o Judeu Não-judeu

March 8, 2019 | Author: Antonio Carlos Guimaraes | Category: Poland, Isaac, Jews, Germany, Auschwitz Concentration Camp
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Texto sobre questão judaica, sobre a perspectiva marxista...

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IS A A C

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O JUDEU NÃO-JUDEU e outros ensaios

Coleção PERSPECTIVAS DO HOMEM Volume 61 Série Política Direção de MOACYR FELIX

ISAAC DEUTSCHER

O Judeu Não-Judeu e outros ensaios Apresentação e Introdução de TAMARA DEUTSCHER

Tradução de MONIZ BANDEIRA

civilização brasileira

TÍTULO DO ORIGINAL INGLÊS: T h e N on-Jew i sh Jew A nd O t l i er Essaij s 

©

Oxford Universitij Press 1968.

Desenho de capa: MARIUS LAURITZEN BERN Diagramação: RENATO BASTOS Direitos para a língua portuguesa adquiridos pela EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA SA. Rua 7 de Setembro, 97 RIO DE JANEIRO, que se reserva a propriedade desta tradução. 19 7 0 Impresso no Brasil Printed in Brazil

índice

Apresentação In Memoriam — Isaac Deutscher (1907-1967) Introdução — A educação de uma criança judia I — O judeu não-judeu II — Quem é judeu? III — A revolução russa e a questão judaica IV — Remanescentes de uma raça V — O clima espiritual de Israel VI — Décimo aniversário de Israel VII — A guerra entre árabes e judeus de junho de 1967 VIII — Marc Chagall e a imaginação judaica IX — A tragédia judaica e o historiador

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Apresentação

dêste volume ocorreu, pela primeira vez, depois da morte de Isaac Deutscher. Se êle ainda vivesse, talvez fizesse uma revisão completa de seu trabalho. Resolvi, porém, tocar o menos possível nesses ensaios que, vez ou outra, a imprensa publicou. Aqui e ali, Isaac Deutscher fazia uma anotação ao pé da página ou, então, cortava alguma coisa. Quanto à conferência sôbre a Revolução Russa e a Questão  Judaica,  que ficou incompleta, coube-me a responsabilidade de publicá-la. Já o ensaio Quem é um judeu?   exigiu um trabalho mais rigoroso de filtragem e condensação. Numa coletânea de conferências, artigos e entrevistas, dedicadas a um só assunto, mesmo quando tratado de diferen tes ângulos, algumas repetições se tomam inevitáveis. O leitor não ficará na dúvida sôbre a coerência de Isaac Deutscher publicação

quanto ao destino trágico e ao complexo papel dos judeus na Europa e no seu próprio Estado nacional. Creio que consegui preservar, fielmente, seu pensamento em todos os pontos, nesses ensaios. Agradeço ao Dr. R. Miliband e a D. Singer que leram êste volume antes de sua publicação; aos senhores John Bell e Dan M. Davin, da Edi tora da Universidade de Oxford, pela assistência c sugestões que apresentaram. Gostaria, ainda, de agradecer aos meus amigos e vizinhos, Sr. e Sra. E. F. C. Ludowyk, pelo apoio e encorajamento. Londres, janeiro de 1968

In Memoriam

ISAAC DEUTSCHER ( 1 9 0 7 1 9 6 7 )

de Isaac Deutscher firmou-se, antes de mais nada, como poeta, quando, aos dezesseis anos, seus pri meiros poemas foram publicados em revistas literárias da Po lônia. Alguns leitores daquela época ainda se lembram de seus versos, que revelavam forte influência do misticismo ju daico, versando sôbre temas da história e mitologia do povo  judeu, e mesclavam 0  romantismo polonês com o rico folclore dessa cultura, numa tentativa de unir as tradições polonesa e iídiche. Também traduziu para o polonês muitas poesias do hebraico, latim, alemão e iídiche. Isaac Deutscher assistiu, como ouvinte, conferências sôbre literatura, história e filosofia, na medieval Universidade de Yagellon, na Cracóvia. Na vida artística dessa culta cidade . A l r e pu t a ç ã o

da Polônia, os serões dedicados à leitura dos seus poemas se tornaram notáveis acontecimentos. Ató aos dezoito anos de idade, viveu em Cracóvia, indo depois para Varsóvia. Deixou também a poesia pela crítica literária e por um mais profundo estudo da filosofia, da eco nomia o do marxismo. Por volta de 1927, filiou-se ao Partido Comunista da Polônia, então proscrito, e logo se tomou redator-chefe da imprensa comunista clandestina e semiclandestina. Viajou, em 1931, por tòda União Soviética, conhecendo as condições econômicas do país na época do primeiro Plano Qüinqüenal e recusou o oferecimento de cargos acadêmicos Universidades de Moscou e Minsk, como professor de História do Socialismo e da Teoria Marxista. No ano seguinte, @^ubr«nHK) do Partido Comunista. O motivo oficial da expulsão foi o de que “êle exagerava ® praig® oaaista e espalhava o pânico nas fileiras comunistas”. TDàss tesga voltou da URSS. Isaac Deutscher fundou, com très «pata» eanmdás, a primeira oposição anti-stalinista no ( M m Owmmwista da Pcmoia. Seu grupo protestou contra a HA* «to jMaitisfcx sumido a qual a social-democracia e o twasiarí®) “tóa temanau «típroJas, mas gêmeos*. E. certo dia «psnucefo a iMjfswtasai eswumiista dlamdlestiina estampou a mandtóte «Sr IbiMMjriK' sàilwe a Ekiiopm’", o ledator-cfaefe Saü « o^smomigcsfito, A jmtór dkqmdle t fa , Isaac DenIttfcJbfír tese «Hmua; sfimrJbflas a sfí£jmS-fc:: rnimiTm.. da pdSriia pofcraxesa. ee a «fe uramwfflBmm&amim
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