Morgan A

June 24, 2019 | Author: Rodrigo Santana | Category: Morgan Le Fay, Avalon, Religião e Crença, Ficção e literatura
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MORGANA 

Nenhum personagem feminino foi tão confusamente descrito e distorcido  como Morgana ou Morgan Le Fay. A tradição cristã a apresenta como  uma bruxa perversa que seduz seu irmão mais novo, Artur, e dele  concebe o filho. Entretanto, nesta época, em outras tribos celtas, como  em muitas outras culturas, o sangue real não se misturava e era muito  comum casarem irmãos, sem que isso acarretasse o estigma do incesto. Como muitos indivíduos legendários e românticos, há versões  conflitantes sobre quem o que foi Morgana. O historiador e cronista do  século XII, Geoffroi de Monmouth, escreveu que "sua beleza era muito  maior do que a de suas nove irmãs. Seu nome é Morgana e ela  aprendeu a usar todas as plantas para curar as doenças do corpo. Ela  também conhece a arte de mudar de forma, de voar pelo ar...ela ensinou  astrologia às irmãs." 

Morgana era um enigma aos seus adversários políticos e religiosos. Os  escrivões cristãos transformaram-na em demônio, talvez devido ao seu  papel como sacerdotisa de uma Antiga Religião, que eles estavam  tentando desacreditar nas suas investidas para cristianizar a estrutura de  poder da Grã-Bretanha. Ela, entretanto, defendeu valentemente a fé das  Sacerdotisas e as práticas dos druidas, achando entre os camponeses  simples seus mais fiéis seguidores. Ela negou as acusações de  prostituição dos monges e missionários cristãos. O cristianismo menospreza o poder e o conhecimento de Morgana, do  mesmo modo com que impediu a mulher à ascender ao sacerdócio, anulando completamente o seu poder pessoal.

Morgana é a fada mais bela das que habitam Avalon. Não existem  fundamentos suficientes para se acreditar que Avalon seja o lugar que a  cultura celta atribuí como residência dos mortos. O que se sabe é que  quando Artur é transportado sobre as águas em companhia das  mulheres com destino a Avalon, se perde no horizonte do mito imemorial.

O nome Morgaine tem origem celta e quer dizer mulher que veio do mar. Pode-se escrever Morgaine ou Morgan. Morgaine também é muito  conhecida na Itália por um fenômeno chamado Fata Morgana, traduzindo  Fada Morgana. As lendas baseadas nos contos do Rei Arthur acreditam  que Morgana foi uma sacerdotisa da Ilha de Avalon, na Bretanha. Em  outras versões, foi meia-irmã de Artur.. Morgana é treinada por sua tia Viviane na Ilha de Avalon para se tornar a  Senhora do Lago ou como também é chamada Dama do Lago ou  Senhora de Avalon. Morgana teve um filho de Arthur depois de um ritual  sagrado (Beltane). Essa criança se chamava Gwydion, que após ir para a  corte de Arthur toma o nome de Mordred. Mais tarde este seria um dos  inimigos de Arthur. Mordred depois de ter ferido seu próprio pai em uma  luta para tomar o trono acaba morto. Morgana vendo seu irmão morrer e escutando seu pedido o leva para  Avalon, onde o tempo transcorre de forma diferente do mundo dos  humanos. Alí Arthur lança Excalibur no lago e morre. Morgana leva seu  corpo para ser enterrado em Avalon. Depois a Ilha de Avalon se desliga  quase por completo do mundo. E a Bretanha cai numa era negra nas  mãos dos saxões.

Em vida, chamaram Morgana de muitas coisas: irmã, amante, sacerdotisa, maga, rainha. O mundo das fadas afasta-se cada vez mais  daquele em que cristo predomina. Nada tenho contra o Cristo, apenas  contra os seus sacerdotes, que chama a Grande Deusa de demônio e  negam o seu poder no mundo. Alegam que, no máximo, esse seu poder  foi o de Satã. Ou vestem-na com o manto azul da Senhora de Nazaré  – que realmente foi poderosa, ao seu modo  –, que, dizem, foi sempre  virgem. Mas o que pode uma virgem saber das mágoas e labutas da  humanidade?  É preciso contar as coisas antes que os sacerdotes do Cristo Branco  espalhem por toda parte os seus santos e lendas.

A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz  a Avalon: o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa  própria vontade e de nossos pensamentos, e, talvez, no fim, chegaremos  ou à sagrada ilha da eternidade, ou aos padres, com seus sinos, sua  morte, seu Satã e Inferno e danação...Mas talvez eu esteja sendo injusta  com eles. Até mesmo Viviane que é a Senhora do Lago, que odiava a 

batina do padre tanto quanto teria odiado a serpente venenosa, e com  boas razões, censurou-me certa vez por falar mal do deus deles. “Todos os deuses são um deus”, disse ela, então como já dissera muitas

vezes antes, e como eu repeti para as minhas noviças inúmeras vezes, e  como toda sacerdotisa, depois de mim, há de dizer novamente, “e todas

as deusas são uma deusa, e há apenas um iniciador. E cada homem a  sua verdade, e Deus com ela”.

Assim, talvez a verdade se situe em algum ponto entre o caminho para  Glastonbury, a ilha dos padres, e o caminho de Avalon, perdido para  sempre nas brumas do mar do Verão.

Segundo Robert Graves e Kathy Jones, a Morg-Ana "surgiu da união das  estrelas com o ventre de Ana". Muitas vezes foi equiparada as Deusas  Morrigan e Macha, que presidiam as artes da guerra. Entretanto, como  fada controlava o destino e conhecia as pessoas.

Ser Especial , é Ser Sabia , é Ser Diferente. Isto é ser MORGANA

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