NBR 8011 NB 780 - Calculo Da Capacidade de Transportadores Continuos - Transportadores de Correia
March 8, 2017 | Author: fernandocampi | Category: N/A
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Calculo de Transportador Continuo...
Description
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AGO 1995
ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR 8011
Cálculo da capacidade de transportadores contínuos Transportadores de correia
Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA
Procedimento
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Origem: Projeto NBR 8011/1994 CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos CE-04:010.02 - Comissão de Estudo de Transportadores Contínuos NBR 8011 - Continuous conveyors - Belt conveyors for bulk materials - Capacity calculation - Procedure Descriptor: Continuous conveyor Esta Norma substitui a NBR 8011/1988 Válida a partir de 29.09.1995 Palavra-chave: Transportador contínuo
1 Objetivo Esta Norma fixa as condições exigíveis para determinação da capacidade dos transportadores de correia planos ou côncavos com roletes planos, duplos ou triplos de rolos iguais.
2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 6177 - Transportadores contínuos - Transportadores de correia - Terminologia NBR 6678 - Transportadores contínuos - Transportadores de correia - Roletes - Dimensões - Padronização
ângulo é normalmente 5º a 15º menor que o ângulo de repouso. η) 3.3 Grau de enchimento (η Relação existente entre a área (S’) correspondente ao material transportado e a área (S) teórica máxima.
4 Condições gerais 4.1 Simbologia Os símbolos adotados nesta Norma são os seguintes: a
= maior dimensão dos maiores blocos , em mm
b
= largura da correia, em mm
bm
= largura da correia preenchida pelo material transportado, em m
3 Definições Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos em 3.1 a 3.3 e na NBR 6177.
7 páginas
b mín. = largura mínima da correia, em mm f
= fator função do ângulo de acomodação
l
= comprimento do rolo, em mm
Ângulo formado entre a horizontal e a superfície assumida livremente pelo material, quando empilhado.
P
= porcentagem de blocos no material transportado, em %
ρ) 3.2 Ângulo de acomodação do material (ρ
QM = capacidade em massa dos transportados, em t/h
ψ) 3.1 Ângulo de repouso do material (ψ
Ângulo formado entre a horizontal e a tangente ao arco assumido pela superfície do material (já acomodado sobre a correia) no ponto onde o arco encontra a correia. Este
Qv
= capacidade volumétrica dos transportador, em m3/s
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2
S
= área da seção transversal do material na correia, em m2
v
= velocidade da correia, em m/s
γ
= massa específica aparente do material transportado, em t/m3
δ
= ângulo de inclinação do transportador na direção do movimento, em º
λ
= ângulo de inclinação do rolo, em º
ψ
= ângulo de repouso do material, em º
ρ
= ângulo de acomodação do material, em º
η
= grau de enchimento
4.2 Velocidade máxima do transportador
b) materiais secos e finos exigem baixa velocidade do transportador para diminuir a geração de pó; c) materiais lamelares e pontiagudos devem ser transportados com velocidades moderadas, a fim de evitar avarias da cobertura da correia principalmente nos pontos de carga. 4.2.2 Deve-se observar que uma variação para mais na
velocidade pode permitir a redução da largura da correia e diminuição da carga nas estruturas, para uma mesma capacidade desejada. Esta vantagem pode trazer, em contrapartida: maior desgaste da correia; possível degradação do material transportado; impacto maior sobre os roletes, principalmente quando transportando material pesado; e perda de produto devido ao vento, quando o material é fino e seco. Pode, portanto, reduzir a vida de alguns componentes do transportador.
4.2.1 A escolha da velocidade do transportador depende
basicamente da largura da correia, do comprimento do transportador e das características dos materiais, como: a) materiais frágeis limitam a velocidade do transportador, devido à sua degradação nos pontos de carga e descarga, e ao impacto ao passarem nos roletes;
4.2.3 A velocidade do transportador não deve ocasionar
rotação superior a aproximadamente 600 rpm nos rolos. 4.2.4 A Tabela 1 fornece recomendações de velocidades
máximas em função do material a ser transportado e da largura da correia escolhida.
Tabela 1 - Velocidades máximas recomendadas(A)
Material transportado
Velocidade da correia (m/s)
Cereais e outros materiais não-abrasivos, de muito fácil acomodação
400 600 800 1200
-
500 650 1000 3000
2,5 3,5 4,0 5,0
Carvão mineral, terra, minérios moles, pedra britada fina e material abrasivo
400 600 1000 1800
-
500 800 1600 3000
2,0 3,0 4,0 5,0
Minérios pontiagudos e pesados, pedra britada grossa e material muito abrasivo
(A)
Largura da correia (mm)
400 - 500 600 - 1000 > 1000
1,75 2,5 4,0
Areia de fundição usada ou úmida, com ou sem inclusões metálicas, a temperaturas que não danifiquem a correia
qualquer
1,75
Areia de fundição usada, materiais similares úmidos (ou abrasivos secos), descarregados da correia por desviadores
qualquer
1,0
Materiais não-abrasivos, descarregados da correia por desviadores
qualquer
1,0
Polpa de madeira, descarregada da correia por desviadores
qualquer
2,0
Materiais finos não-abrasivos ou poucos abrasivos em alimentadores de correia
qualquer
0,5
Materiais finos abrasivos em alimentadores de correia
qualquer
0,25
Velocidades superiores às recomendadas são possíveis mediante cuidados especiais na elaboração do projeto.
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NBR 8011/1995 4.3 Largura mínima da correia A largura mínima da correia é determinada em função da granulometria e do ângulo de acomodação do material. A equação a seguir ou a Figura 1 pode ser utilizada quando o material transportado contém no mínimo 10% bmín. =
125 + P 45
de blocos de grande tamanho. Em uma mistura de blocos e finos, são considerados finas as partículas iguais ou menores que um décimo dos maiores blocos. Quando o material é constituído apenas por partículas até 40 mm, a granulometria não determina uma largura mínima para a correia. . a . f (mm)
para ρ < 20º: f = 1; ρ = 25º: f = 1,5; ρ = 30º: f = 2.
Figura 1 4.4 Características dos materiais - Ângulo de acomodação A determinação do ângulo de acomodação depende do tipo de material transportado e da distância de transporte, uma vez que ao longo do percurso o material vai se compactando e o ângulo de acomodação (ρ) diminuindo. A Tabela 2 oferece uma orientação para determinação dos diversos ângulos de acomodação, em função do ângulo de repouso.
5 Condições específicas 5.1 Cálculo da capacidade 5.1.1 A capacidade de um transportador é calculada a
partir da área da seção transversal (S) que o material
forma na correia, da velocidade da correia (v) e da massa específica aparente do material (γ), de acordo com as equações: QV = S . v
(m3/s)
QM = QV . γ (t/s) Com t/h: QM = 3600 x S x v x γ (t/h) 5.1.2 Considerando-se o grau de enchimento, o cálculo
da capacidade apresenta-se de acordo com a equação a seguir: QM = 3600 x η x S x v x γ (t/h)
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Tabela 2 - Ângulos de acomodação
Tipos
Ângulo de repouso ψ
Ângulo de acomodação ρ
1 - Muito fácil acomodação menor que 20º
5º
2 - Fácil acomodação
Características do material
Partículas arredondadas, muito pequenas, de tamanho uniforme, muito secas ou muito úmidas, como areia seca, cimento, concreto úmido, alumina, etc.
Partículas arredondadas, polidas e secas, de peso médio, como cereais com casca, etc. 20º - 29º
10º
3 - Média acomodação 30º - 34º
35º - 39º
20º
25º
4 - Difícil acomodação maior que 39º
5.2 Seção transversal 5.2.1 Área
A área da seção transversal (S) do material depende da largura da correia, do ângulo de inclinação dos rolos laterais dos roletes e do ângulo de acomodação do material. 5.2.2 Redução da área
A área da seção transversal sofre ligeira diminuição em transportadores inclinados (função do cosseno do ângulo de inclinação). Esta redução ocorre apenas em parte da seção, isto é, na área do segmento de círculo formado pelo material, podendo ser geralmente desprezada.
30º
Materiais de formato irregular, granulados ou com blocos de peso médio, como carvão antracitoso, torta de semente de algodão, argila, etc.
Materiais de formato irregular, granulados ou com blocos, de peso médio e alto, como carvão betuminoso, pedras, minérios, etc.
Materiais de formato irregular, entrelaçante, como cavaco de madeira, bagaço, areia de fundição preparada, etc.
5.2.3 Cálculo da área
As respectivas áreas da seção transversal são calculadas pelas equações indicadas, ou retiradas das Tabelas 3, 4 e 5. O comprimento dos rolos é função da largura da correia, conforme a NBR 6678. As Figuras 2, 3 e 4 mostram os três tipos de roletes normalizados. 5.2.3.1 Roletes triplos, de rolos iguais
Conforme a Figura 2 e as equações correspondentes. 5.2.3.2 Roletes duplos
Conforme a Figura 3 e as equações correspondentes. 5.2.3.3 Roletes planos
Conforme a Figura 4 e as equações correspondentes.
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Figura 2 bm = 0,0009b - 0,05
(m)
lc = l x 0,001 + 0,01 (m) bh = (bm - lc) cos λ + lc (m)
(
(
S = Ic + bn ) bm - Ic )
πρ sin λ sin 2 ρ bh + . 720 4 8 sin ρ
2
(m2 )
Figura 4
Figura 3 bm = 0,0009b - 0,05
(m)
bm = 0,0009b - 0,05
πρ sin 2 ρ bm S= . 720 8 sin ρ
bh = bm . cos λ (m) S=
πρ bm bh . sin λ sin 2 ρ bh + . 720 4 8 sin ρ
(m)
2
(m2 )
2
(m2 )
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Tabela 3 - Seção “S” - Roletes de carga triplos (Figura 2) Unid.: m2 Ângulo de
Ângulo
inclinação
de
dos rolos
acomodação
λ
ρ
20o
Largura da correia (mm)
600
650
800
1000
1200
1400
600
1800
2600
2800
3000
0o
0,0151
0,0183
0,0287
0,0477
0,0698
0,0979
0,1303
0,1671
0,2074
-
5o
0,0184
0,0222
0,0349
0,0576
0,0843
0,1179
0,1566
0,2007
0,2491
-
-
-
-
-
-
-
-
-
10o
0,0217
0,0262
0,0411
0,0674
0,0989
0,1379
0,1830
0,2343
0,2909
o
-
-
-
-
-
0,0250
0,0301
0,0473
0,0775
0,1136
0,1582
0,2097
0,2684
o
0,3333
-
-
-
-
-
20
0,0284
0,0342
0,0537
0,0877
0,1286
0,1789
0,2369
25o
0,0319
0,0384
0,0602
0,0981
0,1439
0,2000
0,2648
0,3031
0,3764
-
-
-
-
-
0,3387
0,4206
-
-
-
-
-
30o
0,0355
0,0427
0,0669
0,1089
0,1598
0,2219
0,2936
0,3754
0,4663
-
-
-
-
-
0o
0,0243
0,0294
0,0461
0,0763
0,1118
5o
0,0272
0,0328
0,0515
0,0849
0,1244
0,1565
0,2079
0,2666
0,3309
0,4075
0,4823
0,5739
0,6622
0,7640
0,1738
0,2307
0,2956
0,3669
0,4511
0,5346
0,6353
0,7338
0,8463
10o
0,0301
0,0363
0,0569
0,0935
o
0,1370
0,1911
0,2535
0,3246
0,4030
0,4947
0,5870
0,6967
0,8056
0,9288
0,0330
0,0398
0,0624
o
0,1022
0,1499
0,2087
0,2766
0,3541
0,4396
0,5390
0,6402
0,7590
0,8783
1,0125
20
0,0360
0,0433
25o
0,0391
0,0470
0,0680
0,1111
0,1629
0,2266
0,3002
0,3840
0,4769
0,5840
0,6943
0,8224
0,9524
1,0976
0,0737
0,1202
0,1763
0,2450
0,3243
0,4148
0,5151
0,6302
0,7497
0,8874
1,0283
1,1850
30o
0,0423
0,0507
0,0796
0,1296
0,1901
0,2639
0,3492
0,4465
0,5545
0,6779
0,8069
0,9545
1,1066
1,2750
0o
-
5o
-
-
-
0,0899
0,1317
0,1840
0,2443
0,3130
0,3885
0,4775
0,5661
0,6725
0,7769
0,8961
-
-
0,0973
0,1427
0,1990
0,2640
0,3380
0,4196
0,5150
0,6112
0,7253
0,8387
0,9670
10o o
-
-
-
0,1048
0,1537
0,2141
0,2837
0,3631
0,4508
0,5525
0,6565
0,7781
0,9006
1,0381
o
-
-
-
0,1124
0,1649
0,2293
0,3037
0,3885
0,4824
0,5906
0,7023
0,8316
0,9633
1,1102
20
-
-
-
0,1202
0,1762
0,2448
0,3241
0,4144
0,5146
0,6293
0,7490
0,8862
1,0272
1,1836
25o
-
-
-
0,1281
0,1879
0,2607
0,3450
0,4409
0,5476
0,6691
0,7968
0,9421
1,0927
1,2588
30o
-
-
-
0,1362
0,1999
0,2771
0,3665
0,4683
0,5816
0,7100
0,8462
0,9997
1,1603
1,3365
15
o
35
o
45
15
15
2000
2200
2400
Tabela 4 - Seção “S” - Roletes de carga duplos (Figura 3) Unid.: m2 Ângulo de Ângulo de inclinação acomodação dos rolos λ ρ
20o
0o 5o 10 o 15 o 20 o 25 o 30 o
Largura da correia (mm) 400
500
600
650
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
0,0077 0,0090 0,0102 0,0115 0,0127 0,0141 0,0154
0,0129 0,0149 0,0170 0,0191 0,0212 0,0234 0,0257
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Cópia não autorizada
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NBR 8011/1995
Tabela 5 - Seção “S” - Roletes de carga planos (Figura 4) Unid.: m2 Ângulo de Ângulo de inclinação acomodação dos rolos λ ρ
0o
Largura da correia (mm) 400
500
600
650
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
5o
0,0014 0,0023 0,0035 0,0042 0,0066 0,0105 0,0155 0,0214 0,0282 0,0359 0,0446
10o
0,0028 0,0047 0,0070 0,0084 0,0131 0,0211 0,0310 0,0428 0,0565 0,0720 0,0894
15
o
0,0042 0,0070 0,0106 0,0126 0,0198 0,0318 0,0467 0,0645 0,0851 0,1085 0,1349
20
o
0,0057 0,0095 0,0142 0,0169 0,0266 0,0427 0,0628 0,0866 0,1143 0,1458 0,1811
25
o
0,0072 0,0119 0,0179 0,0214 0,0335 0,0539 0,0792 0,1093 0,1442 0,1839 0,2285
30o
0,0087 0,0145 0,0218 0,0259 0,0407 0,0655 0,0961 0,1326 0,1750 0,2233 0,2774
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