-santo: "Seu" Chaves, de Ogun Meje, babalorişa; Samuel, de Şango, oşogun; Mano Elói, nome provável Elói Antero Dias, de Şango, babalorişa; Benedito Perna Seca ou Benedito Espírito Mau, de Iyasan, babalorişa. Tião, de Şango, viveu 60 anos. Dona Mariquinha, de Ọşun, iyalorişa. Fez: Tiana, de Ogun, iyalorişa; Porfírio, de Şango, oşogun; Tia Cláudia, de Iyasan Garuana, iyalorişa; Maria Capoeira, de Oşoọsi e Iyasan; Guaraná, de Şango, babalorişa, que fez Dona Chica, de Ọşun, iyalorişa, que fez Tia Josefa, iyalorişa, que fez Maria Augusta, de Omolu, iyalorişa, que fez Sinhô, de Oşoọsi, babalorişa, e Djama de Alalu, de 7

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8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.

Oşoọsi e Iyasan, que abandonou o Omoloko, passando para o Candomblé Ketu, filho de Fumotin,  por quem acabou sendo feito para Eşu Lalu. Chica Velha (tronco vindo da Zona da Mata de Minas Gerais, conhecida nessa época por  "África Mineira"), iyalorişa, que fez Lili, de Şango e Ọşun, iyalorişa. Eleotério, viveu perto de 110 anos, de Omolu, babalorişa, fez: Soféria do Soferão, de Osanyin, iyalorişa, que fez Sinhô de Sete Pedras, de Iroko, babalorişa. Chico Velho, de Oşumare, babalorişa. Fez Neném do Bambual, de Ọşun, iyalorişa, que fez Ercília de Arruda, de Ogun e Ọşun, iyalorişa. Maria de Nanan Buruke, de Nanan, viveu 80 anos, iyalorişa, que fez "Seu" Domingos, de Şango, babalorişa; Militão, babalorişa, que fez Paulo Demandista, de Oşoọsi, babalorişa. Tio Chico, de Ogun, babalorişa, irmão natural de Batayọ. Bakayọdẹ, morreu com 105 anos; era babalorişa de Şango e tinha um irmão-de-santo, La Grossa, de Bẹsẹn, babalorişa. Inhá, de Iyasan, iyalorişa, que fez: Ezinho, de Ọşun, ogan; Raul, de Oşoọsi, alabe; Farrel, de Oşoọsi, alabe; Geraldo, de Ogun, ogan; Cláudio, de Şango das Almas, babalorişa. Tia Fé, nome provável Fé Benedita de Oliveira.

Nota sobre a origem de Maria Batayọ

Para tentar descobrir a origem de Batayọ, ou Tayọ, partiremos do princípio muito provável que o nome dessa yalorişa seja Yoruba e que Sanguerabu seja um nome pertencente a uma língua da família Ewe. Essa afirmação baseia-se também na história contada acima e no fato óbvio de que Batayọ teria que ter convivido com Sanguerabu. Os dados conhecidos, aparentemente inconciliáveis, dão a ela diversas origens, ou seja, Nago, Mina Je San, Bini e de procedência do Porto da Mina. Há ainda o fato de ela ter  nome Yoruba e ser filha-de-santo de um babalorişa de origem Egun, povo também conhecido como Popo ou Je. Pensamos que, sendo Batayọ Bini, ou descendente de Bini, seria ela também Yoruba. Conforme já vimos, o povo Bini se considerava descendente dos Yoruba de Ife, e muito provavelmente, então, ela teria convivido com Sanguerabu, ou em terras Yoruba, ou em terras dos Egun (ou Popo ou Je), ou em terras de fronteira ou de vizinhança desses dois povos. No primeiro caso, sendo Bini, poderia ter  nascido e se criado numa região de fronteira, o que era uma possibilidade concreta, pois havia povos, entre eles os Egun (ou Popo ou Je), todos de língua da família Ewe, que ocupavam a região litorânea da Baía de Benin, indo desde o Gana, no sentido oeste-leste, até Badagri, onde se encontravam com os Bini, que habitavam a parte litorânea dessa região e que vinham desde a Cidade de Benin, no sentido oposto, leste-oeste. Já os Yoruba localizavam-se no interior desse litoral. Sendo ela de descendência Bini, teriam seus antepassados migrado para uma região que fizesse fronteira com Egun (ou Popo ou Je), mas que fossem terras Yoruba e não terras Bini. Essa região poderia ser a antiga Província de Colônia, que circundava Lagos, ou até mesmo essa cidade da Nigéria. Hipótese também possível, visto que, nessa cidade, no século XV, foi estabelecida uma dinastia Bini, tendo Lagos  pago tributos a Benin até 1830. Além disso, houve um intenso comércio de negociantes escravagistas  portugueses entre essas duas cidades. Maria Batayọ poderia ter nascido também em um distrito chamado Egun-Awori, na região de Badagri, no antigo Protetorado Britânico, perto de Lagos, onde a população era constituída de pessoas de Egun e de Awori. Awori é um povo que se estabeleceu em Lagos na época da dominação Bini sobre essa cidade; neste caso, por exclusão, não sendo Awori, pois isto não foi mencionado como sendo uma de suas origens, ela seria Je, como conta sua história – Je (ou Egun ou Popo), ou de origem Yoruba e nascimento Je. Outra origem provavel seria nas terras dos Anago, ou Nago, região no interior do antigo Daomé, que fazia fronteira com o reino de Ketu, com as terras dos Egbado e as dos Awori no interior e 8

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com os Egun (ou Popo ou Je), no litoral. Ali existiam comunidades Egbado, de população majoritariamente constituída de uma mistura de Anago (ou Nago), e Egun (ou Popo ou Je), o que nos levaria a supor que ela poderia ser Anago (ou Nago). Essa hipótese confirma mais uma vez sua condição Yoruba, sendo ou não de descendência Bini, visto que, para os daomeanos, todos os Yoruba do Daomé eram considerados Nago (ou Anago). Existia também um povo denominado Ahori, que talvez não tenha origem Yoruba mas que adotou língua e cultura Yoruba e habitava as terras dos Anago, já na fronteira com os Ketu. Esse povo se auto denominava Dje. Os Egun (ou Popo ou Je) os conheciam, tanto que os chamavam de Holi. Os Ahori não habitavam terras que fizessem fronteira com aquelas ocupadas pelos Egun (Popo ou Je), mas  poderiam se relacionar com eles. Isso é possível pelo fato de que tanto os Egun (ou Popo ou Je) das comunidades Egbado quanto os Ahori (ou Holi ou Dje) habitarem as terras dos Nago (ou Anago). Se Batayọ tivesse nascido aí, seria uma Dje, mas talvez fosse considerada também Yoruba pelos Egun (Popo ou Je), pelo fato de ser Bini. Nesse caso também seria considerada Nago (ou Anago) por eles, por ser  Yoruba do Daomé. Assim Batayọ tanto seria Dje, Je, Nago, Yoruba descendente de Bini ou Bini.  No Rio de Janeiro, no século XIX, período em que Batayọ chegou ao Brasil, os Yoruba que desembarcavam na cidade procedendo de qualquer região da África ou do Brasil eram chamados de Nago. Analisando por esse ângulo, Batayọ poderia ser considerada Nago pelos seus contemporâneos no Brasil  por ser mesmo Nago, sendo Yoruba do Daomé, ou por ser realmente Yoruba de outra região africana. O fato de também ser considerada Mina pode ser explicado por ela ter embarcado para o Brasil no Forte da Mina, que fica na região conhecida igualmente como Costa da Mina, que abrange o Forte de São Jorge da Mina, em Gana, e a Baía de Benin. Nesse caso ela seria conhecida como Mina-Nago, como eram denominados os Yoruba embarcados na Costa da Mina levados para o Rio de Janeiro no século XIX. Porém Batayọ era Mina Je San. Ela poderia ser Je (Popo ou Egun), conforme já vimos. Além disso, Dewae, um de seus filhos naturais, tem nome de origem provável Je. Ora, já sabemos por que ela  poderia ser Mina. Mas para ser Je, aparentemente não poderia ser Yoruba, mas seu nome é Yoruba. Poderia ainda ser considerada Yoruba mesmo se tivesse nascido em terras Je, caso fosse descendente de Bini, de acordo com o já visto. Nesse caso ela poderia ser tida como Nago no Brasil, sem nenhuma contradição em ser Mina Je. O que concluímos é que não podemos ainda precisar o local exato do nascimento de Maria Batayọ, talvez porque falte desvendar o que seja San na palavra Jesan ou na frase Je San. Talvez, mesmo se descobrirmos, não possamos decifrar a questão. No entanto, se não apresentamos nenhuma novidade  para muitos leitores, pelo menos afirmamos alguns pontos que consideramos como certos: Batayọ ou era das terras dos Nago do antigo Daomé, atual Benin, ou era da região de Lagos/Badagri na Nigéria – e, com certeza, era Yoruba no sentido mais amplo da palavra. OMOLOKO

 Nem tudo nas religiões é mitologia. Todos os povos africanos têm cultos idênticos, mas para o Omolokô, Angola, Congo e Nigéria são os fundamentos, aos quais se vieram juntar certos valores cristãos e ameríndios brasileiros. Os escravos do Congo e Angola foram trazidos para o Brasil, trazendo consigo a sua religião. A religião dos negros se destacaram dos negros de outras etnias pela forma como tratavam os doentes, quer em casos espirituais, os seus rituais forma facilmente assimilados, unindo-se assim todos num novo culto inicialmente denominado "Congo de Ouro", ficando conhecido na Bahia como "Candomblé de Caboclo" e no Rio de Janeiro como "Makumba", mais tarde " Omolokô". É uma realidade que a Makumba é geralmente tida como uma prática de feitiçaria. Na verdade, engloba simplesmente todos os mistérios e rituais africanos com alguma influência cristã. Há um milagre que vem das Divindades que se representam pelas respectivas  Forças da Natureza . A religião do negro é 9

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uma religião onde a alegria impera num ritual mágico do ingresso ao divino onde a ligação entre a  Natureza e o Sobrenatural não foi quebrada. OMOLOKO - significa " Os Filhos da Natureza" que cultuam a Natureza Pura (Inkice) fazendo paralelamente o Culto da Almas Ancestrais. Aos Deuses do Congo-Angola dá-se o nome de Inkice, enquanto que aos Deuses Nagô dá-se o nome de Orixá. No culto Omoloko, os Deuses são a personificação da Natureza e manifestam-se através de vibrações, uma vez que são os espíritos da Natureza Elementar cuja densidade repousa no infinito. Paralelamente, cultuamos os espíritos dos antepassados, almas ancestrais das quais descendemos, heróis da nossa nação. Estes espíritos, pertencentes a falange-pedra-de-vibração da natureza pura de um Deus, incorporam no seu eleito para transmitir conselhos e a vontade do Deus. O Culto Omolokô é uma herança de Moisés. A hóstia é o corpo de Cristo para o Omolokô. O pai do Omolokô no Brasil foi o Tata ti Nkisi Tancredo da Silva Pinto, o primeiro Cumbabizame (batizado em nome de Oxalá) do estado do Rio de Janeiro. Introduziu abandeira da nação Lunda Kioko e o nome do culto Omolokô, segundo anagrama cabalístico em que se consorciam os elementos constitutivos do Universo(já conhecidos pelas civilizações greco-romanas, egípcia e mesopotâmica) –  água , ar, terra, fogo e ar – as iniciais das nações Males, Mussurumins e Lunda Kioko das quais se originou, segundo pode-se observar a seguir: O

água

M

Males

terra

O

 Nações Lunda Kioko

L

Lunda

O

fogo

K

Kioko

O

ar  

Omolokô – Lunda Kioko

A Cabala é a resultante da união do homem Cabula com a mulher do povo de Moisés. Esta união trouxe o conhecimento da Cabala para o Omolokô. Deste casamento surgiu um Rei  Nagô que levou o conhecimento de Cabala para o Omolokô, os africanos. Daí o respeito pela hóstia. A iniciação dentro do Clero do Catolicismo é igual a nossa, porém, sem matança, preceitos, etc. Houve na verdade, uma soma de conhecimentos.  Numerologia: estudo dos números e sua influência em nossas vidas.  Numerologia Cabalas

Povo de Cabulas Junção c/ Povo de Moisés

Cabala do Nome: Exemplo: Reinaldinho 09/02/1981 = 3 Kangira Mês de Quianda-Aioká (Yemanjá)= é a mãe e adjunta de Quimboto (Omolu). Força da água de  procriação 10

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Ano de Madé (Oxossi) = Ano governado pela terra: força de mediunidade/cura Força de terra e 2 vezes da água governando o elemento dele. A cabala do nome não associa a data de nascimento: 1

2

3

4

5

6

7

8

9

A J S

B K T

C L U

D M V

E N W

F O X

G P Y

H Q Z

I R

 

A cabala da vogal significa personalidade. A cabala da consoante significa as coisas colocadas por  Deus na terra. Define-se necessidade de caridade e desenvolvimento espiritual. Significado da Cabala:

1 – Princípio: Quere-Querê e Aluvaiá 2 – Equilíbrio: Quimbotô 3 – Livre arbítrio: Kangira 4 – Universo: Jambangurim. Possibilidades amplas. Ar, terra, fogo, água. 5 – Corpo Físico: Madé. Pai da mediunidade. Significa os extremos, mediunidade de incorporação. Usar o corpo físico para atrair, transmutar e liberar a energia, o que provoca a incorporação. 6 – O mestre: Ferimã. Sabedoria, elevação espiritual, discernimento, humildade. 7 – Força espiritual mística: Quianda-Aioká. Elemi aberto, compreenção. Yemanjá representa a força mística do mundo. O mar é o maior espelho astral no mundo pois reflete todo o céu. É dele que vem os  búzios e uma série de conhecimentos que nós temos. 8 – Céu e terra: Kambalassinda e a maioria das santas Lundas. Equilíbrio céu/terra. Espiritualidade reflete nos seus atos na terra e vice-versa. 9 – Humanidade/Almas: Mediunidade forte. Sai de toda influência do Santo e representa nossa vida na terra. Maior força. Qualidades indispensáveis aos médiuns

Ser médium, não é apenas servir-se de intermediário, nas comunicações entre o mundo invisível e visível. Ser médium de Umbanda, na verdade implica uma série de exigências. Numa série de requisitos a ser constatado na criatura que se diz médium. Além da faculdade inata de mediunidade, que todos nós temos, é preciso que a pessoa tenha virtudes especiais. Que possua qualidades que sejam cultivadas, para que se crie afinidades com o plano superior espiritual. Deve praticar a caridade sem alardes. Precisa e tem o dever de agir corretamente com seus semelhantes. O médium, deve procurar sempre aprender sobre os profundos conhecimentos da umbanda. Na verdade ele nunca saberá tudo, estará sempre aprendendo coisa novas e se aprofundando na doutrina.

Quando se entra para um Terreiro, deve-se procurar observar para aprender, e acima de tudo manter a concentração para o bom andamento dos trabalhos, e principalmente lembrar que um “terreiro, não é apenas um ponto de encontro para por as fofocas em dia”, e sim um lugar de absoluto respeito, onde se deve procurar ajudar os outros, independente de sua classe social, ou outros detalhes. É preciso manter a boa ordem e a harmonia entre os médiuns e esse possível com os assistentes.

Os mandamentos do Cassueto

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1. 2. 3. 4.

não fumar na presença da Mãe ou Pai de Santo não fazer ajeum sem pedir a benção do Pai ou Mãe de Santo, quando estiver presente em respeito a Oxalá, só usar roupas branca às sextas-feiras nunca interromper uma conversa, sem pedir bandagira. Quando a Mãe ou Pai de Santo demorar, fazer ajoko e esperar a resposta 5. nunca responder o Pai ou Mãe de Santo 6. nunca falar mais alto que o Pai ou Mãe de Santo 7. quando precisar de um conselho ou opinião fazer ajoko e pedir com humildade, nunca com imposição 8. nunca o Yaô poderá fazer comentários na ausência da Mãe ou Pai de Santo 9. a verdade sempre por mais que nos custe 10. saber respeitar os Yaôs, desde os mais velhos até os mais novos 11. acatar as opiniões ou ordens com amor, mesmo que estas lhe firam, porque cabe ao Santo e ao Exu a cobrança das faltas 12. HUMILDADE, HUMILDADE, HUMILDADE, só assim chegaremos ao verdadeiro caminho 13. cuidar de seu Santo, com carinho nos dias certos 14. não culpar o Santo pelos problemas materiais e por não nos atender, temos que ver se somos merecedores daquilo que precisamos 15. esperar sempre com paciência, mais dia menos dia, tudo virá, o Santo nos experimenta para nos conhecer  16. olhar sempre para cima para enxergar as coisa divinas, desprendimento também é virtude 17. não censurar o nosso semelhante, as vezes ele é mais virtuoso do que nós, dentro da sua ignorância 18. todo Yaô tem por obrigação comparecer às obrigações do Santo, não precisa ser chamado, o dever  está acima de tudo. Cumpra-o e estará em paz com o Santo 19. o Iaô deverá procurar seu Pai ou Mãe de Santo para as obrigações e nunca esperar que este as lhe ofereça 20. o tempo de seu Pai ou Mãe de Santo tem valor, não menospreze ao contribuir com sua salva e nem  julgue que o está comprando, as coisas sagradas não tem valor  21. todo Yaô deverá saber manter os seu erós, e não fazer uso dos segredos do Santo, por menos que seja para nós. No Santo é valioso, porque a riqueza maior é a maior virtude de ver, ouvir e calar e sempre aprender. 22. não soprar fogo ou coisas quentes 23. não comer em prato fundo 24. não permitir que pessoas não iniciadas coloque a mão em sua cabeça 25. não entrar no roncó(quarto de Santo) com corpo sujo de sexo, bebida alcoólica, calçado de rua; deve tomar banho de santo e colocar roupa de santo 26. não cortar o cabelo antes de 7 meses depois da camarinha, e não colocar produtos químicos 27. comparecer às seções do Ilê e reuniões de instruções 28. tomar banho de abô e banho de santo, após manter relação sexual 29. não comparecer a enterros 30. não tomar nenhuma bebida no bico da garrafa 31. não tomar marafo em nenhuma ocasião 32. fazer no mínimo uma vez por ano limpeza de quizila, dando obrigação para o Eledá e para o Exu. 33. evitar o uso de roupas pretas 34. não tomar bebidas em frente ao bakuro 35. manter atitude dignas, dentro e fora do Abaçá 36. ter paciência com todos, manter a calma e estimulação à união sincera com os irmãos, respeitar e auxiliar o próximo 37. todo iniciado tem por dever comungar, no período de 21 dias de decisa. O respeito pelo ajeum

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não se come despido ou sem camisa, é ofensa ao Anjo da Guarda comer com chapéu ou sem ojá é comer acompanhado do diabo não se come com prato na palma da mão, prato fundo, com faca. A miséria fareja, faca e garfo são armas de Exu quando se come no Abacá, lava-se o copo, prato e colher. Devolve-los sujos complica a vida não se come as pontas e os miúdos dos animais. São axés pertencentes ao Exu e ao Santo não deixar dinheiro sobre a mesa da refeição, é desrespeito e provoca miséria não se alimenta com alimentos que caíram no chão, é das almas sempre receber e passar pratos, copos e colheres com a mão direita não se joga pão fora, é alimento Santo não se mexe em alimentos que são cozidos no sentido da mão esquerda (demanda ou encrenca) não se mexe comida do Santo com a mão esquerda não se mexe comida do Exu com a mão direita antes de começar a cozinhar para o Santo, faz-se o sinal da cruz e saúda-se o Santo da respectiva comida antes de começar a cozinhar para o Exu, saúda-se-o na terra não bater tampas de panela, afugenta a proteção sempre de branco, saiote, blusa e ojá brancos virar um copo com água sobre um pires com uma vela branca acesa sempre que for cozinhar para as almas e Santo não servir treze pessoas do mesmo sexo, ao mesmo tempo, sempre um homem e uma mulher  não se cortar para o Santo aves ou bichos de quatro pés a não ser nas juntas. O Santo recusa antes de cortar qualquer animal no Exu ou Santo, deve-se fazer o océ, sem isso, o Exu ou o Santo não aceitam. • • •

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Rezas:

Para entrar no roncó: “Olorum modupé, ojorê no ylê, meu cambé!” •

Pai Nosso em Nagô: “Ote Padre Nosso cum Ave Maria securo câmera Quitangananzambe aiô, aiô quitangananzambe aiô E a calunga qui ton assema, e a calunga qui ton Azambe aiô, Amim” •

 Nquece Nquece Cantada: “Ce quece de quando dandalunda Bis Ce quece de quando eu anda Ukassange a kolossange a muquenguê In dun kaia lacaia do amuquelé Azutenda ê, in dun kaia lacaia do amuquelum Angoloméia congo assamba Angola Azuelê catu de Amalá Azuelê, catu de dandalunda, azuelê, catu de Amalá” •

Para apanhar folhas: “Ago Ossãe, axé na içaba me cura” •

Para preparar banhos: Axé amim na içaba •

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De alafiá vodunsium Meu tateto (Nome do Bakuro do Filho - Masculino)......... Minha mameto (Nome do Bakuro do Filho - Feminino)........... Eu quino a mina Ossãe Axé na mironga içaba me cura Para fazer ageum: “Ageum Omã Babá meu cambé” •

Para entrar no Creche: “Boa noite pra quem é de boa noite, bom dia pra quem é de bom dia” “Mojubá Exu Laruyé” •

Hierarquia Sacerdotal:

Tata Delogum ou Zambura: responsável maior pelo jogo de búzios/Babalaô Tata ti Inkisi: responsável por iniciar os Yaôs no Santo Tata ti Ingorossi: responsável pelos orôs do Santè(rezas rituais) Tata Nê: mestre de cerimônias Ogã de Creche: responsável pelo Exu Alabê: responsável pelos atabaques Kalofé: responsável pelas obrigações na Sala Okála: administra cerimônias Atoxogum: sacrificador de bicho de dois pés Tata-Kivonda: sacrificador de bichos de dois e quatro pés Onã Ofã: responsável pela colheita de ervas Makota: responsável pelo Ronkó Yabá: responsável pela culinária ritual Pejigã: mesma função da Makota Cotas: auxiliares nas obrigações do Ronkó Samba: Ekedi resposavel por dançar com os Bakuros Saudações dentro da Casa de Santo:

Todos os médiuns ao entrarem no Abassá devem primeiro saudar a tronqueira (Laroiê Mojubá Exu!), saudar as almas no cruzambê (Adorei as Almas!), saudar o Tempo (Tempo iô!), e saudar Ossãe (Ewe assa!). Faz-se a saudação a Exu na porta do Creche. Já dentro do barracão deve ser saudado o pilão (Epa Babá Oxalá!) em reverência, saudar o Peji do Ogun/Atabaques com 3 paós (esquerda, direita e centro), e por último a porta do Ronkó, levando a mão direita ao chão e saudando à todos os Orixás, em especial o seu, o da Casa, e o do seu Zelador. Os membros da hierarquia que deverão ser tomados bênçãos são: os Tatas/Ginjas, o Babá/Yá kekerê, as Makotas, os Alabês, os Pejigãs e às Yabás. Em ajokô, somente os Zeladores de Santo e aos Alabês. Segurança do Exu não dá ajoko, somente, atabaques e pilão. Ao entrar no Ronkó dá-se três paós ao Bakuro da Casa e mais 7 de reverência aos demais Bakuros. Ao entrar no Creche, pede-se ago ao Exu da Casa, saúda-se todos os Exus na mesa central (intoto) dizendo: Laroiê Exu Mojubá Axé!

Cerimônias do Culto:

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Aba baxé de ory: feitura de Santo Sirum (Axexê): cerimônia fúnebre Vumbi: despachar a alma do morto da cabeça do Yaô Deká: cerimônia realizada na 7ª obrigação onde o Yaô recebe os seus direitos sacerdotais Océ: toda e qualquer tipo de limpeza Bori: esfriamento da cabeça. Dar de comer a cabeça Amanci: lavagem de cabeça Cumprimentos dentro do Santo:

Bakunfun Kalofé Kutendá Emi

Resp.: Olorum Bakunfun Resp.: Kalofé Olorum Resp.: Kutendá Axé

Jeje

Mucuiú

Resp.: Mucuiú mo Zambi

Omolokô

Motumbá

Resp.: Motumbá’xé

Ketu

Os Bakuros: Quimbotô/Obaluaiê:

Lembá Mundo O mundo da vida e da morte comandado por Quimbotô a pedido de Lembá. Energia de cura, transmutação. Positivo x Negativo= Vida e Morte. Festejado: 16/08 Dia: segunda-feira Divindade: vida e morte Sincretismo: São Lázaro e São Roque Exus: Macuenda/Dake/Baru Cabala: 2 – equilíbrio Saudação: Atotô! Planeta: Saturno Fios: branco, preto (Omolu) ou, branco, vermelho e preto (Obaluaiê) ou amarelo e preto Dança Cabalística: Opanijé (imita o movimento de pessoa ferida, encurvada para baixo e para frente) Arma: Xaxará, foice e cutelo Adorno: Azé Metal: Chumbo Bebida: Acaraé (dendê e água) Comida: Pipoca, feijão preto e bife de porco Frutas: araticum, cajamanga, jaboticaba, conde, ata, jatobá, jaca, laranja da ilha Cereal: milho alho(pipoca) Perfume: extrato de jaca Pedra preciosa: Ônix Otá: Tapiocanga, pedra furada Içabás: gameleira preta, manjericão roxo, canela de velho Flor: cravo de defunto Local oferenda: ao pé da gameleira preta 15

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Animal: frango carijó, porco piau(preto e branco) Paó: cinco acima, cinco abaixo, três no centro, sete de reverência Dizeres: Omolu, guzu, guzu cofane! Kangira/Ogum:

céu defesa Terra/caminhos Bakuro da luta e defesa. Vence adversidades, senhor dos caminhos, designado por  Gangarumbanda. Festejado: 23/04 Dia: terça-feira Divindade: das lutas, da guerra. Sincretismo: São Jorge Exus: Tiriri Cabala: 3 – livre arbítrio Saudação: Ogunhê Patacury! Planeta: Marte Fios: verde e vermelho Dança Cabalística: Bravun, fazendo movimentos de lutas com espada Arma: espada, escudo Adorno: akorô(capacete) de palha da costa, espada Metal: aço, ferro, cromium, cobalto Bebida: cerveja branca Comida: feijoada, feijão tropeiro, churrasco, cará Frutas: manga espada, abacaxi, sapoti Cereal: feijão preto Perfume: extrato de cravo Pedra preciosa: rubi Otá: minério de ferro Içabás: alecrim do campo e horta, folha de manga espada, majerona, peregun macho Flor: cravo vermelho Local oferenda: estrada, trilho Animal: frango avermelhado, cabrito vermelho mocho Paó: 7 batidas à esquerda, 7 à direita, uma na frente, uma atrás, 3 na frente e sete de reverência Dizeres: Ogunhê Patacury que Jasse Jasse! Jambangurim/Xangô:

Livro da justiça Eixo/ elo de ligação entre céu e terra Simbolizado pelo oxê (machado alado), mostra que nada está oculto à justiça divina, através de Jambangurim. Igualdade dos seres sem distinção para todos. Bakuro da justiça, da sabedoria, do poder e da força das pedras preciosas, das pedreiras, senhor do som. 16

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Festejado: 30/09 Dia: quarta-feira Divindade: deus do raio e do sol Sincretismo: São Pedro Exus: Barabô e Beri Cabala: 4 - universo Saudação: Kawô Kabiecile! Planeta: Mercúrio Fios: vermelho e branco Dança Cabalística: Adarrum ou alujá, como se lançasse pedras ou lutasse com seu machado Arma: machado alado Adorno: oxê Metal: ouro e platina Bebida: cerveja preta Comida: amalá, rabada Frutas: maçã, melancia, caqui Cereal: lentilha Perfume: sândalo Pedra preciosa: rubi e diamante champanhe Otá: pedra raio Içabás: jaborandi, cipó São João, negamina Flor: cravo vermelho Local oferenda: pedreiras, cachoeiras Animal: frango vermelho, carneiro branco Paó: 3 batidas horizontais da esquerda para direita, repetir 2 vezes, seguidas de 1 acima e 1 abaixo, 3 de reverência Dizeres: Ure, ure degre! Madé/Oxóssi:

Santíssima trindade/força do livre arbítrio Eixo de ligação/céu e terra Equilíbrio entre os homens Senhor da mediunidade, das virtudes, da semeadura e da colheita. Chefe dos caboclos, caçador, senhor das matas, da agricultura, do sustento, da bonança, pecuária, fauna e flora. Festejado: 20/01 Dia: quinta-feira Divindade: caça e fartura/matas Sincretismo: São Sebastião Exus: Tranca-Gira/Padê Ekoritá/Tranca-Ruas Cabala: 5 - homem Saudação: Okê Ode qui Bambi o klima! Ode koquêmayo, okê Aro! Arolê! Planeta: Júpiter  Fios: verde e branco Dança Cabalística: adarrum, simulado lançar suas flechas, caçada Arma: ofá (arco e flecha) Adorno: penacho, animais, chifres, erukere Metal: prata e estanho 17

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Bebida: aluá(rapadura e gengibre), vinho moscatel Comida: axoxô Frutas: carambola e todas as outras Cereal: milho amarelo, amendoim Perfume: flor do campo Pedra preciosa: jade/esmeralda Otá: pedra do cascalho limosa esverdeada Içabás: guiné, tira teima, maminha de porca Flor: flores silvestres Local oferenda: ingás, eucaliptos, junca, pitanga Animal: frango índio, bode vermelho mocho Paó: 3 batidas espaçadas, levando-se em cada vez as mãos fechadas para adiante e para cima lentamente, 7 lentas na frente e 7 de reverência Dizeres: Okê ode qui bambi o klima! Ferimã/Lembá/Oxalá:

fogo

água equilíbrio eixo céu/terra

terra

ar 

Equilíbrio céu/terra. O bem que traz quatro elementos favorecendo livre arbítrio. Orixá da paz, da evolução espiritual, luz divina, senhor do universo céu/terra. Festejado: 24/12 Dia: sexta-feira Divindade: paz, amor, harmonia Sincretismo: Jesus Cristo Exus: Alalu/Lalu Cabala: 6 – o mestre Saudação: Epa Babá, exeu ê Babá! Pembelê Lembá!(Oxaguiã) Planeta: Plutão Fios: branco leitoso Dança Cabalística: Ijexá, lento e curvado como se andasse com um cajado p/ Oxalufã e rápido, esguio e como se lutasse p/ Oxaguiã Arma: mão de pilão, opaxorô, caoriz(espada e escudo prateado) Adorno: adê (coroa) com búzios Metal: ouro Bebida: vinho branco Comida: cuscuz de arroz, canjica branca, acaçá, mungunzá Frutas: pêra, uva branca Cereal: canjica branca, trigo Perfume: extrato de maçã Pedra preciosa: diamante puro e branco Otá: cristal da rocha Içabás: gameleira branca, manjericão branco, patchouli Flor: copo de leite Local oferenda: no cume dos montes Animal: pombo branco, igbin(caramujo), carneiro branco, frango caipira branco Paó: 4 batidas em cruz de cima para baixo, à esquerda e a direita, mais 3 na frente e 7 de reverência Dizeres: Epa Babá, Axé no ori! 18

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Quianda-Aioká/Yemanjá:

Mundo(universo) águas

Domínio do mundo, da água e presença feminina no universo(espelho do universo). Senhora da água salgada em movimento(ondas, marés), procriação, beleza, purificação de energias. Festejado:02/02 Dia: sábado Divindade: das ondas marinhas (Olokum é a Orixá Rei do mar) Sincretismo: N. S. da Glória Exus: Bombo Gira Amará Cabala: 7 – o espírito Saudação: Odô Iyá! Yemanjá! Planeta: Vênus Fios: Azul Escuro/Branco, ou cristal Dança Cabalística: aguerê lento ou adarrum simulando o movimento das ondas Arma: abebê(espelho) de alumínio Adorno: adê e filá(chorão cobrindo o rosto) Metal: ouro e prata Bebida: champanhe Comida: peixe, manjar. Acaçá, ebô Iyá Frutas: melancia, mamão, uva brancas Cereal: arroz Perfume: alfazema Pedra preciosa: água marinha Otá: pedra marinha, vulcânica Içabás: Apolônia, água do mar  Flor: hortência Local oferenda: banco de areia das praias, beira de rio Animal: pata branca, cabra branca mocha Paó: 7 batidas com as mãos imitando o movimento das ondas, mais 3 na frente e mais 7 de reverência Dizeres: Odô fiabá! Querequerê/Nanã:

morte domínio sobre a morte e as Mujilos

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Força de Orimã(crianças). Sete pontas – Sete Bakuros maiores criados por Querequerê. Arcos nas  pontas das estrelas. Foice. Bakuro da limpeza e a purificação da atmosfera para a vida dos homens. Dona das chuvas e governa juntamente com Ibeji. Festejado: 26/07 Dia: domingo Divindade: chuvas e purificação do ar  Sincretismo: N. S. Sant’Ana Exus: Bombo Gira Curie/Gira Nabê Cabala: 1 - princípio Saudação: Saluba’! Astro: sol, estrela da 5ª magnitude Fios: Lilás fosco/Branco Dança Cabalística: adarrum, como se embalasse um bebê no colo Arma: ibiri Adorno: adê e filá Metal: cobre Bebida: guaraná Comida: camarão, anderé, sarapatel, xinxim de galinha Frutas: melão roxo, uva roxa, figo Cereal: feijão roxinho Perfume: jasmim Pedra preciosa: ametista e cristal roxo Otá: seixo de cachoeira redondo Içabás: manacá, palma de Santa Rita Flor: adália, palma de Santa Rita Local oferenda: ruínas, tapera, mangue Animal: franga cinza, cabra fumaça mocha Paó: 7 batidas lentas na frente da esquerda para a direita, mais 3 rápidas e 7 de reverência Dizeres: Saluba Nanã! Kambalassinda/Oxum:

Brandura, afetos, equilíbrio emocional, domínio sobre os sentimentos

Senhora da afetividade, da candura, do amor, da beleza, vaidade e da bondade. Festejado: 08/12 Dia: sábado Divindade: águas doces Sincretismo: N. S. Aparecida Exus: Bombo Gira Iyá Omim/ Gira Mungongo Cabala: 8 – céu e terra Saudação: Ora ie ieo, ofideri oman! Planeta: plutão Fios: Amarelo ouro ou Azul Claro e Branco Dança Cabalística: ijexá, como se banhasse em uma cachoeira, ilá de lamento Arma: abebê, espada(Opará) Adorno: adê e filá Metal: ouro e prata velha amarelada 20

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Bebida: champanhe, sidra Comida: omolocum, quindim Frutas: banana ouro, melão, pêssego, mamão e banana Cereal: feijão fradinho Perfume: erva doce Pedra preciosa: topázio Otá: seixo de cachoeira liso e arredondado Içabás: brilhantina e ariri Flor: lírios brancos, crisântemo Local oferenda: cachoeira, beira de rio Animal: franga amarelada, cabra branca mocha Paó: com os joelhos flexionados, 1 batida lenta e 3 rápidas à esquerda, o mesmo à direita, 3 rápidas no centro, 7 de reverência Dizeres: Ora ie ie ô! Kaculo/Kabaça(Erê):

Força do amor que fecunda e gira. Frutificam as plantas, dão prosperidade, semeiam paz e equilíbrio. Festejado: 12/10 Dia: domingo Divindade: protetores da polícia e das crianças Sincretismo: Cosme e Damião Exus: Mirim Saudação: Ori Beijada! Erêmi! Erê dois dois! Astros: sol e lua Fios: Azul e rosa ou colorido ou alaranjado e branco Adorno: adê Metal: prata Bebida: refrigerante Comida: caruru e doces Frutas: todas Perfume: jasmim Otá: bonecos de tabatinga assentados na areia com cabaças em volta Içabás: folha de amora, funcho, hortelã Flor: margaridinhas Local oferenda: praças floridas, jardins Animal: pombo Inhapopó/Yansã-Oyá:

Movimento, agilidade, turbulência, tempestades

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Força dos raios, ventanias, domínio sobre os elementos ar e fogo. Traduz movimento e agilidade. Senhora dos Eguns, deusa dos ventos, tempestades, raios, tufões e fogo. Festejado: 04/12 Dia: Segunda-feira Divindade: ventos de Obacyon com tempestades Sincretismo: Santa Bárbara Exus: Bombo Gira-Balefum Cabala: 9 – grande mediunidade Saudação: Epahei Oyá mês’orum! Planeta: mercúrio Fios: verde e amarelo, rosa ou só vermelho dependendo da qualidade Dança Cabalística: adarrum como se espantasse eguns com o movimento das mãos Arma: adaga(espada) e eruxim Adorno: adê com filá Metal: latão e cobre Bebida: água tônica Comida: acarajé, farofa de dendê Frutas: romã, pitanga, caqui Cereal: feijão fradinho Perfume: patchouli Pedra preciosa: rubi Otá: meteorito, coral, seixo de rio ovalado Içabás: folha de romã, Sta Bárbara, peregun fêmea Flor: rosas vermelhas Local oferenda: bambuzal Animal: franga vermelha, cabra vermelha mocha Paó: 3 batidas à direita, 3 à esquerda, 3 no centro e 7 de reverência Dizeres: Epahei Oyá no Axé! Angorô/Oxumarê:

feminino Ligação, céu/terra masculino

Serpente de duas cabeças, equilíbrio entre o masculino e o feminino, Bakuro da artes , da longevidade, da dualidade. Dia: Quarta-feira Divindade: conflito natural Sincretismo: São Bartolomeu Exus: Nesbirros/Omi Orun Saudação: Arrumbobô o Dã! Arrumboboi! Fios: amarelo e preto, brajá Dança Cabalística: ijexá,se contorcendo como serpente Arma: duas serpentes de metal entrelaçadas Adorno: brajás, guizos Bebida: champanhe Comida: farofa de ovos, banana da terra, batata doce 22

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Frutas: banana da terra Cereal: lentilha Otá: um masculino pontiagudo e um feminino arredondado, ambos seixos de rio Içabás: as mesmas de Oxum Local oferenda: beira de rios Animal: etu(galinha da angola) Paó: o mesmo de Oxum Dizeres: Arrumboboi! Katendê/Ossãe:

Divindade masculina, a força das sementes, das ervas(içabas), da aura, dono das folhagens, ervas, fartura, bonança e da cura medicinal. Festejo: 20/01 Dia: Terça-feira Divindade: Orixá das folhas Sincretismo: Santa Luzia Saudação: Eu eu Ossãe missae! Eu assa! Eu assa sanhe! Fios: verde claro Dança Cabalística: movimentos de apanhar folhas Arma: vara de metal arrematada com sete flechas sendo que na ponta do meio cravado um pássaro Adorno: cabaça com os segredos das folhas Metal: estanho Bebida: vinho moscatel licoroso Comida: milho de galinha com mel e fumo em pedaços Frutas: todas Cereal: todos Otá: pedra sem limo Içabás: todas Local oferenda: na entrada das matas, no meio dos galhos Animal: etu Paó: o mesmo de Madé Dizeres: Eu assa! Karamocé/Obá:

A terceira esposa de Xangô, dona das água revoltas, das nascentes, dos fracassos amorosos. Dia: quarta-feira Divindade: das lutas materiais Saudação: Oba Xirê! Fios: marrom tijolo Dança Cabalística: aguerê, como se cobrisse a orelha cortada Arma: espada, escudo Adorno: adê sem filá 23

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Metal: bronze Bebida: champanhe Comida: abará Frutas: vermelhas Pedra preciosa: rubi e ametista Otá: seixo de rio arredondado Içabás: manjericão Flor: rosa vermelha Local oferenda: nascentes Animal: franga vermelha Paó: o mesmo de Yansã Dizeres: Obá, Obá, xirê axé! Tempo – Iroko:

Grelha trançada com ferro em cima

Grelha simples O poder do Tempo que tudo transforma mantendo a ligação do homem com o único(astral), com o  positivo que o Tempo exerce sobre as pessoas. Responsável por girar todas as energias e transformá-las, mudanças, tolerância e expectativas. Divindade: Bakuro da Gameleira Branca ou do pé de Iroko Saudação: Tempo iô! Fios: contas marrom escura Dança Cabalística: como se indicasse a instabilidade do tempo Arma: forquilha tirada da gameleira branca Bebida: aluá Comida: farofa de mel com pepino, frutas diversas Frutas: todas Cereal: todos Içabas; banho de abô, maionga Otá: sua ferramenta com otá de pedra limosa Local oferenda: pé de Iroko, ou gameleira branca Animal: etu Bakuros Aluvaiá/Exu/Mujilo:

equilíbrio eixo de ligação Corte de domínio sobre as más atividades, antes de chegar aos Bakuros Mundo feminilidade 24

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Mujilo – O mesmo que Exu, porém com a força da sexualidade feminina. Criada das Santas Yabás Aluvaiá – Responsável pelos caminhos, coisas materiais, eixo que liga a humanidade aos Bakuros, traz equilíbrio aos homens. Sexualidade masculina, mensageiro, esfera. Festejado: 13/06 Dia: segunda-feira Divindade: tronqueiras, caminhos, ruas, encruzilhadas(caminhos de luz) Sincretismo: Santo Antônio de Pemba Cabala: 1 - princípio Saudação: Laroiê Mojubá Exu! Fios: vermelho e preto(3 em 3 macho e 1 em 1 fêmea) Arma: ogó(forma fálica), tridente Metal: todos Bebida: otim(pinga), otim+oim(pinga e mel p/ Bombo-Gira) Comida: farofa de dendê e farofa de mel Frutas: tomate, cana caiana, limão Pedra preciosa: todas Otá: vulto esculpido na tabatinga preta Içabás: mamona, arruda, vassourinha de Exu Local oferenda: encruzilhadas, trilhos, caminhos, estradas Animal: frangos pretos, bodes e cabras pretas Paó: 3 palmas lentas e 7 palmas de reverência Simbologia do Creche/Pontos Imaginários/Campos de Energia: C o r re s p o n d ê n c ia E x u s C a b a la

C u riê M a c u e n d a

 Ti ri ri

 Tr a n c a - R u a s A la lu N e s b ir ro B a ra b ô

Le g e n d a :

A s se n t a m e n t o s (e n e r g i a )

E s p i ra l(E x u c o m o m e n s a g e i ro )

V e la s (c a m in h o )

 Tr il h o (re t id ã o )

M e s a C e n t ra l S ín te s e Padês

P a n e la rit u a lís tic a (p a g a ) L in h a Im a g in á ria

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O caminho de velas formado no Creche para a realização de obrigações:

Exus do Culto Omolokô: Bombo-Gira Curie Bombo-Gira Amará Bombo-Gira Iya-Omi Bombo-Gira Gira-Balefum Exu Nesbirros/Omi-Aiye Exu Macuenda/Dakê Exu Tiriri Exu Barabô/Baru Exu Ikoritá/Tranca-Gira Exu Lalu/Alalu Exu Mirim

Nanã Yemanjá Oxum Yansã Oxumarê Omolu Ogum Xangô Oxóssi Oxalá Ibeji

Almas:

Escala do Cruzambê:

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B e n d ita s s a n ta s liv r a m e n t o desterro c a t iv e i r o enforcados a f l it o s a fo g a d o s  p e n a d a s

Observações:  _____________________________________________________________________________________   ________________________________________________________________________________   _____________________________________________________________________________________   ________________________________________________________________________________   _____________________________________________________________________________________   ________________________________________________________________________________   _____________________________________________________________________________________   ________________________________________________________________________________   _____________________________________________________________________________________   ________________________________________________________________________________   _____________________________________________________________________________________   ________________________________________________________________________________ 

 Nome:.................................................................................................... Pai:.............................................. Mãe:..................................................  Nasc.: ......./........./........RG.:............................CPF:.............................. End.:...................................................................................................... Bairro:................................ Fone:............................ Eledá:......................... Odu:.............................. Oduns:........................ 1º Orixá:..................... 2º Orixá:.................... 3º Orixá:......................... Oyê:.......................................................... Data: ........../........../............ Mão de Cura:....../...../...... Mão de Obé: ...../......../....... Mão de Ifá:...../....../....... Orixá:................... Padrinho.:........................

 Bori  Bori:..../...../..... Jogo do Obi:................ Amanci:..........Içabas:............. Padrinho:................................................................ Madrinha:............................................................... 27

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 Iniciação: 1º Orixá:.......... Digina:....................2ºOrixá:.......Digina:..................... 3º Orixá:.......... Digina:........................ Erê:.......................................... Adjuntós:............................................................. Toques: ..................................................................... Recolhimento:........./........../............ Ebós:........................................................................................... Maionga:........./........./.......... Corte no Exu:......../........./........... Corte no Santo: ........../........../........... Içabas:.................................................................. Amanci:.................................................................... Feitura: ........./........../.......... Jogo de Obi........./........./...........Quebra do Quelê: ........../........../........... Mameto/Tateto:.................................................... Ajibonã:................................................................... Pejigã:...................................... Kalofé: ................................................ Alabê:................................................................... Yabá(s):............................................................... Girebó:......................................... Ekedi: ............................................. Atoxogun:..................................................... Colaboradores:....................................................................................... Obrigações Anuais: 2ºObi:....../....../...... Jogo do Obi:...................... 3ºObi:....../....../...... Jogo do Obi:...................... 4ºObi:....../....../...... Jogo do Obi:...................... 5ºObi:....../....../...... Jogo do Obi:...................... 6ºObi:....../....../...... Jogo do Obi:...................... 7ºObi:....../....../...... Jogo do Obi:...................... 8ºObi:....../....../...... Jogo do Obi:...................... 9ºObi:....../....../...... Jogo do Obi:...................... 10ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:...................... 11ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:...................... 12ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:...................... 13ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:...................... 14ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:...................... 15ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:...................... 16ºObi:..../....../...... Jogo do Obi:...................... 17ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:...................... 18ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:...................... 19ºObi:..../..../........ Jogo do Obi:...................... 20ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:...................... 21ºObi:...../...../...... Jogo do Obi:......................

 Deká: Corte no Exu:......../........./......... Corte no Santo: ........../........../......... Jogo de Obi........./........./......... Mameto/Tateto:................................... Ekedi: ...................................... Pejigã:....................................... Kalofé: ............................................... Alabê:................................................................... Yabá(s):.................................................................... Girebó:................................................ Colaboradores:..........................................................................

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 Juramento

Eu ___________________________________________, Bakuro ____________ e o Bakuro da Casa Ferimã, que:

juro

perante

meu

- Cumprirei com respeito todas as ordens e preceitos da casa, - Cumprirei todos os preceitos determinados por meu Orixá e por meu -

Zelador, Irei tratar com respeito meus Irmãos e Superiores, Zelarei pelo bom nome, moral e costumes da casa e de meus Irmãos de fé, Não revelarei os fundamentos e segredos da casa para pessoas de outro  Axé, e pessoas não iniciada. Honrarei sempre minha Nação, Irei contribuir sempre que possível, para que a casa possa crescer,  Agirei de forma digna e honesta para com a sociedade, Vou promover sempre a união, solidariedade e companheirismo dentro e fora da Casa,

Contagem/MG _____, de __________de ______.

 _________________________   Assinatura

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