Monografia Da Analtina André - 18-10-21 Retificada
February 6, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
Criada pelo Decreto n.º 44-A/01 de 6 de Julho de 2001
Faculdade de Ciências de Saúde
MONOGRAFIA
ANÁLISE DAS TÉCNICAS UTILIZADAS EM FISIOTERAPIA AOS PACIENTES COM ATELECTASIA NO NO HOSPITAL AMÉRICO BOAVIDA NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2019
Autora: Analtina Marcelina Canganjo André Licenciatura: Fisioterapia Orientador: Dr. Manuel José Alexandrina Mateus
Viana, Outubro de 2021
Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola (Criada pelo Decreto n.º 44-A/01 de Julho de2001)
Faculdade de Ciências de Saúde
MONOGRAFIA
ANÁLISE DAS TÉCNICAS UTILIZADAS EM FISIOTERAPIA AOS PACIENTES COM ATELECTASIA NO NO HOSPITAL AMÉRICO BOAVIDA NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2019 Autora: Analtina Marcelina Canganjo André Licenciatura: Fisioterapia
EPÍGRAFE
Deleita-te, também, no Senhor, e
“
Ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará . ”
(Salmos 37: 4-5)
I
DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a mim mesma porque amei a realização r ealização do mesmo, acreditei no meu potencial apesar de todas as dificuldades encontradas, em seguida dedico aos meus pais e irmãos pela motivação motivação e ajuda que me deram. A todos os Profissionais de Saúde e principalmente a todos os Fisioterapeutas.
II
AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço ao Abba Todo – Poderoso pela oportunidade que me concedeu para a realização deste deste trabalho, pois durante durante a realização do mesmo, mesmo, tive momentos difíceis e trabalhoso mas mesmo assim com a força, coragem e determinação foram ultrapassado ultrapassados. s. A posterior agradeço também aos meus pais, Bernice Chilepa Canganjo e José André, por tudo o que eles fizeram e ainda ainda farão por mim, pelo incentivo e pe pela la força por aturar todas as situações que aconteceram durante todo o processo da formação. Aos meus irmãos Edith Canganjo André, Nhanga José Canganjo André e Dário Josias Canganjo André que também tiveram um papel imprescindível em especial à Cristina Francisco e ao meu cunhado Pedro Francisco pois contribuíram muito. Ao meu orientador Dr. Manuel Mateus por me ter dado bases científicas para realizar a presente pesquisa, p esquisa, a todos os Docentes que desde o princípio tiveram um acompanha acompanhamento mento significativo e transmitiram todo o conhecimento, à Coordenação do Curso e a todos os funcionários em geral da UNIPIAGET. Aos meus amigos em espacial à Luísa Baptista, que muito me ajudaram na realização do meu trabalho.
III
DECLARAÇÃO DE AUTOR
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos da Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular do Regulamento de Elaboração do Trabalho de Fim de Curso. O trabalho é original ori ginal excepto onde indicado por referência especial no texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e não representam de modo nenhum quaisquer visões da UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para avaliação noutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras. Mas informo que a norma seguida para a elaboração do trabalho é a Norma APA.
Assinatura: _____________________ __________ _____________________ _____________________ ______________________ ______________________ ___________________ ________
Data: ______ /________ /_______________ /_______________
IV
ABREVIATURAS AVD: Actividade física diária BiPAPs: Pressão positiva contínua nas vias aéreas e dois níveis CI: Capacidade inspiratória CR : Capacidade residual CO2: Dióxido de carbono CV: Capacidade vital CVF: Capacidade vital funcional f uncional CP: Capacidade pulmonar CPAPs: Pressão positiva continua nas vias aéreas CRF: Capacidade residual funcional DPOC: Doença pulmonar obstrutiva crónica ECG: Electrocardiograma FEF: Fluxo expiratório forçado FEO2: Fracções de oxigénio FECO2: Fracções de dióxido de carbono Fr: Frequência respiratória
IAM: Infarto agudo do miocárdio IC: Insuficiências cardíacas IMC: Índice de massa corpórea IT: Índice de tiffeneau LA: Limiar anaeróbico ML: Mililitro O2: Oxigénio PA: Pressão arterial Pcts: Pacientes PEF: Fluxo expiratório máximo instantâneo PeMÁX: Pressão expiratória máxima PiMÁX: Pressão inspiratória máxima SAO2: Saturação de dióxido de carbono SDRA: Síndrome de dificuldade respiratória do adulto TRE: Teste de respiração espontânea V
TMR: Treinamento muscular respiratório UTI: Unidade dos cuidados intensivos VA: Vias aéreas VC: Volume corrente VR. Volume residual VP: Volume pulmonar VRE: Volume de reserva expiratória VRI: Volume de reserva inspiratório VO2: Volume máximo de oxigénio VEF: Volume expiratório forçado
VI
RESUMO Atelectasia não é uma doença, mas uma síndrome que pode ocorrer em várias doenças, e que consiste na falta de aeração e consequente colapso de parte ou totalidade de um pulmão. Realizou-se um estudo retrospectivo (descritivo) com objectivo de analisar os principais factores de riscos, as idades e sexo mais acometidos e o tipo de técnicas utilizadas para o tratamento da atelectasia. Por se tratar de uma complicação pulmonar frequente no pósoperatório e nas cirurgias cardiovasculares, a mesma também pode desencadear uma insuficiência respiratória grave. Como factores de riscos podemos enfactizar o acumulo de secreções, infecções, repouso prolongado no leito e aspiração de corpos estranhos. Quanto a classificação da atelectasia encontramos a atelectasia por absorção, compressão e ausência do surfactante, devido ao impedimento do ar. É de realçar que o fisioterapeuta desempenha um
papel imprescindível no tratamento desta patologia, porém alguns autores e pesquisadore pesquisadores, s, afirmam que o profissional deve estar dotado de conhecimento, experiência e prática para a realização das técnicas, pois o mínimo deslize da parte do fisioterapêuta será catastrófico, o conhecimento aprofundado da anatomia, principalmente da musculatura respiratória pois a mesma desempenham desempenham uma acção fundamental para a recuperação destes pacientes. A realização do estudo foi feita num universo de 60 pacientes, dos quais 30 foram incluídos, usado o critério de exclusão os pacientes com idades inferiores a 5 anos, e o tipo de técnica t écnica menos utilizada. A atelectasia é predominante na faixa etária dos 45-55 anos, e o sexo mais acometido é o masculino. O tratamento centra-se na utilização de inúmeras técnicas da fisioterapia respiratória com objectivo desobstrução das vias áreas. A fisioterapia respiratória desempenha um papel importantíssimo na intervenção destes pacientes, devido as inúmeras técnicas que a mesma oferece tanto nas convencionais como as actuais. As técnicas mais utilizadas foram a cinesioterapia respiratória e a vibromassagem.
Palavras – chave: chave: atelectasia; factores de riscos; fisioterapia; e técnicas.
VII
ABSTRACT Atelectasis is not a disease, but a syndrome that can occur in various diseases, and which e consists of the lack of aeration and consequent consequent collapse of part or all of a lung. A retrospective (descriptive) study was carried out with the aim of analyzing the main risk factors, the most affected ages and sex, and the type of techniques used for the treatment of atelectasis. As it is a frequent pulmonary complication in the postoperative period and in cardiovascular surgeries, it can also trigger severe respiratory failure. As risk factors we can emphasize the accumulation
of secretions, infections, prolonged bed rest and aspiration of foreign bodies. As for the classification of atelectasis, we can emphasize atelectasis by absorption, e compression and absence of the surfactant, due to air impediment. It should be noted that the physiotherapist plays an essential role in the treatment of o f this pathology, but some author e and researchers claim that the professional must be endowed with knowledge, experience and practice to perform the techniques, as the slightest slip on the part the respiratory musculature, as it plays a fundamental role in the recovery of these patients. The study was carried out in a universe of 60 patients, of which 30 were included, using as exclusion criteria patients under the age of 5 years, and the type of technique less used. Atelectasis is predominant in the 45-55 age group, and the most affected sex is i s male. The treatment focuses on tthe he use of numerous techniques of respiratory physiotherapy with the aim of clearing the airways. Respiratory physiotherapy plays an extremely important role in the intervention of these patients, due to the numerous techniques it, both conventional and current. The most used techniques were respiratory kinesiotherapy and vibromassage. vibromassage.
Keywords: atelectasis, risk factors, physiotherapy, and techniques.
VIII
ÍNDICE GERAL EPÍGRAFE ..................... ........................................... ........................................... ........................................... ............................................ ..................................... ...............I DEDICATÓRIA .......................................... ................................................................ ........................................... ........................................... ............................ ...... II
AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTO S ........................................... ................................................................. ........................................... ..................................... ................ III DECLARAÇÃO DE AUTOR ......................................................... ............................................................................... .................................. ............ IIV V ABREVIATURAS........................................... ................................................................ .......................................... ........................................... ......................... ... V RESUMO .................... .......................................... ........................................... ........................................... ............................................ .................................... .............. VII ABSTRACT.......................................... ............................................................... ........................................... ............................................ ............................... ......... VIII ÍNDICE GERAL................................... ........................................................ ........................................... ............................................ .................................. ............IX ÍNDICE DE TABELAS ...... ........................... ........................................... ............................................ ........................................... .............................. ......... XI ÍNDICE DE GRÁFICOS ....... ............................. ............................................ ............................................ ........................................... ........................ ... XII ÍNDICE DE FIGURAS.............. FIGURAS.................................... ........................................... ........................................... .......................................... .................... XIII INTRODUÇÃO ........................................... ................................................................. ........................................... ........................................... ............................. ....... 1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ........................... ................................................ ........................................... ................................. ........... 2 OBJECTIVOS DO ESTUDO ............................................ .................................................................. ........................................... ............................ ....... 2 Objectivo geral: ........................................... ................................................................. ........................................... ........................................... ............................. ....... 2 Objectivos específicos:........................................... ................................................................. ........................................... ....................................... .................. 2 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ............................................................. ................................................................................... ............................. ....... 2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ............................................................. ................................................................................... ............................. ....... 2 DEFINIÇÃO DE CONCEITOS .................................... ......................................................... ........................................... ................................. ........... 3 CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO – CIENTÍFICA .................... .................................. .............. 4 1.1.
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ..................... ........................................... ................................. ........... 5
1.1.1 Estrutura Muscular .......................................... ................................................................. ............................................ ................................... .............. 7 1.1.2 Mecânica Respiratória Respiratória .................................... .......................................................... ............................................ .................................. ............ 11 1.2.
ATELECTASIA .................... .......................................... ........................................... ........................................... ...................................... ................ 17
1.2.1 Classificação Classificação .............................. ................................................... ............................................ ............................................ ................................. ............ 19 1.2.2 Factores de Riscos ............................ .................................................. ............................................ ........................................... .......................... ..... 22 1.2.3 Sinais e Sintomas ................... ......................................... ........................................... ........................................... ...................................... ................ 22 1.2.4 Diagnóstico ........................................... ................................................................ .......................................... ........................................... .......................... 23 1.2.5 Exame Físico ......................................... .............................................................. ........................................... ........................................... ......................... 24 1.2.6 Padrão Respiratório......................................... ............................................................... ............................................ .................................. ............ 26 1.2.7 Tipos de Respiração........................................ .............................................................. ............................................ .................................. ............ 27 IX
1.2.8 Exames Complementares........................................... ................................................................. ........................................... ......................... 29
1.2.9 Tratamento ........................................ .............................................................. ........................................... ........................................... ........................... ..... 35 1.2.10 Tratamento Farmacológico ..................................... .......................................................... ........................................... ........................... ..... 36 1.2.11 Fisioterapia respiratória .......................................... ............................................................... ........................................... ........................... ..... 36 1.2.12 Tratamento Fisioterapêutico .............................. .................................................... ............................................ ............................... ......... 38 CAPÍTULO II – OPÇÕES METODOLÓGICAS METODOLÓGICAS DO ESTUDO ...................................... ...................................... 46 2.1. MODELO DE INVESTIGAÇÃO .................. ......................................... ............................................ ................................. ............ 47 2.2.
VARIÁVEIS ................... ......................................... ........................................... ........................................... ........................................... ......................... 47
2.3.
POPULAÇÃO ......................................... ............................................................... ............................................ ......................................... ................... 47
2.4.
AMOSTRAS......................................... .............................................................. ........................................... ........................................... ......................... 47
2.5.
CRITÉRIO DE INCLUSÃO ......................................... .............................................................. ......................................... .................... 47
2.6.
CRITÉRIOS ÉTICOS ......................................... .............................................................. ........................................... ............................... ......... 47
2.7.
INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO............................................ ............................................................... ................... 48
2.8. PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO ........................... ........................... 48 CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS..... 49 3.1.
APRESENTAÇÃO DOS DADOS ........................................... ................................................................ .............................. ......... 50
3.2.
ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS .................... .......................................... ...................................... ................ 53
CONCLUSÕES ..................... ........................................... ............................................ ........................................... ........................................... ........................... ..... 54 RECOMENDAÇÕES .................... ......................................... ........................................... ............................................ ......................................... ................... 55 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................... BIBLIOGRÁFICAS.................................................... ........................................... ........................... ..... 56 ANEXOS .......................................... ............................................................... ........................................... ............................................ ...................................... ................ 57 Anexo A: TABELA MATRIZ ........................................... ................................................................. ........................................... .......................... ..... 58 Anexo B: PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO DA PESQUISA ........................................ ............................................. ..... 59 Anexo C: AUTORIZAÇÃO DA PESQUISA DE CAMPO ................... ......................................... ........................... ..... 60
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ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Distribuição quanto a idade e sexo, dos doentes com atelectasia, internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida no II semestre de 2019 ........ 50 Tabela 2: Distribuição dos doentes com atelectasia atelectasia quanto à faixa etária e os factores de risco observados nos internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida ........................................ .................. ............................................ ........................................... ........................................... ........................................... ......................................... .................... 51
Tabela 3: Distribuição das técnicas de fisioterapia aplicadas aos doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida com atelectasia ............................. .................................. ..... 52
XI
ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1: Distribuição quanto a idade e sexo, dos doentes com atelectasia, internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida no II semestre de 2019 ........ 50 Gráfico 2: Distribuição dos doentes com atelectasia quanto à faixa etária e os factores de risco observados nos internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida ........................................ .................. ............................................ ........................................... ........................................... ........................................... ......................................... .................... 51
Gráfico 3: Distribuição das técnicas de fisioterapia aplicadas aos doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida com atelectasia .................. ...................... 52
XII
ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Constituição do sistema respiratório.......................................... ............................................................... ................................ ........... 5 Figura 2: Músculos responsáveis pela respiração ............................................ .................................................................. ......................... ... 8 Figura 3: Movimentos respiratórios (inspiração e expiração)........................................ ................................................. ......... 13 Figura 4: Volumes e capacidades capacidades pulmonares .......................................... ............................................................... .............................. ......... 17 Figura 5: Atelectasia pulmonar ........................................... ................................................................. ........................................... .............................. ......... 19
XIII
INTRODUÇÃO A abordagem fisioterapêutica em pacientes com atelectasia é centralizada na utilização de inúmeros recursos e técnicas para a melhoria do quadro clínico do paciente. A Fisioterapia respiratória dispõe de várias técnicas e recursos para o tratamento das complicações e sequelas, seja no pré e pós-operatório, pois a mesma utiliza a cinesioterapia cardiorrespiratória, estimulação da tosse, aspiração, fortalecimento muscular, mobilização global, vibrocompressão, exercícios com pressão positiva, de modo a prevenir e tratar os distúrbios decorrentes de uma determinada afecção. Segundo Presto (2011), a fisioterapia respiratória actua nos distúrbios respiratórios, ou em patologias que levam a esses distúrbios. Ela busca b usca optimizar a função respiratória r espiratória levando a melhora da ventilação e da oxigenação. Para ter capacidade de identificar tais distúrbios, o profissional fisioterapeuta deve ter um conhecimento global do funcionamento do sistema respiratório, bem como realizar uma boa avaliação para detectar quais são as disfunções o paciente apresenta. apresenta. A Fisioterapia respiratória é composta de uma grande variedade de técnicas que são capazes de influenciar a mecânica respiratória, em especial a bomba ventilatória. Dentre elas, destacam-se os exercícios respiratórios cujo objectivo é modificar o grau de participação dos músculos respiratórios a fim de influenciar a ventilação pulmonar.
Segundo Moreira (2013), a atelectasia não é uma doença, mas uma síndrome que pode ocorrer em várias doenças e que consiste na falta de aeração e consequente colapso de parte ou da totalidade de um pulmão, devido a um bloqueio dos brônquios ou bronquíolos. Além do prejuízo respiratório, também ocorrem diminuição da oxigenação e outros distúrbios cardiovasculares. O presente trabalho procura estudar as variadas técnicas que são utilizadas em fisioterapia nos pacientes com atelectasia, a fim de poder demostrar a eficácia das mesmas. Vamos procurar também entender os factores de riscos e as idades e sexo mais acometidos. 1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA Quais são as técnicas mais utilizadas aos pacientes com Atelectasia na Unidade dos Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida ?
OBJECTIVOS DO ESTUDO Objectivo geral: Analisar as técnicas utilizadas nos pacientes com Atelectasia no Hospital Américo Boavida no II Trimestre de 2019.
Objectivos específicos: 1) Caracterizar a amostra segundo o sexo e a idade; 2) Descrever os factores de riscos que ocasiona a Atelectasia; 3) Citar as técnicas utilizadas em fisioterapia em pacientes com Atelectasia.
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO Este estudo é de grande importância, porque o mesmo abordará acerca de uma complicação pulmonar que tem causado muitas mortes a nível mundial e não só. Trata-se de uma patologia já existente, porém, apesar dos avanços tecnológicos que tem acontecido no
âmbito da saúde, ainda nota se a carência de meios, principalmente na área da fisioterapia, visto que ainda é considerada um ramo muito recente e não lhe é atribuída alguns créditos, méritos ou reconhecimentos, reconhecimentos, é com base nesta realidade que o presente estudo vai demostrar a eficácia que as técnicas utilizadas em fisioterapia desempenham nos pacientes com atelectasia.
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO O presente estudo foi realizado no Hospital Américo Boavida, também chamado de Hospital Universitário de Luanda, é um hospital terciário localizado no Distrito Urbano do Rangel, na Cidade de Luanda capital de Angola.
2
DEFINIÇÃO DE CONCEITOS Atelectasia: «consiste
no colapso de um segmento, lobo ou todo o pulmão,
ocasionando uma diminuição do volume pulmonar e alterações na relação ventilação-perfusão que levam a shunt pulmonar». ( Campanholi, Campanholi, 2018, p. 2).
Pulmões: «são órgãos leves, esponjosos e bastante elásticos. Cada um deles tem um ápice, extremidade superior e uma base, a porção inferior que tem relação com a cúpula diagramática». ( Nogueira, 2018, p. 19).
Fisioterapia:
«é
um processo terapêutico baseado nos conhecimentos e recursos
próprios da disciplina utilizado utiliz ado com base nas condições psicofisicossociais, psicofi sicossociais, cujos objectivos são promover, aperfeiçoar ou adaptar o indivíduo visando a melhoria de qualidade de vida ».
(Vieira, 2012, p. 102).
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CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO – CIENTÍFICA CIENTÍFICA
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1.1. ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório é formado pelas vias aéreas e pulmões, que fornecem oxigénio ao sangue para a respiração celular e eliminam dióxido de carbono dele. Zona de condução: se estende da entrada da cavidade nasal até os menores bronquíolos dos pulmões, ou seja, é formada por órgãos tubulares (nariz, laringe, faringe, traqueia e brônquios) que levam o ar inspirado até a porção respiratória e conduzem o ar expirado para eliminar o dióxido de carbono. Zona de respiração: dos bronquíolos respiratórios aos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas. Os bronquíolos respiratórios também podem ser considerados como zona de transição, pois além do papel de condução, já apresentam em suas paredes membranas respiratórias capazes de trocas gasosas. (Nogueira, 2018, p. 9).
O sistema respiratório é formado pelas vias aéreas e pulmões, a árvore traqueobrônquica engloba todas as VA a partir da traqueia, considerando-se uma divisão funcional, e esta pode
ser dividida numa porção condutora se estende da entrada da cavidade nasal até os bronquíolos dos pulmões, e a porção respiratória se estende dos bronquíolos respiratórios aos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas. Figura 1: Constituição do sistema respiratório
Fonte: Anatomia Humana (2014, p. 673).
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Pulmões e Pleuras: Cada pulmão é revestido por um saco pleural formado por duas membranas, a pleura parietal, externamente, e a visceral, internamente, que na verdade constitui um reflexo da primeira. O espaço entre elas é chamado de cavidade pleural, na qual a pressão é negativa, e contém cont ém pequena quantidade de líquido pleural, responsável por lubrificar as superfícies da cavidade. A pleura visceral está aderida ao pulmão e a todas as suas superfícies, enquanto a pleura parietal se adere à parede torácica, revestindo a cavidade pulmonar. Há diferença diferença também na inervação: enquanto a pleura visceral rrecebe ecebe inervação visceral, por meio do nervo frénico, a pleura parietal recebe inervação somática, por meio dos nervos intercostais, subcostal e toracoabdominais. Isso reflecte na diferença da representação da dor, uma vez que a pleura parietal apresentaria dor localizada e profunda,
enquanto visceral apresentaria dor difusa e frequentemente irradiada e referida. (Nogueira,a2018, p. 16).
Os pulmões são revestidos por um saco pleural que é revestido por duas membranas a pleura parietal (que está ligada a parede torácica) e a pleura visceral (que está ligada ao pulmão), e entre as duas pleuras encontra-se a cavidade pleural, e dentro da cavidade pleural circula o líquido pleural. A pleura visceral é inervada pelo nervo frénico enquanto que a pleura parietal a inervação é somática (nervos intercostais, subcostal e toracoabdominais) o que causa uma diferença na representação da dor. Um importante marco anatómico no que se refere às pleuras é o recesso costofrênico (ou costodiafragmático), localizado na região inferior do espaço intrapleural; por ser o espaço mais inferior, é comum que líquidos, muco e substâncias mais viscosas acumulem-se acumulem -se nesse recesso, principalmente com o paciente em posição ortostática, o que é de relevância para inserção de drenos. Os pulmões são órgãos leves, esponjosos e bastante elásticos. Cada um tem um ápice, a extremidade superior, e uma base, a porção inferior que tem relação com a cúpula diafragmática. Possuem também três faces (costal, mediastinal e diafragmática), que dão nome também às três faces da pleura parietal, e três margens (anterior, inferior e posterior). Nas superfícies, sobretudo na diafragmática, são encontradas impressões pelas estruturas adjacentes a eles, como o esófago coração e os grandes vasos. (Nogueira, 2018, p. 17).
Entre as pleuras encontramos o recesso costofrénico que é o espaço mais inferior e que é muito frequente o acúmulo de líquidos e outras substâncias, principalmente quando o paciente se encontra em posição ortostática. Os pulmões são órgãos leves e esponjosos que possuem um ápice e uma base, possuem três faces e três margens. E na superfície diafragmática são encontrados grandes grandes vasos e órgãos como o coração e o esófago. Há, ainda, um ponto anatómico importante chamado de hilo pulmonar, que é a área na qual entram e saem as estruturas que formam as raízes dos pulmões, ou seja, os brônquios principais, as artérias pulmonares e as veias pulmonares. O pulmão direito apresenta a presenta duas fissuras (oblíqua e horizontal) que o divide em três lobos (superior, médio e inferior). Cada lobo se divide em segmentos broncopulmonares (separados entre si por tecido conectivo), que correspondem a uma área de distribuição de um brônquio. Ou seja, a ramificação da árvore brônquica se dá de forma que os brônquios segmentares recebem os mesmos nomes dos segmentos broncopulmonares, lobo superior: segmento apical, posterior e anterior, lobo médio: segmentos medial e lateral, lobo inferior: segmentos superiores, basilar
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anterior, basilar posterior, basilar medial e basilar lateral Já o pulmão esquerdo possui somente uma fissura, chamada de oblíqua, sendo divido em lobos superior e inferior. Os lobos também se dividem em segmentos broncopulmonares, porém de diferente maneira: lobo superior: segmentos apicais, posterior, anterior, lingular superior e lingular inferior.
Lobo inferior: segmentos superiores, basilar anterior, basilar posterior, basilar medial e basilar lateral. (Nogueira, 2018, p. 17). 17).
O hilo pulmonar é formado pelas artérias e veias pulmonares. A diferença existente entre o pulmão direito e o esquerdo é que os pulmões direitos possuem três lobos superior, médio e inferior e duas fissuras oblíqua e horizontal. E cada lobo vai ser dividido em segmentos broncopulmonares broncopulmona res de acordo com a distribuição do brônquio. O pulmão esquerdo possui dois lobos, superior e inferior e uma fissura oblíqua, e também se dividem em segmentos broncopulmonares. broncopulmona res.
1.1.1 Estrutura Muscular Segundo Nogueira (2018), grande parte dos músculos do tórax está associada, directa ou indirectamente, ao processo de respiração. Para tal, é necessários que tenham inserção na caixa torácica, quer intrinsecamente, no espaço limitado pela parede torácica, quer extrinsecamente, unindo os ossos do tórax aos de outras regiões do membro superior ou do pescoço. A caixa torácica representa um elemento fundamental no processo da rrespiração. espiração. Porque é nela aonde vamos encontrar inseridos grande parte dos músculos intrínsecos e extrínsecos que participam no processo processo de res respiração. piração. Didacticamente, nessa região podem ser destacadas três camadas musculares: externa, média e interna. Todos esses músculos são inervados pelos nervos intercostais e toracoabdominais correspondentes. A camada externa é constituída pelos músculos intercostais externos, que se estendem desde o tubérculo posterior das costelas, até a junção costocondral anterior, onde as fibras musculares dão espaço à membrana intercostal externa. Suas fibras fixam-se superiormente na borda inferior da costela acima e inferiormente na borda superior da costela abaixo, dispondo-se então ínferoanteriormente.Sua função está intimamente ligada à inspiração, pois é responsável pelo tônus do espaço intercostal e pela elevação das costelas durante a entrada de ar forçada. Ainda na camada externa, podem ser incluídos os músculos levantadores das costelas, que, entretanto, serão descritos mais adiante, por fazerem parte dos músculos acessórios da respiração, uma vez que não revelam função respiratória significante (Nogueira, 2018, p. 19).
Os músculos intrínsecos inseridos na parede torácica possuem três camadas, camadas musculares externa, média e interna e o nervo responsável pela esta inervação são os nervos 7
intercostais e toracoabdominais. A camada externa é constituída pelos músculos intercostais externos. Tem como função a realização da inspiração responsável pelo tónus do espaço intercostal. Figura 2: Músculos responsáveis pela respiração
Fonte: Netter (2015, p. 186).
Já os músculos intercostais internos compõem a camada média e têm papel primordial na expiração, pois, além do tônus no espaço intercostal, realizam o abaixamento das costelas durante a expiração forçada. Isso decorre da disposição ínfero-posterior de suas fibras, que se inserem na região inferior da costela acima e na borda superior da costela abaixo, posicionando-se perpendicularmente com as fibras dos músculos intercostais externos. Fixados nos corpos das costelas e nas suas cartilagens costais, os músculos se estendem desde o osso esterno, anteriormente, até os ângulos das costelas, onde começam a ser substituídos pelas membranas intercostais internas. Saliente-se que a porção intercondral desses músculos, nos espaços superiores, não tem função expiratória, mas inspiratória, pois provavelmente actuam na elevação das costelas. costelas. (Nogueira, 2018, pp. 19 – 20). 20).
Os músculos intercostais internos formam a camada média, os mesmos são responsáveis pelo abaixamento das costelas durante a expiração forçada. As fibras destes músculos estão inseridas na região inferior e superior de cada costela, estão fixados nos corpos das costelas e nas suas cartilagens costais. Estes músculos desempenham desempenham um papel fundamental na realização da expiração. Existe ainda uma controvérsia no que se refere a função que a porção intercondral desse músculo realiza nos espaços superiores, uns afirmam que têm função expiratória, porém outros inspiratórios. 8
Segundo Nogueira (2018), a camada interna abrange três músculos: os intercostais íntimos, os subcostais e o transverso do tórax. Os músculos intercostais íntimos são muito semelhantes aos músculos intercostais internos, pois são separados apenas pelos vasos e nervos intercostais. Fixam-se na superfície interna das costelas e estão posicionados na região mais lateral do espaço intercostal. A função deles ainda não foi determinada, mas é muito provável que seja semelhante à dos músculos intercostais internos, visto que podem ser considerados parte deles. Faz-se relevante destacar que, actuando em conjunto, os músculos intercostais actuem mantendo a tensão entre as costelas, estabilizando-as e evitando abaulamentos decorrentes do aumento da pressão intratorácica.A camada interna é formada por três grupos musculares, os intercostais íntimos, os subcostais e o transverso do tórax. Existe uma ligação entre o músculo intercostais íntimo e intercostais internos, porém a função deles ainda não foi determinada. Os mesmos são separados apenas pelos vasos e nervos intercostais. Os músculos subcostais estão localizados na região posterior da parede torácica, fixandose na superfície interna do ângulo de uma costela e na superfície interna da segunda ou terceira costela depois, ultrapassando um ou dois espaços intercostais, na mesma posição de fibras do músculo intercostal interno - ínfero-posterior, fundindo-se a eles. Por isso acreditam que esses dois músculos exerçam a mesma função. Os subcostais apresentam-se em diferentes formatos e tamanhos e estão mais presentes na parte inferior da parede torácica. Os músculos transversos do tórax, assim como os músculos subcostais, têm formatos de tiras, mas encontram-se na porção anterior da parede torácica, dispostos supero-lateralmente. A fixação superior é na parte posterior do processo xifoide do esterno e nas cartilagens costais adjacentes enquanto a inferior é na 2ª à 6ª cartilagem costais. Suas funções não foram comprovadas, mas possivelmente relacionam-se à expiração (de forma insignificante) e à propriocepção. (Nogueira, 2018, p. 20).
Os músculos subcostais localizam-se na região posterior da parede torácica, existe também uma relação entre o músculo subcostais e o transverso do tórax, pois os mesmos possuem o mesmo mesmo formato de tiras. No que diz respeito respeito a função que cada músculo exerce ainda não foram comprovadas, mais acredita-se que ambos participam na expiração de forma insignificante e na propriocepção.
Músculos Acessórios da Respiração Segundo Nogueira (2018), são músculos localizados na região do tórax que, devido à disposição de suas inserções, têm funções relacionadas à respiração, porém insignificantes, secundárias ou não esclarecidas, actuando, muitas vezes, prioritariamente em outros movimentos. O músculo peitoral maior e o músculo peitoral menor localizam-se na região anterior do dorso e têm inserções, respectivamente, na face anterior do esterno e nas seis
cartilagens costais superiores e na 3ª à 5ª costela. Por isso, participam do movimento de 9
elevação das costelas para expandir a cavidade torácica durante a inspiração forçada. O músculo serrátil anterior também pode exercer essa função, devido a sua inserção na face externa das partes laterais da da 1ª à 8ª costela. Músculos acessórios da respiração são músculos localizados na região do tórax, quanto a função que estes exercem ainda não é bem definida, pois os mesmos participam da respiração com uma acção insignificante e participam em outros movimentos. O músculo peitoral maior e peitoral menor localizam-se na região anterior do dorso, têm como função a realização da elevação das costelas para expandir a cavidade torácica durante a inspiração forçada. O músculo serrátil anterior também tem a mesma função que os dois músculos possuem, tudo isso devido a sua inserção. Posteriormente, os músculos escalenos do pescoço fixam a 1ª e 2ª costela, permitindo maior eficácia na elevação das costelas inferiores durante a inspiração forçada, ainda que sua acção seja considerada desimportante nesse quesito. Os músculos levantadores das costelas têm papel incerto na respiração, mas acredita-se que ele auxilie no movimento vertebral e na inspiração forçada. Além disso, percebe-se que, quanto mais forçada a inspiração, mais activos ficam os músculos esternocleidomastóideos esternocleidomastóideos e os músculos extensores da coluna sobretudo no término dessa etapa, indicando seus papéis nessa acção, embora insignificantes. A expiração, como será comentado, é, muitas vezes, passiva, decorrente do relaxamento do músculo diafragma e da elasticidade dos pulmões. Actuam, entretanto, sobretudo na expiração vigorosa, como na tosse, vómito ou esforço exagerado, os músculos abdominais externos, que contemplam principalmente os músculos oblíquo externo, oblíquo interno, transverso e recto abdominal. O diafragma é o principal órgão da respiração, pois, ao contrair, aumenta o espaço na cavidade torácica e diminui a pressão intratorácica, permitindo que os pulmões se encham de ar inspirado. E, ainda que a expiração seja amplamente passiva, é o relaxamento do músculo diafragma, voltando à posição inicial, o responsável por expulsar o ar dos pulmões, por meio de diferenças de pressões. O músculo auxilia também na circulação, pois, o aumento da ppressão ressão abdominal e a diminuição da pressão torácica facilitam o retorno venoso; a contracção força o sangue da veia cava inferior i nferior superiormente para o coração. O
músculo diafragma é uma divisória musculotendínea, inervada pelo nervo frénico, que limita o assoalho do tórax em sua face convexa e o teto do abdómen na face côncava. Toda sua periferia está fixada à margem inferior da caixa torácica e às vértebras lombares superiores; portanto, apenas seu centro se movimenta durante a respiração. (Nogueira, 2018, p. 22).
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O diafragma é o principal órgão da respiração, é responsável por expulsar o ar dos pulmões por meio de diferenças de pressões. Ainda que estivermos presente diante de uma expiração forçada o músculo diafragma é que proporciona o relaxamento. O músculo também auxilia na circulação. O músculo possui uma divisória musculotendinea, inervada pelo nervo frénico. Segundo Nogueira (2018), a sua inserção é no próprio centro tendíneo do diafragma, que não tem fixações ósseas. O músculo tem formato de dupla cúpula, sendo a cúpula direita maior do que a esquerda, o pericárdio encontra-se acima da região central do diafragma deprimindo-o. O nível das cúpulas vária de acordo com a fase da respiração (inspiração e expiração), a postura (decúbito dorsal, decúbito decúbito ventral, etc.) e o tamanho e o grau de distensão das vísceras abdominais. A inserção do músculo diafragma é no próprio centro tendíneo que não tem fixações ósseas. O músculo tem a forma de dupla cúpula, sendo que existe uma diferença entre elas, a direita é maior do que a esquerda. O nível em que as cúpulas estão fixas vai permitir que haja variação na fase inspiratória e expiratória. É inervado pelo nervo frénico e recebe irrigação das artérias pericardiofrênica, musculofrênica frénica superior edeinferior. A parte diafragma ser dividida em três epartes, dependendo sua fixação: Partemuscular esternal: do anterior, fixadapode na parte posterior do processo xifóide do osso esterno, mas nem sempre está presente. Parte costal: mais extensa, posiciona-se nas laterais do músculo, fixa-se às faces internas das seis cartilagens costais inferiores e nas respectivas costelas. Parte lombar: tem origem nas vértebras L1, L2 e L4 e nos ligamentos arqueados. Constitui os pilares direito e esquerdo do Diafragma. (Nogueira, 2018, pp. 22 – 23). 23).
Para além do nervo frénico o diafragma também recebe irrigação das artérias musculofrenica, frénicas e pericardiofrénica. A parte muscular está dividida em três partes,
parte esternal, parte costal e parte lombar.
1.1.2 Mecânica Respiratória Os pulmões contam com dois tipos de movimentos musculares para que inspiração e expiração ocorram normalmente, são eles: contracção e relaxamento do músculo diafragma, que comprime e “estica” os pulmões, e elevação e rebaixamento de costelas e do esterno, que aumenta e diminui o diâmetro ântero-posterior da caixa torácica. O mais importante dentre esses movimentos é o que é realizado pelo diafragma (Nogueira, 2018, p. 27).
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Os pulmões para que a inspiração e expiração ocorram normalmente devemos contar com a contracção e relaxamento do músculo diafragma, elevação e rebaixamento das costelas do esterno. É de salientar que estes movimentos musculares são realizados pelo principal músculo da respiração o diafragma. Segundo Nogueira (2018), na inspiração, o diafragma se contrai, puxando a base do pulmão para baixo e, assim, auxiliando na criação de um gradiente de pressão que favorece a entrada de ar. Na expiração, o diafragma relaxa, e o pulmão, muito por causa da sua elasticidade, se retrai e o ar é expelido. Já o movimento de elevação e rebaixamento da caixa torácica é realizado, respectivamente, pelos músculos intercostais internos e externos e por outros músculos auxiliares. Na inspiração, as costelas e o esterno que ficam de certa forma comprimindo o pulmão são trazidos para cima, aumentando em cerca de 20% o diâmetro ântero posterior da caixa torácica. torácica. Esse movimento movimento é feito principalmente pelos pelos intercostais externos, externos, que se contraem e puxam as costelas para cima, que, por conseguinte, puxam o esterno para frente, fazendo um movimento de alavanca. A inspiração também é auxiliada pelos músculos esternocleidomastóideos, que ajudam a elevar o esterno; pelos serráteis anteriores, que elevam muitas costelas e pelos escalenos, que elevam as duas primeiras costelas. Com isso, os pulmões têm um espaço significativamente maior para se expandirem. Na expiração, acontece exactamente o oposto: a caixa torácica. Segundo Nogueira (2018), na expiração, acontece exactamente o oposto: a caixa
torácica é puxada para baixo (o movimento de alavanca acontece deforma invertida, e o esterno é trazido para trás), realiza uma pequena compressão nos pulmões, ajudando-os a expelir o ar. Participam do movimento de expiração principalmente os músculos intercostais internos, que puxam as costelas costelas para trás. trás. Além disso, em em situações de respiração forçada, forçada, como durante durante um grande esforço físico, o mecanismo supra explicado recebe a ajuda de músculos abdominais (principalmente do recto abdominal), que auxiliam na compressão do diafragma, ajudando na expiração.
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Figura 3: Movimentos respiratórios (inspiração e expiração)
Fonte: Guyton Y Hall (2016, p. 1212).
Pressões: Os pulmões são estruturas elásticas que colapsam, por causa da sua elasticidade, e expelem o ar. Além disso, os pulmões não estão presos à caixa torácica, eles ficam “flutuando” nela, por causa do saco pleural que fica ao redor do pulmão. Assim, eles
precisam de forças ou pressões que façam com que eles se insuflem e que também não permitam o colapso total. Desse modo, existem três tipos de pressões que actuam na mecânica respiratória: pleural, transpulmonar e alveolar. A pressão pleural é originada pela drenagem constante do líquido pleural, que cria uma pressão negativa responsável por impedir o colapso pulmonar. Em um pulmão em repouso, a pressão pleural é cerca de -5 centímetros de água, deixando o pulmão com co m o chamado volume de repouso. Na inspiração, a pressão pleural tende a ficar ainda mais negativa, por causa da extensão da caixa torácica que puxa a pleura parietal, para que o pulmão seja esticado, e possa entrar uma quantidade significativa de ar. Assim, na inspiração, i nspiração, a pressão pleural fica em torno de -7,5 centímetros de água (Nogueira, 2018, p. 25).
As pressões são as alterações que acontecem na dinâmica dos pulmões, existem três tipos de pressões mecânica respiratória, pleural, transpleural e alveolar. A pressão pleural é originada pela drenagem constante do líquido pleural que vai criar uma pressão negativa que será responsável pelo colapso total. Segundo Nogueira (2018), na expiração, acontece o contrário, a pressão pleural fica menos negativa do que a pressão de repouso, o pulmão se “encolhe”, e o ar é expelido. A pressão
alveolar é a pressão que permite o influxo e a saída de ar dos pulmões. Quando não há fluxo 13
entre a atmosfera e os pulmões (incluindo toda a árvore brônquica), a pressão alveolar é zero (todos esses valores de pressão são calculados como o zero sendo a pressão atmosférica). Na inspiração, a pressão alveolar fica negativa, ou seja, fica menor do que a pressão atmosférica, permitindo a entrada entrada de ar nos pulmões pulmões por diferença diferença de pressão. pressão. Na expiração a pressão pleural é negativa em relação a pressão de repouso verifica-se uma redução no pulmão e o ar é expulso. A pressão alveolar tem a função de permitir o influxo e a saída de ar dos pulmões. Quando não há fluxo entre a atmosfera e os pulmões a pressão alveolar é zero. Nesse momento a pressão nos alvéolos fica em torno de -1 centímetro de água. Na expiração, a pressão alveolar fica positiva (em torno de +1), permitindo que o ar também saia por diferença de pressão. Em um ciclo respiratório normal, durante a inspiração entra cerca de 0,5 litros de ar nos pulmões durante aproximadamente 1 segundo, e durante a expiração esses mesmos 0,5 litros de ar são expelidos durante cerca de 2 a 3 segundos. Para facilitar a compreensão, pode-se lembrar dos princípios da física, que dizem que um gás se movimenta por diferença de pressão, assim o ar vai sempre se movimentar para uma área de menor pressão. A pressão transpulmonar é a diferença entre a pressão alveolar e pleural. pl eural.
Ela quantifica exactamente a força de contracção c ontracção elástica dos pulmões que tende a colapsálos, durante todo o ciclo respiratório (Nogueira, 2018, pp. 28 – 29). 29).
Na expiração a pressão alveolar é positiva e permite que o ar também saia devido a diferença de pressões. A pressão transpulmonar transpulmonar é a diferença entre a pressão alveolar e pleural, a mesma quantifica com exactidão a força de contracção elástica dos pulmões para evitar o colapso durante o ciclo respiratório. Segundo Nogueira (2018), complacência é a característica que o pulmão tem de se expandir, mesmo diante da força da pressão transpulmonar. A cada 1cm de água que a pressão transpulmonar aumenta, os pulmões aumentam cerca de 200 mililitros. Elasticidade é a característica pulmonar que faz com que o pulmão “queira” sempre se retrair, afinal se não
existissem as forças que “abrem” o pulmão, a tendência do órgão é que ele permanecesse sempre colapsado. A elasticidade pulmonar é composta essencialmente por dois factores: a elasticidade propriamente dita do parênquima pulmonar e a tensão superficial presente na parede alveolar. A elasticidade do parênquima pulmonar é gerada pelas fibras de elastina e colágeno presentes nele.
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Complacência é a característica que o pulmão tem de se expandir, mesmo diante da diferença da pressão alveolar e da pressão atmosférica. A elasticidade é a característica que o pulmão tem em querer sempre se retrair, engloba dois factores o parênquima pulmonar e a tensão superficial. Na expansão pulmonar, elas se esticam e se desenrolam e, na ret retracção racção pulmonar, elas se retraem e se enrolam. A tensão superficial dos alvéolos é um pouco mais complexa. Esse mecanismo ocorre de forma semelhante nos alvéolos. Existe uma fina camada de água na parede dos alvéolos alvéolos que tend tendee sempre a se retrair e, com isso, induzir o colaps colapsoo alveolar. O efeito global disso é uma força elástica bastante significativa que provoca a retracção pulmonar. Se a tensão superficial alveolar de fato exercesse todo o seu potencial, o ciclo respiratório normal iria acontecer de forma bastante debilitada ou simplesmente não iria acontecer. No entanto, existe um líquido, produzido pelos pneumócitos tipo II (ou células alveolares tipo II), chamado de surfactante que diminui significativamente essa tensão superficial, possibilitando que expansão e retracção pulmonar aconteçam normalmente. Esse líquido é composto essencialmente por fosfolipídios, proteínas e íons. O principal
Esse líquido é composto essencialmente por fosfolipídios, proteínas e íons. O principal fosfolipídio é a dipalmitoilfosfatidilcolina, as principais proteínas são as apoproteínas e o principal íon é o cálcio (Nogueira, 2018, p. 31).
Na expansão pulmonar o pulmão pulmão tem a capacidade capacidade de se estender e desenrolar, enquanto que a retracção o pulmão tem a capacidade de se retrair ou enrolar. A tensão superficial dos alvéolos é bem complexa, se a pressão superficial alveolar exercesse todo o seu potencial, o ciclo respiratório normal iria acontecer de forma bastante debilitada ou mesmo não aconteceria. Em média um alvéolo tem parede muito finas formada por dois tipos de células o pneumócitos tipo I, são células epiteliais de descamação, é através delas que ocorre a maior parte das trocas gasosas entre o ar alveolar e o sangue, e os pneumócitos tipo II são células secretoras cubóides/redondas que produzem o surfactante pulmonar essencial para a expansão alveolar durante a inspiração.
Segundo Nogueira (2018), os principais causadores da redução da tensão superficial são os fosfolipídios, pois eles não se dissolvem totalmente na fina camada de líquido presente na parede alveolar, alveolar, uma parte se se dissolve e outra fica apenas apenas espalhada espalhada na parede parede.. Para se ter ter uma ideia da importância do surfactante na redução da tensão superficial alveolar, podemos comparar a tensão superficial do líquido presente nos alvéolos com e sem surfactante: em um alvéolo sem surfactante a tensão superficial é de cerca de 50 dinas\cm, enquanto que em um alvéolo com surfactante a tensão superficial gira e torno de 5 a 30 dinas/cm. Ou seja, o surfactante reduz a tensão superficial alveolar em até 10 vezes.
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A tensão superficial tem como principais causadores os fosfolipídios pois eles não se dissolvem totalmente por causa da fina camada de líquido presente na parede alveolar, o surfactante tem uma grande importância na redução da tensão superficial alveolar pois reduz cerca de 10 vezes. « A ventilação pulmonar pode ser estudada registando regist ando o movimento dos volumes de ar que entra e sai dos pulmões em um método chamado espirometria».
(Hall, 2016, p. 1221).
A ventilação pulmonar constitui um dos recursos fundamentais para o estudo dos volumes e capacidades pulmonares, pulmonares, pois a mesma permite-nos saber a quantidade exacta de ar que circula dentro dos pulmões. Volumes pulmonares: 1- Volume corrente: é o volume de ar que se inspira e se expira em cada respiração normal, é igual a aproximadamente 500 ml em um homem adulto.2Volume de reserva inspiratória é o volume adicional de ar que se pode inspirar desde um volume corrente normal e por cima do mesmo quando a pessoa inspira com uma força plena, habitualmente habitualmente é igual a aproximadamente 3.000 m ml.3l.3- Volum Volumee de reserva expiratório é o volume adicional de ar que se pode expirar mediante uma expiração forçada depois de final de uma expiração o volume corrente normal, normalmente, este volume é igual a aproximadamente 1.100 ml. 4- Volume residual é o volume de ar que fica nos pulmões depois de uma expiração mais forçada, este volume é igual a aproximadamente 1.200 ml. (Hall, 2016, p. 1223).
Os volumes pulmonares estão classificados em volume corrente que é o volume de ar normal, o volume de reserva inspiratório que é o volume de ar inspirado, quando a pessoa inspira com uma força plena, volume de reserva expiratória é o volume de ar expirado, mediante uma expiração forçada, e o volume residual que é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma respiração forçada. Capacidades pulmonares: 1- Capacidade inspiratória é igual ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratória. Esta capacidade é a quantidade de ar (aproximadamente 3.500 ml) que uma pessoa pode inspirar, começando em um nível expiratório normal e distendendo os pulmões para a máxima quantidade. 2- Capacidade residual funcional é igual ao volume de reserva expiratória mais o volume residual. Esta capacidade é a quantidade de ar que sobra dos pulmões no final de uma expiração normal (aproximadamente 2.300 ml). 3- Capacidade vital é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva expiratório. Esta capacidade é a quantidade máxima de ar que pode expulsar uma pessoa desde os pulmões depois e antes dos pulmões para a sua máxima dimensão e depois expirando a máxima quantidade (aproximadamente 4.600 ml). 4- Capacidade pulmonar total é o volume máximo que se pode expandir dos pulmões com o máximo esforço possível (aproximadamente 5.800 ml) é igual a capacidade vital mais o volume residual (Hall, 2016, p. 1223).
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As capacidades pulmonares estão classificadas classificadas em capacidad capacidadee inspiratória que é a soma do volume corrente mais o volume de reserva inspiratória, a capacidade residual funcional que é a soma do volume de reserva expiratória mais o volume residual residual, a capacidade vital que engloba o volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de rreserva eserva
expiratório, a capacidade pulmonar total que engloba a soma de todos os volumes. Segundo Hall (2016), todos os volumes e capacidades pulmonares são em geral, aproximadamente uns 20-25% menores em mulheres que em homens, e são maiores em pessoas de constituição grande e atléticas que em pessoas de constituição pequena e não atléticas. Figura 4: Volumes e capacidades pulmonares
Fonte: Guyton & Hall (2016, p. 1222).
1.2. ATELECTASIA Segundo Nogueira (2018), a atelectasia é uma patologia que acomete o pulmão, que sofre uma perda de volume dos tecidos em função de um bloqueio na passagem do ar pelos brônquios de maior ou menor calibre. É descrita como estado de determinada região do parênquima pulmonar colapsado e não airado associado à perda dos volumes e capacidades capacidades pulmonares e corresponde a até 80% das complicações pulmonares no pós-operatório das cirurgias cardiovasculares. cardiovasculares.
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Atelectasia é uma doença que afecta o pulmão e que vai causar consequentemente perda
dos volumes e capacidades pulmonares, devido ao colapso provocado vai bloquear a passagem do ar pelos brônquios. Segundo Ribeiro (2016), a atelectasia pulmonar, também chamada de colapso pulmonar, é uma complicação respiratória que impede a passagem de ar suficiente, devido ao colapso dos alvéolos pulmonares. Isso normalmente acontece quando existe fibrose cística, tumores no pulmão ou quando o pulmão ficou cheio de líquido devido a uma pancada forte no peito. Dependendo de quantos alvéolos são afectados, a sensação de falta de ar pode ser mais ou menos intensa e por isso o tratamento também poderá variar de acordo com a intensidade dos sintomas. Colapso pulmonar ou atelectasia pulmonar é uma complicação pulmonar que causa insuficiência da passagem de ar devido ao colapso nos alvéolos pulmonares. Este colapso acontece devido inúmeras neoplasias neoplasias que acometem o pulmão e não só. Atelectasia significa colapso pulmonar dos alvéolos. Pode aparecer em zonas localizadas do pulmão ou em todo pulmão. Algumas causas de atelectasia: obstrução total das vias aéreas, ausência de surfactante. (Hall, 2016, p.1357). Segundo Ribeiro (2016), a atelectasia interrompe a função normal dos pulmões, restringindo as trocas gasosas tornando assim a mecânica respiratória insuficiente por conta da diminuição da complacência e alteração na perfusão pulmonar, é uma um a complicação respiratória frequente no doente em cuidados intensivos que pode desencadear uma insuficiência respiratória grave. A atelectasia altera a função normal dos pulmões, dificultando as trocas gasosas e alterando assim a mecânica respiratória, devido a diminuição di minuição da complacência e vai causar uma alteração na perfusão pulmonar.
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Figura 5: Atelectasia pulmonar
Fonte: Guyton & Hall (2016, p. 1358).
1.2.1 Classificação Segundo Martins (2015), os principais tipos de atelectasia são as de absorção, atelectasia de relaxamento ou compressão, e ausência do surfactante. Atelectasia de Absorção: surgem quando há impedimento, total ou parcial, da entrada de ar renovado aos alvéolos. O ar existente é absorvido ocorrendo colapso alveolar. Os principais tipos de atelectasia são as de absorção, relaxamento/compressão e ausência do surfactante. Na atelectasia de absorção ocorre um impedimento total ou parcial na entrada de ar aos alvéolos. Segundo Martins (2015), a causa mais comum é a obstrução das vias aéreas provocada pelo acúmulo anormal de secreções. A atelectasia desenvolvem-se desenvolvem-se porque o muco bloqueia 19
parcial ou completamente completamente a entrada entrada de ar. A anestesia geral reduz a dispe dispensabilidade nsabilidade do pulmão pulmão e da parede torácica, interfere com a acção diafragmática normal e reduz a capacidade residual funcional. A posição que os doentes são colocados durante a cirurgia, nomeadamente em decúbito dorsal, diminui cerca de30% a capacidade residual funcional, assim como a mudança da posição de pé para a posição de deitado, a insuflação pulmonar diminui. A causa mais comum é a obstrução das VA que acontece devido o acúmulo anormal de secreções. A atelectasia acontece porque a secreção bloqueia de forma parcial ou total a passagem do ar. A anestesia geral também constitui uma das causas da atelectasia devido a redução da dispensabilidade do pulmão o que causa redução da CRF, e a posição que os pacientes ficam ficam durante e após após a mesma. Segundo Martins (2015), a atelectasia de compressão: surgem quando há compressão do tecido pulmonar, que pode impedir a entrada de ar nos alvéolos. A diminuição das forças de distensão que interferem com as forças normais de insuflação pulmonar pode ocorrer em situações de Pneumotórax, Derrame Pleural, Perturbações da Parede Torácica, Obesidade, Distensão Abdominal, com compromisso do funcionamento normal do diafragma e formação de bolhas de enfisema. Atelectasia de compressão ocorre quando há compressão do tecido pulmonar que causa o impedimento da entrada de ar nos alvéolos. Existem alguns factores que podem diminuir a força de distensão que interferem com as forças normais de insuflação pulmonar como por exemplo, o derrame pleural e o pneumotórax. Segundo Martins (2015), atelectasia por ausência de surfactante: surgem por aumento da tensão superficial dos alvéolos, o que promove o colapso alveolar e produz atelectasia difusa. As causas mais comuns são: Doenças da Membrana Hialina, Pneumonia, Edema Pulmonar e Síndrome de Dificuldade Respiratória do Adulto (SDRA). Atelectasia por ausência de surfactante ocorre devido o aumento da tensão superficial dos alvéolos que ocasiona o colapso alveolar e produz atelectasia difusa. Por exemplo,
pneumonia e edema pulmonar. pulmonar.
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Segundo Ribeiro (2016), não há um consenso no que pode abranger os tipos t ipos de colapso pulmonar. No entanto, entanto, alguns nomes nomes frequentes são: são: Atelectasia obstrutiva: trata-s trata-see de um dos tipos mais comuns de atelectasia, no qual uma obstrução das vias aéreas (VA) impede a passagem do ar entre a traqueia e os alvéolos. É também conhecida como atelectasia de reabsorção, por conta do ar que é puxado (absorvido) para o sangue, enquanto não há novo entrando nos sacos alveolares. Atelectasia obstrutiva ocorre a obstrução das VA que impedirá a passagem normal do ar aos alvéolos, é conhecida também como atelectasia de reabsorção por causa do ar que é puxado para o sangue. Segundo Ribeiro (2016), atelectasia compressiva: esse tipo ocorre quando há compressão do pulmão, muitas vezes por conta de problemas na pleura, lesões no tórax e tumores que empurram o pulmão e fazem f azem com que o ar saia dos alvéolos. Atelectasia restritiva: resulta de algum tipo de restrição em relação a capacidade resp respiratória, iratória, como dores para respirar fundo, deformidades na caixa torácica e na coluna vertebral. Essas condições impedem a expansão do pulmão, fazendo com que ele não se encha de ar o suficiente para manter os alvéolos abertos.
Atelectasia compressiva compressiva ocorre devido a compressão do pulmão devido a problemas na pleura. Atelectasia restritiva ocorre devido a restrição da capacidade capacidade respiratória, o que impedirá a expansão do pulmão. Segundo Ribeiro (2016), atelectasia cicatricial: é o produto de uma lesão pulmonar que resulta em uma cicatriz no órgão, que impede sua expansão total. Atelectasia tensiolítica: é causada por problemas no surfactante pulmonar, que tem problemas em deixar os alvéolos abertos. Síndrome do lobo médio: o pulmão possui 3 lobos, sendo o único que possui um lobo médio. Esse lobo é circundado por tecido linfático, l infático, que tende a aumentar quando há inf infecções, ecções,
tanto virais quanto bacterianas. Quando isso acontece, esse tecido comprime o lobo médio, levando a uma atelectasia crónica total ou parcial desse lobo. Atelectasia cicatricial resulta de uma cicatriz no órgão devido a uma lesão pulmonar que impede a sua expansão total. A atelectasia tensiolítica ocorre por falta da presença do surfactante que impede a expansão dos alvéolos. Síndrome do lobo médio ocorre quando 21
acontece quando há uma compressão no lobo médio levando a uma atelectasia crónica ou total.
1.2.2 Factores de Risco Segundo Moreira (2013), as causas mais comuns da atelectasia são: Acúmulo de secreções espessas, formando uma “rolha” que obstrui os brônquios ou bronquíolos ; Compressão por um tumor, Derrame pleural, Pneumotórax, Aspiração de corpo estranho, Anestesia geral, sobretudo depois de uma cirurgia efectuada no tórax ou no abdómen superior. Segundo Ribeiro (2016), existem alguns factores que podem ocasionar o bloqueio das vias de condução de ar como: Objectos estranhos; Sangramentos; Infecções (pneumonia, bronquite, enfisema, tuberculose); Anestesia geral; Excesso de muco ou liquido purulento; Pressão causada causada por uma acumulação de fluido entre as costelas e os pulmões (derrame pleural); Repouso prolongado no leito, com poucas mudanças de posição, respiração insuficiente, tumores que bloqueiam as vias aéreas. Assim como pneumotórax, trauma físico grave que reduza muito a respiração, cirurgia abdominal. Os factores que ocasionam o bloqueio das VA de condução de ar, dentre eles temos objectos estranhos no caso das crianças, infecções, excesso de líquido ou secreções fazem com que as VA estejam bloqueadas e dificulta a passagem de ar.
1.2.3 Sinais e Sintomas Segundo Moreira (2013), os sintomas da atelectasia variam em função da extensão da lesão e da velocidade de sua instalação. Na atelectasia aguda, em geral, são: Dor torácica; Tosse Dificuldade em respirar; Dispneia Nos casos em que a atelectasia se desenvolve aos poucos, os
sintomas não costumam ser muito evidentes e muitas vezes são confundidos com os da doença causal. A atelectasia demorada pode acabar gerando complicações como infecções, dilatações brônquicas e fibrose pulmonar. Os sintomas da atelectasia variam de acordo a extensão da lesão e a velocidade de instalação. Em casos da atelectasia agudas os sintomas podem ser evidentes, já em casos da atelectasia subagudas ou até mesmo crónicas os sintomas não costumam a ser evidentes e chegam a ser confundidos com uma outra doença causal, o que pode causar outras complicações compl icações graves. 22
Segundo Ribeiro (2016), nos sinais e sintomas da atelectasia podem incluir: Deslocamento da traqueia ou mediastino para o lado da atelectasia; Desvio do choque da ponta Deslocamento cardíaca para o lado da atelectasia; Elevação do diafragma do lado da atelectasia; Alteração da fissura horizontal; Pinçamento de costelas. E os possíveis sintomas são: Dificuldade de respirar; Baixa saturação de oxigénio (SAO2); Batimento cardíaco acelerado; Efusão pleural. A falta de ar eventualmente deixa a pele e lábios azulados (cianose). Antigamente acreditavam que causava febre, porém estudos refutaram essa alegação.
1.2.4 Diagnóstico Segundo Moreira (2013), o diagnóstico é feito através da radiografia e da tomografia computadorizada do tórax. O exame físico pode não ajudar muito porque a atelectasia só dá sinais se o colapso pulmonar for extenso. No entanto, ele pode mostrar: diminuição na expansibilidade do pulmão do lado da atelectasia, diminuição da mobilidade torácica, retracção costal, dispneia, tosse. O diagnóstico é feito através da radiografia e da tomografia computadorizada do tórax. O exame físico nestes casos não terá muitos êxitos, porque a atelectasia só dá sinais se o colapso pulmonar for extenso. extenso. Segundo Ribeiro (2016), para o diagnóstico da atelectasia atelectasia é feita: Radiografia do tórax:
Na imagem, a parte parte colapsada do pulmão aparece nitidamente, enquanto o pulmão pulmão saudável não aparece há apenas uma cavidade escura onde ele deveria estar, pois está cheio de ar. Frequentemente, esse exame também consegue detectar possíveis objectos estranhos que podem ser a causa causa da atelectasia. atelectasia.
Este exame permite observar a parte do pulmão que está colapsada, permite diferenciar o pulmão saudável e o afectado, e permite detectar possíveis corpos estranhos. Segundo Ribeiro (2016), tomografia computadorizada (TC): é um exame de imagem mais preciso que a radiografia convencional, sendo capaz de detectar o volume dos pulmões. Ela também auxilia a detectar se, por acaso a causa da atelectasia é um tumor, o que não aparece normalmente no raio-X comum.
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Este exame permite detectar o volume dos pulmões, chega a ser mais prático em comparação com a radiografia, a TC permite saber quando a causa da atelectasia for devida um comparação tumor. Segundo Ribeiro (2016), oximetria: Este teste, realizado por meio de um pequeno aparelho que é colocado em um dos dedos, é capaz de medir a SAO2 no sangue. Caso haja pouco O2 circulando, circulando, eis uma grande grande pista de que que pode se tratar de um colaps colapsoo pulmonar. Este teste permite medir a SAO2 no sangue, é um aparelho prático e não invasivo, porém com uma função primordial, pois ele permite despistar um possível colapso pulmonar. Segundo Ribeiro (2016), broncoscopia: por meio de um tubo fino e flexível com uma câmara na ponta, a broncoscopia mostra imagens nítidas da garganta e da parte da árvore brônquica, sendo capaz de detectar obstruções nessas áreas. Muitas vezes esse aparelho denominado broncoscópio é equipado, também, com ferramentas para realizar biópsias e remoção dessas obstruções.
A broncoscopia é um exame invasivo, pois é feito colocando um tubo fino e flexível na garganta, para possibilitar ter uma imagem com maior nitidez. Por intermédio destas imagens será possível detectar a localização das secreções. Ela também é utilizada em casos de biópsias.
1.2.5 Exame Físico Segundo Sarmento (2016), a ausculta pulmonar é um método semiológico básico no exame físico dos pulmões. Funcional por excelência, difere da percussão puramente estática, por isso permite melhor análise do funcionamento funcionamento pulmonar. Para a sua realizaçã realização, o, exige-se o máximo de silêncio, posição cômoda tanto para o paciente como para o examinador. De início o examinador coloca-se de atrás do paciente, que não deve forçar a cabeça, ou dobrar excessivamente excessivame nte o tronco, mantendo o tronco ligeiramente inclinado para a frente f rente e deve respirar pausadamente pausadam ente com a boca boca bem aberta sem fazer ruído. A ausculta pulmonar visa a avaliar o estado e posicionamento em que os pulmões se encontram. Para a realização da mesma m esma ausculta é necessário que o ambiente esteja silencioso e o profissional como o paciente devem estar bem acomodados, orienta-se ao paciente para 24
realizar a respiração de forma pausada e com a boca bem aberta sem fazer barulho. Após auscultar a face anterior, passa-se a seguir para as faces laterais e anteriores. Deve-se ter em mente que os limites dos pulmões, estão aproximadamente a quatros dedos transversos abaixo da ponta da escápula. Auscultam-se as regiões de maneiras simétricas e ordenadas. Solicita-se ao paciente que faça umas inspirações profundas e em seguida que tussa várias vezes. Com isso visa-se separar os ruídos permanentes dos eventuais de menor valor diagnóstico. Actualmente, existe grande anseio visando à padronização da terminologia dos sons pulmonares. A ausculta do sistema respiratório evidência dois sons distintos de acordo com a região examinada. Sobre a laringe e a traqueia tem-se um ruído de grande intensidade formado por vibrações de alta frequência, com predominância da fase expiratória, denominado ruído laringotraqueal. Na superfície doàtórax, tem-se ruídodemais suave, onde predomina a fase inspiratória, está relacionado passagem deum ar pelas porções periféricas do tecido pulmonar, conhecido por murmúrio vesicular (Vieira, 2016, p. 10).
Na realização da ausculta ausculta deve-se começar da face anterior e de de seguida as faces laterais, o examinador deve ser conhecedor da anatomia do pulmão para melhor resultado, pede-se ao paciente que realiza inspirações inspirações profundas e depois deve tossir, ao tossir vai permitir que haja
separação dos ruídos para melhor diagnostico. Durante a realização da ausculta nota-se dois sons distintos de acordo com a região a ser examinada, na superfície da traqueia e laringe na fase expiratória nota-se um ruido com altas vibrações, enquanto que na superfície do tórax na fase inspiratória o ruido é mais suave. Segundo Nogueira (2018), o aumento ou a diminuição da intensidade do murmúrio vesicular estão intimamente relacionados à circulação do ar nas vias aéreas e à expansibilidade do parênquima pulmonar, repercutindo alterações funcionais restritivas e obstrutivas. Os ruídos respiratórios audíveis em condições anormais são denominados sons adventícios, podendo ter sua origem na árvore brônquica, vias aéreas distais ou no espaço pleural. Podem ser divididos em estertores secos ou húmidos. Experimentos in vitro mostram que o som vesicular ocorria mesmo se a traqueia fosse retirada e sabe-se hoje que estes sons são gerados na estrutura intralobar e eventualmente intralobular do pulmão. Segundo Sarmento (2016), cornagem: representa, funcionalmente, o estreitamento das vias aéreas superiores, de grande intensidade sonora, podendo ser audível à distância. Roncos: sua representação funcional é o aumento da resistência das vias aéreas, especialmente brônquios de grosso calibre, por acúmulo de secreções. secreções. Sua intensidade pode ser acentuada por mudanças de decúbitos, tosse e aspiração endobrônquica. Sibilos: são ruídos contínuos, bastante agudos, podendo ser localizados ou generalizados. generalizados. São de maior intensidade na fase expiratória, por 25
causa da dificuldade que o ar encontra para sair das vias aéreas estreitadas. Revela aumento da resistência à passagem do fluxo de ar. Cornagem é o estreitamento das vias aéreas superior e é muito audível a distância. Ronco é o aumento da resistência das vias aéreas, e são presentes nos brônquios de grosso calibre e a sua intensidade é acentuada. Sibilos são os ruídos contínuos bastante agudos e são de maior intensidade. Estertores Crepitantes: são ruídos finos, homogéneos, de mesmo timbre e intensidade, sendo auscultados apenas na fase inspiratória. São também denominados estertores alveolares, pois são produzidos pelo deslocamento das paredes dos alvéolos, pela entrada
de ar no seu interior. Indicam sofrimento alveolar, como, por exemplo, na pneumonia, embolia pulmonar e na fase inicial do edema agudo do pulmão. Estertores Subcrepitantes: são ruídos mais grossos, que se assemelham ao rompimento de bolhas. São encontrados no fim da inspiração e no começo da expiração. Originam-se do choque entre o fluxo de ar e as secreções líquidas na luz bronquiolar. Podem ser modificados pela tosse. Classificam-se em finos, médios e grossos, de acordo com o diâmetro do brônquio onde são gerados (Sarmento, 2016, p. 10).
Estertores crepitantes são ruídos finos com a mesma intensidade e timbre, os estertores alveolares são aqueles produzidos pelo deslocamento das paredes dos alvéolos, os estertores subcrepitantes são os ruídos mais grossos que se parecem como rompimento de bolhas. Os estertores são classificados em finos, médios e grossos.
1.2.6 Padrão Respiratório O padrão respiratório é determinado pelo segmento do tronco que predomina durante os movimentos respiratórios. A respiração torácica ou costal é mais comum nas mulheres e nos indivíduos com biótipos longilíneos, correspondendo a respiração arfante das mulheres apaixonadas, na linguagem poética. A respiração diafragmática ou abdominal é observada nos homens em geral, principalmente nos brevilíneos e nas crianças. O tipo misto toracoabdominal ocorre quando as costelas e o diafragma participam igualmente da respiração. É o tipo mais comummente encontrado nos indivíduos adultos do sexo masculino (Sarmento, 2012, p. 11).
O padrão respiratório engloba o segmento da árvore traqueobrônquica que será avaliada, faz parte do mesmo vários v ários tipos de respirações, respirações, verifica-se durante este padrão a predominância que as mulheres representam no que diz respeito ao tipo de respiração neste caso a costal/torácica e nos homens observa-se a respiração abdominal/diafragmática, mais verificase com maior prevalência tanto em mulheres como nos homens o tipo de respiração mista denominada toracoabdominal. 26
Em condições patológicas, o tipo ou padrão respiratório se modifica ou se inverte. Assim, no homem com doença pulmonar obstrutiva crónica, a inspiração se inverte, passando a movimentar apenas o tórax. Este facto é menos nítido nos bronquíticos, cujo diafragma ainda cumpre sua função adequadamente. As mulheres portadoras de pleurite, ao contrário do que ocorre em condições fisiológicas, apresentam padrão respiratório predominantemente diafragmático. Em condições fisiológicas, a inspiração é um pouco mais curta que a expiração, sucedendo-se os dois movimentos com a mesma amplitude, intercalada por uma leve pausa. Quando uma dessas características se modifica, surgem os ritmos respiratórios anormais (Sarmento, 2012, p. 11).
O padrão respiratório modifica-se em condições patológicas e fisiológicas, no caso dos pacientes com com DPOC o padrão padrão inverte na na realização da inspiração, pois pois nestes casos casos só o tórax tórax é movimentado, no que se refere as condições fisiológicas o ppadrão adrão respiração diafragmática, a inspiração é mais reduzida que a expiração.
1.2.7 Tipos de Respiração Respiração de Cheynes- Stockes: suas causas principais são insuficiência cardíaca, hipertensão intracraniana, acidentes vasculares encefálicos e traumatismos cranioencefálicos. Esse ritmo caracteriza-se por uma fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas até atingir um máximo, para depois virem decrescendo até nova pausa, isso ocorre em decorrência de variações da tenção de O2 e CO2 no sangue. Assim, o excesso de CO2 durante o período de apneia obriga os centros respiratórios bulbares a enviarem estímulos mais intensos que resultam em um aumento da amplitude dos movimentos respiratórios, com isso, haverá maior eliminação do CO2 e sua concentração no sangue diminuirá. Consequentemente, não havendo estímulos exagerados no centro respiratório, a amplitude dos movimentos da respiração diminui (Sarmento, 2016, p. 11).
Respiração de Cheynes-Stockes Cheynes-Stockes este tipo de respiração é caracterizado por uma fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas, são frequentes em situações como insuficiência cardíaca, traumatismo cranioencefálicos entre outras. Respiração de Cheynes-Stockes é caracterizada por uma fase de apneia seguida de Respiração Normal: deve ser regular com uma frequência de 12-16 12 -16 rpm, sendo a inspiração e expiração passiva. Expiração Prolongada: é observada em pacientes diagnosticados com doença pulmonar obstrutiva, havendo grave limitação ao fluxo expiratório pelo fechamento das pequenas vias respiratórias. Respiração com Lábios Contraídos: frequentemente observada em pacientes com grave doença das d as vias aéreas (Nogueira, 2018, pp. 55 – 56). 56).
A respiração normal a Fr varia de 12-16 rpm e tem uma inspiração e expiração passiva. A expiração prolongada ocorre quando há limitação no fluxo expiratório pelo fechamento das VA. Respiração com lábios contraídos acontece em pacientes com doenças das VA. Segundo Sarmento (2016), respiração de Biot: as causas mais frequentes desse ritmo são as mesmas que as da respiração de Cheyne-Stokes. No ritmo de Biot, a respiração apresenta27
se com duas fases: a primeira, apneia, e a segunda, com movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e a amplitude. Respiração de Kussmaul: a acidose, principalmente a diabética é a sua causa principal. A respiração de Kussmaul compõe-se de quatro fases:
inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com expirações rápidas e de pequena amplitude, apneia apneia em inspiração, inspiração, expirações expirações ruidosas ruidosas gradativamente gradativamente mais profundas, profundas, alternadas, com inspirações rápidas e de pequena amplitude e apneia em expiração. Respiração Biot apresenta-se por duas fases a apneia e a segunda movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos. A respiração de Kussmaul apresenta-se por quatro fases apneia em inspirações e expiração, expirações ruidosas mais profundas, inspirações rápidas e ruidosas. Segundo Sarmento (2016), respiração Paradoxal: ocorre quando parte ou toda a parede torácica move para dentro com inspiração e para fora com a expiração, pode ocorrer em situações de trauma torácico, paralisia do diafragma e fadiga muscular. Respiração Asmática: caracterizada por expiração prolongada, prolongada, causada por obstrução do fluxo do ar fora dos pulmões. Respiração paradoxal paradoxal ocorre quando a parede torácica se move de forma parcial ou total (inspiração e expiração). A respiração asmática ocorre em uma expiração prolongada. «Eupnéia: apresenta um ritmo normal com variação da frequência de 12 a 18 rpm. Bradipneia: ocorre quando a frequência respiratória esta mais lenta que a normal».
(Sarmento, 2016, p. 11). A Eupnéia ocorre quando a frequência respiratória apresenta um ritmo normal, já a bradipneia ocorre ocorre quando a frequência frequência respiratória respiratória está mais lenta. Segundo Sarmento (2016), taquipnéia: a frequência respiratória (Fr) encontra-se rápida e superficial. Pode ser associado a pacientes diagnosticados com pneumonia, edema pulmonar, acidose metabólica, septicemia, septicemia, dor intensa e fractura de costelas. Taquipnéia é a respiração acelerada, que pode ter inúmeras causas como por exemplo edema pulmonar.
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«Taquidispnéia: caracteriza-se pela associação entre aumento da frequência e variado grau de esforço respiratório. Hipopnéia: pode ser observada na diminuição da respiração».
(Sarmento, 2016, p. 11). Taquidispnéia é a associação entre o aumento Fr e dificuldade difi culdade respiratória, a hipopnéia é a diminuição da respiração.
1.2.8 Exames Complementares Espirometria: é a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões, podendo ser realizada durante a realização lenta ou durante as manobras respiratórias forçadas. O teste mede os volumes pulmonares e a resistência das vias aéreas, utilizado na prevenção, no diagnóstico e na quantificação dos distúrbios ventilatórios. Os volumes pulmonares fisiológicos variam com a idade, género e dimensões corporais (estatura). São divididos em estáticos e dinâmicos. Os estáticos são: VC, VRI, VRE, CVF, VR, CPT e CRF. O VEF e sua relação com a CVF dão uma dimensão dinâmica destes volumes e capacidades pulmonares (Nogueira, 2018, pp. 70 – 71). 71).
Espirometria Espiromet ria é o teste que mede a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões, o mesmo mede também os volumes pulmonares e a resistências das VA de modo a prevenir distúrbios ventilatórios. O teste está dividido em estático e dinâmico. Segundo Nogueira (2018), o índice de Tiffeneau (IT) corresponde a relação entre o volume expiratório forçado no primeiro segundo com a CVF (VEF1/ CVF), ele auxilia no diagnóstico de obstrução das vias aéreas, aéreas, já o Fluxo expiratório forçado de 25% a 75% da CVF (FEF 25-75%) representa a velocidade com que o ar sai das vias aéreas centrais, é considerada uma das mais importantes medidas de fluxo. O índice de Tiffeneau corresponde a relação entre o VEF no primeiro segundo com a CVF. O índice auxilia no diagnóstico de obstrução das VA. Segundo Nogueira (2018), o exame de espirometria requer a colaboração do paciente juntamente com a colaboração, equipamentos e empregos empregos de técnicas padronizadas. Objectivos: detectar precocemente as disfunções pulmonares obstrutivas; detectar ou confirmar as disfunções pulmonares restritivas; Diferenciar uma doença obstrutiva funcional de uma obstrutiva orgânica; Avaliar a evolução clínica de uma pneumopatia e parametrizar recursos terapêuticos por meio de testes pré e pós-intervenção terapêutica; Avaliar o rrisco isco cirúrgico (por meio de decúbito alternado); Direccionar condutas em pacientes cardiopatas Subsidiar a avaliação da saúde do trabalhador, especialmente especialmente no controle de riscos industriais. 29
O exame da espirometria requer a colaboração do paciente, o exame tem inúmeros objectivos dentre eles realço os seguintes, detectar as disfunções pulmonares obstrutivas, permite diferenciar uma doença obstrutiva (funcional e orgânica) de uma restritiva e avalia a evolução clínica da patologia. O exame pode ser realizado por um técnico ou profissional da saúde especializado. Devese ficar na posição sentada a 90º, com os pés encostados no chão, sem flexões do pescoço e utilizar um clipe nasal, utilizar roupas leves. Como contra-indicação temos: a ingestão de bebidas alcoólicas alcoólicas ou fumar antes do exame, hemoptise, angina re recente cente e crise hhipertensiva. ipertensiva. As refeições volumosas devem ser evitadas, suspender o uso de broncodilatadores de acção curta quatro horas antes dos testes e os de acção prolongada por 12 horas, são excluídos os pacientes com distúrbios pressóricos oculares ou cirurgias recentes no abdómen ou olhos. A espirometria é realizada utilizando um espirómetro, calibrado imediatamente antes da realização do exame. Os procedimentos técnicos, critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade e os valores de referência utilizados serão de acordo com a padronização do Consenso Brasileiro de Espirometria (Nogueira, 2018, p. 71).
A espirometria pode ser realizada por um técnico de saúde especializado, o paciente deve estar sentado com os pés bem assentos no chão, a cervical deve estar em extensão e o paciente deve evitar usar roupas leves. l eves. Para a realização do exame o paciente deve evitar o consumo de bebidas alcoólicas e fumar, evitar as refeições muito pesadas e caso o paciente use os broncodilatadores devem ser suspensos quatro horas antes da realização do exame. É solicitada uma inspiração até a CPT seguida de uma pausa pós- inspiração por menos que 3 segundos e logo após o bocal do espirómetro é colocado na boca do paciente, que deve manter os lábios bem cerrados, em seguida, deverá realizar uma expiração máxima forçada einspiração sustentadamáxima. até a VRPara por onoteste mínimo segundosée preciso para finalizar o teste se realiza uma ser 6concluído ter 3 curvas aceitáveis e 2 reprodutíveis sendo realizado no mínimo 3 tentativas e no máximo 8. Se não preencher o critério o teste deverá ser suspenso. Os valores obtidos devem ser acompanhados aos valores previstos adequados para a população avaliada (Nogueira, 2018, p. 72).
Quanto a realização do exame é orientado ao paciente que realize uma inspiração seguida por uma pausa pós inspiração, em seguida é colocado o bocal do espirómetro na boca do paciente, orienta-se ao paciente que deve manter os lábios bem cerrados e em seguida realizar uma expiração máxima forçada. Para o exame ser concluído é preciso ter três curvas aceitáveis, no máximo deve-se tentar oito vezes, e se os valores não coincidirem com o previsto devem ser suspenso e recomeçar. Segundo Nogueira (2018), teste ergométrico ou ergoespirométrico: Exame indicado para avaliar a capacidade cardiorrespiratória em indivíduos normais, atletas e portadores de
insuficiência cardíaca (IC), avaliação pré-operatória de revascularização revascularização miocárdica e avaliação 30
pós infarto agudo agudo do miocárdio (IAM). A ergoespirometria ergoespirometria destaca-se destaca-se como um procedimento procedimento não invasivo, utilizado para avaliar o desempenho físico ou a capacidade funcional de uma pessoa, conciliando conciliando a análise análise de gases gases expirados e variáveis variáveis respiratórias. respiratórias. Teste ergométrico é um exame não invasivo que é utilizado para avaliar o desempenho físico de indivíduos normais, atletas e portadores de outras patologias, pode ser complementado com outras análises como por exemplo a análise de gases. Segundo Nogueira (2018), o LA (limiar anaeróbico) reflecte a mudança do metabolismo aeróbio para o anaeróbio, sendo um ponto de desequilíbrio desequilíbrio entre o consumo de O2 e a produção de CO2. O LA pode ser definido como a intensidade de exercício em um esforço com incremento progressivo de sua intensidade, a partir da qual existe acúmulo significativo de ácido láctico no sangue. O limiar anaeróbico é o ponto de desequilíbrio entre o consumo de oxigénio e a produção do dióxido de carbono, pois a mesma apresenta valores da intensidade dos exercícios, ou seja, o esforço que o individuo vai desempenhar. desempenhar. O VO2 (volume máximo de oxigénio) refere-se ao consumo de O2 pelo organismo numa determinada intensidade de exercício, já o VO2 máx, refere-se ao maior volume de O2 respirando em ar de atmosférico o exercício. Existem factores que podem variar os valores VO2 máx,durante dentre eles: idade, sexo, peso,alguns nível de actividade físicas diárias (AVD), tipo de exercício e massa muscular (Nogueira, 2018, pp. 75 – 76). 76).
O volume máximo de oxigénio é a maior quantidade de volume de oxigénio que é respirado em ar atmosférico durante o exercício. Existem alguns factores que podem variar o mesmo volume como por exemplo a idade, o peso, as AVD e o IMC. Segundo Nogueira Nogueira (2018), o exame é realizado por um médico, o qual deve orientar os pacientes sobre sobre as vestimentas vestimentas (roupas de malhação) malhação) e alimentação alimentação adequada adequada para a realização realização do teste. Para a realização do exame utiliza-se um analisador de gases, uma esteira ergométrica, um electrocardiógrafo, um esfigmomanómetro, clipe nasal e eléctrodos descartáveis. O
protocolo de avaliação utilizado usualmente é o esforço progressivo. A duração do teste é determinada pela exaustão do paciente ou atleta, que quando é atingida deve ser sinalizada ao avaliador, que até a estabilização da frequência cardíaca.
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O teste ergométrico é realizado por um profissional de saúde, e o mesmo deve orientar ao paciente os procedimentos que serão feitos como por exemplo quanto a indumentária do paciente o mesmo deve estar vestido com menos roupa possível calções e topes t opes no caso das mulheres e calções no caso dos homens, o profissional deve explicar que deve-se alimentar bem antes da realização do teste pois o mesmo envolve muito esforço e se o paciente não estiver bem alimentado alimentado não não conseguiremos conseguiremos atingir o nosso objectivo objectivo e acabaremos acabaremos por provocar outras complicaçõess ao mesmo, pois segundo o protocolo de avaliação utilizado o a duração do teste complicaçõe mede-se com base a exaustão do paciente. Para a realização do teste é utilizado a esteira ergométrica, o electrocardiógrafo e o esfigmomanómetro sem esquecer os eléctrodos descartáveis descartáve is e o clipe nasal. Segundo Nogueira (2018), no computador são registradas as seguintes variáveis: idade, peso, altura, índice de massa corpórea (IMC), tempo de prática esportiva e os dados ergoespirometria: frequência cardíaca (FC), LA, VO2 máx, velocidade La, fracções de O2 e CO2 (FEO2 e FECO2), ECG e pressão arterial (PA). A execução dos testes deve ocorrer em um ambiente controlado, a uma temperatura ambiente de 24ºC, e com humidade relativa do ar de 60%. Fluxo Expiratório Máximo Instantâneo (PEAK FLOW): A mensuração do peak flow ou peak expiratory (PEF) introduzida na Inglaterra 1959 por B.M. Wright, tendo por meta básica flow permitir ao foi terapeuta respiratório avaliarem com máxima exatidão o grau de obstrução bronquite crónica e no enfisema pulmonar, em que os componentes obstrutivos constituem o principal problema a merecer destaque. Coube também a Wright o mérito de idealizar e projecta o primeiro aparelho médico a ser utilizado na mensuração do peak flow. Lançado pela Air-med, esse aparelho recebeu a denominação de Wrigth Peak Flow Meter (Nogueira, 2018, p. 80).
O fluxo expiratório máximo instantâneo permite ao profissional avaliar com precisão o grau de obstrução e permite identificar os componentes envolvidos na mesma, recebeu esta
denominação em homenagem. O PEF é uma das formas de avaliar a função pulmonar, sendo definido como o maior fluxo obtido em uma expiração forçada a partir de uma inspiração completa ao nível da capacidade pulmonar total. O PFE pode ser avaliado por meio de um sistema manual portátil (unidade, L/ min) que corresponde a um instrumento simples de baixo custo, confiável de fácil transporte, compreensão e manejo. Durante a inspiração os músculos são ativados, causando o aumento do volume do tórax, devido a queda da pressão pleural e alveolar a valores sub atmosféricos, at mosféricos, e desta forma, pela diferença do gradiente de pressões, o ar ambiente destaca-se para dentro dos pulmões. Na expiração, o tórax e os pulmões, a custa de suas forças elásticas, retornam de forma passiva, a posição de repouso com o deslocamento do ar para fora dos pulmões. Durante a expiração forçada vários grupos
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musculares do tórax e da parede abdominal contraem-se visando a diminuição do volume torácico (Nogueira, 2018, p. 80).
A pressão expiratória forçada é um dos meios utilizados para avaliar a função pulmonar, pois pede-se pede-se ao paciente paciente que realiza realiza uma expiração expiração forçada forçada começando começando da CPT, é um aparelho aparelho de baixo custo, confiável e de fácil transporte, acessível e está a nível da compreensão dos profissionais de saúde. Segundo Nogueira (2018), pressão inspiratória Máxima (PiMÁX) e Pressão expiratória máxima (PeMÁX): A função do músculo-esquelético pode ser estudada com a medição dos seguintes parâmetros: A força que é capaz de gerar; A velocidade com que se contrai; O encurtamento que experimenta. Na musculatura respiratória a força é mensurada pelas expressões respiratórias máximas, a velocidade de contracção por meio do fluxo aéreo alcançado e encurtamento muscular pela variação do volume pulmonar. A pressão inspiratória e expiratória máxima avaliam a função do músculo-esquelético com base em alguns parâmetros, como a força do músculo é mensurada pelas expressões respiratórias máximas, a velocidade de contracção pelo fluxo aéreo, o encurtamento do músculo variação pulmonar. Um dos métodos existentes para avaliar a força da musculatura respiratória é a utilização de um manómetro de expressões negativas e positivas. Para a mensuração da PiMÁX o ideal que é a inspiração se inicia a partir do VR, isto é, após a expiração profunda. Para mensuração da PeMÁX a expiração deve começar no nível da CPT, ou seja, após a expiração profunda. A mensuração pode ser feita conectando o manómetro no paciente por meio de bocal/ directamente tubo traqueal por intermédio e conectores específicos. A
capacidade de uma pessoa respirar a grandes volumes pulmonares e realizar tosse estará quase sempre alterada quando a sua pressão inspiratória máxima estiver abaixo de -50 cmH2O (Nogueira, 2018, pp. 77 – 78). 78).
A avaliação da musculatura respiratória é feita com base a um manómetro de expressões negativas e positivas, para a mensuração da pressão inspiratória máxima o ideal é que a inspiração comece no volume residual, e para a mensuração da pressão expiratória máxima deve-se começar na capacidade pulmonar total. Segundo Nogueira (2018), o diafragma é capaz de gerar maior m aior tensão ou força quando se encontra em alongamento de 5% a 10% acima da sua longitude de repouso o que ocorre ao nível do final da expiração máxima (VR). O mesmo acontece com os músculos expiratórios cujas pressões máximas são obtidas em níveis próximos a inspiração máxima, ou seja, ao nível 33
da CPT.Diversos estudos demostram que o sistema respiratório funciona de modo que ao incrementamos o fluxo inspiratória a potência é sempre ótima, já que esse maior fluxo é conseguido com o recrutamento de novas fibras motoras e não com o aumento da velocidade de contração. O diafragma é o músculo responsável por gerar tensão e força, quando o mesmo ainda se encontra em alongamento, o sistema respiratório tem a capacida capacidade de de recrutar novas fibras motoras devido ao maior fluxo inspiratório. Segundo Nogueira (2018), os músculos ventilatórios são responsáveis directos pelo adequado funcionamento do sistema respiratório, compondo um sistema de bomba tão vital quando o coração. Em distintas situações patológicas podem ocorrer alterações na força contrátil dos músculos respiratórios que dependendo da intensidade e da quantificação da perda, podem ser classificadas em fraqueza muscular, fadiga muscular e falência muscular respiratória. Os músculos ventilatórios desempenham um papel importantíssimo para o adequado funcionamento do sistema respiratório, em situações em que ocorrem alterações devido uma patologia pode ocorrer alteração na força contráctil, fraqueza fadiga dos mesmos músculos, pois
os músculos dependem dessa intensidade. Segundo Nogueira (2018), a força muscular expiratória é determinada com a pressão expiratória máxima, tendo o seu valor normal em adulto jovem na faixa de (+ 100 a + 150 cmH2O). Em ambos os sexos, a partir dos 20 anos de idade ocorre um decréscimo anual de 0.5 cmH2O. Os conceitos de fraqueza, fadiga e falência muscular respiratória podem ser correlacionados e diagnosticados com a mensuração criteriosa e sistemática da PiMÁX desde que estes valores sejam observados continuamente na clínica do paciente. Os valores compatíveis com a PiMÁX são: Fraqueza muscular respiratória: PiMÁX = -70 A – 45 45 cmH2O; Fadiga muscular respiratória: PiMÁX = -40 a -25 cmH2O; Falência muscular respiratória: PiMÁX = menor que -20 cmH2O. Os músculos respiratórios representam o papel de uma máquina na qual ocorre a fadiga, quando a taxa de consumo de energia pelos músculos é maior que o suprimento de energia pelo sangue. Sob tais circunstâncias, o mús músculo culo delineia um armaz armazenamento enamento de energia qque ue ao ser depletada resulta na falência dos músculos como gerador de força. A medida de força
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dos músculos respiratórios tem de ser feita com a via aérea ocluída e com esforço máximo. O pequeno orifício bucal permite discreto fluxo de ar, que mantém a glote aberta, não alterada substancialmente o volume de ar nos pulmões. Durante a mensuração da PiMÁX e da PeMÁX, deve-se considerar o VP da medida, pois a força respiratória depende do comprimento do músculo respiratório. O equipamento deve ser capaz de medir as pressões negativas e positivas de modo linear (Nogueira, 2018, p. 78).
Os músculos respiratórios desempenham um papel importante, pois os mesmos funcionam como máquinas na qual ocorre a fadiga quando a taxa de consumo de energia pelos músculos é maior que o suprimento de energia pelo sangue. O equipamento deve ter a capacidade de medir as pressões negativas e positivas do linear. A medição da PeMÁX e da PiMÁX pode ser feita com o medidor mecânico de pressão que fica ligado a um bocal. O dispositivo deve conter um pequeno orifício (1mm de diâmetro e 20 a 30mm de comprimento), o qual permite a saída de ar. Isso impede que o paciente gerasse pressão usando os músculos da bochecha. O paciente deve realizar o exame em posição sentada, estando o tronco em ângulo de 90º com a coxa. Como a postura pode influenciar os valores de PeMÁX e PiMÁX, recomenda-se que as mensurações seriadas sejam sempre feitas na mesma posição. O nariz deve ser ocluída por um clipe nasal (Nogueira, 2018, p. 79).
A medição da pressão expiratória máxima e da pressão inspiratória máxima pode ser
realizada por meio de um mediador que fica ligado a um bocal, e neste dispositivo deve ter um pequeno orifício para permitir a saída do ar, o paciente deve realizar o exame na posição sentada.
1.2.9 Tratamento Segundo Ribeiro (2016), o tratamento para atelectasia é feito de acordo com a causa e a intensidade dos sintomas, sendo que nos casos mais leves podem nem ser necessário qualquer tipo de terapia. Suplementação de Oxigénio: A fim de melhorar a falta de ar em casos de colapsos muito grandes, o médico pode recomendar uma suplementação de O2. Esse tipo de terapia pode ser feito por meio de equipamentos como aparelhos de pressão positiva continua nas vias aéreas (CPAPs) ou pressão positiva continua nas vias aéreas a dois níveis (BiPAPs). O tratamento da atelectasia é feito de acordo com a causa e intensidade dos sintomas, a suplementação de O2 melhora a falta de ar em casos de colapsos muito severos, esta terapia pode ser associada associada por meio meio de aparelhos. aparelhos.
35
Segundo Ribeiro (2016), CPAP: Trata-se de um equipamento de alta tecnologia que comprime o ar e, por meio de uma máscara que encobre o nariz e a boca do paciente libera um fluxo de ar contínuo nas VA. Esse fluxo ininterrupto seria capaz de expandir os alvéolos, sem deixá-los colapsar novamente. Aparelho de pressão positiva continua nas vias aéreas: É um equipamento que comprime o ar por meio de uma máscara que vai cobrir o nariz e a boca do paciente, que vai liberar um fluxo contínuo de ar. Segundo Ribeiro (2016), BiPAP: Funciona da mesma maneira que o CPAP, apenas com duas pressões diferentes: diferentes: uma para a hora da inalação e outra, mais branda, para não atrapalhar na hora de expirar o ar. Esses dois aparelhos devem ser utilizados e ter sua pressão regulada
com auxílio do médico, pois, a má utilização dos mesmos pode se prejudicial. Aparelho de pressão positiva continua nas vias aéreas em dois níveis: comprime o ar por meio de uma máscara, máscara, tem a mesma mesma função que a CPAPs a única ddiferença iferença é que a BiPAP BiPAP possui duas pressões diferentes. diferentes.
1.2.10
Tratamento Farmacológico
Segundo Ribeiro (2016), quando a atelectasia é causada por acúmulo de muco nas VA, o médico pode receitar o uso de mucolíticos, medicamentos que facilitam a expectoração expectoração dessas secreções como por exemplo: acetilcisteína, carbocisteína, ambroxol.
Para melhor eficácia no tratamento tr atamento fisioterapêutico, devemos implementar o tratamento farmacológico para facilitar a deslocação da expectoração a nível dos segmentos, ou seja, o tratamento farmacológico realiza uma limpeza internamente. i nternamente.
1.2.11
Fisioterapia respiratória
A fisioterapia respiratória vem ganhado espaço no tratamento das pneumopatias, pois por meios das suas técnicas de higiene brônquica auxilia na prevenção e remoção das consequências mecânicas. 36
Segundo Nogueira (2018), a fisioterapia respiratória envolve um conjunto de técnicas baseadass na aplicação terapêutica de intervenções mecânicas. Deve ser adaptada a cada baseada paciente, constituindo um processo dinâmico que varia continuamente de acordo com o acometimento pulmonar, doenças associadas, condições clínicas, evolução do quadro, idade e factores anatomofisiológicos relativos, bem como com capacidade de cooperação e adesão ao tratamento. Segundo Nogueira (2018), seus objectivos consistem em: Manutenção da
permeabilidade das das VA; Otimização da função respiratória e trocas gasosas; Minimização das alterações da relação ventilação perfusão; Prevenção ou redução das consequências da obstrução por secreção, de maneira directa (hiperinsuflação, atelectasia, má-distribuição da ventilação, aumento do trabalho respiratório) ou indirecta (remoção de secreções infectadas, de mediadores inflamatórios e redução da actividade proteolítica e oxidativa das VA, que pode prevenir ou reduzir as lesões teciduais secundarias); Adequação do suporte ventilatório; Desmame da ventilação mecânica e da oxigenoterapia.A terapia deverá ser baseada na avaliação específica do fisioterapêuta para identificação do tipo de distúrbios ventilatórios, o que possibilita a escolha de uma técnica ou de uma combinação de técnicas adequadas para cada caso. A fisioterapia respiratória tem como objectivos, manter as manutenções das vias aéreas, minimizar as alterações da ventilação e perfusão, prevenir e reduzir as consequências que serão causadass por estas secreções podendo ser de maneira directa ou indirecta e mitos outros. causada
Segundo Nogueira (2018), a fisioterapia respiratória está dividida em técnicas convencionais convencio nais e técnicas actuais, de acordo com seus princípios fisiológicos. Historicamente as técnicas convencionais, convencionais, descritas na literatura l iteratura como chest phsical therapy (CPT), consistem em uma combinação de expirações forçadas (tosse dirigidas ou huff, expiração forçada coma glote aberta do começo ao fim da manobra), drenagem postural, percussão e vibração. Já as técnicas actuais, baseadas em variações do fluxo aéreo, são derivadas dos quatro modos ventilatórios (inspiração lenta ou forçada e expiração lenta ou forçada). f orçada).
A Fisioterapia respiratória está dividida em técnicas convencionais como por exemplo a vibração percussão entre outras, ou seja, s eja, é a combinação das expirações forçadas, e as técnicas actuais que são baseadas na variação do fluxo aéreo baseadas nos modos ventilatórios. 37
1.2.12
Tratamento Fisioterapêutico
Segundo Vieira (2012), a fisioterapia respiratória vem ganhando espaço no tratamento das pneumopatias, pois por meio de suas técnicas de higiene hi giene brônquica auxilia na prevenção e redução das consequências mecânicas da obstrução, aumentando a clearance mucociliarna VA.
Algumas técnicas de higiene brônquica têm por princípio a alteração das propriedades físicas do muco, facilitando sua depuração e aumentando a amplitude dos movimentos ciliares, o objectivo principal dessas técnicas é sempre aumentar e facilitar a remoção dessa secreção. secreção. A fisioterapia respiratória desempenha um papel importantíssimo no tratamento das pneumopatias,, devido a utilização das suas inúmeras técnicas de desobstrução brônquica, e pneumopatias também auxilia na prevenção prevenção e redução dessas obstruções, pois algumas das técnicas utilizadas tem como princípio a alteração das propriedades de secreções o que torna mais fácil a amplitude de movimentos ciliares. Segundo Vieira (2012), drenagem postural: é um procedimento que consiste na utilização da acção da gravidade com o objectivo de drenar secreções pulmonares em direção as regiões mais centrais da árvore brônquica, para assim facilitar sua eliminação, seja por meio da tosse ou da técnica de aspiração traqueal. A verticalização dos brônquios segmen segmentares tares facilita a remoção da secreção nas regiões ventiladas por esses brônquios. Conhecer a árvore brônquica é essencial para escolher a postura mais adequada para drenagem, seja pela visualização de uma alteração de ausculta pulmonar, seja pela radiografia do tórax. A drenagem postural é uma manobra que utiliza a acção da gravidade com objectivo de drenar as secreções nas diferentes regiões da árvore brônquica, pode ser complementada com a utilização da tosse ou da aspiração traqueal. Para a realização desta técnica o fisioterapeuta deve conhecer bem a anatomia do pulmão devido a mudanças de decúbitos que serão executadas. Indicações: segundo o guia prático da American Association For Respiratory Care, as principais indicações da drenagem postural são: dificuldade para eliminar secreção, retenção de secreção, em doenças como fibrose cística, bronquiectasia ou pneumopatia com cativação, atelectasia causada pelo tamponamento mucoso, presença de corpo estranho nas VA, produção excessiva de muco, sendo acima de 25 a 30 ml/dia. A drenagem postural pode ser realizada em todas as faixas etárias, podendo sofrer modificações de acordo com a idade e tolerância do paciente. Deve ser feita preferencialmente nos intervalos das alimentações, sempre observando a presença de refluxo gastroesofágico. Sua duração depende das propriedades viscoelásticas dos mucos e da utilização concomitante de outra técnica e varia bastante em toda a literatura, sendo encontrados valores que vão desde 2
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min em recém-nascidos até 2 horas em adultos. Contraindicações As contra-indicações
podem ser divididas em absolutas e relativas. As absolutas são: instabilidade hemodinâmica, insuficiência respiratória, abdómen aberto. Traumatismo torácico e lesão de cabeça e pescoço, até que se estabilizem. Entre as contraindicações relativas encontramse pressão intracraniana não controlada, cirurgia medular recente, lesão medular aguda, edema pulmonar associado a insuficiência cardíaca congestiva, hemoptise activa, fístula broncopleural, fractura de costela, embolia pulmonar, derrames pleurais volumosos e intolerância a posição (Vieira, 2012, pp. 1 – 2). 2).
Quanto as indicações da execução da drenagem postural a mesma pode ser realizada em todas as faixas etárias, porém haverá modificações de acordo com a idade e tolerância do paciente, deve ser realizada de preferência nos intervalos das alimentações. A drenagem postural apresenta contraindicações contraindicações relativas como por exemplo exemplo nos casos de derrames pleurais volumosos, e contraindicações absolutas como nos casos de insuficiência respiratória. r espiratória. Vibrocompressão: as vibrações não instrumentais consistem em movimentos oscilatórios aplicado manualmente sobre o tórax com frequência ideal desejada entre 3 e 75 Hz, sendo realizadas por meio da tetanização dos músculos agonistas e antagonistas do antebraço, trabalhando em sinergia com a palma da mão aplicada apli cada perpendicularmente sobre o tórax e, preferencialmente, na fase expiratória. Devem ser feitas sempre no sentido crânio-caudal e lateromedial, e uma pressão tolerável pelo paciente, atingindo uma frequência de pelo menos 13Hz.Os vibradores mecânicos podem ser utilizados, mas geralmente são menos eficientes pelo desgaste do equipamento e por não apresentarem contornos anatómicos, não se adaptando a diferentes conformações de tórax e as diferentes posturas que o paciente pode assumir, caso se deseje associar a drenagem postural, por exemplo. A vibrocompressão é a realização da vibração finalizada com compressão intermitente da parede torácica no final da expiração (Vieira, (Vieira, 2012, p. 15).
As vibrocompressões consiste na realização da vibração finalizada com compressão intermitente da parede torácica no final da expiração, sendo realiza realizadas das por meio da tetanização dos músculos agonistas e antagonistas, devem ser feitas sempre no sentido crânio-caudal e lateromedial e em uma pressão tolerável pelo paciente. Indicações: Essa técnica esta indicada para pacientes com secreções já solta, que com o procedimento serão deslocadas por meio dos brônquios de maior calibre para a traqueia e então para fora do sistema respiratório. Apresenta maior eficiência quando realizada após a tapotagem ou a percussão torácica, uma vez que as secreções já se encontrarão soltas. A vibrocompressão também acaba por provocar o reflexo tussígeno e o relaxamento dos brônquios no broncoespasmo. ContraindicaçõesEssa técnica está contraindicada em pacientes com fractura de costelas, pneum pneumotórax otórax não drenado, enfisema subcu subcutâneo tâneo e lesão de pele. Hemoptise, broncoespasmo e hemorragia intracraniana são contraindicações relativas. Atingir a frequência vibratória mínima depende da experiência e da habilidade do terapeuta e demanda um grande esforço físico visto que ela deverá ser mantida por tempo suficiente até que os objectivos da terapia sejam atendidos. Talvez por isso os achados em diferentes estudos sejam contraditórios e muitas vezes inconclusivos (Vieira, 2012, pp. 15 – 16). 16).
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As vibrocompressões estão indicadas para pacientes que apresentam secreções já soltas, que pela execução da mesma serão já deslocadas, ela apresenta maior eficácia quando é associada a tapotagem ou a percussão torácica. Ela está contraindicada em pacientes que apresentam fracturas de costelas e enfisema subcutâneo. Segundo Vieira (2012), percussões torácicas são técnicas que visam, por meio de ondas de choque mecânico, promover vibrações directamente na parede do tórax, para deformar o muco e facilitar sua remoção. r emoção. Entre essas técnicas a mais conhecida é a tapotagem. Sua eficácia é decorrente da força da manobra e da rigidez do tórax. Caracteriza-se pela manobra de percutir de forma ritmada com as mãos em forma de concha ou ventosa, obtida com uma concavidade palmar e com com os dedos aduzidos. aduzidos. Percussões torácicas tem como principal objectivo promover vibrações de forma directa na parede do tórax para deformar a secreção e facilitar a sua remoção. Faz parte também desta técnica a tapotagem que consiste em movimentos rítmicos com as mãos em forma de concha. É realizada simultaneamente com os dedos e com a região metacarpal sobre a zona que apresenta um acúmulo de secreção. Para maior eficácia, é necessário que a mão esteja perfeitamente acoplada ao tórax do paciente, na fase de contacto com a pele, e não se distancie muito na fase em que a mão se afasta do tórax, devendo-se evitar proeminências ósseas. A maioria dos estudos recomenda a realização da tapotagem sobre a pele nua ou coberta por um fino lençol. Durante a realização da manobra o paciente não deve sentir dor. Não existe um consenso em relação a quantidade de te tempo mpo em que o procedimento deve ser realizado. Há uma tendência de se utilizar a ausculta pulmonar para decidir a melhor duração de sua execução. O uso em pediatria e neonatologia é controverso. São sugeridas na literatura algumas adaptações para que seja realizada nessa população, como a utilização de máscaras de anestesia infantil com a abertura menor obstruída e a sobreposição do dedo médio sobre o indicador e anular, utilizando somente os dedos o para percussão. Outros autores questionam a utilização em recém-nascidos e lactentes, já que nessa faixa etária o tórax é muito maleável, tem dimensões reduzidas e, sendo assim, o efeito mecânico da tapotagem seria consideravelmente menor, visto que a propagação das ondas de choque fica dificultada pela flexibilidade do tórax de pacientes nessas faixas etárias (Vieira, 2012, pp. 18 – 19). 19).
As percussões torácicas apresentam-se nas regiões aonde se evidenciam acúmulo de secreções,, para que a mesma técnica tenha êxitos é necessário que a mão do ffisioterapeuta secreções isioterapeuta esteja perfeitamente acoplada na parede torácica do paciente, deve-se evitar o contacto em proeminênciass ósseas, a mesma é realizada com proeminência com o paciente sem vestimenta ou coberto por um lençol fino. Porém durante a realização da mesma m esma o paciente não pode referir dor.
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Segundo Vieira (2012), as indicações na prática a realização da tapotagem parece ser bastante eficaz em pacientes hipersecretivos, já que logo após a utilização desta técnica costuma-se
observar
tosse
com
expectoração
e
melhora
da
ausculta
pulmonar.Contraindicações: pulmonar.Contrain dicações: esta manobra deve ser evitada em indivíduos com osteoporose, osteoporose, fratura de costelas, tumores de pulmão e de mediastino, presença de broncoespasmos, enfisem enfisemaa subcutâneo, lesões cavitárias, edema agudo do pulmão, hemoptise, arritmias cardíacas importantes e sobre lesões de pele. A tapotagem é indicada em situações que o paciente apresente um aumento de secreções secreções,, porque após a realização da técnica observa-se tosse com expectoraçã expectoração, o, a mesma é contraindicada dm casos de fracturas de costelas lesões cavitárias e muitas outras. Segundo Vieira (2012), expiração Lenta Total com a Glote Aberta em Decúbito Infralateral (ETGOL) É uma expiração lenta iniciada na CRF e continuada até ao VR, com o lado a ser tratado em posição infralateral. Sobretudo, é necessário compreender a mecânica respiratória do decúbito lateral. A ETGOL é uma técnica t écnica ativo-passiva ou ativa, isto é, pode ser realizada com ajuda do terapeuta ou de forma independente. O paciente é posicionado em decúbito lateral com o lado a ser tratado para baixo e realiza expirações lentas a partir da CRF até o VR. A ETGOL é uma técnica que exige do fisioterapeuta o domínio da mecânica respiratória sobretudo o decúbito lateral, é uma técnica activo-passiva ou até mesmo activa. O lado a ser tratado deve estar para baixo. Segundo Vieira (2012), o fisioterapeuta se posiciona atrás do paciente, exerce uma pressão abdominal infralateral com uma das mãos e uma pressão de contra apoio no gradil costal supralateral com a outra mão. Essa pressão abdominal infralateral na direcção do ombro contralateral favorece uma desinsuflação completa do pulmão infralateral. O paciente deve manter a boca bem aberta para que seja possível perceber os ruídos bucais. Nesse caso, podese utilizar um bocal como ressonador, ressonador, que também favorecerá a manutenção da glote aberta por um reflexo bucofaríngeo.
Para a execução da técnica de ETGOL o fisioterapeuta posiciona-se posteriormente ao paciente e o mesmo vai vai exercer exercer uma pressão abdominal infralateral infralateral e uma das mãos va vaii exercer 41
pressão e a outra vai apoiar no gradil costal supralateral. O paciente durante a execuçã execuçãoo da técnica deve manter a boca bem aberta para o fisioterapeuta evidenciar possíveis ruídos bucais. Indicações: As principais indicações dessa técnica se destinam a obstrução brônquica das VA médias em pacientes de 10 anos de idade. Os pacientes com doenças pulmonares cronicas apresentam razões ainda maiores para se beneficiarem dessa técnica. Por se tratar de uma expiração lenta, ela não provoca o colapso das VA proximais comuns nas técnicas forçadas que prejudicam a eliminação das secreções. Contraindicações, está contraindicada em casos de abscessos pulmonares, obstruções cavitárias e bronquiectasias avançadas com grande destruição da árvore brônquica. A técnica é limitada em lactentes e crianças menores de 10 anos em razão das particularidades do decúbito lateral já explicadas. Para essa população, existe uma técnica adequada que é a expiração lenta e prolongada (ELPr). Em qualquer situação de acometimento unilateral, seja de origem ventilatória ou perfusional, deve-se deve-se ter a mão um oxímetro de pulso e O O22 suplem suplementar, entar, pois esses pacientes apresentam uma maior chance de dessaturação por conta do decúbito lateral. Expiração Lenta e Prolongada (ELPr). A ELPr foi idealizada pelo fisioterapeuta belga Guy Postiaux, no final da década de 1980, que partiu dos princípios fisiológicos do sistema respiratório para inovar nas técnicas de higiene brônquica, respeitando o sistema respiratório em desenvolvimento do lactente. A ELPr foi definida como técnica de fisioterapia respiratória não convencional passiva de ajuda expiratória aplicada no lactente, obtida por meio de pressão manual toracoabdominal lenta, que se inicia no final da expiração espontânea e prossegue até o VR. Para a sua realização, du duas as ou três inspirações são restringidas dura durante nte aplicação da técnica para prolongar a expiração. Seu objectivo principal é obter maior volume de ar expirado em relação a uma expiração tranquila (Vieira, 2012, pp. 149 – 150). 150).
A ELPr é uma técnica não convencional passiva que ajuda o lactente no final da fase expiratória por meio da pressão manual toracoabdominal lenta que termina até o VR. Para a realização da técnica duas ou três inspirações serão necessárias, com o objectivo de obter maior volume de ar expirado. Segundo Vieira (2012), indicações e contraindicações a ELPr é indicada para lactentes com obstrução brônquica ou hipersecreção pulmonar e também pode ser indicada em crianças maiores. As contraindicações da ELPr são, na maior parte, relativas e dependentes da experiência do profissional que irá aplicá-la. Entre as contraindicaçõ contraindicações, es, destacam-se as cirurgias ou síndromes abdominais, cardiopata, doenças neurológicas agudas e doença do refluxo gastroesofágico.
A ELPr é indicada em lactentes com hipersecreções pulmonares e com obstruções brônquicas, a mesma é contraindicada em casos de cardiopatias e quando o profissional não tem muita experiência.
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Segundo Vieira (2012), técnicas Expiratórias Forçadas (TEF), a TEF consiste em uma expiração forçada realizada a alto, médio ou baixo volume pulmonar, obtida graças a uma contração energética dos músculos expiratórios, expiratórios, e é qualificada como activa na criança maior e no adulto. Nos lactentes é realizada de forma passiva por meio de uma pressão toracoabdominal toracoabdominal exercida pelo fisioterapeuta. Durante essa manobra, tanto a pressão intratorácica quanto a bucal aumentam simultaneamente, simultaneamente, porém o fluxo resultante é inferior ao produzido pela tosse. Essa diferença já foi verificada em adultos, nos quais o pico de fluxo expiratório médio (PFE) durante a tosse é de 288 L/min e na TEF é de 203 L /min. A TEF consiste em uma expiração esforçada realizada a alto, médio e baixo volume pulmonar graças a contracção energéticas dos músculos expiratórios, a mesma é quantificada como activa em crianças e maior em adultos. Segundo Vieira (2012), indicações e contraindicações, a TEF está indicada para remoções de secreções das VA proximais na criança cooperante ou com mais de 2 anos, no adolescente e no adulto. No lactente, só há uma única indicação, que é na ausência de tosse reflexa, quando a tosse provocada não produz efeito ou por processos cirúrgicos locais (pósoperatório de correcção de atresia e de esófago). A TEF está indicada para remoção de secreções das VA proximais em lactentes cooperantes ou em criança com mais de 2 anos, em adolescentes e em adultos, em casos dos lactentes é indicado apenas quando há ausência de tosse reflexa. Para as crianças pequenas e maiores de 2 anos, há necessidade de se ter muita criatividade por parte do fisioterapeuta, que pode lançar mão nesse caso dos jogos de assopro com
por parte do fisioterapeuta, que pode lançar mão nesse caso dos jogos de assopro com bolinhas de sabão ou língua de sogra para conseguir uma TEF activa. Na ausência dessa condição, a TEF está contraindicada em lactentes, principalmente durante o choro. Considerando que a manipulação do fisioterapeuta na grande maioria das vezes acarreta choro, essa técnica é inviável para essa faixa etária. O choro, assim como a TEF, produz um PIP. O PIP do choro é um nível glótico (freio glótico), que também divide a VA em duas partes. Durante a execução da compressão toracoabdominal, observa-se uma rigidez instantânea de ambos os compartimentos decorrentes do choque da massa de ar com as cordas vocais e a parede brusca da execução diafragmática, produzindo, dessa forma, um aumento brusco da pressão intratorácica, podendo levar a barotrauma, refluxo gastroesofágico, interrupção do retorno venoso com repercussão hemodinâmica e aumento da pressão intracraniana. A tosse provocada é preferível por aumentar a pressão por um período mais breve (Vieira, 2012, p. p. 154).
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No caso dos lactentes é necessário necessário que o fisioterapeuta fisioterapeuta tenha muita cria criatividade tividade e prática do mesmo, a TEF está contraindicada em lactentes principalmente durante o choro. Segundo Vieira (2012), tosse provocada (TP) trata-se de uma tosse reflexa aplicada no lactente, incapaz de cooperar e de realizar uma tosse activa voluntária. A TP é a tosse reflexa induzida pela estimulação dos receptores mecânicos localizados na parede da traqueia extratorácica. Esse mecanismo ao nascimento é imaturo, após algumas semanas o reflexo se consolida e assim permanece até os 3ou 4 anos de idade, período este em que o reflexo começa novamente a se reduzir. A TP é uma tosse que é aplicada no lactante, que é incapaz de cooperar e de realizar uma tosse activa voluntária. A mesma tem como objectivo a estimulação dos receptores mecânicos localizados na parede da traqueia. Segundo Vieira (2012), indicações e contraindicações, a TP está indicada em casos de obstruções proximais no lactante e na criança pequena, que não podem atender a uma solicitação voluntária. A TP não deve ser desencadeada a baixo volume pulmonar em razão de risco de sufocação, vómito e baixa eficácia. Afecções laríngeas como o estridor. A TP é indicada em casos de obstruções proximais no lactente que não pode realizar de forma voluntária, porém é contraindicada quando estamos diante de um volume pulmonar
muito baixo devido ao risco de sufocação e baixa eficácia. Segundo Vieira (2012), tosse dirigida (TD), trata-se de um esforço de tosse voluntária quando o paciente é solicitado pelo fisioterapeuta. Pode ser aplicada em diversas posturas, porém o mais importante, assim como na TP, é a contenção abdominal para a optimização do efeito de expulsão. Indicações e Contraindicações: a principal indicação é a presença de secreções em brônquios proximais, e, nesse caso também é a cooperação do paciente. As contraindicações incluem instabilidade da parede brônquica e elementos como fadigalidade, fragilidade osteoarticular e reflexo de vómito. A TD é uma tosse voluntária, que pode ser aplicada em diversas posturas. É indicada em casos de secreções nos brônquios proximais e quando se trata tr ata de um paciente cooperante, a mesma é contraindicada em casos de instabilidade da parede brônquica. 44
Segundo Sarmento (2016), a extubação é um procedimento que acontece posteriormente ao período de desmame ventilatório e pode ser definida como a retirada da via aérea artificial. No caso de retirada retirada da cânula de traqueostomia, traqueostomia, utiliza-se o termo decanulação. decanulação. Assegura-se Assegura-se o êxito da extubação quando o paciente é submetido a um processo de desmame ventilatório, o que depende inicialmente da melhoria ou estabilização do quadro inicial responsável pela implementação da ventilação mecânica, mesmo que a condição do paciente ainda esteja sob controlo de medicações, como, por exemplo, o uso de baixas doses de drogas vasoactivas. vasoactivas. A extubação consiste na retirada da via aérea artificial, e é um procedimento que ocorre depois do período de desmame ventilatório, a extubação é eficaz quando o paciente é submetido a um processo de desmame ventilatório, pois é com base neste procedimento que poderemos notar a melhoria ou estabilização e até mesmo agravamento do quadro clínico do paciente. A extubação deve ser realizada preferencialmente no período de manha e evitada a noite, mas isso não é uma regra, o importante é que a equipa multidisciplinar esteja focada no procedimento, e que ele ocorra em um período em que não haja outras intercorrências na unidade de terapia intensiva (UTI). Deve-se estar atento ao facto de que sempre que um paciente é extubado pode haver a necessidade de uma reintubacão, ou seja, de que uma nova via aérea artificial seja instituída. O fisioterapeuta deve estar capacitado a planear, executar o procedimento e a identificar os sinais de desconforto respiratório do paciente
que possam levar a reintubacão. reint ubacão. A necessidade de reintubacão está associada a um aumento do risco de mortalidade (Sarmento, 2016, p. 346).
A extubação deve ser realizada de preferência no período diurno e evitada no período nocturno mais não se trata de uma regra, é algo opcional dependendo de cada profissional, aconselha-se a realizar no período diurno devido a máxima atenção que o profissional vai ter, em contrapartida no período nocturno poderá surgir algumas situações que podem passar por despercebidas aos olhos do profissional. Normalmente o paciente que é extubado pode voltar novamente a ser reintubado, e essa realidade exige do profissional certa habilidade e capacidade para poder planificar planificar um novo procedimento. procedimento.
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CAPÍTULO II – OPÇÕES OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO
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2.1. MODELO DE INVESTIGAÇÃO O presente trabalho tem como método de estudo retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa.
2.2. VARIÁVEIS Variável dependente: pacientes com atelectasia. Variável independente i ndependente:: idade, sexo, factores etiológicos e técnicas.
2.3. POPULAÇÃO A população estudada foi constituída por 60 processos de pacientes que estiveram internados na Unidade dos Cuidados Intensivos no II semestre de 2019.
2.4. AMOSTRAS A amostra foi constituída por 30 processos de pacientes internados na unidade dos cuidados intensivos no II semestre de 2019, foram selecionados pelo método de amostragem por conveniência. conveniência. As amostras foram baseadas de acordo com a idade, sexo, factores etiológicos e as técnicas.
2.5. CRITÉRIO DE INCLUSÃO Foram incluídos os 30 processos dos pacientes admitidos no serviço da unidade dos cuidados intensivos no II semestre de 2019 com diagnóstico de atelectasia. Foram excluídos 30 processos dos pacientes com atelectasia pelos seguintes critérios: tipo de técnicas menos utilizadas e a idade inferior a 5 anos.
2.6. CRITÉRIOS ÉTICOS Foi feito primeiramente a proposta do tema que foi entregue a Coordenação do Curso de Fisioterapia, depois de aprovada foi feito o pré-projecto que foi entregue ao conselho científico que aprovou o mesmo. Foi entregue uma carta ao local de estudo a solicitar autorização para a referida pesquisa. Todos os dados pessoais dos pacientes não foram divulgados pois foram omissos. 47
2.7. INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO Foi utilizado como instrumento de investigação, uma tabela matriz.
2.8. PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Os dados foram processados através do programa Excel da Microsoft Corporation e tabelas, a apresentação foi feita em PowerPoint.
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CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS
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3.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS O presente trabalho tratou sobre as técnicas t écnicas utilizadas em fisioterapia aos pacientes com atelectasia, a pesquisa foi realizada na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida, analisou 30 prontuários de pacientes assistidos no segundo semestre de 2019 pelos Fisioterapeutas deste Serviço, os dados colectados foram apresentados em forma descritiva. Tabela 1: Distribuição quanto a idade e sexo, dos doentes com atelectasia, internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida no IIº semestre de 2019 Sexo Faixa etária Feminino Masculino Total n % n % n % 5-14 5,0 16,8 5,0 5,0 16,6 10,0 33,3 15-24 1,0 3,3 1,0 3,3 25-34 2,0 6,7 1,0 3,3 3,0 10,0 35-44 1,0 3,3 1,0 3,3 45-54 4,0 13,4 5,0 5,0 16,6 9,0 30,0 55-64 2,0 6,7 2,0 6,6 4,0 13,3 65+ 2,0 6,7 2,0 6,7 Total 14,0 47,0 16,0 53,0 30,0 100,0 Fonte: Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida. Boavida .
Gráfico 1: Distribuição quanto a idade e sexo, dos doentes com atelectasia, internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida no IIº semestre de 2019
Distribuição dos pcts quanto a faixa etária e o sexo 300 250 200 150 100 50 0 1
2
3
4
5
6
7
8
9
Faixa Etária
Sexo Feminino n
Sexo Feminino %
Sexo Se xo Mas ascu culi lino no n
Sexo Se xo Ma Mas scu culi lino no %
Sex Se xo Tot Total al n
10 10
Sexo Total %
Fonte: Unidade De Cuidados Intensivos Do Hospital Américo Boavida
50
Tabela 2: Distribuição dos doentes com atelectasia quanto a faixa etária e os factores de risco observados nos internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida Factores de riscos Faixa Total etária Corpo Derrame I.Pulmonar Anestesia RPL* Compressão Outros* estranho pleural geral tumoral N % N % n % N % n % N % N % n % 5-14 5 16. 2 6.7 3 10 0 0 0 0 10 33.3 7 15-24 0 1 3.3 0 0 0 0 0 1 3.3 25-34 0 0 2 6.7 0 1 3.3 0 0 3 10 35-44 0 0 1 3.3 0 0 0 0 1 3.3 45-54 0 2 6.7 5 16.7 0 1 3.3 0 1 3.3 9 30 55-64 0 1 3.3 2 6.7 0 1 3.3 0 0 4 13.3 65+ 0 0 0 0 1 3.3 1 3.3 0 2 6.7 Total 5 16. 6 20 13 43.3 0 4 13. 1 3.3 1 3.3 30 100 7 3 Fonte: Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida 2019.
Gráfico 2: Distribuição dos doentes com atelectasia quanto a faixa etária e os factores de risco observados nos internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida
Distribuição dos pcts com atelectasia quanto a faixa etária e factores de riscos 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 0,0 n
%
Corpo estranho
n
%
Derrame pleural
n
%
n
I.Pu I. Pulm lmon ona ar
%
n
Ane nest ste esi sia a geral
% RPL*
n
%
Compressão tumoral
n
%
Outros*
Factores de riscos 5_14
15-24
25-34
35-44
45-54
n
Total 55-64
65+
Total
Fonte: Unidade De Cuidados Intensivos Do Hospital Américo Boavida
%
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Faixa etária
Tabela 3: Distribuição das técnicas de fisioterapia aplicadas nos doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida com atelectasia Técnicas de fisioterapia aplicadas CR TMR* Vibromassagem Pressoterapia TRE Extubação Aspiração Total N % N % n % N % n % n % n % n %
5-14 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65+ Total
40 2 0 2 1 0 9
13.3 41 6.7 0 0 6.7 2 3.3 0 0 30 7
13.3 3.3 0 0 6.7 0 0 23.3
01 2 1 3 2 0 9
3.3 0 6.7 3.3 10 6.7 0 30
01 0 0 0 0 0 1
3.3 0 0 0 0 0 0 3.3
00 1 0 1 1 1 4
00 3.3 0 0 3.3 0 3.3 0 3.3 1 13.3 1
00 0 0 0 0 3.3 3.3
00 0 0 1 0 0 1
00 3.3 3.3
110 3 1 9 4 2 30
33.3 3.3 10 3.3 30 13.3 6.7 100
Fonte: Unidade De Cuidados Intensivos Do Hospital Américo Boavida
Gráfico 3: Distribuição das técnicas de fisioterapia aplicadas nos doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Américo Boavida com atelectasia
Distribuição dos pcts quanto a faixa etária e as técnicas de fisioterapia 250,0 200,0 150,0 100,0 50,0 0,0 n
% CR
n
%
TMR*
n
%
n
%
Vibromassagem Pressoterapia
n
% TRE
n
%
Extubação
n
Aspiração
Técnicas de fisioterapia aplicadas 5_14
15-24
25-34
35-44
45-54
55-64
65+
Fonte: Unidade De Cuidados Intensivos Do Hospital Américo Boavida
%
Total
n Total
%
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3.2. ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS Com estes resultados permite-nos ter noção da eficácia ou não que a fisioterapia desempenhaa no tratamento desempenh t ratamento dos pacientes com atelectasia. Assim sendo: A maioria dos pacientes submetidos ao tratamento de fisioterapia eram do sexo masculino 53% e a faixa etária predominante foi a dos 45-54 anos. O que corrobora com os resultados obtidos na tabela n.º 2 que realça que nesta faixa etária as causas mais frequentes têm ocorrido também nesta faixa etária. A maioria dos doentes teve como causa mais frequente as infecções pulmonares, estes resultados corroboram com os resultados obtidos no estudo de Ribeiro (2016), que realça que as infecções pulmonares têm maior prevalência. Porém Moreira (2013), afirma que as infecções pulmonares não não fazem parte das das causas mais frequentes. Segundo o estudo as técnicas que mais foi utilizada foram das técnicas de C.R e a Vibromassagem. Porém alguns profissionais têm optado em utilizar apenas a pressão positiva como sendo o único recurso. Estes resultados corroboram com os resultados obtidos. No estudo de Vieira (2012), que afirma que a pressão pressão positiva para os casos em que se se observam grandes aéreas de shunt pulmonar, grandes condensações ou colapsos ou mesmo utilizar os recursos não instrumentais, porem deve-se apenas implementar alguns exercícios para tornar o processo processo mais activo activo e interactivo. Sarmento (2016), afirma que a utilização da técnica de TEF é inviável para os lactentes, pois requer do fisioterapeuta muita criatividade. O mesmo autor afirma dizendo que o uso da tapotagem em neonatologia e pediatria é controverso. Porém outros autores e pesquisadores questionam a utilização em recém-nascidos e lactentes, já que nessa faixa etária o tórax é muito maleável e tem dimensões reduzidas e sendo assim o efeito mecânico da tapotagem seria menor,
visto que a propagação das ondas de choque fica dificultada pela flexibilidade do tórax de pacientes nessa nessa faixa etária. Dos pacientes submetidos ao tratamento de fisioterapia apenas 11 tiveram melhorias no seu quadro clínico, de acordo com o estudo realizado, o que nos leva a concluir que não houve muita eficácia na realização dos mesmos serviços.
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CONCLUSÃO A atelectasia pulmonar também chamada de colapso pulmonar é uma complicação respiratória que impede a passagem de ar suficiente, devido ao colapso dos alvéolos pulmonares. A atelectasia é mais predominante na faixa etária dos 45-54 anos e o sexo mais frequente é o masculino. Os tipos de atelectasia mais frequentes as de absorção, de compressão, de relaxamento e a perda ou ausência do surfactante. Quanto aos factores de riscos conclui-se que as infecções pulmonares são as mais frequentes. As sintomatologias da atelectasia variam em função da extensão da lesão e da velocidade da sua instalação. Para termos a confirmação de que se trata mesmo de uma atelectasia é necessário confirmar o nosso diagnóstico utilizando uma tomografia computadorizada, computadorizad a, radiografia do tórax, broncoscopia e oximetria. Faz-se também alguns exames complementares para confirmar ou descartar o diagnóstico da atelectasia como a espirometria, o teste ergométrico e muitos mais. Quanto ao exame físico, realiza-se a ausculta pulmonar para poder avaliar os ruídos respiratórios. A Fisioterapia respiratória, demostrou ser eficaz, pois a mesma previne e reduz as consequências consequê ncias da obstrução por secreção, e dentro da mesma encontramos as inúmeras técnicas utilizadas em Fisioterapia tanto as convencionais convencionais como as actuais. E as técnicas mais uti utilizadas lizadas
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