NP_4456_2007

October 25, 2017 | Author: Matilde Figueiredo | Category: Innovation, Marketing, Business, Business (General), Science (General)
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Norma Portuguesa

NP 4456 2007

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Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) Terminologia e definições das actividades de IDI Gestion de la Recherche, Développement et Innovation (RDI) Terminologie et definitions des activités de la RDI

Management of Research, Development and Innovation (RDI) Terminology and definitions of RDI activities

ICS 01.040.03; 03.100.40

DESCRITORES Projecto; gestão; investigação; trabalho de investigação; resultados da investigação; planeamento; organizações; definições; terminologia; vocabulário; bibliografia

HOMOLOGAÇÃO Termo de Homologação N.º 10/2007, de 2007-01-29

ELABORAÇÃO CT 169 (IPQ)

CORRESPONDÊNCIA

EDIÇÃO Janeiro de 2007

CÓDIGO DE PREÇO X006

© IPQ reprodução proibida

Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA

PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101 E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt

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Índice

Página

0 Introdução .............................................................................................................................................

4

1 Objectivo e campo de aplicação ..........................................................................................................

5

2 Referências normativas ........................................................................................................................

5

3 Modelo de referência ............................................................................................................................

5

4 Terminologia e definições ....................................................................................................................

8

4.1 Conceitos gerais ..................................................................................................................................

8

4.2 Conceitos operacionais ........................................................................................................................

14

4.3 Conceitos de auditoria .........................................................................................................................

17

Bibliografia ..............................................................................................................................................

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0 Introdução

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As actividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) estão a ser objecto de uma especial atenção e análise como consequência da sua importância para o crescimento económico e social. Isto faz com que seja necessário harmonizar e desenvolver a terminologia e definições que se utilizam nas mesmas, para que todas as partes interessadas possam entender do que se trata. A constituição da Comissão Técnica Portuguesa de Normalização CT 169 “Actividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI)” e o desenvolvimento de Normas referentes aos requisitos dos projectos de IDI e do sistema de gestão da IDI, utilizam uma série de terminologia e definições que estão especificadas nesta Norma.

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1 Objectivo e campo de aplicação

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A presente Norma estabelece a terminologia e definições que se utilizam no âmbito das Normas desenvolvidas pela Comissão Técnica Portuguesa de Normalização CT 169 “Actividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI)”.

2 Referências normativas NP EN ISO 9000:2005

Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário (ISO 9000:2005)

3 Modelo de referência

O modelo de referência (ver figura 1) – Modelo de interacções em cadeia, Um modelo de inovação para a economia do conhecimento1 – foi concebido com o objectivo de servir de referência a organizações de qualquer dimensão e negócio na transição para a economia do conhecimento.

1

Caraça, Ferreira, Mendonça (2006), Modelo de interacções em cadeia, Um modelo de inovação para a economia do conhecimento, Relatório COTEC, Outubro de 2006.

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Figura 1 – Modelo de referência

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p. 7 de 21 A estruturação do esquema conceptual obedeceu a três pressupostos: generalizar o clássico e muito influente modelo de ligações em cadeia de Kline e Rosenberg (chain-linked model) para a economia do conhecimento;

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a)

b) acomodar os conceitos da 3ª edição do Manual de Oslo da OCDE (2005); c)

considerar a inovação tanto na indústria (bens) como nos serviços (oferta de intangíveis), tanto em sectores tradicionais (low-tech) como mais sofisticados (high-tech).

Assim, a concepção do modelo parte do conhecido diagrama de ligações em cadeia, bem como do esquema desenvolvido na Norma espanhola experimental da AENOR para a gestão da ID e da Inovação (um modelo de Kline e Rosenberg modificado). Nestes é considerada unicamente a inovação de base científica e de origem tecnológica, entendida como inovação de produtos e de processos. Ou seja, a sua aplicação aos sectores de alta intensidade tecnológica é imediata. Contudo, sabemos que as actividades de inovação não se circunscrevem apenas ao âmbito da tecnologia, sendo estas muitas vezes acompanhadas, ou mesmo precedidas, por inovações a nível organizacional e de marketing. Justamente, estes dois tipos de inovação foram introduzidos no Manual de Oslo da OCDE, na sua 3ª edição. O modelo propõe padrões básicos de abertura na forma de três interfaces, que definem uma fronteira de competências onde circula e se transfere o conhecimento economicamente produtivo entre a actividade inovadora e o seu ambiente. Estas interfaces são essenciais para uma gestão eficaz da inovação, uma vez que alicerçam a capacidade empresarial necessária ao desenvolvimento dos projectos de inovação e gerem a sua ligação ao corpo de conhecimentos existentes ou à criação de novos conhecimentos nos domínios requeridos. Isto é, permitem a transformação de conhecimento em aplicações úteis nos mercados e valorizadas nas sociedades. Estas interfaces, consoante a dimensão, o grau de intensidade tecnológica, a concentração do mercado, o grau de maturidade ou outras características das empresas e dos seus sectores, podem assumir a forma de departamentos de inovação ou estar concentradas na figura de gestores de inovação (ou da própria direcção da organização) ou, ainda, partilhadas (sob condições) com outras organizações especializadas. As três interfaces não têm necessariamente que existir em simultâneo, nem constituir entidades disjuntas. A inovação resulta de uma cadeia de interacções entre competências nucleares da empresa inovadora e competências que caracterizam os agentes da sua envolvente económica. O processo tem normalmente início numa perspectiva de mercado potencial. As actividades de vigilância, previsão, cooperação tecnológica, a criatividade interna, a capacidade de organização, a gestão do conhecimento, a análise dos clientes, a análise interna e externa ou a gestão da propriedade intelectual permitem o surgimento de ideias para satisfazer novas necessidades do mercado, para melhorar produtos ou processos, para melhorar a organização da empresa ou para melhor comercializar os produtos e chegar aos clientes/consumidores. As ideias viáveis tecnológica e economicamente são seleccionadas e dão origem aos projectos de inovação. A invenção, desenho básico ou a concepção do serviço são o primeiro passo dos projectos. Neste ponto, o desenvolvimento de novos bens e de novos serviços pode diferir. Os serviços têm algumas particularidades, como, por exemplo, a de serem dificilmente armazenáveis. A sua produção e prestação tende a ocorrer em simultâneo. O processo de inovação continua, então, até à comercialização ou implementação do seu resultado final, que pode ser uma inovação de produto, de processo, de marketing ou organizacional, ou uma combinação. Os conhecimentos necessários para desenvolver os projectos de inovação podem estar disponíveis internamente e fazer parte do corpo de conhecimentos já existentes na estrutura empresarial (competências nucleares) ou ser obtidos no exterior. Por outro lado, novos conhecimentos necessários (e não passíveis de aquisição na sua envolvente) terão que ser desenvolvidos através de actividades de investigação. Esses conhecimentos (organizacionais, científico-tecnológicos ou de mercado) e a investigação correspondente (investigação sobre estratégias e organizações, investigação científica e tecnológica, estudos de mercado e design) constituem um outro modo de inovação.

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Os resultados de actividades de investigação e desenvolvimento, esperados ou inesperados, podem igualmente ser utilizados como fonte directa de inovação, pela novidade de que se revestem. Por outro lado, os resultados do processo de inovação vão informar e podem interactuar com as actividades de investigação, constituindo este ainda um outro modo que a inovação pode seguir. Inovações tecnológicas, organizacionais ou de marketing podem ser aproveitadas na resolução de questões da investigação e desenvolvimento e os seus avanços aproveitados em qualquer fase do processo de inovação. Finalmente, a organização inovadora não é uma entidade desligada do seu contexto. Assim, as suas acções estão condicionadas, e por vezes dependentes, dos actores ou instituições que interagem em todo o processo de inovação. A visão integrada deste modelo contempla a influência da envolvente e permite uma visão sistémica e interactiva da inovação em que o ambiente externo à organização condiciona as oportunidades e as ameaças relevantes a médio e longo prazo. A oferta de qualificações, as infraestruturas, os fornecedores, os financiadores, os consultores, os parceiros, os reguladores, os distribuidores, os clientes ou os concorrentes são actores do sistema com quem as competências nucleares da empresa dialogam, interagem e aprendem (através das interfaces) e que lhes fornecem um nexo de relações essenciais para as suas actividades de inovação.

4 Terminologia e definições

As definições utilizadas no conjunto de Normas Portuguesas sobre Gestão da IDI foram sempre que possível retiradas das últimas versões dos manuais da OCDE, Manual de Frascati (OCDE, 2002) e Manual de Oslo (OCDE, 2005), por serem as internacionalmente utilizadas pelas empresas e pelos organismos públicos.

4.1 Conceitos gerais 4.1.1 Inovação

A Inovação corresponde à implementação de uma nova ou significativamente melhorada solução para a empresa, novo produto, processo, método organizacional ou de marketing, com o objectivo de reforçar a sua posição competitiva, aumentar o desempenho, ou o conhecimento. (adaptado de OCDE, 2005, Op. Cit, pág 34) 4.1.2 Tipos de Inovação

Identificam-se quatro diferentes tipos de Inovação: − −

Inovação do Produto

Inovação do Processo



Inovação Organizacional



Inovação de Marketing

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Definição

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Inovação de Produtos (Bens e Serviços)

“Introdução no mercado de novos ou significativamente melhorados, produtos ou serviços. Inclui alterações significativas nas suas especificações técnicas, componentes, materiais, software incorporado, interface com o utilizador ou outras características funcionais”. (Manual de Oslo, OCDE, 2005: pág 48,156) A inovação do produto/serviço pode utilizar novo conhecimento ou tecnologia ou apenas a combinação de conhecimento ou tecnologia já existente. O design é considerado inovação do produto, no entanto alterações de design que não promovam alterações significativas nas funcionalidades do produto devem ser consideradas inovações de marketing. O desenvolvimento de novas utilizações para o produto, com apenas pequenas alterações nas suas especificações técnicas, é considerado inovação. A inovação do produto nos serviços, pode incluir: melhoramentos significativos na forma como é prestado (por exemplo: rapidez, eficiência), novas funcionalidades ao serviço e a introdução de novos serviços.

Inovação de Processos

Definição

“É a implementação de novos ou significativamente melhorados, processos de fabrico, logística e distribuição”. (Manual de Oslo, OCDE, 2005: pág 49,163) •

Métodos novos ou significativamente melhorados no fabrico ou produção de bens ou serviços



Métodos novos ou significativamente melhorados de logística, de entrega ou de distribuição

Actividades novas ou significativamente melhoradas de apoio a processos (por exemplo: sistemas de manutenção, sistemas de informação, sistemas de contabilização, etc.).

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Definição

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Inovação Organizacional

“Implementação de novos métodos organizacionais na prática do negócio, organização do trabalho e /ou relações externas”

Novos métodos organizacionais:

Implementação de novos métodos para organização das actividades de rotina e desenvolvimento de novos procedimentos para desenvolvimento do trabalho. EXEMPLO: Novos processos de gestão de conhecimento, novos processos de formação, avaliação e desenvolvimento de Recursos Humanos, ou gestão da cadeia de valor, reengenharia de negócio, gestão do sistema da qualidade, etc.

Organização no trabalho:

Implementação de novos métodos para distribuição de responsabilidades, tomada de decisão, novos conceitos para estruturar as actividades, tais como integração de diferentes unidades. EXEMPLO: Implementação de sistemas de “build-to-order”, novos sistemas de tomada de decisão, etc.

Relações externas:

Implementação de novas formas de relacionamento com outras empresas. Não inclui fusões e aquisições. Estabelecimento de novas formas de colaboração, novos métodos de integração com fornecedores, novas formas de subcontratação ou consultoria.

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Definição

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Inovação de Marketing

“Implementação de novos métodos de marketing, envolvendo melhorias significativas no design do produto ou embalagem, preço, distribuição e promoção.” (Manual de Oslo, OCDE, 2005: pág 49,149)

A distinção entre outras actividades de marketing tem a ver com o carácter inovador para as empresas. O objectivo é aumentar as vendas através da melhor satisfação das necessidades dos mercados, da alteração de posicionamento ou da abertura de novos mercados. Inovação de Marketing no Produto:

Alterações significativas no design do produto, alteração significativa nas suas funcionalidades, alterações significativas na forma e aparência, sabor, fragrância, alterações nas embalagens. Inovação de Marketing do Preço:

Introdução pela primeira vez de novas estratégias de preço, como por exemplo: preços diferenciados, gestão da capacidade, leilões, preços diferenciados por segmento de mercado, descontos, etc. Inovações de Marketing na Distribuição:

Introdução de novos canais de vendas, entendido como métodos utilizados para venda dos produtos ou serviços e não métodos de logística (ex: utilização de sistemas de franchising, abertura de lojas próprias, novos conceitos de licenciamento, novos conceitos para apresentação dos produtos, etc.). Inovação de Marketing na Promoção:

Utilização de novos conceitos e técnicas. Primeira utilização de publicidade na TV, marca, alterações de símbolos e da imagem corporativas, introdução de um sistema de informação personalizado, cartões de fidelidade, etc.

4.1.3 Actividades de Inovação (IDI)

Consideram-se actividades de IDI, “todas as actividades de carácter científico, tecnológico, organizacional, financeiro e comercial, incluindo investimento em novo conhecimento, direccionado para a implementação de inovações” (cf. Manual de Oslo, OCDE, 2005: pág 47,149) NOTA: As actividades de I&D, tal como definidas em 4.1.4, são parte integrante das actividades de IDI.

4.1.4 I&D Por I&D entende-se “todo o trabalho criativo realizado sistematicamente com o objectivo de aumentar o conhecimento, incluindo o conhecimento do homem, cultura e sociedade, e o uso desse conhecimento para inventar novas aplicações.” (cf. Manual de Frascati, OCDE, 2002: 30)

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p. 12 de 21 4.1.5 Investigação

a)

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Indagação original e planificada que pretende descobrir novos conhecimentos e uma maior compreensão no âmbito científico ou tecnológico. investigação fundamental ou básica: ampliação dos conhecimentos gerais científicos e técnicos não relacionados directamente com produtos ou processos industriais ou comerciais;

b) investigação aplicada: investigação direccionada para adquirir novos conhecimentos com vista à sua exploração no desenvolvimento de novos produtos ou processos, ou para suscitar melhorias importantes de produtos ou processos existentes. 4.1.6 Desenvolvimento

Trabalho sistemático desenvolvido com utilização do conhecimento gerado no trabalho de investigação e na experiência, com o propósito de criar novos ou significativamente melhorados materiais, produtos, processos ou serviços, inovações de marketing ou inovações organizacionais. 4.1.7 Competências nucleares do processo de inovação

As competências nucleares são aquelas que intervêm nas diversas etapas do processo de inovação. Os processos de inovação tendem a desenrolar-se de acordo com as seguintes fases: 4.1.7.1 Mercado Potencial: fase de identificação de oportunidades de novos negócios, selecção de ideias e de projectos de inovação, considerando o seu potencial mercado, e estudo da sua viabilidade técnica e económica. 4.1.7.2 Invenção, desenho básico ou concepção do serviço: os projectos de inovação propriamente ditos podem ter o seu início nesta fase. O desenho básico aplica-se principalmente aos bens. A concepção aplica-se principalmente aos serviços. 4.1.7.3 Desenho detalhado ou piloto: aprofundamento da invenção através da explicitação dos seus detalhes ou da construção de um protótipo ou modelo experimental 4.1.7.4 Redesenho, demonstração ou teste e produção: fase de adaptação da inovação em causa aos resultados das demonstrações ou testes. No caso dos bens, inicia-se a produção. 4.1.7.5 Comercialização ou implementação: comercialização dos bens no mercado ou implementação dos serviços desenvolvidos. 4.1.8 Interfaces do processo de inovação

As interfaces representam a capacidade de comunicar para dentro e para fora as competências nucleares para inovar e aprender com vista a um novo ciclo de inovação. As interfaces são constituídas por: 4.1.8.1 Vigilância tecnológica: observação sistemática da envolvente relativamente à tecnologia existente no mercado, de tecnologias emergentes e às tendências ou avanços tecnológicos. 4.1.8.2 Cooperação tecnológica: actividades de parceria com outras instituições e organizações, com vista à partilha de informação técnica e científica e desenvolvimento conjunto de actividades de IDI, seja em termos de protótipos, produtos ou processos. 4.1.8.3 Previsão tecnológica: actividades de prospectiva incidindo sobre desenvolvimento de tecnologias com potencial interesse económico. 4.1.8.4 Novos clientes: observação e análise de potenciais clientes e de novos mercados de utilizadores.

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4.1.8.5 Análise interna e externa: análise do contexto interior e exterior da empresa inovadora e do seu posicionamento tendo em conta oportunidades e ameaças relativas na envolvente. 4.1.8.6 Propriedade intelectual: gestão das possibilidades oferecidas pelos regimes de propriedade intelectual para protecção, exploração e disseminação dos resultados obtidos no processo de inovação. 4.1.8.7 Criatividade interna: práticas de aproveitamento e estímulo da criatividade interna da empresa inovadora. 4.1.8.8 Capacidade de organização: estratégias de concepção da estrutura e modelos organizacionais para a inovação. 4.1.8.9 Gestão de conhecimento: práticas de geração, validação, codificação e difusão do conhecimento existente na empresa inovadora e de gestão das necessidades de conhecimento externo. 4.1.9 Cadeia de valor das Actividades de IDI

Mapeamento das actividades de IDI numa perspectiva de criação de valor a partir da implementação sistemática e sustentada do processo de inovação em qualquer tipo de organização. 4.1.10 Actividades de Gestão de IDI

Todas as actividades de suporte estratégico e operacional desenvolvidas de forma sistemática por grupos formal ou informalmente constituídos e que visam a prossecução dos objectivos estratégicos empresariais ou das suas unidades de negócio em termos de IDI. Pertencem a este subgrupo as actividades de:

4.1.10.1 Gestão, Coordenação e Planeamento das Actividades de IDI

São consideradas todas as actividades que enquadram e consolidam as actividades de inovação formulando um contexto estratégico, e fomentando uma cultura de inovação capazes de dar resposta aos desafios de competitividade das empresas num contexto de economia do conhecimento. São ainda consideradas todas as actividades de coordenação, dinamização, apoio e controlo das actividades de IDI das empresas assim como a gestão das interfaces do processo de inovação. 4.1.10.2 Gestão da Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia

Conjunto de actividades que em conjunto definem uma correcta protecção dos resultados dos projectos de inovação e que garantem a maximização da valorização dos resultados tendo em conta a defesa da posição competitiva da empresa, criando barreiras à entrada de novos concorrentes ou barreiras à imitação. 4.1.10.3 Gestão do Conhecimento (ver 4.1.8.9) 4.1.10.4 Gestão de Ideias e Avaliação de Oportunidades Conjunto de actividades relacionadas com a geração, recolha, manutenção, desenvolvimento, avaliação e selecção de conceitos/ideias inovadoras. 4.1.11 Actividades de Projecto de IDI Todas as actividades de concepção detalhada, planeamento e implementação de projectos de IDI.

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Pertencem a este subgrupo as actividades de: 4.1.11.1 Planeamento e Preparação do projecto

Conjunto de actividades que incluem o desenvolvimento do conceito, a avaliação científica e de mercado, o desenvolvimento de uma metodologia de abordagem e o desenvolvimento de um plano de implementação. 4.1.11.2 Criação de Conhecimento Tecnológico, Organizacional ou de Marketing (ver definição de actividades de IDI) 4.1.11.3 Aquisição de Recursos: Conhecimento, Tecnologia, Edifícios, Terrenos

Actividades associadas à aquisição de conhecimento, tecnologia ou infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento de actividades de inovações. Dependendo da natureza da aquisição, podemos distinguir:

4.1.11.3.1 Aquisição de recursos imateriais não incorporados no capital, entendido como: Aquisição de conhecimento sob a forma de patentes, invenções não patenteadas, licenças, relatórios técnicos ou científicos, marcas, projectos, modelos de utilidade, aquisição de serviços específicos com incorporação de conhecimento, que não entram directamente nas actividades de IDI. 4.1.11.3.2 Aquisição de recursos materiais incorporados no capital, entendido como:

Aquisição de maquinaria, bens de equipamento, terrenos, edifícios, software e documentação, bases de dados para utilizar por mais de um ano, que não entram directamente nas actividades de IDI. 4.1.12 Preparação para a Inovação

Neste subgrupo incluem-se as actividades totalmente ou parcialmente excluídas da classificação de actividades de ID, necessárias ao desenvolvimento de qualquer tipo de inovações. 4.1.13 Preparação para a Exploração

Actividades que antecedem a implementação efectiva das inovações de produto, processo, organizacional e marketing.

4.2 Conceitos operacionais

4.2.1 Auto-avaliação da gestão da IDI Instrumento de sensibilização, análise, medição e avaliação do grau de alinhamento da gestão da IDI com os objectivos estratégicos da organização. 4.2.2 Desempenho do ponto de vista da inovação Métricas e indicadores do sistema de gestão que permitem a avaliação e o controlo, por parte da organização, do seu processo de inovação, baseado na sua estratégia de inovação, seus objectivos, suas metas e seus resultados.

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p. 15 de 21 4.2.3 Consórcio

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Grupo de organizações que se unem com o objectivo de desenvolver conjuntamente um projecto e que se denominam parceiros do projecto. 4.2.4 Contrato de IDI

Relação formalizada por escrito (incluindo acordos, convénios, protocolos) entre uma organização que realiza actividades de IDI e uma ou mais entidades externas para a realização de actividades de IDI, através da qual se especificam os objectivos, resultados esperados e sua propriedade, e a comparticipação de cada uma das partes. 4.2.5 Eficácia

Medida em que as actividades planeadas foram realizadas e conseguidos os resultados planeados. [NP EN ISO 9000:2005] 4.2.6 Eficiência

Relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados. [NP EN ISO 9000:2005] 4.2.7 Estado da arte

Situação, num dado momento, do estado dos conhecimentos. O seu estudo proporciona um conhecimento da situação mais avançada na disciplina de que se trata. 4.2.8 Avaliação da evolução do projecto

Avaliação dos resultados das actividades do projecto, baseada em critérios definidos e efectuada em momentos adequados ao longo do ciclo de vida do mesmo. 4.2.9 Melhoria contínua em IDI

Processo para aumentar, de forma recorrente, o valor estratégico das actividades de IDI e o cumprimento dos objectivos subjacentes ao respectivo Sistema de Gestão. 4.2.10 Novos produtos ou processos

Aqueles cujas características ou aplicações diferem substancialmente dos existentes anteriormente. 4.2.11 Organização Conjunto de pessoas e de instalações inseridas numa cadeia de responsabilidades, autoridades e relações. [NP EN ISO 9000:2005] Pode ser uma companhia, corporação, firma, empresa, autoridade ou instituição, ou parte ou combinação delas, sob a forma sociedade ou não, pública ou privada, que tem as suas próprias funções e administração.

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Para organizações com mais de uma unidade operacional, uma unidade operacional por si só pode definir-se como uma organização. 4.2.12 Plano de projecto

Documento que especifica o que é necessário para alcançar o(s) objectivo(s) do projecto. 4.2.13 Política de IDI

Declaração por parte da organização, das suas intenções e princípios em relação às suas actividades de IDI, que enquadra a sua actuação e o estabelecimento dos seus objectivos e metas em Investigação, Desenvolvimento e Inovação. 4.2.14 Processo

Conjunto de actividades interrelacionadas ou interactuantes que transformam entradas em saídas. [NP EN ISO 9000:2005] 4.2.15 Produto

Resultado de um processo. NOTA 1: – – – –

Existem quatro categorias genéricas de produtos:

serviços (ex.: transportes);

software (ex.: programas de computador, dicionário);

hardware (ex.: componentes mecânicos de um motor); materiais processados (ex.: lubrificantes).

Muitos produtos compreendem elementos pertencentes a diferentes categorias genéricas. A denominação do produto final como serviço, software, hardware ou material processado, depende do que for dominante. Como exemplo, pode-se referir o produto proposto “automóvel” que é composto por hardware (ex.: pneus), materiais processados (ex.: combustível, líquido de arrefecimento), software (ex.: software de controlo do motor, manual de utilização) e serviço (ex.: esclarecimentos de funcionamento dados pelo vendedor). NOTA 2: Serviço é o resultado, geralmente intangível, de pelo menos uma actividade necessariamente realizada na interface entre o fornecedor e o cliente. O fornecimento do serviço pode incluir, por exemplo: – – – –

uma actividade realizada num produto tangível disponibilizado pelo cliente (ex.: reparação de um automóvel); uma actividade realizada num produto intangível disponibilizado pelo cliente (ex.: uma declaração de rendimentos para efeitos fiscais); a entrega de um produto intangível (ex.: o fornecimento de informações no contexto de transmissão de conhecimentos); a criação de bom ambiente para o cliente (ex.: em hotéis e restaurantes).

O software consiste em informação, é geralmente intangível e pode apresentar-se sob a forma de simulações, transacções ou procedimentos. O hardware é geralmente tangível, sendo a sua quantidade uma característica contável. Materiais processados são geralmente tangíveis, sendo a sua quantidade uma característica contínua. O hardware e os materiais processados são muitas vezes referidos como bens. NOTA 3:

A garantia da qualidade está principalmente focalizada no produto pretendido.

NOTA 4: Em português, os termos ingleses “software” e “hardware” têm um alcance mais limitado do que se lhe dá neste projecto de Norma, não se limitando esta ao campo informático.

[NP EN ISO 9000:2005]

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p. 17 de 21 4.2.16 Projecto de IDI

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Processo único que consiste num conjunto de actividades coordenadas e controladas com datas de início e fim, levadas a cabo para atingir um objectivo de acordo com requisitos específicos, os quais incluem os compromissos de prazos, custos e recursos. Um projecto de IDI visa criar ou valorizar conhecimento com o objectivo de alcançar inovações de produto, de processo, de marketing ou organizacionais. 4.2.17 Recursos

Totalidade dos meios materiais ou imateriais, entre os quais os métodos, os processos, as competências e o conhecimento tácito das pessoas. 4.2.18 Conhecimento tácito

O conhecimento tácito corresponde a conhecimento não codificado, ou seja não explícito e não materializado em documentos, ficheiros electrónicos ou outro tipo de suporte formal. 4.2.19 Sistema

Conjunto de elementos interrelacionados e interactuantes. [NP EN ISO 9000:2005]

4.2.20 Sistema de gestão da IDI

Parte do sistema geral de gestão que inclui a estrutura organizativa, a planificação das actividades, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e os recursos para desenvolver, implementar, rever e actualizar a política de IDI da organização. 4.2.21 Tecnologia

Conjunto de recursos técnicos próprios de uma actividade que podem ser utilizados de forma sistemática para o desenho, desenvolvimento, fabrico e comercialização de produtos. 4.2.22 Transferência de conhecimento

Processo de transmissão para terceiros de informação científica, tecnológica, organizacional ou de marketing, bem como dos meios e dos direitos de exploração correspondentes. 4.3 Conceitos de auditoria

4.3.1 Auditoria do sistema de gestão da IDI Processo de verificação sistemático, independente e documentado para obter e avaliar objectivamente evidências que tornem possível determinar se o sistema e gestão de uma organização se ajusta aos critérios e disposições previamente estabelecidos, se se implantou de forma efectiva e se é adequado ao enquadramento estratégico e aos objectivos de IDI da organização. NOTA 1: As auditorias internas, por vezes denominadas “auditorias de primeira parte”, são realizadas por ou em nome da própria organização, para revisão pela gestão ou por outras razões internas, podendo constituir o suporte para uma

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p. 18 de 21 declaração de conformidade pela organização. Em muitos casos, especialmente em pequenas organizações, a independência pode ser demonstrada pela não responsabilidade pela actividade auditada.

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NOTA 2: As auditorias externas incluem as que geralmente se denominam por “auditorias de segunda parte” e por “auditorias de terceira parte”. As auditorias de segunda parte são realizadas por partes com interesse na organização, tais como clientes ou pessoas em seu nome. As auditorias de terceira parte são realizadas por organizações externas independentes, tais como as que proporcionam certificações ou registos de conformidade de acordo com a NP 4457:2007. NOTA 3: Sempre que dois ou mais sistemas de gestão sejam auditados conjuntamente, a auditoria é denominada “auditoria combinada”. NOTA 4: Sempre que duas ou mais organizações cooperam para realizar uma auditoria a um único auditado, esta é denominada “auditoria conjunta”.

[NP EN ISO 9000:2005]

4.3.2 Programa de auditoria

Conjunto de uma ou mais auditorias planeadas para um dado período de tempo e dirigidas a uma finalidade específica. NOTA: Um programa de auditoria inclui todas as actividades necessárias para planear, organizar e conduzir auditorias.

[NP EN ISO 9000:2005]

4.3.3 Critérios de auditoria

Conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos.

NOTA: Os critérios de auditoria são utilizados como referências em relação às quais as evidências de auditoria são comparadas.

[NP EN ISO 9000:2005]

4.3.4 Evidências de auditoria

Registos, afirmações factuais ou outra informação, que sejam relevantes para os critérios da auditoria e verificáveis. NOTA: As evidências de auditoria podem ser qualitativas ou quantitativas.

[NP EN ISO 9000:2005]

4.3.5 Constatações da auditoria

Resultados da avaliação das evidências de auditoria recolhidas face aos critérios da auditoria. NOTA: As constatações da auditoria podem indicar tanto a conformidade ou a não-conformidade com os critérios da auditoria como oportunidades de melhoria.

[NP EN ISO 9000:2005] 4.3.6 Conclusões da auditoria Resultados finais de uma auditoria, proporcionados pela equipa auditora após ter tido em consideração os objectivos da auditoria e todas as constatações da auditoria. [NP EN ISO 9000:2005]

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p. 19 de 21 4.3.7 Cliente da auditoria

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Pessoa ou organização que requer uma auditoria.

NOTA: O cliente da auditoria pode ser o auditado ou qualquer outra organização que tenha o direito regulamentar ou contratual de requerer uma auditoria.

[NP EN ISO 9000:2005] 4.3.8 Auditado

Organização a ser auditada. [NP EN ISO 9000:2005] 4.3.9 Auditor

Pessoa que demonstrou atributos pessoais e competência para realizar uma auditoria. [NP EN ISO 9000:2005] 4.3.10 Equipa auditora

Dois ou mais auditores, que realizam uma auditoria, se necessário com o suporte de peritos técnicos. NOTA 1:

Um dos auditores da equipa auditora é nomeado líder da equipa auditora.

NOTA 2:

A equipa auditora pode incluir auditores em formação.

NOTA 3:

Uma auditoria pode ser realizada por um só auditor.

4.3.11 Perito técnico

Pessoa que proporciona conhecimento específico ou experiência qualificada à equipa auditora. NOTA 1: Conhecimentos específicos ou experiência qualificada no que diz respeito à organização, ao processo ou à actividade a auditar, à língua ou à orientação cultural. NOTA 2:

Um perito técnico não actua como auditor no âmbito da equipa auditora.

[NP EN ISO 9000:2005]

4.3.12 Plano de auditoria

Descrição das actividades e dos preparativos de uma auditoria. [NP EN ISO 9000:2005]

4.3.13 Âmbito da auditoria Extensão e limites de uma auditoria. NOTA: O âmbito da auditoria normalmente inclui uma descrição dos locais, das unidades organizacionais, das actividades e dos processos, bem como do período de tempo abrangido.

[NP EN ISO 9000:2005]

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p. 20 de 21 4.3.14 Competência

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Atributos pessoais demonstrados e capacidade demonstrada para aplicar conhecimentos e saber-fazer. [NP EN ISO 9000:2005]

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Bibliografia [1] Caraça, Ferreira, Mendonça (2006), Modelo de interacções em cadeia, Um modelo de inovação para a economia do conhecimento, Relatório COTEC, Outubro de 2006 [2] OECD/Eurostat (2005) Oslo Manual: Guidelines for collecting and Interpreting Innovation Data [3] UNE 166000 EX:2002 Gestión de la I+D+I: Terminología y definiciones de las actividades de I+D+I [4] UNE 166000:2006 Gestión de la I+D+i: Terminología y definiciones de las actividades de I+D+i

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