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February 10, 2019 | Author: Bárbara Sousa | Category: Acne Vulgaris, Skin, Ph, Inflammation, Enzyme
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TUDO SOBRE

PEELING

GUIA INDISPENSÁVEL para profissionais de estética

e-book Negócio Estética | Estética  | Tudo Sobre Peeling 

01

   O    H    L    U    J     I    1    O    N    A

expediente e-book Negócio Estética I Julho de 2015 I Número 02

Diretor Editorial Luiz Fernando Firmino Diretor Comercial Gerson Aguiar  Jornalista Responsável Patricia Toni MTB: 74876/SP Revisão Renata Toni Gonçalves Colaboração Erica Bighetti Ribas | Fábio Alex Marques Fernanda Chauvin | Karina Francis Lyvia Jardim | Rafael Ferreira Regina da Silva Gante Projeto Gráfico e Editorial Essenz Design e Branding www.essenzdesign.com.br (11) 2283-4250  2283-4250 | | 4759-5463 e-book Negócio Estética | Estética  | Tudo Sobre Peeling 

Editoração e Arte-final Fernando Corvisier de Abreu Anuncie no e-book (11) 4741-2282 | 4748-8482 [email protected] Fotografia André Remesso | Shutterstock Contato [email protected] (11) 4741- 2282 | 2867-1083 Facebook: facebook/negocioestetica Facebook:  facebook/negocioestetica Acesse também www.negocioestetica.com.br O e-book Negócio Estética é uma publicação da MOVN Soluções Multimídia. Rua Tiradentes, Tiradentes, 484, Jd. Suzano, Suzano, SP - CEP: 08673-150 02

expediente e-book Negócio Estética I Julho de 2015 I Número 02

Diretor Editorial Luiz Fernando Firmino Diretor Comercial Gerson Aguiar  Jornalista Responsável Patricia Toni MTB: 74876/SP Revisão Renata Toni Gonçalves Colaboração Erica Bighetti Ribas | Fábio Alex Marques Fernanda Chauvin | Karina Francis Lyvia Jardim | Rafael Ferreira Regina da Silva Gante Projeto Gráfico e Editorial Essenz Design e Branding www.essenzdesign.com.br (11) 2283-4250  2283-4250 | | 4759-5463 e-book Negócio Estética | Estética  | Tudo Sobre Peeling 

Editoração e Arte-final Fernando Corvisier de Abreu Anuncie no e-book (11) 4741-2282 | 4748-8482 [email protected] Fotografia André Remesso | Shutterstock Contato [email protected] (11) 4741- 2282 | 2867-1083 Facebook: facebook/negocioestetica Facebook:  facebook/negocioestetica Acesse também www.negocioestetica.com.br O e-book Negócio Estética é uma publicação da MOVN Soluções Multimídia. Rua Tiradentes, Tiradentes, 484, Jd. Suzano, Suzano, SP - CEP: 08673-150 02

editorial Peeling, o queridinho do Brasil!

terapias?”, “A pele pode ficar machucada?”, “Quais são as contraindicações?”. São tantos os questionamentos… Para ajudar você a sanar estas e outras dúvidas, nasceu este e-book. Conversamos com especialistas no assunto, fontes seguras, que se uniram a nós nesta tarefa de, cada dia mais, aprimorar os conhecimentos da área da estética para quem trabalha com ela. Tudo com aquela linguagem simples, cheia de exemplos, imagens e informações, que você já conhece.

Cheque a sua agenda de atendimentos. Isso, vá até lá e conte quantos procedimentos usando o peeling você  já rea realizo lizou. u. Agor Agora, a, pergu pergunte nte aos seus col colegas egas qua quanto ntoss tratamentos deste tipo eles aplicam toda semana. Para fechar a conta, pergunte aos seus clientes como eles preferem tratar disfunções na pele facial e veja quantos responderão “com o peeling”.

E já conhece mesmo! Já estamos na segunda edição da série de e-books do Grupo Negócio Estética com uma motivação a mais. O primeiro livro digital sobre criolipólise foi um sucesso, superando o número de downloads previstos. Fica aqui o nosso muito obrigado pela confiança de sempre.

Não é à toa que esta técnica é tão popular. Este processo que, acima de tudo, é de renovação cutânea, tem eficácia comprovada e, por esse motivo, é tão querido por profissionais de estética e consumidores finais. Peles manchadas ou envelhecidas, por exemplo, podem achar uma luz no fim do túnel com esse “descascar” “descascar ”, que de ruim não tem nada! É claro que é sempre preciso ter cuidado. São vários tipos de peeling, com profundidades e indicações diferentes. E a partir daí, surgem as interrogações: “Qual peeling pode ser utilizado por esteticistas?”, “Posso combiná-lo com outras e-book Negócio Estética | Estética  | Tudo Sobre Peeling 

Agora é a sua hora! Esperamos que a cada página virada mais conhecimento seja adquirido. E um último recado: se restar alguma dúvida ou se você vo cê quiser acrescentar alguma informação, escreva para nós. Estamos aqui para, além de ensinar, aprender também com vocês! Então, anota aí nosso e-mail, [email protected] e vamos ao que interessa! Boa leitura! 03

sumário INTRODUÇÃO • O que é?

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CUIDADOS • Antes e depois

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TIPOS DE PEELING

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CONTRAINDICAÇÕES

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PROFUNDIDADE • Uma questão de profundidade

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RESULTADOS REAIS

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PERGUNTAS FREQUENTES

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COLABORADORES

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ÁCIDOS • Nada básicos! • O Ás de ouro do peeling • Bê-a-bá dos ácidos!

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APLICAÇÕES E PROTOCOLOS • Mãos à obra!

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introdução O que é?

Rafael Ferreira, o tratamento é um processo inflamatório proposital, mas que tem um bom motivo para existir. “Gosto de classificar o peeling como uma inflamação induzida e controlada da pele. Esta lesão tecidual vai sinalizar para o nosso organismo que ele precisa se regenerar, gerar um processo cicatricial que vai resultar em um novo tecido com aparência renovada”, destaca.

O peeling é um agente esfoliante que tem como objetivo causar a descamação da pele. O procedimento utiliza substâncias químicas ou instrumentos para realizar um processo abrasivo, ou seja, de desgaste das camadas da pele, removendo suas células mortas. Estas camadas se regeneram e recebem um novo aspecto devido às novas células que foram estimuladas a se reproduzir. O médico dermatologista Fábio Alex Marques explica porque isso acontece. “A pele descama com os peelings, pois os mesmos causam uma ‘coagulação das proteínas’, fazendo com que haja uma renovação celular mais intensa”.

A palavra Peeling vem do verbo inglês to peel e significa descascar.

Para o farmacêutico, cosmetólogo, mestre em Ciências da Saúde e doutor em Medicina Celular e Molecular,

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Tipos de peeling 

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tipos de peeling  Este procedimento de renovação cutânea não acontece de um  jeito apenas.

de exposição) ou modo de aplicação (uso de cotonetes, pincel, dedos enluvados ou gaze, oclusão ou não da área tratada, pressão e fricção durante a aplicação, número de camadas e frequência do procedimento)”, enumera.

Peeling físico ou mecânico: Trabalha através

Segundo a farmacêutica, bioquímica e responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento da Ellementti Cosméticos, Fernanda Chauvin, são muitas as modalidades da técnica, que variam de acordo com a ferramenta utilizada para a descamação da pele e outros fatores que podem ser determinantes para o resultado.

do arraste das células do estrato córneo. Famoso por ser dermoabrasivo ou microdermoabrasivo, utiliza esfoliação manual, aparelhos de lixamentos e abrasões ou cristais. Aqui cabe também a chamada “Gomage”. Encontramos vários tipos de esfoliantes físicos, mas os que apresentam partículas de menor tamanho são mais suaves, enquanto que os de partículas mais grosseiras são mais abrasivos, a intensidade desta abrasão deve ser avaliada antes do seu uso, peles idosas e acneicas demandam esfoliação mais suave sempre. Podem ser feitos através do us o de equipamentos como o peeling de cristal, peeling de diamante ou peeling ultrassônico.

 “A absorção dos ativos utilizados no peeling dependem de fatores como características da pele (espessura da epiderme, densidade de folículos, grau de fotoagressão, sexo, fototipo, etc.), agente químico (características físico-químicas, volume, concentração, veículo, tempo

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tipos de peeling  Peeling químico: É o mais utilizado atualmente.

fazer uma homogeneização suave do relevo cutâneo, abrir caminho para permeação de ativos funcionais ou otimizar os resultados dos peelings ácidos.

Trabalha em parceria com substâncias químicas, normalmente ácidos. A descamação com o uso do ácido aumenta a espessura da região tratada, baseada em fenômenos naturais de reparação, como a retenção líquida, migração de células e formação de colágeno, gerando um engrossamento das camadas internas da pele, esfoliação de células superficiais e consequente atenuação de sulcos, rugas e manchas.

Peeling com phytoacid: Da leva de tratamentos sustentáveis. Utiliza ativos naturais padronizados que aumentam a renovação celular, possui potente ação antioxidante do sebo e efeito antimicrobiano. Tem ação similar a alguns produtos químicos como o Verochic, rico em Ácido Shikimic obtido do anis estrelado, Revinage, produto extraído do picão preto com ação “retinol-like” ou Lime Pearl, conhecido como caviar fruit.

Peeling biológico ou enzimático:  Parecido com o peeling químico, mas menos agressivo. Ele faz o uso de enzimas que removem as camadas mais superficiais da pele. Trabalha facilitando a remoção dos queratinócitos, através de um mecanismo de quebra das proteínas. Acaba sendo uma alternativa para pessoas que têm grande sensibilidade ao peeling mecânico ou químico. Dependendo da concentração de enzimas utilizadas, pode

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Peeling a laser:  É um dos mais profundos. Indicado para problemas mais graves ligados a cicatrizes de acne, flacidez, manchas e envelhecimento. Utiliza tecnologias de laser, como o laser de CO 2 fracionado, para a renovação da pele.

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Profundidade

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profundidade Vai fundo! Para você entender de forma simples este assunto, Chauvin explica como se dá esta divisão. “Os peelings são classificados em quatro grupos de acordo com o nível de profundidade da necrose tecidual provocada pelo agente esfoliante. Eles são capazes de provocar reações que vão desde uma leve descamação até a necrose da derme, com remoção da pele em diferentes graus”, explana. Veja, a seguir, os tipos de profundidade dos peelings e suas respectivas indicações, segundo Chauvin:

• Muito superficial: Afina ou remove o estrato córneo e não cria les ão abaixo do estrato granuloso. Esse tipo não leva a uma descamação muito intensa, na verdade, algumas pessoas nem a percebem.

• Superficial: Produz necrose de parte ou de toda epiderme, em qualquer parte do estrato granuloso até a camada de células basais. Como atinge apenas a epiderme, o superficial obtém melhores resultados com aplicações seriadas, realizadas em intervalos curtos. A descamação costuma ser fina e clara, não alterando a rotina diária do paciente. Este peeling melhora a textura da pele, é coadjuvante no tratamento da acne, clareia manchas e atenua rugas finas, além de estimular a renovação do colágeno. Pode ser realizado com as seguintes substâncias (veja mais sobre ácidos na página 13): - Ácido glicólico - Ácido salicílico BHAs e LHAs - Phytoacids - Ácido retinoico (somente de uso médico com prescrição) - Ácido tricloroacético (somente de uso médico com prescrição)

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profundidade • Médio: Produz necrose da epiderme e de parte ou toda a derme papilar. Provoca descamação espessa e escura da pele, demandando de 7 a 15 dias para retorno à vida normal. Só pode ser realizado por médicos e é indicado para ceratoses (lesões pré-cancerosas) e rugas mais pronunciadas. Pode ser realizado com os seguintes ativos: - Ácido glicólico 40 a 70% (2 a 20 minutos) - Ácido tricloroacético 35% + Solução de Jessner - Ácido tricloroacético 35% + ácido glicólico - Ácido pirúvico 60 a 90%

procedimento mais forte e mais agressivo que os demais, provocando a formação de muitas crostas espessas. O póspeeling pode exigir o uso de curativos e a recuperação pode durar até três meses. Apresentam resultados significativos, com renovação importante da pele e diminuição de rugas profundas, como aquelas ao redor da boca e dos olhos. Pode ser realizado com:  - Ácido tricloroacético 50% - Fenol (fórmula de Baker)

• Profundo: Produz necrose da epiderme e da derme papilar que se estende até a derme reticular. De uso exclusivamente médico, é um

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profundidade Uma questão de profundidade Os peelings podem ser classificados conforme a sua profundidade e os efeitos que atingem na pele. Sendo assim, se dividem em:

Superficial ou epidérmico: Atinge até a camada basal da pele;

Médio: Atinge até a camada da derme papilar;

Profundo: Quando atinge a derme reticular.

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Ácidos

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ácidos

Nada básicos! O peeling é uma ação, certo? Mas o que causa esta ação? A resposta está nas ferramentas utilizadas para realizá-lo. E na área da estética, os artefatos mais comuns para chegar à famosa descamação são os ácidos utilizados nos peelings químicos. Calma, não se assuste! Não estamos falando daqueles ácidos corrosivos e sim de opções mais leves que conseguem renovar a pele.

ter a consciência dos limites da sua atuação”, explica a esteticista e professora de Cosmetologia e Estética Avançada da Universidade Anhembi Morumbi, Regina da Silva Gante. Pois é, como a gama de escolha é grande, não é qualquer ácido que resolve qualquer problema. Optar pela combinação certa resulta em um tratamento de sucesso. “De forma geral, o peeling químico tem como mecanismo de ação a diminuição da adesão celular por atacar o filme lipídico, além de gerar um quadro inflamatório. No entanto, cada ácido tem uma característica específica e indicação. O segredo para acertar na escolha está na compreensão, ou seja, quanto maior o tempo de contato, maior a abrasão química”, aponta Rafael Ferreira.

Eles são super completos e, com o perdão do trocadilho, não são nada básicos! “Desde os consagrados, como alfa-hidroxiácidos e beta-hidroxiácidos, até exemplos mais recentes. Grande parte das empresas cosméticas possui protocolos com combinações de peeling para diversas indicações. O mais importante é o profissional

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ácidos O Ás de ouro do peeling  Vindos de muitas matérias-primas ou formulações laboratoriais, os ácidos usados para a estética são uma febre entre os profissionais da área. Conheça alguns exemplos dos mais usados por aí:

• Ácido glicólico - Para rugas acentuadas e profundas, manchas, flacidez, cicatrizes e no complemento do tratamento de acne;

• Ácido mandélico - Para prevenção e tratamento de rugas causadas pelo fotoenvelhecimento, manchas, sardas, cicatrizes de acne e flacidez;

• Ácido salicílico - É esfoliante e principal ativo para tratar cravos e acne.

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ácidos

Bê-a-bá

dos ácidos!

Esse é, literalmente, o alfabeto grego deste procedimento! Os ácidos utilizados nos peelings têm suas classificações e elas estão entre os alf a-hidroxiácidos, beta-hidroxiácidos e polihidroxiácidos. Para desvendar esta linguagem, convidamos a mestre em farmacol ogia, cosmetóloga e coordenadora do curso de Pós-Graduação e MBA em Estética e Cosmética Avançada do CEFAI, Erica Bighetti Ribas. Ela listou as principais características destes ácidos.

• Alfa-hidroxiácidos (AHAs) - Constituem um grupo

pele, e por seus efeitos queratolíticos e comedolíticos, torna-se o agente para peeling ideal para pessoas com acne.

de compostos orgânicos que possuem em comum a hidroxila na posição alfa. São derivados do leite (ácido láctico), frutas cítricas (ácido maleico e cítrico), uva (ácido tartárico) e cana-de-açúcar (ácido glicólico), mas também podem ser de origem sintética. Diferenciam-se pelo tamanho da molécula, sendo o ácido glicólico menor e, portanto, com maior poder de penetração na pele. São eficientes no tratamento de rugas, desidratação, espessamento e pigmentação irregular da pele. Podem causar irritações e sensação de queimação por penetrarem rapidamente na pele devido a sua pequena estrutura molecular.

• Poli-hidroxiácidos (PHAs) - Dois ou mais grupamentos de hidroxila encontram-se ligados a átomos de carbonos. A gluconolactona é o PHA mais utilizado na área de estética, promovendo efeito antienvelhecimento, ação hidratante e antioxidante. A gluconolactona é um componente natural da pele e não toxico, tolerado em peles sensíveis, ao redor dos lábios e dos olhos. Podemos citar ainda como um PHA, o ácido lactobiônico. Por serem moléculas grandes, penetram mais lentamente na pele, sem causar essas sensações de desconforto e ardência, sendo indicados para pessoas com pele sensível. Além disto, os PHAs parecem apresentar outras vantagens sobre os AHAs, já que são moléculas altamente hidratantes para as quais foram descritas atividades antioxidantes.

• Beta-hidroxiácidos (BHAs) - São ácidos carboxílicos orgânicos que apresentam um grupamento hidroxila ligado à posição beta do grupamento carboxila. O ácido salicílico é um BHA, com ação muito superficial. É seguro em todos os tipos de

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ácidos Atenção ao fototipo! O fototipo deve ser sempre considerado na escolha do ácido utilizado para condução do tratamento. Por exemplo, o ácido glicólico não é indicado para fototipos altos, seria melhor trabalhar com o ácido mandélico. Segundo Erica Bighetti, os procedimentos mais profundos são os que mais têm restrições. “Os peelings superficiais podem ser feitos em qualquer fototipo, os médios até fototipo IV e o profundo só em peles claras, fototipos de I a III”, esclarece.

Concentração A Câmara Técnica de Cosméticos da Agência Nacional de Vigilância S anitária determinou que a concentração máxima de somatória de ácidos da classe dos alfa-hidroxiácidos é de 10%, ou s eja, não adianta ter muitos ácidos, no total, eles devem somar 10%, sendo mais indicados produtos com poucos tipos de ácidos, ou mesmo apenas um tipo de ácido, porém, com maior concentração. A determinação comenta sobre outros tipos, como o ácido salicílico restringido a, no máximo, 2%.

pH escala de pH

Quanto maior o potencial hidrogênico (pH) do ativo, mais ácido ele será, portanto será mais forte. Quanto mais próximo do pH neutro, ou seja, menos ácido for o produto, mais fraco ele será. A legislação cosmética brasileira diz que o pH mínimo de produtos cosméticos é de 3,5. É preciso estar atento a esses números, pois não adianta um ácido ter altas concentrações e um pH próximo do neutro. Por exemplo, uma formulação de ácido glicólico 6 0% com pH 7 (neutro) não tem finalidade peeling, se tornando um hidratante.

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ácido

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neutro

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básico

Aplicações e protocolos

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aplicações e protocolos Mãos (com luvas) à obra! É hora de aplicar o peeling. Não há segredo na aplicação, mas qualquer erro pode causar uma problemática enorme para o seu cliente.

Mas atenção: O que vamos te mostrar aqui são informações superficiais, básicas mesmo, de aplicação do peeling. Para saber corretamente como isso deve ser feito, é preciso buscar pela qualificação acadêmica e profissional ideal nas instituições de ensino legalizadas.

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Assista aqui alguns exemplos de protocolos utilizando o peeling, com a farmacêutica Fernanda Chauvin.

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aplicações e protocolos Peeling a torto e a direito? Aqui não! Seja químico ou mecânico, superficial ou profundo. Peeling bom é peeling bem feito! Regina da Silva Gante concorda.

“Não basta que o profissional seja um mero aplicador de protocolos. Avaliar com precisão o biótipo e estado cutâneo da pele, entender a fisiologia, as características do produto, da cosmetologia, as técnicas empregadas e hábitos do cliente será de grande importância para concluir a indicação, possíveis contraindicações e sucesso no tratamento”.

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Cuidados

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cuidados Antes e depois

penetração mais uniforme do agente peeling, diminuir o risco de hiperpigmentações pós-inflamatórias, reduzir a atividade melanocitária, reduzir o tempo de cicatrização e estabelecer uma rotina de cuidados diários”.

Para que seja feito o tratamento com peeling, o paciente tem que estar com a pele preparada. Este preparo visa não só uma melhor atuação do produto usado, mas também evita complicações. “O preparo da pele é determinante para obtenção dos resultados esperados. E o primeiro passo é a avaliação quanto ao fototipo, grau de fotoenvelhecimento, atividade sebácea, presença de hiperpigmentação pós-inflamatória, presença ou histórico de queloide, infecção ou inflamação preexistente”, aponta Chauvin.

Nesta fase, os tratamentos indicados de uso home care são higienizadores com AHAs ou BHAs, cosméticos com efeito clareador, filtros solares e águas hidratantes, todos adequados ao tipo de pele do paciente. Já o que se sugere para o uso clínico são dermopurificadores de limpeza de pele com ação detoxificante e hidratação com ativos como Ácido Hialurônico, Rhamnosoft, Aquaregul e Physiogenyl. “Pode-se associar técnicas como microagulhamento, laser de baixa intensidade, radiofrequência durante o pré-peeling com objetivo de intensificar os resultados esperados”, completa Chauvin.

A farmacêutica explica que após este primeiro momento, inicia-se avaliação pré-peeling. “Ela deve ser iniciada de 7 a 15 dias antes do peeling com o objetivo de reduzir a espessura da camada córnea, promover uma

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O dermatologista Fábio Alex alerta que, durante o

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cuidados procedimento, algumas reações são comuns. “O paciente poderá sentir ardência no local onde o pe eling foi aplicado, lacrimejamento devido aos vapores do ácido usado, rubor facial, descamação e outros sintomas”.

O cosmetólogo alerta ainda que não é preciso ter pressa para alcançar o resultado final porque o peeling não retira os pacientes de sua vida normal, p ortanto é possível realizá-lo com o tempo necessário para cada caso.

Por causar uma leve agressão na pele, a técnica leva a uma inflamação que é comum, mas que precisa ser controlada. “Se perdermos o controle do quadro inflamatório, ficaremos sujeitos às reações adversas do peeling, como marcas, alterações do relevo cutâneo ou mesmo hipercromias, por isso, todo peeling de maior intensidade deve ser precedido por um prépeeling, evitando que o quadro infamatório se instale bruscamente de uma vez, e encerrado com um póspeeling, dando condições para a regeneração do tecido, mas ainda assim mantendo o estímulo inflamatório para sua renovação”, explica Rafael Ferreira.

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cuidados Atenção, atenção!

Agora é hora de ter zelo e cuidar da pele após a realização do peeling! O médico dermatologista Fábio Alex Marques explica todos os cuidados que devem ser tomados:

1 Sensações como ardor, pinicação e calor são comuns na área tratada. Compressas frias com soro fisiológico podem ajudar.

2 Após 24 ou 48 horas, a pele do

paciente poderá descamar. Essa descamação, muitas vezes, não será uniforme.

3 Não se deve retirar as escamas e as crostas, elas são um curativo biológico para a pele nova que está nascendo.

4 Durante este período, é

preciso evitar o uso de outros produtos na área tratada, como hidratantes, cosméticos e maquiagem, mais isso só se aplica a peelings médios e profundos.

5 A proteção solar é muito importante para o melhor resultado do tratamento.

6 Qualquer dúvida que haja em

relação ao tratamento, um médico deverá ser consultado.

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E o pós-tratamento? Na grande parte dos casos, o pós-peeling pode ser feito em casa. Cuidados diários home care, com esfoliações suaves de 2 a 3 vezes por semana e aplicação de cosméticos indicados pelo profissional com ações hidratantes, antioxidantes, antiaging, seborreguladoras e clareadores já fazem as vezes da manutenção do procedimento. Se o problema for a acne, uma limpeza de pele feita depois de 30 dias do tratamento também é recomendada. Mas cada caso é um caso, portanto, consultar seu médico e o seu profissional de estética é essencial para a correta indicação posterior.

Contraindicações

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contraindicações As contraindicações do peeling dependerão de muitos fatores como fototipo, histórico de alergias anteriores com ácidos e analgésicos e outros problemas que podem ser identificados na avaliação. No entanto, mesmo sem nenhum destes problemas à vista, o peeling pode ser um problema. O profissional deve saber avaliar as situações, pois como todo procedimento, ele pode causar reações adversas e acentuar ainda mais o problema. “Um peeling clareador mal conduzido, por exemplo, pode gerar hiperpigmentação, acentuando ainda mais as áreas escurecidas, além de poder criar novas áreas manchadas”, acrescenta Rafael. Outro exemplo de má aplicabilidade está no caso das linhas finas, aquelas que são marcas de expressão leves. Rafael salienta que, às vezes, elas não demandam do procedimento peeling e sim de hidratação cutânea. O problema pode melhorar com o peeling, pois ele homogeneíza o relevo cutâneo, mas se as linhas precisarem de hidratação, elas tendem a voltar rapidamente.

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Saiba em quais situações o peeling é contraindicado: • Peeling químico para gestantes; • Peles lesionadas; • Peles finas ou com sensibilidade cutânea; • Peles com lesões acneicas ou acne ainda em atividade; • Peles com dermatite de contato irritativa ou alérgica; • Peles com eritemas ou pruridos preexistentes; • Peles com cicatrizes atróficas ou hipertróficas; • Em locais onde não houve fotoproteção; • Pessoas com tendência a hiperpigmentação pós-inflamatória; • Pessoas com conjuntivite e úlcera de córnea; • O peeling físico não deve ser usado para promover ruptura de máculas e pápulas.

Resultados reais

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resultados reais    o    g    a    s    s    a    C    a     l     l    e    g    n    A    a    s    e    r    e    T   :    r    o    p    a     d     i     d    e    C    o    t    o    F

antes

depois Paciente com pele oleosa e cicatrizes de acne. O tratamento foi feito com Peeling de Diamante e Peeling Control com BHAs a 2%. Foram realizadas 3 sessões, com intervalos de 7 dias e mais 4 sessões de microagulhamento e vitamina C como terapia combinada para alcançar o resultado.

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resultados reais antes

depois Paciente com mancha senil nas mãos. O tratamento foi feito com peeling à base de sinergismo de ácido salicílico (20%), ácido mandélico (50%) e ácido azelaico (30%). Foram realizadas 5 sess ões com intervalos de 21 dias.

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resultados reais antes

depois Paciente com hipercromia. O tratamento foi feito com peeling químico clareador com AHAs a 10%, Phytoácidos e Ácido Tranexâmico. Foram realizadas 2 sessões, com intervalo de 15 dias.

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Perguntas frequentes

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perguntas frequentes Um procedimento tão realizado causa muito interesse e, consequentemente, muitas dúvidas. Para sanar grande parte destes questionamentos,os colaboradores desta edição respondem:

Quem pode aplicar o peeling? A profundidade do peeling é que pode responder esta pergunta. Quanto maior ela for, maior será necessária a participação de um médico. Peelings médios e profundos são unicamente aplicados por profissionais médicos. Na estética, utilizamos peelings superficiais, o que não deve ser encarado como ruim, pois todo peeling mais intenso deve ser precedido de um pré-peeling superficial, bem como de um pós-peeling superficial.

Quantas sessões são necessárias? O peeling utilizado por profissionais de estética é dividido em mais aplicações justamente por ser mais superficial, especialistas apontam como 6 o número de sessões, com intervalos que podem ir de 15 dias a um mês entre uma e outra. Já o peeling médico pode resolver o problema em apenas um dia de procedimento, mas com um tempo de recuperação pós-tratamento bem maior.

O que pode e o que não pode quando o assunto é peeling?

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perguntas frequentes Qual a melhor estação do ano para fazê-lo? O inverno é a época considerada ideal para realizar esse procedimento estético, pois com a descamação da pele, é fundamental evitar exposição solar. No entanto, o peeling químico, por exemplo, pode ser feito o ano todo, desde que se use ácidos com perfil não fotossensibilizante como a gluconolactona. É preciso orientar o cliente com relação aos cuidados da exposição solar e as demais radiações, como as da luz branca das lâmpadas de escritório e da iluminação da tela do computador.

Quais terapias podem ser combinadas com o peeling? É possível associar outros tipos de cosméticos que trabalhem complementando o tratamento. Um exemplo é a união do ácido mandélico com o arbutin, um potente ativo clareador ou associar o ácido salicílico com a resorcina, importante na regeneração tecidual e com atividade antisséptica. Nos tratamentos para acne e flacidez, aconselha-se a associação de peelings físicos para microdermoabrasão (cristal ou diamante), que garantem maior segurança e eficácia e aumentam o grau de profundidade, com menor incidência de reações adversas, por utilizarem concentrações mais reduzidas dos agentes esfoliantes. Outro caminho é recorrer também aos recursos eletroterápicos, termo ou fotodinâmicos para melhores resultados.

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Colaboradores

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colaboradores Conheça os profissionais que foram entrevistados para construir esse material: Erica Bighetti Ribas é graduada em Ciências Farmacêuticas pela PUC/

Rafael Ferreira é formado em Farmácia e pós-graduado em Marketing

Campinas, mestre em Farmacologia e doutora em Clínica Médica pela

e MBA em Cosmetologia, é mestre em Ciências d a Saúde, doutor

Unicamp, professora e coordenadora do curso d e Farmácia e do curso de

em Medicina Celular e Molecular pela Faculdade de Medicina do

Tecnologia em E stética e Cosmética da UNIANCHIETA e coordenadora

ABC e professor universitário. Hoje é chefe da equipe de Pesquisa em

do MBA em Estética e Cosmética do CEFAI.

Segurança e Eficácia Cosmética na FM ABC e proprietário do centro estético Derma Blue. É apresentador do programa Descomplique E stética,

Fábio Alex Marques é graduado em Medicina pela Universidade São

veiculado pelo portal Negócio Estética.

Francisco, em Bragança Paulista, e pós-graduado em Dermatologia. Possui especialização em Dermopigmentação Médic a e Cosmiatria

Regina da Silva Gante é graduada em Estética e Cosmetologia pela

por instituições de ensino da Esp anha e Argentina. É palestrante em

Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Gestão de

congressos nacionais e internacionais e atua na Clínica Dr. Fábio Alex

Empresas. Há onze anos docente na Universidade Anhembi Morumbi,

Marques e Clínica Visia, em São Paulo.

nos cursos de graduação em Estética e pós-graduação em Cosmetologia e Estética Avançada. Instrumentadora cirúrgica com ampla experiência

Fernanda Chauvin é farmacêutica, bioquímica e especialista em

em Pós-Operatório.

cosméticos. Fundadora da fab ricante Ellementti Cosméticos e responsável pela área de pesquisa e d esenvolvimento da empresa.

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sobre a Ellementti Fundada em 2008, a Ellementti é uma empresa do grupo Pro Vitae. Localizada em Santo André, na região metropolitana de São Paulo, a fabricante traz produtos que tratam a pele e recuperam o bem-estar de forma natural e com alta tecnologia. Quando os fatores emocionais e do meio ambiente provocam mudanças no equilíbrio dos elementos que constituem a pele, pode ocorrer um efeito negativo. A Ellementti acredita que pode, por meio de seus produtos, restaurar este equilíbrio com tratamentos revitalizadores e restauradores que proporcionam experiências sensoriais únicas e estão fundamentados no conceito inovador Italiano da Biontologia e da Atenção Cosmecêutica. Para obter outras informações, acesse: www.ellementti.com.br

[email protected] www.facebook.com.br/Ellementti-Cosmeticos Ou ligue: (11) 4479-8766 e-book Negócio Estética | Tudo Sobre Peeling 

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