Monografia TOMO 30-11-15

April 1, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”  

DIRECÇÃO CIENTÍFICA

ROMÁRIO RAPOSO DIAS TOMO

RADAR DE INSTRUÇÃO PARA A FORMAÇÃO DOS OFICIAIS DA RADIOTÉCNICA: O CASO DA ACADEMIA MILITAR MARECHAL SAMORA MACHEL (2013-2015). 

NAMPULA 2015

 

 

Romário Raposo Dias Tomo (Comandante dos Meios Radiotécnicos)

RADAR DE INSTRUÇÃO PARA A FORMAÇÃO DOS OFICIAIS DA RADIOTÉCNICA: O CASO DA ACADEMIA MILITAR MARECHAL SAMORA MACHEL (2013-2015). 

Monografia apresentada á Direcção científica da Academia Militar como pré-requisito para a obtenção de Grau Académico de Licenciatura em Ciências Militares na especialidade de Comandante de Meios Radiotécnico Orientador: Manuel Sardinha (Capitão)

 Nampula 2015

 

II

FOLHA DE APROVAÇÃO

ROMÁRIO RAPOSO DIAS TOMO

Radar de instrução para a formação dos oficiais da radiotécnica: caso Academia Militar “Marechal Samora Machel” (2013-2015). 

Trabalho de conclusão de curso submetido à Academia Militar Marechal Samora Machel  para a obtenção do Grau Académico de Licenciatura em Ciências Militares na especialidade de Comandante de Meios Radiotécnicos, “



Aprovado em _________de________________ de 2015

MESA DE JÚRI

O Presidente

O Oponente

 ________________________

________________________

O Orientador  ___________________________  _________________________ __

 

III

DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro que esta monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu tutor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para a obtenção de qualquer grau académico.

 Nampula, aos_____ de _______________ _____________ __ de 2015

O candidato  ________________________ Romário Raposo Dias Tomo (Aspirante-a-oficial, CMRT)

 

IV

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia em primeiro lugar ao meu amado e falecido pai Raposo Augusto Tomo Ngazi, que sempre esteve presente comigo e que me inspirou a continuar nas minhas lutas, de seguida dedico a minha tia Virgínia que sempre foi como uma mãe para mim, ao meu tio Jorge, que sempre soube cuidar de mim e ensinando coisas boas, e por fim dedico a minha avo Ana Aua, mulher que sempre me apoiou cuidou de mim e que sempre acreditou e confiou em mim.

 

V

AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço à Deus, que sempre me iluminou cuidou de mim e tem o feito até agora. Aos meus pais Raposo Augusto Tomo Ngazi, Anabela Dias Maveto, e Fernando Gil de Sousa Periquito, pelo amor carinho paciência e pela educação. Aos meus irmãos, Dodó, Tininha e Júnior, pelo companheirismo tempo, amizade, alegria que trazem para min e por tudo de bom que fazem por mim. Ao meu orientador Manuel Sardinha, pelo apoio e paciência que teve na elaboração deste trabalho que não foi fácil. Aos meus primos, e meus familiares em geral por serem o que são. À minha companheira Nilza, pela sua amizade carinho e apoio. Ao director do curso coronel Rui do Rosário, pelos ensinamentos, apoios e a educação  pedagógica e militar durante a formação. Aos meus colegas:  Adriano, Alfândega, Alface, Arcelino, Arcélia, Calisto, Celino, Celso,

Cristiano, Dércio, Dique, Eduardo, Edson, Felisberto, Felismino, Flores, Francisco Castigo, Francisco, Geremias, Hamilton, Irasmo, Isac, José, Jumá, Juvenal, Nilton, Nortene, Rami, Samuel, Terramai, Timóteo, Tomás., pela colaboração e ajuda que sempre deram-me desde o início até ao fim da formação. À todos os meus docentes  da Academia Militar ‘Marechal Samora Machel’ por terem conseguido criar um ambiente favorável e propicio para que eu pudesse aprender. À Academia Militar ‘Marechal Samora Machel’ pela estadia e formação militar geral, táctica e técnica na especialidade de Comandante de Meios Radiotécnicos. Aos meus amigos e à todos que directa ou indirectamente participaram na minha formação vai o meu:

MUITO OBRIGADO!

 

VI

EPÍGRAFE

Todas as manhãs a gazela acorda sabendo que, tem que correr mais veloz que o leão ou será morta. Todas as manhãs o leão acorda sabendo que, deve correr mais rápido que a gazela ou morrerá de fome. Não importa se és um leão ou uma gazela: quando o Sol desponta o melhor é começares a correr.   “ 



(Mia couto)

 

 

INDICE Indice de Figuras  .........................................................................................................................................

VII

Indice de Tabelas  ........................................................................................................................................

VIII

Indice de Gráficos  ........................................................................................................................................

IX

Lista de Abreviaturas  ....................................................................................................................................

X

Resumo  .........................................................................................................................................................

XI

Abstrat  .........................................................................................................................................................

XII

Introdução  1.1. 

....................................................................................................................................................13

Base material de estudo 

................................................................................................................18

1.1.1. 

Material 

1.1.2. 

Material de instrução 

1.1.3. 

Importância da base material de estudo e studo 

................................................................................................................................18 ............................................................................................................19 ...............................................................................19

1.2.  Instrução  .......................................................................................................................................20 1.2.1.  Instrução Militar   ...................................................................................................................20 1.2.2. 

Métodos de Instrução 

1.2.3. 

Formação Profissional nas Instituições  ................................................................................21

1.2.4. 

Estágio Profissional (Tirocínio) 

1.2.5. 

Importância do Estágio para a Formação   .............................................................................23

1.2.6. 

Responsabilidades Impostas pelo Estágio Durante a Formação  ..........................................23

1.2.7. 

Percepção das Deficiências 

1.2.8. 

Autoconfiança 

1.3. 

Aprendizagem 

...........................................................................................................21

...........................................................................................22

..................................................................................................25

......................................................................................................................25

..............................................................................................................................26

1.3.1. 

Desenvolvimento Intelectual  ................................................................................................27

1.3.2. 

Estágios do Desenvolvimento Intelectual  ............................................................................28

1.3.3. Ensino Superior em Moçambique  ................................................................................................29 1.4. 

Formação 

......................................................................................................................................31

1.4.1. 

Princípios gerais de formação 

1.4.2. 

Diagnóstico de Necessidade de Formação  ...........................................................................32

1.4.3. 

Métodos de Formação 

..............................................................................................32

..........................................................................................................33

 

  .................................................................................34

1.4.4. 1.4.5. 

Dimensões da Qualidade na Educação Processo Ensino-Aprendizagem de Qualidade  .....................................................................36

 

 

1.5. 

Comandantes de Meios Radiotécnicos (CMRT)  ..........................................................................38

1.6. 

Radar  

............................................................................................................................................40

1.6.1. 

Princípio de Funcionamento do Radar   .................................................................................40

1.6.2. 

Construção Física do Radar   ..................................................................................................41

1.6.3.  1.6.4.

Sistema de Transmissão  .......................................................................................................42 Comutador (ou Duplexador)  ................................................................................................44

1.6.5. 

Receptor  

1.6.6. 

Indicador ...............................................................................................................................45 ...............................................................................................................................45

...............................................................................................................................45

Capítulo II: Procedimentos Metodológicos  ..................................................................................................47 2.2. População e Amostra 

.........................................................................................................................50

2.2.1. População ou Universo 

...............................................................................................................50

2.2.3. Técnica de Colecta de Dados 

......................................................................................................51

2.2.4. Observação Participante  ..............................................................................................................56 Capitulo III: Apresentação, Análise e Interpretação de Dados  ....................................................................57 3.2. Apresentação e Analise dos Dados Recolhidos  .................................................................................61 Conclusão 

.....................................................................................................................................................75

Sugestões 

......................................................................................................................................................76

Referências Bibliográficas 

...........................................................................................................................77

 

VII

INDICE DE FIGURAS Figura 1: diagrama de blocos bl ocos de um Radar simples ..................................................... ...................................................................... ................. 42 Figura 2: antena do Radar e largura do feixe................................................................................. 44 Figura 3: 3: Vista de cima do 1°Acampamento da Academia Militar “MSM”  “MSM” ................................. ................................. 58 Figura 4: ZGU ............................................................................................................................... 62 Figura 5: ZU-23 ............................................................................................................................. 62

 

VIII

INDICE DE TABELAS Tabela 1: Amostra da pesquisa pes quisa ................................................ ..................................................................................................... ....................................................... 51 Tabela 2: Amostra da pesquisa pes quisa ................................................ ..................................................................................................... ....................................................... 52 Tabela 3: característica da amostra amos tra ................................................... ................................................................................................ ............................................. 60 Tabela 4: Resposta da pergunta 3 .................................................................................................. 63 Tabela 5: Resposta da Pergunta Pe rgunta 5 .................................................................................................. ..................................................... ............................................. 66 Tabela 6: Resposta da pergunta 9 .................................................................................................. 67 Tabela 7: Resposta da pergunta 10 ................................................................................................ 68 Tabela 8: Resposta da pergunta 5 .................................................................................................. 70 Tabela 9: Resposta da pergunta 6 .................................................................................................. 71

 

IX

INDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1: característica da amostra .............................................................................................. 60 Gráfico 2: Resposta da pergunta 3 .................................................... ................................................................................................. ............................................. 63 Gráfico 3: Resposta da Pergunta 5 ................................................................................................ 66 Gráfico 4: Resposta da pergunta 9 .................................................... ................................................................................................. ............................................. 67 Gráfico 5: Resposta da pergunta 10 .................................................. ............................................................................................... ............................................. 68 Gráfico 6: Resposta da pergunta 5 .................................................... ................................................................................................. ............................................. 71 Gráfico 7: Resposta da pergunta 6 .................................................... ................................................................................................. ............................................. 71

 

X

LISTA DE ABREVIATURAS 1º BIRT –  BIRT –  primeiro  primeiro Batalhão independente da Radiotécnica AAA –  AAA  –  Artilharia  Artilharia Antiaérea AC –  Alternate AC –   Alternate Current AM““MSM AM MSM”” –   –  Academia  Academia Militar Marechal Samora Machel CMRT –  CMRT  –  Comandante  Comandante de Meios Radiotécnicos CRL –  CRL  –  Companhia  Companhia de Radiolocalização DAA - Defesa Antiaérea DC –  DC  –  Direct  Direct Current EHF –  EHF  –  Extra  Extra High Frequency (Extra Altas Frequências) ECM –  ECM  –  Electromagnetic  Electromagnetic Counter Measure FA –  FA  –  Força  Força Aérea FADM –  Forças FADM –   Forças Armadas de Moçambique GHz –  GHz  –  Giga  Giga Hertz HF –  HF  –  High  High Frequency (Altas Frequências) Km –  Km  –  quilómetro  quilómetro Médias Frequências (MF)  MHz –  MHz  –  mega  mega hertz  p. –   p. –  página  página PPI –  PPI  –  plano  plano de indicação posicional PRF –  Pulse PRF –   Pulse Repetition Frequency RF –  RF  –  Radiofrequência  Radiofrequência SHF –  SHF  –  Super  Super High Frequency (Super Altas Frequências) s.d. –  s.d.  –  sem  sem data T –  Tempo  Tempo TDAA –  TDAA  –  Tropa  Tropa de Defesa Antiaérea UHF –  UHF  –  Ultra  Ultra High Frequency (Ultra Altas Frequências) URSS –  URSS  –  União  União das Repúblicas Socialistas Soviéticas VHF –  VHF  –  Very  Very High Frequency (Muito Altas Frequências)

 

XI

RESUMO  O presente trabalho de investigação subordina-se ao tema: Radar De Instrução Para A Formação Dos Oficiais Da Radiotécnica: o caso da Academia Militar Marechal Samora Machel. Notando-se que os estudantes durante as suas aulas práticas realizavam sem Radares de instrução, de onde surgiu a seguinte questão: Qual a implicação falta Radar instruçãogeral na formação de Comandantes de Meios Radiotécnicos na AM“ AM“da MSM” MSM ”? de Teve comodeobjectivo de pesquisa conhecer a influência da falta de Radar de instrução para a formação dos oficiais da Radiotécnica, na AM“ AM“MSM MSM””. Quanto a metodologia, a pesquisa é explicativa e tem uma abordagem  predominantemente quantitativa. Do curso de CMRT da Academia Militar Marechal Samora Machel (tido como universo) foram seleccionados 20 (vinte) informantes dentre eles oficiais, aspirantes-a-oficial e estudantes do 3º ano do curso de CMRT onde, através do questionário e da entrevista como instrumento de colecta de dados testaram-se 3 (três) hipóteses que a pesquisa tinha. Da analise feita, a partir das tabelas e gráficos usados para a apresentação dos dados colhidos no terreno, chegou-se a conclusão que, a falta de Radar de instrução influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso CMRT, influi negativamente na experiência prática e no manuseio dos radares e por terem contacto com a técnica somente no tirocínio influi negativamente na formação.

Palavra-chave: Radar, instrução, formação, aulas práticas.

 

XII

ABSTRAT  This research work is subordinated to the theme of instruction Radar for the formation of Radio engineering officers: The case of Samora Machel Military Academy Marshal. So it took the following research problem: What is the implication of the lack of education of Radar commanders Radiotécnicos mediafor on the AM“MSM”? AM“MSM” overall objective isofficers, to analyze the influenceinoftraining lack of education radar training ?ofTheRadio engineering in AM“MSM”.. As for methodology, the research is explanatory and has a predominantly AM“MSM” quantitative approach. Of course CMRT Military Academy Marshal Samora Machel (considered the universe) was extracted twenty (20) informants among them officers, aspiring to officer and students of the 3rd year of CMRT course where through the questionnaire and interview as instrument Data collection was tested three (3) cases that had search. The analysis made from the tables and charts used to present the data collected in the field, came to the conclusion that lack of education Radar weighs negatively on the quality of training of CMRT course officials, negatively influences the practical experience and in handling the radar and to have contact with the technique only in their training affects negatively on training.

Keyword: Radar, education, training, practical classes.

 

13

R ad adar ar de I nstrução Para a Forma F ormaçã ção o dos dos Oficiai Ofi ciaiss da Radioté Radiotécnica: O C aso aso da da Acade Academia M i lilita tarr M arecha arechall  Samo  Sam ora Mache Machel (2013-20 (2013-2015 15)) . 

INTRODUÇÃO  Actividades experimentais na perspectiva construtivista são organizadas levando em consideração o conhecimento prévio dos estudantes. Adoptar esta postura construtivista significa aceitar que nenhum conhecimento é assimilado do nada, mas deve ser construído ou reconstruído  pela estrutura de d e conceitos já existentes. Deste modo, a discussão e o diálogo assumem um papel importante e as actividades experimentais combinam intensamente na acção e reflexão. O uso de actividades práticas no ensino não é recente, percebendo-se porém grande variação no modo de fazê-lo nas diferentes tendências e movimentos dos últimos anos. No início do século XIX, o principal objectivo do trabalho prático era o de confirmar uma teoria que já havia sido ensinada e estas actividades eram desenvolvidas dentro de uma perspectiva demonstrativa. A origem do trabalho experimental foi influenciada pelo trabalho que era desenvolvido nas universidades, e tinha por objectivo melhorar a aprendizagem do conteúdo científico, pois os estudantes aprendiam os conteúdos, mas não sabiam aplicá-los. No entanto a aprendizagem não se dá pelo facto de ouvir e folhear o caderno, mas de uma relação teórica prática, com intuito não de comparar, mas sim de despertar interesse aos estudantes, gerando discussões e melhor aproveitamento das aulas.

O presente trabalho de investigação aplicada tem como tema:   Radar De Instrução Para A Formação Dos Oficiais Da Radiotécnica: O Caso Da Academia Militar Marechal Samora

Machel (2013-2015). Este trabalho de pesquisa foi realizado na A Academia cademia Militar Marechal Samora Machel, que se localiza na Av. das F FPLM, PLM, junto a Praça dos Herois moçambicanos de Nampula. Tem como objecto de estudo Radar de instrução (Base material de estudo para o curso de CMRT1). O interesse por tal objecto surgiu quando estava no período final de formação no curso

1

 Comandante de Meios Radiotécnicos  

 

 Academia Militar “Marechal “Marechal Samora Machel”  Machel” 

 

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R ad adar ar de I nstrução Para a Forma F ormaçã ção o dos dos Oficiai Ofi ciaiss da Radioté Radiotécnica: O C aso aso da da Acade Academia M i lilita tarr M arecha arechall  Samo  Sam ora Mache Machel (2013-20 (2013-2015 15)) . 

A pesquisa deste trabalho pretende explicar as implicações da falta de Radar de instrução na formação académica e apontar as suas implicações no âmbito académico profissional e se  possível no âmbito social da mesma área de estudo para um umaa provável resolução dos problemas. pr oblemas.  Na tentativa de responder as inquietações, propôs-se para o presente trabalho, o seguinte  problema de investigação: Qual a implicação da falta de Radar de instrução na formação de Comandantes de Meios Radiotécnicos na AM“MSM”2?  A pesquisa teve lugar na Academia Militar Marechal Samora Machel-Nampula num período compreendido entre (2013-2015). A escolha da Academia Militar deveu-se ao facto de ser a única instituição militar que ministra o curso de formação de oficiais subalternos na especialidade de CMRT a nível nacional. A escolha deste período, foi por ter sido o período de formação do  proponente no curso e para trazer informações fiáveis ao leitor. Actualmente sabe-se que a formação do Homem é um dos elementos imprescindíveis para o  pulsar de uma nação, a qualidade de formação reflecte-se no rápido desenvolvimento e estabilidade do país. Reflecte-se na solução interna dos problemas internos com soluções internas, diminuindo assim, a dependência externa em termos de conhecimentos trazendo-nos um determinado prestígio, visto que o desenvolvimento de um país provém do homem bem formado, e o homem bem formado provém de uma instituição com boas metodologias de formação,  pessoal capacitado para leccionar e bem equipada em termos de base material de estudo da melhor qualidade possível. Em Moçambique há uma Instituição de Ensino Superior de nome Academia Militar Marechal Samora Machel, que forma oficiais subalternos licenciados em Ciências Militares, dentre vários cursos existentes nesta instituição, existe o curso de CMRT, que forma oficiais onde futuramente irão comandar os pelotões das CRL’s 3 , Estando esta instituição desprovida de um Radar de instrução para a especialidade de CMRT, factor que leva com que os estudantes sejam formados sem aliar a teoria e a prática, o que leva a crer que o tema escolhido pelo preponente sege de extrema importância para a especialidade.

2

 Academia Militar Marechal Samora Machel.    Companhias de Radiolocalizações 

3

 

 Academia Militar “Marechal “Marechal Samora Machel”  Machel” 

 

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R ad adar ar de I nstrução Para a Forma F ormaçã ção o dos dos Oficiai Ofi ciaiss da Radioté Radiotécnica: O C aso aso da da Acade Academia M i lilita tarr M arecha arechall  Samo  Sam ora Mache Machel (2013-20 (2013-2015 15)) . 

A pesquisa do tema, foi vista pelo proponente como de grande relevância porque a resolução do  problema identificado é o garantir da eficiência e na maior qualidade de formação para os estudantes, para os oficiais, para a defesa antiaérea, para o ramo da Força Aérea para as Forças Armadas e para o País. Para o estudo deste tema constituiu o objectivo geral, Conhecer a influência da falta de Radar de instrução para a formação dos oficiais da Radiotécnica, na AM“ AM “MSM MSM””. Para o alcance do objectivo geral, foram definidos os seguintes objectivos específicos: Analisar até que ponto é eficiente a formação dos oficiais da Radiotécnica formados com falta Radar de instrução; Descrever a importância de um Radar de instrução na formação dos oficiais da radiotécnica; Sugerir medidas para minimizar o problema da falta de Radar de instrução. Assim que o problema de pesquisa foi levantado, e de modo a responder provisoriamente este  problema teve-se como primeira hipótese e que se considerou de hipótese básica a seguinte: A falta de Radar de instrução influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso CMRT. Esta hipótese é constituída por duas variáveis que constituem uma relação de dependência, sendo a variável independente: A falta de Radar de instrução, como variável dependente: Influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso de CMRT e como indicador: Aulas leccionadas não eficientemente devido a falta de Radar para as aulas  práticas. Para a segunda hipótese elaborou-se a seguinte resposta para comprovar o problema: A falta de radar de instrução influi negativamente na experiência prática e no manuseio dos radares. Esta hipótese é constituída por duas variáveis que constituem uma relação de dependência, sendo a variável independente: A falta de radar de instrução, como variável dependente: influi negativamente na experiência prática e no manuseio dos radares, e como indicador: Falta de domínio prático dos Radares. Para a terceira hipótese, elaborou-se a seguinte resposta para comprovar o problema: A não existência de Radar de instrução na AM“ AM “MSM MSM”” não influi negativamente porque os estudantes têm contacto com a técnica no tirocínio. Esta hipótese é constituída por duas variáveis que constituem uma relação de dependência, sendo a variável independente: A não existência de Radar de instrução na AM“ AM“MSM MSM””, como variável dependente: Não influi negativamente porque  

 Academia Militar “Marechal “Marechal Samora Machel”  Machel” 

 

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R ad adar ar de I nstrução Para a Forma F ormaçã ção o dos dos Oficiai Ofi ciaiss da Radioté Radiotécnica: O C aso aso da da Acade Academia M i lilita tarr M arecha arechall  Samo  Sam ora Mache Machel (2013-20 (2013-2015 15)) . 

os estudantes têm contacto com a técnica no tirocínio, e como indicador: Cumprimento do  programa curricular com eficiência e eficácia. O trabalho foi dividido em três capítulos, sendo que antes do primeiro capítulo encontra-se a capa, de seguida encontra-se a contra capa, de seguida encontra-se a folha de aprovação em que tem a descrição da natureza do trabalho e a finalidade que se espera com a realização do trabalho, de seguida tem a declaração de honra onde o proponente garante a autenticidade e autoria do trabalho, seguida da dedicatória, seguida dos agradecimentos, seguido do epigrafe, seguido do índice onde vem indexadas todo o conteúdo do trabalho, seguido da lista de figuras, seguida da lista de tabelas, de seguida tem a lista de gráficos, de seguida tem a lista de abreviaturas e siglas onde, de seguida tem a lista de símbolos, seguida do resumo e da palavra-chave, seguida do abstract em que consta a tradução do resumo e da palavra-chave em língua inglesa. O primeiro capítulo é o marco teórico, onde consta o que já foi escrito acerca do tema. Neste capítulo fez-se uma consulta bibliográfica na biblioteca da Academia Militar, bibliotecas de outras instituições de ensino e na internet onde procurou-se o historial tanto do Radar assim como da importância das aulas práticas, das ideias de outros autores no âmbito do tema de pesquisa as características ou parâmetros do Radar. O segundo capítulo é o capítulo dos procedimentos metodológicos onde está especificado o tipo de pesquisa, os métodos de abordagem assim como o método de procedimentos. Também estão especificadas as técnicas de colecta de dados e as formas de apresentação e análise de dados. O terceiro capítulo é o da apresentação e análise dos dados, onde apresenta-se as informações colhidas no local da pesquisa através dos instrumentos de colecta de dados e a respectiva análise e interpretação e ainda a discussão das hipóteses. Após o terceiro capítulo vem a conclusão que apresenta a síntese interpretativa dos principais argumentos usados, e mostra se os objectivos foram atingidos e se as hipóteses foram

 

 Academia Militar “Marechal “Marechal Samora Machel”  Machel” 

 

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R ad adar ar de I nstrução Para a Forma F ormaçã ção o dos dos Oficiai Ofi ciaiss da Radioté Radiotécnica: O C aso aso da da Acade Academia M i lilita tarr M arecha arechall  Samo  Sam ora Mache Machel (2013-20 (2013-2015 15)) . 

confirmadas ou negadas. E em seguida as recomendações feitas a partir do que foi constatado no terreno e durante a pesquisa. Por fim aparecem as referências bibliográficas, anexos e apêndices.

 

 Academia Militar “Marechal “Marechal Samora Machel”  Machel” 

 

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R ad adar ar de I nstrução Para a Forma F ormaçã ção o dos dos Oficiai Ofi ciaiss da Radioté Radiotécnica: O C aso aso da da Acade Academia M i lilita tarr M arecha arechall  Samo  Sam ora Mache Machel (2013-20 (2013-2015 15)) . 

CAPÍTULO I: MARCO TEÓRICO Segundo Silva e Meneses (2001), “ Neste capitulo, o pesquisador realizará re alizará uma análise comentada do que já foi escrito sobre o tema de sua pesquisa procurando mostrar os pontos de vista convergentes e divergentes dos autores”.  Com este capítulo, o proponente pretende fazer uma fundamentação teórica do tema e do  problema de pesquisa, por meio da análise da literatura já publicada de modo mod o a dar sustentação ao desenvolvimento da pesquisa. Este capítulo resulta do processo de levantamento e análise do que  já foi publicado sobre o tema e o problema de pesquisa pesq uisa em causa.

1.1.Base material de estudo Segundo Fiscarelli (2008, p.65) a base material de estudo é o conjunto de materiais e meios que, ao serem utilizados para fins pedagógicos, buscam uma melhor mediação de conhecimento de conteúdos com os formandos, podendo ser todo tipo de objecto material.

1.1.1.  Material De acordo com o dicionário de Terminologia Militar (1983, p.508), é a designação a qualquer substância, peça de equipamento ou conjunto de peças em serviço, estudo, produção ou construção, ou ainda o que é utilizado pelas unidades, estabelecimentos e qualquer organismo dependente do ministério do exército, à excepção dos imóveis e daquele que eventualmente tenha sido posto à disposição do exército por outros ministérios e classificado tendo em atenção a sua finalidade em um dos seguintes grupos:   Material de Guerra;



  Material de Instrução;



  Material de Aquartelamento.



Quanto a classificação, a pesquisa refere-se ao material de instrução, porque é este que usado nas aulas durante a sua formação.  

 Academia Militar “Marechal “Marechal Samora Machel”  Machel” 

 

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R ad adar ar de I nstrução Para a Forma F ormaçã ção o dos dos Oficiai Ofi ciaiss da Radioté Radiotécnica: O C aso aso da da Acade Academia M i lilita tarr M arecha arechall  Samo  Sam ora Mache Machel (2013-20 (2013-2015 15)) . 

Segundo Soares & Adelino (1962, p.526), material é a designação dada a qualquer substância,  peça de equipamento ou conjunto de peças de serviço, estudo, produção ou construção nomeadamente: meteria prima e manufacturada.

1.1.2.  Material de instrução Segundo Karling, (1991, p.110) material de instrução são os recursos humanos e o grupo de material que o instrutor utiliza para auxiliar e facilitar a aprendizagem. São também chamados de recursos didácticos, meios auxiliares, meios didácticos, material didáctico, recursos audiovisuais, multimeios ou material instrucional.  Na perspectiva do pesquisador, material de instrução refere-se a todos recursos disponíveis necessários a facilitar o processo de ensino e aprendizagem, e no caso específico do curso de CMRT na AM’MSM’ refere-se o exemplo de: Radar de instrução, Sala com simulador de Radar.

1.1.3.  Importância da base material de estudo Para Karling (1991, p.237), A base material de formação atende, em parte, a afirmação de Aristóteles: nada está na inteligência que antes não tenha passado pelos sentidos. Os sentidos são, sem dúvida, as portas de entrada das sensações. Estas se transformam em percepções que, uma vez organizados e estruturados, se constituem em aprendizagem. A base material de estudo leva os formandos a observar e prestar mais atenção e permite-lhes distinguir melhor as coisas. Podem mostrar a forma, a sequência de fenómenos, a posição, o tamanho, a estrutura, o funcionamento de equipamentos, o movimento. Facilitam o reconhecimento de semelhanças e diferenças. Karling (1991, p.237), diz que a base material leva as imagens, até o campo de consciência do formando. É por isso que existe aquele ditado: “uma imagem vale por dez mil palavras”. A imagem, a visão real da coisa, não só economizam palavras, mas permite senti-las tal como são sem ter que imaginá-las a partir das palavras do professor. Além disso, os meios e materiais de formação são estimuladores e incentivadores. O formando que vê, que toca, que manipula os  

 Academia Militar “Marechal “Marechal Samora Machel”  Machel” 

 

20

R ad adar ar de I nstrução Para a Forma F ormaçã ção o dos dos Oficiai Ofi ciaiss da Radioté Radiotécnica: O C aso aso da da Acade Academia M i lilita tarr M arecha arechall  Samo  Sam ora Mache Machel (2013-20 (2013-2015 15)) . 

objectos, que realiza as experiências, que age sobre os objectos tem mais facilidade de compreender e explica-la. Dessa forma, a aprendizagem se torna mais real, mais concreta, mais significativa.

1.2.  Instrução  Visto que não podemos falar de aulas práticas sem falar da Instrução militar de seguida vamos  permitir-lhes algumas visões no que diz respeito ao a o acima referido.  Na pers pectiva de Gagné, Instrução é a:“ a:“Actividade Actividade de planeamento e execução de eventos externos à aprendizagem, com a finalidade de influenciar os processos internos para atingir determinados objectivos. Os objectivos são as capacidades a ser aprendidas, descrições verbais daquilo que deve ser aprendido.”  aprendido.”  Logo, cabe ao instrutor ou docente no caso de a AM promover a aprendizagem por meio da instrução, planeando-a, administrando-a, avaliando-a quanto a sua eficácia por meio da avaliação da aprendizagem, no caso dos estudantes da AM, a avaliação da aprendizagem será feita nos locais onde estes poderão desempenhar as suas funções profissionais terminado o curso. Segundo o Dicionário de Terminologias Militares, Instrução Militar (1983) ”é uma actividade destinada a fazer despertar e desenvolver no militar as qualidades físicas que tem por fim familiarizar os militares as qualidades físicas e morais e os conhecimentos técnicos ou  profissionais que o transformam em soldado apto para a luta”. luta”.  

1.2.1.  Instrução Militar Visa ensinar o indivíduo a agir como Militar, adaptando paulatinamente às particularidades da vida e acção militares. O preparo para os penosos deveres militares, seguirão no que for aplicável os processos de ensino estipulados pelos manuais técnicos e de campanha do exército, as ideias modernas sancionadas pela experiência.

 

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1.2.2.  Métodos de Instrução Segundo Fazenda, (Metodologia de Ensino, 1972, p. 45), “ métodos de instrução é um processo  bem organizado e planificado que inclui diferentes tipos de aulas e exercícios” Factores a Considerar na Selecção de Métodos:   Composição dos instruendos;



  Lugar da realização da aula;



  Tipo de aula;



  Duração da aula:



1.2.3.  Formação Profissional nas Instituições4  As empresas investem em As empresas em cursos  cursos de formação, pois necessitam de de funcionários  funcionários que estejam muito bem preparados para enfrentar quaisquer tipos de desafios que possam surgir no contexto da sua actividade profissional. Com um curso de formação profissional, pretende-se melhorar as habilidades do funcionário em suas funções dentro da empresa nas mais variadas competências, variadas competências, tendo  tendo sempre como referência o triângulo dos saberes nomeadamente as competências Psicossociais/sócio-afectivas, que  permitem desenvolver as atitudes comunicacionais e os efeitos comportamentais, as competências cognitivas que se situam ao nível do desenvolvimento intelectual e as competências  psicomotoras para o desenvolvimento das capacidades c apacidades manuais, situadas ao nível do saber saber-fazer. -fazer. Os trabalhadores de uma empresa, têm que ter formação dada por uma entidade certificada. O não cumprimento pelas Empresas do plano de formação é mesmo penalizado pelas entidades competentes. Desta forma, se as empresas levarem a preceito e cumprirem com esta obrigação legal, transformam o seu investimento na formação profissional dos seus quadros uma mais-valia para a  própria entidade empregadora.

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Fo https://pt.w ikipedia.org/wiki/Formação_profissiona rmação_profissionall acessado em 20 de Setembro de 2015

 

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 Neste sentido, e recorren recorrendo do ao auxílio de uma formação profissional eficiente e eficaz no seio da  própria empresa, é que os empresários vão conseguir melhores resultados, quer ao nível da qualificação quer ao nível da produtividade.  Não é nas salas de aula tradicionais que se vai conseguir mudar comportamentos e consequentemente conhecimentos, capacidades e atitudes, pois é necessário que a aprendizagem que se vai efectuando seja posta em prática, para que possa haver uma completa correspondência entre a teoria e a prática, contribuindo assim para a sedimentação do conhecimento. Por outro lado, a formação leva também a que o próprio empregador que simboliza a empresa conheça melhor os seus trabalhadores. A aplicação dos métodos activos que permitem que o indivíduo se desenvolva mais ao nível sócio –  sócio – afectivo afectivo leva a que as competências comunicacionais e emocionais sejam também canalizadas para a relação Empresa-Pessoa.

1.2.4.  Estágio Profissional (Tirocínio)  O tirocínio é uma das exigências que o estudante deve cumprir. Mas o estágio não se resume apenas numa exigência, ele vai muito além, permitindo ao estudante uma aproximação à realidade em que actuara. A importância do estágio curricular se dá no momento em que este  proporciona ao estudante a oportunidade de unir teoria à prática. O estágio se consolida nisto, n isto, na aplicação da teoria na prática para que o estudante possa adquirir conhecimento prático e ver se há possibilidade de se trabalhar tudo o que foi aprendido teoricamente durante o curso. Segundo Barreiro. “A formação inicial é o começo da busca de uma u ma base para o exercício da actividade docente. Concebida assim, deve assentar-se em concepções e práticas que levem à reflexão, no sentido de promover os saberes da experiência, conjugados com a teoria, permitindo ao professor uma análise integrada e sistemática sist emática da sua acção educativa de forma investigativa e interventiva” (Barreiro, 2006, p. 22).

Barreiro define aqui a importância do estágio, pois ele permite ao aluno avaliar a utilidade do que foi aprendido no curso de forma crítica e reflexiva, além de permitir-lhe a oportunidade de se auto-avaliar e então, corrigir seus erros, bem como sistematizar sua acção educativa de modo que esta venha a intervir significativamente na sua vida académica e na vida de seus estudantes.

 

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Outro ponto que merece ser ressaltado no que se refere ao estágio curricular é a formulação de um projecto para que o estudante não vá para as aulas de qualquer jeito, sem ter uma proposta  para oferecer aos estudantes. Segundo Pimenta (2008, p. 236) “estágios podem ser realizados com pesquisas quando se mobilizam resultados de pesquisas para ampliar a compreensão de questões que emergem do campo em que se realiza o estágio. Essa é uma maneira de confrontar dados da realidade com as teorias elaboradas”.  elaboradas”. 

1.2.5.  Importância do Estágio para a Formação5   Numa sociedade cada vez mais competitiva e num mundo intensamente globalizado e recheado de inovações tecnológicas a velocidade já mais esperada, a área militar não escapa a esses factos, e para conseguir um espaço dentro da era em que nos encontramos uma das formas é  proporcionar uma formação de excelência. Isso não quer dizer como deduzem a maior parte das  pessoas, que apenas o porte por te de um diploma universitário se chega a excelência esperada. A excelência esperada depende de vários factores, sejam eles intrínsecos e extrínsecos ao  processo de formação do Militar, e ao que toca a parte extrínseca o proponente ira abortar a importância do estágio para a formação visto que esta é a fase de maior conciliação da teoria e a  prática no processo de formação.

1.2.6.  Responsabilidades Impostas pelo Estágio Durante a Formação6  Situações vivenciadas quotidianamente fazem com que o pretenso profissional, ainda estudante, aflore em seu subconsciente um espírito responsável. A responsabilidade é sem sobra de dúvidas, a qualidade primordial de qualquer profissional que se preze.

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 Disponível em:  em:   http://www.migalhas.com.br/M http://www.migalhas.com.br/MercadodeTrabalho/38,M ercadodeTrabalho/38,MI175463,91041I175463,91041A+importanci A+importancia+do+estagio+para+a+ a+do+estagio+para+a+formacao+profi formacao+profissional ssional - acesso em 20/09/15   6  Disponível em:  em:  http://www.migalhas.com.br/Me http://www.migalhas.com.br/MercadodeTrabalho/38,MI rcadodeTrabalho/38,MI175463,91041175463,91041A+importancia+do+estagio+para+a+ A+importanci a+do+estagio+para+a+formacao+profi formacao+profissional ssional - acesso em 20/09/15 

 

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Com o discernimento que deve sempre, em todas as situações da vida, ser muito pontual, o estudante passa a vivenciar a necessidade prática de estar no horário pré-estabelecido em todos os locais no qual se comprometeu a comparecer. Por isso que chegar no horário correto ao estágio, cumprir a hora agendada para uma reunião ou audiência são demonstrações da preocupação que o estagiário deve ter com seu tempo e com o tempo das outras pessoas também. É dessa forma que o estagiário começa a adquirir esse adjectivo tão imperioso para o profissional. O estudante também passa a ter disciplina, tendo em vista que é importante que o estagiário verifique em todas as diligências ou incumbências atribuídas, a possibilidade da sua realização, buscando sempre objectivar a formulação do que lhe tenha sido passado. Ter disciplina é basicamente estar ciente do que deve ser feito, o prazo no qual a tarefa deverá ser desempenhada e seu grau de prioridade. Ter organização, que é outra importante aliada de todo profissional, é também francamente desenvolvida no momento do estágio. O estagiário aprende que deve manter sempre uma conduta vista como organizada, estar sempre anotando as suas obrigações e tarefas, para jamais esquecê-las, evitando desta forma uma postura contra as directrizes da instituição. É de se enaltecer que o profissional organizado trabalha melhor  porquee tudo que prec  porqu precisa isa está em seu devido devid o lugar lugar,, desde desd e uma simples caneta, caneta , até relatórios relató rios e  pastas de arqui arquivos. vos. Ao manter semp sempre re sua mesa limpa, por exempl exemplo, o, o estagiário estagi ário começ começaa a agregar esse valor profissional ao seu estágio. Dessa forma, verifica-se que o nascedouro das responsabilidades de um profissional advém das experiências e factos ocorridos durante o estágio. Por tal motivo é proporcional a alegação de que, um estagiário responsável tende a também ser um profissional responsável.  

 

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1.2.7.  Percepção das Deficiências7  É no momento do estágio que um importante instrumento tanto para a vida profissional, como  para a vida priv privada ada é desen desenvolvid volvido. o. Esse meca mecanismo nismo de reconhece reco nhecerr as próprias próp rias deficiênci defic iências as é composto por outras duas qualidades cervicais para a vida profissional, quais sejam, o autoconhecimento e o senso crítico. Conhecer suas próprias limitações é sem dúvidas, o marco inicial para superá-las, e é graças a  práticaa real das activid  prátic actividades ades da profis profissão são escolh escolhida, ida, por meio do estágio, estági o, o momento vital para essa percepção. Perceber o que mais é preciso aprender, onde melhorar, o que fazer para desempenhar melhor a função incumbida, são interrogações que permeiam o momento do estágio. Maior virtude de um profissional é reconhecer seus próprios erros. Ou mais do que isso, é assimila-los, é aprender com as falhas, é assumir a responsabilidade, que como já debatido, é   uma qualidade oriunda e propícia de ser desenvolvida durante o estágio, para poder desenvolver como profissional. Sinteticamente, os erros somente geram aprendizado quando nós os reconhecemos, admitimos nossa responsabilidade e reflectimos honesta e disciplinadamente sobre suas causas. À par dessas constatações, percebe-se o quanto é importante para o estudante, como  profissiona  profis sionall em formação, forma ção, a percepção perce pção dos própr próprios ios erros e deficiência defic iências, s, visto que a hora de evoluir, crescer e aprender é justamente o momento do estágio. É mais essa virtude que é desenvolvida no decorrer do estágio, trazendo um aprendizado único para o novo profissional.

1.2.8.  Autoconfiança8  Dos pontos anteriormente debatidos, como forma de desenvolvimento das habilidades e atitudes de um estudante na vivência do estágio, vê-se que este último caracteriza-se como consequência lógica dos dois primeiros. 7

 Disponível em:  em:   http://www.migalhas.com.br/Mer http://www.migalhas.com.br/MercadodeTrabalho/38,MI1 cadodeTrabalho/38,MI175463,9104175463,91041A+importanci A+importancia+do+estagio+para+a+ a+do+estagio+para+a+formacao+profi formacao+profissional ssional - acesso em 20/09/15   8  Disponível em:  em:  http://www.migalhas.com.br/M http://www.migalhas.com.br/MercadodeTrabalho/38,M ercadodeTrabalho/38,MI175463,91041I175463,91041A+importancia+do+estagio+para+a+ A+importanci a+do+estagio+para+a+formacao+profi formacao+profissional ssional - acesso em 20/09/15 

 

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Para que um estudante, em processo de aprendizagem da vida profissional possa se sentir de fato autoconfiante, ele precisa prioritariamente ser responsável pelos seus actos, e por conseguinte, ter a percepção clara de suas deficiências e assimilação dos erros cometidos. É com a soma desses adjectivos que o estagiário passa a essa terceira fase, qual seja, o momento em que a confiança em si próprio e no seu trabalho desempenhado quotidianamente começa a ser percebido pelos que lhe rodeiam. É incorporando esse espírito confiante que o estudante aflora os seguintes predicados: identidade própria, iniciativa, competitividade, capacidade de trabalhar em grupo, espírito de liderança e pró-actividade. Tais características irão gabaritar esse estagiário para o mundo, servindo como indicativos precisos das pretensões de carreira pelo estudante. Verificou-se que o momento do estágio é propício ao desenvolvimento de habilidades e o aprendizado de novas atitudes. A responsabilidade, percepção das deficiências, e a autoconfiança começam a aflorar neste estudante, preparando-o para a área profissional. Percebe-se, dessa forma, que um bom estudante precisa tão-somente de uma boa oportunidade de demonstrar todo seu potencial, e dessa forma poder se firmar como um profissional realmente preparado para os obstáculos da vida do século em que vivemos.

1.3.  Aprendizagem   Na verdade, essas questões suscitaram diferentes conceitos e definições de acordo com as diversas teorias de aprendizagem que se foram organizando na base dos factos investigados. Entretanto, um ponto comum nas diferentes concepções teóricas, é que a aprendizagem diz respeito a uma mudança duradoura no indivíduo vivo, que não seja marcada pela herança genética. Essa mudança pode ser interna, de comportamento, de percepção ou de motivação, e, ainda pode se dar também pela combinação de todos esses elementos. Para (Targino, 2013, p. 21) aprendizagem: “a aprendizagem é básica para o desenvolvimento da habilidade atlética, da  preferência por alimentos e roupas, da apreciação pelas artes e pela música. Contribui para a formação do preconceito étnico, para o vício em drogas, para o aparecimento do medo e para os desajustamentos patológicos. Produz o miserável e o filantropo, o hipócrita e o patriota. Em resumo, a aprendizagem  

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influencia nossas vidas a todo o momento, sendo responsável, em parte, pelo que há de melhor e pior nos seres humanos e em cada um de nós.”  

Assim sendo, a aprendizagem nem sempre leva a um crescimento pessoal ou social. Pois, não se aprende somente os comportamentos que favoreçam a um crescimento profissional, mas também comportamentos inúteis ou prejudiciais à vida do aprendiz, como por exemplo, fumar ou fazer uso de drogas.

1.3.1.  Desenvolvimento Intelectual Piaget (1976) O desenvolvimento cognitivo, segundo esse autor, ocorre com a maturação e o aprimoramento de estruturas cognitivas a partir da acção do indivíduo sobre o seu meio, mediada  pela experiência. Nesse processo, acontecem desequilíbrios e equilíbrios (processo de equilibração), conforme o indivíduo assimila e acomoda (processo de adaptação) novos conteúdos às estruturas já existentes em seu intelecto. Esse desenvolvimento acontece através de estágios.  Entretanto, a partir da década de 1980, outro nome começa a despontar: Vigotski. Para esse autor, diferentemente de Piaget, ele defende que o desenvolvimento dos conceitos no Homem ocorre com a sua inserção no contexto social, a partir de seu nascimento. O contexto é, assim, determinante no desenvolvimento das características humanas, entre elas, o desenvolvimento das funções intelectuais superiores, que só se encontram presentes na espécie humana. Esse desenvolvimento acontece conforme a Homem vai tomando consciência dos conceitos que se encontram no código linguístico das pessoas com quem convive, tanto em relação ao símbolo (como o mundo é nomeados e depois como é escrito), quanto ao significado.   Vigotski (2000, p. 246) sinaliza que é impossível e pedagogicamente estéril o ensino directo de conceitos. Um conceito “é um acto real e complexo de pensamento que não pode ser aprendido  por meio de simples memorização”, pois, o seu desenvolvimento pressupõe o desenvolvimento de toda uma série de funções intelectuais: atenção arbitrária, memória lógica, abstracção, comparação, discriminação. Por fim, ao analisar o processo de desenvolvimento dos conceitos científicos, lançam-se algumas questões:

 

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“como se desenvolvem os conceitos científicos na mente de uma criança em  processo de aprendizagem escolar? Em que relação se encontram aí os processos processos de ensino e aprendizagem de conhecimentos propriamente dito e os processos de desenvolvimento interior do conceito científico na consciência da criança? Coincidem entre si, sendo, essencialmente, apenas duas faces de um mesmo  processo? O processo de desenvolvimento interior do conceito sucede o  processo de aprendizagem? aprendizagem?”” Vigotski (2000, p. 245)  

O processo de equilibração refere-se aos desequilíbrios que ocorrem quando o indivíduo entra em contacto com um objecto (informação, objecto, situação) sobre o qual ela ainda não tem nenhum esquema organizado, ou seja, ao se deparar com um novo objecto o sistema cognitivo passa por um processo de desequilíbrio. Entretanto, o organismo tem uma tendência a restabelecer o equilíbrio (por isso processo de equilibração), uma vez que esse estado de desequilíbrio não é saudável ao indivíduo. Assim, um novo e melhor equilíbrio é restabelecido.  Nesse processo de equilibração, ocorre o processo de adaptação, ou seja, de assimilação e de acomodação. Ao entrar em contacto com um novo objecto, o indivíduo tenta assimilá-lo utilizando-se dos esquemas que já possui. A seguir ocorre a acomodação em que o objecto assimilado é incorporado aos antigos esquemas do indivíduo.

1.3.2.  Estágios do Desenvolvimento Intelectual  O desenvolvimento mental, para Piaget (1976), ocorre em função do amadurecimento das estruturas cognitivas resultante de uma acção do indivíduo sobre o seu meio e da forma como esse meio responde a essa acção. O desenvolvimento é: “uma equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio superior. Cada estágio é caracterizado  pela aparição de estruturas originais, cuja construção o distingue dos estágios anteriores. e constitui uma forma particular de equilíbrio, efectuando-se a evolução mental no sentido de uma equilibração sempre mais completa” completa ” Piaget (1976, p. 11).

 

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1.3.3.  Ensino Superior em Moçambique9  Moçambique celebra em 2015 o marco histórico de 40 anos de independência durante os quais se assiste ao desenvolvimento do Ensino Superior e mais recentemente à luz de planos estratégicos nacionais. O primeiro foi implementado num cenário de uma complexidade de acções que visavam assumir o Ensino Superior como o motor para o desenvolvimento e assim o Governo criou o Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia no ano 2000 e este lançou os passos da implementação do primeiro Plano Estratégico do Ensino Superior (2000  –  2010)   2010) e propôs a  primeira Política de Ciência e Tecnologia para Moçambique.  No contexto dos novos desafios foi assumida uma outra abordagem que tomou a Ciência e Tecnologia como transversal para o desenvolvimento e o Governo criou em 2004 o Ministério da Ciência e Tecnologia e integrou o Ensino Superior no Ministério da Educação. Neste cenário, o segundo Plano Estratégico do Ensino Superior foi lançado em 2012, num ano em que outro marco histórico era celebrado - os 50 anos do Ensino Superior em Moçambique. Em 2015, ocorre o “regresso ao futuro” com a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional que, mantendo a abordagem da transversalidade da Ciência e Tecnologia recuperou a relação de contiguidade com o Ensino Superior em reconhecimento da prioridade de desenvolvimento de competências em Moçambique para a formação, investigação e extensão em estreita relação. E porque a relação com o sector produtivo é também uma prioridade, a Educação TécnicoProfissional foi agregada criando sinergias para a promoção da articulação entre as instituições de ensino superior com o sector produtivo, público e privado e a promoção da inovação científica, tecnológica nas instituições de ensino técnico profissional e na sociedade em geral e nas camadas  jovens em particular. Com mais de 50 anos de existência formal, o Ensino Superior tem a sua génese em 1962, a 21 de Agosto, com a abertura dos Estudos Gerais Universitários de Lourenço Marques, então capital de Moçambique.

9

 

 Disponível em: http://www.mct http://www.mctestp.gov.mz/?q=con estp.gov.mz/?q=content/ensino-superi tent/ensino-superior-em-moçambiqu or-em-moçambiquee

 

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- acessado em 21/09/15 

 

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A seguir à Independência de Moçambique em 1975 e com a revisão da Constituição em 1990, surge a primeira Lei sobre o Ensino Superior n.º 1/93, de 24 de Junho, sob a qual é permitida a criação de instituições de ensino superior privadas e abre-se uma nova realidade de educação no  país. Em resultado da complexidade que se gera na gestão do Ensino Superior, surge a necessidade de se proceder à alteração da Lei nº 1/ 93 e, em sua substituição cria-se a Lei nº 5/2003, de 21 de Janeiro, que em matéria de regulamentação visou, entre outros aspectos, Controle da Qualidade. Em resposta aos constantes desafios pela governabilidade do sector, cria-se a Lei nº 27/ 2009, de 29 de Setembro  –   Lei do ensino Superior, vigente ainda, porém com proposta de revisão em curso. Assim, é de referir que em 40 anos de independência, Moçambique foi capaz de conceber um conjunto fundamental de instrumentos para a visão e regulamentação do Ensino Superior e nos últimos 10 anos foram também aprovados e iniciado o processo da implementação do Sistema  Nacional de Avaliação, Acreditação e Garantia de Qualidade do Ensino Superior, Decreto nº 63/2007, do Regulamento do Quadro Nacional de Qualificações do Ensino Superior, Decreto nº 30/2010, do Sistema Nacional de Acumulação e Transferência de Créditos Académicos, Decreto nº 32/2010, o Regulamento do Conselho Nacional de Ensino Superior, Decreto nº 29/2010, do Regulamento de Licenciamento e Funcionamento das Instituições de Ensino Superior, Decreto nº 48/2010, e o Regulamento de Inspecção às Instituições de Ensino Superior, Decreto nº 27/2011. A ilustrar as condições de visão e regulamentação para o desenvolvimento do Ensino Superior,  pode-se constatar que há 40 anos existia apenas uma instituição de d e ensino superior (IES) e hoje existem mais do que o número de anos de independência celebrados. Existem 49 IES. E apesar de ser um crescimento exponencial, desafios imensos prevalecem para assegurar que cerca de 130 mil estudantes no Ensino Superior tenham as condições de formação, investigação e extensão, em  padrões de qualidade aceitável enquanto se busca busc a como visão a excelência do Ensino Superior. Sup erior.

 

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1.4.  Formação Segundo Levieque, (2007, p.95), é o processo de transmissão de conhecimento, hábitos, habilidades e valores com vista a elevar a qualificação do indivíduo para resolver as exigências da sua função decorrente da mudança. Ainda segundo Nunes (2007), afirma que a formação profissional do pessoal é parte integrante da gestão dos recursos humanos e permite o aumento de capacidades, com vista a execução de uma tarefa específica e o aumento do nível dos seus conhecimentos, e da capacidade de resposta às mudanças do ambiente exterior à organização. A mesma ideia é partilhada por Silvestre (2003,  p.67) e argumenta que, a formação profissional “engloba actividades de a prendizagem completa de uma profissão ou apenas de segmentos profissionais destinados ao aperfeiçoamento do exercício dos profissionais já activos”. Analisando os posicionamentos destes autores, ambos evidenciam o aumento de capacidades e de conhecimentos. Mas para a concretização eficaz dessa formação, reciclagem e consolidação dos conhecimentos adquiridos pelos militares é de extrema importância a existência de base material em equipamentos capaz de ajudar na conciliação da teoria e a prática, garantindo assim o melhor aperfeiçoamento e capacidades de execução das matérias ministradas. De acordo com Velada (2007. p.12) "A formação profissional é definida como uma experiencia  planeada de aprendizagem que é concebida com o objectivo de resultar numa mudança  permanente dos conhecimentos, atitudes ou competências, críticos para o bom desempenho da função de um indivíduo".

Formação profissional10 é o conjunto de actividades que visam a aquisição teórica aquisição  teórica e/ou prática de conhecimentos, de conhecimentos, habilidades  habilidades e atitudes exigidos para o exercício das funções próprias de uma profissão. uma  profissão.   Percebe-se que formação cumpre, duplo objectivo em contribuir para o desenvolvimento profissional e organizacional. Portanto, para que a formação possa oferecer vantagens, o seu foco tem de ir para além do desenvolvimento de competências básicas através da criação e partilha de conhecimento, ou seja, através da criação de capital intelectual. 10

Segundo  https://pt.wikipedia.org/wiki Segundo https://pt.wikipedia.org/wiki/Formação_profiss /Formação_profissional ional acessado em 20 de Setembro de 2015 

 

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A ênfase na formação profissional reitera e salienta a importância de criação de uma ligação extremamente estrita entre a formação e a estratégia da organização, isto é, o objectivo das FADM11  na criação e na formação de Comandantes de Meios Radiotécnicos e o cumprimento dessas estratégias predefinidas na sua formação e na missão dessa tropa.

1.4.1.  Princípios gerais de formação   Segundo o manual de terminologia de formação Profissional (2001)  Aprendizagem

- Processo integrado em que um indivíduo se mobiliza no sentido de uma

mudança, no domínio cognitivo, psicomotor e afectivo.  Aptidão - disposição inata para efectuar uma aprendizagem específica num determina do domínio

do saber.  Aptidão Profissional - conjunto de competências devidamente reconhecidas que habilitam o

indivíduo para o exercício de uma profissão ou actividade profissional.  Formação

- conjunto de actividades que visam a aquisição de conhecimentos, capacidades,

atitudes e formas de comportamento exigidas para o exercício das funções próprias duma  profissão ou grupo de profissões prof issões em qualquer ramo de actividade.

1.4.2.  Diagnóstico de Necessidade de Formação O primeiro passo para se conceber um programa formativo consiste na realização de um diagnóstico de necessidade para determinar se a formação é, ou não, necessária tendo em atenção os objectivos estratégicos e operacionais da Organização. Na sequência da realização desse diagnóstico podem ser identificados diversos factores individuais, organizacionais ou da envolvente, que sugerem a necessidade de formação. Ao nível individual, salientam-se factores como a identificação de problemas no desempenho de factores, a exigência de novos padrões de desempenho para fazer face aos desafios da envolvente 11

 FADM FADM –   –  Forças  Forças Armadas de Defesa de

Moçambique 

 

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ou até mesmo a falta de competências básicas dos colaboradores. Diversos acontecimentos ou  processos dentro de uma organização podem ainda sugerir a necessidade de formação, nomeadamente, a introdução de novas tecnologias, o redesenho de funções, o crescimento ou expansão global, pelo contrário, a contratação do resultado da formação. Velada (2007, p.14) é importante salientar que nem sempre a formação é a solução mais eficaz  para resolução destes problemas, sendo necessário analisar a adequação da formação e a estratégia da organização. O processo de diagnóstico de necessidade de formação é um processo que envolve tipicamente a condução de três tipos de análises: análise organizacional, análise individual e análise de funções. O Autor realça que, uma metodologia que difere da "Educação" no sentido em que se especializa na experiência profissional e é voltada para a aquisição de competências profissionais, mas não é único critério eficaz, deve-se envolver diferentes factores e adequa-los a estratégia e objectivo da organização.

1.4.3.  Métodos de Formação Para cumprir os diferentes objectivos formativos e estratégicos organizacionais, existe uma grande diversidade de métodos Formativos. Velada (2007, p.17) categorizam os diferentes métodos formativos em três grandes grupos: métodos expositivos, métodos activos; e métodos de grupos ou grupais. Se o objectivo da formação for a melhoria da eficácia de um grupo ou equipa, a opção por qualquer um dos métodos grupais será a mais adequada. Para além do grau em que cada método facilita a aprendizagem e a transferência da formação, os custos associados ao seu desenvolvimento e a sua utilização, bem como a sua eficácia, são outros factores a ter em consideração na decisão sobre qual o método formativo a utilizar numa determinada acção de formação.

 

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1.4.4.  Dimensões da Qualidade na Educação   Um primeiro significado posto ao conceito de qualidade na educação relaciona-se com a

definição de eficácia a qual refere à consecução dos objectivos preestabelecidos, capazes de conduzir aos resultados desejados (Gómez, 1997, p.44). Neste sentido, conforme Díaz (2002, p.7) uma educação é de qualidade “quando os alunos conseguem aprender o que devem aprender no fim de um determinado nível (de estudos), isto é, superam com êxito o que está estabelecido nos  planos e programas curriculares”. Esta perspectiva de análise análise,, denominada de instrumental ou técnica, coloca a ênfase nos resultados da aprendizagem efectivamente alcançados no processo educativo. O ensino é considerado um instrumento técnico a serviço de objectivos políticos definidos prioritariamente por exigências económicas Díaz, (2002, p.45). Um segundo enfoque refere o termo qualidade como aprendizagem relevante. Esta segunda  perspectiva é designada de ética ou axiológica, e contrapõe-se à primeira, anteriormente apresentada. Não admite, segundo Gómez (1997, p.30), limitar o conceito de qualidade de ensino a uma medida dos produtos observáveis a curto prazo de tempo como requer a perspectiva instrumental. Defende que situar a qualidade do ensino no valor dos produtos, supõe afirmar uma injustificada relação causal entre os processos de ensino e os processos de aprendizagem. Acrescenta a mesma autora que, estabelecer a qualidade do ensino na correspondência entre resultados constatados e objectivos preestabelecidos supõe uma grave restrição às possibilidades criadoras e inovadoras do ser humano. A este respeito Gómez, (1997, p.30) refere o seguinte: “A prática educativa se justifica quando facilita para cada indivíduo um rico  processo de aprendizagem e desenvolvimento sem limites conhecidos. Concretizar estes limites e especificá-los em manifestações particulares observáveis é sucumbir de novo à intenção de controlar, matando a riqueza e cerceando a diversidade.” diversidade.” 

 Neste sentido, a supracitada autora considera que a educação de qualidade é “aquela que responde adequadamente ao que o indivíduo necessita para se desenvolver como pessoa intelectual, efectiva, moral e socialmente”. Desta forma, a educação de qualidade é aquela que está vinculada às necessidades e interesses do educando, devendo ser pertinente às suas condições e aspirações.

 

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Uma terceira dimensão é avançada por Díaz (2002, p.7) onde a qualidade é abordada segundo os

processos e meios que o sistema oferece aos alunos para o desenvolvimento de sua experiência educativa. Neste sentido, o autor define que uma “educação “educação de qualidade é aquela que oferece aos estudantes um adequado contexto físico para a aprendizagem, um corpo docente capacitado para ensinar, estratégias didácticas adequadas.”  adequadas.”   De um modo geral, Hoz (2001, p.23), abarca os três enfoques de qualidade na educação até agora tratados. Considera que a qualidade educativa é um contínuo resultante da combinação de três  pontos, a saber: “funcionalidade (coerência entre resultados e fins); eficácia (coerência entre resultados, metas e objectivos) e eficiência (coerência entre processos, meios e resultados)”.  resultados)”.   Diz Zabalza (2001, p.37) que a qualidade é algo construído dia-a-dia e de maneira permanente. Assim, nesta combinação de meios, resultados e pessoas se vai construindo a qualidade da educação numa lógica permanente e a longo prazo.  Uma quarta dimensão é avançada por Díaz (2002, p.7) onde a qualidade é abordada segundo os

processos e meios que o sistema oferece aos alunos para o desenvolvimento de sua experiência educativa. Neste sentido, a autora define que uma “educação de qualidade é aquela que oferece aos estudantes um adequado contexto físico para a aprendizagem, um corpo docente capacitado para ensinar, estratégias didácticas adequadas.” adequadas.”   De um modo geral, Hoz (2001, p.23), abarca os três enfoques de qualidade na educação até agora tratados. Considera que a qualidade educativa é um contínuo resultante da combinação de três  pontos, a saber: “funcionalidade (coerência entre resultados e fins); eficácia (coerência entre resultados, metas e objectivos) e eficiência (coerência entre processos, meios e resultados) ”. ”.   Diz Zabalza (2001, p.37) que a qualidade é algo construído dia-a-dia e de maneira permanente. Assim, nesta combinação de meios, resultados e pessoas se vai construindo a qualidade da educação numa lógica permanente e a longo prazo.

 

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1.4.5.  Processo Ensino-Aprendizagem de Qualidade  Mediante a consulta do dicionário da Língua Portuguesa (1999, p.626) encontramos que ensinar (do latim insignare) “é ministrar conhecimentos de uma ciência ou arte a; dar lições a alguém”. Por sua vez, o Dicionário breve de Pedagogia (2001, p.195), define o ensino como sendo um “processo pelo qual o professor transmite ao aluno o legado cultural em qualquer ramo do saber”.   Efectivamente, o saber pode ser adquirido de diversas maneiras e, hoje em dia, com a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação, as possibilidades são cada vez maiores. No entanto, cabe destacar historicamente a responsabilidade da instituição na transmissão dos conhecimentos e dos saberes. Segundo o posicionamento de Dayrell (1994, p.79), p. 79), “os alunos e a escola interagem; os alunos são projectos da escola, mas convém compreender que a escola também é parte do projecto dos alunos, ocupando seus anseios e expectativas”. Apesar das definições de dicionário apresentadas dicionário  apresentadas limitarem o acto de ensinar à transmissão de conhecimentos, hoje em dia, as finalidades do ensino evoluíram. Conforme escreve Altet (2000, p.13): “O acto de ensinar, ao sabor das finalidades educativas, passou sucessivamente, da transmissão de informações, para o desenvolvimento do saber-fazer, para a formação da pessoa, nos nossos dias, chegar à concepção do “ensino que dê resposta” (…) no qual o professor se adapta às necessidades dos alunos.” 

Assim, corroboramos com o autor quando defende que q ue ensinar é “um processo interpessoal, intencional, que utiliza essencialmente a comunicação verbal, o discurso dialógico finalizado como meios para provocar, favorecer e garantir o sucesso sucess o da aprendizagem” (Altet, 2000, p.13). p. 13).  Nesta perspectiva, o ensino, correspondente a uma transmissão de conhecimentos, tem vindo a colocar-se colocarse ao serviço da aprendizagem entendida como uma “construção pessoal, resultante de um processo experiencial, interior à pessoa que se traduz numa modificação de comportamento relativamente estável” estável” (Alarcão e Tavares, 1999, p.86). p.86). Portanto, aprendizagem não significa um amontoar de teorias mas trata-se de um processo sistemático, dinâmico que implica um processo de retroacção e de ajustamentos sucessivos (Gagné, 2000, p.18). Da mesma forma, as aprendizagens escolares passam pela comunicação e, numa dada situação, pressupõem interacções entre os actores educativos, ou seja, entre o  professor e os estudantes. A este respeito Altet (2000, p.62) partilha a seguinte opinião:  

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“O que caracteriza de facto a comunicação pedagógica é que não se trata de uma simples emissão ou difusão de mensagens, mas de uma troca finalizada numa aprendizagem, por meio de um processo interactivo de ensino-aprendizagem em que o emissor procura modificar o estado do saber do receptor, o que torna fundamental a presença de um duplo  feedback receptores-emissor, mas também emissor-receptores.””  emissor-receptores.

Assim, tal como refere Altet (2000, p.13) porque ensinar é levar a aprender e, sem a sua finalidade de aprendizagem, o ensino não n ão existe, “o ensino-aprendizagem ensino-aprendizagem formam uma dupla indissociável”, constituindo, nas constituindo, nas palavras de Richelle (2000, p.13), p. 13), “as duas faces de uma mesma moeda”.   moeda”. Para Demo (2000, p. 55), a qualidade do processo ensino-aprendizagem reside na possibilidade de se proporcionar aos alunos o acesso universal ao conhecimento básico, que garanta a todos as condições de participar e produzir, sobretudo “aprender a aprender”. Esta ideia de uma aprendizagem contínua também é defendida por Piaget (1995, p.45) quando afirma que o ideal da educação não é aprender ao máximo, mas é antes de tudo “aprender a aprender; é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola”. Neste sentido, não se  pensa o processo de aprendizagem como concluído ao término do período formativo, mas  postula-se que a formaçã formaçãoo é um processo contínuo. Daí que, tendo presente que na sociedade em que vivemos, “o que hoje é imprescindível e necessário, amanhã está ultrapassado” (Cabral, 2007, p.157), depreende-se a concepção de um ser humano em constante aprendizagem o que conduz a Educação a organizar-se, segundo Delors (1996, p.45): (…) a volta de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo da vida, serão de algum modo para cada individuo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é a adquirir os instrumentos de compreensão, aprender a fazer,  para poder agir sobre o meio envolvente, aprender a viver juntos, a fim de  participar e cooperar com os outros em todas as actividades humanas, finalmente, aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. 

Desta forma, a qualidade do processo escolar não se centra tanto na instrução, mas postula um ensino e aprendizagem dinâmicos, voltado para explorar as habilidades dos estudantes facultando os meios para construção do conhecimento, atitudes e valores e aquisição de competências. Por sua vez, (Pibernat, 2004, p.93) entende que a qualidade do ensino passa pelo envolvimento de todas as pessoas da instituição, sendo o principal responsável o professor, que no fazer  pedagógico compromete-se não com só com a melhoria do seu desempenho como também leva em consideração a motivação de todos os alunos para uma efectiva aprendizagem.  

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Segundo Postic (1995, p.21), a motivação orienta e organiza a actividade do sujeito,  possibilitando ao aluno ganhar confiança em si próprio e nas suas capacidades de agir e de se desenvolver. Assim, acrescenta o mesmo autor, “o desejo de progredir nasce no aluno quando ele sente que o professor se interessa por ele, como pessoa, e que acredita nas suas possibilidades de sucesso”.   sucesso”. Porque como demonstrou (Altet, 2000, p.174), p.174), é o sucesso que “permite, na produção de saberes, a compreensão e a aprendizagem e não a sequência do tipo “compreender –   ter sucesso”, como durante muito tempo defenderam as concepções clássicas”.  clássicas”.  Ao invés disso, hoje em dia, de acordo com Postic (1995, p.91), as novas concepções  pedagógicas se centram no aluno, nas suas dificuldades, necessidades, nos seus processos de aprendizagem. Para Altet (2000, p.174), centrar-se no aprendente significa:   Ter em conta os saberes que já possui;



  Identificar e definir as dificuldades e obstáculos a transpor e pôr em prática condições



activas de aprendizagem activa;   Escolher a actividade, os suportes pedagógicos, o modo de agrupamento, o modo de



orientação e prever uma avaliação formativa para reajustar a situação de acordo com as interacções encontradas. Desta forma, o estudante é visto como um ser activo do processo educativo. Assim, opera-se uma mudança que induz à transição do processo de ensinar para o processo de aprender. Nisso, o  professor ao organizar condições de aprendizagens activas para o aprendente, vai ser levado a desempenhar um outro papel que passa do ensinar, para o formar, educar. Para tanto existe a necessidade de repensar a sua prática pedagógica em sala de aula.

1.5.Comandantes de Meios Radiotécnicos (CMRT) Impossível é abordar acerca da Tropa da radiotécnica sem antes trazer a superfície matéria relacionada com a Força aérea, portanto:

 

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Força aérea12 (FA) - é um ramo das Forças Armada que garante especificamente o controlo e a inviolabilidade do espaço aéreo.

As Tropas Radiotécnicas13 (TRT) fazem o reconhecimento aéreo, identificação de alvos aéreos, sua composição, formação de combate, direcção e parâmetros de voo, acompanhando-o em toda  profundidade da zona de visibilidade dos Radares e pposteriormente osteriormente entrega entr ega estes dados d ados ao Posto P osto de Comando superior, as unidades de cooperação, assegurando a direcção combativa de unidades. Fornecer informações certas e oportunas aos Batalhões de Foguetes Antiaéreo dos alvos, assegurar com informações de direcção combativa as unidades e subunidades da Defesa Antiaérea.

Radiotécnica 14  é uma arma da defesa antiaérea destinada a realizar o reconhecimento por Radiolocalização do inimigo aéreo e asseguramento das acções combativas das unidades das tropas de foguetes antiaéreo, tropas da Artilharia antiaérea e a aviação de caça da Força Aérea.

Radiolocalização15 –   –   chama-se ao sector de radiotécnica, que cumpre a tarefa de detecção com apoio de ondas de rádio de diferentes objectos, determinação da sua localização (coordenadas) e característica. Os objectivos a serem detectados são seguintes: Aeronaves, Mísseis, Navios, Tanques, construções e outros. " A constante necessidade de coordenação e integração das armas Antiaérea em sistema de Defesa Antiaérea (DAA) ou mesmo aeroespacial, exige que determinados escalões de AAA fiquem sob o controle de escalões superior de AAA". Toda aeronave deve ter autorização antes de ingressar em áreas controladas e deve ter contacto  por Rádio com órgão de Controlo quando estiver nesta área. Essas geralmente correspondem a áreas com tráfego significante, como áreas próximas a aeroportos e aerovias.

12

 Manual de Campanha C44-1 (2001, p.3-12).  Segundo, Manual de Campanha C44-1 (2001, p.3-12). 14  Segundo, Manual de Campanha C44-1 (2001, p.3-12). 15  Segundo, Manual de Campanha C44-1 (2001, p.3-12). 13 Segundo,

 

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Em áreas não controladas não são necessárias que as aeronaves tenham autorização prévia para voar e não é necessário manter contacto com os órgãos de controlo caso a aeronave não tenha rádio.

1.6.  Radar A palavra RADAR resulta da contracção das iniciais da expressão inglesa “ R adio adio Detection And

R anging” anging”16, que segundo Monteiro (2008) é utilizada para designar um sistema para a detecção e localização de objectos a partir da emissão de energia electromagnética 17. Esta posição é também assumida pelo Santos (2011, p. 2) quando diz “os meios Radares têm por missão, detectar, localizar e identificar alvos aéreos e enviar os respectivos elementos de alerta  para as unidades de tiro, em tempo oportuno, de forma f orma a garantir uma reacção eficaz.”  eficaz.”   O Nooger e Neville (1977, p. 6) também defendem que o Radar é um dispositivo que “utiliza as ondas radioeléctricas para assinalar ou determinar no espaço a posição relativa de um ou mais objectos em relação a um ponto conhecido dado”.  dado”.   O Radar é pois o olho que vê tudo, de dia ou de noite, chovendo ou não, no mar, em terra ou no ar com a missão, detectar, localizar e identificar alvos a distância e no caso de Radares militares enviarem os respectivos elementos de alerta para as unidades de tiro, em tempo oportuno, de forma a garantir uma reacção eficaz.

1.6.1.  Princípio de Funcionamento do Radar Para Massambani (s.d,), o Radar é constituído por quatro elementos principais que garantem o seu funcionamento, sendo esses, antena, transmissor, receptor e indicador. A partir desses elementos, o funcionamento é feito de maneira seguinte: o transmissor gera impulsos de alta frequência que são irradiados ao espaço através da antena, as ondas no espaço 16

 RAdio –  dio –  Rádio,  Rádio, Detection etection –   –  Deteção,  Deteção, And nd –   –   e, e, R anging –  anging –  Localização  Localização 

17

 Energia Electromagnética Electromagnética é a quantidade de energia armazenada em uma região de espaço que pode ser atribuída à presença de um campo electromagnético, e é expressa ex pressa em termos das intensidades ddocampo ocampo magnético e do campo eléctrico. eléctrico. segundo  segundo https://es.wikipedia.org/wiki/ https://es.wikipedia.org/wiki/Energ%C3%ADa_electromagn Energ%C3%ADa_electromagn%C3%A9tica %C3%A9tica –   –  acessado  acessado 5 de Outubro de 2015 

 

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são reflectidas quando encontram um objecto, o sinal reflectido é captado pela antena e em seguida emitidos ao receptor, que através de sistemas apropriados para serem visualizados no indicador (ecrã).  Segundo Mira (s.d.), o Radar é um equipamento electrónico capaz de concentrar um sinal electromagnético numa certa porção de espaço com o objectivo de detectar alvos existentes nessa área de espaço.  Para Mira (s.d.), o Radar de impulsos usa como princípios a emissão de pequenos impulsos de energia de radiofrequência (RF) que são gerados para a transmissão. A frequência de repetição de impulsos denomina-se PRF (Pulse Repetition Frequency) é a taxa com que os impulsos (número de impulsos por unidade de tempo) de RF são gerados. O período entre impulsos T é o tempo entre o início de um impulso e o início do impulso seguinte.  O princípio de funcionamento de Radar consiste na transmissão da onda electromagnética de radiofrequência e a recepção do seu eco.

1.6.2.  Construção Física do Radar Segundo Massambani (s.d.), o Equipamento de Radar é composto de uma antena transreceptora, da linha de transmissão, ou guia de onda, de um transmissor de alta potência e alta frequência, do sistema de recepção, descodificação, processamento e visualização das informações colectadas, além da mesa de interface entre equipamento e operador. Os elementos principais do Radar são: transmissor, receptor, antena e indicador de panorama.  Segundo Mira (s.d.), os principais componentes do Radar típico de modulação de impulso são: modulador, antena, receptor, emissor, duplexer, junta rotativa, sistema de exploração de informação, gerador de sincronismo (trigger).

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Figura 1: diagrama de blocos de um Radar simples Fonte: Massambani (s.d.)

1.6.3.  Sistema de Transmissão Segundo Rosário (2010), o sistema de transmissão é composto por 3 elementos principais:   o oscilador, o modulador, e o próprio transmissor. O transmissor fornece radiofrequência para a antena em forma de pulsos electromagnéticos modulados de alta potência que são disparados contra a antena parabólica que remete-os unidirecionalmente em direcção ao alvo. Segundo Mira (s.d.), a finalidade do emissor é criar um impulso de elevada energia RF por a plicação de um impulso “trigger” ao modulador. O impulso DC criado por este é descarregado sobre o emissor que, durante o tempo de aplicação do impulso “trigger”, gera elevada energia RF que vai atravessar o duplexer e chegar a antena para ser radiado. Segundo Rosário (2010), a função do transmissor, é amplificar o sinal gerado no oscilador e misturado no modulador. Dependendo do ganho, um transmissor pode amplificar a potência de 1 Watt para 1 Mega watt. Os Radares em geral, necessitam enviar pulsos de alta potência, que após se propagarem, atingem o alvo e reflectem numa espécie de eco. O sinal reflectido, bem mais fraco que o emitido, é captado pela antena e amplificado novamente. O transmissor é órgão responsável para a emissão das ondas electromagnéticas para o espaço. Ele transforma a corrente eléctrica criada nos geradores do Radar em ondas electromagnéticas. Oscilador - Para Mira (s.d.), a produção do sinal do Radar começa no oscilador, que é um dispositivo que gera radiofrequência num comprimento de onda desejado. A maioria dos Radares

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usa bandas de frequências de rádio (MHz18- milhões de Hertz até centenas de milhões) ou de microondas (de centenas de milhões até GHz 19- dezenas de bilhões de Hertz).  O dispositivo precisa produzir uma frequência estável, pois o Radar necessita de precisão para calcular o efeito Doppler. Segundo Mira (s.d.), o modulador é responsável por fornecer o impulso DC (corrente contínua), de curta duração e de banda de frequência muito larga, ao emissor. Para a obtenção desse impulso é necessário um dispositivo de acumulação de energia (entre a emissão de 2 impulsos ou seja durante o tempo em que o receptor está em escuta) e um dispositivo que sirva como comutador. O modulador pode variar o sinal em amplitude ou frequência, conforme o caso.  Num Radar de pulso, o sinal é ligado e desligado rapidamente no oscilador, neste caso, o modulador faz a mistura de um comprimento de onda secundário à frequência fundamental.

Dá estabilidade do sinal gerado no oscilador e da modulação dependerá a qualidade do eco captado após atingir o alvo. Antena - Segundo Mira (s.d.), as antenas utilizadas em Radar são sempre altamente direccionais e tem duas funções básicas: enviar e receber eficazmente a energia electromagnética no espaço e concentrar essa energia num feixe de forma apropriada. As antenas são, normalmente, rotativas e o seu tamanho depende da frequência e da precisão angular que pretende obter do Radar. A sua forma varia com a função do Radar. Depois que o transmissor amplifica o sinal no nível desejado, ele envia para a   antena, antena,   que em alguns Radares tem a forma de um prato de metal (Antena Parabólica) Parabólica).. As ondas As  ondas electromagnéticas, electromagnéticas, depois  depois de geradas e amplificadas, são levadas por  guias   guias de onda em direcção ao foco do disco parabólico. Disparadas contra a parábola, se propagam para o ambiente. O extremo de saída da guia da guia de onda é localizado no foco da parabólica. Semelhante às ondas luminosas no foco de num espelho num espelho parabólico, parabólico, as  as ondas  ondas de Radar se propagam em direcção à parábola e por esta são emitidas em unidireccionalmente ao alvo. Normalmente as antenas são giratórias, para mudar a direcção das emissões, permitindo que o radar faça uma varredura na área ao invés de sempre apontar para a mesma direcção.

18

 MHz MHz –   –  mega  mega hertz   GHz GHz –   –  Giga  Giga Hertz 

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Para Mira (s.d.), a antena do Radar irradia o sinal transmitido para o espaço e/ou recebe o sinal reflectido. A antena é um transdutor que faz a ligação entre guias de onda ou linhas de transmissão e o espaço livre. Num Radar de impulsos, a antena serve para concentrar o sinal o sinal transmitido num feixe estreito e apontando na direcção desejada e captar os sinais de eco, somente, da direcção desejada. A antena de Radar apresenta uma grande directividade.

Figura 2: antena do Radar e largura do feixe Fonte: Massambani (s.d.) 1.6.4. 

Comutador (ou Duplexador) 

Segundo Mira (s.d.), a função de comutador é impedir que a energia emitida pelo emissor entre no receptor e vice-versa, ou seja, evitar que a energia recebida do eco vá entrar no emissor. O comutador possibilita ao sistema de Radar emitir sinais e recebê-los na mesma antena. Em geral, actua como um relê entre a antena e o conjunto transmissor/receptor. Isso evita que o sinal de grande intensidade vindo do transmissor chegue ao receptor causando sobrecarga, pois o receptor espera por um sinal de retorno de baixa intensidade. O relê comutador conecta o transmissor à antena somente quando o sinal está sendo transmitido. Entre dois pulsos, o comutador desconecta o transmissor e liga o receptor à antena. Para o Radar de pulso contínuo, o receptor e o transmissor operam ao mesmo tempo. Este sistema não opera com comutador. Neste caso, o receptor através de uma cavidade ressonante separa o sinal por frequências automaticamente.

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Como o receptor precisa interpretar sinais fracos ao mesmo tempo que transmissor está operando, os Radares de onda contínua têm duas antenas separadas, uma de transmissão e outra para recepção desfasada da primeira.

1.6.5.  Receptor Segundo Mira (s.d.), o receptor tem a função de amplificar o sinal, processar o sinal e detectar a energia RF reflectida pelo alvo (eco). A capacidade do Radar para detectar a presença do eco e extrair dele a informação é limitada pela presença do ruído. Este aparece no receptor e pode ser de origem externa (que entra acompanhado do sinal) ou interna(gerado no interior do receptor). O ruído não pode ser completamente eliminado, contudo é necessário eliminá-lo ao máximo para que se optimize as performances do Radar. O facto de se conseguir uma boa imunidade ao ruído obtém-se um receptor mais resistente às medidas ECM (Electromagnetic Counter Measure).   Receptor tem a função de ampliar os impulsos de energia electromagnéticas captadas pela antena, transformá-los em sinais de frequência, para posterior visualização no indicador.

1.6.6.  Indicador Segundo Mira (s.d.) o indicador é o resultado final das etapas de conversão do sinal recebido pelo Radar em informação útil. Antes, os sistemas de Radares usavam apenas modulação em amplitude –  amplitude  –  o  o sinal de força, ou amplitude era função da distância da antena. Nestes sistemas, um  ponto de sina sinall forte f orte aparece no lugar lu gar da tela qu quee corresponde o alvo distante. dista nte. Mais usual e mais moderno é o visor de plano de indicação posicional (PPI). Mira (s.d.) ainda salienta que, o PPI mostra a direcção do alvo em relação ao Radar (em relação ao norte) com um ângulo de medida de cima do visor, enquanto a distância do alvo é representado como a distância até o centro do visor. Em alguns sistemas de Radares que usam PPI mostra a real amplitude do sinal, enquanto outros processam o sinal antes de exibi-lo e mostram alvos em potencial em forma de símbolos. Alguns sistemas simples de Radares, para

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assinalar a presença de um objecto e não sua velocidade ou distância, notificam o controlador com um sinal de áudio, como um beep. um beep.  O ecrã do Radar é responsável pela visualização do cenário espacial. Pois, o Radar é composto  por Antena, transmissor, receptor e indicador. O transmissor gera impulsos e emite ao espaço através da antena que também recebe os sinais reflectidos pelo alvo e transmite ao receptor que  por sua vez envia o sinal ao indicador.

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CAPÍTULO II: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Sempre que se pretende fazer um trabalho de investigação aplicada de um determinado tema ou  problema, o pesquisador procura ou define uma maneira pela qual seguirá para alcançar os seus objectivos. Para este trabalho também não se deixou de lado as metodologias destacadas por vários autores, está neste capítulo explicado de uma forma detalhada e correcta . Segundo Bello (2009, p. 24) “A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.”  pesquisa.”  Com mais detalhes Bello explica: Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda a acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado, do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de  pesquisa. Segundo Bello (2005, p. 21). 

Para melhor facilidade em relação ao alcance dos objectivos acima citados usar-se-á metodologias que se seguem a baixo.  Nos procedimentos metodológicos é fundamental declarar quais informações e dados serão necessários à pesquisa, onde ou como serão obtidos e os modos como serão tratados. Deve-se, ainda, declarar se o trabalho terá um carácter preponderantemente quantitativo ou qualitativo, daí que neste capítulo estão explicados de forma detalhada as metodologias usadas para a elaboração deste trabalho. Neste capítulo, está detalhado o material e métodos utilizados na pesquisa,  justificada a razão da escolha do método e explicando porque o mesmo é adequado para o  propósito. Está apresentada uma descrição concisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos utilizados no estudo.

2.1. Método de Pesquisa  Pesquisar é procurar encontrar soluções de um determinado problema, seguindo uma certa analogia e ordem. Vários autores definem a pesquisa de outras formas mas com o mesmo fim, como é o caso de Silva e Meneses (2001, p. 20) que dizem “Pesquisa é um conjunto de acções,

 

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 propostas para par a encontrar a solução para um problema, que tem por base procedimentos racionais r acionais e sistemáticos”.  sistemáticos”.  Lakatos e Marconi (2003) dizem também que, o método é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo - conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. A pesquisa divide-se em vários tipos, mas para o presente trabalho usar-se-á a pesquisa

explicativa que  visa descrever as características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados: questionário e observação sistemática. (Silva & Meneses, 2001).

2.1.1. Quanto a Forma de Abordagem do Problema   Quanto a forma de abordagem do problema, a pesquisa é quanti-qualitativa. Segundo Marques, et. al. (2006, p.39), a abordagem quanti-qualitativa quanti-qualitativa “é aquela que envolve aspectos qualitativos e quantitativos, com ênfase aos aspectos quantitativos.”  quantitativos.”   “Esse tipo de pesquisa é utilizado para estudos de objectos/pessoas, considerando também o ambiente em que se inserem e leva a um entendimento mais acurado acura do dos objectos estudados” de forma simples é união de métodos qualitativos e quantitativos por seus aspectos complementares”. (Gomes & Araújo, 2010)  2010)   Assim, pode-se fundamentar com base na citação acima, que, a pesquisa quanti-qualitativa desenvolve-se de forma que os dados obtidos de forma qualitativa, traduz-se de forma quantitativa, o que significa traduzir em número as opiniões e informações, para classificá-las e analisá-las. Esta análise abre a possibilidade para testar as hipóteses, corroborar e falsear as afirmações e teorias por meio das ferramentas oferecidas pela estatística. Foi escolhida a abordagem quanti-qualitativa, porque os dados foram buscados de uma explicação minuciosa, desenvolvido de forma qualitativa para obtenção do resultado da investigação. Depois da obtenção dos dados colectados, para a validação das hipóteses, usou-se o método quantitativo, ou seja, as opiniões e informações obtidas foram traduzidas em números,  para posterior classificação.

 

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Quanto ao método usou-se o método hipotético dedutivo, hipotético dedutivo  que a partir de conhecimentos prévios e de um problema, permite testar as hipóteses na tentativa de refuta-las ou aprova-las de maneiras a responder a inquietação do autor, segundo Marques, et al . (2006), este método justifica que toda pesquisa tem sua origem em um problema, para o qual se busca soluções através de tentativas (hipóteses) e eliminação de erros através de testes. Segundo Lakatos & Marconi (2001, p.106) O método hipotético –  hipotético  –  dedutivo  dedutivo inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca de um fenómeno social sobre o qual procura-se formular algumas hipóteses e tenta-se, pela deduções (inferência dedutiva) testar a ocorrência do fenómeno abrangido pelas hipóteses. Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenómeno, surge o problema. Para tentar explicar a dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ouDas falseadas. Falsear significa tornar falsas as consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-la. (GIL, 1999, p.30)

Com base nas ideias dos autores acima citado, pode-se fundamentar o método hipotéticodedutivo como aquele que se usa para a discussão de conhecimentos que se tem a cerca de um determinado assunto que constitui um problema e que carece de uma investigação de modo a se determinar as possíveis soluções. Isto começa a partir do momento em que um individuo toma conhecimento sobre um determinado fenómeno e desperta uma curiosidade para a veracidade dos factos. Na tentativa de ter as possíveis respostas dessa curiosidade, constitui um problema que carece de uma investigação e propõe respostas ou hipóteses que o guiarão a solução do problema. Estas hipóteses devem ser discutidas de forma a falsear ou aprovar. Assim, para este trabalho, o método hipotético dedutivo permitiu que o proponente, com base nos dados, chegasse às conclusões finais de acordo com os objectivos previamente apresentados. Quando o proponente esteve no processo de formação na Academia Militar Marechal Samora Machel, verificou que durante a sua formação nesta instituição não tiveram aulas práticas com Radar visto que este era o objecto mais importante para o seu curso, o que despertou curiosidade de analisar Qual a implicação da falta de Radar de instrução na formação de Comandantes de Meios Radiotécnicos na AM“ AM“MSM MSM””. Para a obtenção da resposta do problema, elaborou

 

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hipóteses e procurou refuta-las ou comprova-las com base na pesquisa feita no estudo. Por essa razão, escolheu o método hipotético-dedutivo. 

2.2. População e Amostra 2.2.1. População ou Universo Segundo Silva e Menezes (2001, p.32) Universo ou população “é a totalidade de indivíduos que  possuem as mesmas características definidas para p ara um determinado estudo. Sob ponto de vista do proponente, pode abordar população, como sendo um conjunto de indivíduos que compartilham um determinado espaço físico, onde desempenham certas tarefas definidas por um determinado objectivo.   População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características definidas para um determinado estudo. Amostra é parte da população ou do universo, seleccionada de acordo com uma regra ou plano. Silva & Meneses (2001). A pesquisa teve lugar na Academia Militar Marechal Samora Machel. Como população, a  pesquisa teve todos oficiais formados na AM“ AM“MSM MSM”” no curso de CMRT afectos na AM“ AM“MSM MSM””, todos aspirantes-a-oficial do curso de CMRT e os estudantes do 3º ano do curso de Comandantes de Meios Rádio Técnicos, totalizados em 61.

2.2.2. Amostra Segundo Silva e Menezes (2001, p.32), “Amostra é a parte da população ou do universo, seleccionado de acordo com uma regra ou plano”.  plano”.   Por outras palavras, pode-se dizer que a amostra constitui um conjunto de informantes que são seleccionados num colectivo que pertence a um grupo de pessoas ou uma organização, para o desenvolvimento da pesquisa, na medida em que será feita a colecta de dados. Estes informantes  podem ser seleccionados de forma aleatória ou de acordo com o papel que cada um desempenha desempe nha no seu sector de actividades.

 

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E como amostra o trabalho ira ter 1/3 (um terço) do universo que é composto pelo somatório do director do curso CMRT, oficiais graduados e afectos na AM“ AM“MSM MSM””  no curso de CMRT, aspirantes-a-oficial do curso de CMRT e estudantes do 3º ano do curso de CMRT, todos escolhidos sem a distinção de sexo e de forma aleatória. Tabela 1: Amostra da pesquisa

Categoria Oficiais Aspirantes-a-oficial Estudantes do 3º ano Total Fonte: adaptada pelo proponente

Número de informantes 03 08 09 20

Para esta pesquisa, usou-se a amostragem probabilística estratificada. Segundo Silva e Menezes (2001, p.32), nas amostras casuais estratificadas, “cada estrato, definido previamente, estará representado na amostra”. amostra”.  

2.2.3. Técnica de Colecta de Dados   Silva e Meneses (2001, p. 33) afirmam que “A definição de instrumento de colecta de dados dependerá dos objectivos que se pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado”. Foi usado o questionário, a entrevista e observação participante como instrumentos de colecta de dados de entre os vários existentes. A entrevista foi usada para auxiliar a sustentação dos dados obtidos a partir do questionário. Foi usado como instrumento de colecta de dados, um telefone celular para a captura de fotos, papéis de A4 para o questionário, um bloco de notas. A entrevista foi direccionada ao director do curso de CMRT (coronel) e docente que lecciona na especialidade da radiotécnica, de forma a não limitar a explanação do conhecimento relacionado com o fenómeno pesquisado, para a melhor solução do problema. O questionário foi direccionado a alguns oficiais graduados no curso de CMRT, tirocinantes do curso de CMRT e estudantes do 3º ano do curso de CMRT de modo a obter a maior fiabilidade na selecção nas respostas obtidas.

 

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A observação participante foi usada para apurar a veracidade dos acontecimentos em 1ª pessoa, no local onde são efectuadas as aulas práticas do curso de CMRT.

Tabela 2: Amostra da pesquisa

Categoria  Oficial (Docentes) Oficiais (Docentes) Aspirantes Estudantes 3º ano Total Fonte: proponente

Amostra 01 02 08 09 20

Técnicas de colecta de dados   Entrevista Questionário Questionário Questionário 100%

O questionário em que Silva e Meneses (2001) definem como sendo uma série ordenada de  perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. Elaborou-se perguntas fechadas e como forma de colher informações elaborou-se perguntas abertas para dar espaço aos entrevistados de comentarem e deixar o seu parecer. Gil (1989) acrescenta dizendo que o questionário é uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo como o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, e mais.  Não concordando que o número de questões deve ser mais ou menos elevado, “Questionário é um instrumento de colecta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença presen ça do entrevistador” (Marconi entrevistador” (Marconi & Lakatos, 2003). Em geral, o pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio ou por um portador; depois de preenchido, o pesquisado devolve-o do mesmo modo. Concordando com Silva e Menezes (2001) e Marconi e Lakatos (2003), o questionário é uma série de perguntas, tanto abertas, fechadas ou mesmo mistas que são respondidas pelos informantes sem que o pesquisador ou entrevistador esteja lá. Para Marconi e Lakatos (2003) e Gil (1989), o questionário como toda técnica de colecta de dados, também apresenta uma série de vantagens e desvantagens:

 

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Vantagens:   Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados.

o

  Atinge maior número de pessoas simultaneamente.

o

  Abrange uma área geográfica mais ampla.

o

  Economiza pessoal, tanto em adestramento quanto em trabalho de campo.

o

  Obtém respostas mais rápidas e mais precisas.

o

  Há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato.

o

  Há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem identificadas.

o

  Há menos risco de distorção, pela não influência do pesquisador.

o

  Há mais tempo para responder e em hora mais favorável.

o

  Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do

o

instrumento.   Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis.

o

 

Desvantagens:   Percentagem pequena dos questionários que voltam.

o

  Grande número de perguntas sem respostas.

o

   Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas.

o

  Impossibilidade de ajudar o informante em questões mal compreendidas.

o

  A dificuldade de compreensão, por parte dos informantes, leva a uma

o

uniformidade aparente.    Na leitura de todas as perguntas, antes de respondê-las, pode uma questão

o

influenciar a outra.   A devolução tardia prejudica o calendário ou sua utilização.

o

  Exige um universo mais homogéneo.

o

Ciente das desvantagens ou seja limitações desta técnica de colecta de dados, o pesquisador esteve atento à estas limitações, tendo dirigido os questionários a militares que sabem ler e escrever e também conversou com eles antes da entrega dos questionários para que não saltassem as perguntas e que devolvessem no prazo recomendado.

 

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A entrevista: “é a obtenção de informações de um entrevistado, sobre determinado assunto ou  problema.” (Silva & Me Meneses, neses, 2001, p. 33). Esta posição é também assumida por Gil (1989) ao enfatizar que a entrevista é uma técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos dados que interessam à investigação. Desta forma, a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza (Targino, 2013) profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social. “A entrevista tem como objectivo principal a obtenção de informações do entrevistado, sobre determinado assunto ou problema” (Marconi & Lakatos, 2003, p. 196). Ainda segundo estes autores, a entrevista pode ser Padronizada ou Estruturada; Despadronizada ou não-estruturada e Painel. A entrevista padronizada ou estruturada é aquela em que o entrevistador segue um roteiro  previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são predeterminadas. É efectuada de  preferência com pessoas seleccionadas de acordo com um plano. O motivo da padronização é obter, dos entrevistados, respostas às mesmas perguntas, permitindo "que todas elas sejam comparadas com o mesmo conjunto de perguntas, e que as diferenças devem reflectir diferenças entre os respondentes e não diferenças nas perguntas (Marconi & Lakatos, 2003). Foi realizada individualmente uma entrevista padronizada, isto é, com o roteiro de perguntas já elaboradas apenas à oficias, de maneira metódica de modo a que proporcionasse verbalmente a informação necessária, e facilitasse o desenvolvimento da conversa entre o investidor e os entrevistados (um de cada vez) com vista a atingir com eficiência os objectivos previamente traçados.

Tanto para Gil (1989) assim como Marconi e Lakatos (2003) a entrevista oferece várias vantagens e limitações:

 

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Vantagens:   Pode ser utilizada com todos os segmentos da população: analfabetos ou

o

alfabetizados.   Fornece uma amostragem muito melhor da população geral: o entrevistado não

o

 precisa saber ler ou escrever. escre ver.   Há maior flexibilidade, podendo o entrevistador repetir ou esclarecer perguntas,

o

formular de maneira diferente; especificar algum significado, como garantia de estar sendo compreendido.   Dá oportunidade para a obtenção de dados que não se encontram em fontes

o

documentais e que sejam relevantes e significativos.   Permite que os dados sejam quantificados e submetidos a tratamento estatístico.

o

 

Limitações:   Dificuldade de expressão e comunicação de ambas as partes.

o

  Incompreensão, por parte do informante, do significado das perguntas, da

o

 pesquisa, que pode levar a uma falsa interpretação. inter pretação.   Possibilidade de o entrevistado ser influenciado, consciente ou inconscientemente,

o

 pelo questionador, pelo seu aspecto físico, suas atitudes, idéias, opiniões.   Disposição do entrevistado em dar as informações necessárias.

o

  Retenção de alguns dados importantes, receando que sua identidade seja revelada.

o

  Pequeno grau de controlo sobre uma situação de colecta de dados.

o

  Ocupa muito tempo e é difícil de ser realizada.

o

Diante destas limitações, o proponente tomou todas as providências possíveis de modo que não comprometessem o ambiente natural de colecta de dados, e usando o papel e a caneta para anotar as respostas. Ela será padronizada, efectuada individualmente apenas a um oficial de maneira metódica de modo que proporcione verbalmente a informação necessária, e facilite o desenvolvimento da conversa entre o investidor e o entrevistado, com vista a atingir com eficiência os objectivos acima traçados.

 

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2.2.4. Observação Participante  Segundo Lakatos e Marconi (2003, p.194), a observação participante “consiste na participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo. Ele se incorpora ao grupo, confunde-se com ele. Fica tão próximo quanto um membro do grupo que está estudando e participa das actividades normais deste”.  deste”.  Assim, pode-se fundamentar a observação participante como sendo o processo onde o investigador se incorpora no seio de um grupo ou uma organização que desenvolve uma actividade, de forma a obter informações que pretende investigar. Ele realiza normalmente as actividades que se desenvolve, como se pertencesse ao grupo. No decorrer dessa realização, ele constata a realidade dos factos que investiga neste fenómeno ou local de pesquisa. Esta técnica ajudou na observação dos factos ao longo do processo de pesquisa no local onde se realizam as aulas práticas do curso de comandante de meios radiotécnicos, para o apuramento das informações que foram colhidas durante a entrevista e questionário. O proponente fez os 3 anos curriculares do curso onde presenciou e participou de todas as aulas  práticas do curso, onde usou-se e trabalhou-se somente com peças da artilharia antiaérea, sem antes ter operado um Radar.

 

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CAPITULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS   Este capítulo é reservado à análise e interpretação de dados recolhidos através de instrumentos de colecta de dados. Pela complexidade do tema foram usadas várias técnicas para a colecta de dados, de forma a apurar a veracidade dos factos, das quais se destacam: o questionário, entrevista, e observação participante. Os dados estão agrupados em categorias conforme a natureza das perguntas dadas aos elementos da amostra e, as respostas estão representadas em tabelas de acordo com as hipóteses. Essas tabelas apresentam valores numéricos e percentuais que exprimem o número e percentagem de  pessoas que deram uma determinada resposta. respo sta. O objectivo deste trabalho é de conhecer a influência da falta de Radar de instrução para a formação dos oficiais da Radiotécnica, na Academia Militar Marechal Samora Machel. Para o alcance deste objectivo, fez-se a recolha de dados a partir de oficias formados na Academia Militar Marechal Samora Machel no curso de Comandantes de Meios Radiotécnicos, aspirantesa-oficial do curso de Comandante de Meios Radiotécnico e cadetes do 3º ano no curso de Comandantes de Meios Radiotécnicos. De entre eles, foram inquiridos 20 informantes.

3.1. Caracterização do Local de Pesquisa Este trabalho de pesquisa foi realizado na Academia Militar, onde abrangeu estudantes do 3º ano de CMRT e oficiais formados no Curso de CMRT na Academia Militar Marechal Samora Machel. Academia Militar Marechal Samora Machel, localiza-se na Av. das FPLM, junto a Praça dos Herois Moçamicanos de Nampula.  Academia Militar Marechal Samora Machel está inserida dentro do Bairro Militar cujos limites são:  

 Norte: ONG de Saúde Comunitária (Rua Filipe Samuel Magaia);

 

Sul: Complexo desportivo- 3° acampamento;

 

Este: Mesquita Central de Nampula;

 

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Oeste: Campo de CMO.

3.1.1. Limites da Academia Militar Marechal Samora Machel:    

 Norte: Rua dos Continuadores;

 

Sul: rua 1050;

 

Este: Av. das FPLM;

 

Oeste: Rua 1037. Localização da Academia Militar

Figura 3: Vista de cima do 1°Acampamento da Academia Militar “MSM”  “MSM” 

Fonte, https://www.google.co.mz/maps/@-15.126079,39.2543458,19z/data=!3m1!1e3, acedido a 11 de Julho, 2015. 3.1.2. Breve Historial do Surgimento da AM“MSM”  As actuais instalações da Academia Militar” Marechal Samora Machel”, foram construídas no tempo colonial, cita-se que até 1915, o local era habitado por populações de origem Makwa chefiadas por M’phula, pertencente a família Amilima, cujo nome foi ado ptado ado ptado pelos

 

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 portugueses. Foi aqui onde começou a cidade de Nampula que outrora serviu de Posto de Administração Colonial, no qual um português de nome Neutel de Abreu (Governador do Distrito de Nampula) veio a descansar numa árvore de figueira que até hoje sobrevive e construídas duas casas de alvenaria, actual posto médico servia de palácio, onde a actual casa de guarda servia de posto administrativo. Durante a década de 60, com o crescimento gradual da cidade, a mesma transformou-se num importante centro militar português, tendo-se instalado aqui seu comando militar de forma definitiva. Com a proclamação da Independência Nacional a 25 de Junho de 1975, as instalações do Quartelgeneral do Distrito do Norte, devia funcionar a polícia e o SNASP numa primeira versão do corpo directivo do País e também com o sentimento do primeiro presidente de Moçambique (Marechal Samora Machel). Para responder a necessidade de formação de oficiais para a força regular do exército Moçambicano. Volvidos 10 anos, a escola baptiza-se pelo nome de Marechal Samora Machel, numa cerimónia comemorativa dirigida pelo ex-presidente de Moçambique Joaquim Alberto Chissano. Em 1990, a escola militar foi reconhecida oficialmente como instituição de ensino médio através de um despacho interministerial (Ministério da Defesa  Nacional e Ministério da Educação).  No ano de 2003 através do decreto nº 62/2003, de 24 de Dezembro do Conselho de Ministro é criada Academia Militar “Marechal Samora Machel”, cuja natureza é de desenvolver actividades de ensino, de investigação e de apoio à comunidade com a missão essencial de formar oficiais destinados aos Quadros Permanentes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Segundo Decreto nº 62/2003 de 24 de Dezembro, de Conselho de Ministros no Boletim da República (2000, p. 1) este estabelecimento realiza cursos de qualificação, actualização ou especialização de interesse para as Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Ela inspira-se na epopeia libertadora dos jovens de 25 de Setembro de 1964 e nas tradições históricas de Kongwa, Nachingueiwa e da Escola Militar ―Marechal Samora Machel, cumprindo desta forma um dos ensinamentos do seu patrono.

 

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Ministra cursos de preparação militar a licenciados e bacharéis admitidos por concurso para os Quadros Permanentes, com vista a dotá-los de conhecimentos técnicos profissionais necessários ao exercício das funções da classe e do quadro especial a que se destinam, quando não obtidas no âmbito do artigo n° 1 do regulamento da Academia Militar. 3.1.3. Características dos Indivíduos Submetidos ao Questionário e a Entrevista  Com o objectivo de caracterizar os indivíduos pertencentes a amostra, elaborou-se a seguinte tabela:  Tabela 3: característica da amostra

Classe Oficiais Aspirantes-a-oficial

Frequência Percentagem 03 15.0

Estudantes/cadetes Total Fonte: O proponente

Percentagem acumulada 15.0

08

40.0

55.0

09 20

45.0 100.0

100.0 100.0

Gráfico 1: característica da amostra

amostra 50% 40% 30% 20% 10% 0% oficiais

aspirantes-a-oficial

estudantes 3º ano

Fonte: O proponente  proponente  A tabela III apresentada, corresponde as características dos 20 (vinte) indivíduos da amostra, onde uma parte (15%) da amostra pertence a classe de oficiais dos quais 1 (um) que não é formado AM“ AM“MSM MSM””, mas sim na antiga URSS na especialidade de Comandante de Meios Radiotécnicos, que tem o cargo de director do curso de CMRT, da mesma amostra 2 oficiais formados no curso de CMRT pela AM“ AM“MSM MSM”” e afectos na AM“ AM“MSM MSM””, de seguida a outra parte composta por aspirantes-a-oficial com 08 (oito) informantes que correspondem a 40% (quarenta  porcento) da amostra, este grupo estão na fase mais avançada do processo de formação tendo já

 

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cumprido as cadeiras curriculares e passado pelo estagio profissional numa unidade operacional das FADM, e por fim e não menos importante a outra parte que é composta por estudantes do 3º ano do curso de CMRT num numero de 09 (nove) que corresponde a 45% (quarenta e cinco  porcento) da amostra, estudantes que estão no ultimo ano curricular do curso, que já estão familiarizados com as cadeiras e matérias do curso visto que já se encontram no ultimo semestre. 1 (um) dos oficiais da amostra foi submetido á entrevista, e 2 (dois) submetidos ao questionário, a entrevista foi direccionada para o director do curso, o questionário foi submetido a todos os oficiais formados na AM“ AM“MSM MSM”” no curso de CMRT, os aspirantes-a-oficial e estudantes do 3º ano. É de realçar que o oficial entrevistado, os que responderam ao questionário são todos do sexo masculino, visto que o curso de CMRT no passado tinha pouca aderência das mulheres e que até então só formou uma. Para os aspirantes-a-oficial e cadetes há uma mistura de género visto que existem um número considerável de mulheres em formação, número esse não equiparado ao do género masculino mas representativo para género feminino atendendo e considerando o passado do curso.

3.2. Apresentação e Analise dos Dados Recolhidos Tratando-se de uma pesquisa quantitativa, foram usadas tabelas com determinação de resultados de forma percentual que posteriormente, analisou-se de acordo com os resultados apurados na  pesquisa explicativa. Foi usado a parte da Estatí stica para que, tornasse poss í vel trabalhar com tabelas ou gr áficos de modo a se ter a solução do problema com base nos dados recolhidos a  partir da amostra. “a análise e interpretação dos dados é a fase a seguir á recolha dos dados. Estes dois processos apesar de conceitualmente distintos, aparecem sempre estreitamente relacionados. A análise tem por objectivo organizar e sumarizar os dados de forma a possibilitar o fornecimento de respostas ao problema, enquanto a interpretação tem como o objectivo procurar o sentido mas amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação e outros conhecimentos anteriormente adquiridos” adquiridos” Gil (2002, p. 166). 166). 

Os dados recolhidos durante a observação participante permitiram ao proponente constatar que não existem equipamentos que garantem a realização de aulas práticas da especialidade de

 

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Radiotécnica, por falta de Radar para a instrução durante a formação, e a mesma é feita por meio de peças de artilharia antiaérea. As peças nas figuras 4 e 5 são peças da artilharia antiaérea de nome ZGU e ZU-23 respectivamente, que os estudantes do 3º usam para as suas aulas práticas do curso no lugar de Radar, os estudantes simulam aparecimento de alvos aéreos e operam as armas de artilharia como se fossem artilheiros antiaéreos, simulações não desnecessárias porque os estudantes ficam com uma noção de como se comportar em caso de aparecimento de alvos aéreos, mas o conhecimento da acção em caso de aparecimento de alvos aéreos cinge-se somente nas armas de AAA, o comportamento de um Radiotécnico, em caso de um alvo aéreo é algo novo e desconhecido para os estudantes, comportamento este que é crucial para o curso CMRT 3º ano (finalista).

Figura 4: ZGU Fonte: autor do trabalho

Figura 5: ZU-23 Fonte: autor do trabalho A pesquisa tinha como questão de estudo: Qual a implicação da falta de radar de instrução na formação de Comandantes de Meios Radiotécnicos na AM“ AM “MSM MSM””. Na tentativa de responder a

 

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questão, foram entrevistados e questionados oficiais afectos na AM“ AM “MSM MSM”” no curso de CMRT, num total de 03 (três) informantes que corresponde a 15% (quinze porcento) da amostra, e questionados tirocinantes do curso de CMRT um número de 08 (oito) que corresponde a 40% (quarenta porcento) da amostra e estudantes do 3º ano do curso de CMRT da AM“ AM “MSM MSM””, num total de 09 (nove) informantes correspondentes a 45% (quarenta e cinco porcento) da amostra.

Hipótese 1: A falta de Radar de instrução influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso CMRT.  De modo a analisar a influência da falta de Radar de instrução no processo de formação dos oficiais da Radiotécnica na Academia Militar Marechal Samora Machel foi colocada a seguinte questão: 03. Acha importante ter aulas práticas com Radar durante a formação na AM“ AM “MSM MSM””? Tabela 4: Resposta da pergunta 3

Amostra Oficiais Aspirantes-a-oficial 

Números –  Percentagens

Resposta –  Percentagens   Percentagens

02 –  02  –  10% 08 08 –   –  40%

Sim 03 03 –   –  15% 08 08 –   –  40%

Não 00 00 –   –  00%  00% 00 00 –   –  00%  00%

09 09 –   –  45% 20 20 –   –  100%

00 00 –   –  00%  00% 0 –  00%  00%

Estudantes do 3º ano

09 09 –   –  45% Total 20 –  100% 20 –  Fonte: O proponente Gráfico 2: Resposta da pergunta 3

Resposta da pergunta 1 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% S im

Fonte: o proponente

Nao

 

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Os 02 (dois) oficiais inqueridos, 02 (dois) correspondentes a 10% da amostra responderam que a falta de Radar de instrução influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso de CMRT, mas também salientam que a formação sem um Radar de instrução tem qualidade mas não a desejada, afirmam que a existência de um Radar de instrução impulsionaria pela positiva a qualidade dos oficiais formados na Radiotécnica pela AM‘MSM’ AM‘MSM’,, sem tirar mérito ao actual  processo de ensino. Segundo Karling, (1991, p.110) material de instrução são os recursos humanos e o grupo de material que o instrutor utiliza para auxiliar e facilitar a aprendizagem. De momento a AM‘MSM’, encontra-se encontra-se equipada de recursos humanos mas desprovida de meios materiais para a formação dos oficiais da Radiotécnica facto que compromete na sua qualidade de formação. Para os aspirantes-a-oficial do curso de CMRT, num número de 08 (oito) que correspondem a 40% (quarenta porcento), questionados da importância de ter aulas práticas com Radar durante a formação na AM“ AM“MSM MSM””  foram unânimes em dizer que, é importante ter aulas práticas com Radar na AM“ AM“MSM MSM””  visto que facilitaria muito na percepção do conteúdo leccionado nas cadeiras do curso. (Targino, 2013, p.21) diz que: “a aprendizagem diz respeito a uma mudança duradoura no indivíduo vivo, que não seja marcada pela herança genética. Essa mudança pode ser interna, de comportamento, de percepção ou de motivação, e, ainda pode se dar também pela combinação de todos esses elementos”. elementos”.   Questionados os estudantes do 3º ano da importância da aula prática com radares na AM“ AM “MSM MSM””, num total de 09 (nove) inquiridos que corresponde a 45% (quarenta e cinco porcento) da amostra, acham importante ter aulas práticas com Radar visto que estão no último ano e nunca tiveram a oportunidade de ter visto Radar. E que a falta de um Radar condiciona para a falta de conhecimentos práticos sólidos na matéria que diz respeito aos Radares visto que, existe muita matéria teórica e nenhuma prática com Radar. Elaborou-se uma entrevista a 1 (um) oficial que corresponde a 05% (cinco porcento) da amostra de modo a analisar a influência da falta de Radar de instrução no processo de formação dos

 

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oficiais da Radiotécnica na Academia Militar Marechal Samora Machel foi elaborada a questão número 05 da entrevista: 05. A falta de um Radar de instrução influi na formação dos oficiais da Radiotécnica? Para a resposta da questão colocada o oficial afirmou durante a entrevista que a falta de Radar de instrução influencia negativamente mas não compromete a qualidade final dos formandos, isto é, forma-se com eficácia e não com eficiência, por falta de base material de estudo necessário para o curso. De um modo geral, Hoz (2001, p.23), considera que a qualidade educativa é um contínuo resultante da combinação de três três pontos, a saber: “funcionalidade (coerência entre resultados e fins); eficácia (coerência entre resultados, metas e objectivos) e eficiência (coerência entre  processos, meios e resultados)”.  resultados)”.   A definição de eficácia (…) (…)   refere à consecução dos objectivos preestabelecidos, capazes de conduzir aos resultados desejados Gómez, (1997, p.44).  Neste sentido, Díaz (2002, p.7) diz que educação é de qualidade “quando os alunos conseguem aprender o que devem aprender no fim de um determinado nível (de estudos), isto é, superam com êxito o que está estabelecido nos planos e programas curriculares”.   Por outro lado Diaz (1991, p.237), diz que a base material de estudo leva as imagens, até o campo de consciência do formando. É por isso que existe aquele ditado: “uma imagem imag em vale por dez mil  palavras”. A imagem, a visão real da coisa, não só economizam palavras, mas permite senti-las senti -las tal como são sem ter que imaginá-las a partir das palavras do professor. Além disso, os meios e materiais de formação são estimuladores e incentivadores. O formando que vê, que toca, que manipula os objectos, que realiza as experiências, que age sobre os objectos tem mais facilidade de compreender e explica-la. Dessa forma, a aprendizagem se torna mais real, mais concreta, mais significativa. (Diaz 1991, p.237)  p.237)   Com base nos dados colhidos no questionário e na entrevista conclui-se que a falta de Radar de instrução influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso de CMRT na

 

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AM““MSM AM MSM”” visto que 100% dos informantes afirmam que é importante a aquisição de um Radar de instrução na AM“ AM“MSM MSM””, para a consolidação das matérias na prática.

Hipótese 2: A falta de Radar de instrução influi negativamente na experiência prática e no manuseio dos radares. De modo a analisar a influência da falta de um Radar de instrução no processo de formação dos oficiais da Radiotécnica na Academia Militar Marechal Samora Machel foi colocada a seguinte questão: 05. Durante a sua formação na Academia Militar Marechal Samora Machel, teve aulas práticas com Radar? Tabela 5: Resposta da Pergunta 5 Amostra Números –  Percentagens

Oficiais Aspirantes-a-oficial Estudantes 3º ano Total Fonte: O proponente

Respostas –  Percentagens  Percentagens Sim 02 02 –   –  15% 08 08 –   –  40% 00 00 –   –  00% 10 10 –   –  50%

02 02 –   –  15 % 08 08 –   –  40 % 09 09 –   –  45% 19 19 –   –  95%

Não 00 00 –   –  00%  00% 00 00 –   –  00%  00% 09 09 –   –  45%  45% 09 09 –   –  45%  45%

Gráfico 3: Resposta da Pergunta 5

Resposta da Pergunta 3 52% 50% 48% percentagem

46% 44% 42% S im

Nao

Fonte: O proponente Dos inqueridos 10 (dez) informantes dos quais 02 (dois) oficiais que corresponde a 10% (dez  porcento) da amostra e 08 0 8 (oito) aspirantes-a-oficial que corresponde co rresponde a 40% 4 0% (quarenta ( quarenta porcento)

 

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da amostra, totalizando 50% (cinquenta porcento), responderam que tiveram aulas práticas com Radar durante a sua formação na Academial Militar Marechal Samora Machel, factor este, que lhes habilita a responder ao questionário desta hipótese. Dos inqueridos 09 (nove) que correspondem a 45% (quarenta e cinco porcento) da amostra responderam que nunca tiveram sequer contacto com Radar, factor que levou com que o  proponente não lhes incluísse para responder a segunda hipótese que diz, a falta de radar de instrução influi negativamente na experiência prática e no manuseio dos radares. E que leva constatar que os estudantes do 3º não tem experiencia prática com Radar. E com objectivo de avaliar os informantes que já tiveram contacto com Radar a sua experiencia elaborou-se a seguinte questão: 06. Há necessidade de aquisição de um Radar de instrução na AM“ AM“MSM MSM””, para o curso de CMRT? Tabela 6: Resposta da pergunta 9

Amostra Oficiais  Aspirantes-a-oficial Total Fonte: O proponente  proponente

Numero –   –  Percentagem  Percentagem 

Resposta –  Percentagem  Percentagem

02 02 –   –  20% 08 08 –   –  80% 10 10 –   –  100%

Sim  02 02 –   –  20% 08 08 –   –  80% 10 10 –   –  100%

Não 00 00 –   –  00%  00% 00 00 –   –  00%  00% 00 00 –   –  00%  00%

Gráfico 4: Resposta da pergunta 9

Resposta da pergunta 9 150% 100% Percentagem

50% 0% Sim

Nao

Fonte: O proponente Dos inqueridos 10 (dez) informantes que corresponde a 100% (cem porcento) da amostra nesta questão, de entre eles 02 (dois) oficiais que correspondem a 20% (vinte porcento) e 08 (oito) aspirantes-a-oficial que correspondem a 80% (oitenta porcento), ambos grupos da especialidade

 

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da Radiotécnica afirmam que há necessidade de aquisição de um Radar de instrução para a formação dos oficiais da Radiotécnica visto que não só é importante a teoria no processo de ensino na Academia Militar Marechal Samora Machel mas também tem a parte prática que é um dos pontos vitais para a formação, elemento que poderia ser de maior valia para experiencia  prática, destreza e descobrimentos de habilidades práticas especiais nos estudantes, visto que é quase impossível descobri-las somente com o conteúdo teórico.  De forma a conhecer as dificuldades que os informantes enfrentam resultante da falta de Radar na AM““MSM AM MSM””, elaborou-se a seguinte questão. 08. Quais são as dificuldades que têm tido actualmente na área de actuação resultante da falta de um Radar de instrução durante a formação na AM“ AM “MSM MSM””? Tabela 7: Resposta da pergunta 10

Amostra

  –  Percentagem  Numero – 

Oficiais  Aspirantes-a-oficial Total Fonte: O proponente  proponente

02 02 –   –  20% 08 08 –   –  80% 10 10 –   –  100%

Resposta –  Percentagem Sim  Não 01 01 –   –  10% 01 01 –   –  10%  10% 05 05 –   –  50% 03 03 –   –  30%  30% 06 06 –   –  60% 04 04 –   –  40%  40%

Gráfico 5: Resposta da pergunta 10

Resposta da Pergunta 10 80% 60% 40%

Percentagem

20% 0% S im

Nao

Fonte: O proponente Dos 10 (dez) informantes inqueridos que correspondem a 100% (cem porcento) da amostra nesta questão, 01 (um) oficial que correspondem a 10% (dez porcento) da amostra e 05 (cinco) aspirantes-a-oficial que correspondem a 50% (cinquenta porcento) da amostra, afirmam ter dificuldades resultantes da falta de um Radar de instrução na AM“ AM “MSM MSM””  durante a formação,  para os oficiais as dificuldades residem mais nas cadeiras leccionadas, porque existe dificuldade

 

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de explicar aos estudantes dispositivos específicos do Radar e o maior prejudicado com isso são os estudantes porque a ginástica é maior para assimilação da matéria sem a prática e tudo fica na imaginação. O mesmo pensamento é compartilhado por Karling (1991, p.287) quando diz que a base material de estudo leva aos formandos a observar e prestar mais atenção e permite-lhes distinguir melhor as coisas. Podem mostrar a forma, a sequência de fenómenos, a posição, o tamanho, a estrutura, o funcionamento de equipamentos, o movimento. Facilitam o reconhecimento de semelhanças e diferenças. Para os aspirantes-a-oficial a maior dificuldade encontrou-se no estágio profissional visto que o tempo de prática no Radar foi muito curto e o estágio estava dividido em fases, e a fase em que começaram a operar no Radar foi curta, e alguns componentes do Radar já não se lembravam  porque só estudaram em teoria e o desgaste era maior para aliar teoria que tiveram nos anos anteriores á parte prática (que lhes era nova), com parte técnica atendendo que o Radar não era de instrução mas sim, Radar que cumpria o seu (trabalho combativo de acordo com o gráfico), e dos componentes que ainda se lembravam não tinham 100% (cem porcento) de precisão de certeza do seu principio de funcionamento, assim maior parte do tempo tinham que ver aspectos que  poderiam ser visto na AM“ AM“MSM MSM”” que era de conciliar a teoria e a prática. Diaz (1991, p.237), diz que a base material leva as imagens, até o campo de consciência do formando. É por isso que existe aquele ditado: “uma imagem vale por dez mil palavras”. A imagem, a visão real da coisa, não só economizam palavras, mas permite senti-las tal como são sem ter que imaginá-las a partir das palavras do professor. Além disso, os meios e materiais de formação são estimuladores e incentivadores. O formando que vê, que toca, que manipula os objectos, que realiza as experiências, que age sobre os objectos tem mais facilidade de compreender e explica-la. Dessa forma, a aprendizagem se torna mais real, mais concreta, mais significativa. Mas uma vez observa-se a impotência da base material de estudo no processo de ensino fundamentada por Diaz.

 

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Dos 10 (dez) informantes inqueridos, 01 (um) oficial que corresponde a 10% (dez porcento) da amostra e 03 (três) aspirantes-a-oficial que correspondem a 30% (trinta porcento) da amostra afirmam que a falta de Radar de instrução na sua formação na AM“ AM“MSM MSM””  não lhes causou nenhuma dificuldade na área de actuação porque tiveram a teoria muito bem assimilada. Para os aspirantes-a-oficial os 30% (trinta porcento) da amostra dizem que tiveram tempo suficiente no estágio para assimilar toda a teoria dada na AM“ AM “MSM MSM””. Romanowski (2009,p. 138) afirma que, “a formação teórica e a prática poderão contribuir para o melhoramento da qualidade de ensino visto que as mudanças sociais que poderão gerar transformações no que tange ao ensino-aprendizagem são decorrentes de um ensino de qualidade, onde será necessária uma qualificação profissional e pessoal”.  pessoal”.  Com base nos resultados colhidos no terreno, conclui-se que 60% (sessenta porcento) da amostra afirma que a falta de Radar de instrução influi na experiencia prática e no manuseio dos Radares visto que tiveram dificuldades resultantes da falta de Radar de instrução na AM“ AM “MSM MSM””.

Hipótese 3: A não existência de Radar de instrução na

AM“MSM” 

não influi

negativamente porque os estudantes têm contacto com a técnica no tirocínio. Os estudantes do 3º ano não foram abrangidos para testar esta hipótese porque não tiveram o estágio profissional. De modo a analisar a influência da falta de um Radar de instrução no  processo de formação dos oficiais da Radiotécnica na Academia Militar Marechal Samora Machel foi elaborado um questionário e uma entrevista que se segue: Do questionário direccionado aos oficiais e aspirantes-a-oficial, elaborou-se a seguinte pergunta: 09. Já teve contacto com Radar? Tabela 8: Resposta da pergunta 5 Amostra Numero –   –  Percentagem  Percentagem 

Oficiais  Aspirantes-a-oficial Total Fonte: O proponente  proponente

02 02 –   –  20% 08 08 –   –  80% 10 10 –   –  100%

Resposta –  Percentagem  Percentagem Sim  02 02 –   –  20% 08 08 –   –  80% 10 10 –   –  100%

Não 00 00 –   –  00%  00% 00 00 –   –  00%  00% 00 00 –   –  00%  00%

 

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Gráfico 6: Resposta da pergunta 5

Resposta da pergunta 5 150% 100% Percentagem

50% 0% Sim

Nao

Fonte: O proponente Dos inqueridos 10 (dez) informantes dentre eles 02 (dois) oficiais que correspondem a 20% (vinte porcento) da amostra e 08 (oito) aspirantes-a-oficial que correspondem a 80% (oitenta  porcento da amostra), ambos grupos da especialidade da Radiotécnica afirmaram já ter tido contacto com um Radar durante o processo de formação na AM“ AM “MSM MSM””. Facto que levou ao  proponente fazer a seguinte pergunta para par a a análise da hipótese em causa. 10. Se já teve contacto com Radar onde foi que teve o primeiro contacto e em que estado se encontrava a técnica? Tabela 9: Resposta da pergunta 6 Amostra Numero –   –  Percentagem  Percentagem 

Oficiais  Aspirantes-a-oficial Total Fonte: O proponente  proponente

02 02 –   –  20% 08 08 –   –  80% 10 10 –   –  100%

Resposta –  Percentagem  Percentagem No tirocínio

Na AM“MSM” 

02 02 –   –  20% 08 08 –   –  80% 10 10 –   –  100%

00 00 –   –  00%  00% 00 00 –   –  00%  00% 00 00 –   –  00%  00%

Gráfico 7: Resposta da pergunta 6

Resposta da pergunta 6 150% 100% Percentagem

50% 0% Sim

Fonte: O proponente

Nao

 

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R ad adar ar de I nstrução Para a Forma F ormaçã ção o dos dos Oficiai Ofi ciaiss da Radioté Radiotécnica: O C aso aso da da Acade Academia M i lilita tarr M arecha arechall  Samo  Sam ora Mache Machel (2013-20 (2013-2015 15)) . 

Dos inqueridos, 10 (dez) informantes que correspondem a 100% (cem porcento) da amostra, de entre eles 02 (dois) oficiais que correspondem a 20% (vinte porcento) da amostra e 08 (oito) aspirantes-a-oficial que correspondem a 80% (oitenta porcento) da amostra, ambos grupos da especialidade da Radiotécnica afirmam que o local onde tiveram contacto com Radar foi durante o estágio profissional, mas o Radar que operaram na unidade não era de instrução mas sim um Radar que cumpria o seu trabalho normal de guarda combativa, facto que levou a não compensar a falta de um Radar de instrução na AM“ AM “MSM MSM””. Como forma  de sustentar mais a hipótese fez-se uma entrevista para 01 (um) oficial que se  perguntou: 06. Para que fase é programado o contacto dos estudantes com os Radares? O oficial entrevistado para saber a fase que são programadas as aulas práticas com Radares, respondeu que as aulas práticas estão actualmente agendadas para a fase de estágio profissional mas salienta ainda que isto não é o ideal e nem o que era programado, porque de acordo com o  programa os estudantes tinham que começar as aulas práticas com Radar logo que iniciassem a ter aulas das cadeiras técnicas, cadeiras especificas da especialidade, mas no terreno não estão criadas as condições mínimas (salas com simuladores, e com imitadores de alguns sistemas  principais do Radar) para os estudantes es tudantes terem aulas práticas próprias da esp especialidade. ecialidade. Fiscarelli (2008, p.65) define base material de estudo como o conjunto de materiais e meios que, ao serem utilizados para fins pedagógicos, buscam uma melhor mediação de conhecimento de conteúdos com os formandos, podendo ser todo tipo de objecto material. Assim, com base nas palavras do Fiscarelli, observa-se que não é viável levar muito tempo para os estudantes terem contacto com os Radares, visto que eles el es ‘são um conjunto de materiais e meios que auxiliam a pedagogia da formação’. Conforme Díaz (2002 p.7) uma educação é de qualidade “quando os alunos conseguem aprender o que devem aprender no fim de um determinado nível (de estudos), isto é, superam com êxito o que está estabelecido nos planos e programas curriculares”.  curriculares”. 

 

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Com base nas informações colectadas no terreno refuta-se a hipótese que diz, a não existência de Radar de instrução na AM“ AM“MSM MSM”” não influi negativamente porque os estudantes têm contacto com a técnica no tirocínio. Visto que os informantes confirmam ter contacto com a técnica somente no tirocínio mas enfrentam dificuldades resultante da falta de Radar de instrução na AM““MSM AM MSM””, e o tempo de contacto com a técnica no estágio não compensa.

3.3. Verificação das Hipóteses Para a resposta ao problema formulado neste trabalho que é: Qual a implicação da falta de Radar de instrução na formação de Comandantes de Meios Radiotécnicos na AM“ AM “MSM MSM””, foram formuladas 3 (três) hipóteses. Neste item estão confrontadas as hipóteses de acordo com os dados recolhidos no terreno, na base de técnicas de entrevista, questionário e observação participante. A primeira hipótese previa que A falta de Radar de instrução influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso CMRT.   De acordo com os dados obtidos através do questionário e apresentados na tabela 4, dirigido aos oficiais, aspirantes-a-oficial e estudantes da radiotécnica na AM“ AM“MSM MSM””, com o intuito de saber, se era importante ter aulas práticas com Radar durante a formação na AM“ AM“MSM MSM””, vinte informantes que correspondem a 100% (cem porcento) da amostra, afirmaram que a falta de Radar influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso de CMRT, afirmaram ainda que apesar de influir negativamente na qualidade mas não compromete a qualidade final dos oficiais formados na AM“ AM“MSM MSM””. Assim, com base nesses resultados a primeira hipótese fica comprovada. A segunda hipótese afirmava que A falta de radar de instrução influi negativamente na

experiência prática e no manuseio dos radares.   De acordo com os dados colectados no terreno e apresentados na tabela 7 mostram as respostas das dificuldades que existem na área da actuação resultante da falta de Radar de instrução durante a formação na AM“MSM” AM“MSM”,, 10 (dez) inquiridos que correspondem a 100% (cem porcento) da amostra, 06 (seis) que corresponde a 60% (sessenta porcento) da amostra, afirmam ter dificuldades na área de actuação resultante da falta de Radar de instrução durante a formação na

 

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AM“MSM”,, dentre os informantes 04 (quatro) que correspondem aos restantes 40% (quarenta AM“MSM”  porcento) da amostra refutam a hipótese da falta da experiencia prática e manuseio dos radares resultante da falta de um radar de instrução na AM“MSM” AM“MSM”.. Com base nos resultados verifica-se que a falta de Radar de instrução influencia negativamente na experiencia prática e no manuseio dos Radares. Assim, com base nos 60% (sessenta porcento) a segunda hipótese fica comprovada. A terceira hipótese indicava que A não existência de Radar de instrução na AM“MSM” não

influi negativamente porque os estudantes têm contacto com a técnica no tirocínio. De acordo com os dados colectados e apresentados na tabela 9 pode-se verificar que, num universo de 11 informantes que correspondem a 55% da amostra responderam que as aulas  práticas estão agendadas para a fase do estágio profissional facto que influi negativamente na formação devido ao tempo de espera para aliar a teoria a prática. Desta forma refuta-se a hipótese com base nos resultados obtidos por parte dos informantes que defendem que o tempo de contacto com a técnica no estágio não compensa, a falta de Radar de instrução na AM“MSM” AM“MSM”..

 

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CONCLUSÃO Tendo em vista o propósito que motivou a realização deste trabalho, que teve como tema: Radar de instrução para a formação dos oficiais da radiotécnica, é de salientar que a base material de estudo é importante para formação de um profissional, muito mais ainda importante para a formação militar, do futuro defensor da pátria. Para a apresentação da seguinte pesquisa foi levantada a seguinte questão: Qual a implicação da falta de Radar de instrução na formação de Comandantes de Meios Radiotécnicos na AM“MSM” AM“MSM”   para resposta do problema foram formuladas as seguintes hipóteses: A falta de Radar de instrução influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso CMRT, como objectivo geral desta pesquisa foi de analisar a influência da falta de Radar de instrução para a formação dos oficiais da Radiotécnica, na AM“MSM” AM“MSM”.. Para o efeito, foi dirigida uma entrevista para um oficial Radiotécnico afecto na AM“MSM” AM“MSM” e  e um questionário aos oficias, aspirantes-a-oficial e estudantes de 3º ano do curso de CMRT, e fez-se uma observação participante para identificar como os estudantes tinham as suas aulas de instrução. Depois do tratamento dos dados colectados com base nas técnicas indicadas no capítulo dos procedimentos metodológicos a pesquisa chegou as seguintes conclusões: A falta de Radar de instrução influi negativamente na qualidade de formação dos oficiais do curso CMRT, influi negativamente na experiência prática e no manuseio dos radares e por terem contacto com a técnica somente no tirocínio influi negativamente na formação porque levam muito tempo para aliar a teoria aprendida a prática. Conclui-se também que, não existem equipamentos que garantem a realização de aulas práticas da especialidade de Radiotécnica durante a formação na AM“MSM” AM“MSM”   facto que leva a que os estudantes tenham as suas aulas práticas com peças de artilharia antiaérea, a falta de Radar condiciona para a falta de conhecimentos práticos sólidos na matéria que diz respeito aos Radares, existem dificuldades de explicar aos estudantes dispositivos específicos do Radar por  parte dos docentes devido a falta de práticas pela inexistência de Radar de instrução na AM“MSM”.. AM“MSM”

 

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SUGESTÕES  Espera-se com o resultado desta pesquisa analisar a influência da falta de Radar de instrução para a formação dos oficiais da Radiotécnica na AM“ AM“MSM MSM””, sabe-se que os estudantes possuem grande dificuldade de abstrair conceitos passados em sala de aula, impossibilitando dessa forma uma relação destes conceitos com seu dia-a-dia. A aula prática é uma sugestão de estratégia de ensino que pode contribuir para melhoria na aprendizagem dos conteúdos leccionados nas turmas do curso de CMRT, pois, além dos experimentos facilitarem a compreensão do conteúdo, tornam as aulas mais dinâmicas, tendo assim uma aprendizagem mais significativa, entretanto na base das conclusões obtidas na pesquisa, sugere-se que:  



Seja adquirido um Radar de instrução para a formação dos oficiais do curso de CMRT na AM““MSM AM MSM””.

  Sejam criadas de salas especiais com dispositivos que simulam Radares para minimizar a



falta de um Radar de instrução.   Sejam criadas de condições para que os estudantes tenham contacto com Radares muito



antes da fase do estágio profissional para habilita-los a manusear a técnica mesmo durante a formação. 

 

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