Musculação Adaptada - Eder Lima PDF

February 10, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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MUSCULAÇÃO ADAPTADA 1) DIABÉTICOS 1.1) DEFINIÇÃO O Diabetes Mellitus é uma disfunção do metabolismo dos carbohidratos, caracterizada pelo excesso de glicose (açúcar) no sangue (hiperglicemia), devido à falta ou ineficácia da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas endócrino. 1.2) FISIOLOGIA  A insulina e o glucagon são hormônios de funções antagônicas, secretados pelo pâncreas, que exercem um importante papel na regulação da concentração plasmática da glicose. Quando em estado hiperglicêmico, o pâncreas é estimulado a liberar insulina no sistema circulatório, a fim de reduzir a glicose circulante. A insulina age:   Facilitando o transpor transporte te da glicose p para ara dentro das célu células las (princ (principalmente ipalmente as célul células as do tecido muscular);   Promovendo a glicogênese (transformação de glicose em glicogênio, que será armazenado nos músculos esqueléticos e no fígado);   Inibindo a gl gliconeogêne iconeogênese se (form (formação ação de g glicose licose a pa partir rtir de outros substratos). Quando os níveis plasmáticos de glicose estão abaixo do normal (hipoglicemia), o pâncreas secreta o glucagon que promoverá a glicogenólise (quebra das moléculas de glicogênio no fígado) e um aumento da gliconeogê gliconeogênese, nese, fazendo a glicose circulante voltar a níveis normais. O diabetes afeta o modo pelo qual nosso organismo utiliza a glicose, pois durante a digestão •





normal, corpo converte o açúcar,pelo o amido e outros em açúcar simples a glicose. Esta, poro sua vez, é transportada sangue até as alimentos células, sendo introduzida no –seu interior através da insulina. Assim, a glicose é convertida em energia para utilização imediata ou armazenada para futuro uso. O diabetes interrompe tal processo, a glicose se acumula no sangue provocando a hiperglicemia hiperglicemia,, e parte é excretada via urina, caracterizando a glicosúria glicosúria.. O excesso de glicose no sangue ou a falta desta dentro das células, são as causas de todos os sintomas do diabetes. 1.3) TIPOS E ETIOLOGIA DO DIABETES Há duas classificações principais de diabetes: 1.3.1) DIABETES MELLITUS INSULINO-DEPENDENTE OU DIABETES TIPO 1. Neste tipo, é mais comum seu aparecimento quando jovem, onde as células beta (células que secretam insulina do pâncreas) são destruídas. Esta destruição pode ser causada pelo sistema imunológico, pelo aumento da suscetibilidade à viroses das células beta ou pela degeneração destas. Isto leva a uma deficiência acentuada na secreção de insulina, e portanto, injeções diárias são necessárias para controlar o nível de açúcar no sangue. 1.3.2) DIABETES MELLITUS NÃO-INSULINO-DEPENDENTE OU DIABETES TIPO II. É o tipo mais comum de diabetes, seu aparecimento é gradual, costumando se manifestar na fase adulta. Normalmente, o indivíduo consegu consegue e controlar os níveis de açúcar plasmáticos com uma dieta específica, exercícios e, em certos casos, com medicamentos via oral. É causado por três principais anormalidades do metabolismo:   Uma secreção de insulina retardada ou prejudicada;   Uma ação prejudicada da iinsulina nsulina nos te tecidos cidos (resistência à in insulina); sulina);   Uma produção excessiva de glicose pelo fígado. Embora a etiologia desta síndrome da resistência à insulina seja obscura, ela provavelmente envolve fatores genéticos bem como fatores ambientais e estilo de vida tais como obesidade, •





inatividade e dieta.

Com a obesidade, as células beta do pâncreas ficam menos suscetíveis à estimulação do aumento das concentrações plasmáticas de glicose e as células-alvo (como as células Persona Fit - assessoria e consultoria em fitness Prof. Eder Lima - diretor técnico – 3225-8185 / 9135-8657 e-mail: [email protected] 1

 

 

musculares, por exemplo) sofrem uma redução na ativação dos receptores da insulina. Desta maneira, a insulina, na corrente sanguínea, não efetua com eficiência o transporte da glicose para dentro da célula. 1.4) SINTOMAS E PROBLEMAS DE SAÚDE DECORRENTES DO D O DIABETES Os sintomas podem ser específicos, tornando claro o quadro, e inespecíficos que precisariam de exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. SINTOMAS ESPECÍFICOS 

SINTOMAS INESPECÍFICOS 

Poliúria (urinar em excesso) Polidipsia (beber água em excesso) Polifagia (comer muito) Hiperglicemia Glicosúria Infecções cutâneas e genitais recidivantes Impotência sexual  Alterações visuais, visuais, renais ou neurológicas neurológicas

Sonolência Cansaço físico e mental Dores generalizadas Desânimo Perda de peso Cãibras Parestesia

O diabetes aumenta o risco do aparecimento de várias doenças como:   Doença arterial coronariana   Doenças cerebrovascu cerebrovasculares lares   Hipertensão   Doença vascular periférica   Toxemia durante a gravidez (convulsões ou ace acessos ssos e elevação aguda da pres pressão são arteri arterial, al, proteinúria, edema, retenção de sódio)   Hiperinsuli Hiperinsulinemia nemia no recém-nasc recém-nascido ido (presença de alto nível de insulina endógena no sangue circulante)   Retinopatia diabética (doença progressiva que danifica a retina)   Nefropatia diabética (danificação dos pequenos vasos sanguíneos dos rins)   Neuropatia periférica (doença dos ner nervos vos resp responsáveis onsáveis pela sensibilidad sensibilidade e e que ccontrolam ontrolam o funcionamento muscular)   Neuropatia autonômica (doença que afeta os nervos autônomos que agem sobre órgãos internos importantes como o coração)



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1.5) CONDUTA GERAL DO DIABÉTICO O plano de tratamento do diabético envolve a administração de injeções de insulina (que pode ou não ser necessária) e/ou medicamentos admini administrados strados por via oral, uma dieta balanceada e exercício.  A prescrição das injeções de insulina e do tipo de insulina utilizada deve ser feita pelo médico endocrinologista. endocrinologista. A dosagem ideal varia entre os indivíduos e a correta prescrição ajudará o diabético a manter a homeostase do metabolismo não só dos carboidratos mas também das gorduras e proteínas.  As insulinas são classificadas em relação ao seu tipo, início da ação, período máximo e duração da ação: TIPOS DE INSULINA 

Insulina regular Insulina NPH e lenta Insulina ultralenta Lispro

AÇÃO 

INÍCIO DA AÇÃO 

Rápida Intermediária Prolongada Ultra-rápida

30 min 1 – 3 horas 4 – 6 horas 15 min.

PERÍODO MÁXIMO  DURAÇÃO DA AÇÃO

2 – 5 horas 6 – 12 horas 8 – 20 horas 1 hora

5 – 8 horas 16 – 24 horas 24 – 28 horas 3 – 4 horas

 As principais funções funções da insulin insulinas as são:   Impedir que a glicemia ultrapasse 160 a 18 180 0 mg mg/dl /dl apó apóss a alimentação;   Armazenar g glicose licose no fígado e músculo da forma de glicogênio (reserva de glicose), qu que e será utilizado em períodos interalimen interalimentares tares muito longos ou durante atividade física;





Intervir na no fabricação adiposoósseo, (reserva de energia);    Participar processodedetecido ccrescimento rescimento muscular e de vários órgãos.

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 As dietas com baixa ingestão de carboidratos, no intuito de melhor controlar a glicemia (normalidade = 70 a 109 mg/dl), não são recomendadas, pois uma dieta pobre em carboidratos causa um aumento na ingestão de gorduras, o que pode ter um efeito muito negativo nos níveis de lipídeos sanguíneos. Como os diabéticos já têm um grande risco de desenvolver doenças cardiovasculares, cardiovascula res, o aumento dos lipídios sanguíneos aumentaria ainda mais este risco. Os obesos que possuem diabetes necessitam de uma dieta com restrição calórica para diminuir sua porcentagem de gordura, o que pode até fazer com que os indivíduos com Diabetes Tipo II consigam restabelecer seus níveis normais de glicose sanguínea sanguínea.. Outra preocupação do diabético é com relação ao índice glicêmico dos alimentos da dieta. O índice glicêmico é uma classificação dos alimentos baseada no seu imediato efeito nos níveis de glicose sanguínea. Ele representa o quanto a glicose sanguínea do indivíduo se altera depois da ingestão de determinado alimento. Os alimentos que são quebrados rapidamente durante a digestão e podem alterar os níveis de insulina e de glicose sanguínea são os alimentos de alto índice glicêmico. glicêmico. Os alimentos que são quebrados mais lentamente, liberando glicose gradualmente na corrente sanguínea e que não elevam os níveis de insulina são chamados de alimentos de baixo índice glicêmico. glicêmico. A maioria dos alimentos cujos índices glicêmicos já foram testados e catalogados está enquadrada numa escala que vai de 0 a 100, mostrando se o alimento aumentará a glicose sanguínea apenas um pouco, moderadamente ou dramaticamente. Quanto menor o número, mais devagar a ação. Portanto, um profundo conhecimento do índice glicêmico dos alimentos é de extrema importância para os diabéticos. A ingestão de alimentos com índice glicêmico médio/baixo não afeta os níveis de glicose sanguínea, diminuindo assim a probabilidade da hiperglicemia que sucede as refeições. Além disso a manutenção dos níveis de insulina estáveis resulta em:   Redução do excesso de tecido adiposo •



        

Aumento dos níveis de energia Aumento e damanutenção vivacidade mental Redução nos níveis de colesterol e triglicerídeos Redução na incidência de hipertensão Aumento do condiciona condicionamento mento cardiovascula cardiovascularr O controle dos níveis de glicose sanguínea permite a regulação da lipoproteina lipa lipase se (LPL).  A LPL é uma importante enzima, responsável pela regulação do metabolismo de lipoproteina lipoproteinass e gorduras. A lipoproteina lipase do tecido adiposo permite a absorção dos triglicerídeos plasmáticos pela célula adiposa. Assim, o aumento da atividade desta enzima está intimamente ligado ao aumento da gordura armazenada.  A insulina é um importante regulador da atividade da lipoproteína lipase, sendo que quanto maior a liberação de insulina na corrente sanguínea, maior a atividade desta enzima e maior também a probabilidade de armazenamento de gordura nas células adiposas.  A dieta com alimentos de médio/baixo índice índice glicêmico é uma importante arma que deve ser utilizada pelo diabético, tanto na preservação dos níveis normais de glicemia quanto na manutenção ou até mesmo diminuição da porcentagem de gordura corporal, sendo que ambas situações favorecem a diminuição dos riscos das doenças relacionadas ao diabetes. •







1.6) RESPOSTAS DO DIABÉTICO AO EXERCÍCIO FÍSICO Qualquer diabético envolvido em um programa de exercício deveria estar atento à possibilidade de hipoglicemia tanto na hora do exercício quanto nas vinte e quatro horas após o exercício. Hipoglicemia  - caracteriza-se quando a glicemia está abaixo de 50 mg/dl, e com um quadro

clínico incluindo sintomas relativos à alterações comportamentais, sensoriais, coma, convulsões locais ou generalizadas e à reação neurovegetativa decorrente, como sudorese, tremores, taquicardia, sensação de fome intensa. Tal quadro, quando prolongado ou repetido por várias vezes, pode causar danos irreversíveis ao cérebro e ao sistema nervoso.  As são: diferenças nas características e respostas dos dois tipos principais de diabetes ao exercício Persona Fit - assessoria e consultoria em fitness Prof. Eder Lima - diretor técnico – 3225-8185 / 9135-8657 e-mail: [email protected] 3

 

 

1.6.1) DIABÉTICO TIPO 1 -  Apresenta baixos níveis de insulina sanguínea d devido evido à incapacidade ou capacidade reduzida do pâncreas em produzir insulina. hipoglicemia glicemia durante o ou u imedi imediatamente atamente d depois epois do exercício, p pois ois o fígado falh falha a -  Propensos à hipo em liberar glicose na mesma proporção que a sua utilização. Para estes indivíduos o exercício pode causar excessivas alterações nos níveis de glicose plasmáticos, que são inaceitáveis no controle da doença. Uma diminuição da insulina plasmática e a presença do glucagon parecem ser necessárias para o aumento precoce na produção hepática de glicose durante o exercício. Esta adaptação hormonal praticamente não acontece no diabético tipo 1. Como consequência, quando os indivíduos têm baixa quantidade de insulina no sistema circulatório devido à terapia inadequada, os hormônios contrários a insulina são excessivamente liberados durante o exercício e aumentam os já altos níveis de glicose e corpos cetônicos, podendo precipitar a cetoacidose diabética  (descompensação diabética extrema, cujo quadro clínico consiste em náuseas, vômito, dor abdominal, rubor facial, poliúria, polidipsia intensa, de evolução rápida levando o indivíduo a apresentar-se desidratado, taquicárdico, frequentemente hipotenso e com hálito cetônico). Reciprocamente, a presença de altos níveis de insulina, devido a administração exógena, pode atenuar ou até impedir a mobilização de glicose e outros substratos induzida pelo exercício, resultando em hipoglicemia.  Apesar do exercício provocar nenhuma ou quase nenhuma melhora da glicemia nestes indivíduos, outros grandes benefícios ao diabético tipo 1 são observados, como:   Redução d dos os riscos de doença doençass cardiovas cardiovasculares, culares, por este aprese apresentar ntar de d duas uas a três vezes o risco de desenvolvim desenvolvimento ento destas doenças.   Redução do risco em relação às outras doenças como a cerebrovasc cerebrovascular ular e arterial periférica. •



   Alteração do pressão perfil llipoproteico ipoproteico consequente nsequente redução do risc risco o de aterosclerose aterosclerose.. Redução da arterial. e co





1.6.2) DIABÉTICO TIPO II -  O problem problema a aqui não está relacionado à falta d de e secreção de insuli insulina, na, mas à falta de reposta das células alvo à ação da insulina (resistência à insulina), ou seja, a insulina não consegue desempenhar com eficiência o papel de facilitar o transporte da glicose para dentro da membrana da célula. -  Cerca de 80-90% dos diabéticos tipo II são obesos. O exercício tem uma função maior para este tipo de diabético. A contração muscular tem um efeito análogo à insulina, pois aumenta a permeabilidade da membrana celular. Assim, o exercício diminui a resistência e aumenta a sensibilida sensibilidade de à insulina. Isto acarreta:   Redução na necessidade celular de in insulina sulina e, con consequentemente sequentemente,, das dosagens exógenas via injeções ou medicamento por via oral.   Melhoria na ação da insulina depois do exercício moderado/inten moderado/intenso so pode ser mantida por várias horas, o que estende o risco de hipoglicemia bem além da hora do exercício.   Redução dos níveis de colesterol LDL e VLDL.   A reduçã redução o da pressão arterial induzida pelo exe exercício rcício físico é mais consistente para e estes stes indivíduos com hiperinsulin hiperinsulinemia. emia.   Redução da gordu gordura ra corpo corporal ral através do exerc exercício ício e dieta, com consequente redução nos níveis de obesidade e seus fatores de risco. •









1.6.3) RISCOS DO EXERCÍCIOS FÍSICO PARA O DIABÉTICO O diabético que não estiver bem controlado, com seus níveis glicêmicos adequados, apresentarão um risco à complicações muito maiores do que qualquer possível benefício resultante do exercício. Podemos citar:   Hipoglicemi Hipoglicemia, a, para pessoas que estej estejam am tomand tomando o insuli insulina na ou agentes h hipoglicemia ipoglicemiantes ntes via oral   Hiperglicemi Hiperglicemia a e, para diabéticos tipo 1, cetoacidose •



   Complicaçõe Complicaçõessda cardíacas, Sangramento retina inclusive morte súbita





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  Perda de proteínas na urina   Oscilação excessiva, para ccima ima e para b baixo, aixo, da pr pressão essão arterial sistólica   Aparecimento de úlc úlceras eras nos pés e danos ortopédicos, especialmen especialmente te em indivíduos com neuropatias periféricas   Queda a acentuada centuada da pres pressão são arter arterial ial sistól sistólica ica intra intra-esforço -esforço em indiv indivíduos íduos com neuropatia autonômica grave

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Encontramos ainda fatores de interrupção e/ou de não início de uma prática física:   Para diabéticos com neuropatia autonômica autonômica:: •



  uma maior que 100 batimentos é um risco e pode frequência ser tambémcardíaca indicativodederepouso uma hipoglicemia   propensão a hip hipertermia ertermia e super a aquecimento quecimento corporal durante a práti prática ca física, o que prejudica a performance física predispondo o organismo a uma insolação (estado potencialmente fatal)   são susce suscetíveis tíveis a variações bruscas d de e frequên frequência cia card cardíaca, íaca, assim sendo, o aquecimento e o desaquecimento são mais necessários   Hipertensão arterial nã não o controla controlada, da, com pressão a arterial rterial sistó sistólica lica de repouso superior a 180 mmHg ou pressão diástólica acima de 105 mmHg   Diabéticos com ne neuropatias uropatias periféricas ou do doenças enças ca cardíacas rdíacas devem e evitar vitar o exercício sob frio intenso •







1.7) TREINANDO O DIABÉTICO O Diabetes Mellitus é mais difícil de ser tratado, do que outras condições crônicas, como: hipertensão, hiperlipidemia, angina, artrite, problemas cardíacos. Isso acontece porque sua evolução ideal está diretamente relacionada a uma maior extensão na mudança do estilo de vida, que está fora do controle do profissional. O professor de Educação Física, que vá treinar um diabético, deve passar informações sobre um estilo de vida ativa, em que o exercício físico estaria obrigatoriamente incluído e que seria adotado por toda a vida do indivíduo, contribuindo para uma melhor qualidade de sua vida. Contudo, outras variáveis, além do exercício regular, também são de grande importância e interferem no processo. A dieta é considerada a principal variável, de difícil controle, pois a maioria dos diabéticos não possui noções do que seja uma dieta adequada, balanceada, e acabam por adquirir hábitos alimentares errados, influenciando no aumento da glicose sanguínea, dificultando o controle do Diabetes. Mas como exemplo de determinação e disciplina, temos o fisiculturista campeão nacional americano Tim Belknap, diabético insulino-dependente.   Outro fator importante é a personalidade do diabético, ou seja, ele pode estar fazendo a dieta corretamente, tomando a medicação certa, fazendo exercícios físicos regulares, mas ser uma pessoa agitada, nervosa ou depressiva; sabe-se que tanto o stress emocional positivo como o negativo aumentam os níveis glicêmicos, glicêmicos, alterando o controle do Diabetes. Recentemente, inúmeras pesquisas têm descrito respostas ao exercício resistido, que poderiam melhorar a homeostase de glicose, incluindo mudanças nos tipos de fibras musculares, hipertrofia muscular, aumento da densidade capilar muscular, incrementos no sistema enzimático associados com o armazenamento e oxidação da glicose, melhoria da oxidação de lipídeos, além de modificações favoráveis com relação à hiperinsuli hiperinsulinemia, nemia, nas proteínas plasmáticas, em alguns parâmetros da coagulação sanguínea (que é precária no diabético) e na pressão arterial. Mas, o fato que realmente pesa para o diabético é o teste de glicemia capilar   antes e depois do exercício, onde este constata que o exercício contribuiu para a diminuição de seu nível glicêmico, controlando o seu diabetes. 1.7.1) INFORMAÇÕES INICIAS AO DIABÉTICO ANTES DE ENGAJAR NA MUSCULAÇÃO O profissional de Educação Física precisa passar ao futuro trainee diabético, uma série de informações e recomendações antes deste se engajar num programa de musculação. A literatura especializada especializad a nos traz: 1. antes). Checar seu nível de glicose glicose sangu sanguínea ínea antes do exercício (m (mais ais ou menos trinta mi minutos nutos Persona Fit - assessoria e consultoria em fitness Prof. Eder Lima - diretor técnico – 3225-8185 / 9135-8657 e-mail: [email protected] 5

 

 

  Glicemia entre 130 - 200 m mg/dl g/dl – não há necessida necessidade de de sup suplementar lementar a iingesta ngesta de carbohidratos.   Glicemia menor que 130 mg/dl – ingerir 20g de carbohidrat carbohidratos os 2. Os riscos com relação à hipoglicemia durante e após o exercício e as alterações que podem ser feitas na dosagem da insulina injetada previam previamente ente ao exercício:   Diretrizes g gerais erais pa para ra evitar a hipogli hipoglicemia cemia dur durante ante e pós exercíci exercício o para o diabé diabético tico tipo 1: -  Consuma carbohidrato carbohidratoss (15-30 (15-30g) g) a cada tri trinta nta minu minutos tos de exercício de inten intensidade sidade moderada. -  Consuma um carbohi carbohidrato drato de índice glicê glicêmico mico médio médio/baixo /baixo ante antess de exe exercícios rcícios •





prolongados. Diminua a dosagem de insulina: -  Insulina de ação intermediária: diminua a dose em 30-35%, no dia do exercício. ação ão curta e interm intermediária: ediária: retire a dose d da a insu insulina lina de ação curta -  Insulina de aç que precede o exercício. -  Várias d doses oses d de e insul insulina ina de ação curta: dim diminua inua a dose que p precede recede o exerc exercício ício em 30-50% e suplemente com carbohidratos. -  Não ap aplicar licar iinsulina nsulina nas re regiões giões d de e músc músculos ulos qu que e partici participarão parão ativamente do exercício, para evitar a entrada súbita de grande quantidade de insulina na circulação. -  Evite o exercício tarde da noite. 3. A importância de se realizar uma avaliação avaliação médica para verificar se há complicações vasculares (micro ou macrovasculares) macrovasculares) e/ou neurológi neurológicas; cas; 4. A importância de um exame da retina periódico (a cada ano). 5. A importância importância de levar cons consigo igo uma bolsa com carbohidratos carbohidratos.. - 

6. Os A importância evitardos o álcool bem como o uso de beta bloqueadores (quando possível). 7. meticulososdecuidados cuida com os pés (princip (principalmente almente nos diab diabéticos éticos que já aprese apresentam ntam uma neuropatia periférica) para evitar úlceras e outras lesões ortopédicas. 8. Uso de meia e tênis apropriado, que não aperte os pés (a meia ajuda a prevenir bolhas e manter os pés secos). 9. A possibilidade possibilidade de hip hipotensão otensão ortostática pós-exercício pós-exercício.. 10. A importância da reposição hídrica (o suor significa que você está perdendo água). 11. Vestir roupas compatíveis com a temperatura (lembre-se de que suar mais não aumenta a perda de peso de gordura e sim, de água). 12. Saber quando é melhor não se exercitar (se o nível de glicose em jejum estiver maior que 300 mg/dl, independente do tipo de diabetes). 13. Quando checar a quantidade de corpos cetônicos (se o nível de glicose estiver por volta de 250 mg/dl antes do exercício, no Diabetes Tipo 1. Caso a quantidade de corpos cetônicos esteja alta, é melhor não praticar exercícios, pois a alteração nos níveis de corpos cetônicos é uma indicação de que o nível de insulina está muito baixo e o exercício poderia produzir mais corpos cetônicos, causando uma acidose e um desequilíbrio químico do corpo). 14. A importância do aquecimento prévio e da volta à calma no final do exercício, especialmente no caso de neuropatias autonômic autonômicas. as. 15. Se o diabético for hipertenso é aconselháve aconselhávell uma maior atenção nos exercícios de alongamento que precedem e sucedem o exercício, pois os alongamentos ajudam, através da vasodilatação, a restabelecer a pressão arterial. Neste caso, é importante evitar os exercícios isométricos por causarem vasoconstrição continua e, em alguns, casos aumentarem ainda mais a pressão arterial. 16. Atenção no momento da execução do exercício para que ele não faça respiração bloqueada ou manobra de valsava (que aumentam a pressão ocular e podem também aumentar a pressão arterial sistêmica). 17. Para o diabético com neuropatia periférica, os exercícios que exigem sobrecarga sobre os pés, como por exemplo a corrida, não são recomendados. 1.7.2) AVALIAÇÃO FÍSICA DO DIABÉTICO CANDIDATO A MUSCULAÇÃO É de suma importância que o diabético seja submetido a uma criteriosa avaliação multidisciplinar de seu estado geral. Isto é fator determinante para a segurança, não só do Persona Fit - assessoria e consultoria em fitness Prof. Eder Lima - diretor técnico – 3225-8185 / 9135-8657 e-mail: [email protected] 6

 

 

diabético, bem como do profissional de Educação Física que irá conduzir o programa de treinamento deste. Esta deverá conter:   Histórico e exame físico (especialmente te o músculo-esquelético) músculo-esquelético) -  Revisão de todos os sistemas (especialmen -  Identificação de problemas médicos (asma, artrite, etc.) -  Composição corporal   Evolução do diabetes -  Hemoglobina glicosilada -  Exame oftalmológico •





Exame neurológico Evolução nefrológica   Evolução cardiovascula cardiovascularr -  Teste de esforço, quando -  Idade >35 -  Diabetes tipo 2 a mais de 10 anos -  Diabetes tipo 1 a mais de 15 anos -  Presença de qualquer fator d de e ris risco co ad adicional icional para doença coronariana (hipertensão,, colesterol, etc) (hipertensão -  Presença de d doença oença microvascula microvascularr (re (retinopatia tinopatia ou n nefropatia, efropatia, inclusive microalbuminúria) -  Doença vascular periférica -  Neuropatia autonômica -  Exames laboratoriai laboratoriaiss (triglicerídeos e colesterol) Somente a partir destes dados o professor de Educação Física poderá elaborar um •

programa diabético. realmente individualizado, que atenda aos objetivos e respeite os limites de seu trainee 1.7.3) O PROGRAMA DE MUSCULAÇÃO DO DIABÉTICO Do mesmo modo que qualquer iniciante na musculação, o programa de exercícios do diabético, depende do seu estado inicial de aptidão. Daí a importância da avaliação inicial para que professor de Educação Física tenha os parâmetros necessários a individualização do treinamento. O mais importante é que o diabético mantenha sua glicose sob controle Depois de tudo que já foi exposto aqui, creio sermos capazes de responder as seguintes questões:   Qual a frequência semanal ideal? Tanto para o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2, o Colégio Americano de Medicina Esportiva recomenda um mínimo de 3x e o ideal de 5x/semana. Isto em razão do exercício poder aumentar a sensibilidade à insulina em até 40%. Contudo, tal mudança parece ser um efeito agudo associado ao exercício recente, e é perdido em 2 a 3 dias de inatividade.  Assim sendo, o diabético também pode iniciar com uma rotina de corpo inteiro e à medida de sua evolução passar à rotinas divididas (o que seria o ideal). •



  Qual a interrrelação volume/intensidade? Para o diabético tipo 1   a princípi princípio o manter suas repe repetições tições altas em torno de 20 e gradativa gradativamente mente a cada novo programa reduzi-las para 10 –15, mas sempre sem atingir o ponto de fadiga muscular momentânea;   como este tipo é o mais propenso a hipoglicemia, é aconselhável manter um volume total de séries por grupo muscular baixo/moderado, para que a sessão de treino não se estenda demais (30 – 40 min. máximo);   intervalo de recuperação normal, evitando uma alta intensidade relativa; •





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Para o diabético tipo 2   como é bastan bastante te comum este tipo tipo ser obeso e hipertenso, manter altas as repetições, entre 15 – 20, mas também sem atingir o ponto de fadiga muscular momentânea;   especialmen especialmente te no caso da obesidade obesidade,, manter um volum volume e total d de e séries por grup grupo o muscular moderado (40 – 60 min. máx).   neste tipo como a intensidade absoluta de carga é baixa baixa,, pode-se buscar in intervalos tervalos de recuperação um pouco mais baixo que o do tipo 1. •









  Qual duração? Tantoapara o diabético tipo 1 quanto do tipo 2, como a evolução de treinamento é lenta, ideal é que cada programa tenha 8 semanas de duração, de modo a permitir que as adaptações orgânicas sejam pronunciada pronunciadas. s.   Que hora do dia? Como já visto, deve-se evitar o exercício tarde da noite pois uma possível hipoglicemia poderia acontecer durante o sono, dificultando as contramedidas necessárias. O ideal, portanto, é que fosse feita na parte da manhã, não muito tempo após o café e com a dose ajustada de insulina. Segue abaixo uma tabela adaptada do Boletim Médico do Centro B-D de Educação em Diabetes (1994) HORÁRIO DOS EXERCÍCIOS FÍSICOS 

INSULINA A AJUSTAR 

Das 6 às 11 horas Das 11 às 16 horas

Regular matutina NPH matutina

Das 20 17 às às 23 20 horas horas Das

Regular noturna NPH noturna

1.7.4) A DIETA PARA O DIABÉTICO Não existe uma dieta para diabéticos. Existe a dieta para o diabético. diabético. Cada diabético tem que ter a alimentação ajustada às suas necessidades, tipo de vida, massa corporal, exercício físico e a resposta do seu organismo aos medicamentos de que faz uso. O ato de comer, em nossa sociedade, tem um significado muito além do preenchimento das necessidades calóricas, nutricionais e vitamínicas do nosso organismo. Comemos para comemorar, para nos consolar, para suprir carências afetivas, para agredir aos outros ou a nós mesmos e como atividade social. Assim sendo, o diabético, em algumas situações sociais pode sentir dificuldades em manter seu padrão dietético. É, então, importante que seja orientado quanto ao seu comportamento alimentar nestas situações especiais, e aí que a reeducação alimentar apresenta mudanças positivas nos hábitos alimentares, que colaboram no controle do Diabetes. DICAS PARA PARA A REEDUCAÇAO ALIME ALIMENTAR NTAR (Labrunie, Mattos, Braga e Labrunie, 1997)   Enfatizar, na incorporaçã incorporação o de novos há hábitos bitos al alimentares, imentares, o fraciona fracionamento mento da dieta (5 a 6 refeições/dia com intervalos de 2 a 4 horas) de acordo com o esquema de insulina (dose, horário de aplicação);.   Manter a ingestão to total tal de gordura e entre ntre 25% a 30%, no máxim máximo o das ccalorias alorias tota totais is do dia.   Reduzir a ingestão de ácido ácidoss graxos saturados a menos de 10% das calo calorias rias e a ingestão de colesterol a menos de 300 mg/dia.   Usar métodos de preparo do alimento com pouca ou nenhuma gordura, dando preferênci preferência a a óleo de origem vegetal (girassol, canola, milho, oliva, etc).   Reduzir o consumo de carnes vermelhas, substituin substituindo-as, do-as, pelo menos três vezes por semana, por aves (frango, peru) e peixes, cuja pele deve ser retirada antes do preparo.













  Dar preferênc preferência ia às halv halvarinas (creme (cremes s margarinas vegetais) eduras. margarinas ve vegetais getais cremo cremosas sas ou líquidas, em substituição àarinas manteiga e às Persona Fit - assessoria e consultoria em fitness Prof. Eder Lima - diretor técnico – 3225-8185 / 9135-8657 e-mail: [email protected] 8

 

 

  Controlar o consumo de gema, sub substituindo, stituindo, se sempre mpre que possível, o ovo inte inteiro iro por clara, devido ao alto teor de colesterol.   Adequar a ing ingestão estão de amidos e outro outross carbo carbohidratos hidratos complexos (pães, ce cereais, reais, ma massas) ssas) 50% a 60% do valor calórico total do dia, minimizando o uso dos cabriolarmos simples (mel, açúcar) e, em substituição, adotando-se o uso de edulcorantes (adoçantes) como aspartame, sacarina, sucralose ou acessulfame acessulfame,, quando indicado.   Ingerir, diari diariamente, amente, cinco ou mais po porções rções de u uma ma combina combinação ção de ve vegetais getais e fru frutas, tas, especialmente vegetais verdes (couve, espinafre, etc), amarelos (cenoura, abóbora, etc) e frutas cítricas (goiaba, acerola, etc).









  Manter a ingestão denão proteínas em15% níveis moderados (não Obs.: exceder 1,2 g/Kgrequer peso corporal/dia), em geral mais que do valor calórico total. a nefropatia dieta hipoproteica (não inferior a 0,8g/Kg).   Evitar o consumo de ál álcool, cool, emb embora ora seu uso pos possa sa ser limitado, salvo in indicações dicações clínicas.   Limitar a ingestão d de e cafeína, no máxim máximo, o, 2 xícara xícarass de ca café fé (50 ml cada) ao dia, podendo o mesmo ser substituído por infusão de ervas naturais, tais como cidreira, erva-doce, etc.   Eliminar o hábito de fumar.   Limitar a ingestão diá diária ria de sal a 6 g ou m menos; enos; em pacientes h hipertensos, ipertensos, restringir o consumo a 4 g/dia (l,5g a 2,5g de sódio), ou ajustá-lo ao grau de hipertensão. Se necessário, deve haver maior rigor. Evitar adicionar sal ao alimento à mesa, substituindo-o por condimentos naturais, ervas aromáticas, etc.   Consumir moderadamente alimentos salgados, processados e preservados com sal (enlatados e embutidos em geral, como mortadela, salame, presunto, etc.).   E aconselhável que as refeições suplementares (lanches) sejam compostas, preferencialmente, preferencialm ente, de frutas e derivados lácteos desnatados.













1.8) CONCLUSÃO   Todos os níveis de exercícios, incluindo a musculação, atividades de lazer, esportes recreacionais e de alta performance, podem ser feitos por diabéticos isentos de complicações e que tenham um bom controle da glicose sanguínea. habilidade e em ajustar o regime tera terapêutico pêutico (insul (insulina, ina, medicamen medicamento to e dieta) ao exercício exercício,,   A habilidad permite uma segura participação do diabético em atividades de alta performance. Mas esta deverá ser aprendida pelo diabético, onde o papel do professor de Educação Física será decisivo, já que será com este que o diabético terá mais contato dentre todos profissionais que cuidarão dele.

2) ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES  A partir do século XIX, o desenvolvi desenvolvimento mento tecnológico acele acelerado rado impôs ao Homem moderno o sedentarismo exagerado, a um estilo de vida de bem deeseus antepassados.  Aliado a isto, erros e vícios levando-o alimentares, como o excesso sal,diferente açúcares gorduras saturadas somados a diversas situações de tensão e stress. Tal quadro é o principal responsável pelo aumento do número de indivíduos apresentand apresentando o hipertensão arterial ou alguma da doença arterial coronariana, elevando elevando a taxa de mortalidade em função destas. No fim dos anos 60, iniciou-se quase que no mundo todo a chamada “febre do exercício”, visando principalmente principalmente à obtenção de um nível físico ideal para manter e preservar a saúde. Esse estímulo à prática física teve sua origem nas constatações de diversos estudos de que exercitarse regularmente reduzia a mortalidade por doenças cardiovasculares. Mais uma vez o professor de Educação Física, não só como preparador físico mas especialmente como educador para a saúde, tem um papel decisivo na mudança comportamental, em relação a melhores hábitos de vida e alimentares, não só daqueles que buscam a prevenção bem como daqueles em recondicionamento após um evento cardiovascular.

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2.1) A DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA (DAC) 2.1.1) DEFINIÇÃO Causada principalmente pela aterosclerose, que se caracteriza pela deposição de placas de lipídios (ateromas) nas paredes das artérias. Tal processo evolui progressivamente, iniciando-se geralmente na infância, na dependência dos chamados “fatores de risco”. 2.1.2) FATORES DE RISCO CORONARIANO São os fatores que aumentam o risco de uma pessoa desenvolver a doença arterial coronariana, sendo que esta, na maioria das vezes, é desencadeada por mais de um agente.. Felizmente, a maioria dos fatores de risco coronariano podem ser controlados, seja através de mudanças no estilo de vida e/ou por ação farmacológica (os não controláveis são idade, hereditariedade e sexo). Uma vez minimizados podem auxiliar, e muito, na prevenção do aparecimento da doença coronariana Idade   Idade

Quanto maior for o número de anos vividos, maior será o risco. Assim, para uma taxa de morte por infarto agudo do miocárdio, de 10/100.000 homens entre 25 e 35 anos, passamos a 1.000/10.000 dos 55 aos 65 anos, ou seja, 100 vezes mais.

Hereditariedade

O seu papel na gênese da aterosclerose ainda não está totalmente esclarecido, porém, verifica-se sempre um maior número de casos de doenças cardiovasculares em famílias com história rica em hipertensão e doença coronariana. Acreditamos que maior importância será dada à medida que formos obtendo melhor desenvolvimento na área da engenharia genética.

Sexo   Sexo

Pelo menos até a fase de menopausa a mortalidad mortalidade e por doença arterial coronariana é menor na mulher em relação ao homem. Nas idades entre 35 e 45 anos, a mortalidade é cerca de seis vezes maior em homens da raça branca. Após esse período a diferença se torna muito pequena. Existe a possibilidade de um efeito protetor dos estrogênios, que declina após a menopausa. Níveis sanguíneos elevados de gorduras saturadas (colesterol e triglicerídeos) estão relacionados a uma maior incidência de coronariopatias. Os lipídios plasmáticos são principalmente derivados dos alimentos que ingerimos. Níveis ideais de colesterol são geralmente abaixo de 200 mg 0/o. Níveis acima de 360 mg0/o apresentam quase cinco vezes mais a incidência de doença coronariana.  Os depósitos lipídicos são formados por frações lipoproteicass de baixa densidade (LDL) e de muito baixa densidade (VLDL). A lipoproteica fração lipoproteica de alta densidade (HDL) atua como elemento protetor. O

Dislipidemia   Dislipidemia

exercício e uma dieta balanceada podem reduzir os de gordurase saturadas,físico diminuindo principalmente os níveis deníveis triglicerídeos aumentando a fração HDL. Segundo Fredrickson, níveis de colesterol acima de 220 mg/dl em qualquer idade devem ser considerados anormais, devendo ser indicados esforços para o seu controle. Hipertensão

 A hipertensão arterial constitui um dos maiores fatores de risco coronariano segundo a observação da maioria dos autores. Estudos da American Heart  Association de 1978 demonstraram que níveis sistólicos acima de 150 mmHg possuem um risco médio duas vezes maior que indivíduos normotensos. normotensos.

Fumo   Fumo

O tabagismo excessivo, ou o uso de 20 ou mais cigarros por dia, apresentase com o risco aumentado de desenvolver coronariopatia, sendo duas vezes maior o risco de infarto agudo do miocárdio). A ligação fisiopatológica entre o fumo e a doença aterosclerótica ainda não está totalmente esclarecida.  Alguns autores admitem a possibilidade possibilidade de lesão endotelial pelo monóxido de Persona Fit - assessoria e consultoria em fitness Prof. Eder Lima - diretor técnico – 3225-8185 / 9135-8657 e-mail: [email protected] 10

 

 

carbono, com consequente facilitação do processo de aterogênese.  Para outros é mais importante a ação estimulante da nicotina, provocando vasoconstrição e taquicardia, conjuntamente com outras substâncias do fumo. Diabetes mellitus  mellitus  O paciente diab diabético ético apresen apresenta ta um risco aumen aumentado tado de desenvo desenvolver lver doença arterial coronariana em face de diversos fatores inerentes à própria doença, principalmente a maior atividade das catecolaminas circulantes e o aumento da viscosidade e da adesividade plaquetária. Contudo, é difícil isolar o diabetes como um único fator, tendo em vista sua frequente associação com obesidade,, hipertensão arterial e dislipidemi obesidade dislipidemias. as. Sedentarismo   Sedentarismo

Há fortes evidências a cerca do papel dos exercícios na redução da mortalidade cardiovascul cardiovascular. ar. Um dos primeiros estudos realizados comparando a prevalência de Doença Arterial Coronariana (DAC) entre pessoas ativas e sedentárias foi realizado por Morris e cols. em 1953, na Inglaterra. Esses autores verificaram a mortalidade cardiovascular entre cobradores e motoristas de ônibus, concluindo que os cobradores ativos apresentaram duas vezes menos infarto do miocárdio. Dessa época até nossos dias, dezenas de trabalhos foram publicados, mostrando uma relação estatística significativa entre aptidão física e DAC.  Para Leon58 não é possível ainda obter-se prova absoluta da contribuição da inatividade física para a DAC devido à complexidade do problema, contudo os atuais estudos epidemiológicos epidemiológ icos indicam que a atividade física habitual oferece uma proteção parcial contra os eventos primários e secundários da doença coronariana.

Obesidade   Obesidade

Esta se torna important importante e na medida em que é maior a associação com o diabetes e a hipertensão arterial. A obesidade está caracterizada quando temos um índice de massa corporal (IMC) maior que 30, e/ou um percentual de gordura (%G) acima de 25% para homens e 30% para mulheres. Estudos mostraram que pessoas com excesso de peso (acima de 20%) apresentam uma taxa de mortalidade, em relação à DAC, duas vezes e meia maior, comparada com pessoas de peso normal.

2.1.3) VARIEDADE DE APRESENTAÇÃO DA DAC Cardiopatia Isquêmica Silenciosa Angina de Peito Estável   Estável

Angina de Peito Instável   Instável

Angina Vasoespática  Vasoespática 

Consiste na manifestação de isquemia pelas alterações do ECG sem a presença de angor. Caracteriza-se pela presença da dor precordial de curta duração, geralmente 1 a 3 minutos, cedendo com repouso ou com uso de vasodilatadores. Caracteriza-se pela exacerbação ou progressão dos sintomas de angor da forma estável, com acentuação dos achados dos dois últimos meses (angina progressiva), podendo aparecer pela primeira vez (angina de recente começo), ou após um episódio de infarto do miocárdio (angina pós-infarto). Também conhecida como Variante de Prinzmetal. CaracterizaCaracteriza-se se pelo relato de crises de angor recorrentes que acontecem após esforços leves ou mesmo em situações de completo repouso ou emoções. São verificadas alterações significativas de ST que

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desaparecem quando a dor cede. O quadro enzimático é geralmente normal ou levemente tocado. Nessa entidade há geralmente associação de lesão univascular em vaso coronariano principal, podendo também as coronárias ser normais (mecanismo vasoespático). Síndrome Intermediária  Intermediária 

Caracteriza-se por uma isquemia miocárdica prolongada prolongada,, quadro representativo de um estado de transição entre isquemia e a necrose. Para alguns autores, na realidade acontecem pequenas áreas de necrose.

Infarto Agudo do Miocárdio  Miocárdio  Caracteri Caracteriza-se za-se pela presença de quadro anginoso prolongado, geralmente com duração superior a 30 minutos, havendo alterações eletrocardiográficas específicas, como infra ou principalmente principalme nte supradesnível de ST e ondas Q em derivações que exploram a região infartada. A causa principal é a aterosclerose dos vasos coronários; porém, outras causas podem ser responsáveis, como dissecção de artéria coronária, espasmo, embolia, arterite e outras. 2.1.4) FISIOPATOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA CORONARIANA O coração depende quase que exclusivamente do oxigênio que extrai. Nas artérias coronárias a saturação de O2 > é de 95%. Durante o exercício o aumento do trabalho cardíaco deve sernormal, compensado com um proporcional do ml fluxo coronariano. Num coração em repouso, esseaumento fluxo é da ordem de 0,8 por sanguíneo grama de tecido ventricular e   por minuto, podendo chegar a 5 a 6 vezes mais durante o exercício. Obstruções coronarianas acima de 50% já ocasionam transtornos, principalmente quando há aumentos das demandas de oxigênio. Mais de 70% das alterações decorrentes da redução do fluxo coronário já se fazem sentir mesmo em repouso. O que se estabelece na realidade é uma desproporção entre a oferta e o consumo de oxigênio para as células miocárdicas, gerando hipóxia. Normalmente, mesmo em repouso o músculo cardíaco tem extração de oxigênio elevada, próxima a seu nível máximo, ou seja, as células miocárdicas extraem cerca de 75% do oxigênio que lhe é disponível, uma taxa bem acima dos demais tecidos do corpo.  Portanto, durante uma maior solicitação, como por exemplo exercício físico, o consequente aumento das demandas metabólicas deve-se às artérias coronárias. A oferta de oxigênio é, portanto, um dependente primário do fluxo coronariano, que depende, por sua vez, da pressão de perfusão de forma direta e indiretamente da resistência dos vasos coronarianos. 2.1.5) Esta A REABILITAÇÃO CARDÍACA visa o restabelecimento e manutenção de um nível adequado de função fisiológica, psicológica, recreativa, profissional e social, possibilitando a normalização das rotinas de vida do indivíduo cardiopata. Aqui inclui-se os indivíduos com os seguintes diagnósticos ou intervenções terapêuticas: cardiopatia isquêmica, infarto do miocárdio recente, cirurgia de derivação da artéria coronária, angioplastia coronariana transluminar percutânea, transplante cardíaco, substituição de válvula cardíaca e insuficiência cardíaca congestiva.

Tipicamente a reabilitação cardíaca é dividida em três fase:   Fase I – Doença aguda   Fase II – Convalescen Convalescença ça   Fase III – Manutenção •





  Fase 1 — Doença Aguda Etapa 1 1 - É a fase crítica da doença que se passa normalmente em unidades de terapia intensiva (UTI) durando nos casos de boa evolução cerca de 3 a 5 dias. Após as primeiras 12 a 24 horas de observação, havendo estabilização do quadro clínico, inicia-se um programa de exercícios de baixa intensidade (1,2 a 2,0 METS) que inclui movimentos passivos e ativos de membros, •

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exercícios respiratórios e de relaxamento e cuidados pessoais. A frequência cardíaca não deve ultrapassar os valores de FC de repouso + 20 bpm. As sessões devem ser repetidas 2 a 3 vezes por dia e são suspensas em casos de ocorrência de dor anginosa, dispnéia, queda ou elevação excessiva da Passada, elevação da PAD em mais  mais   de 10 mmHg, arritmias e/ou alterações de ST significativas. O trabalho de apoio psicológico começa já nesta fase. Etapa 2 2 - Esta se inicia a partir da alta da UTI, estendendo-se até a alta hospitalar. A duração dessa etapa geralmente é de 5 a 10 dias da alta da UCI, sendo mantidos inicialmente os mesmos cuidados e conselhos da etapa anterior, incluindo agora o  o  sentar em poltrona alguns minutos por dia. Um programa de deambulação precoce deve começar a partir do segundo dia, em geral pelas dependências do próprio hospital. A intensidade do trabalho para essa etapa não deve ser superior a 3 METs ou elevar a FC de repouso acima de 20 bpm. A frequência das sessões é de 2 a 3 vezes por dia. Serão observadas as mesmas razões apresentadas na Etapa 1 para interrupção do exercício. sUGESTÃO PARA UM PROGRAMA DE DEAMBULAÇÃO PRECOCE NA ETAPA 2 DA FASE 1 DA REABILITAÇÃO CARDÍACA  DIA

DISTÂNCIA (m) 

2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º

400 400 600 600 800 800 1.000

VELOCIDADE DA MARCHA

MANHÃ

TARDE

confortável X X confortável X X confortável X X confortável X X confortável X X confortável X X confortável X X Setor de cardiologia do Hospital Naval Marcílio Dias, RJ 

  Fase II — Convalescença Começa a partir da alta hospitalar e termina geralmente quando o paciente pode voltar ao trabalho. Tem duração média de 1 a 2 meses. Um dos objetivos principais é a volta ao trabalho com retorno à sua vida útil e produtiva. •

Etapa 1 1 - O paciente mantém os exercícios ensinados por ocasião da fase hospitalar, inclusive continuando o seu programa de marcha. Etapa 2  2  - compõe-se de exercícios em centros especializados ou mesmo no próprio hospital, onde o paciente realiza 2 a 4 sessões por semana. A intensidade de trabalho para essa fase é de 3 a 5 METs, ou uma FC entre 45 - 60% FCmax. Componentes de uma sessão de treinamento na fase II da reabilitação cardíaca: 1. Aquecimento Exercício de alongamento e calistenia leves 2. Atividade aeróbica contínua Sessões de 15 a 30 minutos de bicicleta estacionária e/ou marcha lenta em esteira rolante 3. Resfriamento  Alongamento  Alongamen to e exercícios de re relaxamento laxamento po porr 5 minutos Obs.: A ergometria realizada por ocasião da alta hospitalar no infartado possibilita uma melhor Obs.: avaliação do caso e ajuda na prescrição do exercício. São determinadas por essa ocasião a capacidade funcional limite e a capacidad capacidade e funcional útil.   Fase III — Manutenção ou Treinamento recondicionante  Após a fase de convalescença, que termina por volta de 2 a 3 meses do episódio agudo, inicia-se a fase de manutenção, com duração sem limite e fora do ambiente hospitalar em ambiente comunitário ou outro local que sinta-se seguro. O paciente é submetido a um novo teste ergométrico com o objetivo de complementaçã complementação o da avaliação clínica e programação de exercícios.  A intensidade de treinamento treinamento será função da potênci potência a aeróbica máxima determ determinada inada no teste. Um exame normal permite uma volta ao trabalho com mais confiança. •

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 Aqui o professor de Educação Física entra dando continuidad continuidade e ao trabalho da equipe de reabilitação cardíaca (médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, etc), controlando o treinamento. Nos primeiros 4 – 6 meses de exercícios na fase III - manutenção da reabilitação cardíaca 1. Intensidade VO2 treino = 50 a 65 % do VO2máx FC treino = 60 a 80 % da FC alcançada na ergometria 2. Duração de cada sessão 20 a 60 minutos de atividade aeróbica contínua 3. Atividades recomendadas Caminhadas, ciclismo, natação Após 6 meses Já podemos considerar o indivíduo não mais como um paciente, mas como um trainee, onde para este o trabalho de musculação já começaria a apresentar mais pontos positivos do que contra, em função da alterações bioquímic bioquímicas as e sistêmicas geradas por este. 1. Intensidade VO2 treino = 60 a 80 % do VO2máx FC treino = 70 a 85 % da FC alcançada na ergometria 2. Duração de cada sessão 60 – 75 minutos de atividade mista (alongamento + aeróbico + musculação) 2.2) A HIPERTENSÃO ARTERIAL 2.2.1) DEFINIÇÃO  Aumento da resistência do sistema arterial ao fluxo sanguíneo, em decorrência do endurecimento dos vasos seja por deposição de lipídeos nas paredes ou por espessamento da camada de tecido conjuntivo dos vasos, ou por uma maior resistência periférica por descarga nervosa ou disfunção renal. Esta impõe um esforço crônico excessivo ao funcionamento normal do sistema cardiovascul cardiovascular. ar. CLASSIFICAÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL COMPORTAMENTO P. A. SISTÓLICA mmHg P. A. DIASTÓLICA DIASTÓLICA mmHg mmHg    mmHg   Normal < 140 < 90 Hipertensão leve 140 – 159 90 – 104 Hipertensão moderada 140 – 159 105 – 114 Hipertensão severa

> 160

> 115

2.2.2) MUSCULAÇÃO X HIPERTENSÃO ARTERIAL É consensual que a musculação pode causar maior elevação na pressão arterial em comparação com o movimento dinâmico de menor intensidade, porém não foram achados indícios que essa forma de treinamento seja capaz de causar qualquer aumento a longo prazo na pressão arterial de repouso. Pelo contrário, estudos têm revelado que o treinamento regular na musculação também é capaz de reduzir os níveis pressóricos. E os mecanismo pelo qual esta também consegue tal efeito é tão obscuro quanto os mesmos para os exercícios aeróbicos. Mas isto também não quer dizer que o hipertenso poderá fazer uma mesma rotina de trabalho em musculação que um normotenso. Cuidados precisam ser tomados com o hipertenso na musculação para que este não sofra com picos hipertensivos severos que sobrecarregariam mais seu sistema cardiovascular, trazendo malefícios e não permitindo colher os benefícios da atividade.

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2.2.3) TREINANDO O HIPERTENSO NA MUSCULAÇÃO No universo de uma academia, a musculação pela facilidade de controle de suas variáveis de treino, é a modalidade que mais se adaptaria ao hipertenso. Desde que seja observado:   Medir a PA antes da sessão - não iniciar uma sessão de musculação caso o hipertenso não esteja controlado via medicamento específico (PAS > 150 e/ou PAD > 105)   Utilizar a montagem alternada por segmento - evoluindo desde a forma mais simples de circuito, passando pelos mini-circuitos mini-circuitos até as formas mais avançadas de PHA.   Utilizar uma in intensidade tensidade baixa de carg carga a - mantendo as repe repetições tições en ente te 18 – 20.   Manter um volume de séries por grupo muscular de baixo a moderado •









     

Treinar picos nã não o muito p próximo róximodedo ponto de fa fadiga diga muscu muscular lar momen momentânea tânea – o treinamento limite imporia exagerados pressão. Selecionar exercícios que facilitem o retorno venoso. Observar a respiração – manter uma respiração continuada evitando a Manobra de Valsalva durante não apenas os exercícios de musculação bem como nos alongamentos.   Reduzir o tempo de execução dos alongamentos – saindo dos tradicionai tradicionaiss 2x 20” para, por exemplo, 3x 10”, evita-se sustentar posturas isométricas durante estes.   Para um mesmo percentual do VO2máx., exercícios com membros superiores provocam maior elevação da PA do que os com membros inferiores, então: -  evitar movimentos com membros superiores acima da linha dos ombros -  utilizar menos exercícios para MMSS em relação aos MMII

• •





3) A OSTEOPOROSE 3.1) DEFINIÇÃO  A osteoporose é uma síndrome caracterizada por uma alteração do esqueleto, que consiste na diminuição da massa óssea, produzida pelo desequilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea, favorecendo o aparecimento de fraturas expontâneas ou mesmo consequentes a traumas mínimos, notadamente ao nível das vértebras, mas também, t ambém, em menor escala, nos ossos longos.  A osteoporose é a mais frequente alteração do tecido ósseo, e sua característica predominante é a diminuição do número e espessura das partes calcificadas das trabéculas ósseas (microarquitetura (microarquitetura óssea) e da massa óssea. 3.2) CONSIDERAÇÕES GERAIS  A massa óssea máxima (MOM - maior nível de massa óssea atingido em virtude do crescimento normal), ocorre, geralmente, entre a adolescência e os 30 anos, com variação em determinados pontos do esqueleto. Por exemplo, a MOM do colo femoral é atingida aos 17 anos, mas a das vértebras lombares ocorre entre os 18 e os 24. As demais massas ósseas de interesse não apresentam diferenças entre os em 18 anos e alocais, menopausa, ou sómas atingem seu máximo nas mulheres de em 50 mulheres anos, indicando, alguns uma lenta continua acumulação óssea até a menopausa. É bom lembrar que o osso representa um papel de grande importância no organismo, pois constitui o maior depósito de cálcio que possuímos no organismo. Representa um depósito mineral de substância inorgânica, e entra na regulação do metabolismo entre o cálcio e o fósforo. Esse equilíbrio é muito influenciado por determinados hormônios na parte relacionada aos fenômenos de ossificação e desossificação (ou seja, formação e reabsorção), e dentre esses hormônios, citaremos os ovarianos (femininos), testiculares, e também a córtex suprarrenal, estimulando a formação do osso (osteogênese), enquanto outros, da suprarrenal e paratormônio principalmente, reprimem a ação das células formadoras de osso, aumentando assim, a reabsorção óssea, pelos osteoclastos.

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Durante a maturidade sexual, esses hormônios se mantêm em equilíbrio constante, e controlam a atividade dos dois tipos de células, e assim, a ação de construção e de destruição ósseas se mantém contínua. Porém, com o passar dos anos, ocorrerá a diminuição da produção de determinados hormônios, reduzindo o seus estímulos sobre a formação óssea. Entretanto, a ação de reabsorção do osso continua, mas agora, sem contrapartida. Isto levará a já referida diminuição do numero e espessura das trabéculas ósseas. O declínio da massa óssea começa ao redor da quarta ou da quinta década de vida, a taxas de 0,3 – 0,5 % ao ano. Depois da menopausa, essas perdas aceleram, atingido taxas 10 vezes maiores do que as iniciais, durante um período de 5 -7 anos. 3.3) FATORES PREDISPONENTES Vários são os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da osteoporose. E tais fatores se apresentam diferenteme diferentemente nte entre homens e mulheres. FATORES DE RISCO QUE PODEM SER MODIFICADOS 

 Alimentação pouco nutritiva Deficiência de estrogênio Dieta muito ácida Distúrbios alimentares (bulimia, anorexia) Excesso de cafeína Excesso de fibra na alimentação Excesso de proteína animal Excesso de sal Falta de laticínios na alimentação Fumo Imobilização prolongada Sedentarismo Vegetarianismo

FATORES DE RISCO QUE NÃO PODEM SER MODIFICADOS 

 Alergia a laticínios  Amamentação Hereditariedade Hipogonadismo Idade superior a 40 anos Idade superior a 70 anos Menopausa precoce Pele clara Retirada dos ovários

MULHERES 

HOMENS 

X X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X

MULHERES 

HOMENS 

X X X X X X X X

X X X X X X

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3.4) PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE  A osteoporose é uma doença insidiosa que de repente se mostra através de uma ffratura ratura e quadro de dor aguda. Portanto, a melhor maneira de lidar com a osteoporose é não tê-la, assim sendo, prevenção é palavra chave. Podemos citar como práticas preventivas:   Após os 20 a 25 an anos os de idad idade, e, mesmo aparentemente saudável, procure man manter ter um padrão alimentar rico em vitamina D e cálcio via alimentação.   Expor-se a luz solar (co (com m as devidas cautelas evidentemen evidentemente) te) ajuda na fixa fixação ção e absorção de vitaminas e minerais.   Caso n necessário, ecessário, suplemen suplementar tar o cálcio de forma a atingi atingirr a cota ide ideal al diá diária. ria. •







Em mulheres reposição de estrogênio.    Evitar o fumo,através oá álcool lcoolda e as dietas radicais que inv invariavelmente ariavelmente são pobre pobress em cá cálcio. lcio.   Praticar exercícios físicos.

• •

NECESSIDADES ÓTIMAS DE CÁLCIO RECOMENDADAS PELO NATIONAL INSTITUTE OF HEALTH CONSENSUS PANEL  FAIXA ETÁRIA

INGESTA ÓTIMA DIÁRIA DE CÁLCIO (mg)

Nascimento-6 meses 6 meses - 1 ano 1 – 5 anos 6 – 10 anos 1 – 24 anos Homens: 25 – 65 anos Mulheres: 25 – 50 anos Mulheres pós-menopáusicas com estrógenos: 50-65 anos Mulheres pós-menopáusicas sem estrôgenos: 50-65 anos

400 600 800 800 – 1.200 1.200 – 1.500 1.000 1.000 1.000 1.500

Homens e e mulheres Gestantes nutrizes> 65 anos

1.500 1.200 – 1.500

3.5) MUSCULAÇÃO X OSTEOPOROSE O exercício regular ajuda a reduzir o ritmo de envelhecimento do esqueleto, por auxiliar na fixação do cálcio. Em qualquer idade, as pessoas que adotam um estilo de vida mais ativo possuem maior massa óssea em comparação aos congêneres sedentários.  A teoria mais aceita é de que o osso se comporta como um cristal piezoelétrico piezoelétrico,, que transforma o stress mecânico em energia elétrica. As alterações elétricas criada criadass quando o osso é submetido a um stress mecânico estimulam a atividade das células formadoras de osso (osteoblastos), o que resulta em acúmulo de cálcio. É especialmente benéfico o exercício onde haja sustentação de peso (provocando uma compressão óssea intermitente), os quais aumentam a densidade mineral óssea, incluindo-se aqui: caminhar, dançar e exercícios contra-resistência (a musculação, por exemplo). Pesquisas têm confirmado que o treinamento de força de alta intensidade além de o mais vantajoso na preservação da densidade óssea, também proporciona o aumento da massa força musculares resultando num melhor equilíbrio, coordenação, flexibilidade, agilidade e econsequentemente menos quedas. Houve-se falar muito na natação, mas embora seja improvável que esta aumente a densidade mineral óssea, ela proporciona expansão torácica, extensão da coluna vertebral e condicionamento cardiopulmonar de baixo impacto, tendo, portanto, seu lugar nos regimes de osteoporose.

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