o Homem Dos Ratos

June 10, 2019 | Author: htrejgier | Category: Sigmund Freud, Thought, Love, Sexual Intercourse, Amnesia
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Dissertação da Obra de Freud: O Homem dos Ratos. Um caso de neurose obsessiva. Atualmente nomeado de Transtorno Obsessiv...

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O HOMEM DOS RATOS

Dissertação da obra: Henrique Trejgier  Trejgier   Nesta obra Freud relata o caso de um advogado de 29 anos que sofria de pensamentos pensamentos obse obsess ssiv ivos os desd desdee a infâ infânc ncia ia com com pior pioraa prog progre ress ssiv ivaa a 4 anos anos qu quee o impe impedi diaa de um desenvolvimento pleno tanto profissional quanto pessoal e sexual causando-lhe profundo sofrimento. Interessou-se por Freud após ler alguns livros de sua autoria que chamaram sua atenção.   No iníci inícioo do trata tratame mento nto relata relata sobre sobre um amig amigoo qu quee o apo apoia iava va moral moralme mente nte e reafirmava sua conduta irrepreensível. Conta também que anteriormente outro amigo mais velho fizera o mesmo, mas por interesse em sua irmã e logo após passou a denegri-lo fazendo ele sentir uma grande decepção em sua vida. Relata que entre o 4º e 5º ano de sua vida, tinha uma governanta que deitava ao seu lado pouco vestida e certa vez pediu para arrastar-se debaixo de sua saia e com sua concordância manipulou seus genitais. Desde então sentiu uma grande curiosidade sobre o corpo feminino. Aguardava ansioso para espiar sua empregada despida em seus aposentos, inclusive com uma delas ele tinha o hábito de descobrir e tocá-la sentindo muito prazer. Aos 6 anos adquiriu a consciência de suas obsessões pois ao contar a sua mãe sobre suas ereções teve a sensação de que seus pais conheciam seus pensamentos como se ele houvesse revelado em voz alta sem perceber. Seu desejo sobre a nudez feminina era forte, porém tinha medo de pensar sobre isso imaginando que algo pudesse acontecer, como a morte de seu pai, que,aliás, já havia morrido a tempo, forçando-se a evitar este tipo de pensamento, uma situação que o deprimia muito. Freud interpreta interpreta que o paciente sofria de neurose obsessiva completa completa aos seis anos. A criança apresentava escopofilia escopofilia acompanhada de um afeto aflitivo e um medo obsessivo pela morte de seu pai devido ao desejo obsessivo de ver mulheres nuas. Mecanismos de proteção a tais pensamentos foram adotados pelo paciente, devido ao grande sofrimento que estes lhe causavam. Apresenta-se aqui um instinto erótico e uma revolta contra este. Freud suspeita ter  havido conflitos com o pai em uma fase anterior aos 6 anos esquecida pela amnésia infantil nesta nesta fase. fase. Freu Freudd sabe sabe que uma uma pesso pessoaa que aprese apresenta nta neuro neurose se ob obses sessiv sivaa obv obviam iament entee apresentou algum tipo de perturbação sexual prematura. O paciente relata o motivo principal de seu tormento: Quando em manobras do exército perdeu seu pincenês, telefonou pedindo outro pelo correio. Durante a parada sentou-se ao lado do capitão que contou sobre uma forma de castigo, onde amarram um homem nu deitado ao chão e colocam um vaso com ratos sobre suas nádegas, sendo que estes cavavam o caminho pelo ânus do castigado. O paciente ao relatar o castigo demonstrava um misto de horror e prazer, já imaginando o castigo sendo aplicado a duas pessoas queridas, seu pai e a dama que tanto admirava. Simultaneamente surgiu uma sensação como medida ofensiva contra estes pensamentos.  Naquela noite o capitão lhe entregou o pacote e pediu para que ele reembolsasse o tenente A que havia pago as taxas. Imediatamente surgiu uma sanção de que ele não deveria devolver o dinheiro ou o castigo dos ratos aconteceria ao seu pai e a dama. Para combater a sanção veio uma contra ordem de que ele deveria pagar 3,80 coroas ao tenente A.

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 Nos próximos dias tentou quitar a dívida de qualquer maneira, porém diversas dificuldades o impediram. Quando casualmente encontrou o tenente A este lhe disse que ele não havia pago e sim o tenente B. Após várias tentativas em vão e coberto de culpa por não conseguir cumprir o juramento que, aliás, era equivocado, desabafou com seu amigo que surpreso com os fatos relatados, convenceu-o que estava sofrendo de uma obsessão e então mandaram as 3,80 coroas para a agência postal parecendo que a história havia finalizado. Aqui Freud já percebe diversas distorções da história relatada, como o fato de terem mandado o dinheiro para a agência postal, não para o tenente A. Depois o paciente lembrou que outro capitão que tivera na agência, contou-lhe contou-lhe que uma dama que lá trabalhava pagou a taxa, na confiança e o capitão cruel passou a informação errada, que o paciente já sabia, mas  jurou sobre um equívoco conscientemente, tornando o juramento impossível de ser cumprido e portanto criando um tormento, suprimindo tanto para si como para Freud a existência da dama na agência. Na realidade o paciente buscava um médico que lhe confirmasse de que teria de  pagar o tenente A ou livrá-lo de suas obsessões. Quando a resistência do paciente atingiu o  pico no decorrer das sessões, sentiu um forte impulso de procurar novamente o tenente A e devolver-lhe o dinheiro. O início do tratamento exige paciência para que o paciente exponha os relatos na ordem que quiser. Então o paciente relata sobre o enfisema que matou o seu pai ha nove anos. Em uma crise o médico havia dito que o perigo passaria “Na noite depois de amanhã” e quando o  paciente saiu para ir dormir seu pai faleceu. A enfermeira contou que seu pai indagou sobre ele nos últimos dias e apenas dezoito meses, depois do ocorrido o paciente sentiu uma enorme culpa por sua negligência e começou a tratar a si próprio como criminoso. Com a evolução da doença tornou-se incapacitado de trabalhar e só continuou seguindo em frente devido ao apoio do amigo que achava suas auto-censuras exageradas. Freud explica que o afeto se justifica na medida que o sentimento de culpa se justifica a um contexto desconhecido que é inconsciente e que deve ser buscado, pois existe um correlação entre o afeto e o seu conteúdo ideativo. Quando a pessoa sente o afeto e não acha o conteúdo ideativo, ela substitui por outro conteúdo apropriado que parece ter mais lógica, esse não se defronta com o conteúdo original que é atormentador. O inconsciente infantil não participa do desenvolvimento permanecendo reprimido, desenvolvendo pensamentos involuntários ou delírios que constituem a base de sua doença. Porém Freud afirma que o fato do paciente ainda ser jovem e a integridade de sua  personalidade colaboram a favor de seu tratamento o que causa satisfação ao mesmo. O paciente conta que desde os sete anos tinha medo que os pais soubessem de seus  pensamentos e isto perpetuou por toda a vida. Relata que aos 12 anos gostou de uma garota mais nova e este afeto não era recíproco e para chamar a sua atenção ocorreu-lhe a idéia de que se seu pai morresse ela daria a atenção que ele desejava, mas logo rejeitou a idéia. O mesmo aconteceu seis meses antes do falecimento de seu pai, quando namorava a dama que gostava e devido a problemas financeiros pensou na morte de seu pai que o tornaria

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 pensamento de que havia mais alguém cuja perda seria muito mais penosa e surpreendeu-se com este pensamento. Freud explica que todo medo exprime um desejo reprimido e que exerce uma  proporção entre um grande amor e um grande ódio oculto. Era preciso descobrir a fonte deste ódio para detectar o problema, pois nem o amor  conseguia extinguir extinguir este ódio já que a fonte de onde vem este ódio era indestrutível, indestrutível, porém o amor conseguiu impedir esse ódio de tornar-se consciente.Apenas de vez em quando ele tornava-se consciente como flashes. A frente de sua hostilidade seu pai tinha um caráter sexual, ele sentia seu pai como uma interferência a seus desejos sexuais. Nos períodos de remissão sua hostilidade era  proporcional a sua diminuição de libido, mas quando era arrebatado novamente pelos desejos sexuais, a hostilidade retornava como uma revivência de uma antiga situação. O desejo de livrar-se do pai seria uma interferência vinda de uma época em que ele amava o seu pai tanto quanto a pessoa que ele desejava sexualmente e não era capaz de tomar uma decisão nítida, ou seja, deve ter sido na primeira infância, antes dos seis anos entrando depois em remissão com a amnésia infantil.  Na sétima sessão ainda não admitia a hostilidade contra seu pai. Relatou que aos oito anos, ele e seus irmãos tinham duas espingardas e após carregar  a sua pediu ao seu irmão para olhar pelo cilindro e disparou a arma com a intenção de feri-lo, apesar de ter apenas atingido a testa do mesmo sem gravidade. Freud aproveita o relato para argumentar que o paciente fora capaz de ter a mesma destrutividade para com o pai, mas em uma época anterior. O paciente admite diversos impulsos vingativos até mesmo em relação a dama que admirava pois achava que ela não o amava uma vez que reservava-se para uma homem a que uma dia ela pertenceria. Conta então a fantasia da vingança a este desprezo que um dia ficaria rico, casaria com outra mulher e a levaria para visitar a dama para ferir seus sentimentos, mas como a esposa lhe era indiferente também teria que morrer. O próprio paciente reconhece a sua covardia. Freud explica que ele não precisaria sentir-se culpado pelos impulsos que vinha vinham m de infân infânci ciaa origi originad nadoo na fonte fonte do ódio. ódio. Expli Explico couu qu quee o falec falecime imento nto do pai intensificou a doença e que este luto patológico duraria indefinidamente se não se submetesse ao tratamento que ainda durou mais onze meses. EXPLICAÇÕES SOBRE IDÉIAS OBSESSIVAS

As idéias obsessivas não possuem aparentemente aparentemente motivo ou explicação. É necessário necessário  buscar a fonte original, ou seja, saber quando foi a primeira aparição e depois quando ela retornou retornou,, criando uma relação relação entre a experiênc experiência ia original original que ocasionou ocasionou a doe doença nça e os esforços motivadores que desencadearam a reincidência dos sintomas. Por exemplo, o impulso suicida relatado quando a dama ausentou-se para cuidar de sua avó que estava doente, isto em uma época que estava estudando para as provas. Sentiu saudades da dama, quando surgiu a idéia de cortar a sua própria garganta, seguida da contra

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Outro impulso suicida ocorreu durante suas férias de verão e cismou que estava muito gordo (Dick) e resolveu emagrecer. Passou a caminhar sob o sol ardente, sem chapéu, subia a montanha até completa exaustão. Um dia parou no penhasco e recebeu a ordem de saltar, o que o levaria a morte. Ele mesmo não entendia os seus pensamentos obsessivos, até que compreendeu que sua dama estava saindo com um primo chamado Richard cujo apelido era Dick, ele enciumado e não admitindo este fato conscientemente, desejou matar o Dick e as idéias obsessivas em relação ao emagrecimento sofrido e culminando com a idéia de pular do  penhasco seria a sua auto-punição. Estes impulsos emergiam de uma raiva violenta inconsciente que surgia sempre que houvesse uma interferência no curso do amor. O paciente relatou outras obsessões no decurso da análise, como quando remava de  barco  barco com a dama dama e dev devido ido a uma ventania ventania ele a obrigou obrigou a colocar colocar o gorro. gorro. Outra ocasião sentia a necessidade de contar até 40 ou 50 entre um raio e um trovão de forma obsessiva, sempre em companhia da dama.  No dia da partida da dama para uma viagem ele bateu o pé em uma pedra e sentiu-se obrigado a tirá-la da estrada, pois a dama poderia acidentar-se nela na volta. Logo em seguida achou um absurdo e colocou a pedra no mesmo lugar. Após a partida dela, ficou obsecado por compreensão de cada sílaba de cada frase de todas as conversas para não perder nenhuma informação e questionando a respeito de tudo. Esta obsessão por compreensão originou do fato de que ele compreendeu errado uma conversa que a dama e ele tiveram, onde ele entendeu que ela o estivesse rejeitando e ela explicou que era para poupá-lo de parecer ridículo. A dúvida contida em sua obsessão para querer interpretar cada palavra dela e na realidade a sua própria dúvida se ela o amava projetava nele uma insegurança do amor dela. Havia uma ambivalência no afeto entre o amor e o ódio, demonstrado na ocasião da retirada da pedra do caminho para protegê-la e depois a recolocação da pedra no mesmo lugar   para feri-la.  Nas neuroses obsessivas, atos compulsivos e em estágios sucessivos sucessivos significam que o segundo anula o primeiro. Isto representa um conflito entre dois impulsos opostos (amor e ódio) satisfazendo cada um deles de uma forma separada, primeiro um depois o outro apesar  da tentativa de estabelecer uma conexão entre as forças antagonistas o próprio paciente, não  percebeu isto, pois ele racionalizou os fatos. O conflito entre amor e ódio foi revelado ainda em outros sinais. Ele elaborava preces que duravam uma hora e meia, mas sempre havia alguma palavra que interposta na hora e verbalizada sem querer pelo paciente, dava o sentido oposto do que ele desejava. Para superar esta dificuldade formulou uma frase que rezava tão rapidamente para que não houvesse nenhuma interferência entre as palavras. Ele não entendia a profundidade de seus impulsos negativos em relação à dama, apenas uma certa consciência da ambivalência dos seus sentimentos. Como ela o havia rejeitado dez anos antes, ele alternava os sentimentos em relação a ela hora a amava e em outros momentos era indiferente a ela. Certa vez ela ficou doente e ele desejou que ela permanecesse assim para sempre,

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 por amor a ela e abandona o posto. O próprio paciente avalia a sua fantasia achando-se magnânimo, mas na verdade era uma sede de vingança disfarçada. CAUSA PRECIPITADA DA DOENÇA

Freud considerou a causa precipitadora da doença um evento que o paciente relatou antes do dia da análise.  Na neurose obsessiva, a amnésia pode ser parcial, (permanece na memória os motivos da doença), diferentemente de histeria cujas causas cedem lugar a amnésia como uma repressão. As neuroses obsessivas ligam seus afetos a causas errôneas, porém devido a autocensura, acabam revelando as causas verdadeiras sem querer, e não as ligam a fonte original verdadeira. A mãe do paciente vinha de família rica e seu pai ao se casar foi trabalhar na empresa da família obtendo uma posição confortável. Porém, antes o pai namorava uma jovem humilde. Quando seu pai faleceu sua mãe combinou o seu casamento com uma prima rica, desencadeando desencadeando um conflito no paciente, paciente, que seguiria os passos do pai ou permaneceria leal à dama. Assim o paciente evitando resolver o conflito emocional, caiu doente ficando assim incapacitado para o trabalho e interrompendo seus estudos por muitos anos. O paciente não aceitou que esta fosse a precipitação de uma doença, mas no curso da doença aceitou graças a uma fantasia de transferência. Uma vez viu uma moça na escadaria do consultório e pensou que fosse filha do Freud e achou que Freud era muito agradável com ele pois queria torná-lo genro e assim repetiu-se o conflito entre a jovem do consultório e a sua dama. Finalmente percebeu a analogia desta fantasia de transferência e os fatos do passado. Ficou mais evidente através de um sonho do paciente com a filha de Freud que estava na sua frente com dois pedaços de estrume no lugar dos olhos e na interpretação do sonho o significado é que ele casava-se com ela por dinheiro e não por seus belos olhos. COMPLEXO PATERNO E A EVOLUÇÃO DA IDÉIA DO RATO

Houve uma identificação com o pai por estar numa situação semelhante, em um conflito entre as influências dos desejos do pai e suas inclinações amorosas. O pai foi um mili milita tar, r, que apesar apesar de ter ter excel excelent entes es qua quali lidad dades es (cordi (cordial al e bem bem humorado), também era um homem que castigava seus filhos na infância. Porém na vida adulta o paciente tinha uma relação cordial e afável com o pai, p ai, porém pensamentos pensamentos de morte tiveram origem na infância do paciente. Primeiramente com uma menina mais nova que queria que ela gostasse dele por piedade caso o pai dele falecesse. Também na vida adulta quando o pai sugeriu que ele se afastasse da dama, novamente novamente ele desejou a morte do pai, ou

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Segundo Freud a etiologia das neuroses, está na masturbação infantil que tem seu pico entre 3 e 5 anos de idade, pois representa a descarga de todos os componentes sexuais e as fantasias originadas destes componentes. Suportar a masturbação na maior parte das pessoas significa que houve possibilidade de exerc exercer er a funçã funçãoo sexua sexuall nos limi limite tess cultu culturai raiss permi permissí ssíve veis, is, entret entretant antoo qua quando ndo o desenvolvimento sexual é perturbado precocemente as neuroses surgem, pois essas pessoas não conseguem sublimar ou suprimir os componentes sexuais sem recorrer a inibições ou sublimações, que é o deslocamento devido ao trauma. Durante a puberdade o paciente não se masturbava, porém este impulso recomeçou logo após a morte de seu pai, porém sentiu-se envergonhado por isto. O paciente tinha esses impulsos quando via belas paisagens ou lia belos livros, porém tinha que haver uma proibição e um desafio a uma ordem para o ato acontecer. Um exemplo, após seu pai ter falecido o paciente procurava estudar estudar até altas horas, por volta da meia noite n oite ele abria a porta como se aguardando seu pai, e então tirava o seu pênis e ficava olhando no espel espelho. ho. Qu Quand andoo o pai era vivo vivo ele ele era era negl neglige igente nte nos estud estudos os e o pai ficava ficava muit muitoo incomodado e aborrecido com isto. Agora ele deixaria o pai muito satisfeito com o estudo e muito aborrecido com o comportamento, ou seja, realizando a expectativa de um lado e desafiando do outro, demonstrando uma ambivalência como no caso da pedra na estrada. Segundo Freud o paciente fora repreendido antes dos 6 anos de idade em relação a masturbação e sendo ele duramente castigado e repreendido por uma só conduta, pôs fim a sua masturbação deixando ele com um rancor para sempre e ligando o pai ao papel de  perturbador da vida sexual. O paciente relata que sua mãe lhe disse que na época que sua irmã mais velha havia morrido, ele tinha entre 3 e 4 anos de idade, foi castigado por ter mordido sua babá. Como era muito pequeno para conhecer palavrões, xingou seu pai com nomes de objetos da casa como, ”sua lâmpada”, “seu prato”, e o pai surpreso parou de bater e disse, “este menino ou vai virar  um grande homem ou um criminoso”. Seu pai nunca mais bateu nele, porém tornou-se covarde por ter medo de sua própria raiva e quando seus irmãos apanhavam, ele se encolhia e se escondia. O paciente não admitiu a fúria contra o pai a quem tanto amava e recusava-se a aceitar o fato. Mas através da transferência insultava muito o Freud dentro do sething. Durante a análise os insultos eram grandes e ele demonstrava desespero, levantandose do divã ou enterrando a cabeça entre as mãos no divã temendo a reação de Freud de castigá-lo violentamente.  Na história dos ratos, Freud chegou a conclusão de que o paciente estava em um estado de identificação inconsciente com seu pai que também prestou serviço militar por  anos. O pai em uma ocasião era sub oficial e contava o dinheiro, que acabou perdendo em um jogo de cartas (ele fora um SPIELRATTE), porem um colega lhe emprestou o dinheiro  para que ele não ficasse em má situação. Quando acabou o exército procurou o amigo para devolver o dinheiro, mas não o localizou. Por isso o paciente tinha uma recordação crítica inconsciente ao caráter de seu pai e

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identificação identificação com o pai, ele também entrara em um conflito entre a jovem e sua dama, como seu próprio pai antes de se casar. Sentindo uma indecisão entre retornar a Viena ou a cidade da agência postal, usava a  justificativa do juramento de pagar ao tenente “A” quando na verdade queria ver a jovem da agência postal. Ao ouvir que não era o tenente “A” e sim o oficial “B” quem pagou as despesas reproduziu em seus delírios um conflito que sentiu em relação as moças. A história dos ratos evocou uma série de simbolismos significativos. O primeiro deles foi seu erotismo anal que o mantinha ativo devido às irritações por vermes na infância. Assim ratos passaram a significar dinheiro, pois RATEN significa prestação em alemão, assim o  paciente criou como moeda - rato, dizendo (tantos florens - tantos ratos ). Também Também na palavra palavra dívida, dívida, pois caloteiro caloteiro significa significa SPILRATT SPILRATTE, E, criando criando pontos verbais que ansiava a divida do pai. Também associou os ratos a infecção sifilítica comum no exército, fazendo uma relação à vida que o pai levava no exército, por outro lado o próprio pênis transmite a sífilis e o rato lembra o órgão genital masculino. Pode ansiar também que o pênis de uma criança assemelha-se a um pequeno verme e vendo que se introduziu no ânus o paciente relacionou com as lombrigas que irritavam seu ânus na infância. Isso se revelava no repúdio por prostitutas ansiando ratos sujos com sexo por  dinheiro. Outro ponto verbal foi com o casamento, HEIRATEN em alemão e havia a conexão do castigo dos ratos que simbolizava a relação anal que o paciente imaginou que o pai  poderia ter tido com a dama. Todos os seus impulsos egoístas cruéis e sexuais suprimidos foram evocados na história dos ratos. Relembrando a obra de Ibsem (O pequeno EYOLF), os ratos também  podem simbolizar criança. Certa vez quando o paciente visitou o túmulo de seu pai, viu um bicho que supôs que fosse um rato que havia devorado o cadáver de seu pai. Ratos roem, mordem e são sujos,  portanto são perseguidos pelo homem em ele sentia pena destas criaturas, pois ele próprio sentiu-se sujo e asqueroso pronto para morder as pessoas quando enfurecido e já foi punido severamente por isso. O fato de a dama ter sofrido uma ooforectomia, que a deixou estéril, fazia com que ele odiasse sempre o assunto casamento, pois gostava de crianças e assim a possibilidade de

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a sua lealdade ao pai foi diminuindo e sua divida em relação ao mérito da dama foi aumentando e assim arrebatado com o perjúrio contra os dois puniu-se.  Na teoria sexual da infância, Freud relata que as crianças apresentam apresentam uma fantasia de que bebês nascem do ânus e que homens podem ter bebês e na interpretação dos sonhos existe uma conexão com a saída pelo reto representada pela entrada pelo reto, como no castigo dos ratos, simbolizando o nascimento de crianças. Quando Freud explicou ao paciente o relato descrito, os delírios sobre os ratos desapareceram. CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS GERAIS NAS EXTRUTURAS OBSESSIVAS

Freud definiu que as neuroses obsessivas são estruturas que correspondem aos atos  psíquicos como desejos, tentações, impulsos, reflexões dúvidas, ordens e proibições. Para amenizar, destituem de afeto e encaram como idéias obsessivas utilizando a razão para combater combater o desejo e causando no caso do paciente, pensamentos pensamentos patológicos ou delírios, pois não conhecem o contexto verbal de suas idéias obsessivas, apenas a defesa contra elas.   Na psicanálise o paciente consegue dar significado verbal as idéias obsessivas e elaborar a respeito delas. Existem duas formas de se compreender a estrutura obsessiva: A primeira é através de um sonho que aparece sob forma de conversas e em segundo lugar num espaço clínico em que as obsessões sucedem uma a outra e no final é uma única obsessão, mesmo que o seu teor não for idêntico. As obsessões que se seguem aparecem de uma forma distorcida distorcida da original como uma forma defensiva contra elas. Porém com o tempo a idéia obsessiva encontra meios de expressão no próprio recurso defensivo. Por exemplo: O paciente criou um anagrama de nome da dama colocando a palavra amém no fim. Porém deixou um “S” junto ao amém que resultou na palavra SAMÉM e o significado dela é que ele coloca seu sêmen junto a dama num ato de masturbação inconsciente. Os pensament pensamentos os obsessiv obsessivos os sofrem sofrem uma deformaç deformação ão semelh semelhante antess aos conteúdo conteúdoss oníricos antes de se tornarem o conteúdo manifesto de um sonho. Uma forma de deformação é a omissão ou elipse. Como exemplo o paciente falava “se eu casar com a •

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O paciente era supersticioso e apesar de ser esclarecido não acreditava nas próprias superstições, superstições, pois entendia que estas dependiam do seu modo obsessivo de pensar apesar  de deixar-se influenciar de vez em quando, dependendo do momento e da atitude perante o distúrbio. Também acreditava em premonições, apesar de admitir que nem sempre aconteciam e muitas vezes eram irrelevantes. Segundo Freud o paciente realizava leitura periférica e erros de memória para forjar  adivinhações. Suas neuroses obsessivas e repressões não são certas através da amnésia e sim mediante a ruptura de conexões causais por uma retirada de afeto. O paciente cria evocações com as conexões reprimidas (percepção endopsíquica) e no  processo de posição transfere para um mundo externo e prova de que foi apagado da consciência. Outras características características notadas nos neuróticos obsessivos é a necessidade necessidade de duvidas e incertezas. A criação da incerteza é um método utilizado pela própria neurose para atrair  o paciente para fora da realidade e isolá-lo do mundo. Exemplo: alguém tem aversão a relógios. Já o paciente evitava conhecer os assuntos relacionados a dama que o ajudasse a decidir sobre o casamento. Os neuróticos obsessivos têm a tendência de ter como assuntos prediletos questões que toda a humanidade também possui duvida e não podem comprovar, como vida após a morte, duração da vida, memórias, etc... Outra característica característica que os neuróticos neuróticos obsessivos compartilham compartilham é a ONIPOTÊNCI ONIPOTÊNCIA, A, lembrança da antiga megalomania de infância. O paciente demonstra isto em duas ocasiões. Quando viajou para o estabelecimento hidropático hidropático e pediu que lhe dessem seu antigo quarto que facilit f acilitava ava o seu relacionamento relacionamento com uma das enfermeiras, foi recusado pois este já estava ocupado por um professor que ele desejou que caísse morto por isto. Duas semanas depois teve um sonho com um cadáver e de manhã ouviu que o  professor havia sofrido um ataque e que fora levado do quarto. Uma outra experiência ocorreu quando uma mulher pediu-lhe que a amasse e ele deu uma resposta evasiva, pouco depois ficou sabendo que ela havia se jogado pela janela. Os dois exemplos têm uma conexão com a morte e o neurótico obsessivo superestima os efeitos de suas emoções. Apesar disso, essas emoções de amor e ódio que originaram

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 principalmente quando o tema é o amor e não adiando a decisão, apenas esperando pela morte de alguma das partes de seu conflito amoroso. A VIDA INSTITUAL DOS NEURÓTICOS OBSESSIVOS E AS ORIGENS DA COMPULSÃO DE SUAS DÚVIDAS

Aos 20anos o paciente teve de decidir sobre se casar com uma outra mulher ou a sua dama e acabou adoecendo. Além de existir a relação de conflito entre amor e ódio a seu  pai e a dama é também representado um conflito entre o seu pai e objeto sexual. Estes conflitos ocorriam pela repressão do seu ódio infantil ligado ao pai e a afeição  pela dama e o ódio pela dama à afeição ao pai. Estes sentimentos ocorrem em todas as pessoas quando na infância se pergunta “de quem você gosta mais do papai ou da mamãe” e perde o caráter agudo da contradição. O segundo é mais comum, neste caso o amor reprime o ódio inconscientemente e o ódio perpetua e não é destruído pelo amor. O amor cresce e mantém reprimido este ódio. Os componentes sádicos do amor sofrem uma supressão como reação ao sadismo e   persistem como forma de ódio e quando um grande amor surge supre uma força motivadora. Na mente dos neuróticos obsessivos podemos ver a compulsão e a dúvida que os levam a ter medidas protetoras para reprimir a dúvida e eliminar a incerteza. Podemos ver claramente nas orações e preces perturbadoras, apesar disso o impulso desta fantasia é contrário, como no paciente em que o efeito perturbador sai abertamente e não fica no inconsciente como na prece. O paciente descobre que não pode confiar na sua memória, a ordem compulsiva não  pode ser atendida, resultando na ansiedade, porem, medidas protetoras são realizadas no impulso que deve ser evitado. O pensar substitui o agir. Os atos obsessivos funcionam como acordo entre os impulso impulsoss antagôni antagônicos, cos, tendo tendo como tendênc tendência ia se aproxim aproximar ar dos atos atos masturb masturbató atórios rios infantis fazendo com que atos de amor passem a ser auto-eróticos. Este Estess paci pacien ente tess apre aprese sent ntam am uma uma repr repres essã sãoo prem premat atur uraa do doss inst instin into toss sexu sexuai aiss escopofílicos escopofílicos e epistemofílicos, epistemofílicos, sendo a cisma o sintoma principal da neurose obsessiva e o pensamento se torna sexualizado e sentido com o prazer sexual. O paciente acaba possuindo três personalidades, sendo uma inconsciente e duas pré-

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As idéias obsessivas aparentemente não possuem motivo ou explicação. explicação. É necessário  buscar a fonte original, ou seja, saber quando foi à primeira aparição e depois, quando ela retorna criando uma relação entre a aparência original que ocasionou a doença e os esforços motivadores que desencadearam a reincidência dos sintomas.  Nas neuroses obsessivas, os atos compulsivos e em estágios sucessivos significam que o segundo anula o primeiro. Isto representa um conflito entre dois impulsos opostos (amor e ódio), satisfazendo cada um deles de forma separada, primeiro um e depois o outro apesar da tentativa de estabelecer estabelecer uma conexão entre as forças antagônicas, antagônicas, o próprio paciente não percebe isto,  pois racionalizou os fatos. Também as neuroses obsessivas ligam seus afetos a causas errôneas, porém devido a auto censura, revelam-se sem querer e não as ligam a fonte original verdadeira. Aqui Aq ui a amné amnési siaa é parc parcia iall (per (perm manec anecee na memó memóri riaa o motiv otivoo da do doeença) nça),, diferentemente da histeria cujas causas cedem lugar a amnésia como repressão. Segundo Freud a etiologia da neurose está na masturbação infantil que tem seu pico entre 3 e 5 anos de idade onde ocorre a descarga de todos os comportamentos sexuais e as fantasias originadas destes componentes. Quando o desenvolviment desenvolvimentoo sexual é perturbado precocement precocementee as neuroses surgem,   pois as pessoas não conseguem suprimir ou sublimar os componentes sexuais sem recorrer a inibições que é o deslocamento devido ao trauma. Para Freud, o paciente fora repreendido antes dos 6 anos de idade em relação a masturbação, sendo ele duramente castigado e repreendido por uma só conduta, pôs fim a mast mastur urba baçã çãoo deix deixan ando do ele ele com com ranc rancor or para para semp sempre re e liga ligand ndoo o pai pai ao pape papell de  perturbador da vida sexual. O pacie paciente nte era super supersti sticio cioso so e acred acredit itava ava em premo premoni niçõe çõess o qu quee é típic típicoo dos neuróti neuróticos cos obsessiv obsessivos. os. Para Freud o pacient pacientee realizav realizavaa leitura leitura periférica periférica e erros erros da memória para forjar adivinhações. Suas neuroses obsessivas e repressões não são feitas através da amnésia e sim mediante a ruptura de conexões causais por retirada do afeto. Também outra característica dos neuróticos obsessivos é a necessidade de dúvidas e incertezas, até para atrair o paciente para fora da realidade e isolá-lo do mundo. Também preferem assuntos dos quais toda a humanidade tem dúvida e não podem comprovar, como a vida após a morte, duração da vida, etc....E todos os neuróticos obsessivos compartilham da onipotência, lembrança da antiga megalomania da infância.

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