Sumário Executivo
Brasília 2013
Educação para o Mundo Mun do do Trabalho Sumário Executivo
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FICHA CATALOGRÁFICA C748e
Confederação Nacional da Indústria. Educação para o mundo do trabalho : sumário executivo. – Brasília : CNI, 2013. 22 p. : il. 1.Sistema Educacional. 2. Trabalho. I. Título. CDU: 37
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Sumário Executivo Sumário APRESENTAÇÃO APRESENT AÇÃO ................................. ................................................................ ............................... 9 ALGUMA ALGUMAS C ONSTATTAÇÕES ........................................... CONSTA BÁSICASS.................................. ...................................................................... ....... 10 PRESENTE E FUTURO NA INDÚSTRIA BRASILEIRA ....... 11 QUALIDADE DA APRENDIZAGEM ESCOLAR ................... 14 O QUE FAZER, PARA ALÉM DO QUE JÁ ESTÁ EST Á SENDO FEITO? ................................. .......................................................... ......................... 15 COMO ENCAMINHAR SOLUÇÕES PARA OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA? ......................... 17 PROPOSTA PROPOST A DE AGENDA PERMANENTE ........................... 19
APRESENTAÇÃO Este documento apresenta uma proposta de Educação para o Mundo do Trabalho Trabalho. Ele é resultado de um esforço sistemático, promovido pela CNI com a participação de especialistas em educação, para realizar um diagnóstico dos principais desafios de qualidade do sistema educacional brasileiro. Além disso, propõe ações que promovam o seu desenvolvimento, tendo como eixo principal a aproximação da educação do jovem aoamundo do trabalho, indispensável para qualificação do sistema produtivo e para a competitividade da indústria brasileira no panorama internacional. Trata-se de um convite à ação, para que se definam estratégias comuns, envolvendo o mundo empresarial, a comunidade educativa e os poderes públicos, com propostas educacionais concretas, que promovam, com qualidade e urgência, a educação para o mundo do trabalho. Aqui se encontram sugestões que buscam oferecer, ao lado de medidas de longo prazo – muitas já em curso – soluções concretas e eficazes, que produzam impactos e resultados mais imediatos em algumas dimensões qualitativas da educação e que repercu repercutam tam positivamente no setor industrial do país.
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ALGUMAS CONSTATAÇÕES BÁSICAS Existe um consenso de que o nível educacional da população, especialmente daqueles inseridos no mercado de trabalho, é um dos principais fatores que estimulam ou entravam a modernização e a competitividade dos diversos setores econômicos. A indústria brasileira, ao longo do tempo, tem percebido que, para avançar nesse cenário, é necessário promover um decisivo salto na qualidade da educação escolar básica, sobretudo em questões centrais, como domínio da língua portuguesa, matemática e ciências. As novas tecnologias produtivas requerem do trabalhador domínio de conhecimentos e de habilidades que se adquirem por meio de uma adequada educação básica, à qual se associa, quando necessária, qualificação profissional específica. O mercado exige que o profissional interprete desafios e novas situações, estando preparado para calcular, calcular, avaliar e discernir riscos, para corrigir fazeres e antecipar escolhas, com o objetivo de enfrentar e responder a novos desafios para criar e inovar, aprendendo a conviver com o incerto e o inusitado. O novo mundo do trabalho pede que o indivíduo esteja preparado para atuar em situações planejadas e não planejadas, dando respostas adequadas à complexidade da tarefa t arefa apresentada, contribuindo significativamente para a garantia dos resultados demandados. A empresa moderna busca profissionais que tenham bom senso, lógica de raciocínio, competência para se comunicar, que sejam capazes de aprender continuamente, preparados para trabalhar em grupo e que conheçam bem o seu ofício.
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Enfim, a educação é a base do processo da formação de profissionais qualificados. Além de garantir igualdade de oportunidades para todos os brasileiros, uma educação básica e profissional de qualidade – que seja capaz de desenvolver um conjunto de habilidades das mais simples às mais complexas – é requisito indispensável o aprendizado profissão, de um trabalho e, por isso,para imprescindível paradea uma própria competitividade da indústria brasileira.
PRESENTE E FUTURO NA INDÚSTRIA BRASILEIRA O Brasil não está bem situado no campo da competitividade global. Relatório de 2012/2013 relativoque, a esse tema, pelo OWorld Economic Forum, mostra apesar de organizado uma ligeira melhora nos últimos anos, da 64ª para a 48ª posição, o Brasil ainda ocupa patamar pouco favorável em um conjunto de 144 países estudados. Falta muito para chegar ao nível da China, que ocupa a 29ª posição ou do Chile (33ª), ( 33ª), por exemplo. Ao desagregar os componentes da competitividade, o relatório evidencia que a maior fragilidade do Brasil está na precária qualidade da educação. No que se refere à qualidade do ensino fundamental, entre os países estudados, o Brasil ocupa a 126ª posição. Na qualidade do ésistema ensino médio e superior e de treinamento, a posição a 116ª.de Esse quadro certamente tem reflexos danosos na produtividad produtividade. e. A indústria brasileira se ressente do preparo dos candidatos aos postos de trabalho. A causa fundamental é a qualidade da formação básica oferecida pela educação escolar. Pesquisa realizada pela CNI em 2011 aponta que a falta de trabalhador qualificado afeta dois terços da indústria, atingindo todas as áreas e categorias profissionais, com maior intensidade a área de produção, sobretudo operadores e técnicos. A Pesquisa Sobre Escassez de
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Talentos (ManpowerGroup ), ), realizada em 2012 junto a empregadores, indica como razão mais citada a ausência de competências técnicas, isto é, a falta de qualificação específica ou para o exercício de profissões de ofício.
É consequente negativo competitividadeconsiderável da indústria.oEmbora muitasimpacto empresas (78%)na tenham assumido e investido na formação desses trabalhadores, 52% apontam como maior obstáculo para a qualificação dos trabalhadores as deficiências originárias da educação escolar básica. De fato, a indústria encontra dificuldades para treinar seus funcionários ou encaminhá-los para cursos profissionalizantes, dado que eles não têm uma boa base na sua formação inicial. No entanto, na composição da força de trabalho industrial, no período 2005-2010, elevou-se significativamente a participação daqueles que possuem ensino médio (dedos 40% para 49%), reduzindo-se consequentemente a proporção que possuem até o ensino fundamental (de 51% para 41%). A participação par ticipação daqueles com formação superior permaneceu praticamente estável (de 9% para 10%). Esse aumento aumento de escolaridade, escolaridade, contudo, contudo, não se reflete reflete necessariamente em aumento de produtividade, pois não está sendo acompanhado por mudanças tecnológicas e na estrutura de qualificações da indústria. Essa estrutura, na indústria extrativa, transformação e construção civil, examinada a partir da natureza das ocupações trabalhadores, é praticamente constante desde 2003: poucodos mais de 61% de ocupações de baixa qualificação; 33% de média qualificação; pouco menos de 6% de alta qualificação. Esse perfil certamente tem contribuído para inibir a introdução de inovações tecnológicas, reduzir o valor agregado dos produtos e a produtividade. Por outro lado, faz sentido supor que as empresas passaram a exigir um nível mais elevado de escolaridade (sobretudo ao insuficiente rendimento escolar em língua portuguesa e matemática) para ocupar uma vaga que era preenchida anteriormente por um trabalhador com menor deno escolaridade. Oscontudo, reduzidos índices de desempenho dosnível jovens ensino médio, consti12
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tuem obstáculo adicional. Mesmo aqueles que atingem esse nível de escolaridade também não detêm o desejável domínio da leitura, escrita e do cálculo. Evidentemente a equação da melhoria da qualidade do ensino passa pelo aumento da proficiência em português, matemática e ciências da natureza. Como a taxa de crescimento da demanda por trabalhadore trabalhadoress qualificados tende a ser maior que a dos menos qualificados, deverá ocorrer uma modificação da estrutura de qualificação da indústria. Para isso, será necessária uma ampliação da oferta de formação de trabalhadores mais qualificados, além da elevação do nível de escolaridade dos trabalhadores empregados na indústria. A conjugação desses dois fatores contribuirá para promover a competitividade da indústria. De fato, a ampla difusão de novas tecnologias, transversais e específicas, aosdediversos setoresmédio industriais, impacta o perfil dosadaptadas profissionais nível superior, e operacional, requerendo, cada vez mais, investimentos e soluções efetivas na capacitação e na formação da força de trabalho brasileira, baseadas em uma educação básica de qualidade. O desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias pelas empresas não podem ser dificultados ou impedidos pela falta de mão de obra qualificada. Esses profissionais deverão aliar qualificações técnicas e gerenciais, quase na mesma intensidade. A crescente complexidade das tecnologias aumentará a necessidade de conhecimentos científicos. irá requerergerando mudanças na organizaçãoSua da inserção produçãonoe mercado na comercialização, situações mais complexas e tempos de resposta menores. Haverá aumento da importância de profissionais que possuam visão sistêmica do fluxo produtivo e das atividades de gerenciamento para profissionais da área técnica. Essa situação fará com que esses profissionais detenham determinadas qualificações chave em seu perfil profissional. Fica claro, portanto, que essas mudanças dependem em boa parte da melhoria da qualidade da educação básica do trabalhador, a seguir comentada. Educação para o Mundo do Trabalho 13
QUALIDADE DA APRENDIZAGEM ESCOLAR Se houve avanços nas últimas décadas, como a universalização do ensino fundamental e a expansão da oferta da educação pré -escolar e do ensino médio, a educação escolar nacional ainda se encontra distante de assegurar padrões desejáveis de aprendiza aprendiza-gem às crianças, aos jovens e aos adultos. Observa-se a persistência de um panorama ainda excludente. O atual quadro educacional revela que: Há 3,6 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola, majoritariamente situados nas regiões Sudeste (33%) e Nordeste (29%), as duas mais populosas do país; Da população de 15 anos ou mais de idade, cerca de 9,7% são analfabetos plenos, ou seja, 14 milhões de brasileiros não sabem ler ou escrever. escrever. O analfabetismo funcional, em 2011/2012, atingia 27% da população entre 15 e 64 anos de idade. Quase 75% das pessoas nessa faixa etária não são plenamente alfabetizadas e, portanto, não conseguem ler, escrever e calcular corretamente; 38% dosser alunos frequentando a educação superior demonstraram não plenamente alfabetizados; No ensino médio, menos de um terço dos estudantes conseguem alcançar nível de desempenho adequado em língua portuguesa. Em matemática, o indicador é mais preocupante, atingindo apenas a proporção de 11%; Muitos alunos ficam pelo caminho ao longo da educação básica. Apenas 64,9% dos estudantes concluem o 9º ano do ensino fundamental com até 16 anos de idade; já com até 19 anos de idade, somente 51,1% chegam a cursar o 3º ano do ensino médio; 14
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O Brasil ocupa a 53ª posição, entre 65 países, nos resultados obtidos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), organizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que afere o desempenho de estudantes de 15 ou mais anos de idade em leitura, matemática e ciências. Esses indicadores evidenciam que o mais grave problema da educação escolar brasileira é o nível de aprendizagem alcançado pelos estudantes. O fato de o Brasil ainda estar longe do padrão educacional oferecido pelos países que estão no topo mundial da qualidade impacta diretamente não só sua competitividade e produtividade, mas também a distância que separa o seu Produto Interno Bruto (PIB) de seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Se, com relação ao PIB, o país ocupa a 7ª posição no cenário internacional, o quadro é bem diferente quanto ao IDH: 84ª posição. A qualidade da educação básica, portanto, é tema do mais alto interesse para a indústria brasileira.
O QUE FAZER, PARA ALÉM DO QUE JÁ ESTÁ SENDO FEITO? Nos últimos anos, a CNI tem liderado, apoiado e acompanhado a mobilização de protagonistas expressivos da sociedade civil que desenvolvem ações de responsabilidade social, visando a melhoria da qualidade da educação no país. Casos exitosos, como os da Fundação Roberto Marinho, Fundação Victor Civita, Instituto Ayrton Senna, Fundação Itaú Social, Fundação Bradesco, Fundação Brava, Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, Fundação Lemann, dentre tantos outros, revelam o compromisso do mundo empresarial com a elevação dos padrões educacionais da população brasileira. Educação para o Mundo do Trabalho 15
Em 2006, uma parcela significativa do empresariado industrial, com a participação de diversas entidades já mencionadas, fundou ou contribuiu para a criação do movimento “Todos Pela Educação” (www.todospelaeducacao.org.br), com a missão de mobilizar o país para promover uma educação de qualidade para todos, com foco na educação básica regular. A CNI vem, há tempos, debatendo e monitorando os dados do mercado e da educação e construindo ferramentas, como o Mapa do Trabalho Industrial, dentre outras, para analisar com profundidade o problema. Em 1993, lançou o documento “Educação Básica e Formação Profissional”. Em 2007, por meio do documento documento “Educação Para a Nova Indústria”, fez novo chamado aos empresários, alertando para a necessidade de se colocar em pauta a falta de qualidade da educação básica no Brasil e o seu impacto na competitividade de uma nova indústria. i ndústria. A CNI subscreve na integralidade as agendas de instituições, associações e movimentos que atuam pela melhoria da qualidade da educação escolar brasileira, e quer participar ainda mais ativamente, estimulando ações consideradas fundamentais que, de modo mais imediato, promovam o salto de qualidade da educação, essencial para a indústria e para o país. Além disso, promover ações especialmente voltadas para um público específico: aqueles que estão em fase de ingressar no mercado de trabalho ou que nele já se encontram atuando, mas com nível de escolarização aquém do desejável. É preciso agir, no tempo presente, para definir, em conjunto, uma estratégia comum com propostas educacionais concretas, a curto, médio e longo prazos, que visem a Educação Para o Mundo do Trabalho. É preciso mobilizar governos, empresas, associações, movimentos, escolas e famílias em torno de uma agenda que promova impactos efetivos na qualidade do perfil de formação do estudante brasileiro de educação básica e daqueles que, já fora da escola, necessitam integrar-se ao mercado de trabalho.
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COMO ENCAMINHAR SOLUÇÕES PARA OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA? Há ações de longo, médio e curto prazo. Entre aquelas que são estruturantes e demandam mais tempo, encontram-se:
Mudanças curriculares: promoção da qualidade do ensino fundamental; modificação do modelo de ensino, com muitas disciplinas obrigatórias; mudança de concepção do ensinoe médio, reduzindo o peso e número de disciplinas acadêmicas diversificando os cursos – profissionalizantes ou não – para permitir currículos mais interessantes e saídas mais ajustadas ao mercado de trabalho, cada vez mais flexível.
Formação e valorização do professor: maior atratividade da carreira, em termos de remuneração e condições de trabalho, para qualificar a demanda dos que se dispõem a exercer o magistério einicial reduzir a rotatividade; mais qualidade nos cursos de formação e nos programas de formação continuada; solução para a carência de professores em disciplinas básicas, como matemática, física, química e biologia. Chile, Finlândia, Coreia do Sul e China deram um grande salto educacional a partir de reformas educacionais em que a formação dos professores foi privilegiada.
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Participação da família: estímulo às famílias para que exerçam força de pressão pela melhor qualidade da educação; mobilizá-las por essa demanda, de forma que a educação ganhe de fato a prioridade governamental; conscientização para que elas cumpram com perante a educação de seus suas filhos,responsabilidades especialmente no indelegáveis acompanhamento escolar escolar. .
Gestão da escola: promoção da melhoria do perfil dos gestores escolares, cuja atuação é um dos determinantes mais importantes do sucesso escolar; estímulo e valorização da liderança motivadora que, fundamentada em sólidos conhecimentos técnicos, constitui fator básico de estímulo ao trabalho da comunidade escolar. escolar.
Infraestrutura escolar: eliminação da heterogeneidade na infraesInfraestrutura trutura das escolas; garantia de disponibilidade de insumos fundamentais para o processo ensino-aprendizagem.
Educação técnica e profissional: importância da diversificação dos itinerários formativos, especialmente da formação técnica de nível médio e a qualificação permanente dos jovens e adultos que alcançam essereforço nível de ampliação da ofertaem daparcerias. educação profissional; daformação; atuação do SENAI, inclusive
Financiamento: elevação dos investimentos por aluno ao ano na educação básica, que ainda se encontram em patamares muito inferiores aos dos países desenvolvidos (cerca de um terço ou menos do observado na média da OCDE).
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Essas são ações estruturantes fundamentais, cuja implementação é indispensável para garantir, ao longo do tempo, a educação básica de qualidade. Seu impacto, porém, se projeta para o futuro. Há, contudo, necessidade de ações mais imediatas, que beneficiem a juventude que hoje se encontra em vias de concluir o ensino médio ou,de já trabalho. o tendo feito para ingressar no mercado Esseoué abandonado, o contingenteestá de pessoas dentro do qual a indústria irá recrutar seus trabalhadores, no momento presente e seguintes, em uma fase em que é decisivo um salto para elevar sua competitividade. Há ações de curto prazo que podem e devem ser promovidas, com efeitos altamente positivos sobre o nível de qualificação do jovem brasileiro, sua empregabilidade e a competitividade da indústria nacional. Esta a proposta: a definição agenda permanente de açõesé que mobilizem a indústria,deosuma poderes públicos, as escolas, as associações, a imprensa, as famílias e a sociedade civil em geral, em benefício de uma educação de qualidade para uma economia moderna, competitiva e inclusiva.
PROPOSTA DE AGENDA PERMANENTE Para agregar em torno de um mesmo objetivo e harmonizar formas de atuação, cabe propor um conceito e uma estratégia básica para a Educação para o Mundo do Trabalho. Trabalho.
Conceito Educação para o Mundo do Trabalho é aquela que oferece ao jovem conhecimentos, competências e habilidades indispensáveis ao seu desenvolvimento pessoal, como cidadão e como agente produtivo. Educação para o Mundo do Trabalho 19
Estratégia Mobilizar empresários, governos, sociedade civil e pais de alunos por meio de uma agenda permanente de ações, que apresentem resultados prazoda (emeducação ciclos de 12 a 24 meses) e contribuam parade a curto qualidade voltada para o mundo do trabalho.
Agenda A CNI pretende construir, construir, em conjunto com a sociedade civil e com os poderes públicos, uma agenda específica de trabalho com foco em ações que gerem resultados em curto prazo. Ações que produzam efeitos mais imediatos (em período de 1 a 2 anos) de melhoria do perfil educacional dos jovens, do de trabalho modo que integrem mais adequadamente ao mundo e, esses desse se modo, a indústria conte com profissionais com melhor nível de escolarização básica, especialmente no domínio da língua portuguesa e dos conhecimentos matemáticos. Há espaços para atuação que podem ser contemplados menos por meio da alocação de novos recursos do que pelo uso mais eficiente dos recursos já existentes. A curto prazo, propõe-se que a ênfase se situe na melhoria da proficiência em português e matemática daqueles que estão na fase de transição escola-trabalho (jovens entre 18 e 24 anos) e dos trabalhadores atualmente empregados na indústria. Dependendo da situação do jovem e da indústria local, é possível contemplar também algumas competências genéricas, como raciocínio lógico e algumas competências comportamentais. Além disso, é necessário ampliar a oferta de educação profissional de média e alta qualificação. Definese assim um público a ser prioritariamente atendido.
Público-alvo O programa pretende, portanto, desenvolver ações com resultados de curto prazo destinadas a elevar a escolaridade e a qualificação de: 20
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Trabalhadores atualmente empregados na indústria que não possuem o ensino médio: 5,6 milhões, dos quais 81 mil são analfabetos; 2,6 milhões possuem ensino fundamental incompleto; 1,8 milhões possuem ensino fundamental completo e 1,1 milhões mil hões possuem ensino médio incompleto.
Jovens que estão cursando o ensino médio: 8,7 milhões de estudantes.
Jovens de 18 a 24 anos de idade que possuem ensino médio completo ou incompleto, mas que se encontram fora da escola e do mercado de trabalho: 2,1 milhões de pessoas.
Linhas de ação e a construção coletiva da agenda A construção de uma agenda nacional e suas linhas de ação envolverá a realização de 27 encontros estaduais, nos quais, por meio de palestras de sensibilização, se buscará obter a adesão formal dos parceiros locais ao programa e discutidas as ações a serem desenvolvidas. Os seguintes atores são considerados nesses eventos: empresa, família, governo, trabalhador, escola, professor,, gestor escolar professor escolar,, jovem e mídia.
Espera-se que as linhas de ações contemplem a melhoria do desempenho dos jovens e dos trabalhadores em língua portuguesa e matemática; a ampliação dos compromissos da comunidade escolar, escolar, das famílias e da sociedade em geral com a qualidade da educação; a valorização social dos profissionais do magistério; a articulação entre empresas e escolas, entre outras. A proposta de linhas de ações para discussão nos encontros está em documento anexo. Um conjunto dos atores locais e dos parceiros nacionais será convidado a participar de um evento nacional, de ampla reperEducação para o Mundo do Trabalho 21
cussão, que lançará o movimento da Educação para o Mundo do Trabalho. Nesse encontro também serão anunciados os critérios que tornarão elegíveis os atores a serem premiados em 2014, por terem se destacado no desenvolvimento de ações de acordo com as linhas estabelecidas. O caráter permanente do movimento será assegurado pelo acompanhamento das ações dos atores locais pelos representantes regionais do SESI, SENAI e IEL, que passarão a conformar uma rede interna de Educação para o Mundo do Trabalho Trabalho.
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Equipe Técnica
DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO – DIRCOM Carlos Alberto Barreiros
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Produçãoo Editorial Produçã
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