Monografia Jose Carlos Tivane - Defendida PDF
September 23, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA MORTA (MULCHING) NO RENDIMENTO DA CULTURA DE ALFACE ( Lactuca sativa L.) var, Great Lakes659 EM CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICAS DO MUNICÍPIO DE ULÓNGUÈANGÓNIA
JOSÉ CARLOS TIVANE 2018
UNIVERSIDADE ZAMBEZE FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS LICENCEATURA EM ENGENHARIA AGROPECUÁRIA PRODUÇÃO VEGETAL
Titulo: EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA MORTA (MULCHING) NO RENDIMENTO DA CULTURA DE ALFACE ( Lactuca sativa L.) var, Great Lakes659 EM CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICAS DO MUNICÍPIO DE ULÓNGUÈANGÓNIA
Autor: José Carlos Tivane
Ulónguè, Setembro de 2018
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UNIVERSIDADE ZAMBEZE FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS LICENCEATURA EM ENGENHARIA AGROPECUÁRIA PRODUÇÃO VEGETAL
Titulo: EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA MORTA (MULCHING) NO RENDIMENTO DA CULTURA DE ALFACE ( Lactuca sativa L.) var, Great Lakes659 EM CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICAS DO MUNICÍPIO DE ULÓNGUÈANGÓNIA
Autor: José Carlos Tivane Orientador: MSc Zoio J. Bonomar
Monografia Submetida à Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade Zambeze, em cumprimento dos requisitos para a obtenção do Grau de Licenciado em Engenharia Agro-pecuária, especialização especializaç ão em Produção Vegetal.
Ulónguè Setembro de 2018
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DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Eu, José Carlos Tivane, declaro por minha honra que esta monografia é resultado do meu próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de licenciatura na Faculdade de Ciências Agrária de Ulónguè da Universidade Zambeze. Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra Universidade.
______________________ ___________ ______________________ ___________ (José Carlos Tivane) ________________/______ __________ ______/_______/Setembro/______ _/Setembro/___________ _____
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O meu pai Carlos José Tivane e minha mãe Celeste Noé
Dedico!
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AGRADECIMENTO Agradeço a JEOVÁ-NISSI, pelo dom da vida e pela protecção que tem-me proporcionado dias pós dias, nnaa qual depos deposito ito a minha confiança confiança.. Aos meus Pais Carlos José Tivane e Celeste Noé agradeço por me trazem ao mundo, pela confiança e o investimento que fizeram para me, a minhas irmãs Felicidade C. Tivane, Cármen Celeste Tivane, Osvalda e a Sandra pelo apoio e conselhos que me dão. Aos meus tios Agostinho, Pascoal, Zacarias. Os meus primos e sobrinhos e a todos da família Tivane vão os meus agradecimentos. Aos meus cunhados Timóteo Capece, Capece Júnior. Aos meus amigos de infância Inocêncio Diogo Faduco Matsinhe e ao Augusto Mateus (Massada) i n memor r y, que juntos começaram a dar o primeiro passo da vida. A UNIZAMBEZE, em particular a Faculdade de Ciências Agraria, vai o meu agradecimento,, pela oportunidade que deram me de me formar. agradecimento Os meus amigos e colegas do ensino geral José Tauzene, Bonifácio, Constantino Madadisse, Zolda Horácio, Ana Tome, Neide, Orlando Guta, e todos da turma B01, 2013. Aos meus colegas da batalha René Geraldo, Cliton Victor, Rofino Clemente, Fábio, Virgínia Rafael, Stela Tome, Helena Rimao, Domingos Galeno, Verónica Maunde, Anamelca e a todos da geração de 2014 na qual juntos lutamos e compartilhamos momentos bons e maus quanto estudantes, A Aida Seninho Cesar Viegas e a Sílvia Banda, pela força que me deram em momentos que precisava. Os meus irmãos na fé José Sande, mãe Gilda, pastor Licolene, Florinda Faqueiro, Fatima Conjane, Elizefa Fazenda e todos da igreja visão crista em Angónia e igreja GOSPEL-BUZI. A família Chipiringo, família Zunguza, Ao meu orientador MsC Zoio Joaquim Bonomar, E a todos que directa ou indirectamente contribuíram para que este sonho de ser engenheiro se realizasse, o meu muito obrigado a todos! t odos!
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EPIGRAFE
Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é só consequência.
A Alb lbe ert E i ns nstten
Porque melhor é a sabedoria do que as jóias; e de tudo o que deseja nada se pode comparar com ela.
Pr ové vérr bi os 8: 11
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ÍNDICE RESUMO ..................... ............................................ ............................................. ............................................ ............................................ ................................ .......... xi ABSTRACT ..................... ............................................ ............................................. ............................................ ............................................ ........................... ..... xii LISTAS DE FIGURA ........................................... .................................................................. ............................................. ................................. ........... xiii LISTA DE TABELAS ................... .......................................... .............................................. ............................................. ................................. ........... xiv LISTA DE SÍMBOLOS ................................................... .......................................................................... .............................................. ....................... xv ABREVIATURAS E SIGLAS ..... ........................... ............................................ ............................................ ..................................... ............... xvi 1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO ..................... ............................................ ............................................. .................................... .............. 1 1.1
Generalidade da cultura ................... ......................................... ............................................ ............................................ ...................... 1
1.2. Problema de estudo .... .......................... ............................................ ............................................. ............................................. ......................... ... 3 1.3. Justificativa ................................... ......................................................... ............................................ ............................................. ............................. ...... 3 1.4. Hipóteses ........ .............................. ............................................. .............................................. ............................................. .................................... .............. 4 1.5. Objectivos ..................................... ........................................................... ............................................ ............................................ ............................. ....... 4 1.5.1. Geral .............................. ..................................................... .............................................. ............................................. .................................... .............. 4 1.5.2 Específicos ..................... ............................................ .............................................. ............................................. .................................... .............. 4 2. CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRAFIA............................................. ........................................................... .............. 5 2.1.
Aspectos gerais da ccultura ultura de de aalface lface ...................... ............................................. .............................................. ........................... 5
2.2.
Valor nutricional e IImportância mportância económica de alface ....................................... ....................................... 6
2.4.
Ciclo vegetativo .................... .......................................... ............................................ ............................................ ................................. ........... 6
2.6.2.
Luminosidade .................... .......................................... ............................................ ............................................ ............................. ....... 8
2.6.3.
Humidade ...................... ............................................ ............................................ ............................................ ................................. ........... 8
2.7.
Exigências nutricionais da planta ...................... ............................................. .............................................. ........................... 8
2.7.1. Adubação de cobertura ...................... ............................................ ............................................ ........................................ .................. 9 2.7.2. 2.8.
Nitrogénio (N) ............................................ ................................................................... ............................................. ......................... ... 9
Utilização de cobertura do solo na alface ..................... ............................................ ................................... ............ 10
2.8.1. Influência da cobertura morta sobre a germinação das infestantes ............... 11 2.8.2. Instalaçã Instalaçãoo da cobertura (mulching) ................. ........................................ ............................................. ........................ 11
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2.8.3. Vantagem da Cobertura Morta ........................................... .................................................................. ........................... .... 12 2.9.
Tractos Culturais ......................................... ............................................................... ............................................ ............................... ......... 12
2.9.1. Sacha ...................... ............................................. ............................................. ............................................ .......................................... .................... 12 2.9.2. 2.10. 2.11.
Irrigação em alface ................... ......................................... ............................................ .......................................... .................... 12 Pragas e doenças......... doenças............................... ............................................ ............................................ ...................................... ................ 13 Colheita ..................... ............................................ ............................................. ............................................ ...................................... ................ 13
CAPITULO III: METODOLOGIA.......................................... ................................................................ ...................................... ................ 15 3. MATERIAS E METODOS METODOS..................... ........................................... ............................................ .......................................... .................... 15 3.1. Localização Localização ................... .......................................... ............................................. ............................................ .......................................... .................... 15 3.3. Dados meteorológicos do município de Ulónguè durante o ciclo da cultura ...... ...... 16 3.4. Área experimental ..................... ........................................... ............................................ ............................................ ............................... ......... 16 3.5. Descrição dos tratamentos .......................... ................................................. ............................................. .................................. ............ 17 3.6.
Escolha e discrição da variedade .................... .......................................... ............................................. ........................... .... 18
3.7.
Instalação do viveiro .................... .......................................... ............................................. ............................................. ........................ 18
3.8.
Preparação do solo .................... .......................................... ............................................ ............................................ ........................... ..... 18
3.9. Transplante .......................... ............................................. ............................................. ............................................ ...................................... ................ 18 3.10. Rega ..................... ............................................ ............................................. ............................................ ............................................ ........................... ..... 19 3.11. Cobertura do solo .......................... ............................................ ............................................ ............................................ ........................... ..... 19 3.12. Controle de infestante ....................................... ............................................................. ............................................ ........................... ..... 19 3.13.Adubação 3.13.Adubaç ão ............................................ .................................................................. ............................................ .......................................... .................... 19 3.14. Controlo de pragas e doenças .................................. ........................................................ .......................................... .................... 20 3.15. Colheita ........................... .................................................. ............................................. ............................................ ...................................... ................ 20 3.16. PARÂMETROS AVALIADOS ............................................. .................................................................... ........................... .... 20 3.16.1. Parâmetros de crescimento..................... ........................................... ............................................. ............................... ........ 20 3.16.2. Parâmetros produtivos ..................... ........................................... ............................................ ...................................... ................ 20 3.17. Pacote estatístico ...... ............................ ............................................ ............................................. ............................................. ........................ 21 CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................ ........................................................ ............ 22
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4.1. Altura da Planta ................... .......................................... .............................................. ............................................. .................................. ............ 22 4.2. Número de Folhas por Planta...................... ............................................. ............................................. .................................. ............ 23 4.3. Diâmetro da Cabeça ............................................ .................................................................. ............................................ ........................... ..... 24 4.4. Peso da cabeça ..................... ............................................ .............................................. ............................................. .................................. ............ 25 4.5. Produtividades ..................... ............................................ .............................................. ............................................. .................................. ............ 26 5. RECOMENDAÇOES............................................ .................................................................. ............................................ ............................... ......... 29 6. REFERENCIAS BILIOGRAFICAS ..................... ........................................... ............................................. ............................... ........ 30 7. ANEXOS ......................... ................................................ .............................................. ............................................. ............................................ ........................ 37
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RESUMO Conduziu-se este estudo com objectivo de Avaliar o efeito de diferentes tipos de cobertura morta (mulching) no rendimento da cultura de alface ( L act actuca uca sa satitiva va L .) var,
Great Lakes-659 em condições edafo-climáticas do município de Ulónguè-Angónia. O delineamento utilizado neste experimento foi de blocos completamente causalizados (DBCC), com três tratamentos (T1 solo descoberto, T2 cobertura com serradura e T3 com plástico de polietileno; e três repetições totalizando 9 parcelas. A distribuição normal dos dados em cada variável foi submetida a análise de variância pelo pacote estatístico Sta Stattist istii cal cal Packa Package gefo forr So Socia ciall Scienc Science e (SPSS versão 23.0 de 2015 para Windows). para observar a existência ou não de diferenças entre as médias das variáveis analisadas. A análise mostrou que não houve nenhuma interacção significativa para todas variável estudadas neste trabalho, mas também nota-se que apesar de não ter nenhuma diferença estatística o tratamento de serradura ele apresenta um bom desempenho para quase todas as variáveis. Observou-se que todos os materiais empregados como cobertura, controlaram a infestação de plantas invasoras. Quanto a produtividade, o tratamento T2 apresentou se com maior valor com uma média de 5.546. morta), Rendimento Palavra-chaves: Lactuca sativa L., mulching (cobertura morta),
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ABSTRACT He objective of this study was to evaluate the effect of different types of mulching on the yield of lettuce (Lactuca sativa L.) var, Great Lakes-659 under edaphic climatic conditions of the municipality of Ulônguè-Angónia. The experimental design was completely causalized (DBCC), with three treatments (uncovered T1, T2 with sawdust and T3 with polyethylene plastic, with three replications totaling 9 plots.) The normal distribution of the data in each variable was submitted the analysis of variance by the statistical package Statistical Package for Social Science (SPSS version 23.0 of 2015 for Windows) to observe the existence or not of differences between the means analyzed variables.The analysis showed that there was no significant interaction for all variables studied in this work , but also note that although it does not have any statistical difference the treatment of sawdust it presents a good performance for almost all the variables. It was verified that all the materials used as cover, controlled the infestation of invasive plants. In terms of productivity, the T2 treatment presented a higher value with an average of 5,546. Key words: Lactuca sativa L., mulching, yield
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LISTAS DE FIGURA Figura 1: Mapa do Distrito de Angónia ........................................... .................................................................. ............................... ........ 15 Figura 2: Precipitação durante o ciclo da cultura .......... ................................ ............................................ ........................... ..... 16 Figura 3: Dados de ttemperatura emperatura durante o ciclo da cultura ........................................... ............................................. 16 Figura 4: Croquis experimental .... .......................... ............................................ ............................................ ...................................... ................ 17 Figura 5: Fase inicial da cultura no campo definitivo (7 dias apos o transplante). ........ 42 Figura 6: 32 DAT. ...................................... ............................................................ ............................................. .............................................. ....................... 43 Figura 7: Coleta de Dados (altura da planta), Peso da Cabeça. ...................................... ...................................... 43 Figura 8: Lesões Fúngicas na Raiz. .................... .......................................... ............................................ ...................................... ................ 44 Figura 9: Capo de ensaio, apos ser feita a colecta dos dados. .......................... ...................................... ................ 44
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LISTA DE TABELAS Tabela 1:Recomendação de adubação mineral da cultura para produção de alface (kg por hectare) ................... .......................................... ............................................. ............................................ ............................................ ................................. ........... 9 Tabela 2:Extracção de macro e micro nutrientes pela hortaliça alface ..................... ............................ ....... 9 Tabela 3:Principais Doenças e Pragas da Cultura da Alface .......................................... .......................................... 13 Tabela 4: Ilustração dos tratamentos do experimento. ...... ............................ ............................................ ........................ 17 Tabela 5: Valores médios de AP ................................... ......................................................... ............................................ ........................... ..... 22 Tabela 6:Valores médios de NFP ........ .............................. ............................................ ............................................ ............................... ......... 23 Tabela 7:Valores médios de DC ..................... ........................................... ............................................ .......................................... .................... 24 Tabela 8:Valores médios de PC ..................... ........................................... ............................................ .......................................... .................... 25 Tabela 9:Valores médios Prod. (t/ha) .......................... ............................................ ............................................ ............................... ......... 26 Tabela 10: ANEXO. Resumo AP ........................ ............................................ ............................................ ...................................... ................ 37 Tabela 11: ANEXO. DBC AP .................... .......................................... ............................................. ............................................. ........................ 37 Tabela 12:ANEXO. Anova de AP...................... ............................................ ............................................ ...................................... ................ 37 Tabela 13: ANEXO. Resumo de DC ..................... ............................................ ............................................. .................................. ............ 38 Tabela 14: ANEXO. DBC DC .................................................... ........................................................................... ................................... ............ 38 Tabela 15: ANEXO. Anova DC ...... ............................ ............................................. ............................................. .................................. ............ 38 Tabela 16: ANEXO. Resumo NFPP ................................. ....................................................... ............................................ ........................ 39 Tabela 17: ANEXO. DBC NFPP ................................................. ....................................................................... .................................. ............ 39 Tabela 18: ANEXO. Anova NFPP .......................... ............................................. ............................................. .................................. ............ 39 Tabela 19: ANEXO. Resumo PC ............... ...................................... ............................................. ............................................ ........................ 40 Tabela 20: ANEXO.DBC PC .............. .................................... ............................................ ............................................ ............................... ......... 40 Tabela 21: ANEXO. Anova PC............................................ .................................................................. .......................................... .................... 40 Tabela 22: ANEXO. Resumo Prod. .................................. ........................................................ ............................................ ........................ 41 Tabela 23: ANEXO. DBC Prod. .................................................. ........................................................................ .................................. ............ 41 Tabela 24: ANEXO. Anova Prod. ... ......................... ............................................. ............................................. .................................. ............ 41 Tabela 25: ANEXO. Significado do Coeficiente de Variação (CV) .............................. .............................. 42
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LISTA DE SÍMBOLOS Ca- Cálcio Fe- Fero N- Nitrogénio NPK - Nitrogénio, Fósforo, Potássio P- fósforo S- Enxofre
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ABREVIATURAS E SIGLAS %- Percentage Percentagens ns AP- Altura da Planta Cm- Centímetros DAT- Dias após transplante
DBCC- Delineamento de blocos completamente Causalizados DC- Diâmetro da Cabeça EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária g- gramas Ha- Hectar Kg- Quilogramas m2- metros quadrado MAE- ministério de administração estatal Min- Mínimo Max- Máximo NFPP- Numero de folhas por planta ºC- Graus Celsius PMC- Peso Médio da cabeça PRD- Produtividade SD- Sem data SDAE- Serviço distrital de actividades económicas. económicas. angónia 2018 SEBRAE – serviço serviço brasileiro de apoio as micro e pequenas empresas SPSS- Statistical Packagefor Social Science
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t/ha- Toneladas por hequitares VAR - variedades
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1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO 1.1 Generalidade da cultura A alface ( Lactuca Lactuca sativa L.) é uma planta da família Asteraceae, originária da região de clima temperado, entre o sul da Europa e a Ásia Ocidental. É uma planta herbácea que possui um pequeno caule a partir do qual as folhas tenras crescem ao redor. Essas folhas são a parte comestível da planta e podem ter coloração verde (variando de claro a escuro) ou roxa, assim como podem ser lisas ou crespas e formar ou não cabeça, (MALIA 2015). Nas últimas décadas, diversas técnicas foram incorporadas ao cultivo de hortaliças. Dessas técnicas, destaca-se a cobertura morta ou mulching que é a prática pela qual se aplica, ao solo, material orgânico ou inorgânico como cobertura de superfície (SOUZA & RESENDE, 2003). Dentre os materiais orgânicos utilizados como cobertura morta, pode-se citar palha de café, palha de arroz, bem como serragem e capim, sendo a utilização desses materiais uma prática de baixo custo e de fácil execução (DEUBERT, 1997). Também é observada a aplicação de plásticos de polietileno em cobertura, como os de polietileno de diversas cores, sendo o mulching preto o mais utilizado por ser de baixo custo e proporcionar a produção de um produto de maior qualidade, uma vez que evita seu contacto directo com o solo. Esta prática cultural, conhecida por cobertura morta do solo traz inúmeros benefícios aos sistemas de produção, em especial quando é utilizada em produção de horticultas (OLIVEIRA et al .,., 2008). Segundo Machado et al . (2008) a cobertura do solo, tanto com a utilização util ização de cobertura plástica como com restos de vegetais, tem sido estudada e vem sendo comprovada muitas vantagens, como: reduz a evapotranspiração da água na superfície do solo; controla plantas invasoras; diminui as oscilações de temperatura do solo; obtém maior precocidade da colheita e o rendimento da cultura pode ser maior. maior. A utilização da cobertura morta do solo no cultivo da alface tem-se mostrado uma prática determinante, quando se busca um aumento na produção e na qualidade do produto. Porém, para que esta técnica seja viável ao produtor é necessário buscar buscar outros tipos de cobertura, priorizando aquelas que estejam disponíveis na região de cultivo (SANTOS, 2011). Em campo, a alface pode ser cultivada directamente nos canteiros ou com mulching ,
técnicas de cobertura de solo. As aplicações de mulching com com coberturas de
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solo reduz-se à luz solar com diferentes refletâncias (preto, branco) visam, entre outros aspectos, diminuir a competição com plantas invasoras, propiciar um microclima mais favorável ao desenvolvimento da cultura e evitar o contacto directo das folhas com o solo. Dentre as forma frequentemente utilizadas de mulching estão estão as coberturas com plástico preto e com cobertura morta ou palhada. As amplitudes térmicas tendem a ser menores sob solo nu, enquanto as temperaturas médias para as plantas podem ser em média maiores ou menores dependen dependendo do das propri propriedades edades físicas do mulching . O presente trabalho objectivou-se em Avaliar o efeito de diferentes tipos de cobertura morta (mulching ) no rendimento da cultura de alface ( L act actuca uca sat satii va L .) em condições edafo-climáticas do município de Ulónguè-Angónia.
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1.2. Problema de estudo Nos últimos anos tem-se verificado no mundo em geral e Moçambique em particular, um aumento constante da produção das hortícolas. Este aumento deve se à maior procura das mesmas para o consumo a fresco, em produtos industriais e outras (RIBEIRO e RULKENS, 1999). O distrito de Angónia é um dos potencias na produção agrícola, principalmente em hortícolas. Entretanto, devido a fraca na adopção de práticas culturais adequadas (cobertura morta); para alem as adversidades das condições climáticas, predominantes nestes últimos anos, a produtividade/rendimento desta cultura tende a baixar. Neste contexto, surge a seguinte questão: Que impacto em termo de eficiência tem a cobertura morta no solo no rendimento da cultura de alface em condições edafo-climáticas de Angónia-Ulónguè?
1.3. Justificativa Segundo (MULLER 1991; REPKE et al . 2009) Apud NETO et al (2014), O sistema produtivo da alface é afectado por vários factores ambientais. Dentre esses, destacam-se o fotoperíodo longo, a alta incidência luminosa e, principalmente, as altas temperaturas, A acção conjunta desses factores pode causar danos fisiológicos às plantas, além de aumentar a evaporação da água do solo e a diminuição da actividade radicular, causando, consequentemente, perdas na produção. Em Moçambique, esses factores ambientais são característicos durante grande parte do ano, podendo, com isso, limitar a produção de alface. No entanto, vários são os mecanismos utilizados que buscam minimizar seus seus efeitos. O número de pessoas que buscam uma alimentação mais saudável e equilibrada aumenta a cada dia. É crescente a demanda por produtos mais saudáveis e ecologicamente correctos, e portanto o consumo de alimentos orgânicos. Diante dessa necessidade de mercado e do aumento de produtores inseridos nesse método de cultivo, verifica-se a importância do desenvolvimento de pesquisas voltadas à implementação de novas tecnologias de produção nesse sistema. Entre esses, destacam-se o cultivo em ambiente protegido e o uso de coberturas de solo com plásticos e com restos vegetais, visando manter as características agronómicas desejáveis à planta (ARAÚJO et al . 2001; TOSTA et al . 2010; VIANA et al.
2013). O seu cultivo apresenta limitações, principalmente em virtude de sua
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sensibilidade às condições adversas de temperatura, humidade e chuva (GOMES et al, 2005).
1.4. Hipóteses
H0 (hipótese nula): Os diferentes tipos de cobertura morta em todos tratamentos não têm nenhum efeito significativo no rendimento da cultura de alface.
H1 (hipótese alternativa): Os diferentes tipos de cobertura morta tem um efeito significativo em pelo menos um dos tratamento no rendimento da cultura de alface.
1.5. Objectivos 1.5.1. Geral
Avaliar o efeito de diferentes tipos ti pos de cobertura morta (mulching) no rendimento da cultura de alface (L at atuca uca sati sativa va L .) var, Great Lakes-659 em condições edafo-climáticos do município de Ulónguè-Angónia.
1.5.2 Específicos
Medir as variáveis de crescimento assim como produtivas, em diferentes coberturas do solo.
Identificar a cobertura morta que mais influencia no rendimento da cultura de alface.
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2. CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRAFIA
2.1.
Aspectos gerais da cultura de alface
A alface (Lactuca sativa L.) é a hortaliça folhosa mais consumida e é uma das hortaliças mais cultivadas em todo mundo, pertence à família Asteracea e é originária de clima temperado. No caule se prendem as folhas que geralmente são grandes, lisas ou crespas, fechando-se ou não na forma de uma “cabeça”. Sua coloração varia de verde amarelado ao verde-escuro, sendo que algumas variedades apresentam as margens arroxeadas (FILGUEIRA, 2000). Originou-se de espécies silvestres, ainda actualmente encontradas em regiões de clima temperado, no sul da Europa e na Ásia Ocidental, conforme (FILGUEIRAS 2002) apud (SILVA (SILVA 2005). Segundo Maluf (2011), a alface e classificada em cincos grupos distintos, de acordo com o aspecto das folhas e o facto de as mesmas reunirem-se ou não para a formação de uma cabeça repolhuda, conforme a seguir:
TIPO ROMANA: apresentam folhas, alongadas, duras, com nervuras claras e protuberantes, não formando cabeças imbricadas, mas fofas. Ex.: Romana Branca de Paris, Romana Balão e Gallega de Inverno.
ALFACE DE FOLHAS LISAS: as folhas são lisas, mais ou menos delicadas, não formando cabeça cabeça repolhuda, ma mass uma roseta de folhas. Ex.: Ex.: Baba de verao, Monalisa AG-819, Regina 2000 e Lidia
ALFACE DE FOLHAS CRESPA: as folhas são crespas, soltas, consistentes, não formando cabeça repolhuda, mas com uma roseta de folhas. Ex.: Grand Rapids, Slow Bolting, Verónica, vera, Vanessa, Brisa e Marisa AG-216 e Mariane;
VARIEDADE LISA OU REPOLHUDA MANTEIGA: apresenta cabeça com folhas tenrra, lisas de cor verde clara e com aspecto oleoso. Ex.. White Boston, Brasil 48, Brasil 303, Carolina AG-576, Elisa, Aurélia, Floresta, Gloria e Vivi;
REPOLHUDA CRESPA OU ALFACE AMERICANA (Crisphead lettuce): apresenta cabeça com folhas crespa, folhas com nervura salientes e imbricadas, semelhantes ao repolho. Ex.: Great Lakes, Mesa 659, Salina Taina, Iara, Medona AG-605, Lucy Brown, Lorca, Legacy, Laurel, Raider e Seminis, e apresenta um ciclo de 75 dias a partir da sementeira, sendo 48 a 58 dias a partir do transplante. O tamanho da planta e médio e grande, com massa media variando entre 700 a 1200 g. As folhas são duras e de coloração verde clara.
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Possuem cabeça de tamanho médio a grande, com óptima compacidade, peso e uma boa tolerância ao pendoamento precoce
2.2.
Valor nutricional e Importância económica de alface
SEGUNDO RESENDE et al. (2007); SALA & COSTA (2012) apud Neto Neto et al (2014), o seu largo consumo se dá principalmente in natura, em saladas, em função de suas características nutricionais, pois é rica em vitaminas A, B1, B2 e C, além de apresentar boas concentrações de Fe, Ca e P; e ter o preço de compra reduzido ao consumidor. É uma das hortaliças de maior importância comercial e maior consumo em todo o mundo. Devido à alta procura por esta hortaliça, ocorre o estímulo para o desenvolvimento de novas técnicas de cultivo, aumento da produtividade e redução no custo de produção, bem como produto de maior qualidade e menor preço (SILVA 2015).
2.3.
Características Caracterís ticas botânicas
A planta é herbácea, delicada, com caule diminuto, ao qual se prendem as folhas. Estas são amplas e crescem em roseta, em volta do caule, podendo ser lisas ou crespas, formando ou não uma cabeça, com coloração em vários tons de verde, ou roxa, conforme a variedade, (LIMA 2007). A raiz é pivotante e quando cultivada a campo pode atingir até 60 cm, e infiltrando-se de 15 a 20 cm no perfil do solo (GOTO; TIVELLI, 1998) apud (CAVALHEIRO et al 2015). 2015). Segundo FILGUEIRA (2000) apud CARVALHO (2013), diz que as raízes podem atingir 0,60 m de profundidade quando em semeadura directa, porém, apresentam ramificações delicadas, finas e curtas, explorando apenas os primeiros 0,25 m de solo.
2.4.
Ciclo vegetativo
BORREGO (1995), Do ponto de vista agronómico, agronómico, no ciclo de cultivo de ma maior ior parte das alfaces alfaces se distingue distinguem m as seguintes fases:
Fase de formação de uma roseta de folhas,
Fase de formação de cabeça e a
Fase de reprodução de emissão de um pendão floral
A planta é anual florescendo sob dias longos e temperaturas elevadas. Dias curtos e temperaturas amenas ou baixas favorecem a etapa vegetativa do ciclo,
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constatando-se que todas as variedades produzem melhor sob tais condições (FILGUEIRA, 2002). Quando apresenta estádio vegetativo avançado, a cabeça ou as folhas centrais se abrem e surge um talo cilíndrico e ramificado com folhas e flores amarelas em cachos, (CARVALHO 2013)
2.5.
Produção de Mudas
No cultivo da alface é importante que se faça a produção das mudas para posterior plantio em canteiro definitivo. As mudas podem ser produzidas em sementeiras ou em bandejas.
2.5.1. Sementeira O canteiro (sementeira) para a produção de mudas é constituído de 1 parte de terra de barranco e 1 parte de composto orgânico. A sementeira é feita na profundidade de, no máximo, 0,5 cm. Posteriormente ao plantio, é feita a cobertura com capim seco, para o solo não ficar compactado com a irrigação e atrapalhar a germinação das sementes. Depois de 5 a 7 dias, tempo necessário para a germinação, a cobertura de capim é retirada. As mudas estão prontas para o transplante quando tiverem com 4 a 6 folhas definitivas, (CARVALHOA 2011). Para o plantio de hortas caseiras este sistema de produção de mudas pode ser utilizado. Mas, no caso de sistemas de cultivo comercial, recomenda-se que as mudas sejam produzidas em bandejas.
2.5.2. Bandejas Neste método as mudas são produzidas em bandejas de isopor com o uso de substrato próprio. Neste tipo de produção, é necessária a utilização de uma estufa (casa de vegetação), onde as bandejas são colocadas, (CARVALHOA 2011).
2.6.
Exigências edafo-climáticas da cultura de alface 2.6.1 Temperatura Temperatura
Alface é bastante sensível a condições adversas de temperatura, produzindo melhor nas épocas mais frias do ano (OLIVEIRA et al 2004). A faixa ideal de temperatura para o crescimento da alface deve ser de 18 a 23ºC, com humidade relativa do ar entre 60 e 75% (GOTO; TIVELLI, 1998) apud (Cavalheiro (Cavalheiro 2015) Conforme WHITAKER & RYDER (1974) apud RESENDE RESENDE (2008), diz que a temperatura é o factor ambiental que mais influencia na formação da cabeça pois está relacionada com o florescimento. De acordo com SANDERS (1999), a alface americana
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se adaptada às condições de temperatura amena, tendo como óptima a faixa entre 15,5 e 18,3ºC. Entre 21,1 e 26,6ºC, a planta floresce e produz sementes. No entanto, pode tolerar alguns dias com temperaturas de 26,6 a 29,4ºC, desde que as temperaturas nocturnas sejam baixas.
2.6.2. Luminosidade Alface precisa de boa luminosidade, preferencialmente com luz solar directa, mas é tolerante a sombra parcial. Assim em regiões de clima quente a alface pode se beneficiar-se plantada de forma a receber sombra parcial durante as horas mais quentes do dia. Quando se conduz a cultura dentro de uma variação óptica de luminosidade com outros factores favoráveis, a fotossíntese é levada, a respiração e normal e a quantidade de matéria seca acumulada é alta (KLEEMANN, 2004)
2.6.3. Humidade A humidade relativa mais adequada ao bom desenvolvimento da alface vária de 60 a 80%, mas em determinadas fases do seu ciclo apresenta melhor desempenho com valores inferiores a 60%. Humidade muito elevada favorece a ocorrência de doenças, facto que constitui um dos problemas da cultura produzida em estufa plástica (RAIDIN et al 2004) 2004)
2.6.4. Solo O local de transplante deve ter solo leve, bem arejado e bem drenado. Fazer um bom prepara do terreno para facilitar a construção de canteiros bem destorroados. destorroados. A incorporação dos fertilizantes deve ser feita com pouca profundidade, pois o sistema radicular da alface é superficial e ramificado. Da mesma forma, não há necessidade de aração profunda. Em terrenos com declividade superior a 5%, adoptar práticas de conservação do solo, principalmente a construção de canteiros, seguindo as curvas em nível, (CARVALHO et al 2011). 2011).
2.7. Exigências nutricionais da planta A expressão exigências nutricionais, refere-se as quantidades de macro e micronutriente que a planta tira do solo, do adubo e dor ar (caso de fixação biológica do N), para atender as necessidade necessidades, s, crescer e produzir adequadamente. adequadamente. A extracção pelas plantas dos nutrientes no solo, não se faz nas mesmas quantidades durante seus vários estágios de crescimento, tanto nas culturas anuais quanto perenes, (FAQUIM e ANDRADE 2004).
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A alface, embora apresente um ciclo relativamente curto (2 a 3 meses), consome uma grande quantidade de adubo. E é extremamente crítico cumprir o requerimento nutricional da planta em período tão curto de tempo. Assim sendo, é importante que se tome a decisão da quantidade e do tipo de adubo a ser utili utilizado, zado, amparado numa análise de solo. As plantas de alface têm sistema radicular muito sensível e superficial, que requer adequada adubação de solo, para a obtenção de alta produtividade, (YURI 2016). Tabela 1:Recomendação de adubação mineral da cultura para produção de alface
(kg por hectare) Kg/ha
P20
K20
N
50-350
50 -100
50
Fonte: SABRAE 2011
Tabela 2:Extracção de macro e micro nutrientes pela hortaliça alface Macronutrientes Micronutrientes Kg/há
Kg/ha N
Alface 45
P
K
Ca
Mg
S
B
Cu
Fe
Mn
Zn
10
97
15
5
2
82
19
646
336
424
Fonte: (CASTELLANE, 1994).
2.7.1. Adubação de cobertura Na adubação em cobertura, os fertilizantes mais utilizados para as hortaliças folhosas são os nitrogenados (SOBREIRA FILHO, 2012). Normalmente, a adubação de cobertura na cultura da alface é realizada em três aplicações. A primeira aplicação é feita logo após o pegamento das mudas; a segunda, na fase de formação de novas folhas; e a terceira, no início de formação das cabeças (ou no máximo do desenvolvimento vegetativo, próximo da fase de colheita (CARVALHO; SILVEIRA, 2011).
2.7.2. Nitrogénio (N) O nitrogénio é o nutriente exigido em maior quantidade pela maioria das culturas, e os solos necessitam de adições regulares desse elemento, por apresentar acentuado dinamismo no solo havendo diversas transformações químicas e biológicas (MALAVOLTA, 1980; LANGE, 2002).
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Devido à cultura ser composta basicamente de folhas, a mesma responde bem ao fornecimento de N, nutriente que requer um manejo especial quanto à adubação, por ser de fácil lixiviação e pelo fato de a planta absorver maior quantidade na fase final do ciclo. Sendo que sua deficiência retarda o crescimento da planta e induz a má- formação da cabeça da alface, (ALMEIDA et al .,., 2011).
2.8. Utilização de cobertura do solo na alface A cobertura do solo é uma um a prática agrícola que visa principalmente controlar as ervas daninhas, diminuir as perdas de água por evaporação do solo, e facilitar a colheita e a comercialização, uma vez que o produto é mais limpo e sadio. Porém ao se cobrir o solo também são alterados parâmetros importantes do microclima, como a temperatura do solo, cujas amplitudes variam com a absortividade e condutividade térmica do material utilizado na cobertura. Alguns processos afectados directamente pela temperatura do solo são a germinação das sementes, o crescimento das raízes, a absorção de água e nutrientes, a actividade metabólica das plantas e o armazenamento de carbohidratos, (GONÇALVES 2002). As coberturas mais tradicionais são de materiais orgânicos vegetais, que contém carbono derivado de material vivo: capim, palha, bagaço, casca e outros que estejam disponíveis. Existem também materiais inertes, inorgânicos, como pedra, cascalho, carvão, papel tratado e etc. (FILGUEIRA, 2005) apud (CAVALCANTE 2008). Os cuidados culturais são factores relevantes para o êxito da cultura e neste contexto, a cobertura de solo vem se destacando, principalmente, depois do surgimento dos filmes plásticos, que têm encontrado aceitação cada vez maior, devido a sua praticidade de aplicação e sobretudo pelas evidentes vantagens que trazem aos cultivos. Tanto cobertura com plástico, como com restos vegetais têm sido exploradas com vários objectivos, entre os quais, reduzir as oscilações térmicas e a evaporação de água na superfície do solo, permitir melhor controlo de plantas invasoras, diminuir a incidência de pragas e doenças, obter maior precocidade de colheita, minimizar a lixiviação dos nutrientes e possibilitar menor compactação do solo (ARAÚJO et al .,., 1993; CASTELLANE, 1991; SGANZERLA, 1995). Dentro das várias técnicas utilizadas no cultivo da alface, ressalta-se a utilização de cobertura morta, é utilizada com finalidade de proteger a cultura e o próprio solo contra a acção de intempéries, pois forma uma camada protectora sobre a superfície,
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evitando a perda demasiada de água, aumentando sua actividade biológica e, consequentemente, a liberação de nutrientes (Muller, 1991). A matéria orgânica e os nutrientes presentes nesses resíduos podem incrementar a produção agrícola, além de constituir um meio de utilizá-los na propriedade (SANTOS et al., 1998) apud (LIMA 2007). Outra importante vantagem da utilização da cobertura morta consiste no controle da infestação de plantas daninhas, as quais prejudicam a cultura mediante o estabelecimento de competição por luz solar, água e nutrientes, podendo, dificultar a colheita e comprometer a qualidade da produção (STAL & DUSKY, 2003), além de ser hospedeira de pragas e doenças.
2.8.1. Influência da cobertura morta sobre a germinação das infestantes Segundo (BUZATTI, 1999) apud CARVALHO CARVALHO et al (2005), (2005), diz que a cobertura morta exerce forte influência sobre a germinação das plantas daninhas. Essas influências influências vão ser de três ordens:
Física: através da temperatura próxima a superfície do solo, que normalmente é menor. Isto dificulta ou até mesmo inibe a germinação das sementes foto plásticas positiva, mediante a redução da radiação solar principalmente, através do próprio;
Química: trata da liberação de substâncias químicas denominadas aleloquímicos, que são liberados pelos tecidos e órgãos das plantas mortas. Esses alelo-químicos vão actuar sobre o banco de sementes de algumas plantas daninhas impedindo sua germinação;
Biológico: presença de microorganismos, fungos e bactérias, podem actuar de forma e inviabilizar a germinação de algumas plantas daninhas.
2.8.2. Instalação da cobertura (mulching) A cobertura de plástico sobre o solo, conhecida como “mulching”, é colocada
sobre o canteiro após a instalação e teste da irrigação. Geralmente usa-se o plástico de 160 cm para canteiros que terão uma largura útil de 0,9 a 1,0 m. Inicialmente é feita uma pequena vala de 10 a 15 cm de profundidade, ao longo das duas margens do canteiro. Desenrola-se o filme de plástico a cada 10 m, para ser esticado no sentido do comprimento e da lateral, e acrescenta-se terra sobre as bordas com auxílio de enxadas. Em seguida, faz-se a compactação com os pés para evitar que o plástico se solte com o vento. Deve-se usar plástico de boa qualidade. Fazer a instalação do plástico nos
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canteiros nas horas mais quentes do dia, para que o mesmo fique bem esticado, tomando o cuidado de fixá-lo bem, (SEBRAE 2011).
2.8.3. Vantagem da Cobertura Morta
Aumenta a produtividade;
Melhora a qualidade;
Reduz a evaporação da água do solo;
Diminui a oscilação de temperaturas do solo;
Permite o controlo de ervas daninhas;
Maior precocidade da colheita;
Maior infiltração da água;
Reduz impactos da erosão;
Menor lixiviação de nutrientes e compactação do solo.
2.9. Tractos Culturais 2.9.1. Sacha SEGUNDO CARVALHO et al (2011), (2011), Durante o desenvolvimento das plantas, faz-se uma ou duas sachas. Se o solo do canteiro estiver endurecido, realizar o afofamento ou a escarificação. O uso de cobertura morta nos canteiros com bagaço de cana-de-açúcar ou o uso de filmes plásticos é uma prática recomendável, porque, além de evitar as capinas, conserva a humidade do solo e melhora a qualidade da alface.
2.9.2. Irrigação em alface A principal finalidade da irrigação, isto é, da aplicação de água no solo, é proporcionar humidade adequada para o crescimento e desenvolvimento de plantas visando aumentar a produtividade e superar os efeitos de estiagens (GHEYI et al., 1999). A cultura é altamente exigente em água, portanto, as irrigações devem ser frequentes e abundantes, devido a ampla área foliar e à evapotranspiração intensiva, bem como ao sistema radicular delicado e superficial e à elevada capacidade de produção (FILGUEIRA, 2002). 2002). As regas devem ser diárias, porém sem excesso excesso de água (SEDIYAMA et al., 2007). O fornecimento de água, desde a sementeira, deve ser criterioso para evitar perdas ou formação de mudas de baixa qualidade. Excesso de água prejudica o enraizamento, provoca aumento de doenças de solo que causam murchamento ou tombamento das mudas e aumenta a incidência de doenças foliares, pela elevada
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humidade relativa do ar. A falta de água provoca a murcha (que pode ser permanente) e reduz a fotossíntese, causando subdesenvolvimento das mudas (SOUZA et al .,., 2007).
2.10. Pragas e doenças A cultura da alface está sujeita ao ataque de várias doenças e pragas, fazendo com que o produtor normalmente necessite lançar mão do controle químico que, embora garanta uma boa aparência do produto, pode acumular-se como resíduos nas folhas e comprometer a saúde do consumidor. Cerca de 75 doenças transmissíveis, ou seja, causadas por factores bióticos como bactérias, fungos, nematóides e vírus, já foram relatadas em alface no mundo, (EMBRAPA 1998). É importante que se considere que os sintomas de doenças podem variar de acordo com a cultivar e com as condições climáticas locais, muitas vezes necessitando de exames laboratoriais para complementar a diagnose visual. Nesses casos, é necessário consultar um especialista.
Tabela 3:Principais Doenças e Pragas da Cultura da Alface DOENÇAS E PRAGAS Podridão de esclerotínia
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS Alta umidade
Mancha Bacteriana
Alta umidade, temperatura 22º a 26ºC
Míldio
Alta umidade e temperaturas amenas
Queima da saia ou Rizoctoniose
Alta umidade, temperatura 15 a 25ºC, solos mal drenados e contaminados
Septoriose
Alta umidade e temperatura 20 a 25ºC
Mosaico da Alface
Alta temperatura e presença do vector
Nematóide das galhas galhas
Solos arenosos arenosos e alta umidade
Lesmas e caracóis Pulgão
Alta umidade Alta temperatura e baixa pluviosidade
Fonte: (SABREA 2011)
2.11. Colheita A alface deve ser colhida fresca, com folhas tenras e atractivas. Por ser um vegetal altamente perecível e frágil, necessita de ser manipulada com cuidado. O ponto de colheita depende da variedade tipo de alface assim como da época do ano. Geralmente, no verão as plantas de alface são maiores do que aquelas cultivadas em clima frio. Caso haja demora em se fazer a colheita, ocorre alteração no sabor e na textura das alfaces, tornando-as mais amargas e mais rígidas, r ígidas, (EMBRAPA 2014).
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A colheita deve ser feita no momento em que as plantas apresentarem cabeças firmes, bem formadas, folhas tenras e com tamanho normal dependendo da variedade. Geralmente isto ocorre aos 60 a 90 dias após a sementeira. Fazer a colheita sempre nas horas mais frescas do dia; cortar as raízes, eliminando as folhas velhas e danificadas. Lavar com água limpa, retirando as impurezas. A produtividade média da cultura é de 90.000 cabeças ou 25.000 kg por hectare ou a produtividade pode variar entre 20 e 40 t/ha, (CARVALHO et al 2011).
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CAPITULO III: METODOLOGIA 3.
MATERIAS E METODOS
3.1. Localização O estudo foi realizado no Distrito de Angónia, Província de Tete, no Município de Ulónguè, em campus da faculdade de ciências agrarias. O distrito da Angónia está situado no extremo norte-nordeste da Província de Tete, sendo limitado a Norte, Nordeste e Este pelo território do vizinho Malawi, a Sul pelo distrito de Tsangano, e a Noroeste pelo distrito de Macanga Macanga,, (MAE, 2014).
Figura 1: Mapa do Distrito de Angónia Fonte: MAE 2014
3.2. Caracterização da área de estudo O distrito é caracterizado pela predominânc predominância ia de um clima tropical húmido, com a temperatura média anual a rondar entre os 18ºC a 22ºC e humidade relativa de 70%. A precipitação média anual oscila entre 1100 a 1200 mm.. Os solos são do tipo Ferralítico, vermelhos a castanhos-avermelhados, de textura pesada, profundos e moderadamente moderadamen te bem drenados, ligeira e fort fortemente emente lixiviados, contudo apresentam boas capacidadess de retenção de água (MAE, 2014). capacidade
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3.3. Dados meteorológicos do município de Ulónguè durante o ciclo da cultura
Precipitação 250,0 200,0
i a 150,0 D / m m 100,0 50,0 0,0 Medias
Fev
Marc
Abril
Maio
211,5
223,6
53,8
39,9
Figura 2: Precipitação durante o ciclo da cultura Fonte: SDAE (2018)
Temperatura ºC 35 30 25 20 15 10 5 0 Min Max
Fevereiro 17,5 28,5
Março 17,3 28,4
Abril 20,5 31,7
Maio 17,3 28,9
Figura 3: Dados de temperatura durante o ciclo da cultura Fonte: Mozambique Leaf Tabaco (2018)
3.4. Área experimental O experimento foi conduzido no campo experimental da Faculdade de Ciências Agrária de Ulónguè, Angónia. O experimento teve início no dia 29 do mês de Fevereiro do ano 2018. O delineamento experimental utilizado foi de blocos completamente causalizado (DBCC), com três tratamento (testemunha, serradura e plástico de polietileno) e três repetições 3x3 contendo 9 parcelas. parcelas. As parcelas eram constituídas por canteiro de 3m de comprimento e 1,2 m de largura formando uma área de 3,6m 2,
16
espaçada por 0,3x0,3 metros, onde as plantas de alface estavam dispostas em 4 linhas e em cada linha com 10 plantas, totalizando 40 plantas por parcela, em uma área total de 50,6m2.
Tabela 4: Ilustração dos tratamentos do experimento. Tratamento-1
Solos descobertos
Tratamento-2 Tratamento-3
Solo coberto com serradura Solo coberto com plástico preto de polietileno.
Fonte: Autor
3.5. Descrição dos tratamentos Tratamento 1 (sem cobertura Testemunha): As parcelas correspondentes ao tratamento zero, não foram aplicados nenhuma cobertura, isso significa que o solo ficou descoberto durante todo ciclo de produção.
Tratamento 2 (serradura): as parcelas correspondente ao tratamento um foram cobertos com serradura.
Tratamento 3 (plástico preto): as parcelas foram cobertas com um plástico preto de polietileno, onde cortou-se no tamanho maior que das parcelas e furadas de acordo com o espaçamento usado, sendo presa por uma camada de terra nas laterais, para fixa-la ao solo solo e protege-lo con contra tra o vento. 11m 3m 1,2m
T1
T3
T2
T2
T1
T3
T3
T2
T1
1m
0,5m
Figura 4: Croquis experimental Fonte: Autor
17
4,6m
3.6. Escolha e discrição da variedade Diante à importância económica, foi escolhida para o experimento, alfaces do tipo americana. Essa variedade foi escolhida devido a facilidade de acesso de suas sementes pelos produtores e também por suas características de adaptação às condições edafo-climáticas do Distrito. Esta variedade apresenta cabeça com folhas crespa, folhas com nervura salientes e imbricadas, semelhantes ao repolho e apresenta um ciclo de 75 dias a partir da sementeira, sendo 48 a 58 dias a partir do transplante.
3.7. Instalação do viveiro As sementes de hortícolas, de modo geral, são pequenas e exigem cuidados especiais, como solo rico em nutrientes e regas, por isso, a sementeira passou por viveiro para produção de mudas e só depois levou se ao campo definitivo. A sementeira fez-.se em bandejas com o uso de substrato, 50% de solo e 50% de esterco bovino e misturou se, expandido em 242 célula por cada bandeja, colocando duas semente por célula e 7 dias após a germinação fez-se um desbaste deixando uma planta por célula, célula, para evitar a co competição mpetição entre as plantas plantas nas células. células.
3.8. Preparaç Preparação ão do solo O preparo do solo foi realizada no dia 25 de Março de 2018, fez-se f ez-se manualmente baseada de uma lavoura, um destorroamento e nivelamento da área, esta preparação do solo consistiu no revolvimento, destorroamento e nivelamento do solo para que o sistema radicular possa ter um bom desenvolvimento além de permitir um bom maneio da cultura e boa capacidade de infiltração de água. Após esta prática seguiu-se com a construção dos canteiros onde foram alocadas as plantas. As medidas do canteiro foram: 1,20 m de largura e 0,15 m de altura. Esta medida de altura foi adoptada para tornar as condições de drenagem ideais, para evitar uma situação de alta umidade e, consequentemente, ocorrência de doenças.
3.9. Transplante Transplante é a passagem da muda do alfobre para o campo definitivo, podendo ser feito quando as mudas apresentarem folhas e raízes bem desenvolvidas. O transplante fez-se aos 32 dias após a sementeira quando as plantas apresentavam 4 a 5 folhas verdadeira, isso no dia 1 de Abril de 2018. Durante o transplante foram
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seleccionadas mudas mais vigorosa sendo colocada uma planta por cova em todas as parcelas.
3.10. Rega Apos o transplante, iniciou se com a rega no campo definitivo, com o intuito de deixar o solo húmido e para garantir o crescimento adequado das plantas. A cultura é altamente exigente em água, portanto, as irrigações eram frequentes e abundantes, devido a ampla área foliar e à evapotranspiração intensiva, bem como ao sistema radicular delicado e superficial e à elevada capacidade de produção (FILGUEIRA, 2002). As regas devem ser diárias, porém sem excesso de água (SEDIYAMA et al., 2007). Na rega era usado um regador de 10 litros, colocando 3 regadores por parcela, que totalizava 30 litros para cada parcela por dia, quando se aproximava o ciclo da cultura, reduziu se de 3 regadores para 2 regadores por parcela que correspondia a 20 litros.
3.11. Cobertura do solo Para as parcelas cobertas com serradura, a cobertura foi feita após o transplante, enquanto para as parcelas cobertas com o plástico de polietileno, a cobertura foi feita antes do transplante, acompanhado por uma rega e depôs o solo foi coberto, furado com o espaçamento recomendado.
3.12. Controle de infestante No decorrer do processo produtivo, fez-se o controlo de infestante de forma manual onde usou-se enxadas de cabo curto para a remoção das infestantes. Na fase inicial do desenvolvimento da cultura, sendo uma fase de muita competição com infestantes, fez-se duas sachas. Nas parcelas onde foram aplicadas a cobertura não foi necessário fazer a sacha porque o crescimento das infestantes foi inibido pela cobertura, principalmente nas nas parcelas em que que a cobertura era era de plástico ddee polietileno. 3.13.Adubação
Fez-se três adubações, uma de fundo com o NPK, com uma composição química de 23-21-0-4S, e duas de cobertura com Ureia contendo uma concentração de 46% de nitrogénio de uma forma parcelada. Usou se uma tampa de refresco, a razão de 0,8g por planta para todas todas adubações de fundo as assim sim como de cob cobertura. ertura.
19
3.14. Controlo de pragas e doenças Durante todo o ciclo de produção não se constatou nenhum ataque de pragas e com isto não houve necessidade de se fazer controlo. Mas no caso de doenças, houve ataque de Lesões fúngicas, apesar de esta aparecer um pouco antes da colheita, o seu controlo baseou se na redução da água no momento da rega, vuisto que o seu aparecimento poderá ter sido provocado por uma elevada quantidade de água na rega.
3.15. Colheita A colecta dos dados foi feito a 48 dias após o transplante da cultura para o campo definitivo, que significa 80 dias após a sementeira, a colheita foi feita manualmente, isso no dia 18 de Maio de 2018, com ajuda de um pau para poder remover a planta do solo.
3.16. PARÂMETROS AVALIADOS 3.16.1. Parâmetros de crescimento Altura da planta (AP): foi usada uma régua, onde mediu-se desde a superfície do solo até a ápice da folha maior, os resultados foram expresso por cm, usou se 25% como amostra, uma razão de 10 plantas por parcelas.
Número de folhas/planta (NFPP): foi obtido pela contagem das folhas uma a uma num universo de 25% da amostra, a razão de dez plantas por parcela escolhido aleatoriamente.
3.16.2. Parâmetros produtivos Peso médio da cabeça (PMC): Após a colheita das plantas, mediu-se numa Balança electrónica, 25% de amostra a razão de dez plantas escolhidos aleatoriamente em cada parcela, e os resultados r esultados foram expressos em grama (g).
Diâmetro da cabeça (DC): o diâmetro da cabeça foi medido com base uma régua de um lado para o outro, do extremo da abertura da folha de um lado até no fim da abertura da folha do extremo de outro lado, usando uma amostra de 25% que corresponde 10 plantas por parcelas, e os resultados expresso em (cm). ( cm).
Produtividade (PRD): A produtividade resultou da multiplicação de número total de amostra de plantas extraídas em cada parcela e peso médio da cabeça por planta –
PMC (Kg), dividindo por área total de parcelas em estudo e o resultado foi
extrapolado para uma área de um hectare (1ha).
20
=
NTA NT APE × PMC PMCPT × 10000 AREA
3.17. Pacote estatístico A distribuição normal dos dados em cada variável foi submetida a análise de variância pelo pacote estatístico Sta Stattist istii ca call Packa Package gefo forr So Socia ciall Scie Scienc nce e (SPSS versão 23.0 de 2015 para Windows). Para observar a existência ou não de diferenças entre as médias variáveis analisadas. As variáveis dos diferentes tratamentos foram avaliadas mediante a comparação de médias, pelo teste de Tukey a nível de significância de 5% ( = 0.05) de probabilidade sendo que, médias seguidas de mesma letra, não diferiram entre si estatisticamente
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CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO A pós o processamento e análises comparativas dos dados de experimento, pelo teste de Tukey a 5% de nível de significância, permitiu chegar-se a seguintes resultados e sua respectiva discussão, na qual foi dividida em parâmetros de crescimento (Altura da planta, Número de folhas) e parâmetros produtivo (Peso médio da cabeça, Diâmetro da cabeça e Produtividade) da cultura estudada.
4.1. Altura da Planta Tabela 5: Valores médios de AP Tratamentos
Média
T1
16.900 a
T2
17.800 a
T3
18.117 a
C.V
6.572
M. Geral 17.606
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a nível de significância de 5% ( = . ) ). Na análise comparativa das médias do parâmetro altura de planta a tabela 5 mostrou não existir estatisticamente diferença significativa entre os tratamentos, sendo que em termos numérico o T3 teve maior valor com uma média de 18.117 cm e o T1 teve menor valor com 16.900 cm. Quanto a esta variável altura da planta, ela apresentou um desenvolvimento rápido nos primeiros dias ate que chegou a fase de formação da cabeça em que a planta crescia lentamente, isto em todos tratamentos, factores que também pode ter influenciado e pode ser um factor genético e ter feito que esses tratamentos não apresentasse diferenças significativas. Resultados semelhantes foram encontrados por GONSALVES (2002), ao estudar o efeito da cobertura do solo com filme de polietileno colorido no crescimento e no consumo de água da cultura da alface cultivada em estufa, observou que a altura das plantas (AP) nos dois tratamentos não apresentou diferenças estatísticas ao longo do ciclo, sendo que as plantas do tratamento “solo descoberto” foram maiores que as do tratamento “solo coberto” até próximo do fechamento da cultura (25 DAT).
CLAUS et al . (2016) no seu experimento avaliando a altura de planta obteve resultados contraditórios aos encontrados neste experimento. Ele observou que houve interacção significativa entre os factores (cobertura) em todas as avaliações realizadas,
22
destaca-se que aos sete dias após o transplante que a alface-crespa apresentou maior média em relação à americana, sendo que tanto o mulching preto como o branco, foram superiores em relação à testemunha, entretanto, aos 35 dias após o transplante o uso do mulching apresentou influência positivamente para a alface americana, sendo que para a
crespa não houve diferenças estatísticas. Esse sendo o principal factor responsável pelo pendoamento precoce em alface. Os resultados deste trabalho, devem ter sido influenciados pelas condições climáticas encontradas na época em que o ensaio foi conduzido e variedades, visto que a variedade americana Grate lake 659, quanto cresce chega uma fase que a altura e comprometidas e a formação de cabeça como se fosse o repolho. De acordo com SILVA (1999), fazendo sua pesquisa, constatou que a época de plantio influenciou na altura das plantas, sendo que a terceira época do seu estudo, (mês de Dezembro) foi a que mais promoveu altura das plantas e observou-se nesta época a maior temperatura entre as quatro épocas de plantio
4.2. Número de Folhas por Planta Tabela 6:Valores médios de NFP Tratamentos
Média
T1
14.067 a
T2
14.400 a
T3
15.033 a
C.V
6.429
M. Geral 14.5
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a ). nível de significância de 5% ( = . )
No que concerne ao número de folhas por planta, os resultados mostram que estatisticamente não houve diferença significativa entre os tratamentos, mas em termos de valores absoluto nota-se que o tratamento T3 teve maior valor com a média 15,033 folhas e o tratamento T1 teve menor valor com 14,067 folhas. Resultados similares foram encontrados por SANTOS et al .,., (2015), ao estudar influência da cobertura morta na produção da alface verónica, não observou diferença significativa para as variáveis analisadas, onde em valores absolutos ele observou maior número de folhas em tratamento em que a cobertura foi feita com serradura com 32
23
folha por planta e o tratamento descoberto (testemunha) com menor numero 28 folhas por plantas. LIMA (2007) também obteve resultados semelhantes aos encontrados neste experimento ao avaliar o desempenho da cultura da alface (lactuca sativa) cultivada em sistema orgânico de produção, sob diferentes lâminas de irrigação e coberturas do solo, verificou que a análise de variância efectuada não revelou diferença estatística ao nível de 5% de probabilidade para nenhuma das variáveis de produção estudadas (número de folhas, área foliar, massa fresca, diâmetro da cabeça). Resultados obtidos não vão de acordo aos encontrados por CARVALHO et al . (2005) apud SANTOS 2015 que observou diferença significativa entre o tratamento testemunha (sem cobertura morta) com as demais coberturas que foram capim, palha de arroz, palha de café, e serragem e em relação a numero de folha sendo 21 folha/planta na testemunha e demais tratamentos oscilando entre 35 e 40 folhas/planta. Resultados deste trabalho possivelmente podem ter sido influenciados pelas condições climáticas, pois segundo MENDONÇA et al (SD), quando as condições climáticas estarem favoráveis para o desenvolvimento da cultura, ou seja, temperatura amena, humidade relativa alta e ocorrência regular de precipitação, fazem com que as plantas
cresçam de forma uniforme. Também podem ter sidos influenciados pela época de fornecimento da cobertura morta. Estes factores ocorreram durante o ensaio, por isso, mesmo aplicando diferentes coberturas, a quantidade de água no solo permanecia ideal para todos os tratamentos, fazendo com que o desenvolvimento seja uniforme e que os tratamentos não apresentassem estatisticamente diferenças significativas.
4.3. Diâmetro da Cabeça Tabela 7:Valores médios de DC Tratamentos
Média
T1
23.333 a
T2
24.583 a
T3
24.217 a
C.V (%)
5.304
M. Geral 24.044
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatísticamente pelo teste de Tukey a ). nivel de significância de 5% ( = . ) A análise comparativa das médias do parâmetro diâmetro da cabeça, a tabela 7
mostra que não houve diferença significativa entre os tratamentos, contudo, quanto ao
24
24
valor absoluto o T2 teve maior valor com maior com 24.583 cm e o T1 teve o menor valor com 23.333cm. Resultados semelhantes foram encontrados por PAIXAO (2013) estudando cultivo de alface sobre diferentes coberturas de solo em condições tropicais onde não observou diferença estatística significativa independente do tipo de cobertura no diâmetro médio da alface produzida. SANTOS et al ., (2015) ao estudar influência da cobertura morta na produção da alface verónica também encontrou resultados similares aos encontrados neste trabalho onde maior resultado foi encontrado em cobertura feita por serradura com uma média de 46,94 cm e menor resultado no tratamento testemunha sem cobertura onde a média foi de 44,13 cm. Resultados diferentes ao deste trabalho foi encontrado por ROSA (2013), encontrou ao estudar produtividade de alface americana “lucy brown” cultivada
sobre
diferentes coberturas vegetais dessecadas em campo grande em que encontrou diferenças significativas. MÓGOR, CÂMARA (2007) e CARVALHO et al . (2005) estudando o efeito de coberturas vegetais para produção de alface observaram melhores resultados para cultivos em solo com cobertura, os autores destacaram que as coberturas do solo promoveram melhor desenvolvimento da alface De acordo com PAIXAO (2013) a data de sementeira bem como o tipo de cobertura interferem de forma significativa no diâmetro das plantas de alface produzidas. Esses dois factores acima mencionados possivelmente influenciaram também no diâmetro de cabeça neste experimento.
4.4. Peso da cabeça Tabela 8:Valores médios de PC Tratamentos
Média
T1
257.333 a
T2
311.833 a
T3
300.833 a
C.V (%)
18.983
M. Geral 289.999
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a ). nível de significância de 5% ( = . )
Observa-se na Tabela 8, que os dados não apresentaram nenhuma diferença estatística, entretanto em termos matemáticos ou em valores numéricos o maior valor
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foi encontrado no tratamento T2 com uma média de 311.833g e o menor valor no tratamento T1 com uma média de 257.333g. Resultado semelhante foi observado por CARVALHO et al . (2005) que também não verificaram diferença no peso fresco de plantas de alface, variedade Regina 2000, cultivadas sob as coberturas mortas capim, palha de arroz, palha de café e serragem. Resultados diferentes foram observados por TOSTA et al (2010), avaliando de utilização de coberturas de solo no cultivo de alface, constatou que as plantas consideradas como testemunhas (solo descoberto) apresentaram peso total de 352,47 g sendo este o menor resultando, sendo significativamente inferior aos demais tratamentos. Por outro lado, o tratamento com solo coberto com plástico preto foi o que proporcionou o maior peso total na alface (457,08 g). Entretanto, esse resultado foi significativamente igual aos obtidos nos tratamentos com solo coberto com plástico branco (402,56 (402,56 g) e solo cobe coberto rto com palha se seca ca (385,63 g). CLAUS et al (2016) observa resultados diferentes ao deste trabalho, onde A massa fresca total e massa fresca (PC) obtiveram interacção significativa entre os factores, destacando-se a alface tipo americana cultivada com mulchings, que teve um acúmulo de 480 g. De acordo com FRISINA; ESCOBEDO (1999) a cobertura de polietileno retém em torno de 20,4% da radiação solar, havendo assim menores intensidades de irradiações globais e reflectidas. Esta menor radiação sobre a cultura da alface promove produção de folhas maiores, contribuindo para uma maior quantidade de massa por planta (RADIN et al .,., 2004). O mesmo terá acontecido no tratamento T3, onde o solo estava totalmente coberto com plástico de polietileno, fazendo com que houvesse menor quantidade de radiação solar reflectida sobre o solo e as plantam apresentarem folhas maior.
4.5. Produtividades Tabela 9:Valores médios Prod. (t/ha) Tratamentos
Média
T1
4.577 a
T2
5.547 a
T3
5.353 a
C.V (%)
18.984
M. Geral 5.159
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Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a nível de significância de 5% ( = . ) ). No que se refere a análise análise estatística para produtividade a tabela 9: mostra que as diferentes coberturas de solo não influenciaram significativa a esta variável, contudo, o maior valor foi encontrado no T2 com uma média de 5.547 ton/ha e o menor valor médio no tratamento T1 com uma média de 4.577 t/ha. A não existência da diferença de rendimento entre os tratamentos pode ser atribuída à ausência da competição da alface com as plantas invasoras que comprometem a produção. (TOSTA et al., 2010), pois, devido à sua agressividade e desenvolvimento, podem privar a cultura de factores essenciais ao seu desenvolvimento, tais como: água, luz e nutrientes. Resultados semelhantes foram encontrados por SILVA et al (2013) (2013) estudando produção de alface sob diferentes sistemas de cultivo não observou diferença estatisticamente significativa. As médias de produtividade variaram de 18 a 24,35 t/ha com produção entre 204,78 a 276,67 g/planta. FERREIRA et al, (2009) ao avaliarem o desempenho agronómico de variedades de alface nas condições de Rio Branco-AC obteve média de produtividade de 10,2 ton/ha, e produção pr odução de 141,61 g/planta. Resultados diferentes foram encontrados por TOSTA et al (2010) em que na produtividade da alface verificou-se que o tratamento com solo coberto com plástico preto foi também o que proporcionou maior produtividade 42,31 t/ha sendo este resultado significativamente maior do que os obtidos nos demais tratamentos. tr atamentos. Em cultivos que usam cobertura do solo o ganho em produtividade é atribuído ao aumento da absorção de nutrientes devido ao estímulo da actividade radicular a manutenção da humidade em níveis adequados e por reduzir as flutuações de temperatura diária (KOSTERNA et al., 2014) o que pode explicar os maiores rendimentos obtidos também nesse trabalho. Resende et al. (2005), o uso desses materiais, como cobertura, favorece a brotação e o crescimento das plantas por não imobilizar quantidades significativas de nitrogénio devido sua lenta decomposição, além de melhorar as condições de humidade e de temperatura do solo para as plantas, minimizando assim os efeitos causados pelas altas temperaturas, aumentando, consequentemente, consequen temente, a produção. Os resultados deste trabalho podem ter sidos influenciados pela cobertura do solo visto que os melhores resultados para esta variável foram encontrados nos tratamentos com cobertura em termo de valores numéricos.
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4.0 CONCLUSÃO
Aplicação de diferentes coberturas do solo nas variáveis analisadas, vegetativas (altura de planta, número de folhas por plantas) assim produtivas (diâmetro da cabeça, peso da cabeça e Rendimento), estatisticamente não apresentaram diferenças significativas.
Dentre os tratamentos analisados, em termo estatístico nenhuma delas apresentou resultados maiores que outros, validando assim a hipótese nula.
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5. RECOMENDAÇOES
Promover no seio dos produtores a prática do uso da cobertura morta do solo, com matérias de fácil disponibilidade em grandes quantidades com menores custos de aquisição.
Que realize mais estudos semelhantes para que sejam comprovados os benefícios do plástico de polietileno e da serradura como cobertura morta no desenvolvimento e no Rendimento da cultura da alface em cultivo a céu aberto.
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6. REFERENCIAS BILIOGRAFICAS 1. ALMEIDA T.B.F.; PRADO, R.M.; CORREIRA, MAR.; PUGA, A.P.; BARBOSA, 1.C. Avaliação nutricional da alface cultivada em soluções
nutritivas suprimidas de macronutr macronutrientes. ientes. Biotemas , v.24, p.27-36, 2011 2. ARAÚJO, R. C. da.; SOUZA, R. J. de.; SILVA, A. M. da.; ALVARENGA, M. A. R. Efeitos da cobertura morta do solo sobre a cultura do alho ( Allium A llium sa satti vum L.). Ciência e Prática, Lavras, p. 228-233, 228- 233, jul-set. 1993. 3. Araújo, W.F.; Andrade Júnior, A.S.; Medeiros, R.D. & Sampaio, R.A. 2001.
Precipitação pluviométrica provável em Boa Vista, Estado de Roraima, Brasil. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 5(3): 563-567. 4. BORREGO, J V Maroto. Horticultura Herbacea Especial. 4ª edición
revisada y ampliada. Ediciones Mundi-Prensa. Madri, 1995. 611 p. 5. BUZATTI, W. J. de S. Controle de plantas daninhas no sistema plantio direto na palha. In: PAULETTI, V.; SEGANFREDO, R. Plantio directo: atualização tecnológica. São Paulo: Fundação Cargill/Fundação ABC, 1999. p. 97-111 6. CARVALHO K. DOS SANTOS;, alface americana submetida à adubação
nitrogenada e tensões de água no solo em ambiente protegido; Universidade federal de mato grosso. 2013 7. Carvalho, J. E.; Zanella, F.; Mota, J. H.; Lima, A. L. da S. Cobertura morta do solo no cultivo de alface Cv. Regina 2000, em Ji-Paraná/ RO. Ciências e Agrotecnologia, v.29, n.5, p.935-939, 2005. 8. CARVALIIO, S.P.; SILVEIRA, G.S.R. Cultura da alface. 2011. 3p. Disponívelem:
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