MONOGRAFIA- CONSTRUÇÃO DE UMA USINA HIDRELÉTRICA-VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA O HOMEM E O PLANETA-ROOSEVELT

May 21, 2019 | Author: Rafael Silva | Category: Hydropower, Transformer, Electric Generator, Propeller, Electricity
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ROOSEVELT BRITO SIQUEIRA

CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO DE UMA USINA HIDRELÉTRICA: VANTAGENS VANTAGENS E DESVANTAGENS DESVANTAGENS PARA O HOMEM E O PLANETA PL ANETA

2

SÃO PAULO 2012 SUMÁRIO 1

INTRODUÇÃO ..................................................................................................3

2

REFERENCIAL TEÓRICO ...............................................................................5

2.1 2.1

H!" H!"#$ #$% % &% E'($ E'($) )%% H& H&$( $(*+ *+"$ "$, ,%% ''- B$% B$%! !** ....................................................5

2.2

C-',( C-',("-! "-! E!!(', E!!(',% %! ! % R(! R(!(" ("- &% G($%/ G($%/- &( E'($) E'($)% % H&$ H&$* *,% ,% .......8

2.3

E3$(('&3('"-! P%$% U!- &-! R(,$!-! H4&$,-! ..................................9

2.5 2.5

C-3 C-3-' -'(' ('"( "(! ! ( E6 E6%3 %3(' ('""-! ! &( U3% U3% U! U!' '%% H&$( H&$(*+ *+"$ "$, ,%% ......................10

2. 2.5. 5.11 B% B%$$ $$%) %)(' ('!! ......................................................................................................11 2.5.2 T-3%&% &7)% ..............................................................................................12 2.4.2.1 Equipamentos de tomada d’água ..................................................................12

2.5.8 Ó$)-! %&"-$(! ...........................................................................................13 2.4.3.1 Componentes de órgãos adutores ................................................................13

2. 2.5. 5.55 G( G($% $%&&-$( $(!! ......................................................................................................13 2.5.9 R()*%&-$(! &( (*-,&%&( .........................................................................15 2.5.; T$etas 1956?1961;- pe'o go,erno @us$e'ino Au!its$&eB- o$orreu um aumento aumento na demanda demanda por energia. energia. =or esse moti,omoti,o- a po'+ti$a po'+ti$a do etor E'(tri$o E'(tri$o Estata' deu preern$ia  produ%ão energ(ti$a por interm(dio da $onstru%ão de usinas &idre'(tri$as. ess esse e rumo rumo-- a $ons $onstr tru% u%ão ão de usin usinas as &idr &idre' e'(t (tri$ ri$as as pro, pro,o$ o$ou ou impa impa$t $tos os so$ioa so$ioam!i m!ient entais ais irre,er irre,ers+, s+,eis eis em di,ers di,ersos os 'ugare 'ugaress do )rasi' )rasi'-- e em $ontr $ontrapa apartid rtida a ti,eram uma atua%ão in'uente na ati,idade regiona'- prin$ipa'mente no per+odo de sua edii$a%ão- $om a produ%ão de empregos e o aumento da popu'a%ão nos muni$+pios en,o',idos :#DE#*- 2012;.  * pergunta que norteou a pesquisa oiF * partir do $on&e$imento da &istória da usina &idre'(tri$a no )rasi'- quais são as ,antagens e des,antagens de sua $onstru%ão- para o ser &umano e para o p'anetaG Hiante Hiante do e7postoe7posto- o o!Ieti,o o!Ieti,o gera' da presente presente pesquisa pesquisa ( dis$orrer dis$orrer so!re so!re a $onstr $onstru%ã u%ão o

de

usinas usinas

&idre' &idre'(tr (tri$a i$ass

e

suas suas

imp'i$ imp'i$a% a%es es

so$ioam!ientais.  * Iustii$ati,a para a rea'ia%ão desta pesquisa se $entrou em que não só no )rasi'- mas no mundo a energia e'(tri$a signii$a $res$imento na e$onomia do pa+s. oda oda,i ,iaa- esse esse mode mode'o 'o ener energ( g(ti$ ti$o o intro introdu dui ido do no )ras )rasi'i'- $ons $onsu! u!st stan an$i $iad ado o na edii$ edii$a%ã a%ão o de grande grandess usinas usinas &idre' &idre'(tr (tri$a i$ass- pro,o pro,o$ou $ou s(rio s(rioss preIu+ preIu+os os ao meio meio am!iente e s popu'a%es atingidas- pois $om a $ria%ão dos reser,atórios das usinas &idre'(tri$as se a'$an%ou so'os (rteis e terras agri$u'tá,eis- desintegrando a popu'a%ão 'o$a' que dei7ou de ter suas $ara$ter+sti$as &istóri$as- identidade $u'tura' e suas re'a%es $om o 'ugar- mais do que a a'tera%ão nos e$ossistemas aquáti$os e a destrui%ão da 'ora e da auna. Juanto  metodo'ogia- a presente pesquisa se $ara$teriou $omo re,isão !i!'io !i!'iográ grái$ i$aa- no per+od per+odo o $ompr $ompreen eendid dido o entre entre 2000 2000 e 20122012- $om $onsu $onsu'ta 'tass em artigos- 'i,ros- ,ia web e demais periódi$os.

5

2

REFERENCIAL TEÓRICO

2.1

H!"#$% &% E'($)% H&$(*+"$,% '- B$%!* Em 1883- na $idade de Campos?@ se insta'ou a primeira usina e'(tri$a no

)rasi'- e oi denominada $omo uma usina termoe'(tri$a. * primeira usina &idre'(tri$a !rasi'eira oi edii$ada- a'guns anos depois- na $idade de Hiamantina?>Kuti'iando

as

águas

do

i!eirão

do

#nerno-

a'uente

do

rio

@equitin&on&a. o entanto- a primeira &idre'(tri$a !rasi'eira ,o'tada para un%es de uti'idade  $o'eti,idade oi a do rio =arai!una- que gera,a energia para a $idade de @ui de Lora?>K. aque'a (po$a- $onstruir uma usina e'(tri$a era muito $omp'e7o- porque o )rasi' não dispun&a de á!ri$as de máquinas t(rmi$as- tampou$o grandes reser,as e7p'oradoras de $ar,ão ou petró'eo- que são os $om!ust+,eis dessas máquinas.  panorama só $ome%ou a mudar a partir da =rimeira Kuerra >undia'- de,ido  dii$u'dade em importar muitos !ens passaram a ser $one$$ionados no )rasi'- e isso e $om que muitas ind/strias se esta!e'e$essem no )rasi'- prin$ipa'mente na $idade de ão =au'o- e todas e'as ne$essitando uti'iar grandes quantidades de energia e'(tri$a.  go,erno !rasi'eiro de$idiu- então- $on$eder in$enti,os para as empresas de energia e'(tri$a que tin&am interesse em se insta'ar no )rasi'- e a que mais se desta$ou oi a Band and Share- empresa norte?ameri$ana que ormou de empresas de energia e'(tri$a- $on$entradas em no,e $apitais !rasi'eiras e na $idade de =e'otas?.  )rasi'- em 1930- tin&a 891 usinas- distri!u+das em 541 &idre'(tri$as- 33" t(rmi$as e 13 mistas *EE:- 2012;.  * questão da importa%ão e do ra$ionamento de $ar,ão e petró'eo- no )rasi'regressou $om o ad,ento da egunda Kuerra >undia'- porque a usina e'(tri$anesse tempo- era uti'iada para outros ins- tais $omo na i'umina%ão p/!'i$a e dom(sti$a- sendo que uma de'as era o transporte e'(tri$o no )rasi'- que se identii$aram $om a designa%ão de !ondes- no entanto o $res$imento da $apa$idade insta'ada $ontinua,a pequeno.

6

Em 1940- o )rasi' distri!u+a 1.243>M e- em 1945 amp'iou para quando muito 1.341>M.

 go,erno !rasi'eiro- então- inter,iu para aumentar a ta7a de

$res$imento e dis$ip'inar a produ%ão e distri!ui%ão de energia e'(tri$a que se en$ontra,a em poder das empresas estrangeiras- e undou a Compan&ia Nidre'(tri$a de ão Lran$is$o CNEL; que $onstruiu a usina de =au'o  *onso *EE:- 2012;. Em 1952 se $onstituiu as Centrais de >inas Kerais CE>#K; $om $in$o empresas regionais e suas au7i'iares- e em 195" o$orreu a unda%ão das $entrais e'(tri$as de Lurnas- que $&eiaram a $onstru%ão das usinas de =orto Co'Om!ia>arim!ondo- Estreito- Do'ta Krande e Pgua Derme'&a. Em 1966 se reuniu as Centrais E'(tri$as do io =ardo CNE=;- as Qsinas E'(tri$as de =aranapanema QE:=*; e as Centrais E'(tri$as de Qru!upungá CE:Q*;- para $riar as Centrais E'(tri$as de ão =au'o CE=E; *EE:- 2012;. Em 1954 o presidente Ket/'io Dargas $riou uma empresa estata' para p'aneIar e $oordenar a $onstru%ão das usinas produtoras de energia e sistematiar sua distri!ui%ão- por(m sua ideia somente ,igorou em 1963- no go,erno de @M para 1"."00>M- e de 19"6 para 1985 se

imagina,a que no,amente trip'i$asse- e para isso oi ne$essário

$ontar $om a

usina de

#taip/-

a

maior

&idre'(tri$a

do

mundo

$om

14.000>M *EE:- 2012;. He a$ordo $om a *EE: 2012; as maiores usinas &idre'(tri$as !rasi'eiras edii$adas at( o ina' de 2002 sãoF ? #taipu io =araná; ? 12.600 >MR ? u$uru+ io o$antins; ? 4.245 >MR ? #'&a o'teira io =araná; ? 3.444 >MR ? ingó io ão Lran$is$o; ? 3.000 >MR ? =au'o *onso #D ão Lran$is$o; ? 2.460 >MR ? #tum!iara io =arana+!a; ? 2.082 >MR ? ão imão io =arana+!a; ? 1."10 >MR ? Ló do *reia io #gua%/; ? 1.6"6 >MR ? @upiá io =araná; ? 1.551 >MR

"

? #tapari$a io ão Lran$is$o; ? 1.500 >MR ? #tá io Qruguai; ? 1.450 >MR ? >arim!ondo io Krande; ? 1.440 >MR ? =orto =rima,era io =araná; ? 1.430 >MR ? a'to antiago io #gua%/; ? 1.420 >MR ? Pgua Derme'&a io Krande; ? 1.396 >MR ? Corum!á io Corum!á; ? 1.2"5 >MR ? egredo io #gua%/; ? 1.260 >MR ? a'to Ca7ias io #gua%/; ? 1.240 >MR ? Lurnas io Krande; ? 1.216 >MR ? Em!or$a%ão io =arana+!a; ? 1.192 >MR ? a'to sório io #gua%/; ? 1.0"8 >MR ? Estreito io Krande; ? 1.050 >MR ? o!radin&o io ão Lran$is$o; ? 1.050 >M.  * *E:: 2012; airma que- as de maiores empresas geradoras de energia e'(tri$a que estão em opera%ão sãoF ? CNEL- Compan&ia Nidro E'(tri$a do ão Lran$is$o S 10.615 >MR ? LQ*- Lurnas Centrais E'(tri$as T*. S 9.656 >MR ? E:EE- Centrais E'(tri$as do orte do )rasi' T*. S ".626 >MR ? CE=- Compan&ia Energ(ti$a de ão =au'o S ".455 >MR ? *CE)E:- ra$te!e' Energia T*. S 6.503 >MR ? CE>#K- Compan&ia Energ(ti$a de >inas Kerais S 6.419 >MR ? #*#=Q- #taipu )ina$iona' S 6.300 >MR ? C=E:?KE- Cope' Kera%ão T*. S 4.546 >MR ? *E #EU- *E iet T*. S 2.651 >MR ? HQAE- HuBe EnergV #nternationa'- Kera%ão =arapanema T*. S 2.299 >M.  * usina &idre'(tri$a de #taipu (- atua'mente- a maior do mundo gerando 12.600 >M- por(m no distrito de andouping- muni$+pio de Wi$&ang- pro,+n$ia de Nu!ei- C&ina- está em $onstru%ão a usina de rs Kargantas que gerará 18.200 >M DE=E- 2012;. Desper 2012; airma que a demanda mundia' por energia irá quase dup'i$ar at( 2030- ou seIa- &á uma propensão signii$ati,a na $onstru%ão e modernia%ão de usinas &idre'(tri$as para os pró7imos anos- prin$ipa'mente no )rasi'.  $res$imento do $onsumo de energia nos pa+ses ri$os ( menos a$e'erado que nos em

8

desen,o',imento- e isso o$orre por $onta dos dierentes estágios de industria'ia%ãopois os pa+ses em desen,o',imento possuem ind/strias pesadas- que despendem mais e'etri$idade- e por sua ,e- os pa+ses desen,o',idos estão $ada ,e mais adquirindo $on&e$imentos na área de ser,i%os e transerindo á!ri$as para pa+ses em desen,o',imento. He a$ordo $om a *EE:- o )rasi' está disposto entre os $in$o maiores produtores de energia &idre'(tri$a no mundo- $om 158 usinas &idre'(tri$as de grande porte- que geram em torno de "4.438.695 BM )2012;.

2.2

C-',("-! E!!(',%! % R(!("- &% G($%/- &( E'($)% H&$*,%  * energia &idráu'i$a ( reno,á,e'- porque apro,eita as energias poten$iais e

$in(ti$as reunidas em rios ou 'agos e as $on,erte em energia me$ata *t'as- mesmo assim- não reso',e o impa$to que a represa pro,o$ou- apenas margeia a situa%ão- pois- ta',e seIa irre,ers+,e' essa degrada%ão pro,o$ada $om a orma%ão do :ago de #taipu e quem soreu $om as $onsequn$ias o$asionadas so!re essa região oi o meio am!ienteno seu $onte7to natura' e so$ia'. oua 2009; desta$a que são ,ários os impa$tos produidos por $onstru%es de !arragens- e'en$ando- $omo negati,os- a inunda%ão de ,astas áreas- a re'o$a'ia%ão $ompu'sória das popu'a%es aetadas- os mo,imentos de popu'a%es induidos durante a etapa da $onstru%ão- os $on'itos so$io$u'turais re'a$ionados a tais mo,imentos- os eeitos in'a$ionários 'o$a'iados oriundos do aumento pontua' da demanda de !ens para a $onstru%ão ou o $onsumo- as modii$a%es ad,indas da $onstru%ão ou a inunda%ão dos e$ossistemas naturais. egundo oua 2009;- a $omp'e7idade das transorma%es geradas pe'as perspe$ti,as de gera%ão de energia e desen,o',imento entra em $ontradi%ão $om as perdas de so'o (rti'- $ara$ter+sti$o da região- de moradias- de áreas de p'antio- nos termos que en,o',em os impa$tos am!ientais pro,o$ados pe'a $onstru%ão da !arragem- $om o aumento popu'a$iona'- este $onsiderado $omo pro!'ema por ter sido $onstru+do $om a ausn$ia de inraestrutura e ausn$ia de equipamentos de $onsumo $o'eti,o- entre outros.  * !arragem da usina &idre'(tri$a de #taipu se $onstituiu pe'a a%ão do &omem e de suas t($ni$as de engen&aria- desintegrando toda uma &armonia e7istente entre os seres que &a!ita,am esse 'ugar dando 'ugar desen,o',imento- $ara$teriado pe'as a%es apreendidas atra,(s das re'a%es dos seres &umanos desta$ado pe'o progresso e$onOmi$o. esse termo- se dese toda uma naturea e7istente em raão de um pensamento ra$iona' na $omposi%ão e a,an%o da e$onomia- que se atri!ui para am!as as partes- tanto para o )rasi' quanto para o =araguai- pois o 'ago de #taipu se $onstituiu em uma região de ronteira e a $onstitui%ão da o!ra oi

a$eita

e

apro,ada

por

am!os

os

go,ernos-

do

)rasi'

e

do

=araguai. >aaro''o 2003; enatia que as pessoas- entendendo ou não o porqu do que esta,a o$orrendo- não tin&am dei7ado senão os sinais de sua passagem por aque'as terras- mas os animais e as p'antas- que não 'em $omuni$ados e não atendem a pedidos de deso$upa%ão do 'ugar que o$upam- $ontinua,am 'á-

32

$ondenados  morte. Na,ia para os animais um p'ano de resgate e sa',amento- mas pouqu+ssimos so!re,i,eram. Contudo- desde quando a usina &idre'(tri$a de #taipu entrou em opera%ão e'a ,em tomando medidas quanto s questes am!ientais- promo,endo a preser,a%ão e $onser,a%ão da naturea $om o intuito de sua,iar as a%es degradantes da o!ra. endo assim- a questão am!ienta' passou a ser undamenta' para a #taipu nos $uidados $om o meio am!iente- adotando ,árias a%es e a'ternati,as- não só no 'o$a' em que se 'o$a'ia o grande 'ago- mas em toda a região re$eptora do empreendimento- $ontendo ,in$u'a%ão direta ou indiretamente $om a esera do :ago da #taipu- ,in$u'ado no maneIo das !a$ias &idrográi$as que a!aste$e o imenso 'ago e os próprios $uidados $om este na preser,a%ão da qua'idade da água que ( a mat(ria?prima da usina na gera%ão de energia. as$imento 2006; asse,era que a usina &idre'(tri$a de #taipu ( um dos grandes e7emp'os de que o &omem ( $apa de modii$ar a naturea $om o!ras em seu a,or na !us$a de desen,o',imento- mas este progresso da &umanidade ,em $a'$ado de impa$tos negati,os e irre,ers+,eis ao meio natura'. us$itando a ne$essidade e re'e,M- em m(dia- e de,e $ome%ar a operar em e,ereiro de 2015- $om a ina'ia%ão das o!ras em 2019 JQE- 2012;.  * $onstru%ão de )e'o >onte gerará 18 mi' empregos diretos e 23 mi' indiretosaIudando a suprir a demanda por energia do )rasi' nos pró7imos anos- ao produir e'etri$idade para suprir 26 mi'&es de pessoas $om peri' de $onsumo e'e,ado JQE- 2012;. Entre os grupos $ontrários  insta'a%ão de )e'o >onte estão am!ienta'istasmem!ros da igreIa $ató'i$a- representantes de po,os ind+genas- ri!eirin&os e ana'istas independentes.  >inist(rio =/!'i$o Ledera' aIuiou uma s(rie de a%es $ontra a $onstru%ão da usina- apontando supostas irregu'aridades- tais $omo- que $om a insta'a%ão de )e'o >onte pro,o$aria uma interrup%ão do rio ingu em um tre$&o de $er$a de 10 Bm- o que reduiria signii$ati,amente a ,aão do rio- $ausando uma redu%ão drásti$a da oerta de água da região- onde estão os po,os ri!eirin&os- pes$adoresduas terras ind+genas- e dois muni$+pios- e que tam!(m- aetaria a auna e a 'ora da região JQE- 2012;.  *'guns $r+ti$os apontam que a usina de )e'o >onte pode ser inei$iente em termos de produ%ão de energia- por $ausa de mudan%as de ,aão no rio ingu no de$orrer do ano- porque dependendo da esta%ão do ano- a ,aão do rio ingu pode ,ariar entre 800 metros $/!i$os por segundo e 28 mi' metros $/!i$os por segundo- o que aria $om que )e'o >onte produisse apenas 39 da energia a que tem 2012;.

poten$ia'

por

sua

$apa$idade

insta'ada

JQE-

41

 go,erno !rasi'eiro- em $ontrapartida- airma que &á proIetos de preser,a%ão da auna e da 'ora e que as $omunidades que orem diretamente aetadas serão transeridas para 'o$ais onde possam manter $ondi%es simi'ares de ,ida- e tam!(m nega que as $omunidades ind+genas serão diretamente atingidas JQE2012;. Em re'a%ão  ei$in$ia- o go,erno !rasi'eiro admite que )e'o >onte não produirá toda a energia que permitiria sua $apa$idade insta'ada- mas airma quemesmo assim- a taria será $ompetiti,a o !astante para Iustii$ar sua insta'a%ão JQE- 2012;. endo assim- $riti$ada por am!ienta'istas e representantes de mo,imentos so$iais e en$arada pe'o go,erno !rasi'eiro $omo proIeto prioritário no setor de energia- a usina &idre'(tri$a de )e'o >onte está no $entro

de

uma

po'mi$a. Enquanto o go,erno !rasi'eiro airma que a no,a usina- que tem pre,isão para entrar em un$ionamento em 2015- pode !enei$iar 26 mi'&es de !rasi'eiros$r+ti$os argumentam que o impa$to am!ienta' e so$ia' de )e'o >onte oi su!estimado e apontam &idre'(tri$a.

para

uma

suposta

inei$in$ia

da

usina

42

8

CONSIDERAÇ@ES FINAIS Qm rio não ( um simp'es $ana' de água- ( um ri$o e$ossistema mo'dado ao

'ongo de mi'&es de anos- $om ritmos próprios de $omposi%ão e de$omposi%ão. Derdadeiros $orredores de !iodi,ersidade orne$em água- ar puro- a'imentos- terras (rteis- equi'+!rio $'imáti$o- animais- ,egetais- re$rea%ão- turismo e$o'ógi$o- entre outros tantos ser,i%os. s sistemas &+dri$os propi$iam tam!(m esto$agem e 'impea de águare$arga do 'en%o' reáti$o- esto$agem de $ar!ono e &a!itat para in/meras esp($ies. Lorne$em ainda outros !ene+$ios- tais $omo- pes$a- agri$u'tura de su!sistn$ia- ,ia de transporte e au7+'io na pe$uária e7tensi,a. *'terar essa di,ersidade e$ossistmi$a /ni$a- que propi$ia tantos ser,i%os aos pri,i'egiados que a usuruem- pro,o$a dis$órdias de di+$i' $onsenso.  * $onstru%ão de reser,atórios em $ursos d’água para a gera%ão de energia e'(tri$a ( um eito da engen&aria- são estruturas imensas e seus reser,atórios represam ,o'umes enormes de água. Cada proIeto tem suas espe$ii$idades- mas $omo toda o!ra de grande porte- pro,o$a in/meros impa$tos am!ientais- so$iaise$onOmi$os e $u'turais que transormam as regies onde se insta'am. Heterminados impa$tos são irre,ers+,eis- outros a $apa$idade de resi'in$ia da naturea em $onIunto

$om

a%es

antrópi$as

positi,as

se

en$arregam

de

restaurar. Ná uma impressão genera'iada entre os aetados por no,as usinas- que as regies onde e'as se imp'ementam a!sor,em os impa$tos so$iais- e$onOmi$os e am!ientais asso$iados  $onstru%ão e opera%ão- enquanto os !ene+$ios energ(ti$os são distri!u+dos s demais regies do pa+s. #ndi$a o !om senso que o raoá,e' ( ,ia!i'iar proIetos que simu'taneamente produam energia para o desen,o',imento e$onOmi$o- $om amp'ia%ão da oerta de empregos e me'&oria da qua'idade de ,ida da

popu'a%ão

so$ioam!ientais.

e

ao mesmo tempo propor$ionem m+nimos impa$tos

43

E7iste enorme dii$u'dade de parti$ipa%ão popu'ar no pro$esso de tomada de de$isão so!re a insta'a%ão ou não da o!ra. *s inorma%es apenas $&egam para ser a$atadas- por meio de 'ógi$as do sistema $apita'ista que pri,i'egiam o poder e$onOmi$o.  en,o',imento da so$iedade nas questes que en,o',em a insta'a%ão &idre'(tri$a ( 'imitado- quando não ine7istente. >esmo quando &á parti$ipa%ão popu'ar em pro$essos de$isórios- $omo no $aso de $omits de !a$ias- a posi%ão maIoritária está norma'mente em mãos de empreendedores ou do go,erno- o que $ompromete o $aráter independente das de$ises. odos os proIetos &idre'(tri$os apresentam pro!'emas de inter,en%ão na naturea e prin$ipa'mente na ,ida das popu'a%es 'o$ais- e tais $onstata%es são &oIe re$on&e$idas interna$iona'mente- e ne$essitam ser $ada ,e mais interna'iadas nos pro$essos de tomada de de$isão e nos $ustos reerentes  imp'anta%ão de no,os empreendimentos. ^ ne$essário se ter $'aro que usinas &idre'(tri$as- que tanto tm permitido a e7pansão e$onOmi$a e o progresso do !em?estar da so$iedade &umana- tam!(m

tm

a$es

o!s$uras

que

demandam

$onstante

monitoramento. s estudos de impa$tos am!ientais permitem que seIam ana'isadase'a!oradas e imp'antadas maneiras de minimiar impa$tos. *s restri%es am!ientais são $ada ,e mais a!rangentes- as organia%es não go,ernamentais estão $ada ,e mais atuantes e as 'eis mais rigorosas e puniti,as. >esmo assim- &á pou$os quadros qua'ii$ados para aná'ise e a$ompan&amento das demandas desses estudos-

e

orte

in'un$ia

po'+ti$a

em

de$ises

que

tm

que

ser

t($ni$as. endo em ,ista a dii$u'dade de pena'iar a pessoa Iur+di$a- se admite a presun%ão de responsa!i'idade em re'a%ão que'e que det(m o poder de dire%ão- o de,er de e'o- de inorma%ão e de ,igi'as- mesmo adotando tais medidas- não se e'imina por $omp'eto e,entua' en,o',imento em dano am!ienta'- mas restringirá e minimiará os ris$os en,o',idos. Hependendo de quem e em que perspe$ti,a se ana'isa os impa$tos

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pro,o$ados

por

&idre'(tri$as-

se

pode

$onta!i'iá?'os $omo positi,os ou

negati,os. =er$e!eu?se que a atua%ão dos programas atri!u+dos pe'a usina &idre'(tri$a de #taipu na $onser,a%ão e preser,a%ão do meio am!iente denota pontos positi,os e de grande importonograia. >are$&a' C. de *. Q%* - 3%,"- %3. . D. ). G(!"- %3
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