NAF Docslide.com.Br Apostila Para Flauta Naf Revista e Formatada

June 14, 2019 | Author: Diego Nery | Category: Scale (Music), Music Theory, Musicology, Elements Of Music, Musical Notation
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Apostila Para Flauta Nativa Americana NAF

Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito.

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Apostila

 Flauta Nativa Americana (NAF)



Compartilhamos novamente com vocês a apostila para NAF, revista e formatada. Realizamos algumas alterações para melhor elucidação dos conteúdos, assim como outra formatação e correção gramatical.

O material, recordando-lhes, é um angario do que conseguimos sobre teoria e métodos para a flauta nativa americana (NAF), ou como gostam de chamar, “flauta do amor”. Como sabemos, não há praticamente nenhum material disponível

no nosso idioma primeiro, o português; e como obtemos certo domínio da flauta, transcrevemos em forma de apostila o conhecimento que alcançamos para que possa ser útil a você, que também se interessa por este instrumento!

 A parte teórica musical que assentamos no início da apostila serve como lembrete ou ponto de partida. E logo a seguir, damos início ao curso para a NAF. Se  você tem interesse em se ampliar com a NAF, sugiro-lhe que se dedique na teoria musical; o estudo da teoria garantirá muitos progressos na flauta, permitindo que  você leia as partituras com facilidade... E, quem sabe, você possa compor suas próprias canções?

Há muitos livros e conteúdos que podem ser utilizados, incluindo bons materiais disponíveis na rede, em blogs, tutorias etc. Ao final dessa apostila deixolhes alguns links de downloads de livros e manuais que poderão te ajudar. Certo? Possa esta apostila servir como apoio! Bom estudo!  Wicapi

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Índice:

I. Noções básicas de teoria musical ..................................................................................................7

II. Um pouco sobre a escala pentatônica.....................................................................................21 1. A escala pentatônica maior..........................................................................................................22 2. A escala pentatônica menor.........................................................................................................23 3. Outras escalas pentatônicas.........................................................................................................25 4. Aplicações............................................................................................................................................26

III. Voltando as origens..........................................................................................................................28 1. A lenda da primeira Flauta Nativa Americana....................................................................29

IV. Teoria para a flauta nativa americana ..................................................................................34 1. Obtendo sua flauta NAF.................................................................................................................36 2. Conhecendo a sua NAF..................................................................................................................38 3. O Sistema SNAFT..............................................................................................................................39 4. As escalas nas NAF’s......................................................................................................... ...............46 4.1 Um pouco sobre os Modos.......................................................................................................54 5. Como posicionar a sua NAF.........................................................................................................56 6. Sobre as afinações ..........................................................................................................................60 7. Juntando a teoria com a prática................................................................................................64 7.1 Técnicas de ataque e duração.........................................................................................65 7.2 Técnicas de ritmo ou metro............................................................................................73 Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito.

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7.3 Técnicas de execução das notas....................................................................................83 7.4 Técnicas dos ornamentos................................................................................................85 Escapar o ar......................................................................................................................87 Corte do ar........................................................................................................................88 Queda..................................................................................................................................89 Estouro..............................................................................................................................90 Notas grace......................................................................................................................92

a. Mordentes inferiores.....................................................................................94 b. Mordentes superiores...................................................................................95 c. Mordentes extendidas...................................................................................96 Volta.......................................................................................................................................97 Volta invertida...................................................................................................................97 Volta vertical ascendente e descendente...............................................................98 Volta vertical extendida.................................................................................................99 Correr..................................................................................................................................100 Trinado...............................................................................................................................102 Pitch Bends (curvas lançadas).................................................................................103 Slides (deslizamento)..................................................................................................104 Glissando...........................................................................................................................105 Técnicas da língua.........................................................................................................107 Casca...................................................................................................................................113 Estouro..............................................................................................................................114 Braçadeira........................................................................................................................115 Nota espectro..................................................................................................................116 Gorjeio................................................................................................................................118

8. Técnicas para destreza na execução.......................................................................................120

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a. Exercício da canção de escalas......................................................................120 b. Exercício de duração variável.......................................................................122 c. Exercícios das dinâmicas.................................................................................122 d . Exercícios da articulação variável..............................................................123 e. Exercício de ritmo..............................................................................................123  f. Exercício das escalas variáveis......................................................................124  g. Escalas tecidas.....................................................................................................124 h. Acrescentando notas........................................................................................124

9. Aplicando os exercícios nas tablaturas ou partituras........................................................127 10. Concluindo o que não se conclui..........................................................................................135 11. Indicações de livros e manuais para estudo teórico....................................................141

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I.

Noções básicas de teoria musical

 A flauta nativa americana (ou NAF) é um instrumento tocado com a alma. Na maioria das vezes, nós a executamos através do que se irradia de nossos corações, no exato momento que dedicamos a ela. Essa é uma das características deste instrumento. Não é uma flauta comum, presa a um sistema rígido, aficionado com uma estrutura musical definida.

Porém, se você é um amante da música nativa e, fenece de vontade de executar as velhas canções dos nossos irmãos nativos americanos, será necessária dedicação em aprender a notação musical... (a menos que você tenha algum parente dos povos antigos e aprenda as canções de ouvido...). Por conseguinte, se quer aprofundar na NAF, ler partituras feitas para as canções nativas, e passar as suas próprias para o papel, você deve fazer um estudo paralelo de teoria musical.

O tópico s seguir, “noção básica de teoria musical” é na verdade um resumo bem “enxuto” para  você compreender certos conceitos que serão

trabalhados.

Portanto, esperamos que você procure algum material mais completo de teoria musical. Estude! Um pouquinho por dia, seguido da prática diária, em pouco tempo tocará todas as canções transpostas para a flauta nativa. Certo? Estude...! Então vamos lá!

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  Som: é a vibração percebida pelo ouvido humano. O nosso ouvido

percebe duas espécies de sons: musicais e não musicais; o som assume quatro propriedades: altura, duração, intensidade e timbre;

  Música: é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante

o som. Seus elementos mais importantes são: melodia, harmonia e ritmo;

  Pentagrama ou pauta: é o conjunto de cinco linhas paralelas, horizontais

e equidistantes, formando entre si quatro espaços. As linhas e espaços da pauta são contados de baixo para cima:

  Linhas e espaços suplementares: muitas vezes estas cinco linhas e quatro

espaços não são suficientes para se escrever todos os sons musicais, por isso, usam-se quando necessário, as linhas e espaços suplementares superiores e inferiores:

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  Notas: são sete: dó - ré - mi - fá - sol - lá - si. Ouvindo-as sucessivamente

forma-se uma série de sons que se nomeiam de escala:

Há outra forma de nomear as notas, a que chamamos de cifras; elas são:  A (lá); B (si); C (dó); D (ré); E (mi); F (fá); G (sol). São muito utilizadas nas tablaturas da NAF e nas músicas tradicionais ou populares.

 Clave: é um símbolo colocado no início de uma pauta e serve para

determinar o nome das notas e sua altura na escala. Há três sinais de clave: de sol, de fá e de dó (das letras G, F e C apareceram as atuais claves: sol, fá e dó). São elas que determinam os nomes e as alturas das notas; cada clave dá o seu próprio nome à nota escrita em sua linha:

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  Figuras de notas: são desenhos representativos das notas.

 Veja abaixo a composição de uma figura de nota:

Os nomes das figuras são: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa. Como mostrado na figura acima (na mesma ordem). E cada figura de nota terá sua respectiva pausa que lhe corresponde ao tempo de duração. As pausas são figuras que indicam duração de silêncio. As figuras mais usadas atualmente são:

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 As pausas dessas notas são chamadas de: pausa da semibreve; pausa da mínima; pausa da semínima; pausa da colcheia; pausa da semicolcheia; pausa da fusa; pausa da semifusa. Como mostrado na figura acima.

 Valores das notas: denominam a duração dos sons musicais. São várias

as durações e podem ser positivas (notas) ou negativas (pausas). Mas... Um valor negativo para um som? Como funciona? Simples: os valores positivos representam os sons que nós ouvimos e fica a cargo dos valores negativos, representarem as pausas (silêncio) durante a música, veja:

( valores dos tempos das notas)

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Os números acima não são os valores absolutos. Eles apenas representam o valor das figuras, tomando como base a semibreve, cujo valor é um.

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 Compasso: é o conjunto de figuras musicais de duração igual ou variável.

 As figuras que representam o valor das notas têm duração indeterminada (não tem valor fixo). Para que as figuras tenham um determinado valor na duração do som, é necessária a fórmula de compasso. Os compassos são divididos em duas categorias: simples e compostos.

 Tempo: é um valor determinado na duração do som ou do silêncio

(pausa). Os tempos podem ser agrupados de dois em dois (compasso  binário), de três em três (compasso ternário), de quatro em quatro (compasso quaternário), de cinco em cinco (compasso quinário) e de sete em sete (compasso setenário), constituindo unidades métricas às quais se dá o nome de compasso.

  Barras de compasso: são separadores no pentagrama; compõe-se de

uma linha vertical, chamada barra de compasso ou barra simples ou ainda travessão. Usa-se para separar períodos ou trechos da música:

(Barra simples)

(Barra dupla)

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Para concluir a música, usa-se a barra final:

E para indicar repetição de um trecho, usam-se barras de repetição:

Existe ainda o símbolo  Dal Segno Al Fine. Na execução da peça, se houver este símbolo, indica que o músico deverá voltar ao sinal gráfico (representado abaixo – como um  S “cortado”) e seguir dali até a palavra  fine, que indicará o final.  Dal Segno  é utilizado quando algum trecho

compreendido entre este sinal e a palavra  Fine, deve ser repetido. Pode também ser representado pelas letras D. S. Veja:

  Fórmulas de compasso: são figuras que representam os valores das notas

e das pausas e que têm duração "indeterminada", isto é, não têm um Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito.

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 valor fixo. Para determinar os valores das figuras precisamos da Fórmula de Compasso, que são dois números sobrepostos, indicados ao lado da clave, no início do primeiro compasso. Esse agrupamento de compassos, com tempos regulares, separados pelas barras divisórias, é indicado no início da pauta por números sobrepostos. O número que vem em cima indica quantos tempos teremos em cada compasso, cujo valor (ou qualidade) vem representado pelo número de baixo. O compasso recebe o nome do número de tempos que o compõem: para 4 tempos = quaternário (4/4); para 3 tempos = terciário (3/4); para 2 tempos =  binário (2/4). Nos compassos quaternários, a semibreve (que é o inteiro)  valerá 4 pontos, determinando assim os valores da mínima (2), da semínima (1), da colcheia (1/2), da semicolcheia (1/4), da fusa (1/8) e da semifusa (1/16).

(Exemplo de compasso ternário ou 3/4)

 Unidade tempo: é a figura que terá o valor igual a 1 dentro do compasso.

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 Unidade de compasso: é a figura que, sozinha, preencherá todo o

compasso. Por exemplo, em um compasso 4/4 a semibreve vale 4 tempos. Ela sozinha preenche um compasso.

  Escalas: é a sucessão de sons de alturas diferentes. A escala pode ser

maior, menor e cromática. As escalas maiores e menores são formadas por 8 sons. Já a cromática é formada por 12 sons (todos os semitons).

 Tom: é a soma de dois semitons (ou subtons ou meio tom).

  Semitom: é um subtom, meio tom. É a menor distância entre duas notas.

  Ligadura ou legato: quando algumas notas são representadas nas

partituras ligadas por um semicírculo, indica que as notas são tocadas ligadas, ou seja, toca-se sem marcar as notas posteriores a primeira unida pelo legato. Na figura abaixo, a nota dó é tocada ligada, não se repete à segunda. Apenas prolonga-se a primeira, somando-se o valor das duas:

  Ponto de aumento: é um ponto colocado à direita da cabeça da nota;

utiliza-se o ponto de aumento para aumentá-la em metade do seu valor. É também utilizada nas figuras negativas (pausas).

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  Anacruse: é a falta de tempo no primeiro compasso da música, sendo

compensada no final. Se, por exemplo, você deparar com uma música em 4/4 e que no primeiro compasso contenha apenas 1 tempo, tenha certeza que os 3 tempos restantes estarão no último compasso, seja em valores positivos (notas) ou negativos (pausa).

  Solfejo: é o ato de "dizer ou cantar" o nome das notas e a contagem das

pausas, obedecendo à métrica de divisão musical. Deve ser acompanhado por movimentos rítmicos e proporcionais.

  Intervalos: intervalo é a diferença de altura entre dois sons. Conforme o

número de sons que abrange, o intervalo pode ser de 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, etc. O intervalo pode ser:

O intervalo também pode ser: - Melódico - quando as notas são ouvidas sucessivamente, podendo ser ascendente - quando a primeira nota for mais grave que a segunda, e descendente, quando a primeira nota for mais aguda que a segunda:

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- Harmônico - quando as notas são ouvidas simultaneamente:

  Fermata: fermata é um sinal que se coloca acima

ou abaixo

de figuras ou pausas para aumentar sua duração por tempo indeterminado (não tem valor fixo). Também pode ser chamado de coroa ou infinito. Colocada sobre uma pausa chama-se suspensão; quando colocada sobre a barra de compasso, indica uma pequena interrupção entre dois sons. Exemplo de fermata na partitura:

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  Acentuação métrica dos compassos: os tempos dos compassos obedecem

a diversas acentuações, isto é, acentuações fortes e outras fracas. Essas acentuações constituem o acento métrico; por meio dele podemos reconhecer se o compasso é binário, ternário ou quaternário.

 Contratempo: são notas executadas em tempo fraco ou parte fraca do

tempo, ficando os tempos fortes ou partes fortes de tempo preenchidos por pausas. Podem ser regulares ou irregulares:

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Bem, terminamos aqui este resumo. Mas recordemo-nos que o conteúdo anterior, não substitui o estudo da teoria musical. Foi apenas para trazermos uma noção ou lembrança dos termos que iremos usar a seguir. Será necessário que você obtenha algum material didático de teoria ou pelo menos musicalização básica, para continuar e aprofundar nos estudos. Há muito, muito mais o que aprender. Correto? Quer se aprofundar mais...? Estude!  Vamos lá?

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II.

Um pouco sobre a escala pentatônica

 A escala pentatônica é a escala utilizada na flauta flaut a nativa americana.  Ao contrário do que muitos pensam, a escala pentatônica é muito antiga, porém muito utilizada em todo o mundo. Sua origem é nebulosa, não se sabe ao certo, mas aponta-se que ela foi usada ou recriada na Mongólia, Japão e Egito. Até hoje desempenha um papel muito importante em toda a música oriental, africana e especialmente na música “céltica”. Outros afirmam que ela foi reelaborada na China, por algum estudioso que reuniu as divisões melódicas propostas por Pitágoras: este descobriu que, se uma corda gerava uma nota "x" e fosse dividida ao meio, geraria a mesma nota, porém uma oitava acima; se a mesma corda fosse dividida em 3, geraria então outro intervalo harmônico e assim sucessivamente.

A escala

pentatônica organizada com as divisões propostas por Pitágoras gerava com isso seis intervalos distintos: si, dó, ré, mi, sol, lá. A proximidade da nota si para a nota dó era muito e, quando tocadas juntas, geravam uma dissonância. Por essa razão foi retirada a nota si desta escala, formando então apenas uma escala de 5 tons ou sons, batizada de  pentatônica. Foi então o ponto inicial para a harmonia na música!  As escalas receberam então esta denominação –  pentatônicas –  por serem compostas ou formadas pelas cinco notas ou tons. Mas elas, porém, são dividas em dois ramos, passando a serem  pentatônicas maiores e pentatônicas menores. Muitos músicos denominam-

na simplesmente de penta. Este dois ramos, pentatônicas menores e maiores, são ouvidos em diversos estilos musicais como na música tradicional, no blues, o rock, e na Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito.

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música pop. Enfim, nos estilos musicais mais ouvidos. Vejamos mais sobre elas:

1.  A escala pentatônica maior

 A escala pentatônica maior mais utilizada é aquela derivada da escala esc ala maior (ou jônica) quando retiramos o 4º e o 7º grau. No exemplo de escala pentatônica maior em Dó (C), temos:

C D E G A Ou Dó Ré Mi Sol Lá

Repare que as notas naturais F (Fá) e B (Si) da escala maior foram suprimidas nesta escala pentatônica maior.

T 2 3 + 5 6 ⇒ graus da escala

Qualquer escala de cinco notas com a terça maior  poderia ser considerada como uma pentatônica maior, porém esta forma acima é considerada a mais comum.

 Veja a seguir as escalas de notas pela pentatônica maior:

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Escala Pentatônica Maior Tons 1, 2, 3, 5, 6 da escala maior, sem o 4 e 7

2.  A escala pentatônica menor

O mesmo raciocínio feito para a construção da escala pentatônica maior, pode ser aplicado na elaboração da pentatônica pe ntatônica menor.  A pentatônica menor é baseada na escala menor natural, natu ral, porém sem o 2º e o 6º grau.  Veja o exemplo de uma escala pentatônica menor em Dó (C):

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C Eb F G Bb Ou Dó Mi (bemol) Fá Sol Si (bemol) T b3 + 4 5 b7 ⇒ graus da escala

 Veja que qualquer escala de cinco notas com a terça menor  poderia ser considerada uma pentatônica menor, porém esta é a mais usada. Esta é a escala preferida pelos músicos de blues, rock e metal. Eles costumam incluir ainda, uma sexta nota, no grau b5; esta é conhecida como  blue note, formando assim uma escala típica do blues. Escala Pentatônica Menor Tons 1, 3, 4 ,5 ,7 da escala menor natural, sem o 2 e 6

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Invertendo as notas desta mesma escala pentatônica maior, temos outras quatro escalas pentatônicas. Assim, a escala pentatônica maior de C (dó) começada na nota A (lá) formará à escala penta menor de A.

3. Outras escalas pentatônicas

Nós podemos montar escalas pentatônicas apenas utilizando cinco notas distintas.  Veja:  Pentas menores:

C Eb F G Bb  penta menor - sonoridade próxima da escala menor no blues.



C Eb F Ab Bb  penta menor - sonoridade próxima da escala frígia



C Db F G Bb  penta menor - sonoridade japonesa



C Eb F G A  penta menor - sonoridade jazz



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C Eb F A Bb  penta menor - sonoridade alterada



 Pentas maiores:

C D E G A ⇒

 penta maior - sonoridade próxima da escala maior natural

C D E G Bb  penta maior - sonoridade próxima da escala mixolídia



C D E Gb A  penta maior - com sonoridade jazz ou lídio



4.  Aplicações

 As escalas pentatônicas maiores e menores são as escalas mais estáveis, pois não possuem intervalos de semitom e por isso são facilmente reproduzidas vocalmente. Elas são escalas mais imprecisas do que as escalas diatônicas de 7 notas, mas mesmo assim são boas opções para o improviso. No blues é comum eles usarem a pentatônica menor para improvisar sobre um acorde

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dominante maior. Por exemplo, costuma-se improvisar com a pentatônica menor de A (lá) no acorde A7 (lá maior dominante).  Assim, para um mesmo acorde podemos escolher várias escalas pentas que soarão bem com ele… ***

Ficou um pouco mais claro sobre a escala pentatônica? É sobre esta escala que trabalharemos no estudo da NAF.  Vamos então à introdução da flauta nativa americana!

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III.  Voltando as origens

“A Flauta Nativa Americana é reconhecida como uma legítima  ferramenta de cura, que manifesta a voz da alma expressando nossas emoções e sentimentos. A Flauta Nativa oferece-nos uma viagem arrebatadora rumo ao mundo interior. Qualquer pessoa com ou sem dom e conhecimento musical pode ‘ tocá-la’  facilmente”.

 A flauta nativa americana é também conhecida como Wayazo Tanka ou Siyo Tanka. Esta flauta é um instrumento de origem espiritual, difundido entre os índios da Grande Nação Sioux do Oeste dos Estados Unidos.

É um instrumento musical único no mundo. O seu som é inconfundível e a forma de aprendizado é muito simples; basta um coração amoroso e poucas técnicas para a emissão das notas!

Por ser uma legítima ferramenta de cura, pode manifestar a voz da alma; traz paz aos ouvintes e ao flautista, além de ser uma ótima forma de expressar emoções e sentimentos mais imaculados...

De acordo alguns chefes indígenas, as flautas nativas americanas eram tocadas com a intenção de se conectarem emocionalmente com os ritmos da natureza: " Até pouco tempo, comenta - a força que emanava da Mãe-Terra dominava nossas vidas; e muitos de nós acabamos por perder o contato Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito.

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com os níveis mais elevados da consciência; no entanto, ao tocar a  flauta nativa, é fácil despertarmos o sentimento de intimidade que no liga ainda com a Mãe-Terra.” 

Precisamos dizer mais alguma coisa depois deste depoimento? Muitas são as histórias e lendas em que os povos nativos contam a respeito de sua origem e de como essa flauta chegou às suas tradições.  A origem da flauta parece aspirar e firmar em um mistério, embora saibam que ela foi usada para diversas funções, tais como a cura, etc.  A maior parte da história é desconhecida, e o pouco que sabemos vem da tradição oral; muitas pessoas, especialmente na área formal ou acadêmica não tomam isso como uma fonte de informação histórica rigorosa e completamente verídica.  Arqueólogos e pesquisadores encontraram apitos de ossos com mais de 60.000 anos. Ossos com furos também foram encontrados em cestos de cerâmica por volta de 300 D.C. no nordeste do Arizona, além de flautas pertencentes aos índios  Pueblos Anasazi  por volta de 800 D.C. No entanto a maioria das flautas pré-históricas que eram construídas em madeira desapareceu há muito tempo devido à deterioração.

1.  A lenda da primeira Flauta Nativa Americana

 A história abaixo foi contada por  Phil Lane (Phillip Brown Bear), respeitado ancião  Lakota, poucos meses antes dele fazer sua passagem para o mundo espiritual:

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- Muito tempo atrás havia um jovem índio que estava muito interessado em uma bela virgem da tribo. Ele estava sempre tentando chamar sua atenção, mas ela nunca o notava.  Sempre que ela estava presente, ele montava em seu cavalo com orgulho, mas nada chamava a atenção dela...! Um belo dia, quando a bela jovem e outras meninas estavam tomando banho no rio, o jovem começou a mergulhar por entre as rochas que atravessam o rio, para mostrar quão corajoso ele era, mas novamente ela o ignorou...

 Entristecido e sem esperanças, o jovem adentrou na floresta e sentou-se na base de uma árvore Cedro, morto há muito tempo.  Enquanto estava sentado, pensando sobre a sua amada, um sábio pica pau pousou em um galho oco que estava sobre sua cabeça - o galho tinha sido escavado ao longo do tempo pelo vento. O pica-pau então começou a  fazer buracos com seu bico em torno do galho... Toc, toc, toc... Ao longo do galho oco. Toc, toc, toc... Com as bicadas do pica-pau, o galho se partiu e caiu ao lado do jovem; o sábio vento então soprou sobre este galho oco com buracos, e então o jovem  percebeu vozes musicais provenientes daquele galho! Admirado, ele levou o galho consigo, e com o passar dos dias foi descobrindo que ao cobrir alguns  furos com os dedos, e assoprar em uma das extremidades do galho, imitando a voz do vento, poderia criar melodias belas, tristes, felizes, para coincidir com os sentimentos do seu coração!  Sentou-se por um tempo isolado e inventou as melodias mais profundas e comoventes!  A moça, certo dia, ouviu músicas que vinham da floresta. O som era tão comovente que a atraiu e tocou no fundo de seu coração. Então ela foi seguindo aquela música pela floresta, quando viu sentado ali na base da árvore Cedro, a primeira flauta sendo tocada, criada pelo Pica-pau, o  pássaro escultor...

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 Enquanto ouvia, ela se apaixonou e se entregou por amor ao jovem.  E os dois saíram de mãos dadas e, foram felizes para sempre...  A lenda também diz que, ao conquistar seu “ grande amor”   através do som da flauta (coração), ela deverá ser guardada e nunca mais tocada,  porque caso contrário, sempre estará atraindo um novo amor...  Phillip Brown Bear

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Portanto, com uma forma poética ou oculta de descrever este processo, muitos indivíduos atribuem o desenvolvimento da flauta a esta história.

Há, porém, aqueles que defendem que a flauta foi um instrumento trazido por outros povos, de determinados “mundos ou dimensões”, para que os índios fizessem seu uso para a cura e como instrumento de harmonia ligação  nas suas comunidades. Estes “povos do céu” trouxeram  também muitos conhecimentos e sabedoria, o que garantiu um desenvolvimento mais avançado a determinadas comunidades indígenas... É um fato, não uma lenda!

Mas a teoria mais comum ou respeitada pelas mentes eruditas, defendida pelos estudiosos, é que a flauta foi desenvolvida pelos Antigos Pueblo-Povos (Oasisamerica), como a flauta Anasazi; estas teorias foram  baseadas nas análises dos desenhos de flautas feitos nas cavernas mesoamericanas do sul.

 A flauta nativa mais antiga existente foi feita de madeira. Foi descoberta pelo aventureiro italiano Giacomo Costantino Beltrami , em 1823 durante pesquisa histórica nas cabeceiras do rio Mississippi. O achado faz parte agora da coleção do Museu Civico Di Scienze Naturali  em Bergamo, na Itália.

Foram achadas também, flautas feitas da cana-de-rio, podendo ser uma das mais antigas; esta se encontra na coleção do  Museu Coleções da Universidade de Arkansas, Fayetteville. Foi recuperado em 1931 por  Samuel C. Dellinger e recentemente identificado como uma flauta NAF por  James A.  Rees Jr., da Sociedade Arqueológica Arkansas. O artefato é conhecido

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coloquialmente como " A Flauta Breckenridge", e é provável que date entre 150-1350 A.C.

Outra lenda popular é o de  Kokopelli . Os nativos americanos do sudoeste consideram o Kokopelli como o Deus da Fertilidade. É também um antigo deus dos índios Hopi .

Kokopelli é um flautista corcunda (que remonta a 3000 anos, quando as primeiras pinturas rupestres foram esculpidas), onde sua “música” trouxe prosperidade para o povo e para a terra.

Ele é representado pelos Hopi, com o corpo nu e uma corcunda bem proeminente, caminhando, e geralmente com antenas em cima de sua cabeça, além de assoprar uma flauta. Em sua corcunda contém sementes que são regadas com a chuva atraídas pelo som de sua flauta. Em outras tradições, porém, Kokopelli é muitas vezes representado com uma ereção ao invés da corcunda. Isto é um simbolismo significando que o Kokopelli traz fertilidade. Sua música simboliza a transição do inverno para a primavera, trazendo a chuva que faz crescer as colheitas... Quanto às lendas da origem da flauta NAF, qual é a mais verdadeira, só posso lhe dizer que ouça seu coração e descubra qual lhe fala como mais correta... Particularmente aprecio a versão dos “povos do céu”, apesar da

 variante contada pelo Urso Pardo como inspiradora... Não acham?

Bem, vamos então à teoria! Pegue de sua NAF e vamos lá!

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IV. Teoria para a flauta nativa americana

 As flautas NAF (native american flute) são muito fáceis de tocar. Possuem um sonho místico, aparentemente complexo, mas fornece ao instrumentista uma incrível facilidade na utilização. A partir de uma nota  base (ou fundamental) se dispõem os orifícios de forma a constituir uma escala pentatônica harmônica.

 Assim, praticando corretamente a vedação dos furos, e usando as técnicas próprias para ela, imediatamente se cria melodias que são geradas a partir de nosso estado anímico, ou de nosso coração, como muitos gostam de dizer.

Para facilitar o aprendizado, algumas flautas possuem o furo central coberto com uma tira de couro para vedá-lo. Esta vedação propicia a utilização dos furos ou notas de forma que a escala seja sempre a pentatônica (mais adiante explicaremos o motivo). Quando a pessoa se encontra mais hábil na manipulação, retira-se a tira de couro que recobre o furo.

 As atuais NAF’s estão em sintonia com uma variação da escala

pentatônica menor, dando ao instrumento o som bem característico e até melancólico. Alguns fabricantes começaram recentemente a experimentar nas NAF’s diferentes escalas, dando aos instrumentistas novas opções

melódicas.

 Além disso, as flautas modernas estão sintonizadas nas chaves de concertos em geral (como A ou D), de modo que elas possam ser facilmente Venda proibida. Apostila com fins didáticos, de uso livre e gratuito.

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reproduzidas junto a outros instrumentos. As chaves-raiz das modernas flautas NAF’s abrangem uma gama de cerca de três oitavas e meia, de C2 a

 A5.

 A teoria utilizada na aprendizagem da flauta NAF, portanto é bem simples. Não tem dificuldades! A base teórica fundamental é a mesma utilizada em qualquer instrumento; mas como em todos eles há uma linguagem própria, que o identifica, há também para a NAF um sistema próprio que exemplifica e facilita alguns artifícios a serem usados.

 As culturas nativas não criaram partituras escritas. As músicas espirituais e técnicas do instrumento foram sendo passadas dos mais velhos aos jovens, seguindo rituais disciplinados. A ideia inicial era experimentar com os sons da natureza, e tentar imitá-los com a flauta. Depois o instrumento passou a ser expressão da cultura e ritos ocorridos nas tribos.

Diz-se que a boa teoria para NAF, está na própria alma daquele que toca, bastando usar o coração antes de tudo para tocar as canções! E é essa a característica mais peculiar das NAF’s... Consegue ser um instrumento fantástico e ao mesmo tempo fácil. Por que para quem age com o Coração, não há dificuldade alguma! Não diz a lenda indígena, que bastou apenas o  jovem amante usar a linguagem de seu coração para conseguir conquistar sua bela amada? É isso aí... Continuemos. ***

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1. Obtendo sua flauta NAF

Bom, se você ainda não obteve sua flauta NAF, e não sabe ainda onde encontrá-las, informo-lhe que deverá desembolsar um valor considerável se  você não mora nos USA.

 As flautas que são realmente consideradas NAF ou a legítima flauta nativa americana são construídas, apenas pelas mãos de um irmão nativo americano. Por quê? Pelo que verifiquei em uma na Lei Federal americana de proteção a cultura nativa, apenas as flautas saídas da mão de uma comunidade indígena ou de um nativo ou descendente próximo pode ser batizada e comercializada com este nome:  Native American Flute  ou Love Flute ou NAF. Qualquer flauta fabricada por um artesão que não tenha origens nativas, ou que seja de uma nacionalidade ou culturas diferentes, não pode comercializá-la como se fosse verdadeira flauta nativa americana. Compreende? Então se você quer ter uma “legítima” N AF deve comprar diretamente

de algum descendente ou construtor nos USA. É fato.  Aqueles de outras nacionalidades ou americanos de “nenhuma”

herança com os nativos, só podem fabricá-las e vendê-las com o título de ao estilo das flautas nativas americana!

Não se desanime. Assim como temos leis de proteção aos nossos irmãos índios brasileiros, a lei deles busca priorizar e valorizar o trabalho cultural feito pelos nativos. É uma forma de proteção e manutenção das raízes nativas. Mas convenhamos também que fabricar a flauta pela mão de um não nativo também tocaríamos da mesma forma! O que importaria é como ela foi fabricada...

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Os valores das NAF’s  americanas podem variar muito. Algumas são  bem baratas e outras, por serem produzidas por indivíduos de renomes, podem receber um valor bem alto pela qualidade e, pelas mãos que as fez.

 Aqui dentro da América do Sul há alguns fabricantes que a produzem. produ zem. Não vou fazer propaganda, basta que você acesse os buscadores na rede que irá encontrá-los.

Mas na hora de obter sua flauta, verifique apenas de que madeira ela foi feita. Busque ouvir a afinação que lhe agrade, saber sobre o peso da flauta e o diâmetro. Às vezes, dependendo do tamanho da flauta, pode ser um pouco desconfortável tocá-la por causa do peso e da dificuldade de alcance dos dedos. Portanto escolha a que te agrade e a que seja melhor para você executar.

Encontramos NAF’s  em diversas afinações; e a maioria alcança

sempre apenas uma oitava ou um pouquinho mais. Então, para que você tenha um repertório bem mais amplo, é essencial que aos poucos você obtenha NAF’s de várias afinações. Uma já é suficiente para você tocar as

músicas de sua essência. Várias NAF ’s  abrem um leque amplo de possibilidades!

Portanto, fica o seu critério quais as NAF’s que lhe farão mais bem! Ok?  Vamos lá.

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2. Conhecendo a sua NAF

O corpo da flauta NAF é bem simples. Consiste apenas em um tubo, de proporções iguais, com duas câmaras de ar internas. A primeira onde se inicia o fluxo de ar, sendo bloqueada por uma pequena parede interna; nesta, o ar é direcionado para cima, para uma pequena abertura sob um nivelamento onde se encontra o bloco abaixo do totem. O ar, estreitamente comprimido, é então direcionado para a segunda

câmara – parte do ar escapa sobre a flauta e parte dele retorna para o corpo da flauta. Na segunda câmara, o ar ingressa pelo tubo, passando pelos furos e escapando ainda para a saída final da flauta. O corpo da flauta é bem simples, apenas adequando-se nas medidas necessárias para dar a afinação correspondente.

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Um esclarecimento: Quase todas as NAF’s são fabricadas da madeira. Mas determinadas

pessoas produzem vez ou outras algumas em PVC ou bambu. Atente-se que a legítima flauta é fabricada em madeira; pela madeira se tem uma sonoridade que nenhum outro material poderá dar.  Além de ser feita de um material natural, traz todo um simbolismo. O  bambu é interessante, mas também não se compara a madeira.  As flautas de PVC podem ser baratas, e até aqueles que não têm conhecimento de luthieria  podem construí-la. Mesmo havendo a necessidade de corte da árvore para a obtenção da madeira na construção das flautas, sabemos que o corte é pequeno em comparação ao que se usa dele para fins supérfluos; e o instrumento não tende a ser descartável, como muitos objetos completamente inúteis fabricados em madeira o são, pelo mundo. E como sabemos também que o plástico não se tornou um elemento agradável ao meio ambiente, é preferível então obter apenas o instrumento feito da madeira, que vai ter uma vida mais longa, de qualidade, de aspecto, além da simbologia que ele trará. É bom que se utilize uma flauta feita de material natural ou mais apropriada. Pense nisso.

3. O Sistema SNAFT

O SNAFT é um sistema muito fácil de escrita de tablatu ras das NAF’s. São bem característicos e simples de utilizar. Foi desenvolvido originalmente por Goodhew.  A versão a seguir tem algumas modificações secundárias ao escopo original criado por ele. Vejamos:

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Simbologia para as NAF’s

Caractere

Significado

<

Bocal da flauta... (mostra-se sempre à esquerda)

x

Furo fechado

o

Furo aberto

h

Furo está meio fechado

|

Divisão dos dedos entre a mão esquerda e direita

q

Furo está ¼ fechado (parcialmente fechado)

c

Furo está "quebrado" - ¾ fechado (quase todo fechado)

t

 Vibre rapidamente – use o trinado

!

Registro alto. Usa-se ao término de uma nota para indicar overblowing (explodir a nota)

Montando um exemplo visual pelo SNAFT, o teríamos desta forma:

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